.: intermezzo :. The Gary Burton Quartet — Live In Tokyo

.: intermezzo :. The Gary Burton Quartet — Live In Tokyo

Um belo CD de jazz. Gravado durante um show em 1971, o quarteto de Burton aparece com um guitarrista de peso roqueiro, antecipando um pouco do que seria o fusion. O som é bem mais encorpado do que o do também extraordinário quarteto formado por Burton em 1967, com Larry Coryel na guitarra e o grande Steve Swallow no baixo. Mas não se apavore: não há excessos nem mau gosto, apenas um bom perfume setentista. Eu botei para ouvir no mp3 sem saber da data do CD. Logo comecei a achar que, puxa esses jazzistas também morrem de saudades dos anos 70 e querem refazer aquele som. Foi mesmo uma época muito criativa para a música. Logo depois consultei e soube que a origem do CD era um LP de 41 minutos. Um LP glorioso, acreditem.

The Gary Burton Quartet — Live In Tokyo

1 Ballet
2 On The Third Day
3 Sunset Bell
4 The Green Mountains
5 African Flower
6 Portsmouth Figurations

The Gary Burton Quartet:
Drums – Bill Goodwin
Electric Bass – Tony Levin
Guitar – Sam Brown
Vibraphone – Gary Burton

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A contracapa do LP/CD: bem 1971
A contracapa do LP/CD: bem 1971

PQP

Heinrich Schütz (1585-1672): Italian Madrigals (Il primo libro de madrigali, Op. 1, SWV 19)

Heinrich Schütz (1585-1672): Italian Madrigals (Il primo libro de madrigali, Op. 1, SWV 19)

Heinrich Schütz foi foda. Músico e compositor, é geralmente considerado o mais importante compositor alemão antes de Johann Sebastian Bach e também considerado um dos mais importantes compositores do século XVII junto com Claudio Monteverdi. Iniciou sua carreira musical quando foi selecionado, ainda menino, por sua bela voz, para o coro do Landgrave Maurício de Hesse-Kassel, e ali recebeu seu primeiro treinamento. Mais tarde seu patrono o matriculou na Universidade de Marburg, e depois o enviou para estudar com Giovanni Gabrieli, na Itália. Ao retornar, em 1613, com os ensinamentos recebidos, introduziu importantes inovações no vocabulário musical da Alemanha. Passou os quatro anos seguintes exercendo a função de organista em Kassel, e foi liberado deste serviço para assumir a posição de Kapellmeister na corte de Dresden. Ali casou-se e se tornou amigo de Johann Hermann Schein. Em 1629 voltou para a Itália a fim de comprar instrumentos e estudar a música teatral de Monteverdi. Como a Guerra dos Trinta Anos estava devastando Alemanha, Schütz foi obrigado, em seu retorno, a buscar colocação em outro local, e encontrou emprego em Hamburgo, e depois em Copenhagen. Terminada a guerra, reassumiu suas funções em Dresden, onde se aposentou em 1651, retirando-se para sua casa de campo, onde faleceu. A música de Schütz é de predominantemente religiosa, mas de grande capacidade de expressão emocional. Dominou a escrita para grandes grupos tão bem quanto para os reduzidos, e suas Paixões, para pequenos conjuntos, talvez estejam entre suas obras mais impressionantes. A influência da arte musical italiana perpassa toda sua obra, embora a tenha adaptado para o caráter germânico de uma forma altamente pessoal. Foi ele quem colocou a música alemã no mapa.

Este disco é notavelmente delicado e demonstra toda a influência da música italiana em sua obra. É coisa da juventude de Schütz, cheia de alegria, sol e doçura.

Heinrich Schütz (1585-1672): Italian Madrigals

1. Part One: O Primavera, SWV 1
2. Part Two: O Dolcezze Amarissime, SWV 2
3. Selve Beate, SWV 3
4. Alma Afflita, SWV 4
5. Cosi Morir Debb’io, SWV 5
6. D’orrida Selce Alpina, SWV 6
7. Ride La Primavera, SWV 7
8. Fuggi O Mio Core, SWV 8
9. Feritevi, Ferite, SWV 9
10. Flamma Ch’allacia, SWV 10
11. Quella Dama Son Io, SWV 11
12. Mi Saluta Costei, SWV 12
13. Io Moro, Eccho Ch’io Moro, SWV 13
14. Sospir Che Del Bel Petto, SWV 14
15. Dunque Addio, SWV 15
16. Tornate, O Cari Baci, SWV 16
17. Di Marmo Siete Voi, SWV 17
18. Giunto E Pur, Lidia, SWV 18
19. Vasto Mar, SWV 19

Capella Lipsiensis
Dietrich Knothe

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Heinrich Schütz, com essa carinha pernóstica, ele viveu 87 anos
Heinrich Schütz, com essa carinha pernóstica, ele viveu 87 anos

PQP

Georg F. Handel (1685-1759): O Messias, HWV 56

Georg F. Handel (1685-1759): O Messias, HWV 56

Recado de PQP: Grande música! Mas temos estas duas gravações… Bem melhores! Aqui e aqui.

Com certeza, esta é uma das peças que mais ouvi em minha vida. Resolvi postar esta versão de 1964, porque gosto muito de Otto Klemperer e a sua interpretação deveria figurar por aqui. Certa vez, pude gravar uma seleção das músicas desse oratório no programa Clássicos de Todos os Tempos (meu primeiro contato com a peça), que passa aqui em Brasília todas as noites. São duas horas dedicadas à música clássica. Como não tinha muito material para apreciar, quase todos os dias – e sempre que podia -, eu ouvia o programa. Foi numa dessas ocasiões que gravei duas fitas cassetes. Como ouvi o conteúdo daquelas duas fitas cassetes! Ainda as tenho comigo. A qualidade do som foi afetada pelo tempo. Não sei muito bem de quem é a gravação. Logo em seguida, eu ganhei uma gravação não muito boa produzida pelas Paulinas. A gravação foi realizada pela Orquestra de Câmara da Lituânia. Isso se deu em 2003. O CD duplo ainda está comigo. Guardado. Bem acondicionado. O que me atrai em O Messias é a musicalidade celsa. A peça de abertura é docemente triste e pressaga. Uma gaita de foles é tocada e faz surgir uma reflexão preparatória para aquilo que virá. Em seguida surge a voz tristemente profética e consoladora dizendo: “Consolai! Consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que a sua servidão está cumprida, que a sua iniquidade está perdoada. Uma voz clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, aplanai na estepe uma vereda para o nosso Deus”, texto este extraído de Isaías 40.1-3. Em seguida é dito: “Todo vale será elevado, toda montanha e colina serão aplainadas, o que estiver torto se endireite e os terrenos acidentados fiquem planos”, mais uma vez o profeta Isaías (40.5). Ao todo são mais de 53 canções em quase 3 horas de música celeste. O Messias segue didaticamente três períodos, englobando a vida de Cristo: (1) Profecia e narrativas da natividade; (2) Paixão e Ressurreição; e (3) A esperança do ser humano em sua própria ressurreição. Boa apreciação!

Como disse certa vez Stäel: “Miguel Ângelo foi o pintor da Bíblia. Handel foi o seu compositor”. Have Joy!

George F. Handel (1685 – 1759) – O Messias

DISCO 1

01 – Sinfony
02 – Accompagnato_ Comfort ye my people (Tenor)
03 – Air_ Ev’ry valley shall be exalted (Tenor)
04 – Chorus_ And the glory of the Lord
05 – Accompagnato_ Thus saith the Lord (Bass)
06 – Air_ But who may abide the day of his coming (Bass)
07 – Chorus_ And he shall purify
08 – Recitative_ Behold, a virgin shall conceive (Alto)
09 – Air_ O thou that tellest good tidings to Zion (Alto)
10 – Chorus_ O thou that tellest good tidings to Zion
11 – Accompagnato_ For behold, darkness shall cover the earth (Bass)
12 – Air_ The people that walked in darkness (Bass)
13 – Chorus_ FOr unto us a child is born
14 – Pifa (Pastoral Symphony)
15 – Recitative_ There were shepherds abiding in the fields (Soprano)
16 – Chorus_ Glory to God
17 – Air_ Rejoice greatly, o daughter to Zion (Soprano)
18 – Recitative_Then shall the eyes of the blind be open’d (Soprano)
19 – Air_ He shall feed his flock like a shepherd (Soprano)
20 – Chorus_ His yoke is easy, His burthen is light

DISCO 2

01 – Chorus_ Behold the Lamb of God
02 – Air_ He was despised and rejected of men (alto)
03 – Chorus_ Surely, He hath borne our griefs
04 – Chorus_ And with His stripes we are healed
05 – Chorus_ All we like sheep have gone astray
06 – Recitative_ All they that see Him, laugh Him to scorn (tenor)
07 – Chorus_ He trusted in God
08 – Recitative_ Thy rebuke hath broken His heart (tenor)
09 – Arioso_ Behold and see if there be any sorrow (tenor)
10 – Recitative_ He was cut off of the land of the living (tenor)
11 – Air_ But thou didst not leave His soul in hell (tenor)
12 – Chorus_ Lift up your heads, O ye gates
13 – Chorus_ The Lord gave the word
14 – Air_ How beautiful are the feet (soprano)
15 – Chorus_ Their sound is gone out into all lands
16 – Air_ Why do the nations so furiously rage together (bass)
17 – Chorus_ Let us break their bonds asunder
18 – Recitative_ He that dwelleth in heaven (tenor)
19 – Air_ Thos shalt break them with a rod of iron (tenor)
20 – Chorus_ Hallelujah, for the Lord God Omnipotent reigneth
21 – Air_ I know that my redeemer liveth (soprano)
22 – Chorus_ Since by man came death
23 – Recitative_ Behold, I tell you a mystery (bass)
24 – Air_ The trumpet shall sound (bass)
25 – Chorus_ Worthy is the lamb
26 – Chorus_ Amen

Gravado em 1964

The Philharmonia Orchestra & Chorus
Otto Klemperer, regente

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Em 1964 a gente gravava Händel assim, de cachimbo e grande orquestra. Qual é o problema?
Em 1964 a gente gravava Händel assim, de cachimbo e grande orquestra. Nosso coro devia ter umas 200 mi pessoas. Qual é o problema? Vai querer encarar?

Carlinus

The Spirit of Gambo – English consort and solo viol music (1570-1680)

The Spirit of Gambo – English consort and solo viol music (1570-1680)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O que dizer dos discos de Jordi Savall? Talvez o mais sensato seja logo falar que são excepcionais, necessários mesmo. E o mais razoável seria falar deles na forma de um poema. Ele é artista de tal qualidade que não saiu de moda, apesar de a música antiga ser hoje pouco ouvida em comparação com o que era nos anos 70, por exemplo. Ele nos prova que o conhecimento histórico é tão importante quanto o conhecimento científico e, quando ouço suas aulas sobre nosso passado musical, ganhou alguns centímetros.

The Spirit of Gambo – English consort and solo viol music (1570-1680)

1. Tye – Sit Fast a 3 (1570) 7:35
2. Dowland – Lacrimae Gementes a 5 4:25
3. Dowland – The Earl of Essex Galiard 1:31
4. Hume – Harke, harke (Bass-Viol) 2:05
5. Hume – A Souldiers Resolution 4:02
6. Coprario – Fantasia V a 3 3:37
7. Coprario – Almaine III (3 Lyra-Viols) 3:12
8. Coprario – Coranto (3 Lyra-Viols) 2:20
9. Gibbons- Fantasie X a 3 4:34
10. Gibbons – In Nomine a 4 2:20
11. Ferrabosco II – Almaine (Lyra-Viol) 4:06
12. Ferrabosco II – Coranto I 1:29
13. Ferrabosco II – Coranto II 1:46
14. Jenkins – The bell Pavan 5:53
15. Corkine – Walsingham (Lyra-Viol) 3:18
16. Corkine – The Punckes delight 1:45
17. Locke – Fantazie 3:30
18. Locke – Courante 1:03
19. Locke – Ayre 3:17
20. Locke – Saraband 1:22
21. Anonyme – The Lancashire Pipes (Lyra-Viol) 6:03
22. Purcell – Fantasia IX a 4 (23 June 1680) 5:08
23. Purcell – Fantasia upon one note a 5 3:03

Hespèrion XX
Jordi Savall

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Jordi-Savall_1

PQP

Wagenseil / Monn / Albrechtsberger / Starzer / Dittersdorf / Vanhal / Zimmermann / Salieri: A Música Vienense Pré-Clássica — Sinfonias e Concertos

Wagenseil / Monn / Albrechtsberger / Starzer / Dittersdorf / Vanhal / Zimmermann / Salieri: A Música Vienense Pré-Clássica — Sinfonias e Concertos

A Primeira Escola de Viena é o nome usado principalmente para se referir a três compositores do período clássico da música ocidental do final do século XVIII: Wolfgang Amadeus Mozart, Joseph Haydn e Ludwig van Beethoven — Franz Schubert é ocasionalmente é adicionado à lista. A sacada do CD ao lado é a de explorar o som de Viena antes de sua Primeira Escola. São obras daquele período dos filhos de Bach — não são mais barrocas, mas também não são clássicas. Fico especialmente grato por este grupo de registros que fornece o contexto em que nasceu a música daqueles três grandes mestres. Além disso, a maior parte das obras são altamente atraentes e interessantes. Eu gostei muito de Monn — um compositor estimado por Schoenberg, o mestre da Segunda Escola de Viena — e de Salieri.

CD 1: The Early Viennese School: Symphonies and Concertos

Georg Matthias Monn (1717 – 1750)
Sinfonia in B mayor
1. 1. (Allegro) 4:43
2. 2. Andante 4:23
3. 3. Presto 1:31

Josef Starzer (1726 – 1787)
Divertimento in C major
4. 1. Allegro non troppo 4:52
5. 2. Menuetto I/II 2:15
6. 3. Larghetto 6:02
7. 4. Allegro 3:14

Carl Ditters von Dittersdorf (1739 – 1799)
Sinfonia in A minor
8. 1. Vivace 5:32
9. 2. Larghetto 6:52
10. 3. Minuetto I/II 3:31
11. 4. Finale. Prestissimo 3:18

Johann Georg Albrechtsberger (1736 – 1809)
Fugue for Quartet in C major
12. 1. Andantino 2:53
13. 2. Fuga: Allegro moderato 3:23
Camerata Bern, Thomas Füri

Carl Ditters von Dittersdorf (1739 – 1799)
Concerto for Oboe and Orchestra in G major
14. 1. Maestoso 5:31
15. 2. Adagio 5:12
16. 3. Allegro 4:16
Heinz Holliger, Camerata Bern, Thomas Füri

Georg Christoph Wagenseil (1715 – 1777)
Sinfonia in D major
17. 1. Allegro 4:06
18. 2. Andante 4:09
19. 3. Allegro assai 2:24
Camerata Bern, Thomas Füri
Total Playing Time 1:18:07

CD 2: The Early Viennese School: Symphonies and Concertos

Antonio Salieri (1750 – 1825)
Concerto in D major for Violin, Oboe, Violoncello and Orchestra
1. 1. Allegro moderato 9:28
2. 2. Cantabile 7:52
3. 3. Andantino 8:04
Heinz Holliger, Thomas Demenga, Camerata Bern, Thomas Füri

Georg Matthias Monn (1717 – 1750)
Concerto for Violin and Orchestra in B flat major
4. 1. Allegro 7:48
5. 2. Largo 4:14
6. 3. Allegro 3:28

Anton Zimmermann (1741 – 1781)
Sinfonia in C major
7. 1. Adagio – Allegro assai 6:02
8. 2. Andante cantabile 6:31
9. 3. Finale. Allegro moderato 4:21

Johann Baptist Vanhal (1739 – 1813)
Sinfonia in G minor
10. 1. Allegro moderato 4:42
11. 2. Andante cantabile 5:30
12. 3. Menuetto 3:57
13. 4. Finale. Allegro 4:03
Camerata Bern, Thomas Füri

Heinz Holliger
Thomas Demenga
Camerata Bern
Thomas Füri

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Wien 1750

PQP

Steve Reich (1936): Third Coast Percussion

Steve Reich (1936): Third Coast Percussion

IM-PER-Dí-VEL !!!

Esse disco de 2016 vai direto para a galeria de obras-primas. Foi de dentro das comemorações dos 80 anos de Steve Reich (3 de outubro de 1936) que veio esta gravação fenomenal. Aguardamos outras! Com enorme cultura e sensibilidade, Reich vai fazendo o que nunca devia ter sido deixado de lado. Desde sempre a música erudita bebeu na fonte popular e vice-versa e a música de Reich tem, nos últimos anos, construído curiosas pontes entre os dois mundos. Não pense que você vai ouvir trabalhos condescendentes — o que Reich faz é absolutamente erudito –, mas ele leva e traz, leva e traz, fato reconhecido por Beck, Eno, Prince e tantos outros que o procuram. Este é um disco de percussão. Não esqueça que o piano, o vibra e o xilofone são instrumentos de percussão… A música é de uma elegância impar. O Third Coast Percussion — cujo núcleo é formado por David Friend, Oliver Hagen e Matthew Duvall — é extremamente musical e preciso. Além disso, tem encomendado obras a diversos compositores. Eu estou de boca aberta, ouvindo o disco pela terceira vez e pensando em cancelar compromissos. E você, meu caro pequepiano, dispa-se dos preconceitos contra o contemporâneo (rimou!) e babe.

Steve Reich (1936): Third Coast Percussion

1. Fast (6:39)
2. Slow (3:16)
3. Fast (5:03)
4. Fast (11:17)
5. Moderate (4:23)
6. Slow (2:33)
7. Moderate (3:36)
8. Fast (6:34)
9. Nagoya Marimbas (4:48)
10. Music For Pieces Of Wood (feat. Matthew Duvall) (14:20)

Third Coast Percussion

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Reich, talento para todos os lados
Reich, espalhando talento para todos os lados

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 39, 73, 93, 105, 107, 131

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 39, 73, 93, 105, 107, 131

Eu posso contestar a escolha das Cantatas, mas não posso reclamar de Philippe Herreweghe e de sua orquestra e coral de Ghent — eles dão um show de interpretação. Só por isso o CD duplo, colocado por mim em apenas um arquivo, já mereceria ser baixado. Como vocês estão vendo, interrompo a série de Bach 2000 para postar mais Cantatas… É amor, gente. Acontece.

J. S. Bach: Cantatas BWV 39, 73, 93, 105, 107, 131

Track listing:
Aus der Tiefen rufe ich, Herr, zu dir (bwv 131)
Herr, wie du willt, so schicks mit mir (bwv 73)
Herr, gehe nicht ins Gericht mit deinem Knecht (bwv 105)
Brich dem Hungrigen dein Brot (bwv 39)
Wer nur den lieben Gott läßt walten (bwv 93)
Was willst du dich betrüben (bwv 107)

cd1.01. BWV 131 – Aus der Tiefen rufe ich
cd1.02. BWV 131 – So du willst, Herr, Sünde zurenchnen
cd1.03. BWV 131 – Ich harre des Herrn
cd1.04. BWV 131 – Meine Seele wartet auf den Herrn
cd1.05. BWV 131 – Israel, hoffe auf den Herrn

cd1.06. BWV 73 – Herr, view du willt, so schick’s mit mir
cd1.07. BWV 73 – Ach, senke doch den Geist der Freuden
cd1.08. BWV 73 – Ach, unser Wille bleibt verkehrt
cd1.09. BWV 73 – Herr, so du willt
cd1.10. BWV 73 – Das ist des Vaters Wille

cd1.11. BWV 105 – Herr gehe nicht ins Gericht mit deinem Kn
cd1.12. BWV 105 – Mein Gott, verwirf michj nicht
cd1.13. BWV 105 – Wie zittern und wanken
cd1.14. BWV 105 – Wohl aber dem, der sienen Bürgen weiß
cd1.15. BWV 105 – Kann ich nur Jesum mir zum Freunde machen
cd1.16. BWV 105 – Nun, ich weiß, du wirst mir stillen

cd2.01. BWV 39 – Brich dem Hungrigen dein Brot
cd2.02. BWV 39 – Der reiche Gott wirft seinen Überfluß
cd2.03. BWV 39 – Seinem Schöpfer noch auf Erden
cd2.04. BWV 39 – Wohlzutum und mitzuteilen
cd2.05. BWV 39 – Höchster, was ich habe
cd2.06. BWV 39 – Wie soll ich dir, o Herr
cd2.07. BWV 39 – Selig sind, die aus Erbarmen

cd2.08. BWV 93 – Wer nur den lieben Gott läßt walten
cd2.09. BWV 93 – Was helfen uns die schweren Sorgen
cd2.10. BWV 93 – Man halte nur ein wenig stille
cd2.11. BWV 93 – Er kennt die rechten Freudestunden
cd2.12. BWV 93 – Denk nicht in deiner Drangsalhitze
cd2.13. BWV 93 – Ich will auf den Herren schaun
cd2.14. BWV 93 – Sing, bet und geh auf Gottes Wegen

cd2.15. BWV 107 – Was willst du dich betrüben
cd2.16. BWV 107 – Denn Gott verlässet keinen
cd2.17. BWV 107 – Auf ihn magst du es wagen
cd2.18. BWV 107 – Wenn auch gleich aus der Höllen
cd2.19. BWV 107 – Er richt’s zu seinen Ehren
cd2.20. BWV 107 – Darum ich mich ihm ergebe
cd2.21. BWV 107 – Herr, gib, daß ich dein Ehre

Barbara Schlick – soprano (cd1)
Agnès Mellon – soprano (cd2)
Gérard Lesne – alto (cd1)
Charles Brett – alto (cd2)
Howard Crook – tenor
Peter Kooy – bass

dir. Philippe Herreweghe
Chorus and Orchestra of Collegium Vocale, Ghent

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Philippe Herreweghe: estudar é bom
Philippe Herreweghe: estudar é bom

PQP

.: interlúdio :. Keith Jarrett – A Multitude of Angels (4 CDs)

.: interlúdio :. Keith Jarrett – A Multitude of Angels (4 CDs)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Parte da inesgotável criatividade de Keith Jarrett está aqui. Essa multidão de anjos é um conjunto de 4 CDS com gravações de uma série de concertos solo realizados na Itália em outubro de 1996, documentando a conclusão dos experimentos de Jarrett com improvisações de longa duração. Os concertos ocorreram em Modena, Ferrara, Turim e Gênova. Depois, Jarrett adoeceu e prometeu a si mesmo abandonar as longas improvisações sem pausas. Estava sofrendo de Síndrome de Fadiga Crônica. Cada concerto é muito diferente do outro. A música é muito abrangente: o jazz está por todo lado, mas acompanhado da enorme proximidade de Jarrett com a música clássica (moderna e antiga, Bach, Debussy, Bartók, Ives, etc.). Um álbum belíssimo.

Keith Jarrett – A Multitude of Angels (4 CDs)

CD1
1 Part I (Live At Teatro Comunale, Modena / 1996) 34:18
2 Part II (Live At Teatro Comunale, Modena / 1996) 31:20
3 Danny Boy (Live At Teatro Comunale, Modena / 1996) 5:00

CD2
4 Part I (Live At Teatro Comunale, Ferrara / 1996) 43:48
5 Part II (Live At Teatro Comunale, Ferrara / 1996) 29:58
6 Encore (Live At Teatro Comunale, Ferrara / 1996) 3:26

CD3
7 Part I (Live At Teatro Regio, Torino / 1996) 42:23
8 Part II (Live At Teatro Regio, Torino / 1996) 31:35

CD4
9 Part I (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 31:41
10 Part II (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 31:43
11 Encore (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 5:52
12 Over The Rainbow (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 6:03

Keith Jarrett, piano

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Keith Jarrett aos 70
Keith Jarrett aos 70

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Bach Attributions

J. S. Bach (1685-1750): Bach Attributions

IM-PER-DÍVEL !!!

Por uma dessas coisas inexplicáveis, a obra para órgão de Bach está fora de moda. Algumas pessoas acham que o som do órgão é tão irritante quanto os padres pedófilos de Ratzinger, mas é bem no órgão que Bach realiza suas maiores experimentações. (Ah, acharam que eu ia fazer uma piada com o órgão sequiçual, né?) Mas retornemos ao que interessa: o que há de peças amalucadas na Orgelwerke é uma grandeza! E eu gosto. Muito! Este CD é sensacional por diversas razões.

(1) O organista é do caralho (ou do órgão, como queiram);
(2) O repertório, apesar de evitar os experimentalismos, está longe dos lugares-comuns;
(3) A produção da Hyperion é fodal;
(4) O CD está fora de catálogo até em Marte e
(5) Fique tranquilo, você não terá de ouvir a Toccata e Fuga em Ré Menor novamente.

E ah, vocês sabem como era a nossa família. Vinte filhos e aquele entra e sai de alunos, todos interpretando peças de sua preferência e criando outras. Então, alguns historiadores de ejaculação precoce pegaram tudo isso e disseram que era de Johann Sebastian, mas nem sempre era… Neste disco há peças de vários Bachs, de outros agregados que tentavam comer minhas irmãs e de todo o tipo de gente que queria a cerveja de meu pai. Bem, era uma zona e até isso se reflete neste baita CD.

J. S. Bach (1685-1750): Bach Attributions

Johann Sebastian Bach:
1. Prelude & Fugue No.1 in C major, BWV 553 <— Sensacional

Gottfried August Homilius
2. ‘Schmücke Dich, O Liebe Seele’, BWV 759

Johann Sebastian Bach:
3. Prelude & Fugue No.2 in D minor, BWV 554
4. ‘Jesu, Der Du Meine Seele’, BWV 752
5. ‘Wie Schön Leuchtet Der Morgenstern’, BWV 763
6. ‘O Herre Gott, Die Göttlich’s Wort’, BWV 757
7. Prelude & Fugue No.3 in E minor, BWV 555
8. ‘Ach Gott Und Herr’, BWV 692
9. ‘Ach Gott Und Herr’, BWV 693
10. Prelude & Fugue No.4 in F major, BWV 556

Georg Boehm
11. ‘Vater Unser Im Himmelreich’, BWV 760 <— Genial! Esse merecia uma das minhas irmãs púberes
12. ‘Vater Unser Im Himmelreich’, BWV 761

Johann Sebastian Bach
13. Prelude & Fugue No.5 in G major, BWV 557 <— quasi scherzando

Carl Philipp Emanuel Bach
14. ‘Aus Der Tiefe Rufe Ich’, BWV 745 <— Prêmio Ademir da Guia de “Quem sai aos seus não degenera”

Johann Caspar Fischer
15. ‘Christ Ist Erstanden’, BWV 746 <— Por esta composição recebeu a punição máxima de meu pai: uma hora de costas na frente de um clérigo ‘celibatário’ católico

Johann Sebastian Bach
16. Prelude & Fugue No.6 in G minor, BWV 558
17. ‘Auf Meinen Lieben Gott’, BWV 744 <— Sofrível, pai. O que houve?

Johann Gottfried Walther
18. ‘Gott Der Vater Wohn Uns Bei’, BWV 748 <— Tão bom quanto o jovem atacante do Inter! No ângulo, Walther! Podes escolher qualquer das púberes do harém bachiano!

Johann Sebastian Bach
19. Fugue in G major, BWV 581 <— A recuperação do véio
20. ‘Nun Ruhen Alle Wälde’, BWV 756
21. Prelude & Fugue No.7 in A minor, BWV 559
22. ‘Herr Jesu Christ, Dich Zu Uns Wend’, BWV 749 <— Simplesinho, mas bonitinho
23. ‘Herr Jesu Christ, Meines Lebens Licht’, BWV 750

Johann Michael Bach
24. ‘In Dulci Jubilo’, BWV 751 <— Esse aí era o tio, pai da Maria Bárbara, primeira mulher de meu pai. Péssimo, coitado

Johann Sebastian Bach
25. Prelude & Fugue No.8 in B-flat major, BWV 560
26. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 1 <— Vcs já viram uma obra de variações de meu pai que fosse ruim? Não existe!
27. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 2
28. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 3
29. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 4
30. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 5
31. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 6
32. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 7
33. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 8
34. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 9
35. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 10
36. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 11
37. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 12
38. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 13
39. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 14
40. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 15
41. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 16
42. Partita ‘Allein Gott In Der Höh Sei Ehr’, BWV 771: Var 17

Christopher Herrick, organ

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Herrick parece normal, mas não esqueçam que os organistas são pessoas bastante estranhas.
Herrick parece normal, mas não esqueçam que os organistas são pessoas bastante estranhas.

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The Dmitri Shostakovich Edition – CDs 19, 20 e 21 de 27

The Dmitri Shostakovich Edition – CDs 19, 20 e 21 de 27

SÉRIE IM-PER-DÍ-VEL!!!

CD 19

Concerto Nº 1 para Violoncelo e Orquestra, Op. 107 (1959)

Shostakovich e o grande violoncelista Mstislav Rostropovich eram amigos, tendo, muitas vezes, viajado juntos fazendo recitais que incluíam entre outras obras, a Sonata para violoncelo e piano, opus 40, já comentada nesta série. Desde que se conheceram, o compositor avisara a Rostropovich que ele não deveria pedir-lhe um concerto diretamente, que o concerto sairia ao natural. Saíram dois. Quando Shostakovich enviou a partitura do primeiro, dedicada ao amigo, este compareceu quatro dias depois na casa do compositor com a partitura decorada. (Bem diferente foi o caso do segundo concerto, que foi composto praticamente a quatro mãos. Shostakovich escrevia uma parte, e ia testá-la na casa de Rostropovich; lá, mostrava-lhe as alternativas, os rascunhos ao violoncelista, que sugeria alterações e melhorias. Amizade.)

Estilisticamente, este concerto deve muito à Sinfonia Concertante de Prokofiev – também dedicada a Rostropovich — e muito admirada pelos dois amigos. É curioso notar como os eslavos têm tradição em música grandiosa para o violoncelo. Dvorak tem um notável concerto, Tchaikovski escreveu as Variações sobre um tema rococó, Kodaly tem a sua espetacular Sonata para Cello Solo e Kabalevski também tem um belo concerto dedicado a Rostropovich. O de Shostakovich é um dos de um dos maiores concertos para violoncelo de todo o repertório erudito e minha preferência vai para a imensa Cadenza de cinco minutos (3º movimento) e para o brilhante colorido orquestral do Allegro com moto final.

Concerto para Violoncelo e Orquestra Nº 2, Op. 126 (1966)

Uma obra-prima, produto da estreita colaboração entre Shostakovich e Rostropovich, a quem o concerto é dedicado. A tradição do discurso musical está aqui rompida, dando lugar a convenções próprias que são “aprendidas” pelo ouvinte no transcorrer da música. Não há nada de confessional ou declamatório neste concerto. Há arrebatadores efeitos sonoros que são logo propositadamente abandonados. A intenção é a de ser música absoluta e lúdica, mostrando-nos temas que se repetem e separam momentos convencionalmente sublimes ou decididamente burlescos. Nada mais burlesco do que a breve cadenza em que o violoncelo é interrompido pelo bombo, nada mais tradicional do que o tema que se repete por todo o terceiro movimento e que explode numa dança selvagem, acabando com o violoncelo num tema engraçadíssimo – como se fosse um baixo acústico –, para depois sustentar interminavelmente uma nota enquanto a percussão faz algo que nós, brasileiros, poderíamos chamar de batucada. Esta dança faz parte de uma longa preparação para um gran finale que não chega a acontecer. Um concerto espantoso, original, capaz de fazer qualquer melômano feliz ao ver sua grande catedral clássica virada de ponta cabeça e, ainda assim, bonita.

Cello Concerto No. 1 Op. 107
1. Allegretto  6:15
2. Moderato  11:33
3. Cadenza  5:52
4. Allegro con moto  4:39

Cello Concerto No. 2 Op. 126
5. Largo  15:44
6. Allegretto  4:20
7. Allegretto  16:18

Total:  64:41

Alexander Ivashkin, cello
Moscow Symphony Orchestra,
Valeri Polyansky

CD 20

Quinteto para piano, Op. 57 (1940)

A música perfeita. Irresistível quinteto escrito em cinco movimentos intensamente contrastantes. Seu estilo é clássico, porém raramente todos os integrantes tocam juntos, a não ser no agitado scherzo central. O prelúdio inicial estabelece três estilos distintos que voltarão a ser explorados adiante: um dramático, outro neo-clássico e o terceiro lírico. Todos os temas que serão ouvidos nos movimentos seguintes apresentam-se no prelúdio em forma embrionária. Segue-se uma rigorosa fuga puxada pelo primeiro violino e demais cordas até chegar ao piano. Sua melodia belíssima e lírica que é seguida por um scherzo frenético. É um choque ouvir chegar o intermezzo que traz de volta a seriedade à música. Apesar do título, este intermezzo é o momento mais sombrio do quinteto. O Finale, cujo início parece uma improvisação pura do pianista, fará uma recapitulação condensada do prelúdio inicial. O Quinteto para piano recebeu vários prêmios que não vale a pena referir aqui, mas o mais importante para Shostakovich foi a admiração que Béla Bartók dedicou a ele.

Ah, muita atenção àquele último movimento do Trio Nº 2!

Piano Quintet in G minor Op.57
1. Prelude: Lento- Poco piu mosso  4:30
2. Fugue: Adagio  9:01
3. Scherzo: Allegretto  3:20
4. Intermezzo: Lento  6:11
5. Finale: Allegretto  7:04

Piano Trio No. 2 in E minor Op. 67
6. Andante- Moderato  7:11
7. Allegro non troppo  3:03
8. Largo  4:28
9. Allegretto  10:24

Total:  55:43

Edward Auer, piano
Christiaan Bor, violin
Paul Rosenthal, violin (1-5)
Marcus Thompson, viola (1-5)
Godfried Hoogeveen, cello (1-5)
Nathaniel Rosen, celo (6-9)

CD 21

Sonata para Viola e piano, Op. 147 (1975) – A Última Composição

Esta é a última composição de Shostakovich e uma de minhas preferidas. Ele começou a escrevê-la em 25 de junho de 1975 e, apesar de ter sido hospitalizado por problemas no coração e nos pulmões neste ínterim, terminou a primeira versão rapidamente, em 6 de julho. Para piorar, os problemas ortopédicos voltaram: “Eu tinha dificuldades para escrever com minha mão direita, foi muito complicado, mas consegui terminar a Sonata para Viola e Piano”. Depois, passou um mês revisando o trabalho em meio aos novos episódios de ordem médica que o levaram a falecer em 9 de agosto. Sentindo a proximidade da morte, Shostakovich escreveu que procurava repetir a postura estóica de Mussorgski, que teria enfrentado o inevitável sem auto-comiseração. E, ao ouvirmos esta Sonata, parece que temos mesmo de volta alguma luz dentro da tristeza das últimas obras. A intenção era a de que o primeiro movimento fosse uma espécie de conto, o segundo um scherzo e o terceiro um adágio em homenagem a Beethoven. O resultado é arrasadoramente belo com o som encorpado da viola dominando a sonata.

Os primeiros compassos da Sonata ao Luar, de Beethoven, uma obra que Shostakovich freqüentemente executava quando jovem pianista, é citada repetidamente no terceiro movimento, sempre de forma levemente transformada e arrepiante, ao menos no meu caso… O scherzo possui uma marcha e vários motivos dançantes, retirados de uma outra ópera baseada em Gógol – seria sua segunda ópera composta sobre histórias do ucraniano, pois, na sua juventude ele já escrevera O Nariz (1929) – que tinha sido abandonada há mais de trinta anos. Outras alusões são feitas nesta sonata. Há pequenas citações da 9ª Sinfonia (de Shostakovich), da 4ª de Tchaikovski, da 5ª de Beethoven, da Sonata Op.110 de Beethoven, de Stravinski, Mahler e Brahms. E a abertura da Sonata utiliza trecho do Concerto para Violino de Alban Berg, também conhecido pelo nome de “À memória de um anjo”, e é dedicado à filha de Alma Mahler, Manon, morta aos 18 anos, com poliomielite.

Creio não ser apenas invenção deste ouvinte – há uma constante interferência do inexorável nesta música, talvez sugerida pela intromissão de temas de outros compositores na partitura, talvez sugerida pela atmosfera melancólica da sonata, talvez por meu conhecimento de que ouço um réquiem. O fato é que Shostakovich estava esperando.

Shostakovich morreu sem ouvir a obra, que foi estreada num concerto privado no dia 25 de setembro de 1975, data em que faria 69 anos.

Sonata for violin and piano Op. 134
1. Andante  9:24
2. Allegretto  6:10
3. Largo  12:34

Sonata for viola and piano Op. 147
4. Moderato  8:23
5. Allegretto  6:56
6. Adagio  11:50

Total:  55:41

Isabelle van Keulen, violin and viola
Ronald Brautigam, piano

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Shostakovich: devolvendo todas
Shostakovich: devolvendo todas

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Grażyna Bacewicz (1909-1969): Concertos para Violino Nº 1, 3 e 7

Grażyna Bacewicz (1909-1969): Concertos para Violino Nº 1, 3 e 7


Este é outro disco imperdível desta compositora polonesa muito pouco conhecida no Brasil. Uma injustiça. São obras realmente consistentes trazidas pela gravadora Chandos que acertou em cheio ao escalar a também polonesa Joanna Kurkowicz. O sétimo concerto é maravilhoso e mostra uma compositora — Bacewicz era também violinista — absolutamente segura. Os dois dois concertos também são bons, mas tão modernos quanto o sétimo.

Grażyna Bacewicz (1909-1969): Concertos para Violino Nº 1, 3 e 7

Violin Concerto No. 7
1) I. Tempo di mutabile
2) II. Largo
3) III. Allegro

Violin Concerto No. 3
4) I. Allegro molto moderato
5) II. Andante
6) III. Vivo

Violin Concerto No. 1
7) I. Allegro
8) II. Andante (molto espressivo)
9) III. Vivace

Joanna Kurkowicz, violin
Polish Radio Symphony Orchestra
Lukasz Borowicz

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Esta é a grande Grazyna Bacewicz
Esta é a grande Grazyna Bacewicz

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Cabezón / Byrd / Tallis / Bull / Sweelinck / Bach / Frescobaldi / Handel: Journey – 200 anos de música para cravo

Cabezón / Byrd / Tallis / Bull / Sweelinck / Bach / Frescobaldi / Handel: Journey – 200 anos de música para cravo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Trevor Pinnock tem cada gravação… O Messias dele… O que é aquilo? E as 6 Partitas de Bach? Aqui, ele resolveu fazer um disco-ostentação explorando 200 anos da história do cravo, entre 1550 e 1750, mais ou menos. O resultado é esplêndido de cabo a rabo, dando um pouquinho mais de espaço para meu pai, além de Handel e Scarlatti, o filho. Eu quase não consegui chegar ao Frescobaldi, tão boa achei sua interpretação da Suíte Francesa Nº 6. Longa vida para Pinnock que, de Pinóquio, só tem o narigão!

Cabezón / Byrd / Tallis / Bull / Sweelinck / Bach / Frescobaldi / Handel: Journey – 200 anos de música para cravo

1. Cabezón Diferencias sobre ‘El canto del caballero’

2. Byrd The Carman’s Whistle

3. Tallis O ye tender babes

4. Bull The King’s Hunt

5. Sweelinck Variations on ‘Mein junges Leben hat ein End’, SwWV 324

J.S. Bach French Suite No. 6 in E major, BWV 817
6. Prélude
7. Allemande
8. Courante
9. Sarabande
10. Gavotte
11. Polonaise
12. Bourée
13. Menuet
14. Gigue

15. Frescobaldi Toccata Nona

16. Frescobaldi Balletto primo e secondo

17. Handel Chaconne in G major, HWV 435

Scarlatti Three Sonatas in D major, K. 490-492
18. Sonata, K. 490: Cantabile
19. Sonata, K. 491: Allegro
20. Sonata, K. 492: Presto

Trevor Pinnock, cravo

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Eu amo Trevor Pinnock e gostaria de ter um filho com ele.
Eu amo Trevor Pinnock e gostaria de ter um filho com ele.

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Giuseppe Torelli (1658-1709): The Original Brandenburg Concertos

Giuseppe Torelli (1658-1709): The Original Brandenburg Concertos

Este disco não tem nada a ver com Bach, OK? Inclusive Torelli morreu antes de meu pai escrever seus verdadeiros e justamente ouvidíssimos Concertos de Brandenburgo. Apesar do esforço do Charivari Agréable, Torelli tem dificuldades para decolar. A coisa não anda. Seus concertos para trompete são largamente divulgados, mas estes, para cordas, servem apenas para aquecimento. Vi agora que Torelli nasceu em Verona e Verona é legal, né? Se há uma cidade italiana da qual gostei foi Verona. Mas confesso que brochei demais agora de manhã ouvindo essas 43 faixas. O efeito é que quase esqueci a felicidade de ver ontem a desclassificação do Grêmio pelo Juventude — escrevo na manhã de segunda-feira (25/4/2016), bem entendido.

Giuseppe Torelli (1658-1709): The Original Brandenburg Concertos

1 Concerto №1 in G major: Presto – Adagio 1:51
2 Concerto №1 in G major: Allegro 1:13
3 Concerto №1 in G major: Adagio 1:17
4 Concerto №1 in G major: Allegro 1:45

5 Concerto №2 in E minor: Allegro 1:39
6 Concerto №2 in E minor: Adagio 1:41
7 Concerto №2 in E minor: Presto 1:14

8 Concerto №3 in B minor: Allegro 1:43
9 Concerto №3 in B minor: Adagio 1:10
10 Concerto №3 in B minor: Allegro 1:26

11 Concerto №4 in D major: Adagio 0:23
12 Concerto №4 in D major: Allegro 1:01
13 Concerto №4 in D major: Adagio 1:44
14 Concerto №4 in D major: Allegro 1:26

15 Concerto №5 in G minor: Presto 1:01
16 Concerto №5 in G minor: Presto – Adagio 0:46
17 Concerto №5 in G minor: Allegro 1:37

18 Concerto №6 in C minor: Allegro 2:04
19 Concerto №6 in C minor: Adagio 1:37
20 Concerto №6 in C minor: Allegro 1:27

21 Concerto №7 in C major: Allegro 1:05
22 Concerto №7 in C major: Adagio e staccato 1:08
23 Concerto №7 in C major: Allegro 1:24

24 Concerto №8 in F major: Adagio 0:47
25 Concerto №8 in F major: Allegro 1:40
26 Concerto №8 in F major: Adagio 1:21
27 Concerto №8 in F major: Allegro 1:18

28 Concerto №9 in A minor: Presto 1:40
29 Concerto №9 in A minor: Adagio 1:03
30 Concerto №9 in A minor: Allegro 1:32

31 Concerto №10 in D minor: Adagio 2:12
32 Concerto №10 in D minor: Allegro 0:43
33 Concerto №10 in D minor: Largo 1:20
34 Concerto №10 in D minor: Presto 1:36

35 Concerto №11 in B flat major: Allegro 1:05
36 Concerto №11 in B flat major: Largo e staccato 1:38
37 Concerto №11 in B flat major: Allegro 1:33

38 Concerto №12 in A major: Allegro – Adagio 1:47
39 Concerto №12 in A major: Largo 1:07
40 Concerto №12 in A major: Allegro 1:55

41 Sonata a 4 in A minor: Largo – Allegro 2:57
42 Sonata a 4 in A minor: Grave 1:52
43 Sonata a 4 in A minor: Allegro 2:25

Charivari Agréable
Kah-Ming Ng

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Antes de Bach, tentando nos enganar com seus Concertos de Brandenburgo
Antes de Bach, tentando nos enganar com seus Concertos de Brandenburgo

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Tsontakis: Man of Sorrows & Sarabesque / Berg: Sonata / Webern: Piano Variations / Schoenberg: Sechs Kleine Klavierstucke

Tsontakis: Man of Sorrows & Sarabesque / Berg: Sonata / Webern: Piano Variations / Schoenberg: Sechs Kleine Klavierstucke

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um excelente disco de música moderna. A grande estrela do CD é o norte-americano George Tsontakis (1951) que esmerilha duas peças extraordinárias, abrindo e fechando os trabalhos. É impossível não se apaixonar pelo longo oratório para piano e orquestra representado por Man of Sorrows, assim como pela Waldstein-like Sarabesque. Dentre as outras obras, o destaque fica para a Sonata de Berg, o mais deglutível — e, quem sabe, o mais talentoso compositor — da Segunda Escola de Viena.

Tsontakis: Man of Sorrows & Sarabesque,
Berg: Sonata, Webern: Piano Variations,
Schoenberg: Sechs Kleine Klavierstucke

Tsontakis: Man of Sorrows
1. Ecce Homo 2:12
2. Es Muss Sein 9:32
3. Lacrymosa 2:55
4. Gethsemane 9:35
5. Jesu Joy 8:20
6. Vir Dolorum 6:12

Schönberg :
6. kleine Klavierstücke op.19
7. Leicht 1:06
8. Langsam 0:55
9. Sehr Langsam 1:04
10. Rasch Aber Leicht 0:30
11. Etwas Rasch 0:36
12. Sehr Langsam 2 1:11

Berg : Sonate pour piano op.1
13. Piano Sonata

Webern : Variations pour piano op.27
14. Massig 1:54
15. Schnell 0:44
16. Fliessend 3:59

Tsontakis: Sarabesque
17. Sarabesque 5:47

Stephen Hough, piano
Dallas Symphony Orchestra
Andrew Litton

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George Tsontakis: nada rotineiro
George Tsontakis: nada rotineiro

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.: interlúdio :. Toumani Diabaté: The Mandé Variations

.: interlúdio :. Toumani Diabaté: The Mandé Variations

Toumani Diabaté é um dos músicos africanos mais importantes da atualidade. Toca kora, uma espécie de harpa com 21 cordas exclusiva da África Ocidental, levando-a a públicos de todo o mundo. Com o seu virtuosismo e criatividade excepcionais, mostra o que a kora pode.

Toumani Diabaté nasceu em Bamako, a capital do Mali, em 1965 numa família de Griots (casta de músicos / historiadores), que conta com 71 gerações de executantes de kora. O mais notável foi o seu pai, Sidiki Diabaté (c.1922-96), eleito Rei da Kora no prestigiado Black Arts Festival Festac em 1977 e ainda hoje uma inspiração para todos os tocadores de kora. Toumani Diabaté cresceu num ambiente preenchido por música, mas foi na verdade um autodidacta na aprendizagem da kora, sem receber ensinamentos diretos do seu pai que não fossem ouvir a sua música.

Nas décadas de 1960 e 1970, o meio musical de Bamako era influenciado pelos sons de fora, especialmente pela música negra americana: a música soul era particularmente popular, tal como Jimi Hendrix, Jimmy Smith e grupos de rock britânico como Led Zeppelin. Tanto a exposição a estas sonoridades como os grupos modernos de Bamako seriam importantes para o desenvolvimento musical de Toumani .

Começou a tocar kora aos 5 anos, altura em que o goveno maliano tinha um programa de incentivo aos grupos tradicionais. Estreou-se em público aos 13 anos e em 1984 juntou-se ao grupo que acompanhava a grande diva Kandia Kouyaté, a cantora griot mais conhecida do Mali, com quem percorreu o continente africano .

Embora não tenha aprendido directamente com o seu pai, Toumani Diabaté prosseguiu o seu ideal de desenvolver a kora como instrumento solista, elevando-a a um outra nível. Descobriu um modo de tocar o baixo, o acompanhamento rítmico e a melodia solista ao mesmo tempo, um método que o levou aos palcos de todo o mundo. Veio à Europa pela primeira vez em 1986, acompanhando outra cantora maliana, Ousmane Sacko, e acabou por permanecer em Londres por sete meses. Nesse período, gravou o seu primeiro álbum a solo: Kaira. Foi um disco pioneiro – o primeiro de kora solo de sempre – e mantém-se um best seller até hoje. No mesmo ano apresentou-se pela primeira vez no festival WOMAD, causando um impacto significativo .

No Reino Unido trabalhou formalmente com músicos de várias tendências e contactou com diferentes tradições, como a música clássica indiana, de onde proveio a ideia jugalbandi (diálogo musical entre dois instrumentos) que se tornou uma característica marcante da sua música .

Colaborou com o grupo espanhol Ketama dando origem ao álbum Songhai, uma síntese perfeita da kora com o flamenco. Considerando a experimentação como uma parte do griot moderno, forma em 1990 a Symmetric Orchestra – um equilibrio entre a tradição e a modernidade e entre as contribuições de músicos de países próximos. Senegal, Guiné, Burkina Faso, Costa do Marfim e Mali foram todos parte do Império Mandé medieval. A orquestra estreia-se em cd com Shake the Whole World (1992, Japão e Mali) e atinge o auge com Boulevard de l’Indépendance em 2005, gerando grande aclamação da crítica e uma extensão digressão internacional. Entretanto têm-se apresentado em locais como o Carnegie Hall de Nova Iorque e festivais de Jazz como os de Nice e de Montréal1 .

Ainda na década de 1990, em Bamako, Toumani reúne à sua volta um conjunto de músicos talentosos como Bassekou Kouyaté (ngoni) e Keletigui Diabaté (balafon), cultivando uma abordagem jazz-jugalbandi-griot instrumental que se pode ouvir no álbum Djelika de 1995. Depois do álbum Songhai, grava New Ancient Strings em duo com o também tocador de kora Ballake Sissoko; um tributo ao álbum Cordes Anciennes que nos anos 70 juntou os pais dos dois músicos. Com o disco Kulanjan, de 1999, celebra as ligações entre os blues e a música do ocidente africano com o músico norte-americano Taj Mahal. Em MALIcool, ao lado do trompetista Roswell Rudd, é já o free-jazz que serve de referência. A estes juntam-se as participações em inúmeros projectos discográficos como nomes como Ali Farka Touré, Salif Keita, Damon Albarn, Kasse Madi Diabaté e Bjork1 .

Em 2004, Toumani Diabaté recebeu o Ziryab des Virtuoses, um prêmio da UNESCO concedido no Mawazine Festival organizado pelo rei Mohammed VI de Marrocos. É directo da Mandinka Kora Productions, que promove a kora no Mali através de workshops, festivais e vários eventos culturais. Ensina kora e música tradicional moderna no Conservatório de Artes, Cultura e Multimédia Balla Fasseke, inaugurado em Bamako no fim de 2004 .

Em 2004, Toumani Diabaté começou a trabalhar com o World Circuit para uma trilogia de álbuns gravados no Hotel Mandé em Bamako, participando em dois títulos: In the Heart of the Moon em dueto com Ali Farka Touré, álbum vencedor de um Grammy, e Boulevard de l’Indépendance pela Symmetric Orchestra .

Em 2008 foi editado The Mandé Variations, o primeiro álbum de kora solo desde Kaira, há cerca de 20 anos. O álbum Ali and Toumani, recém lançado, em parceria com Ali Farka Touré, foi pontuado com 8.3 pela Pitchfork .

Em 2011, Diabaté tocou kora no projeto “A Curva da Cintura” ao lado dos músicos brasileiros Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra. Além das gravações do álbum em um estúdio de Bamako, “A Curva da Cintura” gerou um documentário para a MTV Brasil.

Fonte: Wikipedia

Toumani Diabaté: The Mandé Variations

1. Si naani 10:27
2. Elyne Road 8:47
3. Ali Farka Toure 6:15
4. Kaounding Cissoko 6:20
5. Ismael Drame 5:42
6. Djourou Kara Nany 6:49
7. El Nabiyouna 5:59
8. Cantelowes 6:57

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Toumani Diabaté e sua kora
Toumani Diabaté e sua kora

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Valentin Silvestrov (1937): Silent Songs (2004)

Valentin Silvestrov (1937): Silent Songs (2004)

Um piano e um barítono que canta “silenciosamente”. É isso, apenas isso, mas é muito. Silent Songs é um ciclo de 24 canções escritas entre 1974 e 77. São duas horas lentas, de texturas semelhantes e de  dinâmica baixa. A música parece romântica.  O acompanhamento de piano é feito de delicados arpejos. Os poemas são todos de grandes autores. São canções tristes de amores perdidos, nostalgia e exílio. As melodias trabalham o cerne de cada poema. Eu recomendo, mas não para todos… Silvestrov é também um poeta. Dos grandes.

Valentin Silvestrov (1937): Silent Songs (2004)

CD1
01. Song Can Tend The Ailing Spirit (Baratynsky)
02. There Were Some Storms And Blizzards (Baratynsky)
03. La Belle Dame Sans Merci (Keats)
04. O Melancholy Time (Pushkin)
05. Farewell, O World, O Earth (Shevchenko)
06. What Meaning Has My Name For You (Pushkin)
07. I Will Tell You With Unswerving Frankness (Mandelstam)
08. I’m Drinking To Mary (Pushkin)
09. Winter Journey (Pushkin)
10. White, A Solitary Sail (Lermontov)
11. I Met You (Tyutchev)
12. The Isle (Shelley)

CD2
01. Eleven Songs. Something tender, blue, unspoken (Yesenin)
02. Autumn Song (Yesenin)
03. Swamps and marshes (Yesenin)
04. Winter Evening (Pushkin)
05. Three Songs. When the cornfield, yellowing, stirs (Lermontov)
06. I set out on the road alone (Lermontov)
07. Mountain summits (Lermontov)
08. Five songs. Elegy. Verses Composed at Night, at a Time of Insomnia (Pushkin)
09. Choral. A vengeful God (Tyutchev)
10. Meditation. It’s time, my friend, it’s time (Pushkin)
11. Ode. Schubert on water (Mandelstam)
12. Postludium. Those sweet companions (Zhukovsky)
13. Four songs. My lashes are pricking (Mandelstam)
14. I don’t know when (Mandelstam)
15. For the thunderous grandeur of ages to come (Mandelstam)
16. The oaks drink from a cold vessel (Mandelstam)

Sergey Yakovenko – Baritone
Ilya Scheps – Piano
Valentin Silvestrov – Piano

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Silvestrov: baita compositor
Silvestrov: baita compositor

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Vários compositores: Música en Tiempos de Goya

Vários compositores: Música en Tiempos de Goya

Um bom disco. Peças de sabor popular e antigo, apesar de que Goya (1776-1828) não foi tão antigo assim. La Real Cámara e o soprano Marta Almajano levam a coisa com dignidade. Eu esperava algo mais agitado ou apaixonado, já que os biógrafos atribuem a Goya todo o tipo de aventuras quando jovem, como a de ter se tornado toureiro em Roma e ter se envolvido em inúmeras aventuras amorosas. Além disso, parte importante de sua obra é bizarra e estranha, em referência à moral e à alma humana.

Vários compositores: Música en Tiempos de Goya
Anônimos, José Castell, Pablo Esteve, Antonio Guerrero, Blas de Laserna, Francisco Courcelle, Domenico Scarlatti, Nicolás Conforto, etc.

1. El Zorongo del Navá­o
2. El Dulce de América
3. Sequidillas a solo ‘El hombre en el matrimonio’
4. Overture for 2 violins
5. Agraviado Arianate: Rezitado
6. Agraviado Arianate: Copla
7. Ruiseñor que volando
8. La bella Serrana: El Meloncillo
9. Contradanza del aire
10. El abuelo y la nieta: Quando Bastiana
11. El abuelo y la nieta: Piensa en la Nobia el Nobio
12. La bella Serrana: Porfía por porfía
13. Contradanza del avestruz
14. Ah!­ va ese disparate: Ay, Cupidillo
15. Lamentación 2 del Viernes Santo de Tiple Solo, violines con sordina y violón obligado
16. Sinfonia No.5 for 2 violins and continuo in A minor
17. Il Barbaro m’affretta: Recitativo
18. Il Barbaro m’affretta: Aria

Marta Almajano, soprano
La Real Cámara
Emilio Moreno

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O pintor Francisco de Goya, por Vicente López Portaña
O pintor Francisco de Goya, por Vicente López Portaña

PQP

Vários compositores: Venezia Stravagantissima – Dances, Canzonas, and Madrigals, 1550-1630

Vários compositores: Venezia Stravagantissima – Dances, Canzonas, and Madrigals, 1550-1630

Um bom disco de música antiga, trecho da história da música ao qual o blog não tem se dedicado com muita frequência. É uma bela reunião de compositores da cidade em obras compostas entre 1550 e 1630, quando PQP Bach não tinha ainda nascido. É um belo retrato do que faziam os contemporâneos de Monteverdi. Recomendo o CD sem nenhuma hesitação. O grupo de Sempe é uma perfeição só, mas mesmo assim dá saudades de David Munrow!

Vários compositores: Venezia Stravagantissima – Dances, Canzonas, and Madrigals, 1550-1630

Incerto, Antonio
1 The Funerals- 00:04:29
2 Il primo libro de balli: Pass’e mezzo Moderno- 00:04:18

Guami, Gioseffo
3 Canzon No. 24 a 8- 00:02:50

Vecchi, Orazio
4 Mostrav’ in ciel- 00:01:57

Mainerio, Giorgio — Il primo libro de balli (excerpts)- 00:09:09
5 Tedesca e Saltarello 00:02:43
6 Pass’e mezzo Antico 00:04:09
7 Pass’e mezzo della Paganina e Saltarello 00:02:17

Picchi, Giovanni
8 Intavolatura di balli: Ballo alla Polacha- 00:01:50

Canale, Floriano
9 Canzoni da sonare, Book I: Canzona, “La Balzana a 8”- 00:03:20

Vecchi, Orazio
10 Gioite tutti in suoni- 00:02:48

Mainerio, Giorgio
11 Il primo libro de balli: Ballo Anglese e Saltarello- 00:03:21

Lappi, Pietro
12 Canzona, “La Negrona”- 00:02:53

Zanetti, Gasparo
13 Intrada del Marchese di Caravazzo- 00:02:00

Gabrieli, Giovanni
14 Canzon II- 00:02:35

Picchi, Giovanni
15 Intavolatura di balli: Ballo Ongaro- 00:02:04

Vecchi, Orazio
16 So ben mi ch’ha bon tempo- 00:09:52

Guillemette Laurens
Capriccio Stravagante
Skip Sempe

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Veneza em 1500, pintura de Gentile Bellini
Veneza em 1500, pintura de Gentile Bellini

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 175, 165, 75 (Vol. 38 da coleção completa de Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 175, 165, 75  (Vol. 38 da coleção completa de Rilling)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nos comentários a um post anterior, alguém ficou cantando as maravilhas de Helmuth Rilling e de sua integral de Cantatas. E eu respondi que tinha a Coleção Completa de Cantatas Sacras e Seculares de Bach sob a regência do dito cujo. Dá 77 CDs. Então, no entusiasmo e por acaso, peguei o Vol. 38. Ouçam que CD espetacular! O final da 75 pode ser meia-boca, mas o resto é lindo, de uma felicidade total. Minha preferência total é pela 175. Confiram aí!

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 175, 165, 75 (Vol. 38 da coleção completa de Rilling)

BWV0175 Cantata 1 Recitativo (tenor) “Er rufet seinen Schafen mit Namen”
BWV0175 Cantata 2 Aria (alto) “Komm,leite mich”
BWV0175 Cantata 3 Recitativo (tenor) “Wo find ich dich”
BWV0175 Cantata 4 Aria (tenor) “Es dünket mich,ich seh dich kommen”
BWV0175 Cantata 5 Recitativo (alto,bass) “Sie vernahmen aber nicht”
BWV0175 Cantata 6 Aria (bass) “Öffnet euch,ihr beiden Ohren”
BWV0175 Cantata 7 Choral (coro) “Nun,werter Geist,ich folg dir”

BWV0165 Cantata 1 Aria (soprano) “O heilges Geist- und Wasserbad”
BWV0165 Cantata 2 Recitativo (bass) “Die sündige Geburt verdammter Adamserben”
BWV0165 Cantata 3 Aria (alto) “Jesu,der aus großer Liebe”
BWV0165 Cantata 4 Recitativo (bass) “Ich habe ja,mein Seelenbräutigam”
BWV0165 Cantata 5 Aria (tenor) “Jesu,meines Todes Tod”
BWV0165 Cantata 6 Choral (coro) “Sein Wort,sein Tauf,sein Nachtmahl”

BWV0075 Cantata 01 part 1 Coro “Die Elenden sollen essen”
BWV0075 Cantata 02 part 1 Recitativo (bass) “Was hilft des Purpurs Majestät”
BWV0075 Cantata 03 part 1 Aria (tenor) “Mein Jesus soll mein alles sein”
BWV0075 Cantata 04 part 1 Recitativo (tenor) “Gott stürzet und erhöhet”
BWV0075 Cantata 05 part 1 Aria (soprano) “Ich nehme mein Leiden mit Freuden auf mich”
BWV0075 Cantata 06 part 1 Recitativo (soprano) “Indes schenkt Gott ein gut Gewissen”
BWV0075 Cantata 07 part 1 Choral (coro) “Was Gott tut,das ist wohl getan”
BWV0075 Cantata 08 part 2 Sinfonia
BWV0075 Cantata 09 part 2 Recitativo (alto) “Nur eines kränkt ein christliches Gemüte”
BWV0075 Cantata 10 part 2 Aria (alto) “Jesus macht mich geistlich reich”
BWV0075 Cantata 11 part 2 Recitativo (bass) “Wer nur in Jesu bleibt”
BWV0075 Cantata 12 part 2 Aria (bass) “Mein Herze gläubt und liebt”
BWV0075 Cantata 13 part 2 Recitativo (tenor) “O Armut,der kein Reichtum gleicht”
BWV0075 Cantata 14 part 2 Choral (coro) “Was Gott tut,das ist wohlgetan”

Carolyn Watkinson
Peter Schreier
Philippe Huttenlocher
Arleen Augér
Ingeborg Reichelt
Alyce Rogers
Stuttgart Bach Collegium
Stuttgart Gächinger Kantorei
Helmuth Rilling

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Helmuth Rilling: "Eu gravei todas as Cantatas, Sacras e Profanas. E vocês?"
Helmuth Rilling: “Eu gravei todas as Cantatas, Sacras e Profanas. E vocês?”

PQP

Bach, Beethoven, Rzewski: Variações Goldberg, Variações Diabelli e Variações sobre ¡El pueblo unido jamás será vencido!

Bach, Beethoven, Rzewski: Variações Goldberg, Variações Diabelli e Variações sobre ¡El pueblo unido jamás será vencido!

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um extraordinário álbum triplo. O russo Igor Levit interpreta três obras de variações de diferentes épocas com galhardia e categoria. As Goldberg todo mundo conhece, as Diabelli são imerecidamente menos conhecidas, mas é uma das principais obras pianísticas de Beethoven. O povo unido jamais será vencido! (The People United Will Never Be Defeated!), escritas sobre uma canção do chileno Sergio Ortega torna espetacular, esquerdista e multinacional este trabalho. A propósito, Levit é um jovem de 28 anos que sabe escolher repertório.

E ele vem cheio de recomendações. Com seu disco de 2013, onde tocava as Últimas Sonatas de Beethoven, ele ganhou o prêmio maior do BBC Music Magazine e o Echo 2014 como melhor gravação do ano. Sua segunda gravação, as Seis Partitas de J.S. Bach recebeu Gramophone’s Disc of the Month. Respeitem Igor Levit.

Goldberg Variations, Bwv 988 – Aria With 30 Variations
A1 Aria 4:25
A2 Var. 1 a 1 Clav. 1:55
A3 Var. 2 a 1 Clav. 1:50
A4 Var. 3 – Canone all’ Unisono a 1 Clav. 1:57
A5 Var. 4 a 1 Clav. 1:06
A6 Var. 5 a 1 ovvero 2 Clav. 1:20
A7 Var. 6 – Canone alla Seconda a 1 Clav. 1:22
A8 Var. 7 a 1 ovvero 2 Clav. Al tempo di Giga 1:51
A9 Var. 8 a 2 Clav. 1:52
A10 Var. 9 – Canone alla Terza a 1 Clav. 2:07
A11 Var. 10 – Fughetta a 1 Clav. 1:40
A12 Var. 11 a 2 Clav. 1:44
A13 Var. 12 – Canone alla Quarta 2:05
A14 Var. 13 a 2 Clav. 5:36
A15 Var. 14 a 2 Clav. 2:02
A16 Var. 15 – Canone alla Quinta a 1 Clav. Andante 4:17
A17 Var. 16 – Ouverture a 1 Clav. 2:55
A18 Var. 17 a 2 Clav. 1:48
A19 Var. 18 – Canone alla Sesta a 1 Clav. 1:27
A20 Var. 19 a 1 Clav. 1:25
A21 Var. 20 a 2 Clav. 1:48
A22 Var. 21 – Canone alla Settima 2:43
A23 Var. 22 a 1 Clav. Alla breve 1:37
A24 Var. 23 a 2 Clav. 2:05
A25 Var. 24 – Canone all’ Ottava a 1 Clav. 2:34
A26 Var. 25 a 2 Clav. 8:00
A27 Var. 26 a 2 Clav. 2:01
A28 Var. 27 – Canone alla Nona a 2 Clav. 1:34
A29 Var. 28 a 2 Clav. 2:13
A30 Var. 29 a 1 ovvero 2 Clav. 1:53
A31 Var. 30 – Quodlibet a 1 Clav. 1:45
A32 Aria da capo 4:29

Diabelli Variations – 33 Variations on a Waltz by Anton Diabelli, Op. 120
B1 Tema. Vivace 0:47
B2 Var. 1 – Alla Marcia maestoso 1:52
B3 Var. 2 – Poco allegro 0:49
B4 Var. 3 – L’istesso tempo 1:32
B5 Var. 4 – Un poco piu vivace 0:59
B6 Var. 5 – Allegro vivace 0:52
B7 Var. 6 – Allegro ma non troppo e serioso 1:41
B8 Var. 7 – Un poco piu allegro 1:00
B9 Var. 8 – Piu vivace 1:34
B10 Var. 9 – Allegro pesante e risoluto 1:59
B11 Var. 10 – Presto 0:33
B12 Var. 11 – Allegretto 1:04
B13 Var. 12 – Un poco piu moto 0:47
B14 Var. 13 – Vivace 1:05
B15 Var. 14 – Grave e maestoso 5:01
B16 Var. 15 – Presto scherzando 0:34
B17 Var. 16 – Allegro 0:54
B18 Var. 17 0:58
B19 Var. 18 – Poco moderato 1:58
B20 Var. 19 – Presto 0:42
B21 Var. 20 – Andante 2:24
B22 Var. 21 – Allegro con brio, Meno allegro, Tempo 1:22
B23 Var. 22 – Allegro molto (alla ‘Notte e giorno faticar’ di Mozart) 0:50
B24 Var. 23 – Allegro assai 0:51
B25 Var. 24 – Fughetta. Andante 2:44
B26 Var. 25 – Allegro 0:45
B27 Var. 26 0:56
B28 Var. 27 – Vivace 0:53
B29 Var. 28 – Allegro 0:55
B30 Var. 29 – Adagio ma non troppo 1:18
B31 Var. 30 – Andante, sempre cantabile 2:14
B32 Var. 31 – Largo, molto espressivo 5:18
B33 Var. 32 – Fuga. Allegro, Poco adagio 3:11
B34 Var. 33 – Tempo di Menuetto moderato (ma non tirarsi dietro) 3:31

The People United Will Never Be Defeated! – 36 Variations on ¡El pueblo unido jamás sera vencido!
C1 Thema. With determination 1:30
C2 Var. 1 – Weaving, delicate but firm 1:01
C3 Var. 2 – With firmness 0:57
C4 Var. 3 – Slightly slower, with expressive nuances 1:10
C5 Var. 4 – Marcato, with determination 0:59
C6 Var. 5 – Dreamlike, frozen, a little slower, Tempo 1:39
C7 Var. 6 – Same tempo as beginning, Slower, Tempo, Slower 1:14
C8 Var. 7 – Tempo (Lightly, impatiently) 0:53
C9 Var. 8 – With agility, not too much pedal, crisp 1:15
C10 Var. 9 – Evenly 1:30
C11 Var. 10 – Comodo, recklessly 1:12
C12 Var. 11 – Tempo I. Like fragments of an absent melody, in strict time 1:05
C13 Var. 12 1:32
C14 Var. 13 2:18
C15 Var. 14 – A bit faster, optimistically 1:15
C16 Var. 15 – Flexible, like an improvisation 1:47
C17 Var. 16 – Same tempo as preceding, with fluctuations, much pedal, expansive, with a victorious feeling 1:42
C18 Var. 17 – Left hand strictly. Right hand freely, roughly in space 1:23
C19 Var. 18 1:46
C20 ar. 19 – With energy 0:39
C21 Var. 20 – Crisp, precise 0:34
C22 Var. 21 – Relentless, uncompromising 0:49
C23 Var. 22 – Very expressionate 0:44
C24 Var. 23 – As fast as possible, with some rubato 0:25
C25 Var. 24 3:12
C26 Var. 25 2:39
C27 Var. 26 – In a militant manner 1:15
C28 Var. 27 – Tenderly, with a hopeful expression, Cadenza, Fiercely 5:35
C29 Var. 28 1:22
C30 Var. 29 0:32
C31 Var. 30 2:55
C32 Var. 31 1:00
C33 Var. 32 1:00
C34 Var. 33 1:13
C35 Var. 34 1:00
C36 Var. 35 1:02
C37 Var. 36 – Improvisation 6:44
C38 Thema. Tempo I

Igor Levit, piano

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Ah, tá. Vocês fotos do Bach ou do Beethoven? Frederic Rzewski unico jamais será vencido!
Ah, tá. Vocês queriam “fotos” do Bach ou do Beethoven? Frederic Rzewski jamais será vencido!

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 — Aberturas (Suítes orquestrais) e outras peças para orquestra — Caixa 12, CDs 7, 8, 9 e 10 — (FINAL)

J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 — Aberturas (Suítes orquestrais) e outras peças para orquestra — Caixa 12, CDs 7, 8, 9 e 10 — (FINAL)

Clique aqui para todo o Bach 2000.

Acabou. Pronto. Temos a obra completa de Bach disponível . É uma coleção bastante desigual — muitas vezes temos registros de primeira linha, às vezes há escolhas de segunda ou terceira linhas — , mas é excelente e não dá para parar em pé sem conhecer. Claro que seguiremos postando Bach como doidos, não há como parar e grande parte da graça da música erudita está na comparação e no diálogo entre as interpretações. Mas isso aqui acabou. Foram apenas 153 CDs, correto? Contei um dia, agora esqueci.

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 7
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BWV1066 Orchestral Suite 1 in C major 1 Ouverture
BWV1066 Orchestral Suite 1 in C major 2 Courante
BWV1066 Orchestral Suite 1 in C major 3 Gavotte I and II
BWV1066 Orchestral Suite 1 in C major 4 Forlane
BWV1066 Orchestral Suite 1 in C major 5 Menuet I and II
BWV1066 Orchestral Suite 1 in C major 6 Bourrée I and II
BWV1066 Orchestral Suite 1 in C major 7 Passepied I and II

BWV1067 Orchestral Suite 2 in B minor 1 Ouverture
BWV1067 Orchestral Suite 2 in B minor 2 Rondeau
BWV1067 Orchestral Suite 2 in B minor 3 Sarabande
BWV1067 Orchestral Suite 2 in B minor 4 Bourrée I and II
BWV1067 Orchestral Suite 2 in B minor 5 Polonaise,Double
BWV1067 Orchestral Suite 2 in B minor 6 Menuet
BWV1067 Orchestral Suite 2 in B minor 7 Badinerie

Concentus Musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 8
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BWV1068 Orchestral Suite 3 in D major 1 Ouverture
BWV1068 Orchestral Suite 3 in D major 2 Air
BWV1068 Orchestral Suite 3 in D major 3 Gavotte I and II
BWV1068 Orchestral Suite 3 in D major 4 Bourrée
BWV1068 Orchestral Suite 3 in D major 5 Gigue

BWV1069 Orchestral Suite 4 in D major 1 Ouverture
BWV1069 Orchestral Suite 4 in D major 2 Bourrée I and II
BWV1069 Orchestral Suite 4 in D major 3 Gavotte
BWV1069 Orchestral Suite 4 in D major 4 Menuet I and II
BWV1069 Orchestral Suite 4 in D major 5 Réjouissance

Concentus Musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 9
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BWV1044 Concerto for flute,violin and harpsichord in A minor 1 Allegro
BWV1044 Concerto for flute,violin and harpsichord in A minor 2 Adagio ma non tanto e dolce
BWV1044 Concerto for flute,violin and harpsichord in A minor 3 Alla breve

BWV1055R Concerto for oboe d’amore in A major 1 Allegro
BWV1055R Concerto for oboe d’amore in A major 2 Larghetto
BWV1055R Concerto for oboe d’amore in A major 3 Allegro ma non tanto

BWV1052R Concerto for violin in D minor 1 Allegro
BWV1052R Concerto for violin in D minor 2 Adagio
BWV1052R Concerto for violin in D minor 3 Allegro

BWV1045 Sinfonia in D major

Franz Brüggen
Marie Leonhardt, cravo
Gustav Leohardt, cravo
Leonhardt-Consort
Gustav Leonhardt (BWV 1044)

Alice Harnoncourt
Jörg Schaeftlein
Concentus Musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 10
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BWV1046a Sinfonia in F major 1 Allegro
BWV1046a Sinfonia in F major 2 Adagio
BWV1046a Sinfonia in F major 3 Menuetto

BWV1050a Brandemburg Concerto N. 5 (early version) 1 Allegro
BWV1050a Brandemburg Concerto N. 5 (early version) 2 Adagio
BWV1050a Brandemburg Concerto N. 5 (early version) 3 Allegro

BWV1064R Concerto for three violins in D major 1 Allegro
BWV1064R Concerto for three violins in D major 2 Adagio
BWV1064R Concerto for three violins in D major 3 Allegro

The Academy of Ancient Music
Christopher Hogwood

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E aqui termina a Bach 2000 Tour 2014-2015
E aqui termina a Bach 2000 Tour 2016-2017

PQP

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Sinfonias, Concerto para Cravo

Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784): Sinfonias, Concerto para Cravo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um belo CD da Akademie für Alte Musik Berlin. Johann Sebastian teve três filhos geniais. O primeiro fui eu, PQP. O segundo foi mano CPE, o melhor compositor dentre nós. E o terceiro foi WF, nosso primogênito e estranho irmão. Era também alcoolista, mas isso não se nota durante a audição desta maravilha. Wilhelm Friedemann — um bêbado, como dissemos, e homem difícil — foi também o filho favorito de papai. Escreveu música de grande variedade rítmica e harmônica, como as que este CD mostra. O Concerto para Cravo é riquíssimo em seu jogo entre solista e orquestra. As Sinfonias diferem em temperamento: uma é formal e elegante; outra é nervosa e divertida. Da mesma forma, os dois adágios e fugas aqui registrados diferem enormememte. Um nos deixa feliz, o outro é grave. WF tem voz própria e não soa como papai nem com nosso irmão mais conhecido, CPE Bach. Ele é mais peculiar e totalmente imprevisível. Este disco está cheio de surpresas.

W. F. Bach (1710-1784): Sinfonias, Concerto para Cravo

Sinfonie D-dur Fk 64
I. Allegro e maestoso 3:10
2 II. Andante 2:39
3 III. Vivace 3:01

Adagio & Fuge d-moll Fk 65´
4 I. Adagio 4:34
5 II. Fuge 4:52

Concerto für Cembalo, Streicher und Basso continuo e-moll Fk 43
6 I. Allegretto 9:15
7 II. Adagio 10:01
8 III. Allegro assai 5:33

Adagio & Fuge f-moll
9 I. Trio & Adagio 4:09
10 II. Fuge 3:13

Sinfonie F-dur Fk671
11 I. Vivace 3:48
12 II. Andante 5:03
13 III. Allegro 3:39
14 IV. Menuetto I & II 2:48

Raphael Alpermann, cravo
Akademie für Alte Musik Berlin
Stephan Mai

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Mano Wilhelm Friedemann: Eu bebo sim / Estou vivendo (fiquei imortal) / Tem gente que não bebe / E está morrendo
Mano Wilhelm Friedemann: Eu bebo sim / Estou vivendo (fiquei imortal) / Tem gente que não bebe / E está morrendo

PQ

J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 — Concertos para Cravo (completos) — Caixa 12, CDs 4, 5 e 6 — (penúltimo post)

J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 — Concertos para Cravo (completos) — Caixa 12, CDs 4, 5 e 6 —  (penúltimo post)

Clique aqui para todo o Bach 2000.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nem terminou e já estou com saudades das postagens desta grande coleção. É a penúltima e vale a pena como poucas. Estão aqui todos os Concertos para Cravo(s) do mestre, interpretados por Gustav Leonhardt e agregados. (Não que Harnoncourt seja exatamente um agregado…) São registros clássicos que até hoje permanecem como o gold standard dos concertos. Tinha-os apenas em vinis importados a peso de ouro nos anos 70. São os concertos que costumo chamar de “atléticos”, pois não há muito espaço para contemplação e a coisa vai quase sempre rápida, imparable. Adoro. Grande música onde o débil som do cravo não parece confrontar a orquestra, mas aderir a ela. Na próxima postagem da série Bach 2000, os quatro CDs finais e mais lágrimas.

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 4
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BWV1055 Concerto for harpsichord in A major 1 Allegro
BWV1055 Concerto for harpsichord in A major 2 Larghetto
BWV1055 Concerto for harpsichord in A major 3 Allegro ma non tanto

BWV1056 Concerto for harpsichord in F minor 1 Allegro
BWV1056 Concerto for harpsichord in F minor 2 Largo
BWV1056 Concerto for harpsichord in F minor 3 Presto

BWV1054 Concerto for harpsichord in D major 1 Allegro
BWV1054 Concerto for harpsichord in D major 2 Adagio e sempre piano
BWV1054 Concerto for harpsichord in D major 3 Allegro

BWV1053 Concerto for harpsichord in E major 1 Allegro
BWV1053 Concerto for harpsichord in E major 2 Siciliano
BWV1053 Concerto for harpsichord in E major 3 Allegro

BWV1057 Concerto for harpsichord and two recorders in F major 1 Allegro
BWV1057 Concerto for harpsichord and two recorders in F major 2 Andante
BWV1057 Concerto for harpsichord and two recorders in F major 3 Allegro assai

Gustav Leohardt, cravo
Franz Brüggen, flauta
Jeannette Van Wingerden, flauta
Leonhardt-Consort

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 5
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BWV1052 Concerto for harpsichord in D minor 1 Allegro
BWV1052 Concerto for harpsichord in D minor 2 Adagio
BWV1052 Concerto for harpsichord in D minor 3 Allegro

BWV1063 Concerto for three harpsichords in D minor 1 Allegro
BWV1063 Concerto for three harpsichords in D minor 2 Alla Siciliana
BWV1063 Concerto for three harpsichords in D minor 3 Allegro

BWV1061 Concerto for two harpsichords in C major 1 Allegro
BWV1061 Concerto for two harpsichords in C major 2 Adagio ovvero Largo (Quartetto tacet)
BWV1061 Concerto for two harpsichords in C major 3 Fuga Vivace

BWV1064 Concerto for three harpsichords in C major 1 Allegro
BWV1064 Concerto for three harpsichords in C major 2 Adagio
BWV1064 Concerto for three harpsichords in C major 3 Allegro

Gustav Leohardt, cravo
Anneke Uittenbosch, cravo
Alan Curtis, cravo
Leonhardt-Consort
Gustav Leonhardt

Herbert Tachezi, cravo
Concentus Musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 6
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BWV1062 Concerto for two harpsichords in C minor 1 Allegro
BWV1062 Concerto for two harpsichords in C minor 2 Andante e piano
BWV1062 Concerto for two harpsichords in C minor 3 Allegro assai

BWV1060 Concerto for two harpsichords in C minor 1 Allegro
BWV1060 Concerto for two harpsichords in C minor 2 Largo ovvero Adagio
BWV1060 Concerto for two harpsichords in C minor 3 Allegro

BWV1065 Concerto for four harpsichords in A minor 1 Allegro
BWV1065 Concerto for four harpsichords in A minor 2 Largo
BWV1065 Concerto for four harpsichords in A minor 3 Allegro

BWV1059R Concerto for harpsichord in D minor 1 Allegro
BWV1059R Concerto for harpsichord in D minor 2 Adagio
BWV1059R Concerto for harpsichord in D minor 3 Presto

BWV1058 Concerto for harpsichord in G minor 1 Allegro
BWV1058 Concerto for harpsichord in G minor 2 Andante
BWV1058 Concerto for harpsichord in G minor 3 Allegro assai

Gustav Leohardt, cravo
Anneke Uittenbosch, cravo
Eduard Müller, cravo
Janny van Wering, cravo
Leonhardt-Consort
Gustav Leonhardt

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Gustav Leonhardt como Bach num filme dos anos 60
Gustav Leonhardt fez o papel de Bach num filme dos anos 60

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J. S. Bach / Handel / Scarlatti: Sonatas para Viola da Gamba

J. S. Bach / Handel / Scarlatti: Sonatas para Viola da Gamba

Um bom disco dos excelentes Steven Isserlis e Richard Egarr. Nenhuma dessas peças foi escrita para violoncelo e cravo, mas isso pouco importa. As sonatas de Bach para viola da gamba e cravo podem não ter sido concebidas para essa combinação, mas são criações tão sublimes que a identidade dos instrumentos… deixa pra lá. O que conta é a musicalidade dos artistas. Steven Isserlis não faz nenhuma tentativa de fazer seu violoncelo imitar a ressonância da gamba. Reivindica a música para seu instrumento com linhas vigorosamente articuladas, técnica robusta e episódios cantabili de primeira linha. De fato, é esta maravilhosa qualidade de canto que se destaca nessas performances. Sua presença é sentida sobretudo nos movimentos lentos, é claro, mas também nos rápidos.

J. S. Bach / Handel / Scarlatti: Sonatas para Viola da Gamba

Sonata in G major BWV1027 for viola da gamba and harpsichord
J.S. Bach
1 Adagio 3:35
2 Allegro ma non tanto 3:22
3 Andante 2:32
4 Allegro moderato 3:03

Sonata in D minor KK90
Domenico Scarlatti
5 Grave 2:58
6 Allegro 4:28
7 Largo – Allegro 3:19

Sonata in G minor BWV1029 for viola da gamba and harpsichord
8 Vivace 4:57
9 Adagio 5:00
10 Allegro 3:48

Violin Sonata in G minor HWV364b
George Frederick Handel
11 Andante larghetto 1:57
12 Allegro 1:40
13 Adagio 0:42
14 Allegro 2:10

Sonata in D major BWV1028 for viola da gamba and harpsichord
J.S. Bach
15 [Adagio] 1:40
16 [Allegro] 3:33
17 Andante 4:06
18 Allegro 3:53

19 Ich ruf’ zu dir, Herr Jesu Christ BWV639, de J. S. Bach 2:54

Steven Isserlis
Richard Egarr

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Todo mundo comigo!
Todo mundo comigo!

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J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 – Caixa 12, CDs 1, 2 e 3 – Os Concertos para Violino e os Concertos de Brandemburgo (início da ÚLTIMA CAIXA)

J. S. Bach (1685-1750): Bach 2000 – Caixa 12, CDs 1, 2 e 3 – Os Concertos para Violino e os Concertos de Brandemburgo (início da ÚLTIMA CAIXA)

Clique aqui para todo o Bach 2000.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Céus, estamos chegando vivos na reta final de nossa empreitada! Já estou até com saudades. E a Caixa 12 começa bem: as interpretações dos concertos são difíceis de bater. Já havia dito neste blog que as duas melhores gravações que conheço dos Brandemburgo são a do Collegium Aureum e a de Giovanni Antonini com seu Il Giardino Armonico. E a coleção traz Antonini e sua tchurma em sua versão algo agressiva, mas viva, viva, viva de fazer inveja a todos aqueles que fizeram uma abordagem acadêmica e respeitosa. Não, não precisa. Bach responde à intrepidez do italiano rendendo ainda mais. E Harnoncourt e o Concentus Musicus dão uma resposta à altura nestes maravilhosos concertos para violino. Um show, sem dúvida.

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 1
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BWV1043 Concerto for Two Violins in D minor 1 Vivace
BWV1043 Concerto for Two Violins in D minor 2 Largo,ma non tanto
BWV1043 Concerto for Two Violins in D minor 3 Allegro

BWV1042 Concerto for Violin in E major 1 Allegro
BWV1042 Concerto for Violin in E major 2 Adagio
BWV1042 Concerto for Violin in E major 3 Allegro assai

BWV1041 Concerto for Violin in A minor 1 Allegro
BWV1041 Concerto for Violin in A minor 2 Andante
BWV1041 Concerto for Violin in A minor 3 Allegro assai

BWV1056R Concerto for Violin in G minor 1 Allegro
BWV1056R Concerto for Violin in G minor 2 Largo
BWV1056R Concerto for Violin in G minor 3 Presto

BWV1060R Concerto for Oboe and Violin in D minor 1 Allegro
BWV1060R Concerto for Oboe and Violin in D minor 2 Adagio
BWV1060R Concerto for Oboe and Violin in D minor 3 Allegro

Alice Harnoncourt, violino
Walter Pfeiffer, violino (BWV 1043)
Jörg Schaeftlein, violino (BWV 1060R)
Concentus Musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 2
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BWV1046 Brandenburg Concerto 1 in F major 1 Allegro
BWV1046 Brandenburg Concerto 1 in F major 2 Adagio
BWV1046 Brandenburg Concerto 1 in F major 3 Allegro
BWV1046 Brandenburg Concerto 1 in F major 4 Menuetto, Trio, Menuetto, Polonaise, Menuetto, Trio, Menuetto

BWV1047 Brandenburg Concerto 2 in F major 1 Allegro
BWV1047 Brandenburg Concerto 2 in F major 2 Andante
BWV1047 Brandenburg Concerto 2 in F major 3 Allegro assai

BWV1048 Brandenburg Concerto 3 in G major 1 Allegro
BWV1048 Brandenburg Concerto 3 in G major 2 Adagio
BWV1048 Brandenburg Concerto 3 in G major 3 Allegro

Il Giardino Armonico
Giovanni Antonini

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Bach 2000 – Caixa 12, CD 3
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BWV1049 Brandenburg Concerto 4 in G major 1 Allegro
BWV1049 Brandenburg Concerto 4 in G major 2 Andante
BWV1049 Brandenburg Concerto 4 in G major 3 Presto

BWV1050 Brandenburg Concerto 5 in D major 1 Allegro
BWV1050 Brandenburg Concerto 5 in D major 2 Affettuoso
BWV1050 Brandenburg Concerto 5 in D major 3 Allegro

BWV1051 Brandenburg Concerto 6 in B-flat major 1 Allegro
BWV1051 Brandenburg Concerto 6 in B-flat major 2 Adagio ma non tanto
BWV1051 Brandenburg Concerto 6 in B-flat major 3 Allegro

Il Giardino Armonico
Giovanni Antonini

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