Franz-Joseph Haydn (1732-1809) – 4 Masses, Stabat Mater, Die Sieben letzten Worte unseres Erlösers am Kreuse – Cds 3 e 4 de 6 – Harnoncourt, Concentus musicus Wien

frontFDP: Sempre fico impressionado com a qualidade dos corais haydnianos, desde a primeira vez que ouvi o oratório “A Criação” e aquela que considero sua obra máxima, “As Estações” (sim, podem jogar as pedras para dizer que estou maluco e que a “Criação” é A obra absolutamente imbatível do repertório haydniano) que postei aqui já há alguns anos atrás, e cujos links já devem ter ido pras cucuias, como dizem aqui pelo sul. Mas isso é outra história, porque o que temos aqui é a magnífica “Harmoniemesse”, e para variar, Harnoncourt e sua troupe dão um show.

Pleyel: Os corais em latim das missas Haydn são realmente divinos. Porém, na cantata secular em italiano “Qual Dubbio Ormai?” (Qual dúvida agora?) o coro chega só no último movimento, dá a impressão de que se atrasaram e chegaram na festa já quando a comida estava esfriando. O destaque dessa cantata é a ária para soprano com cordas e uma elaborada parte para teclado obbligato, tocada por um órgão nesta gravação do Concentus musicus Wien. Essa cantata, o Te Deum e o Stabat Mater, são obras de quando Haydn tinha seus trinta e poucos anos, enquanto a “Harmoniemesse”, ele escreveu aos setenta. O nome da missa não foi dado por Haydn: vem da grande quantidade de instrumentos de sopro na orquestração, pois uma “Banda de Harmonia” era o nome alemão para um conjunto de sopros. Naquele momento (1802) o Príncipe Esterházy tinha recontratado os músicos (dois clarinetista, dois fagotistas, etc) que haviam sido dispensados uns anos antes em um momento de relativa pindaíba da família, momento em que Haydn foi duas vezes a Londres ganhar uns trocados de outros patrões e o resto é a história das suas últimas sinfonias (1791-95).

O Stabat Mater, de 1767, tem características da fase de Haydn chamada Sturm und Drang, marcada por forte expressividade e contrastes. A obra foi publicada em Paris e Londres, com cópias também em Madri e Itália. Foi, portanto, um dos primeiros sucessos internacionais de Haydn.

Franz-Joseph Haydn (1732-1809):
CD 3
Harmoniemesse, Missa Hob.XXII:14, Si bemol maior
01 – Kyrie
02 – Gloria In Exelsis Deo
03 – Gratias Agimus Tibi
04 – Quoniam Tu Solas Credo
05 – Credo In Unum Deum
06 – Et Incarnatus Est
07 – Et Resurrexit Tertia Die
08 – Sanctus
09 – Benedictus Agnus Dei
10 – Agnus Dei
11 – Dona Nobis Pacem
Cantata “Qual Dubbio Ormai?, Hob.XXIVa:4
12 – Recitativo accompagnato: Qual dubbio ormai?
13 – Aria: Se ogni giorno Prence invito
14 – Recitativo Saggio il pensier
15 – Coro: Scenda propzio un raggio
Te Deum, Hob.XXIIIc:1, Dó maior
16 – Te Deum Laudamus
17 – Te Ergo Quasumus
18 – Aeterna Fac Cum Sanctis Tuis

Eva Mei – Soprano
Elizabeth von Magnus – Mezzo Soprano
Herbert Lippert – Tenor
Oliver Widmer – Bass baritone
Arnold Schoenberg Choir
Concentus musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

CD 4
Stabat Mater, Hob.XXbis
01 – Stabat Mater Dolorosa
02 – O Quam Tristis Et Afflicta
03 – Quis Est Homo
04 – Quis Non Posset Contristari
05 – Pro Peccatis Suae Gentis
06 – Vidit Suum Dulcem Natum
07 – Eia Mater, Fons Amoris
08 – Sancta Mater, Istud Agas
09 – Fac Me Vere Tecum Flere
10 – Virgo Virginum Praeclara
11 – Flammis Ocri Ne Succedar
12 – Fac Me Cruce Custodiri
13 – Quando Corpus Morietur
14 – Paradisi Gloria

Barbara Bonney – Soprano
Elizabeth von Magnus – Mezzo Soprano
Herbert Lippert – Tenor
Alaistair Miles – Bass Baritone
Arnold Schoenberg Choir
Concentus musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – FLAC
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CD 4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – FLAC
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Haydnsaal of the Esterházy Palace

FDPBach/Pleyel

Franz-Joseph Haydn (1732-1809) – 4 Masses, Stabat Mater, Die Sieben letzten Worte unseres Erlösers am Kreuse – Cd 2 de 6 – Harnoncourt, Concentus musicus Wien

front FDP: Fontes seguras me contaram que a “Nelsonmesse” seria a favorita de PQPBach, que continua em suas férias sabáticas, refletindo sobre o futuro do blog. Mas se for, podemos dizer que o gosto requintado e refinado de nosso mentor intelectual continua apurado. Com certeza, essa missa é uma das mais belas obras de Haydn. E nas mãos de Harnouncourt, e com as vozes do “Arnold Schoenberg Choir” fica ainda mais bela.
Gostaria também de lembrar que nosso querido Nikolaus Harnoncourt é um descendente direto dos Habsburgo, a família real que governou o Império Austro-Húngaro por mais de 200 anos. Abaixo dos Habsburgo, estava a família dos Príncipes de Esterházy, donos de imensas terras ali na região da atual fronteira entre Áustria e a Hungria, e que foram os principais “patrões” do mesmo Haydn, por mais de quarenta anos. Maiores detalhes e informações vão estar no excelente booklet.

Pleyel: A “Nelsonmesse” ganhou esse apelido alguns anos após sua estrreia, porque foi tocada durante a visita do Almirante Nelson a Viena em 1800. Esse Almirante inglês derrotou Napoleão na Batalha do Nilo em 1798, ano em que foi composta a missa citada. A Áustria dos Habsburgos estava sob constante ameaça de ser invadida e aquela derrota dos franceses representou um pequeno alívio. Apelidos à parte, o título que o próprio Haydn deu à obra foi Missa in Angustiis (Missa em angústia). É a única missa de Haydn em um tom menor, com um clima de ansiedade, marcado pelo trompete e percussão. Outra grande gravação é a de Trevor Pinnock/English Concert.

Franz-Joseph Haydn (1732-1809): ‘Missa in augustiis’ – “Nelsonmesse”, Hob. XXII:11
1.  Kirie
2. Gloria
3. Credo
4. Sanctus
5. Bendictus
6. Agnus Dei
7. Te Deum, Hob. XXIIXc:2

Luba Organasova – Soprano
Elisabeth von Magnus – Mezzo Soprano
Deon van der Walt – Tenor
Alaistair Miles – Bass baritone
Arnold Schoenberg Choir
Concentus musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

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Esqueçam aquele mito do Haydn sempre alegre. Aqui temos um Haydn de pura angústia com os canhões de Napoleão

FDPBach/Pleyel

.: interludio :. Keith Jarrett Trio – At The Blue Note

Ouvi alguns estalos em meu estabilizador  de energia e isso me fez temer uma queda, o que tornaria minha tarde extremamente enfadonha. Moro em um apartamento sem graça, no meio de um bairro sem graça, em uma cidade sem muitos atrativos, então meus ‘hobbys’ são a música e o cinema. Já passei tardes dentro de uma sala de cinema, às vezes assistindo o mesmo filme por duas sessões seguidas, para melhor apreciar detalhes que tinham passado na primeira sessão. Aprendi isso com uma querida amiga, cinéfila até a alma, até fez uma Pós Graduação na área quando morava na Europa, lá nos anos 90. Antes disso frequentávamos as salas de cinema com tanta frequência que já éramos conhecidos das moças que vendiam ingresso, ou dos antigos ‘lanterninhas’.

A repetição se tornou uma constante em minha vida. A apreciação daquilo que chamamos de música clássica, ou até mesmo do Jazz, que é o caso desta postagem, exige que prestemos mais atenção ao que ouvimos do que quando ouvimos alguma rádio, por exemplo. No serviço, por exemplo, gosto de ouvir uma rádio de Florianópolis, que acompanho há décadas. Meus colegas não iriam entender se eu deixasse estes Cds tocando como música ambiente. É uma música que exige atenção, antes de tudo. Lembro que quando adquiri esta caixa a ouvi durante o resto daquele ano inteiro. Eram os tempos dos Discman, e eu levava o meu para cima e para baixo o tempo todo. Alguns Cds riscaram, o que me obrigou a adquiri-los novamente, pagando os olhos da cara, ou então pedindo emprestados os de meus amigos para gravá-los, quando começaram a chegar os primeiros gravadores de Cds, o que foi o caso dessa série do Keith Jarrett, série de shows na célebre casa de Jazz novaiorquina, a Blue Note.

São seis CDs, um mais espetacular que outro, nunca consegui decidir qual o melhor. Os trouxe já há mais de uma década, nos primórdios do PQPBach. Jarrett e seus colegas recriam clássicos do cancioneiro norte-americano, e eles fazem isso de uma forma única, dando viva voz a improvisação. É uma releitura muito pessoal, altamente intuitiva, que traz três músicos no ápice de sua capacidade técnica e criativa.

Mas vamos ao que viemos. Espero que apreciem. Eu particularmente amo essa caixa, e tenho certeza de que ela vai me acompanhar até o último de meus dias.

Cd 1

1 In Your Own Sweet Way
2 How Long Has This Been Going On
3 While We’re Young
4 Partners
5 No Lonely Nights
6 Now’s The Time
7 Lament

CD 2

1 I’m Old Fashioned
2 Everything Happens To Me
3 If I Were A Bell
4 In The Wee Small Hours Of The Morning
5 Oleo
6 Alone Together
7 Skylark
8 Things Ain’t What They Used To Be

CD 3

1 Autumn Leaves
2 Days Of Wine And Roses
3 Bop-Be
4 You Don’t Know What Love IsMuezzin
5 When I Fall In Love

CD 4

1 How Deep Is The Ocean
2 Close Your Eyes
3 Imagination
4 I’ll Close My Eyes
5 I Fall In Love Too Easily_The Fire Within
6 Things Ain’t What They Used To Be

Cd 5

1. On Green Dolphin Street
2. My Romance
3. Don’t Ever Leave Me
4. You’d Be So Nice To Come Home To
5. La Valse Bleue
6. No Lonely Nights
7. Straight, No Chaser

CD 6
1. Time After Time
2. For Heaven’s Sake
3. Partners
4. Desert Sun
5. How About You

Keith Jarrett – Piano
Gary Peacock  – Double Bass
Jack DeJohnette – Drums

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Nós é que agradecemos, Mr DeJohnette … !!

 

Prokofiev: Concerto para Piano no. 2; Rachmaninoff: Variações, Prelúdio, etc. (Ashkenazy/Rozhdestvensky, Postnikova)

A velha Rússia… A Rússia da velha proprietária do Jardim das Cerejeiras de Tchekov, a Rússia dos irmãos Karamazov, do grande inverno que deteve até Napoleão e Hitler… A Rússia onde as ideias liberais chegam sempre com atraso – “ideias fora lugar” lá e cá, diz Roberto Schwarz -, a Rússia onde o progresso é uma desgraça e o atraso uma vergonha…

Neste disco de hoje, alguns pontos altos do piano russo. Quase tudo aqui é em tom menor, com pouco espaço para festas ou gracinhas. Prokofiev aparece com seu 2º concerto, composto pouco antes da Revolução de 1917 e do seu período de exílio. Numa coincidência que vem a calhar, o intérprete é o jovem Vladimir Ashkenazy em 1961, dois anos antes dele também se exilar. A orquestra da União Soviética, regida por Rozhdestvensky, tem um som pesado, grave, ouçam por exemplo os metais do início do 3º movimento, Allegro moderato: pesante… A gravação que Ashkenazy faria depois, com Previn e Sinfônica de Londres (1975), também é muito boa mas menos intensa, um pouco açucarada. Nessa gravação ao vivo em Moscou, a tensão é maior, lembrando que neste concerto de Prokofiev não há um movimento lento e lírico no meio, ao contrário dos concertos nº 3 e 4.

Em seguida temos Rachmaninoff, com suas Variações sobre um tema de Chopin em Dó menor e seu famoso Prelúdio em Dó # menor, apelidado Os sinos de Moscou. São duas obras de quando ele ainda vivia na Rússia, antes de sua vida virar uma longa turnê de concertos, pois ele se tornaria um dos mais célebres pianistas-compositores do planeta nas décadas de 1920 e 30. Entre as duas peças mais pesadas de Rach, uma Polka dá uma alegrada no álbum, que termina com uma curta composição de Anton Arensky. Este último, mais conhecido por seus trios, foi professor de composição de Rach no conservatório de Moscou. Todas essas obras para piano solo são tocadas por Viktoria Postnikova, pianista russa nascida em 1944 e que segue em atividade, ao contrário de Ashkenazy que recentemente anunciou sua aposentadoria após muitas décadas de música.

Prokofiev, Sergei (1891-1953):
Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16
I. Andantino—Allegretto
II. Scherzo: Vivace
III. Intermezzo: Allegro moderato
IV. Finale: Allegro tempestoso

Rachmaninoff, Sergei (1873-1943):
Variations on a Theme by Chopin in C Minor, Op. 22
Polka de W. R. in A Flat
Prelude in C-Sharp Minor, Op. 3 no. 2

Arensky, Anton (1861-1906):
Prelude to The Fountain of Bakhchisaray, Op. 46

Vladimir Ashkenazy, piano; Gennady Rozhdestvensky conducting USSR State Symphony Orchestra (Prokofiev)
Viktoria Postnikova, piano (Rachmaninoff, Arensky)

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Prokofiev com penteado e ângulo escolhidos para esconder a calvície que, pouco depois, ele assumiria de vez

Pleyel

Antes tarde do que nunca, amigos… twitter.com/pqpbach instagram.com/pqpbach

.: interlúdio :. Max Roach – Jazz In 3/4 Time + Contemporary Noise Quartet – Theatre Play Music

Embora não tenha sido a primeira vez em que valsas foram vertidas para o jazz, Jazz in 3/4 Time talvez tenha sido o obelisco que a ideia necessitava para ser visitada e revisitada com mais frequencia. A proposta do álbum não foi de Max Roach; na verdade, ele ficou bem pouco entusiasmado com o pedido da EmArcy. Mas a partir do resultado, é possível afirmar que um Max Roach de má vontade continua valendo por uns doze virtuoses modernos da bateria, todos altamente motivados e encharcados de energético. E no fim, a gravadora tinha razão — quem melhor poderia comandar as sessões deste disco?

E não fica por aí, porque logo à frente está o saxofone de Sonny Rollins, e um nada tímido Kenny Dorham assume com personalidade o lugar de Clifford Brown, morto um ano antes, no quinteto de Roach. Das sessões originais (15 a 18 de março de 1957, em Nova Iorque) saíram quatro faixas, sendo “Valse Hot”, composição de Rollins, o grande momento do disco. É uma longa jam de 14 minutos — bem mais do que as valsas costumam ser permitidas, mesmo no jazz. O solo do pianista Billy Wallace é delicioso. Na reedição de 2005 que vem nesse post, há ainda outras duas músicas, gravadas um pouco mais tarde, dentro do mesmo conceito. Leve, com andamento e clima transparecendo certa qualidade cinemática, Jazz in 3/4 Time tanto é um estudo de possibilidades quanto um disco de audição extremamente agradável, e pela doçura que geralmente acompanha as valsas, é recomendado para todos os públicos.

Falava em qualidade cinemática? Ano passado descobri um álbum que me remeteu imediatamente a este Jazz in 3/4 Time. Theatre Play Music, como o próprio nome indica, brinca ser trilha incidental; e executa em valsas e tangos um leitmotif menor, tristonho, mas determinadamente belo. O Contemporary Noise Quintet — nome que em nada remete a um grupo de jazz da crescente cena polonesa — tem diversas encarnações (como -Quartet ou -Sextet) e é destas bandas que estão fazendo a ponte entre o jazz tradicional e o século XXI, mundo onde a guitarra ganhou o centro e o rock foi revirando em si até esgotar o post-rock e virar chamber music (há mais elos em Rachel’s do que o ouvido facilmente demonstra). Álbum curto e preciso, Theatre Play Music proporciona pequenas viagens e não nega ter saído do leste europeu; não é ambicioso, mas complementa certeiro, e em belo contraste, o legado valsístico (?) registrado por Roach, 50 anos antes.


Max Roach – Jazz In 3/4 Time /1957 [320]
Max Roach (drums), Sonny Rollins (tenor sax), Kenny Dorham (trumpet), George Morrow (bass), Billy Wallace (piano)
download – 98MB

01 Blues Waltz (Roach)
02 Valse Hot (Rollins)
03 I’ll Take Romance (Oakland)
04 Little Folks (Roach)
05 Lover (Rodgers)
06 Most Beautiful Girl in the World (Rodgers)


Contemporary Noise Quartet – Theatre Play Music /2008 [192]
Kuba Kapsa (piano), Bartek Kapsa (drums), Kamil Pater (guitar), Patryk Węcławek (double bass)
download – 40MB

01 Main Tune
02 Bitches Tune
03 Tango Lesson
04 Main Tune II
05 Gramophone
06 Chinese Customer
07 Chilly Tango
08 Bitches Tune II
09 Main Tune (Waltz version)

Boa audição!
Blue Dog

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) Concertos para piano nº 12, k. 414 e nº 24. k. 491

Como prometido, eis Pollini interpretando o concerto nº 12, K. 414, além do de nº 24, K. 491. Sou sincero ao admitir que prefiro esta versão à versão de Brendel. E só o PQP mesmo para trazer uma gravação dessas, ainda quentinha, recém saída dos fornos da Deutsche Grammophon [postagem original de 2008]. Eis o comentário da amazon:

Product Description

About that recording, The Times [London] stated: ‘ You hear a man in love…he plays Mozart with real feeling, leading us into the music s depth, its inner melodies, never content with the surface…the music always moves forward, developing, growing, with the subtlest range of colours…These are performances of conversational intimacy.’

When one is in love, one can never get enough, so Pollini has done it again: in summer 2007 he and the Vienna Philharmonic recorded the early, cheerful Piano Concerto in A, K. 414 and the famous C minor Concerto, K. 491, a mature work of brooding pathos.

Once again, Pollini and the Vienna Philharmonic work without a conductor, in front of a live audience in Vienna s famous Musikverein, parlaying their deep mutual understanding and respect into one of the noblest and most profound Mozart experiences imaginable.

Quando baixei esta versão, algumas semanas atrás, jamais poderia imaginar que era tão recente. Peço desculpas pela informação errada que passei na postagem anterior, atribuindo esta gravação ao ano de 2006.

Temos aqui um Pollini maduro, nos brindando com um Mozart alegre, brilhante e cheio de vida, e à frente de sua tão conhecida Filarmônica de Viena. E o grau de intimidade entre ambos (solista e orquestra) é tão grande que dispensaram um maestro.

Saboreiem este belíssimo cd.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) Concertos para piano nº 12, k. 414 e nº 17. k. 491

01. Piano Concerto No.12 A major, K.414 – I – Allegro
02. Piano Concerto No.12 A major, K.414 – II – Andante
03. Piano Concerto No.12 A major, K.414 – III – Rondeau. Allegretto
04. Piano Concerto No.24 C minor, K.491 – I – Allegro
05. Piano Concerto No.24 C minor, K.491 – II – Larghetto
06. Piano Concerto No.24 C minor, K.491 – III – Allegretto

Maurizio Pollini – Piano
Wiener Philarmoniker (Live, 2007)

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FDPBach

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) Concertos para piano nº 17, K. 453, e nº 21, K. 467

Dois dos mais belos e famosos concertos para piano de Mozart, na interpretação de Maurizio Pollini. Mais dois belos momentos do italiano Pollini frente à sua orquestra tão conhecida, a Filarmônica de Viena.

Um comentarista da amazon reclama do barulho da audiência, mas confesso que ouvi apenas os aplausos finais, que não creio que desmereçam a qualidade do cd. Já tivemos excepcionais intérpretes destes concertos aqui no blog, como Géza Anda e o próprio Brendel em sua tradicional versão com a ASMF. Mas confesso que ainda prefiro uma antiga gravação de Malcolm Billson e Trevor Pinnock, que um dia tive em LP, ou então minha primeira gravação do concerto nº 21, com o Rubinstein. Ouvi tanto esta fita cassete que ela arrebentou.

Enfim, mais um belo momento, para quem quiser tirar suas conclusões, ou simplesmente queira ouvir outra versão destes concertos, nas mãos de um exímio instrumentista que se revela um regente competente. Também, com esta orquestra …

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) Concertos para piano nº 17, K. 453, e nº 21, K. 467

1. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – 1. Allegro
2. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – 2. Andante
3. Piano Concerto No.17 in G, K.453 – 3. Allegretto
4. Piano Concerto No.21 in C, K.467 – 1. Allegro
5. Piano Concerto No.21 in C, K.467 – 2. Andante
6. Piano Concerto No.21 in C, K.467 – 3. Allegro vivace assai

Maurizio Pollini – Piano, conductor
Wiener Philarmoniker (Live, 2005)

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FDPBach

O entusiasmo fundamentado (para o 80º aniversário de Maurizio Pollini)

Stefano Russomanno

Quando Maurizio Pollini venceu o Concurso Chopin de Varsóvia em 1960, fê-lo com uma maturidade musical que surpreendeu o júri. “Esse garoto toca melhor do que qualquer um de nós”, comentou Arthur Rubinstein na época. O controle técnico e intelectual que esse jovem pianista de 18 anos exibia em cada canto da partitura revelava uma capacidade de análise muito superior não apenas à média de seus contemporâneos, mas à de muitos talentosos intérpretes. Pollini aprofundou-se na essência do texto musical para revelar a lógica de sua construção, a coerência de sua estrutura e a precisão de seu ditado. Ainda assim, a música não era para ele um terreno governado pelas leis do determinismo impassível. Suas versões transmitiam um vigor na expressão de frases e ritmos que despertavam o entusiasmo do ouvinte.

Há algo de didático no estilo pianístico de Pollini no mais alto sentido da palavra. Interpretar, para o pianista italiano, implica ao mesmo tempo em esclarecer, explicar, fornecer ao público um fio condutor que lhe permite compreender os motivos pelos quais a música flui de uma determinada forma. O componente emocional, sempre essencial, deve vir acompanhado do elemento analítico e racional para alcançar a plenitude da mensagem na consciência auditiva.

Uma das marcas de Pollini é sua maneira de estabelecer seus programas de recitais. Neles, o pianista italiano tem-se caracterizado por misturar frequentemente peças do repertório clássico e romântico com obras do século XX (ou seja, de todo o século XX, não apenas das primeiras décadas). Para Pollini, a criação musical é um continuum que não conhece fraturas, uma forma de pensar os sons e, portanto, é errado isolar certas linguagens como se fossem compartimentos estanques. Seus esforços foram na direção oposta: mostrar o que é clássico nas páginas contemporâneas e o que é contemporâneo no repertório clássico. Assim surgem os chamados “Projetos Pollini”, nos quais o diálogo entre o passado e o presente ocorre da forma mais natural. Pode acontecer, por exemplo, que o público tenha ouvido na mesma noite o Hammerklavier de Beethoven e a Sonata para piano nº 2 de Boulez (uma obra que Pollini tocava de cor em sua época de ouro).

Precisamente o Hammerklavier, gravado em 1976, é uma amostra ideal das abordagens de Pollini. Principalmente a fuga final, que talvez seja o momento culminante de sua versão. Para além do espantoso controle técnico, à disposição de poucos pianistas, Pollini conduz o ouvinte pelos meandros do contraponto e revela toda a modernidade do pensamento beethoveniano, a forma revolucionária como o compositor molda os materiais (sublinhando, por exemplo, o carácter quase estrutural dos trinados) e seu revolucionário conceito sonoro, onde o discurso musical parece às vezes transfigurado em termos de pura energia.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas Nº 3 e 21 (Waldstein) e outras peças (Alice Sara Ott)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas Nº 3 e 21 (Waldstein) e outras peças (Alice Sara Ott)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A vida pode ser muito atemorizante. Este disco da talentosa Alice Sara Ott é de 2010, mas…

Em 2018, Alice Sara Ott acordou em estado de colapso, a princípio a culpa recaiu sobre o estresse. A célebre pianista, na época com 30 anos, acabara de retornar de uma desafiadora turnê pelo Japão com seu recital Nightfall. Lutando contra um forte resfriado, ela seguiu trabalhando, determinada a não cancelar nenhuma apresentação, apesar de se sentir mal. “Depois do último concerto, percebi que tinha os lábios dormentes”, diz ela. “Quando voei para casa em Munique, ao acordar, não conseguia sair da cama e nem conseguia focar os olhos. Eu estava vendo tudo em dobro. Demorou quase duas semanas até que eu pudesse andar novamente.”

Ela escreveu isto em 2019:

«Hoje eu gostaria de compartilhar algo muito pessoal com você. Como alguns de vocês devem saber, recentemente tive alguns problemas de saúde que levantaram preocupações e impactaram meu trabalho. Depois de muitas consultas e exames médicos, fui finalmente diagnosticada com esclerose múltipla em 15 de janeiro deste ano.

Quando os médicos levantaram a possibilidade disso pela primeira vez no ano passado, senti como se o mundo tivesse desabado ao meu redor. Passei por uma montanha-russa de sentimentos de pânico e medo. Eu tinha muitas, muitas perguntas. Como isso impactaria minha vida? Em meu trabalho?

Desde então, passei muito tempo pesquisando a esclerose múltipla e suas implicações e me encontrei com muitos médicos. A cada nova informação, percebo que antes tinha uma falsa imagem dessa doença. A esclerose múltipla é uma doença do sistema nervoso central e, embora não exista cura conhecida, graças aos enormes avanços da medicina ao longo dos anos, a grande maioria das pessoas afetadas por ela é capaz de viver uma vida plena e plena.

Vou demorar um pouco para conhecer essa condição e como vou resolvê-la sozinha. Haverá momentos em que terei que enfrentar desafios e fazer ajustes, mas, ao encontrar o equilíbrio certo no tratamento, estou confiante e otimista de que continuarei a viver minha vida – e a viajar e me apresentar – como antes. Estou ansiosa para continuar minha temporada conforme planejado.

Compartilhar isso com todos não foi uma decisão fácil, mas acredito que seja a mais acertada. A EM é uma doença muito mal compreendida em nossa sociedade e, sendo aberto sobre ela, espero poder encorajar outras pessoas (especialmente aquelas que são diagnosticadas quando pensam que suas vidas estão apenas começando) a fazer o mesmo. O reconhecimento não é uma fraqueza, mas uma forma de proteger e ganhar forças, tanto para si como para os que estão ao nosso redor. Sou grata aos meus entes queridos que me mostraram tanto apoio e amor nos últimos meses. Eles não apenas tiveram que lidar com suas próprias emoções, mas também tiveram que enfrentar questões sobre meu bem-estar. Ao esclarecer minha situação, também espero aliviá-los e dar-lhes tempo e espaço para processar isso.

Às vezes a vida leva você por um caminho inesperado, e eu estou bem no começo deste novo caminho para mim. No entanto, acredito fortemente que cabe a nós fazer o melhor ».

Assim esperamos, Alice. Este disco, por exemplo, é PRIMOROSO!

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas Nº 3 e 21 (Waldstein) e outras peças (Alice Sara Ott)

Piano Sonata No. 3 In C Major Op. 2 No. 3
1 Allegro Con Brio 10:51
2 Adagio 6:52
3 Scherzo. Allegro 3:32
4 Allegro Assai 5:25

Piano Sonata No.21 In C Major Op. 53 “Waldstein”
5 Allegro Con Brio 11:16
6 Introduzione. Adagio Molto – Attacca 3:29
7 Rondo. Allegretto Moderato – Prestissimo 9:59

Andante Favori In F Major WoO 57
8 Andante Grazioso Con Moto 7:52

Rondo A Capriccio In G Major Op. 129 “Rage Over A Lost Penny”
9 Allegro Vivace 6:20

Alice Sara Ott

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Alice Sara Ott

PQP

Beethoven (Arr. Mahler): Quarteto de Cordas, Op. 95 & Brahms (Orq. Schoenberg): Quarteto com Piano, Op. 25 – Wiener Philharmoniker & Christoph von Dohnányi ֍

Beethoven (Arr. Mahler): Quarteto de Cordas, Op. 95 & Brahms (Orq. Schoenberg): Quarteto com Piano, Op. 25 – Wiener Philharmoniker & Christoph von Dohnányi ֍

Beethoven/Mahler

Quarteto de Cordas ‘Serioso’

Brahms/Schoenberg

Quarteto com Piano ‘alla zingarese’

Wiener Philharmoniker

Christoph von Dohnániy

Qual é o limite entre música de câmara e música orquestral? Uma forma bem simples de decidir a questão é considerar o número de instrumentos usados na apresentação e estabelecer a fronteira – um noneto ainda seria música de câmara? Isso sem falar nas obras escritas para orquestra de câmara e toda a música escrita no período que vagamente denominamos ‘barroco’.

No entanto, há outros aspectos que transcendem o número dos instrumentos e que se refere à natureza da própria música. Quantos são os comentários que tratam das ‘dimensões orquestrais’ de certas sonatas para piano de Beethoven ou das ‘características camerísticas’ de algumas obras orquestrais de Mahler?

Como tudo na vida e em especial na música, a tentativa de rotular e estabelecer compartimentos estanques para colocar as coisas (e, pior ainda, as pessoas) sempre encontrará contraexemplos e deve ser tomado no sentido mais flexível possível.

Dia destes postei um disco com ‘reduções’ de obras orquestrais para conjuntos camerísticos – disco no qual se destacavam os nomes do Quarteto Arditti e de Arnold Schoenberg. O disco desta postagem vai na outra direção, onde temos arranjos para conjuntos maiores de obras originalmente escritas para conjuntos de câmara.

O arranjo de Quarteto Serioso, de Beethoven, feito por Mahler para orquestra (completa) de cordas foi destinado a um concerto com a Wiener Philharmoniker em 1899, a mesma orquestra desta gravação. Mahler fez arranjos e ajustes em obras que ele acreditava poderem atingir desta forma toda a sua potencialidade, levando em conta os recursos de sua magnífica orquestra. Imagine o tamanho do desafio colocado às cordas da orquestra, de manter o equilíbrio de música de câmera e a mesma agilidade esperada de um conjunto com poucos elementos, acrescentando o brilho e o volume possíveis de alcançar com a nova formação. Será que eles conseguiram em 1899 e nesta gravação? Você poderá julgar, pelo menos a segunda possibilidade.

De natureza um pouco diferente é a orquestração feita por Schoenberg do Quarteto com Piano de Brahms. As razões que o levaram a tal empreitada foram dadas por ele mesmo em uma carta escrita ao crítico americano Alfred Frankenstein: 1) Eu gosto desta peça; 2) Ela é raramente apresentada; 3) É sempre muito mal tocada, pois quanto melhor o pianista, mais alto ele toca e você nada ouve das cordas. Eu queria pelo menos uma vez ouvir tudo, e isto foi alcançado.

Apesar do uso de uma orquestra moderna, com muita percussão, incluindo xilofone, e novidades como glissando de trombone, a proposta de Schoenberg foi de ‘permanecer estritamente no estilo de Brahms’. Será que ele conseguiu? O que esta gravação nos diz?

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Quarteto de Cordas em fá menor, Op. 95

Arranjo para Orquestra de Cordas feito por Gustav Mahler (1860 – 1911)

  1. Allegro con brio
  2. Allegretto ma non troppo
  3. Allegro assai vivace ma serioso
  4. Larghetto esspressivo – Allegretto agitato

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Quarteto com Piano em sol menor, Op. 25

Orquestrado por Arnold Schoenberg (1874 – 1951)

  1. Allegro
  2. Intermezzo: Allegro non troppo
  3. Andante con moto
  4. Rondo alla zingarese: Presto

Wiener Philharmoniker

Christoph von Dohnányi

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O regente, Christoph Dohnányi, é alemão de origem húngara e nasceu em 1929. É neto do pianista e compositor Ernö Dohnanyi e fez sua carreira passando pelas posições de assistente e diretor nas casas de ópera e balés. Recebeu apoio de George Solti e teve importantes posições como Diretor de Ópera de Hamburgo e Frankfurt. Atuou também por bom tempo com a Cleveland Orchestra, da qual é Music Director Laureate.

Gramophone: Dohnanyi’s performance is lucid, transparent and generally well played – especially by the strings. The sound is pleasingly luminous…

Então, está esperando o que? Aproveite!

René Denon

O Conjunto de Câmara da Wiener Philharmoniker

Bach: (1685-1750): Partitas BWV 825 – 830 – Masaaki Suzuki ֍

Bach: (1685-1750): Partitas BWV 825 – 830 – Masaaki Suzuki ֍

J. S. Bach

Partitas BWV 825 – 830

Masaaki Suzuki, cravo

 

 

Para responder a um debate sobre qual gravação das Partitas devemos preferencialmente ouvir – piano ou cravo – parti em busca das mais sensíveis testemunhas para debelar a questão por meio de um bem conduzido experimento.

Aproveitei o ambiente de trabalho, já que estes dias tenho dividido o escritório com minha cara metade, e tasquei o som, primeiro piano, depois o cravo. É claro, para manter a experiência sem qualquer interferência do experimentador, nada sobre isso falei para a minha querida, mas de quando em vez observava as reações dela pelos cantos dos olhos, enquanto as gravações se sucediam. É verdade que ela já está acostumada às minhas esquisitices, passou um bom pedaço de inverno ouvindo uma enfiada de sinfonias de Bruckner, e não demostrou outro sentimento que não fosse de satisfação com a música. Sendo assim, dei o experimento como inconclusivo e levei o exercício para o próximo estágio.

Neta chorando no colo, muito calor, liguei o ventilador e música no ambiente. Pasmem vocês, temos um vencedor, pelo menos até que novo debate se acenda no Grupo de WhatsApp dos blogueiros e amigos do PQP Bach. A coroa de louros vai para a gravação feita já há alguns anos (2001) pelo conhecido regente, cravista e organista, Masaaki Suzuki. Louros e direito à súbita postagem. A neném parou de chorar e adormeceu lá pela sarabanda da Primeira Partita e assim continuou até quase toda a Terceira Partita, que a segue no primeiro dos dois CDs.

Masaaki Suzuki talvez seja agora mais conhecido pelas suas gravações das Cantatas e outras obras corais de Bach, mas sua formação original foi como organista, estudando com Tsuguo Hirono. Também estudou cravo com Motoko Nabeshima. Em 1979 foi aperfeiçoar-se em Amsterdã, cravo com Ton Koopman e órgão com Piet Kee.

Eu certamente acredito que a qualidade da gravação, com produção exemplar do selo BIS, muito influiu para o sucesso de meus experimentos e vou continuar ouvindo esta gravação muitas vezes. Sugiro que você faça suas próprias experiências, ouvindo tanto o Suzuki quanto o Pinnock, para cravo. Ou ainda, o Esfahani. Se tiver dúvidas e quiser tentar gravações ao piano, pode incluir a segunda da Angela Hewitt e também a do articulado pianista Igor Levit, assim como Murray Perahia (I e II). Depois me conte…

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

CD1

Partita No. 1 em si bemol maior, BWV825

  1. Praeludium
  2. Allemande
  3. Corrent
  4. Sarabande
  5. Menuet I & II
  6. Giga

Partita No. 3 em lá menor, BWV827

  1. Fantasia
  2. Allemande
  3. Corrente
  4. Sarabande
  5. Burlesca
  6. Scherzo
  7. Gigue

Partita No. 4 em ré maior, BWV828

  1. Ouverture
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Aria
  5. Sarabande
  6. Menuet
  7. Gigue

CD2

Partita No. 2 em dó menor, BWV826

  1. Sinfonia
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Sarabande
  5. Rondeaux
  6. Capriccio

Partita No. 5 em sol maior, BWV829

  1. Preambulum
  2. Allemande
  3. Corrente
  4. Sarabande
  5. Tempo di Minuetta
  6. Passepied
  7. Gigue

Partita No. 6 em mi menor, BWV830

  1. Toccata
  2. Allemande
  3. Corrente
  4. Air
  5. Sarabande
  6. Tempo di Gavotta
  7. Gigue

Masaaki Suzuki, cravo

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MP3 | 320 KBPS | 381 MB

If you like a bold harpsichord sound, this very realistic BIS disc should provide great satisfaction, for Suzuki’s Bach perceptions are fully revealed here and he plays thoughtfully, commandingly and spontaneously. [Penguin Guide to Recorded Classical Music – 2009]

Espontaneidade, talvez? Aproveite!

René Denon

 

Franz-Joseph Haydn (1732-1809) – 4 Masses, Stabat Mater, Die Sieben letzten Worte unseres Erlösers am Kreuze – Cd 1 de 6 – Harnoncourt, Concentus musicus Wien

frontFDP: Ainda dentro da minha modesta comemoração ao aniversário de Haydn, resolvi trazer mais um pacotaço do mestre austríaco, desta vez com outro mestre, descendente direto da família Habsburgo: Nikolaus Harnoncourt, recentemente falecido [em 2016, primeira repostagem desses CDs], e já devidamente reverenciado e homenageado aqui no PQPBach.

Estas missas são um dos pontos altos da imensa obra de Haydn, e Harnoncourt lhe dá a devida e merecida atenção, dirigindo seu excelente conjunto ‘Concentus Musicus Wien’ e o excepcional ‘Arnold Schoenberg Choir’ , e rodeado de excelentes solistas. Vale cada minuto de audição.

Pleyel: Estou repostando essas gravações que FDP trouxe no aniversário de 180 anos de Haydn em 2012. Já começamos com uma das minhas obras preferidas de Haydn, a Missa in tempore belli (Missa em tempos de guerra), nome escrito pelo compositor no alto da partitura. Desde 1792 os Habsburgos estava em guerra com a França Revolucionária, e em 1796, ano em que essa missa foi composta, uma estrela em ascensão chamada General Napoleão Bonaparte vencia várias batalhas na Itália e podia invadir Viena a qualquer momento. Naquela época, era estritamente proibido defender a paz, que significaria uma rendição contra aqueles bárbaros que mataram Maria Antonieta, tia do então Imperador da Áustria. Então o que Haydn fez foi dar enorme ênfase, no trecho final da missa (Agnus Dei), àquela velha frase “Cordeiro de Deus… dai-nos a paz.”

Mas é uma paz em tempos de guerra, tempos revolucionários, tempos imprevisíveis, e Haydn expressa esse clima bélico com o rufar dos tambores… Não conheço outra obra da tradição católica que utilize percussões com tanta intensidade quanto essa, que tem em alemão o apelido Paukenmesse (missa do tímpano).

Franz-Joseph Haydn (1732-1809):
01 – ‘Missa in tempore belli’ HobXXII9 c-dur – I. Kyrie
02 – ‘Missa in tempore belli’ HobXXII9 c-dur – II. Gloria
03 – ‘Missa in tempore belli’ HobXXII9 c-dur – III. Credo
04 – ‘Missa in tempore belli’ HobXXII9 c-dur – IV. Sanctus
05 – ‘Missa in tempore belli’ HobXXII9 c-dur – V. Bendictus
06 – ‘Missa in tempore belli’ HobXXII9 c-dur – VI. Agnus Dei
07 – Salve Regina HobXXIIb2 g-moll – I. Salve regina
08 – Salve Regina HobXXIIb2 g-moll – II. Eja ergo, advocata nostra
09 – Salve Regina HobXXIIb2 g-moll –  III. Et Jesum

Dorothea Röschmann – Soprano
Elisabeth von Magnus – Mezzo-Soprano
Herbert Lippert – Tenor
Oliver Widmer – Bass Baritone
Arnold Schoenberg Choir
Concentus musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

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Papa Haydn

PS: Agora estamos também no Twitter: twitter.com/pqpbach