Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Flute Concerto No. 1 in G Major, No. 2 in D major, Concerto for flute and Harp (Rampal)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Flute Concerto No. 1 in G Major, No. 2 in D major, Concerto for flute and Harp (Rampal)

Rampal e Mozart, que dupla…! Já me emocionei muito com estas gravações, que apenas consolidaram minha opinião a respeito de Rampal… gênio, mestre absoluto da flauta. Confesso que minha gravação favorita do concerto para flauta e harpa é com o Aurele Nicolet, acompanhado pelo Karl Richter… mas sejamos fiéis à coleção… tenho certeza de que ninguém vai se arrepender. E estou preparando outra postagem com esta dupla Nicolet / Richter… Para quem não conhece a obra, preste atenção no andantino do Concerto para flauta, harpa e orquestra. É um dos mais belos momentos da história da música. A delicadeza do dedilhar da harpa, acompanhada pelo sopro divino que emana dos pulmões de Rampal é de ressuscitar até defunto, de tão emocionante…

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Flute Concerto No. 1 in G Major, No. 2 in D major, Concerto for flute and Harp

Flute Concerto No. 1 in G major, K. 313 (K. 285c)

Performed by Israel Philharmonic Orchestra
Flauta – Jean-Pierre Rampal
Conducted by Zubin Mehta

01. Allegro
02. Adagio
03. Rondeau

Flute Concerto No. 2 in D major, K. 314 (K. 285d)

Performed by Israel Philharmonic Orchestra
Flute – Jean-Pierre Rampal
Conducted by Zubin Mehta

1- Allegro
2- Andante
3- Allegro

Concerto for flute, harp & orchestra in C major, K. 299 (K. 297c)

with Franz Liszt Chamber Orchestra
Flute – Jean-Pierre Rampal
Harp – Marielle Nordmann
Conducted by Claudio Scimone

  1. Allegro
  2. Andantino
  3. Rondeau

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Mesmo com os óculos tortos, Rampal arranhava uma flautinha.

fdp

.: interlúdio :. Milt Jackson at the Museum of Modern Art (1965)

.: interlúdio :. Milt Jackson at the Museum of Modern Art (1965)

Não sei bem de onde catei essa raridade, que ganhou remasterização em nova edição deste ano. Também não posso parar agora pra procurar, ou falar sobre Milt Jackson. Ainda bem que não precisa. Saibam que o disco é lindo e majestoso. E agradeçam ao internauta misterioso pelo rip em 320kbps.

Milt Jackson at the Museum of Modern Art 1965
Milt Jackson: vibraphone
Cedar Walton: piano
James Moody: reeds
Ron Carter: bass
Otis Finch: drums

download – 80MB
01 The Quota 5’10
02 Novamo 5’54
03 Enigma 3’49
04 Turquoise 5’21
05 Chyrise 3’25
06 Montelei 5’07
07 Simplicity & Beauty 2’52
08 Flying Saucer 5’09
09 Namesake 4’24

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Milt Jackson agradeceu a volta do link que era de 2008… Sim, nosso blog é véio pra caralho.

Boa audição!
Blue Dog

Marlos Nobre (1939): Selección sonora (Nobre e outros) (Premio Tomás Luis de Victoria 2005)

Marlos Nobre (1939): Selección sonora (Nobre e outros) (Premio Tomás Luis de Victoria 2005)

Como Marlos Nobre e Edino Krieger são os dois expoentes mais representativos da música clássica brasileira atual e como Krieger teve duas postagens contra uma de Nobre, esta dividida com Villa-Lobos, faço agora o contrabalanço, com a segunda do compositor pernambucano, mais fácil de ser achado em coletâneas do que em CDs inteiramente dedicados a ele.

Por sorte, tenho um – dos bons – que é uma coletânea de coletâneas. Explico.

Marlos Nobre ganhou em 2005 o Prêmio Tomás Luis de Victoria, uma espécie de Prêmio Príncipe de Astúrias da música clássica espanhola concedida a compositores latino-americanos e ibéricos, e teve a edição de um livro sobre sua vida e obra (El sonido del realismo mágico) bancado pela fundação que concede a láurea. O livro acompanha o presente CD, que compila gravações retiradas de outros álbuns.

Destacam-se no disco: o famoso Frevo, para piano, que tem uma transcrição para violão e depois foi transformado no quinto e último movimento do IV Ciclo Nordestino para piano. Yanomami, uma bem sucedida peça para tenor solo e coral acompanhada por somente um único violão. As Três canções negras, com letra dos poetas pernambucanos Ascenso Ferreira e Manuel Bandeira, em particular a primeira delas. E Passacaglia, a melhor obra sinfônica de Nobre depois de Convergências e antes de Kabbalah (esta não me agrada muito).

A remissão das Três canções negras à Bachianas n° 5 é explícita pela igual formação instrumental, para oito celli e soprano, e pela utilização de poemas de Bandeira – tanto que o CD original traz ambas as obras. Porém não há outros traços, fora esses. Já a Passacaglia foi ampliada um pouco e destinada a balé com o nome de Saga Marista, sob encomenda dos Irmãos Maristas pelo centenário da congregação no Brasil, em 1997, e reciclada em uma transcrição para banda sinfônica chamada Chacona amazônica – nada que supere os Desafios, que é quase a mesma coisa tendo cada instrumento da orquestra como solista.

***

Marlos Nobre (1939): Selección sonora (Nobre e outros) (Premio Tomás Luis de Victoria 2005)

Quarteto de cordas, op. 23 n° 1 (1967)
1. Variantes
2. Interlúdio
3. Postlúdio
Música Nova String Quartet

Desafio VII para piano e orquestra de cordas, op. 31, n° 7 (1980)
4. I. Cadenza e II. Desafio
Maria Luíza Corker-Nobre, piano
Música Nova String Orchestra
Marlos Nobre, regência

5. Yanomami, para coro misto, tenor e violão, op. 47 (1980)
Choeur des XVIème de Fribourg
Olivier Rumpf, tenor
Dagoberto Linhares, violão
Jean Jacques Martin, regência

Sonante I, para marimba solo, op. 80 (1994)
6. Intrata
7. Toccata
Miguel Bernat, marimba

Três canções negras, para soprano e octeto de violoncelos, op. 88 (1999)
8. Maracatu
9. Cantilena
10. Candomblé
Cello Octeto Conjunto Ibérico
Pilar Jurado, soprano
Elias Arizcúren, regência

11. Tango, para piano, op. 61 (1984)
12. Frevo, para piano, op. 43 (1977)
Marlos Nobre, piano

13. Passacaglia, para orquestra, op. 84 (1997)
Não constam regente e orquestra

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Acreditem, quando conheci Marlos Nobre, ele tinha cabelo escuro

CVL

Johann David Heinichen (1683-1729): Galant Court Music (Il Fondamento / Paul Dombrecht)

Johann David Heinichen (1683-1729): Galant Court Music (Il Fondamento / Paul Dombrecht)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Lembram dos dois sensacionais álbuns de Reinhard Goebel de algumas décadas atrás? Goebel e sua turma ganharam todos os prêmios anuais disponíveis. Querem conhecê-los? O primeiro está aqui, o segundo aqui. Na época Goebel estava colocando na roda alguém que era desconhecido do grande público. Heinichen escreveu algumas obras-primas que soam como os grandes concertos de J.S. Bach. Suas aberturas soam como Telemann. Quando Goebel descobriu este compositor, era tudo muito surpreendente e alegre. Aqui, “Il fondamento” mantém este espírito com muito entusiasmo e beleza trazendo outras obras do grande Heinichen, com  uma exceção, o Sieble 214. Este CD é obrigatório. A música é sublime e os músicos são muito talentosos!

Johann David Heinichen (1683-1729): Galant Court Music (Il Fondamento / Paul Dombrecht)

Concerto A 7, G Major, Seibel 214
1 Vivace 2:34
2 Largo 2:02
3 Allegro 3:24

Concerto G Minor, Seibel 237
4 Allegro 4:32
5 Andante 2:08
6 Vivace 2:31

Ouverture G Major, Seibel 206
7 Ouverture 3:49
8 Entrée 1:48
9 Menuet 1:01
10 Gavotte 0:45
11 Bourée 1:17
12 Loure 2:32
13 Rondeaux 0:37
14 Menuet 1:02

Concerto A Major, Seibel 228
15 Allegro Assai 3:51
16 Affettuoso 5:14
17 Allegro 3:32

Concerto D Major, Seibel 224
18 Allegro 2:19
19 Affettuoso 1:39
20 Presto 1:46

Ouverture G Major, Seibel 205
21 Ouverture 4:30
22 Air 1:41
23 Bourré Alternativ 2:03
24 Air 1:41
25 Rigadon Alternativ 1:56
26 Air Viste 1:15

Composed By – Johann David Heinichen
Directed By – Paul Dombrecht
Orchestra – Il Fondamento

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O talentoso dito cujo.

PQP

Maurice Ravel (1875 – 1937): Gaspard de la nuit, Valses nobles et sentimentales, Ma mère l’oye – Emanuel Ax (e Yoko Nazaki) ֍

Maurice Ravel (1875 – 1937): Gaspard de la nuit, Valses nobles et sentimentales, Ma mère l’oye – Emanuel Ax (e Yoko Nazaki) ֍

Maurice Ravel

Gaspard de la nuit

Valses nobles et sentimentales

Ma mère l’oye

Emanuel Ax, piano

Os melhores livros são os que emprestamos dos amigos. Foi assim, Maurice Ravel emprestou de seu amigo, o pianista Ricardo Viñes, um livro de poemas escrito por Aloysius Bertrand. As poesias são cheias de personagens fantásticos e de histórias de terror. Esse disco reúne peças que foram em parte inspiradas nessas histórias escritas em forma de poemas. O disco tem dois lados, assim como o famoso personagem do conto “O Médico e o Monstro” – Dr. Jekyll e Mr. Hyde.

A primeira parte é a peça que leva o nome do livro, Gaspard de la nuit, com seus três movimentos: Ondine, Le Gibet e Scarbo. Esta peça é considerada a mais difícil da literatura de piano e superou Islamey, de Balakyrev, a campeã em dificuldade até então. Pois foi o pianista Ricardo Viñes o primeiro a interpretá-la. Para saber mais sobre essa peça, veja aqui.

O outro lado do disco é uma delícia que começa com as Valsas nobres e sentimentais, nas quais Ravel emula o mundo vienense de Schubert, mais do que o de Strauss. A edição da partitura para piano (há uma versão para orquestra) leva uma citação de Henri de Régnier: “… le plaisir délicieux et toujour nouveau d’une occupation inutile” (… o prazer delicioso e sempre novo de uma ocupação inútil) – o que remete à doce inutilidade de escrever postagens, claro, guardadas as devidas proporções.

A última peça volta a ser colorida por seres fantásticos, mas do mundo das histórias para crianças (de todas as idades). A suíte da Mamãe Gansa é uma verdadeira maravilha, nessa versão para piano a quatro mãos. Encante-se com o Pequeno Polegar, A Princesinha Chinesa, A Bela e a Fera, e com o apoteótico Jardim das Fadas.

O pianista aqui é o jovem Emanuel Ax, que em 1978 tinha 29 anos e havia vencido em Tel Aviv o primeiro Concurso Arthur Rubinstein, em 1974. Na suíte da Mamãe Gansa ele tem a companhia da pianista Yoko Nazaki. Eu gostei muito deste disco já vintage, mas ainda em excelente forma.

Maurice Ravel (1875-1937)

Gaspard de la Nuit, M. 55

  1. Ondine
  2. Le Gibet
  3. Scarbo

Valses nobles et sentimentales, M. 61

  1. Modéré, très franc
  2. Assez lent, avec une expression intense
  3. Modéré
  4. Assez animé
  5. Presque lent, dans un semtiment intime
  6. Vif
  7. Moins vif
  8. Épilogue. Lent

Ma mère l’oye, M. 60

  1. Pavane de la Belle au bois dormant. Lent
  2. Petit Poucet. Très modéré
  3. Laideronnette, Impératrice des pagodes. Mouvement de marche
  4. Les Entretiens de la Belle et de la Bête. Mouvement de valse très modéré
  5. Le Jardin féerique. Lent et grave

Emanuel Ax, piano

Yoko Nazaki (Ma mère l’oye)

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MP3 | 320 KBPS | 119 MB

Seção “The Book is on the Table”: Emmanuel Ax is of the same generation as Murray Perahia and shares many of his attributes. These recordings date from early in his career and demonstrate all the key elements of his style – subtlety of colouring, wonderful tonal control, long-breathed lines. A must for devotees of Ax and of piano playing!

Sometimes not the playing I would look for in an individual work, but always substantial pianism and mostly much better than that. The Ravel is very, very fine, which is not in the line of most of what he does. I can often hear him solving (successfully) problems that other pianists have with specific barriers.

Aproveite!

René Denon

Mais música boa aqui:

Música Francesa para Piano a Quatro Mãos – Marylène Dosse e Annie Petit

Fauré / Debussy / Ravel / Poulenc / Stravinsky: Música Francesa para Duo de Piano – Paul Lewis · Steven Osborne ֍

 

Giovanni Gabrieli (1557-1612): Motetos, Canzonas / Claudio Merulo (1533-1604): Magnificat (Mabire, La Guilde des Mercenaires)

Mais um disco do “Trio Parada Dura” de Veneza: Merulo, Gabrieli e Gabrieli. Os três trabalharam mutos anos na Basílica de San Marco, a maior igreja de Veneza, financiada pelos ricaços que comandavam boa parte do comércio mediterrâneo. Eles começaram a empobrecer quando Portugal e Espanha, contornando a África, chegaram às Índias e de bônus encontraram a América, mas esse processo de empobrecimento durou séculos, de modo que por volta de 1550 a 1650 o comércio se reduzia mas a música de Veneza chegou ao seu auge: toda a Europa imitou e aprendeu com as inovações de Merulo, dos dois Gabrieli e de Monteverdi. Mas atenção: o Gabrieli que aparece aqui, Giovanni, era sobrinho do outro, Andrea, que apareceu na postagem de anteontem. Boa parte das obras de Andrea foram publicadas postumamente, com edição do sobrinho, que possivelmente fez certas contribuições colocando notas aqui e tirando ali, de modo que é difícil diferenciar os estilos dos dois Gabrieli.

Claudio Merulo era contratado como organista em San Marco, mas também compunha música vocal como o Magnificat aqui gravado. Já Andrea Gabrieli foi responsável pela música vocal da Basílica de San Marco, cargo que herdou de seu professor, o franco-flamenco Adrian Willaert (morto em 1562). Muitos estrangeiros vinham escutar a música de San Marco e, se possível, aprender um pouco com Willaert, Merulo, A. Gabrieli e, depois, com seu sobrinho G. Gabrieli. O sucessor deste último no cargo foi Monteverdi, o último compositor de renome internacional em San Marco. Depois, outros gênios ainda viveriam em Veneza mas sem relações diretas com a Basílica, como Barbara Strozzi (que, por ser mulher, jamais seria cogitada Maestrina di Capella della Serenissima Republica) e Vivaldi.

Como explica Adrien Mabire nas notas, o programa do disco se baseia nas obras de G. Gabrieli publicadas nos “Concerti” de 1587 e nas “Sacrae Symphoniae” de 1597. Ele mostra a gênese das grandes peças para coro simples e duplo, arte tipicamente veneziana, com o objetivo de restituir a essa música sua forma original, na qual vozes e instrumentos se misturam. Para nos ajudar a imaginar as influências sobra Giovanni Gabrieli, além de sua educação com seu tio e com Roland de Lassus, adicionamos três peças de outros compositores. Primeiro o Magnificat de Claudio Merulo. Este último era organista em San Marco quando os dois Gabrieli ali trabalhavam, é evidente o impacto de sua obra sobre Giovanni. Em seguida a canção de Adrian Willaert (1490-1562), mestre de capela em San Marco e professor de Andrea Gabrieli, canção que representa aqui uma pausa nas obras de igreja. Para fechar, uma pequena peça humorística de Roland de Lassus, com quem Giovanni trabalhou em Munique de 1575 a 1579, apenas cinco ou seis anos antes das primeiras composições de G. Gabrieli aqui gravadas. Ao contrário de outras gravações desse repertório, o conjunto aqui presente é mais reduzido, com seis cantores, quatro sopros e órgão. Nos motetos para mais de seis vozes, são os instrumentos que tocam as partes vocais, prática comum na época em que essa música era ouvida em grandes celebrações na Basílica de San Marco.

GLORIA A VENEZIA !

CLAUDIO MERULO (1533-1604)
1. Magnificat 5’38

GIOVANNI GABRIELI (1557-1612)
2. Canzon terza a 4 1’50
3. Ego Dixi a 7 2’42
4. Beati immaculati a 8 2’42

GIOSSEFO GUAMI (1542-1611)
5. Canzon alla francese « La Lucchesina » 2’46

G. GABRIELI
6. Inclina Domine a 6 3’20
7. O magnum mysterium a 10 2’50
8. Canzon quarta a 4 2’26
9. Jubilate deo a 8 3’22
10. Deus, deus meus a 10 3’43
11. Ricercar per organo 1’49
12. Domine exaudi a 10 1’52

ADRIAN WILLAERT (1490-1562)
13. Le dur travail 1’21

G. GABRIELI
14. Surrexit pastor bonus a 10 2’37
15. Canzon seconda 2’36
16. Beata es virgo maria a 6 3’24
17. Canzon « La Spiritata » a 4 3’00
18. Angelus ad pastores a 12 2’42

ROLAND DE LASSUS (1532-1594)
19. Lucescit iam o socii 2’58

La Guilde des Mercenaires
Adrien Mabire, direction et cornet

Chanteurs:
Violaine Le Chenadec, soprano; Anaïs Bertrand, mezzo soprano; Marnix De Cat, contre-ténor; Marc Mauillon, baryton-basse; Renaud Bres, baryton-basse; Marc Busnel, basse

Instrumentistes:
Benoit Tainturier – cornet
Juan Gonzales Martinez, Arnaud Bretecher, Abel Rohrbach – trombones
Jean-Luc Ho – orgue
Enregistré à la Chapelle Royale de Versailles, France, 2019

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

2 trombones, 2 cornettos (não o sorvete, o instrumento renascentista com formato de chifre)

Pleyel

Henry Purcell (1659-1695): Fantasias para Violas (Hespèrion XX / Jordi Savall)

Henry Purcell (1659-1695): Fantasias para Violas (Hespèrion XX / Jordi Savall)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Há muito tempo, tanto em apresentações públicas como em gravações, Jordi Savall e o seu grupo têm caminhado para um estilo de interpretação cada vez mais meditativo. Com esta gravação, em colaboração com Wieland Kuijken, eles alcançam um estado de abstração raramente experimentado na música. É quase desnecessário dizer que a sua forma de tocar é sempre extremamente bonita: a música assim o exige. Mas qualquer necessidade de ser retórico foi superada e descartada. É tudo muito sutil e convincente — desde a primeira faixa o ouvinte é transportado para uma atmosfera auditiva rarefeita. Embora eu não tenha tido a oportunidade de comparar, a impressão desta versão é que poucos ousariam tocar tão lentamente. A seção lenta da Quarta Fantasia, por exemplo, está quase paralisada. E, ainda assim, a música mais do que sobrevive. São performances que iluminam a partitura de Purcell. Não deixe de ouvir!

Henry Purcell (1659-1695): Fantasias para Violas (Hespèrion XX / Jordi Savall)

Fantasia em uma nota
1 Fantasia em uma nota 3:06

3 fantasias em 3 partes
2 Fantasia eu 3:15
3 Fantasia II 2:40
4 Fantasia III 3:38

3 fantasias em 4 partes
5 Fantasia IV, 10 de junho de 1680 3:49
6 Fantasia V, 11 de junho de 1680 3:32
7 Fantasia VI, 14 de junho de 1680 4:05

In Nomine em 6 partes
8 In Nomine em 6 partes 1:51

3 fantasias em 4 partes
9 Fantasia VII, 19 de junho de 1680 4:24
10 Fantasia VIII, 22 de junho de 1680 16:00
11 Fantasia IX, 23 de junho de 1680 5:08

3 fantasias em 4 partes
12 Fantasia X, 30 de junho de 1680 4:05
13 Fantasia XI, 18 de agosto de 1680 3:08
14 Fantasia XII, 31 de agosto de 1680 3:35

In Nomine em 7 partes
15 In Nomine em 7 partes 3:45

Hespèrion XX:
Viol [Basse De Viole] – Marianne Müller * , Philippe Pierlot (2) , Wieland Kuijken
Viol [Dessus De Viole] – Jordi Savall
Viol [Hautecontre De Viole] – Sophie Watillon
Viol [Ténor De Viole] – Eunice Brandão , Sergi Casademunt
Direção: Jordi Savall

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O genial Henry Purcell.

PQP

A. Gabrieli, C. Merulo, O. di Lasso, M. Facoli, G. Radino, G. Picchi: Fim do século XVI em Veneza (J.-M. Aymes / F. Bonizzoni, cravos)

Dois CDs dedicados à música para teclado do norte da Itália por volta de 1590-1600. Veneza: “tão única no mundo e tão estranha que parece saída de um sonho”, nas palavras de Juan del Encina por volta de 1500. Naquela época, ao mesmo tempo que começava lentamente a perder protagonismo comercial para as caravelas do comércio atlântico, Veneza mantinha-se como uma cidade notável por sua mistura de influências de todo o Mediterrâneo e especialmente da metade oriental daquele mar. Ao mesmo tempo, uma inovação recente havia se firmado há poucos anos: a impressão em papel. É preciso lembrar que a Bíblia de Gutenberg é de 1455, e que poucas décadas depois tanto Veneza quanto Roma já contavam com dezenas de casas comerciais que imprimiam – sabe-se lá o quê! Livros religiosos, seculares, talvez listas de mercadorias e também música, talvez nem tanta música em 1500, mas sem dúvida muita música mais para o fim daquele século.

Em 1600, Veneza seguia única com seus palácios de estilo meio gótico, meio bizantino, meio árabe – as três metades se equlibravam sobre as águas da laguna meio que por mágica, mas também por técnicas milenares. E seguia sendo uma das cidades com mais casas de impressão na Europa. Este disco traz obras para cravo impressas em Veneza entre 1588 e 1621: a música puramente instrumental apenas começava a ser escrita e publicada, ao contrário da vocal que já tinha tradição de manuscritos por monges e padres da idade média. Não é um acaso que a difusão da imprensa tenha coexistido com essa ideia nova e revolucionária de se registrar no papel música instrumental.

No disco da Harmonia Mundi, temos alguns dos primeiros compositores a publicarem obras impressas (e não só manuscritas) para instrumentos de teclado. Alguns deles – Facoli, Radino, Picchi – escreveram volumes de obras ligeiras, danças e coisas do tipo, que dão um interessante panorama de como devia ser a vida musical em Veneza e região vizinha por volta de 1600.

Andrea Gabrieli e Claudio Merulo já são outra coisa, compará-los com esses outros citados é como comparar duas grandes árvores com pequenas flores. A flor tem beleza, aroma, simpatia, mas uma árvore de dezenas de metros, cheia de galhos mas também cipós e epífitas, insetos e pássaros em sua copa, isso é algo mais próximo da complexidade da escrita de A. Gabrieli, cheia de encontros e desencontros de diferentes vozes em contraponto e outras sutilezas.

Andrea Gabrieli sucedeu ao seu professor, o franco-flamenco Adrian Willaert (morto em 1562) no cargo de responsável pela música da Basílica de San Marco. Muitos estrangeiros vinham escutar a música de San Marco e, se possível, aprender um pouco com Willaert, A. Gabrieli e, depois, com seu sobrinho G. Gabrieli, outro importante compositor de Veneza. Ambos foram organistas na Basílica de São Marcos, isso é bem documentado, mas a atividade deles tocando cravo ou clavicórdio em casas, palácios e jardins já é um assunto sobre o qual podemos apenas sonhar. O volume “Canzoni alla francesa & Ricercari Ariosi libro Quinto”, como o nome indica, reunia obras de A. Gabrieli que se baseavam em melodias de canções, fossem elas de origem popular ou inventadas pelo compositor. O princípio é simples como uma semente, mas dele se originavam exuberantes árvores sonoras.

Sobre Andrea Gabrieli, as notas do CD nos informam: compositor prolífico e respeitado, ele reune em sua música para teclado as heranças dos polifonistas franco-flamencos e a da música espanhola para órgão, a mais evoluída do século XVI com compositores como Antonio de Cabezòn e Juan Bermudo. O seu “Pass’e mezzo Antico” está mais próximo de certas obras espanholas do que do “Pass’e mezzo” de Picchi, de estilo bem mais solto. Gabrieli faz um rico trabalho imitativo, caracterizado, ao mesmo tempo, mais por elegância do que por virtuosismo.

Andrea Gabrieli, além de organista, foi cantor no coro de San Marco quando jovem. De sua ligação com a polifonia vem provavelmente a predominância das formas imitativas. Ricercari e Canzoni são mais frequentes em sua obra do que a forma mais livre da Toccata, a qual tinha como mestre inigualável seu colega em San Marco, Claudio Merulo.

Gabrieli se baseou em uma célebre canção muito famosa naqueles tempos, “Suzanne un jour”, de Lassus, para transformá-la praticamente em uma Pavana – palavra derivada de Padoana, de Pádua, cidade próxima a Veneza – cheia de ornamentos. Para dar uma ideia da distância entre a [i] canzon de Gabrieli e o modelo vocal, o disco apresenta uma versão da canção de Lassus, originalmente para cinco vozes, apenas com a parte de soprano cantada por Kiehr. Era comum naquela época essa prática de improvisos e passagi que traziam apenas uma distância lembrança da canção original.

O disco termina com uma Toccata de Claudio Merulo: embora nascido na Emilia-Romagna (região italiana situada entre Veneza e a Toscana), ele permaneceu em Veneza como organista em San Marco por quase 30 anos, e foi ali que ficou famoso também como compositor, fazendo música para os nobres de Veneza e também comparecendo em Florença no casamento de Franceso de’ Medici como embaixador da Serenissima República de Veneza. Ele foi inovador sobretudo nas suas toccatas, com alternância de momentos polifônicos e passagi brilhantes de virtuosismo. Isso significa que ele alternava, na mesma composição, momentos de contraponto elaborado sob certas regras e momentos bastante livres. Esse estilo influenciou as Toccatas de italianos como Frescobaldi e A. Scarlatti e ainda as de gente de terras distantes como Sweelinck na Holanda, Buxtehude e J.S. Bach na Alemanha.

A toccata de Merulo aqui presente foi publicado no seu segundo livro de “Toccate d’Intavolatura d’organo”. Intavolatura significa introdução. Esse nome, equivalente ao de “Prelúdio” em séculos seguintes, indicava que boa parte da música instrumental publicada era compreendida como introdução a um “Prato Principal” que costumava ser a música vocal, fosse ela sacra ou profana.

Marco Facoli (séc. XVI)
1-10. Peças de “Il secondo Libro d’Intavolatura di Balli d’Arpicordo (Veneza, 1588)
Aria della Comedia nuovo, Aria della Marchetta Schiavonetta,
Aria della Signora Livia, Padoana prima dita Marucina, Aria della Signora Fior d’Amor, Aria della Signora Ortensia,
Aria della Signora Michiela, Padoana quarta dita Marchetta à doi modi, Napolitana “Deh pastorella cara”, Napolitana “S’io m’accorgo ben mio”

Andrea Gabrieli (ca. 1510-1586)
11-12. Peças de “Il Terzo Libro de Ricercari (Veneza, 1596)
Pass’e mezzo antico in cinque modi variati, Ricercar del secondo tono

Giovanni Maria Radino (séc XVI – após 1607)
13-17. Peças de “Il primo Libro d’Intavolatura di Balli d’Arpicordo (Veneza, 1592)
Gagliarda seconda, Gagliarda prima, Padoana prima, Gagliarda terza, Gagliarda quarta,

Orlando di Lasso (1532-1594)
18. Peça de “Mellange d’Orlande de Lassus” (Le Roy & Ballard, 1570)
Susanne ung jour (G. Guerault), chanson

Andrea Gabrieli (ca. 1510-1586)
19-20. Peças de Canzoni alla francese & Ricercari Ariosi, Libro Quinto (Veneza, 1605)
Canzon deta “Suzanne un iour” d’Orlando Lasso, Canzon deta “Frais et Galliard” di Crequillon

Giovanni Picchi (fin do séc. XVI – início séc. XVII)
21-28. Peças de “Intavolatura di Balli d’Arpicordi” (Veneza, 1621)
Ballo ditto il Steffanin, Todescha con il suo Balletto, Ballo ditto il Picchi, Padoana ditta La Ongara, Ballo ongaro con il suo Balletto, Ballo alla Polacha con il suo Saltarello, Pass’e mezzo, Saltarello del Pass’e Mezzo

Claudio Merulo (1533-1604)
29. Peça das “Toccate d’Intavolatura d’organo, Libro Secondo”
Toccata Seconda

Jean-Marc Aymes – cravos fabricados por Philippe Humeau, cópias de Giovanni Antonio (Veneza, 1579) e anônimo italiano
Faixa 29: claviorganum por Philippe Humeau e Etienne Fouss
Faixas 9, 10, 18: Maria-Cristina Kiehr, soprano

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O cravo assinado “Baffo – Venetus – 1574”. Abaixo, mais detalhes dele
Na tábua, figuras que remetem à antiguidade greco-romana Junto ao teclado, arabescos típicos do mundo islâmico


Os dois livros que nos transmitiram as toccatas de Merulo foram publicados pelo autor, que também era editor de partituras. Sabemos que, de maneira geral, a escrita musical se transformou progressivamente e se enriqueceu de novos sinais gráficos a fim de permitir uma melhor transmissão das intenções do autor para o intérprete. Certos compositores sentiram este exigêncie de precisão com mais acuidade do que outros, e Merulo certamente foi um destes: ao contrário de Frescobaldi, porém, ele não utilizou, para alcançar tal objetivo, indicações dinâmicas ou agógicas, ou prefácios explicando o que a página musical não podia conter. Ele colocou seu pensamento unicamente na notação escrita, que articulou através de uma variedade de ritmos e de agrupamentos de notas absolutamente sem igual.

Merulo obriga assim o intérprete a se equilibrar entre, de um lado, a precisão da escrita musical e, de outro lado, seu renome como improvisador, o que faz pensar em interpretações fundamentalmente livres e inventivas. Sua precisão de escrita, da fato, poderia facilmente afastar o intérprete em nosso século do espírito original das obras, preocupado apenas com a realização meticulosa de cada detalhe. Mas se consideramos as partituras […] como a tradução escrita de alguma coisa que escapa à notação musical tradicional, então o intérprete alcança um leque fascinante de possibilidades, o que lhe permite recriar o clima de improviso que esteve presente no nascimento dessas obras. É, então, a busca por um equilíbrio delcado entre a fidelidade ao texto e a liberdade de interpretação que me conduziu ao longo da execução dessas obras sedutoras.
(Fabio Bonizzoni, 1997)

Claudio Merulo (1533-1604):
Toccate, Ricercari, Canzoni

Fabio Bonizzoni, cravo veneziano (anon.), fim do século XVI & órgão da Madonna di Campagna em Ponte in Valtellina, 1519-1589
(venetian harpsichord, anon., end of 16th c. & organ from Ponte in Valtellina, 1519-1589)

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O cartão de visitas do barbudo Claudio Merulo

Pleyel

Reubke (1834-1858) e Schunke (1810-1834): Obras para piano (Patuzzi)

Reubke (1834-1858) e Schunke (1810-1834): Obras para piano (Patuzzi)

Ambos viveram 24 anos. Schunke foi amigo de Schumann e não teve tempo de amadurecer. Reubke tem uma obra importante para órgão, a Sonata sobre o 94º Salmo. E só. Morreram cedo os dois jovens românticos. Este CD não é nenhuma maravilha, mas também não é o horror descrito pelo único comentarista que escreveu a respeito na Amazon. Pode ser sem brilhantismo, mas é simpático. Julguem aí.

Reubke (1834-1858) e Schunke (1810-1834): Obras para piano

J. Reubke: Sonata in B flat minor (1857)
01. Allegro maestoso – Sostenuto – Quasi recitativo – Dolce e con espressione –
Animato – Allegro appassionato – Sostenuto – Quasi recitativo – Dolcissimo
con espressione – Animato – Allegro con fuoco – Maestoso 12:29

02. Andante sostenuto – Animato – Più lento – Adagio 7:22

03. Allegro assai – Allegro agitato – Meno mosso – Grave – Quasi recitativo –
Tempo primo – Presto – Allegro maestoso – Grave 8:26

04. Mazurka in E Major (1856)* 3:23

05. Scherzo in D minor (1856)* 5:24

C. L. Schunke: Grande sonata in G minor Op.3 (1832)
06. Allegro 7:42
07. Scherzo: Molto allegro 2:35
08. Andante sostenuto 4:48
09. Finale: Allegro 7:33

Mario Patuzzi, piano

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Destino desgraçado: a única imagem de Ludwig Schunke já o representa morto.

PQP

Jean-Marie Leclair (1697-1764): Ouvertures Et Sonates En Trio (Christophe Rousset, Les Talens Lyriques)

Jean-Marie Leclair (1697-1764): Ouvertures Et Sonates En Trio (Christophe Rousset, Les Talens Lyriques)

Este CD consiste de três Ouvertures e três Trio Sonatas que aparecem aqui pela primeira vez em disco. A coleção foi publicada em 1753, quando o Mercure de France registrou que seu conteúdo era “na verdade superior a todas as grandes coisas que o compositor fez até agora”. As aberturas são do tipo francês. A estas Leclair acrescentou em cada caso um movimento intermediário lento e um final animado. As três sonatas estão em quatro movimentos seguindo o padrão lento-rápido-lento-rápido. Dois deles são arranjos do próprio Leclair de sonatas para violino solo de suas duas primeiras coleções impressas, enquanto o terceiro foi originalmente publicado como um trio em uma publicação de 1728. As aberturas, por outro lado, começaram como peças de teatro; na verdade, uma deles, como o próprio Leclair observou, funcionou como abertura para sua única ópera Scylla et Glaucus (1746), enquanto seus dois movimentos restantes e a música das outras duas aberturas talvez tenham servido como música teatral para o duque de Gramont, que contratou Leclair como líder de orquestra no final da década de 1740.

Jean-Marie Leclair (1697-1764): Ouvertures Et Sonates En Trio (Christophe Rousset, Les Talens Lyriques)

Ouvertura I En Sol Majeur
1 Staccato, Allegro
2 Dolce Andante
3 Minuetto, Altro, Dolce

Sonata I En Ré Majeur
4 Adagio
5 Allegro
6 Sarabande
7 Allegro Assai

Ouvertura II En Ré Majeur
8 Grave Allegro
9 Andante Dolce
10 Allegro

Sonata II En Si Mineur
11 Largo
12 Allegro
13 Largo
14 Allegro

Ouvertura III En La Majeur
15 Grave
16 Allegro
17 Largo
18 Allegro Assai

Sonata III En Sol Mineur
19 Adagio
20 Allegro Ma Non Troppo
21 Aria Gratioso
22 Allegro

Les Talens Lyriques
Christophe Rousset

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Parece mesmo um herói de romance do século XVIII.

PQP

Debussy (1862 – 1918) & Poulenc (1899 – 1963): Música para Violoncelo e Piano – Jean-Guihen Queyras & Alexandre Tharaud ֍

Debussy (1862 – 1918) & Poulenc (1899 – 1963): Música para Violoncelo e Piano – Jean-Guihen Queyras & Alexandre Tharaud ֍

Debussy & Poulenc

Sonatas para Violoncelo

& outras peças

Jean-Guihen Queyras

Alexandre Tharaud

 

Un album entièrement français… Claude Debussy e Francis Poulenc contribuíram imensamente para estabelecer a identidade musical francesa, compondo música que é a um só tempo refinada, emotiva, mas também com espaço para gaiatice, ironia. E foram inovadores, verdadeiramente criativos.

A primeira vez que ouvi a sonata para violoncelo e piano de Debussy foi no disco de Rostropovich e Britten. Depois, a ouvi novamente, ao lado das suas outras sonatas, no disco da Philips, com Gendron, Grumiaux e o resto da gang. Eu gosto muito dessas obras, em particular da sonata para flauta, viola e harpa.

Francis indicando com seu chapéu para onde o pessoal do PQP Bach deveria ir para pegar o uber de volta, após a entrevista

A música de Poulenc eu descobri um pouco mais tarde, mas agora está sempre presente em minhas playslists. A sua sonata para violino, assim como a sonata para violoncelo, está entre as minhas preferidas, mas Poulenc também compôs lindas sonatas com instrumentos de sopro que vale a pena explorar.

JG Queyras

Esse disco todo francês, tem por intérpretes dois expoentes de uma nova geração de músicos franceses que assegura uma continuidade de excelência musical. Jean-Guihen Queyras é violoncelista de primeira e Alexandre Tharaud pianista que tem no repertório bem mais do que só música francesa. Os dois músicos já andaram por aqui, visitando a terrinha, e se você tiver a oportunidade, vá vê-los.

A Tharaud

Não deixe de se deliciar com as duas sonatas e também com as outras peças que completam o disco. A valsa ‘La plus que lente’, uma versão para violoncelo e piano da conhecida peça para piano. Do lado mais exótico temos a bagatela de Poulenc, que é seguida pela linda serenata. Um álbum para ser saboreado…

Claude Debussy (1862 – 1918)

Sonata para violoncelo e piano em ré menor

  1. Prologue
  2. Sérénade
  3. Finale

Valsa para piano

  1. Valsa “La plus que lente”

Francis Poulenc (1899 – 1963)

Sonata para violoncelo e piano, Op. 143

  1. Allegro – Tempo di Marcia
  2. Cavatine
  3. Ballabile
  4. Finale

Duas Peças

  1. Bagatelle in D minor
  2. Serenade

Suite française (d’après Claude Gervaise), FP80

  1. Bransle de Bourgogne
  2. Pavane
  3. Petite marche militaire
  4. Complainte
  5. Bransle de Champagne
  6. Sicilienne
  7. Carillon

Claude Debussy (1862 – 1918)

Duas Peças

  1. Scherzo
  2. Intermezzo para violoncelo e piano, L. 27

Jean-Guihen Queyras, violoncelo

Alexandre Tharaud, piano

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MP3 | 320 KBPS | 142 MB

Conheci a sonata de Poulenc graças ao Alexandre, que acredito (embora ainda não tenha conseguido fazê-lo admitir) deve ter aprendido a tocar essa música antes de começar a andar; ela parece fluir de seus dedos como se fosse uma segunda natureza. JG Queyras

un album à savourer…

Aproveite!

René Denon