J. S. Bach / Handel / Scarlatti: Sonatas para Viola da Gamba

Um bom disco dos excelentes Steven Isserlis e Richard Egarr. Nenhuma dessas peças foi escrita para violoncelo e cravo, mas isso pouco importa. As sonatas de Bach para viola da gamba e cravo podem não ter sido concebidas para essa combinação, mas são criações tão sublimes que a identidade dos instrumentos… deixa pra lá. O que conta é a musicalidade dos artistas. Steven Isserlis não faz nenhuma tentativa de fazer seu violoncelo imitar a ressonância da gamba. Reivindica a música para seu instrumento com linhas vigorosamente articuladas, técnica robusta e episódios cantabili de primeira linha. De fato, é esta maravilhosa qualidade de canto que se destaca nessas performances. Sua presença é sentida sobretudo nos movimentos lentos, é claro, mas também nos rápidos.

J. S. Bach / Handel / Scarlatti: Sonatas para Viola da Gamba

Sonata in G major BWV1027 for viola da gamba and harpsichord
J.S. Bach
1 Adagio 3:35
2 Allegro ma non tanto 3:22
3 Andante 2:32
4 Allegro moderato 3:03

Sonata in D minor KK90
Domenico Scarlatti
5 Grave 2:58
6 Allegro 4:28
7 Largo – Allegro 3:19

Sonata in G minor BWV1029 for viola da gamba and harpsichord
8 Vivace 4:57
9 Adagio 5:00
10 Allegro 3:48

Violin Sonata in G minor HWV364b
George Frederick Handel
11 Andante larghetto 1:57
12 Allegro 1:40
13 Adagio 0:42
14 Allegro 2:10

Sonata in D major BWV1028 for viola da gamba and harpsichord
J.S. Bach
15 [Adagio] 1:40
16 [Allegro] 3:33
17 Andante 4:06
18 Allegro 3:53

19 Ich ruf’ zu dir, Herr Jesu Christ BWV639, de J. S. Bach 2:54

Steven Isserlis
Richard Egarr

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Todo mundo comigo!
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PQP

8 comments / Add your comment below

  1. Obrigado por mais e sempre mais musica maravilhosa.
    Pqp, li a sua entrevista a Milton Ribeiro. Coisas que eu não sabia de sua pessoa, e outras tantas acerca do Blog e os que o compõem. O seu conhecimento das obras eruditas e seus compositores, das orquestras, instrumentos e maestros e principalmente das comparações entre uns e outros é que formam uma base de conhecimento agregado cada vez melhor.
    É o que tenho a dizer com toda a sinceridade!
    abraços
    manuel

  2. Oi Milton – prazer em falar contigo! Inicialmente eu acabei por provocar o Pqpbach quando disse que colocaria o HvKarajan lado a lado com Karl Böhm na execução da Nona de Beethoven – isto por desconhecer e muito sobre a vida de HvK. Pedi então que Pqpbach me desse uma luz acerca desse assunto para que eu pudesse discernir entre o Karajan que eu conhecia e o verdadeiro Karajan e tomasse um partido, o partido certo. Me parece então que ele me encaminhou para ti(essa parte não ficou bem clara pra mim). Logo depois, não vi mais o teu nome. Entrei então no teu blog, muitissimo interessante e didático e acabei por encontrar esta entrevista superinteressante com PQPBach e outras reportagens mais.
    A entrevista é de 2010 e aí vai o endereço dela:
    miltonribeiro.sul21.com.br/2010/04/15/milton-ribeiro-entrevista-pqp-bach/

    Se você tiver um lapso de tempo, mande pra mim um parecer sobre HvK. No blog, todos terão também acesso a essas informações.
    grande abraço!!!
    manuel

    1. Manuel, a questão do Karajan é mais complicada que parece. Falando por mim, entendo da seguinte forma: como ele viveu quase 80 anos, sua abordagem mudou significativamente ao correr de sua vida. Particularmente, gosto muito de suas gravações do final dos anos 50 e anos 60. Considero obrigatória sua integral das sinfonias de Beethoven gravadas em 1963, e sua 9ª é impecável. A partir dos anos 70, já um superstar dos palcos, a qualidade destas interpretações caiu significativamente. Ele se tornou uma máquina de gravar. A gravadora alemã Deutsche Grammophon lançou uma caixa com 240 cds com o que eles consideram coleção definitiva do maestro com eles. Tem coisas ali desde os anos 40 até o final de sua vida, em 1988, ou 89, não tenho certeza agora.
      Mas antes de tudo, lembre-se de que se trata de gosto pessoal. Existem karajanmaníacos que amam tudo o que ele gravou, mesmo as coisas mais bizarras, algumas das quais já postadas por aqui. Considero esta versão da 9ª com o Böhm muito lenta em alguns momentos. A versão citada de 1963 é obrigatória em qualquer discoteca.

    2. Nem eu nem PQP gostamos muito de HvK. Concordo que existem coisas memoráveis, não tantas assim, mas sua longa sequência de equívocos destruiu o edifício geral. Ele gravou algumas coisas que considero vergonhosas, dignas de maus maestros. Mal concebidas, mal estudadas e ensaiadas. A orquestra nem sempre o salvava. Estou na Alemanha e o que dizem aqui é que ele capitalizou a Filarmônica com sua enorme fama e com a DG, mas que viveu muito… Nunca a Philharmonie ganhou tanto dinheiro depois. A sede da orquestra — de 1963 — é a comprovação da grana que rolava. Enfim, é complicado ser uma máquina de gravar, como disse FDP, e se seguir em alto nível artístico. PQP está comigo e concorda.

  3. Prezados PQPBach, FDPBach e Milton Ribeiro.
    Somente com algumas palavras quero dizer que agradeço muito a vocês pela atenção que me dispensaram na discussão sobre HvKarajan. Assim, isto me levou a ler varias biografias e reportagens como a ótima “O maestro super ego” de Norman Lebrecht(Folha de SP-cultura-13-04-2008).
    Obrigado e abraços!
    manuel

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