J. S. Bach (1685-1750): Bach / Busoni – Piano Transcriptions

Eu esperei anos por este disco, lançado em 2000. Afinal, Ferruccio Busoni (1866-1924) foi o maior “transcritor” da obra de Bach para o piano. Busoni tem uma obra, foi um bom compositor, etc., mas creio que alcançou a imortalidade ao transcrever, sempre com brilhantismo, peças e mais peças de Bach. Ouçam este CD. As obras não foram recriadas com enorme talento? É espantosa a “recriação” para o piano de uma das mais radicais obras de papai: a Toccata BWV 564. E a Chaconne? Ouvir esse disco me deixa feliz.

De resto, um repertório cheio de charme, longe da obviedade de repalmilhar pela nonagésima vez as peças mais conhecidas. O excelente Kun-Woo Paik fez escolhas muito particulares e sensíveis, coisa de conhecedor. Um feliz sábado para todos nós.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Bach / Busoni – Piano Transcriptions

– Toccata in C Major for Organ, BWV 564
1. Preludio, quasi improvisando – Tempo moderato
2. Intermezzo – Adagio
3. Fuga – Moderatamente scherzando, un poco umoristice

– Chorale Preludes for Organ
4. Komm, Gott Schopfer, Heiliger Geist, BWv 667
5. Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWv 645
6. Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 659
7. Nun freut euch, lieben Christen gmein, BWV 734
8. Ich ruf’ zu dir, Herr Jesu Christ, BWV 639
9. Jesus Christus, unser Heiland, BWV 665
10. In dir ist Freude, BWV 615
11. Herr Gott, nun schleuss den Himmel auf, BWV 617
12. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 637
13. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 705

14. Chaconne from Partita No. 2 for Violin, BWV 1004

Kun-Woo Paik, piano

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J. S. Bach (1685-1750): Capricci, Toccata, Little Preludes

Vou tomar uma atitude profilática. Estou mandando tomar no cu quem reclamar que este CD tem apenas uma faixa. Bom, ele é uma conversão de um antigo LP de 1986 da Melodija soviética que nunca tornou-se CD e que é tão bom, tão bom, mas tão bom que é melhor calar e ouvir. (Explico melhor: mandarei tomar aqueles não leem o que estão baixando. Você, meu dedicado leitor que chegou a esta linha, é amado por mim).

Eu não sei quem foi este Lubimov, eu só sei que o cara amava Bach, tocava demais e seu LP/CD/mp3 é de se ouvir de joelhos. Ajoelhei ou tremei, infiéis! (Querem ver como alguém vai reclamar que está tudo numa só faixa? Não me chamo P.Q.P. Bach se alguém não reclamar!)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Ah, som de boa qualidade!

J. S. Bach – Capricci, Toccata, Little Preludes

Capriccio in B flat major “Sopra la lontananza del suo fratello dilettissimo” BWV 992 – 10.15
01. 1. Arioso. Adagio
02. 2. (Andante)
03. 3. Adagissimo
04. 4. (Andante con moto)
05. 5. Aria di Postiglione. Allegro poco
06. 6. Fuga all’ imitazione della cornetta di postiglione

07. Capriccio in E major “In honorem Joh. Christoph. Bachii”, BWV 993 – 5.51

Toccata in E minor, BWV 914 – 7.09
08. 1. –
09. 2. Un poco Allegro
10. 3. Adagio
11. 4. Fuga. Allegro

Twelve Little Preludes, – 11.35
12. 1. in C major, BWV 924
13. 2. in C major, BWV 939
14. 3. in C minor, BWV 999
15. 4. in D major, BWV 925
16. 5. in D minor, BWV 926
17. 6. in D minor, BWV 940
18. 7. in E minor, BWV 941
19. 8. in F major, BWV 927
20. 9. in F major, BWV 928
21. 10. in G minor, BWV 929
22. 11. in G minor, BWV 930
23. 12. in A minor, BWV 942

Six Little Preludes – 10.46
24. 1. in C major, BWV 933
25. 2. in C minor, BWV 934
26. 3. in D minor, BWV 935
27. 4. in D major, BWV 936
28. 5. in E major, BWV 937
29. 6. in E minor, BWV 938

Alexei Lubimov – “Tschudi” harpsichord, London 1766
Conversão feita a partir de um LP

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Bernd Alois Zimmermann (1918-1970): Réquiem para um jovem poeta

Bernd Alois Zimmermann tem sua maior obra em Requiem für einen jungen Dichter (Réquiem para um jovem poeta, 1967-69), uma estupenda realização escrita para três coros, soprano e baixo, que literalmente conversam entre si — sim, membros dos coros agem como atores –, órgão, gravações com sons de rua, um jazz combo e uma enorme orquestra. Trabalhando com uma multiplicidade de textos, Zimmermann tinha inicialmente planejado utilizar apenas textos de poetas suicidas, como, por exemplo, Vladimir Maiakovski. Porém, Zimmermann, vivendo a ebulição revolucionária do maio de 68 e o início do Baader-Meinhof na Alemanha, abriu-se a todos os tipos de fontes orais em múltiplos idiomas. Discursos políticos, passagens da Vulgata Latina, vozes de presidente Mao, Hitler e até mesmo “Hey Jude”, dos Beatles participam da obra. Zimmermann acabou construindo não apenas um poderoso réquiem dirigido aos poetas que de matam, mas para o próprio século XX e sua crise cultural.

A obra dialoga intensamente com a Sinfonia de Berio, mas refere-se ainda mais à sua e nossa época. Acho que é indiscutivelmente superior que a citada Sinfonia, pois tem os dois pés inteiramente encharcados em nossa realidade. Um aspecto surpreendente do Réquiem para os jovens poetas é sua atualidade. Poderia ter sido escrita em 2009 por um inventivo compositor de vanguarda, se este tivesse o talento, a CULTURA e a ambição artística de Zimmermann.

Wikipedia: Zimmermann nasceu em Bliesheim perto de Colónia. Cresceu numa comunidade rural Católica na Alemanha ocidental. Seu pai trabalhou para o ‘Reichsbahn’ (Imperial Ferroviária) e também foi agricultor. Em 1929, Zimmermann começou a frequentar uma escola privada católica, onde ele teve seu primeiro encontro com a música. Após os nacional-socialistas (ou nazis) fecharem todas as escolas privadas, ele mudou para uma escola pública católica em Colônia, onde, em 1937, recebeu o diploma colegial.

Começou a estudar Educação Musical, Musicologia e Composição no inverno de 1938 na Universidade de Música de Colónia. Em 1940, foi integrado na Wehrmacht (o exército alemão), mas foi libertado em 1942 devido a uma grave doença da pele. Retornou aos seus estudos, não recebeu um grau até 1947 devido ao fim da guerra. No entanto, ele já estava ocupado como free-lancer compositor em 1946, principalmente para a rádio. De 1948 a 1950, fêz (Curso de férias para a Nova Música) onde estudou com René Leibowitz e Wolfgang Fortner, entre outros.

Estava morando em Grosskönigsdorf perto de Colónia. No entanto, a sua tendência depressiva aumentou para um nível mais físico, agravados por uma deterioração rápida nos olhos. Em 10 de agosto de 1970, Zimmermann cometeu suicídio, apenas cinco dias depois de completar a Ich wandte mich um und sah alles Unrecht das geschah unter der Sonne. Na época, estava a preparar outra ópera, Medea.

Em contraste com a chamada “Escola Darmstadt” (Stockhausen, Boulez, Nono, etc.), Zimmermann não fez uma ruptura radical com a tradição. No final da década de 50, desenvolveu o seu próprio estilo de composição, o pluralistica “Klangkomposition”. A combinação e sobreposição de camadas de materiais musicais de diversos períodos de tempo (medieval Barroco e Clássico, de Jazz e música pop), utilizando técnicas musicais avançadas, (visto algo no seu trabalho orquestral Photoptosis) (o ballet Musique pour les soupers du Roi Ubu). Nas suas obras vocais, especialmente o seu Requiem, o texto é usado para o progresso da peça pela sobreposição de textos a partir de várias fontes. Ele criou sua própria atitude musical utilizando a metáfora the spherical form of time (“a forma esférica do tempo).

O romance How Is This Going to Continue? (2007) de James Chapman é inspirado no Requiem für einen jungen Dichter e inclui passagens que prestam homenagem ao compositor.

Obs.: Esta notável gravação me foi passada pelo Dr. Cravinhos e não é a mesma do CD da Amazon acima.

.oOo.

Bernd Alois Zimmermann – Requiem für einen Jungen Dichter (1967/69):

Lingual für Sprecher, Sopran- und Bass-Solo, drei Chöre, Orchester, Jazz-Combo, Orgel und elektronische Klänge, nach Texten verschiedener Dichter, Berichten, Reportagen

1. Prolog / Requiem 1 / Requiem 2 (29:02)
2. Ricercar (10:36)
3. Rappresentazione (5:32)
4. Elegia (1:36)
5. Tratto (1:28)
6. Lamento (7:07)
7. Dona Nobis Pacem (8:36)

Matthias Buss and Marcel Welten – Narrators
Penelope Walmsley-Clark – Soprano
David Pittman-Jennings – Baritone

Tschechischer Philharmonischer Chor Brno
Slowakischer Philharmonischer Chor Bratislava
Herren der Europachor-Akademie Mainz

Jazz-Combo: Axel Dörner (trumpet), Gerd Dudek (reeds), Alexander von Schlippenbach (piano), Jochen Schmidt (bass), Paul Lovens (drums)

João Rafael – Klangregie

Philharmonisches Staatsorchester Hamburg
Conductor: Ingo Metzmacher

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Festival Fasch! – Johann Friedrich Fasch (1688-1758): Trios & Sonatas

O grupo holandês Epoca Barocca é uma das melhores coisas surgidas na interpretação de música barroca nos últimos anos. Seu núcleo é formado por Alessandro Piqué (oboé), Margarete Adorf (violino), Sergio Azzolini (fagote) e Christoph Lehmann (órgão e cravo). Quando necessário, são convidados outros músicos a fim de reforçar o time-base. Quando ouvi o grupo pela primeira vez, pensei tratar-se de Ton Koopman e fiquei satisfeito quando soube que este foi professor e incentivador da turma. Este CD é consistente, muito bom até, mas não é de enlouquecer.

Agora, para quem gosta de uma sonoridade barroca absolutamente transparente e límpida, linda mesmo, este CD é fundamental.

Fasch: Trios & Sonatas

QUADRO IN D MINOR FOR OBOE, VIOLIN, BASSOON & B.C
1. Poco allegro
2. Largo
3. Allegro

TRIO IN E MINOR FOR OBOE, VIOLIN & B.C
4. Adagio
5. Allegro
6. Affettuoso
7. Allegro

SONATA IN C MAJOR FOR BASSOON & B.C
8. Largo
9. Allegro
10. Andante
11. Allegro assai

QUADRO IN B FLAT MAJOR FOR RECORDER, OBOE, VIOLIN & B.C
12. Largo
13. Allegro
14. Grave
15. Allegro

TRIO IN G MINOR FOR OBOE, VIOLIN & B.C
16. Andante
17. Allegro
18. Poco allegro

QUADRO IN F MAJOR FOR VIOLIN, OBOE, BASSOON & B.C
19. Largo
20. Allegro
21. Largo
22. Allegro

CANON IN F MAJOR FOR RECORDER, BASSOON & B.C
23. Andante
24. Allegro
25. Allegro

Epoca Barocca

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PQP

E ainda nem respondi ao e-mail…

… apesar de estar louco de orgulho!

Assunto: O Pensador Selvagem: CD de composições do Compomus da UFPB

Boa tarde!

Venho aqui atender ao pedido dos compositores do Laboratório de Composição Musical da UFPB (COMPOMUS) que desejam ter o conteúdo do seu CD mais recente (BRASSIL Interpreta Compositores da Paraíba, patrocinado pela Petrobrás) disponibilizado para download em seu blog, PQP Bach. Todos os compositores envolvidos no projeto concordaram com a disponibilização gratuita do disco.
Aguardo seu retorno para saber como devemos proceder.

Rafael Laurindo

Podem usar e abusar do PQP Bach. Procedam primeiramente chutando a porta. A casa é de vocês! Por favor, enviem o link do mp3 convertido em 320 KB — acompanhado de comentários e notícias biográficas de cada autor — para o e-mail [email protected] .

Nós é que agradecemos a cada um de vocês!

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Festival Fasch! – Johann Friedrich Fasch (1688-1758): Sonatas a Quatro e Trio

Mais um de Fasch para vocês. Apesar de ser um CD de apenas 10 anos da Harmonia Mundi, parece ser algo muito obscuro e secreto, não figurando nem na Amazon. Quase inteiramente dedicado aos sopros barrocos, o CD é bastante bom e a abordagem compreensiva da Camerata Köln auxilia em muito a bela música de Fasch.

Dizem que vai cair um temporal em Porto Alegre, mas por ora está tudo muito bonito e quente na medida certa: 16 graus.

Fasch: Sonatas a Quatro e Trio

# Quartett f. Blockflöte, Oboe, Violine u. B.c. B-dur
Largo
Allegro
Grave
Allegro

# Trio f. 2 Oboen u. B.c. e-moll
Adagio
Allegro
Affettuoso
Giga

# Quartett f. Querflöte, 2 Blockflöten u. B.c. G-dur
Andante
Allegro
Affettuoso
Allegro

# Sonate f. 2 Oboen, Fagott u. B.c. g-moll
Largo
Allegro
Largo
Allegro

# Trio f. Traversflöte, Violine u. B.c. D-dur
Adagio
Allegro
Largo
Allegro

# Quartett f. 2 Oboen, Fagott u. B.c. d-moll
Largo
Allegro
Largo
Allegro

Camerata Köln

Michael Schneider / Blockflöte
Sabine Bauer / Blockflöte
Karl Kaiser / Traversflöte
Hans-Peter Westermann / Oboe
Piet Dhont / Oboe
Michael McCraw / Fagott
Annette Sichelschmidt / Violine
Rainer Zipperling / Violoncello
Harald Hoeren / Cembalo

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Festival Fasch! – Johann Friedrich Fasch (1688-1758): Concerti & Sinfoniae

Fasch é o cara. Neste CD, temos uma série de boas sinfonias, mas o destaque mesmo vai para os três concertos. Parece que sua musicalidade transparece mais nos solos do que nos tutti. Excetricidade ou talentos à parte, trata-se de um belo CD de música barroca que ouço enquanto o Atlético-MG tira a liderança do meu Inter, que inexplicavelmente ocupava o primeiro posto do Brasileiro.

Fasch: Concerti & Sinfoniae

Sinfonia B-Dur (FWV M:B2)
1. Allegro
2. Cantabile
3. Allegro

Sinfonia g-moll (FWV M:g1)
4. Allegro
5. Andante
6. Allabreve
7. Allegro

Concerto für Chalumeau B-Dur (FWV L:B2)
8. Largo
9. Un poco Allegro
10. Largo
11. Allegro

Concerto für Violine und Oboe d-moll (FWV L:d4)
12. (Allegro)
13. Largo
14. Allegro

Concerto für Violine A-Dur (FWV L:A2)
15. (Allegro)
16. Largo
17. Allegro

Sinfonia a-moll (FWV M:a1)
18. Allegro
19. Andantino con sardinie piano
20. Allegro

Main-Barockorchester Fankfurt
Christian Leitherer, Chalumeau
Meike Güldenhaupt, Oboe
Martin Jopp, Violine

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Carlo Gesualdo da Venosa (1566-1613): Livro I dos Madrigais

Texto de Milton Ribeiro. Retirado daqui.

Quem leu Cortázar direitinho sabe quem é Gesualdo da Venosa. Aquele pessoal da Renascença não era mole. Passei grande parte da segunda e terça-feira com o iPod ligado, ouvindo Gesualdo, um sujeito nascido em 1566 que merecia ser conhecido por sua música e não apenas por ter cometido um espetacular assassinato.

Gesualdo casou-se aos 26 anos com sua prima, Maria d`Avalos. Dois anos de casamento feliz — provavelmente só na opinião do marido — e Maria começou um caso com Fabrizio Carafa, Duque de Andria. Como quase sempre acontece, o corno é o último a saber; ou seja, toda cidade sabia, menos o proprietário das frondosas peças. Talvez fosse esperado que, ao descobrir com quem sua Maria se deitava, o Príncipe da Venosa tivesse uma reação blasé, mais ou menos como um nobre francês… Nada disso! Gesualdo deve ter pensado que “Corno que sabe e consente, bem age quem lhe acrescente…”, e tratou de vingar-se. Vamos ver o que fez Gesualdo.

Num belo dia de outono, ele preparou algo que lhe servisse como aquecimento: uma caçada com amigos. Nada melhor que um pouco de sangue para alguém quem traz um desejo de morte na alma. Então, em meio à caçada, Gesu resolveu ver como andavam as coisas em casa, digo, no Palazzo San Severo. Severo? Severíssimo! Testemunhas disseram que Gesualdo pediu que os empregados segurassem Fabrizio, dando-lhe um lugar confortável onde pudesse ver o primeiro ato da cena. Então, dedicou-se à mulher, enfiando-lhe a espada diversas vezes. Como Maria custasse a morrer, ele berrava “Ainda não?, Ainda não?” e seguia perfurando a pobre adúltera. Na segunda parte, ministrou tratamento semelhante à Fabrizio, com resultado análogo. Contudo, antes, fez o Duque de Andria trajar um vestido de noite de Maria. As roupas de Fabrizio foram encontradas limpas e sem marcas de violência.

Completou a obra deixando os corpos bem na frente de seu castelo, de forma a mostrar como se faz à cidade de Nápoles. Tal atitude foi cantada em versos por Tasso e admirada em toda a Europa. Virou tema de ópera, poemas e peças teatrais.

Mas voltemos ao caso. Vocês estão pensando que ele foi preso, não? Nada disso, os nobres nunca eram presos; havia para eles uma pizza institucionalizada. Porém (ah, porém…), um outro nobre podia vingar-se dele numa boa. Após o crime, Gesualdo arranjou outra mulher e isolou-se, compondo sua maravilhosa (mesmo!) obra musical. Aquele aristocrático napolitano só foi reconhecido nos primeiros anos do século XX. Tinha uma linguagem avançada que incluia dissonâncias, progressões harmônicas, ritmos contrastantes, passagens diatônicas, cromatismo, etc. Stravinski erigiu-lhe um monumento musical — o Monumentum pro Gesualdo (1960) –, Julio Cortázar dedicou-lhe com conto; Anatole France, um romance (Le puits de Sainte-Claire); e Aldous Huxley várias páginas de seu As Portas da Percepção (The Doors of Perception).

Só que eu escrevi um “ah, porém” ao estilo de Paulinho da Viola. O motivo é que, vinte anos depois da morte da mãe, o segundo filho do casal Gesualdo e Maria d`Avalos resolveu vingar-se, matando o pai que assassinara sua mãe quando era bebê. A vingança é um prato que se come frio e, com mais esta morte, pegamos um dos pingos do sangue de Gesualdo para pormos um ponto final a este post.

Gesualdo (1566-1613): Livro I dos Madrigais

1 Baci Soavi E Cari
2 Il Parte – Quanto Ha Di Dolce
3 Madonna Io Ben Vorrei
4 Come Esser Può
5 Gelo Ha Madonna Il Seno
6 Mentre Madonna Il Lasso
7 Il Parte – Ahi Troppo Saggia
8 Se Da Sì Nobil Mano
9 II Parte – Amor Pace Non Chero
10 Sì Gioioso Mi Fanno I Dolor Miei
11 O Dolce Mio Martire
12 Tirsi Morir Volea
13 II Parte – Frenò Tirsi Il Desio
14 Mentre Mia Stella Miri
15 Non Mirar Di Questa Bella Imago
16 Questi Leggiadri Adorosetti
17 Felice Primavera
18 II Parte – Danzan Le Ninfe Oneste
19 Son Sì Belle Le Rose
20 Bella Angioletta

Conductor, Harpsichord – Sergio Vartolo
Ensemble – Concerto Delle Dame Di Ferrara

Harp – Loredana Gintoli
Vocals [Alto] – Gabriella Martellacci
Vocals [Bass] – Walter Testolin
Vocals [Soprano I] – Lisa Serafini
Vocals [Soprano Ii] – Angela Bucci
Vocals [Tenor I] – Makoto Sakurada
Vocals [Tenor Ii] – Giampaolo Fagotto

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Festival Fasch!: Vivaldi, Marcello, Quantz, J. C. Bach, Fasch – Florilegium Musicale

Com a confessada intenção de demonstrar como nosso blog é foda, programei um Festival Fasch para os próximos dias. Tá bom, este é um disco com Fasch, mas os próximos três serão exclusivamente de Johann Friedrich.

Fasch é bom pra caraglio, vocês verão. E compreenderão que este blog fodão quer apenas lhe dar prazer ao introduzir Fasch em sua vida. Esse CD é da Harmonia Mundi e só o fato de ser com a Camerata Köln já deveria bastar para deixar excitado qualquer pequepiano que se preze. A ligação que há entre estes concertos barrocos é clara: eles estão no mesmo CD. Não há Cristo que vá me convencer da lógica de enfiar Vivaldi, Fasch, Marcello e mano Johann Christian no mesmo saco. Vão tomar no cu. Mas o disco é do caraglio, repito.

Muita atenção para a versão abusiva ma non troppo para o célebre concerto de Marcello.

# Chamber Concerto (“La notte”), for flute or violin, 2 violins, bassoon & continuo in G minor, RV 104
Composed by Antonio Vivaldi
with Cologne Camerata
1. La Notte
2. Fantasmi
3. Il Sonno
4. Allegro

# Concerto for oboe, strings & continuo in D minor, SF. 935
Composed by Alessandro Marcello
with Cologne Camerata
5. Andante
6. Adagio
7. Allegro

# Trio in C
Composed by Johann Joachim Quantz
with Cologne Camerata
8. Affettuoso
9. Alla breve
10. Larghetto
11. Vivace

# Quintet for flute, oboe, violin, cello & keyboard in D major, Op. 22/1, CW B76 (T. 304/6)
Composed by Johann Christian Bach
with Cologne Camerata
12. Allegro
13. Andantino
14. Allegro assai

# Quartet for 2 oboes, obbligato basson & continuo in D minor, FaschWV N:d2
Composed by Johann Friedrich Fasch
with Cologne Camerata
15. Largo
16. Allegro
17. Largo
18. Allegro

# Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 444
Composed by Antonio Vivaldi
with Cologne Camerata
19. Allegro non molto
20. Largo
21. Allegro molto

Camerata Köln ou
Cologne Camerata, como queiram

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Arcangelo Corelli (1653-1713) – Concerti Grossi, Op.6 (Completo) – LINK RESTAURADO

Um acepipe de primeira categoria para o numeroso grupo de adoradores do barroco que vem a este blog cuja modéstia ruborizou-se após a premiação referida por mim no antepenúltimo post e que só meu pudor impede de citar novamente… (Sim, sem vírgulas! Espero não ter roubado muito ar dos leitores.)

Adianto que o Op.6 de Corelli é grande música, aqui interpretada pelo sempre escandaloso Fabio Biondi, o qual costuma tomar algumas liberdades que, ao menos a mim, são bem-vindas. Ouvi os dois CDs ontem à noite, enquanto preparava-se o dia gris de hoje e, puxa, fui dormir o sono dos justos. Não vou escrever mais porque o livro que estou lendo é muito bom (Istambul, de Orham Pamuk) e está me chamando. Assim sendo, deixo vocês livres de minha verborragia sem direção.

Antes copio aqui uma nota biográfica de Coreli retirada deste barulhento site. Notem como toda a pequena obra de Corelli está no repertório barroco atual. Prova de sua imensa qualidade.

Arcangelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais famílias da região.
Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educação básica e onde teria recebido as primeiras lições de música de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.

Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da técnica violinística. Após quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarmônica de Bolonha.

Em 1675, ele já estava em Roma. Nesta época, os nobre de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresentações artísticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Suécia, em 1659. Músicos, poetas, filósofos reuniam-se ao redor dela em seu palácio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arcádia – a sociedade musical mais fechada da Itália – onde Corelli seria recebido em 1709.

Aos 36 anos, e após a morte de Cristina da Suécia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre trânsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condições necessárias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranqüilidade.

Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.

Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava só. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsamá-lo e colocá-lo em um triplo ataúde, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no panteão de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Artística Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.

Sua Obra

Contrariamente à maioria dos grandes nomes da música barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de expressão musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua glória repousa inteiramente em seis coletâneas de música instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.

As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta é o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo; e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.

A Corelli pertence, entre outros, o mérito de ter favorecido a expansão do concerto grosso e contribuído de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do século XIV, sempre relegado às festas populares e à idéia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos salões do início do século XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento técnico e conquistou definitivamente a corte.

Corelli – Concerti Grossi, Op.6 (Completo)

CD1:
1. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio, Vivace, Allegro…
2. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
3. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Grave, Andante Largo
4. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
5. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio, Allegro
6. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio
7. Concerto N 4 In Re Maggiore : Vivace
8. Concerto N 4 In Re Maggiore : Allegro
9. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Allegro, Adagio
10. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio
11. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Allegro, Adagio
12. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Largo, Allegro
13. Concerto N 3 In Do Minore : Largo
14. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro, Adagio
15. Concerto N 3 In Do Minore : Grave
16. Concerto N 3 In Do Minore : Vivace
17. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro
18. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo, Allegro, Largo, Allegro
19. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo
20. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
21. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
22. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Adagio
23. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro
24. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Largo
25. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Vivace
26. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro

CD2:
27. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio
28. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
29. Concerto N 7 In Re Maggiore : Andante Largo
30. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
31. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace
32. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace, Grave
33. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
34. Concerto N 8 In Sol Minore : Adagio, Allegro, Adagio
35. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace
36. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
37. Concerto N 8 In Sol Minore : Pastorale Largo
38. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Preludio : Largo
39. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Allemanda : Allegro
40. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Corrente : Vivace
41. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Gavotta : Allegro
42. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Adagio
43. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Minuetto : Vivace
44. Concerto N 10 In Do Maggiore : Preludio : Andante Largo
45. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allemanda : Allegro
46. Concerto N 10 In Do Maggiore : Adagio
47. Concerto N 10 In Do Maggiore : Corrente : Vivace
48. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allegro
49. Concerto N 10 In Do Maggiore : Minuetto : Vivace
50. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Preludio : Andante Largo
51. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Allemanda : Allegro
52. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Andante Largo
53. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Sarabanda : Largo
54. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Giga : Vivace
55. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Preludio : Adagio
56. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Allegro
57. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Adagio
58. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Sarabanda : Vivace
59. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Giga : Allegro

Europa Galante (Ensemble),
Fabio Biondi (Violino e Regência),
Antonio Fantinuoli (Violoncelle),
Silvia Cantatore (Violon), et al.

BAIXE AMBOS AQUI – DOWNLOAD BOTH HERE

PQP

Quinteto Villa-Lobos de graça em Porto Alegre

O Quinteto Villa-Lobos traz de volta seu amor, desata macumbaria, doenças mandadas e da carne. Traz seu emprego de volta — assim como o desejo –, cura doenças e faz com que ela chame seu nome mesmo que esteja junto de outro homem. Faz tudo ao contrário e vice-versa se você for mulher.

Não perca, imbecil!

PQP

Mozart – Quinteto K. 452 / Beethoven – Quinteto Op. 16

A nominata galática dos executantes e dos compositores não garante um grande CD. Talvez eu esteja equivocado, mas nem o Op. 16 de Beethoven e menos ainda o Quinteto K. 452 são grandes obras. Falo em equívoco, pois considero inconcebível que venha a tratar como algo de importância menor um CD que some Mozart, Beethoven, Brendel, Holliger, etc.

Mozart – Quinteto K. 452 / Beethoven – Quinteto Op. 16

01. Mozart – Quintet in E flat K.452 Largo – Allegro molto
02. Mozart – Quintet in E flat K.452 Larghetto
03. Mozart – Quintet in E flat K.452 Allegretto

04. Beethoven – Quintet in E flat Op.16 Grave – Allegro ma non troppo
05. Beethoven – Quintet in E flat Op.16 Andante cantabile
06. Beethoven – Quintet in E flat Op.16 Rondo

Alfred Brendel
Heinz Holliger
Eduard Brunner
Hermann Baumann
Klaus Thunemann

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W. A. Mozart (1756-1791) – Serenata No. 10 para 13 Instrumentos de Sopro, K. 361, ‘Gran Partita’

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Na página não parecia… Nada! O princípio simples, quase cómico. Só uma pulsação. Fagotes, clarinetes-baixo… como uma sanfona enferrujada. E depois, subitamente… lá bem no alto… um oboé. Uma única nota, ali pendurada, decidida. Até que um clarinete a substitui, adoçando-a numa frase de tal voluptuosidade… Isto não era uma composição de um macaco amestrado. Era música como eu nunca tinha ouvido. Cheia de uma saudade, de uma saudade não realizada. Parecia-me que estava a ouvir a voz de Deus.

Salieri disse estas palavras em Amadeus, referindo-se ao dilacerante e lindíssimo Adágio desta Serenata. A tradução acima foi realizada e depois roubada por mim deste blog. A Serenata K. 361 é uma obra-prima de Mozart para alegrar os corações de nossos ouvintes-leitores neste dia 7 de julho, o qual não significa nada em especial para este que vos escreve… Uma bela e surpreendente gravação do pessoal da Chamber Orchestra. Não seja louco de não baixar.

Mozart – Serenata No. 10 para 13 Instrumentos de Sopro, K. 361, ‘Gran Partita’

01. Largo – allegro molto
02. Menuetto
03. Adagio
04. Menuetto, allegretto
05. Romanze, adagio
06. Tema con variazioni
07. Rondo

Wind Soloists of The Chamber Orchestra of the Europe
Alexander Schneider

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Matthew Locke (ca. 1621 – 1677) – Consort of Fower Parts

Um belo disco de música elisabetana com o Fretwork.

Locke – Consort of Fower Parts

Suite Nº 1
1. Fantasie
2. Courante
3. Ayre
4. Sarabande

Suite Nº 2
5. Fantasie
6. Courante
7. Ayre
8. Sarabande

Duo Nº 1
9. Fantasie
10. No. 1 in C major / C minor: Fantasie
11. No. 1 in C major / C minor: Courante
12. No. 1 in C major / C minor: Fantasie
13. No. 1 in C major / C minor: Fantasie
14. No. 1 in C major / C minor: Sarabande

Suite Nº 3
15. Fantasie
16. Courante
17. Ayre
18. Sarabande

Suite Nº 4
19. Fantasie
20. Courante
21. Ayre
22. Sarabande

Duo Nº 2
23. No. 2 in D major / D minor: Fantasie
24. No. 2 in D major / D minor: Fantasie
25. No. 2 in D major / D minor: Courante
26. No. 2 in D major / D minor: Fantasie
27. No. 2 in D major / D minor: Fantasie
28. No. 2 in D major / D minor: Sarabande

Suite Nº 5
29. Fantasie
30. Courante
31. Ayre
32. Sarabande

Suite Nº 6
33. Fantasie
34. Courante
35. Ayre
36. Sarabande

Fretwork

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Pérotin (c. 1160-c. 1236) com o Hilliard Ensemble

É impossível descrever a maravilhosa interpretação que o Hilliard Ensemble dá ao genial Pérotin neste CD da ECM. Que vozes! Pouco se sabe a respeito do compositor, mas… Bem, ouçam.

Perotin

1 Viderunt Omnes
2 Veni Creator Spiritus
3 Alleluia Posui Adiutorium
4 O Maria Virginei
5 Dum Sigillum
6 Isaias Cecinit
7 Alleluia Nativitas
8 Beata Viscera
9 Sederunt Principes

The Hilliard Ensemble:
David James (Countertenor)
John Potter (Tenor)
Rogers Covey-Crump (Tenor)
Mark Padmore (Tenor)
Charles Daniels (Tenor)
Gordon Jones (Baritone)
Paul Hillier (Baritone)

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Cecilia Bartoli – Arie Antiche – 18th-Century Italian Songs

Mais um esplêndido CD de Cecilia Bartoli. Aqui, ela canta sem orquestra, apenas acompanhada do piano de György Fischer. O que poderia ser um problema não é. O piano, discreto e perfeito, serve para dar ainda maior realce à perfeição das interpretações de nossa querida Bartoli. Trata-se de uma verdadeira aula sobre árias antigas italianas. Bartoli nos dá técnica e paixão em quantidades cavalares. Como seus CDs sempre fazem o maior sucesso por aqui, nem vou escrever “imperdível” em maiúsculas e negrito.

Cecilia Bartoli – Arie Antiche – 18th-Century Italian Songs

1 (L’) Honestà negli amore
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

2 (La) Donna ancora è fedele – Son tutto duolo
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

3 (La) Donna ancora è fedele – Se Florindo è fedele
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

3 Pompeo
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

4 Spesso vibra per suo gioco
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

5 Caro mio ben
Tommaso Giordani (c1733 – 1806)

6 Arminio
Antonio Lotti (c1667-1740)

7 (I) casti amori d’Orontea
Antonio Cesti (1623 – 1669)

8 (L’)Amor contrastato, ‘La Molinara’
Giovanni Paisiello (1740 – 1816)

9 Nina, o sia La pazza per amore
Giovanni Paisiello (1740 – 1816)

10 O leggiadri occhi belli
Anonymous

11 Qual fiamma che m’accende
Alessandro Marcello (1684 – 1750)

12 Selve amiche
Antonio Caldara (c1670 – 1736)

13 Sebben crudele me fai languir
Antonio Caldara (c1670 – 1736)

14 (Le) nuove musiche
Giulio Caccini (c1545 – 1618)

15 Nuove musiche e nuova maniera de scriverle
Giulio Caccini (c1545 – 1618)

16 Se tu m’ami
Alessandro Parisotti (1835 – 1913)

17 (Il) Zingari in fiera
Giovanni Paisiello (1740 – 1816)

18 Giasone
(Pietro) Francesco Cavalli (1602 – 1676)

19 Sposa son disprezzata
Antonio (Lucio) Vivaldi (1678 – 1741)

20 Vittoria, mio core!
Giacomo Carissimi (1605 – 1674)

Cecilia Bartoli (Mezzo soprano)
György Fischer (Piano)
Recording: Mozart Saal,Konzerthaus, Vienna

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Johann Jakob Walther (1650-1704): Hortulus Chelicus Mainz, 1688

A sucessão de grandes discos que postei esta semana — fiz todas as postagens no último domingo e programei para que os CDs entrassem a cada meio-dia (à exceção de sexta-feira, dia para o qual já havia um CD de CVL programado) –, é fechada com uma tremenda surpresa. Sim, claro, sei que todos vocês conhecem Walther, mas talvez não conheçam este trabalho de absurda beleza do Les Plaisirs du Parnasse sob a direção de David Plantier. A Passagagli, além da Serenata a un Coro di violini, Organo tremolante, Chitarrino, Piva, Due Trombe e Timpani, Lira todesca e Harpa smorzata per un violino Solo são obras que mereceriam estar no repertório de todos conjuntos que se dedicam ao barroco alemão. Confiram.

Há poucas informações sobre Johann Jacob Walther. Entre 1670 e 1674, ele foi violinista na capela dos Medici, em Florença. Em 1674, tornou-se mestre de concerto do Tribunal de Dresden (?). Em 1680, com a morte de seu benfeitor, ele foi secretário do tribunal eleitoral de Mainz (?) e sacerdote (?!). Walther tinha especial orgulho deste Hortulus chelicus 1688 que ora posto (segunda edição em 1694 com o título Wohlgepflanzter violino Lustgarten). Sem a menor modéstia, Walther, no prefácio da obra, menciona seu orgulho pelo excelente e diversificado trabalho que fizera. Tinha razão.

IMPERDÍVEL!!!!

Johann Jakob Walther: Hortulus Chelicus Mainz, 1688

1-5 – Suite No.9 in C minor

6-9 – Suite No.8 in E major

10 – Aria No.14 in G minor

11-16 – Suite No.6 in B minor

17-21 – Suite No.20 in E minor

22-28 – Serenata a un Coro di violini, Organo tremolante, Chitarrino, Piva, Due Trombe e Timpani, Lira todesca e Harpa smorzata per un violino Solo No.28 in D major

29 – Passagagli No.7 in D minor

Les Plaisirs du Parnasse
David Plantier, violon & direction

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PQP

.: interlúdio :. The Cracow Klezmer Band – De Profundis [2000]

Dizem que isso é música Radical da Cultura Judaica. Duvido muito. O radicalismo deles é muito bem comportado. A Cracow Klezmer Band é um quarteto de jovens poloneses de formação clássica que tocam música, digamos, étnica. Seus trabalhos são sobre a música judaica, mas também sobre a dos Bálcãs, a dos ciganos, a do Nuevo Tango, etc. Sim, são esquisitos pacas. Alguma energia — bem menos do que o esperado para quem conhece Bregovic e assemelhados –, longas melodias, ritmo e intrincadas linhas de instrumentos acústicos (2 acordeões, baixo, violino, clarinete e percussão) fazem a música do Klezmer. Vale a pena aventurar-se. Nem que seja para ouvir novos timbres…

:: auf, auf! link revalidado por Blue Dog em nov/2011. o disco é lindo! mais do que klezmer, é uma exploração (até bastante sombria) da música judaica, e cabe perfeitamente na série onde saiu, a Radical Jewish da Tzadik. apesar do que o nome indica, é música exploratória, ô PQP! : D

The Cracow Klezmer Band – De Profundis [2000]
Jaroslaw Tyrala – violin
Jaroslaw Bester – accordion
Oleg Dyyak – accordion, clarinet, percussion
Wojciech Front – double bass

1. Balkan Dance
2. Sher
3. De Profundis
4. Devil Circle
5. Awaiting
6. Aide Jano
7. Secrets of Life

download – 113MB /mediafire [320]

PQP

Resposta ao Luiz Alberto Amorim

Recebemos este comentário de um deficiente visual.

Cóé PQP!!! Tô com a CPSM q vc botou aí, e acabei de pegar as 4 suites aí… Pô: queria muito compor a comunidade aí, mas o código obrigatório me exclui… Meu leitor de telas não entende isso como um texto, sacó é? Assim q tiver um olho perto de mim faço isso, e boto umas paradas maneiras q tenho aí. Brigadão por sua moral pra nóis aí, PQP.

Ele lê o blog através de um leitor de telas, o qual deve reconhecer os caracteres, formar as palavras e ler para ele em voz alta. Quando aparece algum desenho, o Luiz Alberto fica sem entender nada. Mas ONDE ESTÁ AQUILO ATRAPALHA SUA LEITURA OU COMENTÁRIOS? Não sei. Alguém tem alguma ideia do que seja?

.: interlúdio :. Evan Parker & Transatlantic Art Ensemble – Boustrophedon (2008)

Na minha opinião, uma obra-prima do jazz contemporâneo. Jazz? Será mesmo? Não será erudito? Estranhamente, fiquei entusiasmadíssimo ouvindo este CD em iPod, na rua. Tal entusiasmo diminuiu um pouco quando o ouvi em casa. Quem sabe é algo para se ouvir com som muito alto? Pode ser. A faixa que mais me deixou feliz foi talvez a menos erudita, Furrow 6, de tema espetacularmente jazzistíco.

O primeiro comentarista que apareceu na Amazon escreveu imensos e merecidos elogios ao trabalho.

By greg taylor (Portland, Oregon United States)
(TOP 500 REVIEWER)
Some of us have been looking forward to this release for a year or two. This is a companion volume to ECM’s Roscoe Mitchell release “Improvisations Nos. 1,2&3”. Both that release and Boustrophedron were recorded in September, 2004 at concerts in Munich. They both feature the Transatlantic Art Ensemble which is made up of long-time associates of the two principles, Mitchell and Parker. The personel is as follows:

Evan Parker- soprano saxophone
Roscoe Mitchell- soprano and alto sax
Anders Svanoe- alto sax
John Rangecroft- clarinet
Neil Metcalfe- flute
Corey Wilkes- trumpet, fluegelhorn
Nils Bultmann- viola
Phillip Wachsmann- violin
Marcio Mattos- cello
Craig Taborn- piano
Jaribu Shahid, Barry Guy- double bass
Tani Tabbal, Paul Lytton- drums and percussion.

I want to offer some basic info about the structure of Parker’s piece and then a few comments on the music. My remarks on the structure of the piece are based on Steve Lake’s excellent liner notes.

Boutrophedon is from Greek and means “turning like an ox while ploughing”.

This sort of left to right then right to left movement seems to have suggested to Parker a grouping of musical analogies including that of the improvisor emerging from the written score and then returning to it.

Structurally, the music has eight parts. The very brief Overture is followed by six ‘Furrows’ each of which is structured around a pair of musicians, one from each side of the Transatlantic Art Ensemble. The Finale is then centered around a sequence of individual cadenzas.

The first Furrow features flute and piano, the second viola and violin, the third cello and the alto sax of Svanoe, the fourth clarinet and trumpet, the fifth Furrow is for both bassists and the sixth Furrow features first Parker on soprano and then Mitchell tearing it up on alto.

After that last furrow, the Finale’s cadenzas seem relatively calm until the final orchestral chords.
A couple of remarks. Apparently, Parker conducts throughout but Mitchell also conducts from the Furrow 4 on (if I understand the liner notes correctly). This was to add another level of unpredictability to the way the musicians contributed to the piece. I am not sure I can hear any difference but I would be interested to hear from others if they do.

Some of the musicians on this recording simply leave you no choice but to be awed. Taborn is outstanding both supporting soloists and as an individual voice. Wilkes on Furrow 4 is a delight. His feature is played largely muted (I think) and he is a master of the trumpeter’s craft of tone manipulation. I need to see if I can find some CDs where he is the leader. Furrow 6 featuring Parker and Mitchell is the most typically jazzy part of the recording. They are both fierce but the way Mitchell charges in about ten seconds after Parker fades to silence is a superb moment crafted by both men.

My fellow reviewer, R. Hutchinson, thought in his review of the Mitchell piece that it could have done with more rehersal time for everyone in the band to get to know each other. I know exactly what he means. I felt the same thing about the recording featuring the Italian Instabile Orchestra recording with Cecil Taylor. But I do believe that there are moments aplenty on all three CDs to delight the listener. Parker, Mitchell and Taylor are rare birds- musical creators that work in a million different directions. Each man has over fifty years of creative effort and learning behind everything they do. Give this recording a listen, see what you get out of Parker’s efforts. For myself, I have enjoyed it immensely.

Evan Parker – Boustrophedon

1. Overture (1:21)
2. Furrow 1 (8:09)
3. Furrow 2 (5:46)
4. Furrow 3 (11:07)
5. Furrow 4 (5:21)
6. Furrow 5 (8:20)
7. Furrow 6 (12:52)
8. Final (6:19)

Evan Parker: soprano sax
Roscoe Mitchell: alto sax, soprano sax
Anders Svanoe: alto sax
John Rangecroft: clarinet
Neil Metcalfe: flute
Corey Wilkes: trumpet, flugelhorn
Nils Bultmann: viola
Philipp Wachsmann: violin
Marcio Mattos: cello
Craig Taborn: piano
Jaribu Shahid: double-bass
Barry Guy: double-bass
Tani Tabbal: drums, percussion
Paul Lytton: drums, percussion

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Marin Marais (1656 – 1728): Viol Music for the Sun King

Nosso SAC é estranho, às vezes obedece à solicitações que não lhe são feitas. Houve um comentário em minha última postagem que me fez lembrar deste CD. Ele me foi enviado a Ciço Villa-Lobos que me repassou ainda em janeiro… Penso que ele não o ouviu, pois me fazia a pergunta: isso é bom? Em nenhuma manhã do mundo podemos afirmar que um disco Marin Marais seja bom só de ler a relação de músicas e deixei-o em minha enorme fila de “CDs a ouvir”. Quando chegou sua vez, tomei um susto — é um monumento à música barroca francesa. Causou-me o maior entusiasmo este que é mais uma das maravilhas da Naxos. Gostei a ponto de encomendá-lo na Amazon, apesar de, vejam como são as coisas, o CD não estar muito bem avaliado no site da mesma.

Enfim, ouçam vocês e depois me digam se é biscoito fino ou gororoba. Claro que é biscoito fino!

MARAIS: Viol Music for the Sun King

Sonate a la Maresienne
1. I. Un peu grave – legerement – un peu gai 00:04:24
2. II. Sarabande 00:02:16
3. III. Tres vivement – gravement 00:03:45
4. IV. Gigue 00:02:06

Pieces de Violes, 3me livre: Suite in D major
5. I. Prelude 00:01:39
6. II. Fantaisie 00:00:46
7. III. Allemande 00:02:29
8. IV. Rondeau 00:02:16
9. V. Plainte 00:04:48
10. VI. Charivary 00:02:31

Pieces de Violes, 2de livre: Les Voix humaines
11. Les Voix humaines 00:06:30

Pieces en Trio: Suite in C minor
12. I. Prelude 00:03:06
13. II. Caprice 00:02:24
14. III. Passacaille 00:03:50

Pieces de Violes 1re livre: Tombeau de M. Meliton
15. Tombeau de M. Meliton 00:09:30

Pieces de Violes 2de livre: Couplets de folies
16. Couplets de folies 00:16:34

Ensemble(s): Spectre de la Rose

Total Playing Time: 01:08:54

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Versailles: L’Îlle Enchantée

Disco absolutamente genial, apesar de francês… Brincadeira!

Um CD agradabilíssimo. Músicas de diversos autores, boa variação instrumental, tudo combinando, um trabalho luxuoso da Alpha. Ideal para ficar feliz.

Versailles: L’Îlle Enchantée

1 J-B Lully: Psyché, tragédie-ballet, LWV 45 (Ouverture) (2’22)
2 J-H d’Anglebert: Prélude for keyboard in G minor (Pièces de Claveçin) (1’34)
3 M. Lambert: Vos mespris chaque jour, air (3’20)
4 J. Ch. de Chambonnières: Sarabande for harpsichord in G major (2’13)
5 J-B Lully: Le bourgeois gentilhomme, comédie-ballet, LWV 43 (Marche pour la cérémonie des Turcs) (1’18)
6 J-H d’Anglebert: Prélude for keyboard in G major (2’02)
7 M. Lambert: Ombre de Mon Amant (5’37)
8 J-H d’Anglebert: Passacaille from Lully’s Armide (3’54)
9 G. Le Roux: Gigue for 2 harpsichords in G major (1’00)
10 J-B Lully: Le bourgeois gentilhomme, comédie-ballet, LWV 43 (Marche pour la Cérémonie des Turcs (reprise)) (1’30)
11 A. Campra: L’Europe galante, opera-ballet (Act 3. No. 1. Sommeil) (5’40)
12 L. Couperin: Work(s) ([Unspecified] Prélude en ut for harpsichord) (2’59)
13 L. Couperin: Passacaille for harpsichord in C major (Pièces de clavecin, No. 27) (5’08)
14 J. Ch. de Chambonnières: Paschalia for 2 harpsichords (1:35)
15 A. Campra: L’Europe galante, opera-ballet (Act 5. No. 1. Mes Yeux) (4’17)
16 F. Couperin: Allemande à deux clavecins, for 2 harpsichords (Pièces de clavecin, II, 9e ordre) (4’31)
17 M. Marais: Les Voix Humaines, for viola da gamba & continuo in D major (Pièces de viole, Book II, No. 63) (4’08)
18 J-H d’Anglebert: Prelude in D minor (4’07)
19 M. Marais: Work(s) ([Unspecified] Sarabande en ré mineur for 2 viols & continuo) (3’21)
20 J-B Lully: Le bourgeois gentilhomme, comédie-ballet, LWV 43 (Quels spectacles charmants) (1’16)
21 J-B Lully: Amadis, opera, LWV 63 (Act 5. No. 5. Chaconne) (6’43)

Guillemette Laurens, mezzo-soprano
Capriccio Stravagante Orchestra
Conductor: Skip Sempé

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