Carlos Seixas (1704 – 1742): Missa, Dixit Dominus, Tantum ergo, Organ Sonatas – Coro de Câmara de Lisboa & Norwegian Baroque Orchestra

2k0tg4Carlos Seixas
Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742

Esta postagem foi possível graças à colaboração do maestro, compositor e musicólogo Harry Crowl Jr. Não tem preço!

José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742), compositor, cravista e organista da corte de D. João V, foi o mais proeminente compositor português de música para tecla na primeira metade do século XVIII e, tal como sucedeu com muitos dos seus contemporâneos, teve uma curta existência que não excedeu os 38 anos. Nasceu em Coimbra aos 11 de Junho de 1704, filho de Francisco Vaz, organista da Sé, e de sua mulher, Marcelina Nunes. Desconhecem-se os motivos que o levaram a adotar o apelido Seixas, em desfavor do apelido paterno, sendo mais vulgarmente conhecido no seu tempo apenas pelos nomes de baptismo, António Carlos, como aparece em inúmeras cópias das suas obras.

Foi um brilhante improvisador e as cerca de 150 composições da sua autoria que chegaram até nós — tocatas, minuetes, fugas, peças religiosas — colocam-no entre os maiores compositores portugueses, nomeadamente no domínio da música de tecla. Da sua arte refinada se diz que o célebre italiano Domenico Scarlatti, quando esteve em Portugal como mestre de música dos filhos do Rei Magnânimo, afirmou, após ouvir Carlos Seixas, que ” ele (Seixas) é que me pode dar lições” e “é dos maiores professores que tenho ouvido“.

Falecido Francisco Vaz pelos princípios de 1718, foi logo Carlos Seixas, aos 9 de Fevereiro desse ano, provido no lugar de organista da Sé de Coimbra, com o mesmo salário de seu pai. Dois anos depois, em 1720, mudou-se para Lisboa, altura em que a corte portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti, estabeleceram certamente colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé, obtendo nomeação para um lugar de Organista da Santa Igreja Patriarcal, que serviu até ao fim da vida, ficando a dúvida se esta igreja era a Capela Real, ao tempo sediada na Ajuda, ou se era a Basílica de Santa Maria, Maior, junto da qual morava.

Pelos escassos documentos que subsistem, nomeadamente o processo de habilitação de Carlos Seixas ao hábito da Ordem de Cristo, e pelo primeiro escorço biográfico do compositor, publicado em 1759 por Diogo Barbosa Machado no volume IV da sua Bibliotheca Lusitana, ficamos a saber que, nos primeiros anos da sua estada em Lisboa, Seixas «ensinava cravo nesta corte por algumas cazas»; que, «attrahido de um sincero affecto», casou aos 8 de Dezembro de 1731 com D. Joana Maria da Silva, de quem teve dois filhos e três filhas; que, aos 21 de Maio de 1738, adquiriu a propriedade de um dos ofícios de contador da Ordem de Santiago; e que se fizera também militar, assentando praça aos 30 de Junho de 1733 na Companhia de Ordenanças do Paço, comandada pelo Visconde de Barbacena, de que foi alferes e, depois, capitão. Obteve finalmente a hábito de Cristo aos 12 de Novembro de 1738, depois de um longo processo de habilitação que durou nove anos.

Carlos Seixas faleceu em Lisboa na sua casa por detrás da Igreja de Santo Antonio da Sé, sendo sepultado nos covais da lrmandade do Santíssimo Sacramento daquela igreja, aos 26 de Agosto de 1742. Segundo Barbosa Machado, “enfermando de um reumatismo, que degenerou em febre maligna se dispoz catholicamente para a morte recebendo todos os Sacramentos, e recitando a Ladainha de Nossa Senhora espirou a 25 de Agosto de 1742, quando contava trinta e oito anos, dous mezes, e quatorze dias de idade”.

Ao contrário dos seus contemporâneos Francisco António de Almeida, António Teixeira e João Rodrigues Esteves, que foram bolseiros da Coroa em Roma, Carlos Seixas nunca saiu de Portugal, formando-se certamente na escola de seu pai. As suas obras também não acusam a influência de Domenico Scarlatti, mestre da Capela Real entre os finais de 1719 e 1727.

No que diz respeito à composição, Carlos Seixas fez escola em Portugal criando um estilo seu (apesar da influência italiana e francesa que se constatam em algumas das suas obras) que foi imitado durante algum tempo após a sua morte.

No século XVIII era exigido aos compositores que a sua música fosse fiel aos pensamentos e ideais estéticos do meio. A composição era, de certa forma, limitada a um rol de características previamente definidas, facto que devemos levar em conta quando analisamos a obra dos compositores.

A obra de Seixas é, em grande parte, resultado dos ambientes em que compôs. Como organista da Capela da Sé Patriarcal tinha a possibilidade de tocar, antes e depois da missa, um trecho a solo que poderia ser uma tocata ou uma sonata (ritual comum em todas as catedrais de prática Católica). Para este efeito, havia uma preferência pelas peças de carácter vistoso e brilhante. Noutras partes da cerimónia, o organista podia ainda tocar em alturas que admitissem um solo instrumental. Desta forma, os compositores aproveitavam para dar a conhecer as suas composições ou improvisações. Por certo que as sonatas de Seixas foram tocadas na Igreja, pelo menos as de carácter religioso. Carlos Seixas acompanhava ao cravo os saraus de música nos paços reais ou no solar de algumas casas nobres. Nestes eventos tinha também a oportunidade de tocar como solista, aproveitando, provavelmente, para tocar as suas sonatas compostas com o objectivo de ser reconhecido como concertista e compositor.

Para além da Capela Real e da Corte, apenas se dedicava ao ensino de música. Esta faceta obrigava-o a ter material didáctico diversificado, variando de aluno para aluno, consoante o grau e as capacidades de cada um, dos cravos ou clavicórdios que possuíam. Apesar de fortemente sujeita a um vasto rol de condicionantes, a obra de Seixas não deixa de parte a qualidade e a originalidade do seu estilo pessoal.

Nunca se deixou levar pelos estilos importados em Portugal, nem deixou que a sua obra se confundisse com a dos seus contemporâneos estrangeiros. A presença do temperamento lusitano é uma constante das suas composições. A evolução da estrutura bipartida da sonata para tecla, para a estrutura tripartida está presente nas sonatas de Carlos Seixas, sendo uma antecipação da forma da sonata clássica.

Até agora não são conhecidos versos de Seixas. O mais provável é terem-se perdido uma vez que é pouco credível que Seixas tenha usado sempre versos alheios nas suas composições.

(textos adaptados do encarte, da Wikipedia e da Academia de Música Santa Cecília, http://am-santacecilia.pt)

José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742)
01. Missa – 1. Kyrie 1. Kyrie eleison – Chorus
02. Missa – 1. Kyrie 2. Christie eleison – Duet: Soprano, Alto
03. Missa – 1. Kyrie 3. Kyrie eleison – Chorus
04. Missa – 2. Gloria 1. Gloria in excelsis Deo/Et in terra pax – Chorus
05. Missa – 2. Gloria 2. Laudamus te – Aria
06. Missa – 2. Gloria 3. Gratias agimus tibi – Chorus
07. Missa – 2. Gloria 4. Domine Deus – Aria
08. Missa – 2. Gloria 5. Domine Fili unigenite – Aria: Bass
09. Missa – 2. Gloria 6. Qui tollis – Chorus
10. Missa – 2. Gloria 7. Qui sedes – Duet: Soprano, Alto & Chorus
11. Missa – 2. Gloria 8. Quoniam tu solus Sanctus – Aria: Tenor & Chorus
12. Missa – 2. Gloria 9. Cum Sancto Spiritu – Chorus
13. Missa – 3. Credo 1. Credo in unum Deum /Patrem omnipotentem – Chorus
14. Missa – 3. Credo 2. Et incarnatus est – Chorus
15. Missa – 3. Credo 3. Crucifixus – Chorus
16. Missa – 3. Credo 4. Et resurrexit – Chorus
17. Missa – 3. Credo 5. Et vitam venturi – Chorus
18. Missa – 4. Sanctus 1. Sanctus – Chorus
19. Missa – 4. Sanctus 2. Hosanna – Chorus
20. Missa – 4. Sanctus 3. Benedictus – Trio: Soprano, Alto, Tenor
21. Missa – 4. Sanctus 4. Hosana – Chorus
22. Missa – 5. Agnus Dei – Chorus
23. Organ Sonata No. 76 in A minor – Fuga: Allegro-Minuet I-Minuet II
24. Organ Sonata No. 75 in A minor – Largo-Minuet
25. Organ Sonata No. 48 in G maior – Moderato
26. Organ Sonata No. XXII in A minor – Fuga: Andante
27. Tantum ergo
28. Dixit Dominus 1. Dixit Dominus – Chorus
29. Dixit Dominus 2. Donec ponam inimicos tuos – Aria: Soprano
30. Dixit Dominus 3. Tecum principium – Chorus
31. Dixit Dominus 4. Dominus a dextris tuis – Aria: Alto
32. Dixit Dominus 5. Judicabit in nationibus – Chorus
33. Dixit Dominus 6. De torrente – Aria: Tenor
34. Dixit Dominus 7. Gloria Patri – Chorus

Carlos Seixas: Missa, Dixit Dominus, Tantum ergo, Organ Sonatas – 1994
Coro de Câmara de Lisboa & Norwegian Baroque Orchestra
Director: Ketil Haugsand

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps -145,5 MB – 1,0 h
powered by iTunes 10.1.2

Boa audição.

aurora

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

PS: Comentário do Monge Ranulfus;

Ranulfus
fevereiro 24th, 2011 às 23:42

Ouvindo totalmente embasbacado, com um arrepio atrás do outro e sem conseguir manter os olhos secos, só posso pensar: o que foi que nos fez aprendermos a consumir “clássicos” tão menores que isso, e ficarmos alheios a música de tamanha qualidade produzida em Portugal e no próprio Brasil?!? Quando é que a gente vai aprender a SE valorizar, meu Deus?”

.: interlúdio :. Ray Conniff Singers – The Best of

capa Ray Conniff Singers

Seus grandes sucessos
Anos dourados

A Orquestra e Coro de Ray Conniff embalava as festinhas de fim de semana dos hoje ‘semi-novos’, como o nosso leitor Manuel e eu, nos anos 60.

Os rapazes de terno escuro e gravata fininha, e as moças com vestido abaixo do joelho e um colarzinho de pérolas. O som vinha da vitrola.

Spica_ST-600+caseBons tempos. Os novos radinhos que nos traziam as atualidades musicais já eram de pilha, normalmente um ‘tijolinho’ Spica, portáteis e transistorizados, pois não tinham válvulas! Bem … ouvíamos sómente uma faixa AM, pois não existia FM naquela época.

Nosso colega Wellington Mendes adiciona um interessante comentário: “Comenta-se a forma como Ray Conniff desenvolveu seu inimitável estilo e característica sonoridade. Na estrada com a orquestra, não havia muito tempo ou espaço para ensaios, então ele ensaiava no solfejo, on the road, com cada músico cantando sua parte. Ele então teve a ideia de incorporar um coral à orquestra, dobrando as vozes entre coro e naipes; daí a sua sonoridade cheia e marcante.”

A seguir, uma seleção das melhores gravações do Ray Conniff Singers, extraídas de diversos LPs da época.

Ray Conniff Singers
01. Harbour lights
02. These Foolish Things
03. Pearly Shells
04. You’ll Never Walk Alone
05. Spanish Eyes
06. The Impossible Dream
07. On The Street Where You Live
08. Far Away Places
09. Jamaica Farewell
10. Invisible Tears
11. Whatever Will Be, Will Be & True Love
12. I’ll Be Seeing You
13. I’m in the Mood for Love
14. If I Loved You
15. Young At Heart
16. I Only Have Eyes For You
17. Turn Around Look At Me
18. Are You Lonesome Tonight ?
19. I’ll See You In My Dreams
20. The Most Beautiful Girl

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 +/- 216 kbps | 83,7 MB

Powered by iTunes 12.3.2 | 52 min

Boas emoções!


.

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alban Berg (1885-1935): Wozzeck (Ópera em 3 Atos)

Alban Berg (1885-1935): Wozzeck (Ópera em 3 Atos)

Wozzeck é a primeira e mais famosa ópera do compositor austríaco Alban Berg. Baseia-se na peça incompleta do dramaturgo alemão Georg Büchner intitulada Woyzeck. Berg trabalhou num libreto de três atos com cinco cenas cada.

O trabalho foi iniciado em 1917 após Berg ter sido autorizado a deixar o seu regimento durante a Primeira Guerra Mundial. Completou a ópera em 1922. Erich Kleiber foi o maestro da estreia de Wozzeck na Ópera Estatal de Berlim em 14 de Dezembro de 1925.

Wozzeck é um dos mais famosos exemplos de atonalidade, o que auxiliou na dramatização dos temas da alienação e loucura. Berg seguiu as pisadas do seu mestre Arnold Schoenberg ao usar a atonalidade livre para expressar emoções e os processos de pensamento das personagens em palco.

Personagens:

Wozzeck – soldado
Marie – sua amante e prostituta
Hauptmann – Capitão
Andres – outro soldado
Doktor – médico
Tambourmajor – tocador de tambor
Margret
Kind – criança

PRIMEIRO ATO:

1ª Cena: Quarto do Capitão: O soldado Wozzeck barbeia o Capitão enquanto este o censura pela ligação ilegítima que mantém com Marie, de quem tem um filho. Wozzeck responde que quando se é pobre não se pode ser virtuoso. O Capitão diz que Wozzeck é boa pessoa, mas que pensa demais – o que lhe pode trazer disabores.

2ª Cena: Local deserto no campo: Wozzeck e o seu camarada Andrés talham umas varinhas de salgueiro, quando Wozzeck é assaltado por alucinações, que partilha com o amigo. Andrés acalma-o.

3ª Cena: Quarto de Marie: Marie está à janela com o filho. Ouve-se uma fanfarra militar que se aproxima, com o Tambor Mor à frente. Marie saúda-o e ele retribui. Margret, vizinha, também admiradora do Tambor Mor, não gosta do que vê e briga com Marie. Chega Wozzeck, ainda dominado pelos sinais agoirentos que julgou avistar, olha o filho, e parte sem explicações para o quartel.

4ª Cena: Consultório do Doutor: Wozzeck consulta o Doutor, para quem o caso do soldado é insignificante. O palavreado filosofante do médico é entrecortado por exclamações de Wozzeck que chama por Marie. O diagnóstico do Doutor indica que ele deve entrar num manicômio.

5ª Cena: Em frente da casa de Marie: Marie encontra o Tambor Mor que a seduz, e os dois entram em casa.

SEGUNDO ATO:

1ª Cena: Quarto de Marie: Marie observa ao espelho os brincos que o Tambor Mor lhe ofereceu; Wozzeck pergunta-lhe onde os arranjou, e Marie responde que os encontrou. Pouco convencido, Wozzeck entrega à mulher a sua solda e mais algumas moedas que o Capitão e o Doutor lhe deram, e sai. Marie tem um momentâneo rebate de consciência. Depois encolhe os ombros com indiferença.

2ª Cena: Rua: O Capitão e o Doutor conversam quando passa Wozzeck, a quem escolhem como motivo de sarcasmo. O Capitão refere Marie e o Tambor Mor, e o soldado foge.

3ª Cena: À porta da casa de Marie: Wozzeck, ciumento, trava um violento diálogo com Marie, que declara preferir levar uma facada a que ele a bata. Depois entra em casa, deixando Wozzeck a remoer aquelas palavras.

4ª Cena: Festa no jardim da taberna: Operários, soldados e criados dançam, enquanto Andrés e dois aprendizes cantam. Marie dança com o Tambor Mor. Wozzeck chega e observa-os, contendo a fúria. Andrés pergunta-lhe o que tem, e Wozzeck responde com palavras de morte. Andrés julga-o embriagado, e despreocupa-se. Um Louco senta-se ao lado de Wozzeck e diz que tudo aquilo é muito alegre mas que cheira a sangue. “Sangue” – uma palavra agora obsessiva para Wozzeck.

5ª Cena: Caserna: Wozzeck acorda sobressaltado, e confessa a Andrés andar obcecado com o baile, Marie, o Tambor Mor, uma faca… Depois chega o Tambor Mor, bêbedo, gabando-se da conquista de Marie e escarnecendo de Wozzeck, a quem convida a beber com ele. Wozzeck responde assobiando. O Tambor Mor irrita-se e agride-o. Wozzeck luta e regressa à cama, ensanguentado, murmurando: “Primeiro um, depois o outro”.

WozzeckMarie 003

TERCEIRO ATO:

1ª Cena: Quarto de Marie: Marie lê uma passagem da Bíblia que fala da mulher pecadora. Fica perturbada, e volta à leitura implorando misericórdia divina.

2ª Cena: Atalho na floresta: Wozzeck e Marie caminham. A mulher pede que voltem para casa, mas Wozzeck fala do tempo feliz em que se conheceram. Depois beija-a, e diz que “gostaria de poder beijá-la outras vezes, mas que é impossível”. A Lua surge. “Vermelha”, diz Maria – “como um ferro sangrento”, completa Wozzeck no instante em que a esfaqueia mortalmente. Deixa-a no chão e retira-se.

3ª Cena: Taberna: Margret e outras raparigas dançam enquanto Wozzeck bebe. Convida Margret a sentar-se, e fala coisas sem nexo, até ela reparar que ele tem sangue nas mãos. Wozzeck balbucia explicações confusas, mas todos gritam que cheira a sangue humano. Wozzeck foge.

4ª Cena: Atalho na floresta: Wozzeck procura a faca que poderia comprometê-lo, e atira-a para umas escarpas. Depois pensa que é perseguido, e decide seguir o mesmo caminho da faca. Aparecem o Doutor e o Capitão, que diz ter ouvido um gemido. O Doutor sossega-o dizendo que há muito tempo ninguém se afoga naquele rio. Saem.

5ª Cena: Esquina da casa de Marie: Crianças cantam enquanto o filho de Marie cavalga um pau. Aproximam-se outras crianças que trazem a notícia que o cadáver de Marie foi encontrado. Indiferente, o filho de Marie continua a galopar no seu cavalo imaginário.

Retirado daqui.

MELHOR AQUI. Obrigado, Ludwig.

Alban Berg (1885-1935): Wozzeck (Ópera em 3 Atos)

CD1:
1. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 1: The Captain’s room. “Langsam, Wozzeck, langsam!” 8:13
2. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 2: An open field outside the town. “Du, der Platz ist verflucht!” “Ach was!” 6:40
3. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 3: Marie’s room. “Tschin Bum, Tschin Bum, Bum, Bum, Bum! Hörst Bub? Da kommen sie!” 8:14
4. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 4: The Doctor’s study. “Was erleb ich, Wozzeck?” 7:32
5. Berg: Wozzeck / Act 1 – Scene 5: Street before Marie’s door. “Geh einmal vor Dich hin!” 3:00

CD2:
1. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 1: Marie’s room. “Was die Steine glänzen?” 5:37
2. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 2: Street in town. “Wohin so eilig” Heinz Zednik 8:53
3. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 3: Street before Marie’s door. “Guten Tag, Franz” 3:28
4. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 4: Tavern garden. “Ich hab’ ein Hemdlein an, das ist nicht mein” 10:26
5. Berg: Wozzeck / Act 2 – Scene 5: Guardroom in the barracks. “Oh oh Andres! Andres! Ich kann nicht schlafen” 4:30
6. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 1: Marie’s room. “Und ist kein Betrug” 3:05
7. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 1: “Und kniete hin zu seinen Fuessen” 2:01
8. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 2: Forest path by a pool. “Dort links geht’s in die Stadt” 5:00
9. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 3: A low tavern. “Tanzt Alle” 2:54
10. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 4: Forest path by a pool. “Das Messer? Wo ist das Messer?” 7:51
11. Berg: Wozzeck / Act 3 – Scene 5: Street before Marie’s door. “Ringel, Ringel, Rosenkranz” 1:44

Hildegard Behrens
Anna Gonda
Franz Grundheber
Aage Haugland
Peter Jelosits
Werner Kamenik

Vienna Philharmonic Orchestra
Vienna State Opera Chorus
Claudio Abbado

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Wozzeck_C Bayley_W Schmidt_M Volle_hoesl

PQP

Rubinstein Plays Chopin – CDs 7 e 8 de 10 – Mazurkas

FrontVolto rapidamente de minhas férias sabáticas a pedidos, para poder concluir esta série fenomenal, com um fenômeno chamado Arthur Rubinstein, o maior dos pianistas dos século XX e o maior dos intérpretes do compositor polonês.

Temos aqui então as famosas Mazurkas. Como não poderia deixar de ser, Rubinstein desfila todo o seu talento e virtuosismo nos oferecendo uma interpretação robusta, segura e clara.

Tratam-se de gravações que devem ser ouvidas com toda a atenção, sem distrações, e também, claro, sem moderação.

Espero que apreciem.

Rubinstein Plays Chopin – CDs 7 e 8 de 10 – Mazurkas

CD 7
01 – No. 1 in F-sharp minor
02 – No. 2 in C-sharp minor
03 – No. 3 in E major
04 – No. 4 in E-flat minor
05 – No. 1 in B-flat major
06 – No. 2 in A minor
07 – No. 3 in F minor
08 – No. 4 in A-flat major
09 – No. 5 in C major
10 – No. 1 in B-flat major
11 – No. 2 in E minor
12 – No. 3 in A-flat major
13 – No. 4 in A minor
14 – No. 1 in G minor
15 – No. 2 in C major
16 – No. 3 in A-flat major
17 – No. 4 in B-flat minor
18 – No. 1 in C minor
19 – No. 2 in B minor
20 – No. 3 in D-flat major
21 – No. 4 in C-sharp minor
22 – No. 1 in G-sharp minor
23 – No. 2 in D major
24 – No. 3 in C major
25 – No. 4 in B minor
26 – No. 1 in C-sharp minor
27 – No. 2 in E minor
28 – No. 3 in B major
29 – No. 4 in A-flat major

Cd 8

01 – No. 1 in G major
02 – No. 2 in A-flat major
03 – No. 3 in C-sharp minor
04 – No. 1 in B major
05 – No. 2 in C major
06 – No. 3 in C minor
07 – No. 1 in A minor
08 – No. 2 in A-flat major
09 – No. 3 in F-sharp minor
10 – No. 1 in B major
11 – No. 2 in F minor
12 – No. 3 in C-sharp minor
13 – No. 1 in G major
14 – No. 2 in G minor
15 – No. 3 in C major
16 – No. 4 in A minor
17 – No. 1 in C major
18 – No. 2 in A minor
19 – No. 3 in F major
20 – No. 4 in F minor
21 – Mazurka ‘a Emile Gaillard’ in A minor
22 – Mazurka ‘Notre temps’ in A minor

Arthur Rubinstein – Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP

Te Deum (João de Sousa Carvalho, 1792) & Motetos (José António Carlos de Seixas, António Teixeira, Francisco António de Almeida) – Gulbenkian Chamber Orchestra & Chorus

2i7v6vtGravado em 1971 e remasterizado em 1997, esta apresentação em 2 CDs nos traz obras dos mais importantes compositores portugueses do século XVIII.

 

Harry Crowl Jr. nos brinda com alguns comentários sobre João de Sousa Carvalho e o Te Deum:

João de Sousa Carvalho, talvez o compositor mais importante da segunda metade do séc.XVIII em Portugal, foi o último português a ser enviado à Itália para realizar os seus estudos musicais. Durante o reinado de D.José I, ele foi enviado com “bolseiro” do rei para Nápoles, onde estudou no Conservatório de “San Onofrio a Capuana”, onde também foi colega de Giovanni Paisiello. Quando de sua volta a Portugal, tornou-se professor de contraponto no Seminário da Patriarcal. Em 1778, foi nomeado para o cargo de mestre dos príncipes e infantes, que fora exercido por David Perez. Dois discípulos seus foram importantes compositores: António Leal Moreira e Marcos Portugal. A sua produção concentra-se em óperas, serenatas e música religiosa, tendo escrito também alguma música para cravo. Apesar de sua importância para a música portuguesa, falta muito ainda para que possamos ter a real dimensão desse compositor. Suas óperas foram apresentadas com freqüência nos teatros de Lisboa e, como era o hábito na sua época, todas sobre libretos em italiano, seguindo o modelo napolitano de alternância entre recitativos e árias. A sua música religiosa, por sua vez, apresenta elementos de construção mais variados.

Até o momento, foram encontrados 4 Te Deum escritos por Sousa Carvalho. Este é o último. Escrito em 1792, é uma obra composta, muito provavelmente, para uma cerimônia na Capela Real de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, em 1792. Podemos suspeitar que possa ter sido para o dia de São Silvestre (31/12), no qual era costume se apresentar um Te Deum em agradecimento às graças recebidas no ano que se findava. Trata-se de uma obra de enormes proporções para a época, afastando qualquer estereótipo a respeito do suposto atraso de Portugal em relação a outros países europeus.

São 5 solistas, coro duplo e orquestra, também dividida em duas. A obra está dividida em 16 partes com alguns longos trechos orquestrais, inclusive uma abertura. Todas as técnicas de uso da voz conhecidas na época aparecem na obra, como árias da capo e coros antifonais. Apesar de se aproximar muito de uma ópera, o que era costume nessa época, o compositor parece transitar com muito mais liberdade no terreno da música sacra do que da música de cena.

Sousa Carvalho faleceu em sua propriedade rural no Alentejo, em 1798. Sua vida parece ter sido cercada de glórias locais e certa comodidade financeira.”

No site http://musicantiga.com.sapo.pt, encontramos:

José António Carlos de Seixas, nascido em Coimbra, marca sem dúvida a música portuguesa da primeira metade do séc. XVIII, e as suas criações destacam-se pela sua elegância, inventividade, energia, e um apurado sentido estético. Tendo adquirido a sua formação musical com o seu pai, à morte deste, por volta dos seus catorze a dezasseis anos de idade, ocupou de imediato o seu cargo como organista da Sé de Coimbra, ganhando o mesmo salário que seu pai.

Por volta dos vinte anos de idade veio para Lisboa, onde arranjou posto como professor de cravo de famílias nobres da Corte, e rapidamente fez nome no meio musical lisboeta. Foi mais tarde nomeado vice-mestre da Capela Real, e no âmbito desta posição compôs belíssimas obras de música sacra, entre as quais se contam o “Ardebat Vicentius”, para a festa de S. Vicente, a Missa em Sol, e um “Te Deum” para duplo coro e orquestra, entretanto desaparecido muito provavelmente com o terramoto de 1755, tal como a maioria da sua obra. Desta constam ainda cerca de 700 sonatas para instrumento de tecla (umas para cravo e outras para órgão), das quais restam cerca de cem, um concerto para cravo, uma sinfonia em Si, uma abertura em Ré, e um outro concerto para cravo que lhe é atribuído.

É de notar que na música ibérica Carlos Seixas é único, e tal reflecte-se na sua obra: é incrível como um musico que se formou numa cidade de província, ainda que com grande talento, tenha criado obras como a abertura e outras como os concertos: em terras lusas é difícil crer que chegassem noticias dos concertos para cravo de Bach ou Haendel, sendo que até a maior parte dos concertos destes sejam ulteriores ao de Seixas. No entanto o compositor criou obras de inigualável graça e elegância. Já quanto à abertura, ao estilo francês, é o único exemplo do género na Península Ibérica e iguala em rigor formal, instrumentação, e grandeur, as aberturas de um Haendel ou um Telemann. Decerto, o compositor conhecia as composições do género criadas por Campra, Lully ou Rameau.

António Teixeira é outro dos compositores de maior importância da primeira metade do séc. XVIII, e um dos vários bolseiros em Roma de D.João V.
Teixeira destacou-se não só por ser bolseiro por D.João V, mas ainda pelo cargo ocupado de mestre de capela da Patriarcal, para a qual escreveu belíssimos motetes e outros serviços religiosos, como um “Te Deum” para 5 coros e orquestra. No entanto, Teixeira ainda compunha música profana, sendo o autor de cerca de oito óperas e diversas cantatas, entre as quais a belíssima “Gaudete, astra gaudete!”.

Na sua música, nota-se uma perfeita assimilação dos modelos com os quais contactou em Roma, onde se aperfeiçoou em contraponto, cravo e composição, e a sua música é uma das grandes glórias da corte de D.João V: o seu Te Deum é de uma dimensão e magnanimidade que está a par de obras de Vivaldi, Telemann ou Haendel, e as suas produções operáticas são de uma graça e expressividade inigualáveis, como a ópera feita em conjunto com António Silva (o Judeu), as Guerras do Alecrim e Manjerona, uma das suas poucas partituras que tem, desde o séc. XVIII, sido interpretadas com alguma regularidade até aos dias de hoje, devido principalmente à popularidade do texto de António Silva.

Francisco António de Almeida foi decerto, a par de Carlos Seixas, o maior compositor da primeira metade do séc. XVIII. Estudou como bolseiro de D.João V em Roma, e aí estreou as suas primeiras oratórias, entre as quais “La Giuditta”, a sua última oratória romana. Enquanto Carlos Seixas é o paradigma do compositor luso, de um colorido único e insuperável, Almeida representa sem dúvida “o estrangeirado”: a sua música é puramente italiana, e a instrumentação e construção tanto nos fazem lembrar Häendel como Pergolese, quer na grandeza, quer na elegância e maestria nos campos melódico, harmónico e contrapontistico.

Gulbenkian Chamber Orchestra & Chorus
João de Sousa Carvalho (Estremoz, 1745 – Alentejo, 1798)
01. Te Deum – 1. Overture for two orchestras
02. Te Deum – 2. O salutaris Hostia
03. Te Deum – 3. Te Deum Laudamus
04. Te Deum – 4. Tibo omnes Angeli
05. Te Deum – 5. Sanctus, sanctus, sanctus
06. Te Deum – 6. Te gloriosus Apostolorum chorus
07. Te Deum – 7. Patrem immensae majestatis
08. Te Deum – 8. Sanctum quoque Paraclitum Spiritum
09. Te Deum – 9. Tu Patris sempiternus
10. Te Deum – 10. Tu devicto mortis aculeo
11. Te Deum – 11. Judex crederis esse venturus
12. Te Deum – 12. Te ergo quaesumus
13. Te Deum – 13. Salvum fac populum tuum, Domine
14. Te Deum – 14. Per singulos dies benedicimus te
15. Te Deum – 15. Dignare, Domine, die isto
16. Te Deum – 16. Fiat misericordia tua, Domine
17. Te Deum – 17. Tantum ergo Sacramentum

José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742)
18. Ardebat Vincentius: Ardebat Vincentius extrinsecus-Sed maior illum intrinsecus/Intrepidus Dei athleta/Sed maior illum
19. Tantum ergo Sacramentum

António Teixeira (1707-1759)
20. Gaudete, astra – 1. Recitativo: Gaudete, astra, gaudete
21. Gaudete, astra – 2. Aria: In vallibus ad fontes
22. Gaudete, astra – 3. Recitativo: Refulsit alma lux
23. Gaudete, astra – 4. Aria: Aura infida

Francisco António de Almeida (ca.1702-1755)
24. O quam suavis – 1. O quam suavis est
25. O quam suavis – 2. Pane suavissimo de caelo praestito
26. O quam suavis – 3. Esurientes reples bonis
27. O quam suavis – 4. Alleluia
28. Beatus Vir – 1. Beatus Vir, Qui Timet Dominum
29. Beatus Vir – 2. Exortum Est In Tenebris Lumen Rectis
30. Beatus Vir – 3. Jucundus Homo
31. Beatus Vir – 4. Gloria Patri, Et Filio

Te Deum – 1971
Gulbenkian Chamber Orchestra & Chorus
Director: Pierre Salzmann

Este CD é mais uma excelente colaboração do maestro, compositor e musicólogo Harry Crowl Jr. Não tem preço!

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps -362,3 MB – 2,2 h (2 CDs)
powered by iTunes 10.1

Boa audição.

fat

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

João Rodrigues Esteves (c.1700-Lisbon, after 1751): Missa a 8 vozes & Pinguis est panis & Christmas Responsoires

347h7xlJoão Rodrigues Esteves
c.1700-Lisboa, depois de 1751

 

O famoso Dicionário Biográfico de Músicos Portugueses de José Mazza, escrito provavelmente na segunda metade do século XVIII, assim refere-se a João Rodrigues Esteves: “João Rodrigues Esteves foi mandado pelo senhor El Rey D. João 5º estudar a Roma, foi mestre do real Seminário da Muzica de Lxa alem de varias que compos forao 2 Te Deus para se cantarem nas reaes presenças, em dia de S. Silvestre sendo hum dos ditos Te Deus a quatro coros, faleceo no século de 700”.

Esta notícia dada por Mazza, que foi também o responsável pelas parcas informações sobre muitos outros músicos do passado português (incluindo-se aí os primeiros artistas brasileiros), contém algumas informações importantes para bem aquilatar a importância que a música teve no reinado de D. João V.

A referência de ter sido o compositor mandado para Roma, para aprofundamento da formação musical, mostra a importância que o Rei dava à música de sua capela e a grande exigência de qualidade da produção musical na corte. O Rei, que era casado com D. Mariana da Áustria (filha do Imperador Leopoldo I, ele mesmo bom compositor), tudo fez para aumentar a importância da vida religiosa e artística de Portugal. Seu prestígio pessoal fez com que a arquidiocese de Lisboa fosse elevada ao grau de Patriarcado e que o arcebispo recebesse a púrpura de Cardeal, e seu desejo de criação de monumento religioso consubstanciou-se na construção do Convento de Mafra.

Ele tudo faria também para restabelecer a importância que a música havia tido na corte de D. João IV, não apenas mandando copiar os livros de coro usados no Vaticano, mas contratando artistas da capela pontifica. O ponto culminante deste esforço foi, certamente, a instalação em Lisboa, provavelmente desde 1719, do grande Domenico Scarlatti, então Mestre da Capella Giulia. Por esta época, o efetivo da capela real tinha entre 30 e 40 cantores e uma dúzia de instrumentistas. Desejando desde logo assegurar a presença de bons músicos nos conjuntos musicais, Dom João criou, já em 1713, um Seminário destinado à formação de jovens artistas, anexo à Capela real, célula inicial do que seria, pouco depois, o Seminário Patriarcal. O regulamento deste Seminário seguia de perto a estrutura do famoso Colégio dos Reis, de Vila Viçosa, que foi o principal centro português de formação musical do século XVII, durante e logo após o reinado de D. João IV.

Durante todo o reinado de Dom João V, foram muitos os jovens músicos enviados à Itália como pensionistas da Coroa, com o objetivo de aprimoramento de formação. João Rodrigues Esteves esteve em Roma entre 1718 e 1726. Voltando a Portugal, artistas como Antônio Teixeira e João Rodrigues Esteves desempenharam importantes funções na Capela Real, na Sé de Lisboa (Esteves foi Mestre de Capela da Sé a partir de 1729) e no Seminário Patriarcal, além de dedicarem-se também à composição de Óperas e de música de câmara.

8wb94zOs musicólogos portugueses (Gerhard Doderer, Ruy Vieira Nery, Manuel Carlos de Brito) destacam sempre a monumentalidade policoral, às vezes com acompanhamento instrumental, na obra dos principais compositores deste período, com destaque para o Te Deum de Antônio Teixeira, a Missa a 8 e o Magnificat de João Rodrigues Esteves, a grande Missa de Carlos Seixas e os motetos de Francisco Antônio de Almeida. É dentro desta monumentalidade policoral que situa-se o Te Deum a quatro coros citado por José Mazza, cantado no encerramento do ano civil (dia de São Silvestre) na presença do Rei. Deve-se lembrar que freqüência com que todos os compositores colocaram em música o hino Te Deum explica-se pela sua forte incidência no cerimonial religioso: o nono Responsório dos ofícios de Matinas das festas ditas de Primeira Classe era sempre este hino, que também era usado para encerramento de todas as cerimônias de destaque (não apenas as festividades do calendário litúrgico, mas também as efemérides reais, como nascimentos, batizados, casamentos, aclamações), assim como nos encerramentos do ano litúrgico (dia anterior ao primeiro domingo do Advento) e do ano civil (31 de dezembro).
(http://www.caliope.mus.br/musica_coral/artigos/artigos_Jose_Maria_Neves_2.php)

João Rodrigues Esteves (c.1700-Lisbon, after 1751)
01. Mass for 8 voices – 1. Kyrie
02. Mass for 8 voices – 2. Gloria
03. Mass for 8 voices – 3. Credo
04. Mass for 8 voices – 4. Sanctus
05. Mass for 8 voices – 5. Agnus Dei
06. Motet: Pinguis est panis
07. Christmas Responsories – 1. Hodie nobis cælorum Rex
08. Christmas Responsories – 2. Hodie nobis de cælo
09. Christmas Responsories – 3. Quem vidistis pastores dicite
10. Christmas Responsories – 4. O magnum mysterium
11. Christmas Responsories – 5. Beata Dei Genitrix
12. Christmas Responsories – 6. Sancta et immaculata
13. Christmas Responsories – 7. Beata viscera Maria
14. Christmas Responsories – 8. Verbum caro factum est

João Rodrigues Esteves – 1996
Christ Church Cathedral Choir, Oxford
Director: Stephen Darlington

Este CD é mais uma colaboração do maestro, compositor e musicólogo Harry Crowl Jr. Não tem preço!

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps -158,6 MB – 1,1 h
powered by iTunes 10.1

Boa audição.

faceira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Symphonie Nº 3 Es-dur Op. 55 "Eroica"

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Symphonie Nº 3 Es-dur Op. 55 "Eroica"

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Esta não é das melhores versões da Eroica, mas é uma das impressionantes e curiosas, pois trata-se da recriação da estreia da obra em 1804. Há uma carta de Beethoven a um dos organizadores do concerto de estreia da Eroica que diz, incrivelmente: “Eu preciso realmente ter a certeza de que terei quatro bons violinistas para o concerto. “Quatro! A seção de cordas desta gravação conta com 4, 4, 2, 2, 2! O jovem maestro Daniel Grossman (1978) recria a execução histórica para nós. A gravação é exemplar, gravada no mesmo local, com o mesmo número de músicos e instrumentos de época. É emocionante ouvir como deve ter soado a Eroica. Será que Beethoven teve sorte com seus quatro violinistas?

Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia Nº 3, Op 55 “Eroica”

1) Allegro con brio
2) Marcia funebre. Adagio assai
3) Scherzo. Allegro vivace
4) Finale. Allegro molto

Daniel Grossman
Ensemble 28

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

4 violinistas... Fuck!
4 violinistas… Fuck!

PQP

Novena do Carmo – Orquestra Ribeiro Bastos (Acervo PQPBach)

2ynpjwxOrquestra Ribeiro Bastos

Novena do Carmo

A Orquestra Ribeiro Bastos é uma corporação musical atuante de modo ininterrupto desde o século XVIII. Ao longo deste tempo assegurou o serviço das festividades religiosas promovidas pelas associações leigas (Irmandades) também remanescentes do século XVIII. Sendo estas instituições religiosas a Ordem Terceira de São Francisco, Ordem Terceira do Carmo, Irmandade do Santíssimo Sacramento e Passos, entre outras, em missas semanais, festa dos Passos (quaresma) e Semana Santa, acumulando em seus arquivos, ao longo de sua existência, grande quantidade de obras produzidas para as solenidade religiosas. O repertório da Orquestra Ribeiro Bastos é baseado na produção musical brasileira dos séculos XVIII, XIX e XX, constituindo assim uma importância fundamental na formação da identidade cultural mineira, sendo depositária de parcela significativa da tradição musical brasileira.

Constitui-se a Orquestra Ribeiro Bastos, desde o século passado de amadores que nada recebem por suas atividades musicais. Assim, ao lado de sua importância enquanto depositária de parcela significativa da tradição musical brasileira, representa interessante experiência da prática artística comunitária, integrando ao grupo profissionais das mais diversas atividades sociais.

Mantendo-se viva e atuante, a Orquestra Ribeiro Bastos presta serviços às entidades religiosas, contribuindo para manter viva as tradições religiosas e musicais de São João del Rey, dando continuidade à prática musical comunitária, mais valorizada amadoristicamente, assegurando a preservação de um arquivo musical sempre aberto aos pesquisadores e musicólogos interessados no estudo de diferentes aspectos da música brasileira dos séculos XVIII, XIX e XX. Desta forma a Orquestra Ribeiro Bastos proporciona formação musical para jovens que constituirão a orquestra de amanhã (pode-se informar que muitos jovens musicalizados pela Orquestra Ribeiro Bastos, sempre quase oriundos de classes menos favorecidas, profissionalizam na música, como músicos militares e, em alguns casos, como professores de orquestras profissionais das capitais).
(Maria Elizabeth de Almeida, Gabriel Heitor Ribeiro – extraído do encarte)

Histórico da Novena do Carmo (citando José Maria Neves)

Não se sabe exatamente desde quando se realizam as Novenas do Carmo em São João del Rey. Certo é que em 1733 quando começou a ser construída a capela primitiva, já existia a Irmandade do Carmo. Esta irmandade passou a categoria de Ordem Terceira em 1746.

A julgar pelas obras musicais executadas nas Novenas supõe-se que ela já existe desde o início do séc. XVIII. Diversas obras hoje ainda executadas são de autoria de Jerônimo de Souza, falecido em 1803. O hino Flos Carmeli executado nas Novenas antigas é atribuído ao padre Manuel Cabral Camelo que em 1716 benzeu a Igreja Nossa Senhora do Rosário.

Constam do arquivo da Orquestra Ribeiro Bastos as cópias antigas da Novena do Carmo feitas pelo Mestre Chagas, seu regente até 1859.

Comparando texto de épocas diferentes, constata-se que a Novena do Carmo teve acréscimos e eliminações de textos. A Novena de Jerônimo de Souza se compunha de: Veni Sancte Spiritu, Domine ad adjuvandum, Invitatório (In honorem), Antífona (Regina Mundi), 3 Ave Marias cantadas, Ponto (Leitura), Ladainha de Nossa Senhora e Hino (Flos Carmeli).

Um segundo hino – Virgem Sagrada, foi incluído na segunda metade do séc. XIX e é provavelmente do padre José Maria Xavier que também é o autor do Veni Sancte Spiritu e Domine Adjuvandum que substituem as peças originais de Jerônimo de Souza Lobo desde o séc. XIX. Foram incluídas ainda quatro invocações cantadas primeiro pelos músicos e repetidas pelo povo (Deus vos salve) e também no séc. XX o Hino à bandeira de Nossa Senhora do Carmo, do padre carmelita Frei Alberto Nicholson e Ir. João Calybita. Este hino que é cantado no início e no fim da Novena tem hoje um arranjo solene feito pelo musicólogo Dr. José Maria das Neves.

Por mais de 80 anos a Orquestra Ribeiro Bastos é encarregada do acompanhamento musical desta novena.
(Anna Maria Parsons, extraído do encarte)

Comentários sobre a Orquestra Ribeiro Bastos (Rafael Sales Arantes)

A Orquestra Ribeiro Bastos, desde a sua fundação, foi formada por pessoas que não tinham a música como atividade principal, mas como uma atividade extra e estritamente ligada à tradição religiosa. Sendo assim nunca foi uma orquestra formada por profissionais, o que não faz que sua execução seja menos profissional que as orquestras a que estamos habituados a ouvir. A Orquestra Ribeiro Bastos não é uma orquestra de concertos, mas é uma orquestra de função religiosa. Aqueles que tem a oportunidade de visitar São João del Rei poderão se deliciar assistindo as missas de Quinta e Sexta na Basílica Nossa Senhora do Pilar e as de domingo pela manhã na Igreja de São Francisco, ao som da Orquestra Ribeiros Bastos, e ouvir músicas que nos remetem ao rico período da música brasileira que está sendo redescoberto com atraso, mas ainda em tempo de não se perder por completo.

Uma característica interessante em São João del Rei é que as novenas são sempre feitas nos dias corretos e as festas religiosas nos dias corretos, o que não acontece na maioria das paróquias. E são feitos todos os dias, ininterruptamente. A novena do Carmo está entre as mais belas do repertório sanjoanense. O ouvinte poderá perceber a funcionalidade da música. Suscinta sempre, mas de boa qualidade. Nesse CD da Novena do Carmo, o ouvinte perceberá uma nítida diferença entre a Orquestra Ribeiro Bastos de outrora e a de hoje. Aqui já ouvimos outras postagens de peças por essa orquestra. A qualidade da orquestra e do coro estão muito superiores aos LPs lançados no passado. Não posso dizer que a orquestra Ribeiro Bastos esteja profissionalizada, pois acho que sendo assim deixaria de ser a Orquestra Ribeiro Bastos, mas com uma qualidade profissional. Nessa gravação podemos observar uma pronúncia mais elaborada do latim, uma afinação e sincronização da orquestra bem superiores às outras gravações. Acredito que a influência das outras orquestras profissionais se mostram um pouco nessa gravação, pois até então as únicas interpretações de peças do período colonial eram quase que restritas à Ribeiro Bastos e Lira Sanjoanense. Hoje em dia temos vários grupos profissionais se especializando nessa música de boa qualidade, é impossível não termos influência dessas interpretações. A Orquestra Ribeiro Bastos nos brinda com essa fantástica Novena do Carmo e já ouvi rumores que em breve outras novenas serão gravadas. Uma notícia que acredito ser recebida com grande entusiasmo pelos amantes desse gênero tão especial de música.

Novena do Carmo
Pe. José Maria Xavier (São João del Rey, 1819-1887)
01. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Deus vos salve
02. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Veni Sancte Spiritus
03. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Domine

Jerônimo de Souza Lobo (Vila Rica 1780-1810)
04. Novena de Nossa Senhora do Carmo – In Honorem
Pe. José Maria Xavier (São João del Rey, 1819-1887)
05. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Virgem Sagrada
Jerônimo de Souza Lobo (Vila Rica 1780-1810)
06. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Regina Mundi
07. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Flos Carmeli

Pe. José Maria Xavier (São João del Rey, 1819-1887)
08. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Hino à Bandeira
09. Novena de Nossa Senhora do Carmo – Flos Carmeli – coro

Este CD é uma colaboração do nosso ouvinte Rafael Sales Arantes. Não tem preço!

Novena do Carmo – 2010
Orquestra Ribeiro Bastos
Direção: Maria Stella Neves Valle

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 67,1 MB – 27,1 min
powered by iTunes 10.1

Boa audição.

bale

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Manoel Dias de Oliveira: Gradual – Fuga do Egito & Francisco Gomes da Rocha: Novena de Nossa Senhora do Pilar & Pe. João de Deus de Castro Lobo : 6 Responsórios Fúnebres – The Sixteen & The Symphony of Harmony and Invention Orchestra

noda1j
The Sixteen & The Symphony of Harmony and Invention Orchestra
1992


Esta é a capa da caixa do CD desta postagem, cedido pelo Maestro, compositor e musicólogo Harry Crowl Jr.

Segundo o depoimento do Maestro Harry Crowl Jr., “esta apresentação aconteceu em junho ou julho de 1992, no Teatro Municipal de São Paulo e a gravação foi da Rádio Cultura. O “Sixteen” se apresentou em Brasília (Igreja Dom Bosco), São Paulo (Teatro Municipal), São João del Rey (Igreja de São Francisco), Juiz de Fora (Igreja do Rosário?) e Rio de Janeiro (Sala Cecília Meireles). A gravação do Te Deum, do António Teixeira, aconteceu logo depois.”

Me lembro de falar com o Harry Christophers sobre isso“, continua Harry. “No programa, havia também o Ofício 1816, do Pe. José Maurício. Mas, essa gravação, existe somente em fita cassete. A versão apresentada dos 6 Responsórios Fúnebres é um trabalho de resconstrução meu. Os trompetes que aparecem não são originais. A versão do Júlio Moretzsohn é mais fiel ao original. O que acontece é que essas músicas são encontradas como coleções de partes individuais de instrumentos e vozes. Muitas vezes, as cópias são de procedências distintas e de épocas diferentes. Na época, fiquei na dúvida em relação aos trompetes dobrando as trompas ritmicamente o tempo todo. Mas, como as notas tocadas não eram as mesmas, acabei incluindo-os, apesar de se tratar de um erro crasso de orquestração, que não seria compatível com o Pe. João de Deus de Castro Lobo.”

Não fosse os préstimos do Maestro Harry Crowl Jr, não teríamos conhecimento de mais este tesouro. Não tem preço!

Captura de Tela 2017-10-23 às 17.40.57

.

.

.

.

.

Palhinha: ouça o Responsório Fúnebre # 3 enquanto se delicia com 32 telas/aquarelas do pintor inglês Henry Chamberlain, que morou e retratou o Rio de Janeiro durante 1819 e 1820:

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
01. Gradual: Fuga do Egito – Angelus Domini
Francisco Gomes da Rocha (1746-1808, Vila Rica, MG)
02. Novena De Nossa Senhora do Pilar – 1. Veni Sanctu Spiritu
03. Novena De Nossa Senhora do Pilar – 2. Domine ad Adjuvandum
04. Novena De Nossa Senhora do Pilar – 3. Gloria Patri
05. Novena De Nossa Senhora do Pilar – 4. Sicut Era in Principie
06. Novena de Nossa Senhora do Pilar – 5. In Honorem Sacratissimae Virginis Mariae (Invitatório)
07. Novena de Nossa Senhora do Pilar – 6. Quem Terra, Pontus, Sidera (Hino)
08. Novena de Nossa Senhora do Pilar – 7. Virgo Prudentissima (Antífona)
Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
09. Seis Responsórios Fúnebres – 1. Credo quod Redemptor. Et in carne. Quem visurus. Et in carne
10. Seis Responsórios Fúnebres – 2. Qui Lazarum. Tu eis, Domine. Qui venturus. Tu eis, Domine
11. Seis Responsórios Fúnebres – 3. Domine, quando veneris. Quia peccavi. Commissa mea. Quia peccavi. Requiem æterna. Quia peccavi
12. Seis Responsórios Fúnebres – 4. Memento mei. Nec aspiciat. De profundis. Nec aspiciat
13. Seis Responsórios Fúnebres – 5. Hei mihi!. Miserere mei. Anima mea. Miserere mei
14. Seis Responsórios Fúnebres – 6. Ne recorderis. Dum veneris. Dirige, Domine. Dum veneris. Requiem æternam. Dum veneris

Gravação ao vivo em São Paulo, em 1992
The Sixteen & The Symphony of Harmony and Invention Orchestra
Director: Harry Christophers

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 80,5 MB – 34,6 min
powered by iTunes 10.1

Boa audição.

mc598w

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Schubert / Janáček / Stravinsky / Kreisler: Spectrum

Schubert / Janáček / Stravinsky / Kreisler: Spectrum

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este Spectrum é uma paleta de cores violinísticas que cobrem um período de 150 anos. Do Grand Duo melódico-clássico-romântico de Schubert, passando pela belíssima Sonata romântico-tardia de Janáček e pela fantasia rapsódica vienense de Kreisler, para chegar ao beijo de fada neoclássico de Stravinsky. Ouvi o CD como quem ouve um recital e me apaixonei pela coisa. Um disco de extremo bom gosto de um excelente violinista que sabe escolher seu repertório de forma a privilegiar a música. O surpreendente Benjamin Beilman é um estadunidense de Washington nascido em 1989. Bom menino.

Schubert / Janáček / Stravinsky / Kreisler: Spectrum

01 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – I. Allegro moderato
02 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – II. Scherzo. Presto
03 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – III. Andantino
04 – Schubert – Sonata in A, D574 ‘Grand Duo’ – IV. Allegro vivace

05 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – I. Con moto
06 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – II. Ballada
07 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – III. Allegretto
08 – Janáček – Sonata, JW VII-7 for violin and piano – IV. Adagio

09 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – I. Sinfonia
10 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – II. Dances suisses
11 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – III. Scherzo (Au Moulin)
12 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – IV. Pas de deux – a. Adagio
13 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – IV. Pas de deux – b. Variation
14 – Stravinsky – Divertimento (from Le Baiser de la fee) – IV. Pas de deux – c. Coda

15 – Kreisler – Viennese Rhapsodic Fantasietta

Benjamin Beilman, violino
Yekwon Sunwoo, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Benjamin Beilman: Dá-lhe!
Benjamin Beilman: Dá-lhe!

PQP

António Teixeira (1707-c.1759) – Te Deum – The Sixteen & The Symphony of Harmony and Invention Orchestra

33lz58zTe Deum, de António Teixeira
The Sixteen & The Symphony of Harmony and Invention Orchestra

 

“Continuously exhilarating” THE FINANCIAL TIMES

“A real-opener that demands to be heard” GRAMOPHONE

“A glittering performance of a neglected masterpiece” BBC MUSIC MAGAZINE

Winner of the Diapason D’Or and Choc du Monde.

This remains the only recording of this exuberant and unique piece, and a multiple award-winner.

António Teixeira’s extraordinary and grandly structured setting of the Te Deum was written for a New Years’s Eve performance in 1734 in the Italian Church of his home city, Lisbon.

Calling for eight soloists, five spaced choirs and a large orchestra, this lavish and ornate piece bubbles and sparkles through the text with an easy zest and breezy charm that is distinctively Portuguese, giving us a rare insight into musical life in Lisbon before the devastating earthquake of 1755.

Includes solo performances by Lynda Russell, Gillian Fisher, Catherine Denley, Catherine Wyn-Rogers, William Kendall, Andrew Murgatroyd, Michael George and Peter Harvey.
(extraído do encarte)

Te Deum é um hino litúrgico católico atribuído a Santo Ambrósio e a Santo Agostinho, iniciado com as palavras “Te Deum Laudamus” (A Vós, ó Deus, louvamos). Segundo a tradição, este hino foi improvisado na Catedral de Milão num arroubo de fervor religioso desses santos.

Esse texto foi musicado por vários compositores, entre eles Marc-Antoine Charpentier, Henry Purcell, Wolfgang Amadeus Mozart, Franz Joseph Haydn, Hector Berlioz,Anton Bruckner, Antonín Dvorák, Antônio Francisco Braga e José Maurício Nunes Garcia. Também o imperador Pedro I do Brasil compos um Te Deum. (extraído da Wikipedia)

Obrigado ao maestro, compositor e musicólogo Harry Crowl Jr. que abriu a sua Arca do Tesouro e nos disponibilizou mais esta jóia rara. Não tem preço!

Uma palhinha: Te Deum – 2. Tibi omnes Angeli

António Teixeira – Te Deum (1734)
Te Deum – 1 .Te Deum laudamus
Te Deum – 2. Tibi omnes Angeli
Te Deum – 3. Sanctus
Te Deum – 4. Te gloriosus
Te Deum – 5. Te martyrum candidatus
Te Deum – 6. Patrem immensae maiestatis
Te Deum – 7. Sanctum quoque
Te Deum – 8. Tu Patris sempiternus
Te Deum – 9. Tu devicto mortis
Te Deum – 10. Iudex crederis
Te Deum – 11. Te ergo quaesummus
Te Deum – 12. Salvum fac
Te Deum – 13. Per singulos dies
Te Deum – 14. Dignare Domine
Te Deum – 15. Fiat misericordia tua
Te Deum – 16. In te Domine speravi

António Teixeira – Te Deum – 2002
The Sixteen & The Symphony of Harmony and Invention Orchestra
Director: Harry Christophers

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 185,1 MB – 1,3 h
powered by iTunes 10.1

Boa audição.

nd0eb9mm

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Henrique Oswald (1852-1931) : Sinfonia op. 43

sinfonia-op-43Nascido no Rio de Janeiro e filho de suíços, Oswald viveu grande parte de sua vida na Europa. Estudou em Florença com Graziani e Buonamici, obtendo o primeiro prêmio do concurso instituído pelo jornal francês Le Fígaro com a peça Il neige, representativa de sua fina escrita pianística e de um clima “pré-impressionista”.

Dos compositores brasileiros, é um dos autores musicais que não teve a preocupação em dar o “clima local” e nacionalista em suas composições. No entanto, sua técnica apurada revela-se nos noturnos, romances (para piano), uma sinfonia, concertos para piano e violino, uma suíte e três óperas: A Cruz de Ouro, O Destino e O Novato.

Henrique Oswald radicou-se definitivamente no Brasil aos 60 anos de idade e foi diretor do Instituto Nacional de Música. Seus alunos mais brilhantes foram Luciano Gallet, Lorenzo Fernandez e Fructuoso Viana.

Henrique Oswald (1852-1931)
01. Sinfonia, op. 43 – 1. Allegro moderato
02. Sinfonia, op. 43 – 2. Adagio
03. Sinfonia, op. 43 – 3. Scherzo (allegro vivace)
04. Sinfonia, op. 43 – 4. Molto Allegro, Deciso

Sinfonia, op. 43 – 1969
Orquestra Sinfônica Brasileira
Regente: Eduardo de Guarnieri

Esta é uma gravação de um LP de 1969, selo Festa, gentilmente cedido pelo nosso ouvinte Sérgio Luiz Gaio e digitalizado por Avicenna.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 83,9 MB – 36,5 min
powered by iTunes 9.1

Boa audição.

2 irmãs africa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

.

Avicenna

Vivaldi / Ferrandini / Marini / Monteverdi / Conti / Pisendel: Il Pianto di Maria

Vivaldi / Ferrandini / Marini / Monteverdi / Conti / Pisendel: Il Pianto di Maria

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Só pelo Vivaldi inicial já vale a pena ouvir este CD, mas o resto também é incrível. O Giardino Armonico, sob o comando de seu ousado diretor Giovanni Antonini, se juntou ao mezzo-soprano Bernarda Fink, para um projeto que explora a Paixão de Cristo, vista pelos olhos da Virgem Maria. As duas obras centrais são ambas lamentos da Virgem. O primeiro, Il Pianto di Maria, foi pensado que fosse de Handel — um claro reflexo de sua notável qualidade musical. Só na década de 1990 que os especialistas em caligrafia estabeleceram o trabalho como sendo do desconhecido compositor veneziano Giovanni Ferrandini. O outro lamento da Virgem é de Monteverdi, mas há a importante estreia mundial da gravação de uma ária de Francesco Conti, em que o mártir Lorenzo, ameaçado de ser queimado vivo, se recusa a negar sua fé cristã. Esta ária profundamente emocionante apresenta um antepassado raramente ouvido do clarinete moderno e usado frequentemente em árias da época barroca — o chalumeau. Um disco foda.

Antonio Vivaldi (1678-1741)
Sonata “Al Santo Sepolcro” (for strings) RV130
1) Largo Molto [2:34]
2) Allegro Ma Poco Andante [2:15]

Giovanni Battista Ferrandini (1710 ca-1791)
“Il Pianto di Maria”
[wrongly attributed to G.F.Handel (HWV 234)]

3) Recitativo: Giunta L’ora Fatal [1:33]
4) Cavatina: Se D’un Dio Fui Fatta Madre [3:01]
5) Recitativo: Ah Me Infelice! [1:54]
6) Cavatina Da Capo: Se D’un Dio Fui Fatta Madre [3:03]
7) Recitativo: Ahimè Ch’Egli Già Esclama Ad Alta Voce [1:11]
8) Aria: Sventurati Miei Sospiri [5:26]
9) Recitativo: Sì Disse La Gran Madre [1:55]
10) Aria: Pari All’amor Immenso [6:29]
11) Recitativo: Or Se Per Grande Orror Tremo La Terra [0:55]

Biagio Marini (1587-1665)
12) Passacalio (for strings and continuo) [3:48]

Claudio Monteverdi (1567-1643)
13) Pianto della Madonna sopra il Lamento d’Arianna [7:16]

Antonio Vivaldi (1678-1741)
Concerto “Madrigalesco” in D minor (for strings) RV129
14) Adagio [1:07]
15) Allegro [1:38]
16)Adagio [1:09]
17) Allegro [0:55]

Antonio Vivaldi (1678-1741)
Sinfonia “Al Santo Sepolcro” in B minor (for strings) RV169
18) Adagio Molto [2:42]
19) Allegro Ma Poco [1:49]

Francesco Conti (1681-1732)
20) “Sento già mancar la vita”, aria from “Il Martirio di S. Lorenzo”
(for mezzo soprano, chalumeau and strings) [5:59]

Johann Georg Pisendel (1687-1755)
Sonata in C minor (for strings and continuo)
21) Largo [1:53]
22) Allegro [2:16]

Bernarda Fink
Il Giardino Armonico
Giovanni Antonini

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A Virgem Maria, de Lorenzo Veneziano, pintor da escola veneziana (ativo entre 1356 e 1372)
A Virgem Maria, de Lorenzo Veneziano, pintor da escola veneziana (ativo entre 1356 e 1372)

PQP

Concerto for Clarinet and Orchestra in A major – K 622 – Benny Goodman: Concert at Tanglewood

2qi2yqrMozart at Tanglewood – 1956

Benny Goodman & Boston Symphony Orchestra

 

Complementando a excelente postagem do Marcelo Stravinsky sobre Benny Goodman, lembro uma gravação de 1956 de Benny Goodman com a Boston Symphony Orchestra, sob a direção do Maestro Charles Munch: de Wolfgang Amadeus Mozart, Concerto for Clarinet and Orchestra in A major – K 622. O sensível Adagio foi utilizado na trilha sonora do marcante filme Out of Africa.

Nesta gravação, Benny Goodman desenvolve toda a sua sensibilidade. Maravilha!

Concerto for Clarinet and Orchestra in A major –  K 622: 1. Allegro
Concerto for Clarinet and Orchestra in A major –  K 622: 2. Adagio
Concerto for Clarinet and Orchestra in A major –  K 622: 3. Rondo

Mozart at Tanglewood – 1956
Benny Goodman & Boston Symphony Orchestra , (dir) Charles Munch

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 192 kbps – 39,4 MB – 28,2 min
powered by iTunes 9.1

Boa audição.

silhueta musical

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Ariel Ramirez (1921-2010) – Misa Criolla, com Mercedes Sosa

misa-criollaMisa Criolla

de Ariel Ramirez

com Mercedes Sosa

 

 

Written and composed by the Argentine composer Ariel Ramírez in 1963, Misa Criolla has become one of the most well known and oft-performed South American choral works throughout the world. A product of the composer’s long study of Argentine folk music, the piece synthesizes popular and liturgical styles, drawing on the rhythms and melodies of Argentina and other South American cultures. The opening Kyrie (“Lord, have mercy upon us…”) uses the slow rhythms of the vidala-baguala folk style (characteristic of northern Argentina) and a spare accompaniment to depict the loneliness of the high plateaus. In the Gloria (“Glory to God in the highest, and peace to all people on earth…”), the joyous rhythms of the carnavalito style are temporarily interrupted by the soloists’ plaintive pleas for mercy. The following Credo is based on the obsessive cross-rhythms (two against three) of the chacarera trunca style, emphasizing the conviction of this profession of faith. Similar cross-rhythms from the Bolivian carnaval cochabambino underlie the Sanctus (“Holy, holy, holy…”). The closing Agnus Dei (“Lamb of God, who takes away the sin of the world, hear our prayer…grant us peace.”) uses the estilo pampeano (“style of the Pampas”) to evoke the solitude and distance of that southern plains region. Though originally scored for keyboard, string bass, and standard percussion, our performance utilizes indigenous folk instruments, which the composer elsewhere has endorsed, in order to capture the flavor of the underlying musical styles. (Maza’s blog)

Ariel Ramírez
1. Misa Criolla: 1. Kyrie (Vidala baguala)
2. Misa Criolla: 2. Gloria (Carnavalito yaraví)
3. Misa Criolla: 3. Credo (Chacarera trunca)
4. Misa Criolla: 4. Sanctus (Carnaval cochabambino)
5. Misa Criolla: 5. Agnus Dei (Estilo pampeano)

Félix Luna / Ariel Ramírez
6. Navidad Nuestra: 1. La Annunciación (Chamamé)
7. Navidad Nuestra: 2. La Peregrinación (Huella pampeana)
8. Navidad Nuestra: 3. El Nacimento (Vidala catamarqueña)
9. Navidad Nuestra: 4. Los Pastores (Chaya riojana)
10. Navidad Nuestra: 5. Los Reyes Magos (Takirari)
11. Navidad Nuestra: 6. La Huida (Vidala tucumana)

Misa Criolla – Mercedes Sosa – 1999
Estudio Coral de Buenos Aires, director: Carlos López Puccio (Misa Criolla)
Asociación Coral Lagun Onak, director: Mario de Rose (Navidad Nuestra)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 97,3 MB – 41,6 min
powered by iTunes 8.2

Boa audição!

pé na agua

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Antonio Vivaldi (1678-1741): Opera Arias and Sinfonias

Antonio Vivaldi (1678-1741): Opera Arias and Sinfonias

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Emma Kirkby, Roy Goodman e The Brandenburg Consort? Não havia como dar errado. Eles nos trazem um Vivaldi alegre e enérgico-poético por todo o caminho. As peças são bastante boas. Se aqui falta uma ópera barroca completa, temos como espreitar bem como é. O incrível é que, com algumas exceções — por exemplo, este disco ou o maravilhoso álbum de Vivaldi de Cecilia Bartoli –, as óperas de Vivaldi ainda são praticamente desconhecidas. É realmente estranho que, com o ressurgimento da popularidade da música barroca, especialmente de Bach, Handel e do próprio Vivaldi, a música vocal do último não tenha experimentado algo parecido. A música vocal de Vivaldi é bonita e virtuosística, o veículo perfeito para uma que um soprano (ou qualquer outra voz) nos dê um recital que mostre suas habilidades técnicas sem nos encher o saco com peças que ouvimos milhares de vezes.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Opera Arias and Sinfonias

1. Griselda: Sinfonia
2. Griselda: Sinfonia
3. Griselda: Sinfonia
4. Griselda, Act III: Ombre vane, ingiusti orrori
5. Griselda, Act II: Agitata da due venti
6. Tito Manlio, Act II: Non ti lusinghi la cudeltate
7. Ottone In Villa: Sinfonia
8. Ottone In Villa: Sinfonia
9. Ottone In Villa: Sinfonia
10. Ottone in villa, Act I: Gelosia, tu gia rendi l’alma mia
11. Ottone in villa, Act II: L’ombre, l’aure, e ancora il rio
12. L’Atenaide, Act III: Ferma, teodosio
13. Tamerlano: Sinfonia
14. Tamerlano: Sinfonia
15. Tamerlano: Sinfonia
16. L’incornazione di dario, Act II: Non mi lusinga vana speranza
17. Catone In utica, Act II: Se mai senti spirati sul volto
18. Catone In utica, Act II: Se in campo armato

Emma Kirkby, soprano
The Brandenburg Consort
Roy Goodman

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Emma Kirkby: as crespas são as melhores
Emma Kirkby: as crespas são as melhores

PQP

The Swingle Singers : Bach Hits Back – A new a cappella tribute (21 de março / 328 anos do nascimento do pai do PQPBach e do FDPBach)

bach-hits-back-a-new-a-cappella-tributeThe Swingle Singers
Bach Hits Back – A new a cappella tribute

 

Experience pleasant and enjoyable a capella realizations of Bach preludes, fugues, chorale and instrumental numbers. The Swingle Singers render some as vocal transcriptions of Bach’s original, instrumental music, and others as jazz arrangements. Their hymn-like rendition of Ein Feiste Burg (A Mighty Fortress) bounces into a light and jazzy scatting of “Organ Fugue from Fantasia and Fugue.” They perform 21 excerpts from Bach, none of which are too obtrusive for background music, yet all are excellent enough to listen to while doing nothing but enjoying the music.
Bach was a technical genius, and the Swingle Singers have the talent and creativity to bring his music alive, translating it into new idioms successfully. Worth every chord of five stars. (extraído da internet)

Compensa publicar o comentário do Monge Ranulfus:

“Me faz relembrar o quanto os anos 60 foram criativos – pois esse CD pode ser dos anos 90, mas o conceito dos Swingle Singers surgiu nos 60.

A propósito, é a primeira vez que eu os ouço cantando com palavras – e ainda combinando o uso instrumental e o “tradicional” da voz. E é incrível que no tradicional eles soam muito mais perfeitos que muitos corais que não têm nenhuma proposta de inovar ou coisa parecida.”

Johann Sebastian Bach (1685-1750)
01. Chorale: Ein’ feste Burg ist unser Gott (Cantata BWV 80)
02. Organ Fugue from Fantasia and Fugue in G minor (‘Great’ BWV 542)
03. Prelude XVIII from The Well-Tempered Clavier (BWV 863)
04. Chorale prelude from Cantata BWV 140 ‘Wachet auf, ruft uns die Stimme’
05. Chorale from Wachet auf (Cantata BWV 140)
06. Liebster Jesu, wir sind hier (BWV 373)
07. In dulci jubilo – Chorale prelude (BWV 729)
08. In dulci jubilo – Chorale (BWV 608)
09. Andante from Sonata No. 2 for unaccompanied violin
10. First movement from Brandenburg Concerto No. 3 (BWV 1048)
11. Aria: Schafe konnen sicher weiden from Cantata BWV 208
12. Badinerie from Suite No. 2 (BWV 1067)
13. Fugue VIII from The Well-Tempered Clavier (BWV 852)
14. Three-part invention (BWV 797)
15. Et resurrexit from Mass in B minor (BWV 232)
16. Bist du bei mir (BWV 508)
17. Blute nur from Matthauspassion, (BWV 244)
18. Organ Fugue: Alla Gigue (BWV 577)
19. Air from Suite No. 3 (BWV 1068)
20. Little Organ Fugue (BWV 578)
21. Choral: Es ist genung (Cantata BWV 60)

Bach Hits Back – A new a cappella tribute – 1994
The Swingle Singers

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 140,0 MB – 53,0 min
powered by iTunes 12.5.1

Boa audição.


.
.
.
.
.
.
.
.Avicenna

.: interlúdio :. ‘S Different – Billy Butterfield & Ray Conniff and His Orchestra

'S-Different-capa-solo-web‘S Different
Conniff Meets Butterfield
1959

Quem já passou por esta vida e não dançou sentindo o calor do rosto da Amada, ao som da música de Ray Conniff & Billy Butterfield, pode ser mais, mas sabe menos do que eu.

Como dizia o poeta, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não

 

E como testemunhou o nosso amigo Wellington Mendes: este [Billy Butterfield] foi um dos maiores e mais elegantes trompetistas. Um som único e clássico, à maneira de outros como Al Hirt, Doc Severinsen, Bob Hacket, Ruby Braff… “

‘S Different (Conniff Meets Butterfield)
01. Beyond The Blue Horizon
02. You Must Have Been a Beautiful Baby
03. All The Things You Are
04. Oh , What a Beautiful Mornin´
05. Time On My Hands (You In My Arms)
06. Something To Remember You By
07. What a Diff´rence a Day Made
08. South Of The Border (Down Mexico Way)
09. Can´t We Be Friends
10. Rosalie
11. A Love Is Born (Song Of The Trumpet)
12. I Found a Millon Dollar Baby (In a Five And Ten Cent Store)
13. Summertime
14. Love Letters In The Sand

Palhinha: ouça 11. A Love Is Born (Song Of The Trumpet)

‘S Different – 1959
Billy Butterfield & Ray Conniff and His Orchestra

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 228,8 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps | 78,6 MB

Powered by iTunes 12.3.2 | 36 min |

Boa audição.

 The Dancers, por Fernando Botero
– The Dancers, por Fernando Botero

 

Avicenna

Georg Muffat (1653-1704): Florilegium Primum (1695)

Georg Muffat (1653-1704): Florilegium Primum (1695)

Muffat nasceu em Megève, Saboia (hoje território francês). É considerado alemão, apesar da ascendência escocesa e de Saboia. Estudou em Paris com Jean-Baptiste Lully entre 1663 e 1669. Já sentiram que o cara era eclético ou ao menos tinha variadas culturas na cabeça, né? Pois saibam que Georg Muffat teve um papel importante como introdutor dos estilos francês e italiano no universo musical germânico. Conhecia Lully e Corelli – foi aluno do primeiro, como já dissemos, e conheceu os maravilhosos concerti grossi do segundo. Pôde então identificar e trazer para sua música a expressão italiana e a leveza do bailado francês. Fazia fusion barroco. Era um baita organista. Os Florilegium Primum & secundum, ambos de 1695, são Suítes Orquestrais. Um bom disco, muito agradável.

Georg Muffat (1653-1704): Florilegium Primum (1695)

Fassiculus 1 “Eusebia” (aus Florilegium Primum)
1. Ouverture: Allegro
2. Air
3. Sarabande
4. Gigue 1
5. Gavotte
6. Gigue 2
7. Menuett

Fassiculus 2 “Sperantis Gaudia” (aus Florilegium Primum)
1. Ouverture: Presto
2. Balet
3. Bourée
4. Rondeau
5. Gavotte
6. Menuet 1 – Menuet 2

Fassiculus 3 “Gratitudo” (aus Florilegium Primum)
1. Ouverture: Allegro
2. Balet
3. Air
4. Bourée
5. Gigue
6. Gavotte
7. Menuet

Fassiculus 4 “Impatientia” (aus Florilegium Primum)
1. Symphonie: Grave – Presto
2. Balet
3. Canaries
4. Gigue
5. Sarabande
6. Bourée
7. Chaconne

Fassiculus 5 “Sollicitudo” (aus Florilegium Primum)
1. Ouverture: Allegro
2. Allemande
3. Air
4. Gavotte
5. Menuet 1 – Menuet 2
6. Bourée

Fassiculus 6 “Blanditiae” (aus Florilegium Primum)
1. Ouverture: Presto
2. Sarabande
3. Bourée
4. Chaconne
5. Gigue
6. Menuet
7. Echo

Fassiculus 7 “Constantia” (aus Florilegium Primum)
1. Air: Grave
2. Entrée des Fraudes
3. Entrée des Insultes
4. Alla breve, e presto – Allegro
5. Gavotte
6. Bourée
7. Menuet 1 – Menuet 2 – 8. Gigue

Ars Antiqua Austria
Gunar Letzbor

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Dirck Hals, Musicians, 1623
Dirck Hals, Musicians, 1623

PQP

Música na Corte Brasileira – Vol. 5 de 5: A Ópera no Antigo Teatro Imperial (Acervo PQPBach)

2cik8dyMúsica na Corte Brasileira – Vol. 5
A Ópera no Antigo Teatro Imperial
1965

 

O panorama da Ópera no Brasil, apreciado neste momento, mostra que até o presente não houve um desenvolvimento real do gênero mas apenas desdobramento processado em épocas bem próximas e que, na atualidade, é posssível reconhecer que teve repercussão positiva com relação à música vocal. O século XIX foi o momento de sua maior expansão, tendo o Rio de Janeiro como cenário. Houve naturalmente uma fase obscura de preparação revelada nas chamadas CASAS DE ÓPERA que, no século XVIII, se espalharam pelas principais cidades brasileiras, sendo que no Rio de Janeiro funcionou o Teatro do Padre Ventura, levando à cena óperas italianas e sobretudo as do brasileiro Antonio José da Silva, cognominado o Judeu.

Marcam-se dois períodos no mesmo século: o primeiro de 1808 a 1831 aproximadamente, o segundo entre 1857 e 1864.

O primeiro período foi conseqüente à vinda da Corte portuguêsa para o Brasil. Nesse momento a vida musical recebeu impulso renovador e a Ópera contou com casa própria, o Real Teatro de S. João, edificado no local em que hoje se ergue o Teatro João Caetano.

A ópera dessa época, de autoria de portuguêses e possivelmente de brasileiros, tinha libreto em português e, quando do repertório italiano, texto traduzido.

Os nomes que aparecem são os do Padre José Maurício Nunes Garcia, Marcos e Simão Portugal, Bernardo José de Souza Queiroz, Luiz Inácio Pereira, Damião Barbosa de Araújo, Eleutério Feliciano de Sena, Pedro Teixeira Seixas, Sigismond Neukomm e o do próprio Príncipe D. Pedro.

Os acontecimentos políticos, que forçaram D. João VI a se retirar do Brasil e logo em seguida a abdicação de D. Pedro I, atingiram naturalmente a vida artística, escapando, no entanto, a Ópera, que sempre contou com a predileção do público.

Com pequena diferença de 26 anos, verificou-se o segundo movimento em torno da Ópera. Um grupo de idealistas do qual faziam parte o Marquês de Abrantes, o Visconde de Uruguai, o Barão de Pilar, Francisco Manuel da Silva, Manuel de Araujo Porto-Alegre, Dionísio Vega, Isidoro Bevilacqua, Joaquim Gianini seguindo a iniciativa do espanhol Dom José Amat, fundou no Rio de Janeiro, em marco dc 1857, a Imperial Academia de Música e Ópera Nacional. Nesse momento o Rio de Janeiro conheceu um dos maiores movimentos em prol da Arte e dos artistas nacionais. Verificou-se realmente um surto de nacionalismo que incentivou os artistas jovens e deu ao Brasil o seu maior representante no gênero – Carlos Gomes.

Período 1808 – 1831: Teatro Imperial
Marcos Antonio Portugal da Fonseca, abreviado para Marcos Portugal (Lisboa, 24/3/1762 – Rio de Janeiro, 7/2/1830). Aluno de Borselli. Acompanhador da Ópera de Madri (1782), Mestre de Capela na Corte portuguêsa (1797); no Brasil, Mestre da Capela Real desde 1811, Diretor artístico do Teatro S. João e Inspetor das Diversões Públicas. Autor de 40 óperas, além de música de circunstâncias, operetas e obras sacras. Da obra de Marcos Portugal existem partituras no Brasil (Biblioteca da Escola Nacional de Música), entre as quais a da ópera-bufa O Basculho, literalmente O Basculho da Chaminé, levada à cena em Lisboa em 1894, em Veneza, na tradução italiana Lo Spazzacamino Principe, em 1795, e em Petersburgo em 1797.

Com justica, Marcos Portugal é considerado o maior músico português nos domínios da Ópera.

Bernardo José de Souza Queiroz ( …… – …. ) Poucas informações acompanham o seu nome e daí a impossibilidade de saber qual a sua nacionalidade. Iza de Queiroz Santos o coloca entre os compositorcs portugueses, enquanto Ernesto Vieira (“Dicionário Biográfico de Músicos Portuguêses”) o considera brasileiro, já militando no Rio de Janeiro quando aí se estabeleceu a Corte portuguêsa, em 1808.

Periodo 1857 – 1864: Ópera Nacional
Henrique Alves de Mesquita (Rio de Janeiro, 31/7/1831 – 12/7/1906). Primeiro diplomado em composição e o primeiro a alcançar o “Prêmio de Viagem à Europa” pelo Conservatório do Rio de Janeiro. Estudou em Paris com F. Bazin. Foi professor de instrumentos de bocal e órgão do mesmo estabelecimento de ensino (Conservatório do Rio de Janeiro). Autor de obras cênicas: Noivado em Paquetá, Estrêla do Brasil, O Vagabundo. Preocupavam-no as características nacionais que na peça para piano Batuque realizou de maneira deveras interessante.

Antônio Carlos Gomes (Campinas, 11/7/1836 – Belém, 16/9/1896). Em relação ao Padre José Maurício Nunes Garcia é o segundo grande músico brasileiro. No entanto, apesar das qualidades excepcionais do padre, Carlos Gomes representa para o Brasil o seu primeiro compositor de projeção mundial. Ambos figuras representativas de épocas, não tiveram continuadores até este momento. A posição de Carlos Gomes no cenário da Música Brasileira tem a mais alta significação: pela situação criada em sua época, pela posição que ocupa na atualidade como representante único da Ópera no Brasil, pela influência que exerceu nos músicos seus contemporâneos e mesmo nos que vieram depois. Carlos Gomes, que alcançou a consagração da platéia italiana com a ópera O Guarani, que atingiu o ponto mais alto de sua carreira com a Fosca, estreou na Ópera Nacional com A Noite do Castelo, apresentando logo em seguida Joana de Flandres, cantada a 15 de setembro de 1863, no Teatro Lírico Fluminense.
Helza Camêu (da Academia Brasileira de Música) (extraído da contra-capa do LP)

Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
01. Ópera bufa “O Basculho da Chaminé” – Abertura
02. Ópera bufa “O Basculho da Chaminé” – Dueto Rosina e Pierotto

Bernardo José de Souza Queiroz (Séc. XIX)
03. Ópera “Os Doidos Fingidos por Amor” – Abertura
04. Ópera “Os Doidos Fingidos por Amor” – Ária de Cacilda

Henrique Alves de Mesquita (1838-1906)
05. Ópera “O Vagabundo” – Abertura
06. Ópera “O Vagabundo” – Cena e dueto: Traído, Esquecido

Antonio Carlos Gomes (1836-1906)
07. Ópera “Joana de Flandres” – Ária de Raul

Música na Corte Brasileira – Vol. 5 de 5: A Ópera no Antigo Teatro Imperial – 1965
Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio M.E.C. Maestro Alceo Bocchino

Selo Angel/Odeon, Coordenador-Assistente: Marlos Nobre

LP digitalizado por Avicenna.

memoriaBAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 82,3 MB – 39,2 min
powered by iTunes 9.1

 

 

 

 

Boa audição.

french mammoth

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alma Latina: Ex Cathedra: Baroque Music from Latin America – vol 3: Fire burning in snow

zkmnm1

BBC Music Magazine:  Disc of the month
Classic FM Magazine: Opera & vocal disc of the month

 

‘Skidmore and his choir … have included the largest of Araujo’s liturgical pieces, an imposing Dixit Dominus in eight parts. The colourful, carefully paced sequence is interspersed with sections of an anonymous setting of the Quechua text Hanacpachap Cussicuinin, a Marian hymn that is regarded as the oldest printed piece of polyphony from the Americas. With beautifully varied instrumental support, Ex Cathedra turn it into a hauntingly beautiful processional’ (The Guardian)

‘Followers of Jeffrey Skidmore’s earlier excursions into the Latin American Baroque with his Ex-Cathedra group should need no prompting to buy volume three … Nothing stifles the infectious spark of these mostly secular effusions by the 17th-century Juan de Araujo, cathedral organist in Bolivia. Uplifting, and foot-tapping’ (The Times)

‘The performances throughout can hardly be faulted. A lovely and varied sonority is created by soloists emerging and returning from the 14-strong choir. The instrumental contribution is equally distinguished, from sensitive continuo of sustained organ and more rhythmically engaging plucked strings, to a positive kaleidoscope of wind and brass in the larger numbers’ (BBC Music Magazine)

‘… Captures the essence of music informed by the assured grandeur of 16th-century Spanish music, tinged with the colour of native ‘Indian’ culture and often marked by vibrant echoes of the regions’ African slave communities … An unmissable release’ (Classic FM Magazine)

‘A hugely appealing, atmospheric disc … The reason we should bother with such an obscure composer is clear from the first note – the vivid contrasts and thrilling rhetoric found in Gabrieli and Monteverdi are developed and combined with a magical, dramatic, dark-hued Iberian sensibility’ (Sunday Times)

‘Araujo is rightly considered to be perhaps the finest composer of his age working in Latin America … This is a captivating, colourful recording which may breathe the stiller London air but audibly relishes the genius of the too-long-neglected Juan de Araujo’ (International Record Review)

‘Araujo’s fusion of European-style vocal techniques with foot-tapping Latino rhythms is a revelation. Bouquets to Hyperion for opening our ears to these riches, and to the Birmingham-based Ex Cathedra vocal and instrumental ensemble, under scholar-director Jeffrey Skidmore, for such engaging performances’ (Financial Times)

‘It’s superbly performed … The most impressive element is the precision, blend and sonority of his singers in a splendid setting of Dixit Dominus. The evocation of a bullfight in Salga el torillo hosquillo (in which the Matador is compared to the Virgin Mary) is thrilling in its energy and drama, and the contemplative serenity of Silencio is breathakingly beautiful … This is a terrific disc’ (Gramophone)

‘Jeffrey Skidmore not only has this repertoire thoroughly under his skin, but equally the ability to inspire his splendid forces to communicate his enthusiasm for it with colourful immediacy’ (Goldberg)

‘The performances are glorious. Soloists and choir sing lustily but stylishly, and the instrumental backing is aptly contrived. Even more than in past volumes, I found this release just plain enchanting. Fine notes, full texts and translations. In all, one of those releases that is truly perfect! What an absolute treasure Hyperion has in Skidmore and his confederates!’ (American Record Guide)

‘The rediscovery of Latin American baroque music was a success story waiting to happen: it combines the dramatic contrasts of texture and the expressive word-setting of the European baroque with the rhythmic energy of New World folk music and the dances of West African slaves … The choral textures are thrilling’ (Oxford Today)

‘This is a splendid disc and a very worthy successor to the preceding volumes. The standard of performance is unfailingly excellent. Ensemble work, both vocal and instrumental, is tight and the many vocal solos are all taken extremely well. The performances display flair and finesse on the part of all concerned Jeffrey Skidmore’s direction is perceptive, lively and, above all, persuasive. It’s quite astonishing to think of this music being composed and performed in a remote colonial outpost in seventeenth century Latin America and the survival of the music and its revival today is something for which we should be grateful. Juan de Araujo was a fine composer and he has been exceptionally well served here by Jeffrey Skidmore and Ex Cathedra. This is a CD that commands attention’ (MusicWeb.com)

‘High art meets the reality of the New World, resulting in a new music that modern performers and audiences are just beginning to appreciate … This is exactly what the classical music ‘industry’ should be about’ (PositiveFeedback.com, USA)

‘Jeffrey Skidmore continues his exploration of Latin American Baroque music with an imaginatively programmed disc largely devoted to the music of the Spanish-born Juan de Araujo (1648–1712), who spent the final 30 years of his life as organist at the cathedral of La Planta (now Sucre, Bolivia). Judging by what’s here recorded, Araujo was equally at home in sacred and secular pieces: the Dixit Dominus for three choirs is particularly attractive, and his secular music has an irresistible foot-tapping quality. We remain indebted to Skidmore and the fine vocal and instrumental forces of his Ex Cathedra ensembles for resurrecting this material. An important release’ (Choir & Organ Magazine)

‘Araujo’s music is very different: sophisticated and marvellously expressive, and Ex Cathedra makes the most of it. The poetry too is worthy of attention: very enjoyable’ (Early Music Review)

‘Jeffrey Skidmore and Ex Cathedra of Birmingham have made a hit recently, with their recording of South American music … Another hit which you can’t keep out of your mind, released by Hyperion’ (Daily Mail)

‘The instrumental ensemble is exciting, vital, rhythmically alert … The music of Juan de Araujo … is unquestionably a good find’ (Fanfare, USA)

‘IM-PER-DÍ-VEL’ (Guess who)

Ex Cathedra: Baroque Music from Latin America – vol 3: Fire Burning In Snow
Anonymous
01. Hanacpachap cussicuinin – 1. verses 1-5
Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
02. Dixit Dominus a 3 choros
03. Silencio
04. Dime, amor
05. ¡A, de la region de luces!

Anonymous
06. Hanacpachap cussicuinin – 2. verses 6-10
Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
07. ¡A, del cielo!
08. ¡Fuego de amor!
09. En el muy gran Padre Ignacio

Anonymous
10. Hanacpachap cussicuinin – 3. verses 11-15
Diego José de Salazar (c1660-1709)
11. ¡Salga el torillo hosquillo!
Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
12. Dios de amor
13. ¡A, del tiempo!

Anonymous
14. Hanacpachap cussicuinin – 4. verses 16-20

Baroque Music from Latin America – vol 3: Fire Burning In Snow – 2007
Ex Cathedra Choir & Ensemble and QuintEssential Sackbut & Cornett Ensemble
Director: Jeffrey Skidmore

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 205,3 MB – 1,2 h
powered by iTunes 9.2

Boa audição.

musica = vidda

 

 

 

.

.

 

 

 

 

Avicenna

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante para Violino e Viola, Concerto Nº 2 para Violino, Rondo K. 373 e Adágio K. 261

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonia Concertante para Violino e Viola, Concerto Nº 2 para Violino, Rondo K. 373 e Adágio K. 261

Uma Sinfonia Concertante apenas aceitável, que fica longe de ser uma first choice como esta aqui. Augustin Dumay, de tão boas gravações com Maria João Pires, faz um registro com fraseados que decididamente não me agradam. Dá a impressão de querer ser diferente. Já de cara a orquestra faz uma introdução pra lá de estranha. Ele também deixa de lado parte do espírito concertístico do Allegro Maestoso e do Presto. A mesma observação vale para o restante do CD. Mas… É tudo opinião minha. A maioria gosta. Vai ver estou errado.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – 

Sinfonia Concertante in E flat major, K. 364 (320d)
01. 1. Allegro maestoso
02. 2. Andante
03. 3. Presto

Rondo in C major, K 373
04. Allegretto grazioso

Adagio in E major, K. 261
05. Adagio in E major, K. 261

Concerto for Violin and Orchestra no. 2 in D major, K. 211
06. 1. Allegretto mode
07. 2. Andante
08. 3. Rondeau. Allegro

Camerata Academica Salzburg
Augustin Dumay, regência e violino
Veronika Hagen, viola

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

mozart dancing cartoon_0

PQP

Música na Corte Brasileira – Vol. 4 de 5: Na Corte de D. Pedro II (Acervo PQPBach)

mua%cc%83a%cc%8asica-na-corte-brasileira-vol-4_-na-corte-de-d-pedro-iiMúsica na Corte Brasileira – Vol. 4
Na Corte de D. Pedro II
1965

 

O período de incertezas e agitação política, em que transcorreram a menoridade do Imperador-menino, D. Pedro II, e a sua mocidade, foi desfavorável à música nas suas expressões próprias. Ocorreu, então, um longo hiato, preenchido somente pelo movimento operístico, com a vinda assídua de companhias italianas. D. Pedro II, filho de musicistas, fez estudos musicais muito menos acurados do que os de seus pais. Ainda assim, criou condições para a formação de personalidades como Carlos Gomes e Pedro Américo. Assistia aos espetáculos de ópera e aos Concertos dos Clubes Mozart e Beethoven, que fazia questão de prestigiar.

Elias Álvares Lobo (1834-1901), paulista de Itu, é autor da primeira ópera composta e representada no Brasil. O libreto é de José de Alencar: A Noite de São João. Os festejos tradicionais cearenses que tinham inspirado o patriarca de nosso romance, análogos àqueles que ocorriam no interior de S. Paulo, inspiraram a primeira manifestação do nosso regionalismo no terreno da ópera. Foi representada no Rio de Janeiro (14-12-1860), e repetida seis vêzes, sob a regência do seu co-provinciano Carlos Gomes, dois anos mais môço que ele. A seguir, escreveu a ópera em 4 atos A Louca, sôbre libreto do Dr. Antonio Aquiles de Miranda Varejão. Não conseguindo levá-la à cena, vítima de maquinações insidiosas, renunciou à carreira de operista. A Abertura de A Louca é de extrema singeleza de recursos expressivos.

Nesse periodo a personalidade que se afirmou com maior relêvo foi a de Henrique Alves de Mesquita (1838-1906), compositor carioca, pistonista notável, que estudou em Paris com Francois Bazin e lá fez executar a Abertura Étoile du Brésil e a opereta Noivado em Paquetá, ali representada com o título de Une nuit au château. O seu maior êxito foi, porém, com O Vagabundo, a mais forte dentre as óperas de autores brasileiros anteriores às que Carlos Gomes escreveu a partir de O Guarani. A Abertura de A Noite no Castelo é a da antiga Noivado em Paquetá. Não confundir esta peça com a ópera juvenil de Carlos Gomes Noite do Castelo.

Pedro Teixeira de Seixas, mais conhecido por Pedro Teixeira, português, autor duma Missa em Mi Bemol ou “da Coroação“, é considerado pelo Visconde de Taunay “artista de mérito”, assinalou-se pela sua contribuição para o abastardamento da música sacra entre nós. Escreve dele Taunay: “Pedro Teixeira / …… /foi o principal propulsor da reforma da música sagrada, e o que ousou mais amplamente dramatizar os trênos sagrados, e converter a pedra d’ara dos altares no pavimento do hipocênio, onde se compassam as voluptuosas melodias da ópera italiana” … Pedro Teixeira foi proclamado o reformador da música, o homem do gosto moderno, e todos os artistas o foram imitando. Tínhamos, nas grandes festas, missa do Barbeiro, da Pêga Ladra, de Aureliano, da Cenerentola e da Italiana em Argel … No entanto, como escreve o alemão Bd. Theodor Boesch, eram aquí excelentes os bailados e dignos dos palcos da Europa. A Abertura do bailado Triunfo do Amor, de Pedro Teixeira, é bem de “ballet” pelos seus giros de índole coreográfica.

A Abertura A Castanheira, atribuída a Luiz Inácio Pereira, músico português, leve e de certa graciosidade devido ao caráter popular do seu tema, levanta o problema da autoria, já que entre os 15 entrementes, burletas e farsas portuguêsas de Marcos Portugal existe uma A Castanheira. A partitura, porém, menciona Luiz Inácio Pereira.

Eleutério Feliciano de Sena é anunciado como Mestre de Música, no Rio de Janeiro, no período entre 1855 e 1867. Eml 14-3-1848, publica um Hino em Aplauso do Faustosíssimo Dia do Aniversário Natalício de S. M. a Imperatriz do Brasil, com letra de Possidônio Antônio Alves. De sua autoria êste Andante Para Grande Orquestra.

A vinda ao Brasil de Louis Moreau Gottschalk (1829-1869), em 1869, ano em que aqui faleceu, teve consequências importantes para a evolução do teor operístico de nossa música. Brilhantíssimo virtuoso (a peroração da sua celebérrima Grande Fantasia Triunfal Sôbre o Hino Nacional Brasileiro foi incorporada por lsidor Philipp ao seu tratado das oitavas), os seus programas de concertos eram constituídos de obras de sua autoria, do gênero “salão”, porém, encerrando dificuldades técnicas, principalmente na parte da mão direita. Quase nenhum pianista trouxera ao nosso público, fanatizado pela ópera, a antiga música barroca dos tempos que findaram com a morte de José Maurício; e nem Beethoven, nem Schumann ou Chopin. Gottschalk fascinou incomparavelmente. Foram, porém, as suas peças “características” que despertaram o interêsse dos nossos compositores. Gottschalk, nascido em Nova Orleans, era norte-americano sulista, portanto de região de influência africana, além de espanhola e da do clima tropical. Daí as afinidades com os que aqui buscavam os elementos de caracterização da nossa música própria. Le Banjo, Esquisse Américaine, op. 15 (assim descrito no programa de 1-9-1869: “Nesta peça o autor procura imitar os bailes crioulos das fazendas norte-americanas e o instrumento com que êles se acompanham“) foi de efeito fulminante, e está longinquamente na raiz de numerosas “danças negras” compostas no Brasil.

Bamboula, Danse de Nègres (ou Bâmbola), op. 2, ainda teve alcanse mais direto para a nossa linguagem pianística. Certas das fórmulas que ali aparecem terão influído até em Ernesto Nazareth, nos seus tangos brasileiros e nas suas valsas, estas muito afins com as de Gottschalk.

Típico de costumes sociais da época é este Exulta, Oh Brasil, de Savério Mercadante (Altamura, Bari, 1795 – Napoles, 1870). Melodramático bastante prezado no seu tempo, autor de 60 óperas, e cuja La Vestale terá tido (apud Fernando Lopes Graça) alguma influência sobre o jovem Verdi, contra quem manifestou progressivo ressentimento, Mercadante escreveu esta peça com intenção manifestadamente laudatória.
Andrade Muricy, da Academia Brasileira de Música, 1965 (extraído da contra-capa do LP)

Elias Álvares Lôbo (1834-1901)
01. Abertura da ópera “A Louca”
Henrique Alves de Mesquita (1838-1906)
02. Abertura da ópera “A Noite no Castelo”
Pedro Teixeira de Seixas (?-1832)
03. Abertura do ballet “O Triunfo do Amor”
Luiz Inácio Pereira (Séc. XIX)
04. Abertura da ópera “A Castanheira”
Eleutério Feliciano de Senna (Séc. XIX)
05. Andante para Grande Orquestra
Louis Moreau Gottschalk (1829-1869)
06. Le Banjo, Esquisse Américaine, op. 15
07. Bamboula, Danse de Nègres, op. 2

Savério Mercadante (1795-1870)
08. Exulta, Oh Brasil

Música na Corte Brasileira, Vol. 4 de 5: Na Corte de D. Pedro II – 1965
Collegium Musicum da Rádio M.E.C. Maestrina Julieta Strutt & Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio M.E.C. Maestro Alceo Bocchino

Piano: Honorina Silva; Tenor: Mário Cesar Oliveira; Soprano: Ermelinda CoutoSelo Angel/Odeon, Coordenador-Assistente: Marlos Nobre

LP digitalizado por Avicenna.

memoriaBAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 80,5 MB – 38,4 min
powered by iTunes 9.1

 

 

 

 

Boa audição.

bebum geral

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alma Latina: Ex Cathedra: Baroque Music from Latin America – vol 2: Moon, sun & all things

baroque-music-from-latin-america-2_-moon-sun-all-things

Top Ten Records of the Year(The Sunday Times)
Disc of the month (BBC Music Magazine)

 

‘bursting with fun and uplifting music. The liturgical items shine with melodic beauty and joy’ (The Times)

‘… ending in a frenzy of whoops and shrieks – Ex Cathedra more exhilaratingly uninhibited than I’ve heard them before. After such abandoned exuberance, Vesoers ends with an endearingly unaffected recessional hymn. Instruments and voices are reduced, one by one, until nothing remains but hummed voices lingering in the air – and the memory of a most impressive disc’ (BBC Music Magazine)

‘Ex Cathedra enter into the festive spirit with the infectious enthusiasm for this newly discovered treasure-trove that also pervades their crisp, stylish performances of the more sober pieces’ (Daily Telegraph)

‘truly sublime…all beautifully played, sung and recorded’ (The Sunday Times)

‘Skidmore and Ex Cathedra fill this album with some of the most alive, infectious and uplifting Baroque polyphony I’ve ever heard … A very special release’ (Classic FM Magazine)

‘Jeffrey Skidmore and Ex Cathedra turn the dead contents of dusty archives into a thrilling programme … one of the finest albums of early baroque music to grace its catalogue’ (Music Week)

‘A fascinating re-creation’ (The Guardian)

‘This second collection from Jeffrey Skidmore fizzes with excitement and energy and is every bit as engrossing as his first’ (The Independent)

‘Here is a truly wonderful disc, by reason of the splendours of the works chosen and the superbly controlled enthusiasm and skill of the performers … an absolute winner’ (International Record Review)

‘In an engagingly personal note, Jeffrey Skidmore tells of his exploratory journeys to Latin America, where he uncovered vast amounts of a treasure store of repertoire that is evident not only from his words, but also the performances he inspires from Ex Cathedra. To induce such idiomatically colourful singing and playing on October days in London is an achievement warranting unreserved plaudits. Viva! Viva, Jeffrey!’ (Fanfare, USA)

‘The musicians of Ex Cathedra under Jeffrey Skidmore add further lustre to their reputation with some ravishing vocal and instrumental performances which are by turns exuberantly sophisticated and intensely moving in their simplicity. A short review cannot hope to do justice to this wonderful CD. Buy it!’ (Cathedral Music)

‘IM-PER-DÍ-VEL’ (Guess Who)

Baroque Music from Latin America – vol 2: Moon, sun & all things
Anonymous (Ritual, Lima 1631)
01. Hanacpachap cussicuinin (The bliss of Heaven)
Juan Gutiérrez de Padilla (1590-1664)
02. Deus in adiutorium
Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
03. Dixit Dominus
Diego José de Salazar (c1660-1709)
04. ¡Salga el torillo hosquillo!
Domenico Zipoli (1688 – 1726)
05. Beatus vir
Gaspar Fernandes (1570-1629)
06.¡Viva Ignacio! ¡Viva!
Francisco Lópes Capillas (c1605-1674)
07. Laudate Dominum
Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
08. ¡Aqui, Valentónes!
Hernando Franco (1532-1585)
09. Dios itlazonantziné
Domenico Zipoli (1688 – 1726)
10. Ave maris stella
Francisco Lópes Capillas (c1605-1674)
11. Magnificat
12. Cui luna, sol et omnia
Manuel de Sumaya (c1678-1755)
13. ¡Albricias, mortales!
Francisco Hernández (1517-1587)
14. Sancta Maria, e!
Juan de Araujo (Villafranca en León/En Cáceres ca. 1646 – Chuquisaca, 1712)
15. ¡Ay, andar!
Anonymous
16. Dulce Jesús mío

Baroque Music from Latin America – vol 2: Moon, sun & all things – 2005
Ex Cathedra Choir & Ensemble and QuintEssential Sackbut & Cornett Ensemble
Conductor: Jeffrey Skidmore

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 201,9 MB – 1,2 h
powered by iTunes 9.2

Boa audição.

wc de et

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Leos Janácek (1854-1928): String Quartet Nº 2 ‘Intimate Letters’ / Pavel Haas (1899-1944): String Quartet Nº 2 ‘From The Monkey Mountain’

Leos Janácek (1854-1928): String Quartet Nº 2 ‘Intimate Letters’ / Pavel Haas (1899-1944): String Quartet Nº 2 ‘From The Monkey Mountain’

O Quarteto Pavel Haas é realmente notável. Grande entendimento, excelentes gravações e uma escolha de repertório de irretocável bom gosto. Mas sei alguma coisa sobre as relações  de poder dentro de um quarteto e sempre dou risadas ao ver, pelas fotos, que há sempre mudanças no segundo violino. A loira Veronika Jarůšková é o primeiro violino e chefona desde sempre. O primeiro violoncelista do conjunto saiu por incompatibilidade de gênios (sei) e o maridão Peter Jarůšek assumiu o lugar dele. A história do segundo violino é complicada, eles já estão no quarto nome, um homem chamado Marek Zwiebel. Já o violista é estável… Como este é o primeiro disco do Haas (2006), a moça da foto acima é Kateřina Gemrotová, a primeira segunda-violinista. Bem, este é um baita CD, viram? As “Cartas Íntimas” de Janácek é uma preferência absoluta desde que vos escreve. O Quarteto de Haas é fantástico — o cara justifica a homenagem de dar nome a este grande quarteto de cordas brigão.

Leos Janácek (1854-1928) – String Quartet No.2 ‘Intimate Letters’
01. I. Andante
02. II. Adagio
03. III. Moderato
04. IV. Allegro

Pavel Haas (1899-1944) – String Quartet No.2 ‘From The Monkey Mountain’
05. I. Landscape (Andante)
06. II. Coach, Coachman And Horse (Andante)
07. III. The Moon And I… (Largo E Misterioso)
08. IV. Wild Night (Vivace E Con Fuoco)

Pavel Haas Quartet

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Pavel Haas Quartet em 2016 -- sempre um(a) novo(a) segundo violino... | Photo: Marco Borggreve
Pavel Haas Quartet em 2016 — sempre um(a) novo(a) segundo violino… | Photo: Marco Borggreve

PQP