Lotti / Platti / Vivaldi / Brescianello / Steffani / Montanari: Del Sonar Pitoresco (Ensemble Barocco Sans Souci)

Lotti / Platti / Vivaldi / Brescianello / Steffani / Montanari: Del Sonar Pitoresco (Ensemble Barocco Sans Souci)

Um CD que junta vários compositores italianos do século XVIII. Todas as obras são para oboés ou fagotes solistas. Após a primeira surpresa pela bela sonoridade alcançada pelos intérpretes, a coisa cai em plana mesmice. O Sans Souci é o grande destaque do trabalho, soltando bons ventos para todos os lados, só que os compositores não ajudam. O curioso é que Vivaldi perdeu-se em meio a seus contemporâneos e não consegui diferenciá-lo dos Lottiplattimontanari durante a audição do CD. O século XVIII italiano está lotado de bons compositores, mas acho que a maioria privilegiava o violino, não é verdade, Vivaldi? O conhecimento dos instrumentos de sopro durante a “Era do Iluminismo” era escasso, particularmente em contraste com os instrumentos de corda. De qualquer forma, a sonoridade é tão bonita que nem chegamos a notar a falta da boa música. Acho que vale a pena conferir.

Lotti / Platti / Vivaldi / Brescianello / Steffani / Montanari: Del Sonar Pitoresco (Ensemble Barocco Sans Souci)

Lotti : Sonata a quattro for two oboes, bassoon & b.c.
1 I. Adagio
2 II. Allegro
3 III. Adagio
4 IV. Allegro

Platti: Sonata in G Major for Oboe, obbligato bassoon & b.c
5 I. Adagio
6 II. Allegro
7 III. Largo
8 IV. Allegro

Vivaldi: Trio Sonata RV81 in G minor for two oboes & b.c
9 I. Allegro
10 II. Largo
11 III. Allegro

Brescianello: Concerto for oboe, obbligato bassoon & b.c
12 I. Largo
13 II. Allegro
14 III. Largo
15 IV. Allegro

Steffani: Aria “Chomigioia” for two oboes & b.c
16 Chomigioia: Aria

Lotti: “Echo” Sonata a 4 for two oboes, obbligato bassoon and b.c
17 I. Echo
18 II. Adagio
19 III. Allegro – Presto

Platti: Sonata in C minor for oboe, obbligato bassoon and b.c
20 I. Adagio
21 II. Allegro
22 III. Mesto
23 IV. Allegro

Montanari: Sonata in C for two oboes and b.c
24 I. Adagio
25 II. Allegro
26 III. Vivace

Ensemble Barocco Sans Souci

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Jean Jacques de Boissieu – Um oboísta tocando na frente de dois pastores

PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano, Op. 34 / Quinteto para Clarinete, Op. 115 (Bartók Quartet / Ránki / Kovács)

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano, Op. 34 / Quinteto para Clarinete, Op. 115 (Bartók Quartet / Ránki / Kovács)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sem dúvida, um baita disco desta lendária gravadora húngara! Acho que o CD é de 1994. Aqui temos duas peças fundamentais da música de câmara de Brahms que raramente aparecem juntas, apesar de serem muito conhecidas. O Quinteto para Piano é de 1864 e o para Clarinete é de 1891. É curioso compará-los. A gente sempre pensa que o estilo de Brahms mudou pouco através dos anos, mas não é o que se nota nestes dois esplêndidos quintetos. O humor é muito semelhante em ambos, mas a fluência que o compositor ganhou naqueles 27 anos é notável. OK, talvez seja a lembrança da peça análoga de Mozart, mas o que o Quinteto para Piano tem de lírico, o para Clarinete tem de natural, trazendo em si aquela tranquila audácia mozartiana. Um CD para ser ouvido e reouvido muitas vezes.

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano, Op. 34 / Quinteto para Clarinete, Op. 115 (Bartók Quartet / Ránki / Kovács)

Quinteto em fá menor para piano, dois violinos, viola e violoncelo Op.34
I. Allegro non troppo 11:03
II. Andante un poco adagio 8:54
III. Scherzo. Alegro 7:15
IV. Final. Poco sostenuto – Allegro non troppo 10:13

Quinteto em si menor para clarinete, dois violinos, viola e violoncelo Op.115
I. Allegro 9:36
II. Adagio 10:33
III. Andantino 4:09
IV. Com moto 8:24

Dezső Ránki, piano
Béla Kovács, clarinete
Bartók Quartet

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ignoro se o Bartók Quartet ainda existe. Esta foto é de 2009.

PQP

JS Bach / CPE Bach / JC Bach / Böhm / F Couperin / Hasse / Pezold / Stölzel: Notebooks for Anna Magdalena (Esfahani / Sampson)

JS Bach / CPE Bach / JC Bach / Böhm / F Couperin / Hasse / Pezold / Stölzel: Notebooks for Anna Magdalena (Esfahani / Sampson)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Disco de uma delicadeza e intimidade maravilhosas!

A encantadora música doméstica dos Bach

Mahan Esfahani e Carolyn Sampson revivem o Pequeno Livro de Anna Magdalena.

Por João Marcos Coelho em 20 de agosto de 2023

Nascido em Teerã, no Irã, 39 anos atrás, Mahan Esfahani cresceu nos Estados Unidos, onde estudou musicologia na Universidade de Stanford. Estudou cravo em Praga com Zuzana Ruzicková. Em 2009, fixou-se em Londres. E hoje vive em Praga. Ele é decididamente um cravista fora da curva. Nos últimos treze anos encomendou obras a compositores contemporâneos e as estreou, algumas para cravo e orquestra. E, claro, notabilizou-se também no chamado repertório fundamental do instrumento – as obras do período barroco, sobretudo as de Bach. Já tocou com nomes ilustres do mundo clássico, como François Xavier-Roth, Ilan Volkov, Thomas Dausgaard, Antoni Wit, Jiri Belohlávek e o atual maestro titular e diretor artístico da Osesp Thierry Fischer. Entre seus parceiros de concertos e gravações estão Michala Petri e Emmanuel Pahud; e estreou obras de compositores como George Lewis, Brett Dean, Ben Sorensen. Grava para a Hyperion e para a Deutsche Grammophon.

E é da Hyperion, selo independente inglês que foi recentemente comprado pelo grupo Universal, que também detém a Deutsche Grammophon, o excepcional CD desta semana. Ele se intitula “Bach: os Pequenos Livros para Anna Magdalena”. Pela primeira vez, juntam-se no mesmo álbum as peças curtas instrumentais com nove árias sacras constantes dos álbuns de 1722 e 1725, onde Bach inclui, além de suas peças, as de outros compositores seus contemporâneos, como o cravista francês François Couperin.

No texto do encarte brilhante – tão bom quanto suas interpretações ao cravo – Esfahani denuncia a misoginia multissecular que transformou em praticamente material descartável, mero gesto de gentileza do gênio para sua segunda esposa estes cadernos manuscritos, para serem usados na atmosfera familiar. Ora, escreve o cravista, Anna era cantora profissional até casar-se com Johann Sebastian e praticamente abandonou o canto para se dedicar à numerosa família: “A presença de peças para cravo e também outras vocais de caráter sacro tem um significado mais profundo do que a descrição em geral informal desta música como subprodutos menores e até mesmo imperfeita do que se descreve imperfeitamente como “devoção pessoal’. Se as obras do ‘pequeno livro’ são modestas e parecem de escasso valor comparadas às grandes suítes e variações e às fantasias e fugas virtuosísticas, elas representam, porém, o espírito de uma civilização que coloca no mesmo patamar tanto estas quanto as que exigem maiores competências técnicas e expressivas”.

E fecha com chave de ouro: “Cada uma delas é um precioso artefato que sobreviveu até os dias atuais, de uma mulher sobre quem sabemos tão pouco que nem temos uma representação física. Para conhecê-la e conhecer o homem que era Johann Sebastian, seria bom prestarmos atenção à música que ambos consideravam digna o bastante para acompanhar seus pensamentos diários, em família”.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Notebooks for Anna Magdalena (Esfahani / Sampson)

01. Bach: Minuet in F major, BWVAnh113 (1:46)
02. Pezold: Minuets in G major / G minor, BWVAnh114 & 115 (3:34)
03. Couperin: Rondeau in B flat major, BWVAnh183 (4:17)
04. Bach: Minuet in G major, BWVAnh116 (1:44)
05. Bach: Polonaise in F major, BWVAnh117 (1:18)
06. Bach: Minuet in B flat major, BWVAnh118 (1:24)
07. Bach: Polonaise in G minor, BWVAnh119 (1:13)
08. Bach: Wer nur den lieben Gott lässt walten, BWV691 (1:36)
09. Bach: Gib dich zufrieden, BWV510 (1:20)
10. Bach: Gib dich zufrieden, BWV511 (1:14)
11. Bach: Minuet in A minor, BWVAnh120 (1:28)
12. Bach: Minuet in C minor, BWVAnh121 (1:03)
13. Bach (CPE): March in D major, BWVAnh122 (1:04)
14. Bach (CPE): Polonaise in G minor, BWVAnh123 (1:19)
15. Bach (CPE): March in G major, BWVAnh124 (1:26)
16. Bach (CPE): Polonaise in G minor, BWVAnh125 (1:59)
17. Bach: Erbauliche Gedanken eines Tobackrauchers, BWV515a, ‘So oft ich meine Tobackspfeife’ (5:28)
18. Böhm: Menuet fait par Mons Böhm in G major (1:09)
19. Bach: Musette in D major, BWVAnh126 (0:43)
20. Bach (CPE): March in E flat major, BWVAnh127 (1:13)
21. Bach: Polonaise in D minor, BWVAnh128 (1:17)
22. Stölzel: Bist du bei mir, BWV508 (2:47)
23. Bach: Goldberg Variations ‘Aria mit verschiedenen Veränderungen’, BWV988 – Movement 01: Aria (4:21)
24. Bach (CPE): Solo per il cembalo, BWVAnh129 (2:13)
25. Hasse: Polonaise in G major, BWVAnh130 (2:00)
26. Bach: The well-tempered Clavier Book 1, BWV846-869 – No 01 in C major, BWV846. Movement 1: Prelude (2:11)
27. Bach (JC): Rigaudon in F major, BWVAnh131 (0:44)
28. Bach: Warum betrübst du dich?, BWV516 (1:37)
29. Bach: Ich habe genug, BWV82 – No 2. Recitativo: Ich habe genug (1:07)
30. Bach: Ich habe genug, BWV82 – No 3. Aria: Schlummert ein, ihr matten Augen (7:09)
31. Bach: Schaffs mit mir, Gott, BWV514 (0:57)
32. Bach: Minuet in D minor, BWVAnh132 (0:54)
33. Bach: Willst du dein Herz mir schenken, BWV518 (2:58)
34. Bach: Dir, dir, Jehova, will ich singen, BWV299b (0:55)
35. Bach: Wie wohl ist mir, o Freund der Seelen, BWV517 (1:32)
36. Bach: Gedenke doch, mein Geist, zurücke, BWV509 (0:58)
37. Bach: O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV513 (1:22)
38. Bach: Jesus, meine Zuversicht, BWV728 (1:49)
39. Bach: Minuet in G major, BWV841 (1:18)
40. Stölzel: Bist du bei mir, BWV508 (2:40)

Mahan Esfahani, cravo
Carolyn Sampson, soprano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Mahan Esfahani e Carolyn Sampson

PQP

Biber (1644-1704) / Schmelzer (ca. 1620-23-1680): Sonatas (Freiburger Barockorchester Consort)

Biber (1644-1704) / Schmelzer (ca. 1620-23-1680): Sonatas (Freiburger Barockorchester Consort)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A brilhante música instrumental do barroco médio dificilmente poderia ser demonstrada de forma mais eficaz do que na escolha do repertório e nas apresentações neste disco. O programa — suntuoso e exótico — é compartilhado entre o músico da corte de Viena, Schmelzer, e seu jovem contemporâneo boêmio, Biber. Poucas ou nenhuma das peças  são novidades, mas consigo pensar em apenas uma abordagem alternativa –- a de Nikolaus Harnoncourt — que corresponda às nuances expressivas mostradas aqui pelo Freiburg Baroque Orchestra Consort. O cardápio foi cuidadosamente escolhido, capitalizando os vívidos contrastes que existem nos dois extremos, entre as cintilantes peças dominadas por trompetes de Biber, por um lado, e a triste e linda Sonata sopra la morte Ferdinand III de Schmelzer. O imperador Ferdinand era o empregador musicalmente talentoso de Schmelzer, e sua morte em 1657 gerou não apenas esta peça excepcionalmente bela de seu Hofkapellmeister, mas também um impressionante lamento para teclado de seu organista da corte, Froberger. Esta sonata é a mais comovente das três peças elegíacas de Schmelzer reunidas aqui, todas harmonicamente distintas e de grande interesse. As Sonatas de Biber estão na tradição da sonata da igreja. A primeira e a última sonatas do conjunto, ambas incluídas aqui, contêm partes para dois trompetes, assim como a Sétima Sonata, em grande parte construída sobre o contrabaixo. A Quarta e a Décima Sonatas, por outro lado, exigem um único trompete, enquanto as duas restantes no disco, a Sexta e a Oitava, são puramente para cordas. Os músicos de Freiburg parecem deleitar-se com as sonoridades variadas inerentes às texturas de Biber, respondendo com talento e senso de estilo ao colorido e imaginação do compositor. As sonatas com trompete provavelmente te causarão um apelo instantâneo, mas são as expressões mais tristes de Schmelzer que causam uma impressão mais profunda em meus sentidos. Um disco maravilhoso!

Biber / Schmelzer: Sonatas (Freiburger Barockorchester Consort)

1 Sonata No. 1 A Otto C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
4:38
2 Sonata No. 6 A Cinque F-Dur / F Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
4:38
3 Sonata No. 4 A Cinque C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
4:35
4 Sonata (Lamento) A Tre Con Organo Et Violone H-Moll / B Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
6:36
5 Sonata A Due Con Basso Continuo A-Moll / A Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
4:39
6 Lamento “Sopra La Morte Ferdinandi A Tre” Con Organo Et Basso H-Moll / B Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
6:38
7 Sonata No. 8 A Cinque G-Dur / G Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
6:26
8 Sonata No. 10 A Cinque G-Moll / G Minor
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
5:38
9 Sonata No. 7 A Cinque C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
5:32
10 Sonata A Due Con Basso Continuo D-Moll / D Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
5:44
11 Lamento A Tre Con Basso Continuo B-Dur / B Flat Major
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
8:30
12 Harmonia A Cinque Con Basso Continuo B-Dur / B Flat Major
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
4:52
13 Sonata No. 12 A Otto C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
5:05

Ensemble – Freiburger Barockorchester Consort*
Executive-Producer – Jan Höfermann
Harpsichord – Torsten Johann
Theorbo – Lee Santana
Trumpet – François Petit-Laurent (faixas: 2, 3, 8, 9, 13), Friedemann Immer (faixas: 2, 3, 8, 9, 13)
Viola – Christa Kittel, Christian Goosses, Ulrike Kaufmann
Viola da Gamba, Violone – Hildegard Perl*
Violin – Anne Katharina Schreiber, Petra Müllejans
Violone – Love Persson

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Eu gosto de gente bonita, mas nem sempre é possível. Este é o Schmelzer.

PQP

Gabriel Fauré (1845-1924): Música de Câmara I (Collard / Dumay / Lodéon / Debost)

Gabriel Fauré (1845-1924): Música de Câmara I (Collard / Dumay / Lodéon / Debost)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Belíssimo, melodioso e — como sempre — discreto e elegante CD duplo de Fauré. Fauré viveu muito, chegando a conhecer Debussy e Ravel. Embora menos conhecida do que a “nova” música de seus contemporâneos, sua obra ocupa um lugar muito próprio. Sim, sua Berceuse, Op. 16 e a Siciliane, op. 78 são instantaneamente reconhecíveis, mas quantos de nós podemos reivindicar familiaridade com suas sonatas para violino, violoncelo, quartetos para piano e quarteto de cordas? Silêncio… Eu disse acima “menos conhecido” pela simples razão de que a música de Fauré é uma mistura de acessibilidade, tranquilidade e discrição. Não me entenda mal: a música de Fauré não é “tranquila”, é apenas que suas composições falam claramente à nossa alma e depois se afastam como se dissessem: “Você não entenderia o que estou tentando dizer de qualquer maneira…”. É apaixonante! Você já se sentiu da mesma forma em relação a alguém muito especial em sua vida? Sim, claro! E você amou esta pessoa! A verdade é que você nunca sabe exatamente onde está Fauré, mas uma coisa é certa: uma vez que você experimentou as ilusões musicais deste mágico francês, você retornará frequentemente ao lugar onde ele o hipnotizou. Gravadas no final dos anos 1970 — no auge da era do LP — essas versões são de longe as mais satisfatórias e convincentes que já ouvi. Todos os músicos são franceses e tocam como se suas próprias vidas dependessem de Fauré. O som é excelente, bem arejado em torno dos instrumentos. Já ouvi muitos outros conjuntos franceses tentarem interpretar as “paixões” e os “maneirismos” nessa música de uma forma que teria perturbado e entristecido profundamente o compositor, penso eu, deturpando fatalmente aquilo que eles estavam tentando enobrecer. Aqui não. Sim, essas são performances apaixonadas, com certeza, mas temperadas com e aquele importantíssimo bom gosto e afiado intelecto musical. Faça-se acompanhar de um Cabernet Sauvignon e ouça este CD magnífico.

Gabriel Fauré (1845-1924): Música de Câmara I (Collard / Dumay / Lodéon / Debost)

Sonate Pour Violon Et Piano No.1 En Le Majeur, Op.15
1-1 I Allegro 7:03
1-2 II Andante 7:36
1-3 III Allegro Vivo 3:48
1-4 IV Allegro Quasi Presto 4:57

Sonate Pour Violon Et Piano No. 2 En Ml Mineur, Op.108
1-5 I Allegro Non Troppo 9:43
1-6 II Andante 8:37
1-7 III Finale: Allegro Non Troppo 6:42

1-8 Berceuse Pour Violon Et Piano En Ré Majeur, Op.16 5:42

1-9 Romance Pour Violon Et Piano En Si Bémol Majeur, Op.28 5:42

1-10 Morceau De Lecture A Vue Pour Violon Et Piano (Concours Du Conservatoire 1903) 1:33

1-11 Sicilienne Pour Violoncelle Et Piano En Sol Mineur, Op.78 3:51

1-12 Elegie Pour Violoncelle Et Piano En Ut Mineur, Op.24 7:16
2-1 Romance Pour Violoncelle Et Piano En La Majeur, Op.69 3:42

2-2 Papillon, Pour Violoncelle Et Piano En La Majeur, Op.77 2:26

2-3 Sérénade Pour Violoncelle Et Piano En Si Mineur, Op.98 2:44

Sonate Pour Violoncelle Et Piano En No.1 En Ré Mineur, Op.109
2-4 I Allegro 5:22
2-5 II Andante 7:25
2-6 III Finale: Allegro Moderato 6:21

Sonate Pour Violoncelle Et Piano No.2 En Sol Mineur, Op.117
2-7 I Allegro 6:20
2-8 II Andante 7:25
2-9 III Allegro Vivo 4:59

2-10 Fantasie Pour Flute Et Piano En Ut Majeur, Op.79 5:11

2-11 Morceau De Concours Pour Flute Et Piano En Fa Majeur (Juillet 1998) 1:38

Trio Pour Piano, Violon Et Violoncelle En Ré Mineur, Op.120
2-12 I Allegro Ma Non Troppo 7:32
2-13 II Andantino 9:36
2-14 III Allegro Vivo 4:46

Composed By – Gabriel Fauré
Flute – Michel Debost
Piano – Jean-Philippe Collard
Violin – Augustin Dumay

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Fauré, né? Quem mais seria?

PQP

J. S. Bach (1685-1750): As Suítes Inglesas (completas) (Hewitt)

J. S. Bach (1685-1750): As Suítes Inglesas (completas) (Hewitt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Ouvi este álbum duplo ontem à noite. É realmente de entusiasmar, principalmente se pensar que sempre coloquei as Inglesas após as Partitas e as Suítes Francesas, obras análogas em formato. Desta vez, fiquei até com vontade de rever meus conceitos. Tudo muito elegante, fluido e musical. Hewitt veio realmente para ficar. Confiram e me digam se não é verdade.

(Todas estas postagens maravilhosas da Hewitt têm o patrocínio da extraordinária Hyperion e de FDP Bach, que as mandou num esperto pen drive para este que vos escreve).

J. S. Bach (1685-1750): As Suítes Inglesas (completas)

Disc: 1
English Suite No 1 in A major BWV806
1. Prelude
2. Allemande
3. Courante I
4. Courante II
5. Sarabande
6. Bourree I And II
7. Gigue

English Suite No 2 in A minor BWV807
8. Prelude
9. Allemande
10. Courante
11. Sarabande Et Les Agrements De La Meme Sarabande
12. Bourree I And II
13. Gigue

English Suite No 3 in G minor BWV808
14. Prelude
15. Allemande
16. Courante
17. Sarabande Et Les Agrements De La Meme Sarabande
18. Gavotte I And II
19. Gigue

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Disc: 2
English Suite No 4 in F major BWV809
1. Prelude
2. Allemande
3. Courante
4. Sarabande
5. Menuet I And II
6. Gigue

English Suite No 5 in E minor BWV810
7. Prelude
8. Allemande
9. Courante
10. Sarabande
11. Passepied I And II
12. Gigue

English Suite No 6 in D minor BWV811
13. Prelude
14. Allemande
15. Courante
16. Sarabande
17. Gavotte I And II
18. Gigue

Angela Hewitt, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Ralph Vaughan Williams (1872-1958): Sinfonia n° 5 e Missa em sol menor (Davis / Carwood)

Ralph Vaughan Williams (1872-1958): Sinfonia n° 5 e Missa em sol menor (Davis / Carwood)

Atendendo a pedidos, mesmo não sendo de minha seara: Vaughan Williams, o mais querido sinfonista inglês – embora quase nada saibamos dele aqui por essas bandas. Tanto que não vou copiar nada da Wikipédia ou de onde for; decidi escanear o encarte (que está em inglês) após ter postado as faixas. E espero que algum fã de VW fale-nos mais sobre ele nos comentários.

Este CD é anexo da edição de junho passado da revista Gramophone, que comprei quando caminhava em Dublin (ou será que foi em Londres?), atrás de algo sobre música folclórica irlandesa, escocesa e inglesa.

E, por favor, não se acostumem mal: este post caritativo foi uma exceção. Se vocês capricharem nos downloads e nos comentários dos meus CDs, aí posso mudar de pensamento.

***

Ralph Vaughan Williams (1872-1958): Sinfonia n° 5 e Missa em sol menor (Davis/ Carwood)

BBC Music – Vol. 16 n° 11

Ralph Vaughan Williams (1872-1958)

Sinfonia n°5 em ré maior
1. Prelúdio: Moderato – Allegro – Tempo I
2. Scherzo: Presto misterioso
3. Romanza: Lento
4. Passacaglia: Moderato – Allegro – Tempo I – Tempo del Preludio

Orq. Sinf. da BBC, regida por Sir Andrew Davis

Missa em sol menor
5. Kyrie
6. Gloria
7. Credo
8. Sanctus
9. Benedictus
10. Agnus Dei

BBC Singers, regidos por Andrew Carwood

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Vaughan Williams em animado piquenique com sua esposa.

CVL

J. S. Bach, Arvo Pärt: Bach & Pärt (Steinbacher, Koncz, Stuttgarter Kammerorchester)

J. S. Bach, Arvo Pärt: Bach & Pärt (Steinbacher, Koncz, Stuttgarter Kammerorchester)

Arabella Steinbacher monta um interessante programa formado por obras de Bach e Pärt. Em Bach, sua interpretação não é a historicamente informada, mas é muito boa e convincente. Seus vibratos não são exagerados e a coisa vai muito bem. Arabella percebe Bach e Pärt como companheiros porque eles ‘têm uma origem espiritual comum’ e sua música a comove emocionalmente. Ela vai bem no Fratres de Pärt, introduzindo suas variações com uma hábil seção de solo inicial e transmitindo seu efeito hipnótico com segurança e arte. No entanto, embora hipnotizante, para meu gosto, sua abordagem à simples e bela Spiegel im Spiegel de Pärt acaba superaquecida pelo vibrato exagerado.

J. S. Bach, Arvo Pärt: Bach & Pärt (Steinbacher, Koncz, Stuttgarter Kammerorchester)

1 Fratres (Version For Violin, String Orchestra & Percussion)
Composed By – Arvo Pärt
12:34

Violin Concerto in E Major, BWV 1042
Composed By – Johann Sebastian Bach
2 I. Allegro 7:43
3 II. Adagio 6:31
4 III. Allegro Assai 2:43

Violin Concerto In A Minor, BWV 1041
Composed By – Johann Sebastian Bach
5 I. Allegro Moderato 3:36
6 II. Andante 6:08
7 III. Allegro Assai 3:45

Concerto For 2 Violins In D Minor, BWV 1043 “Double Concerto”
Composed By – Johann Sebastian Bach
8 I. Vivace 3:36
9 II. Largo, Ma Non Tanto 6:06
10 III. Allegro 4:44

11 Spiegel Im Spiegel (Version For Violin & Piano)
Composed By – Arvo Pärt
11:26

Orchestra – Stuttgarter Kammerorchester
Violin – Arabella Steinbacher
Violin [2] – Christoph Koncz

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Arabella Steinbacher brincando com uma violinista

PQP

.: interlúdio :. Michel Petrucciani, Jim Hall & Wayne Shorter: The Power of Three

.: interlúdio :. Michel Petrucciani, Jim Hall & Wayne Shorter: The Power of Three

Quando comprei este disco, e lá se vão mais de 20 anos, me interessava principalmente a dupla Wayne Shorter / Michel Petrucciani. O pequeno notável Petrucciani chamava a atenção pelo seu talento, apesar da sua doença degenerativa.

Quis o destino que Michel Petrucciani nascesse com algo chamado osteogenesis imperfecta (conhecida como doença de Elkman-Lobstein ou “ossos de vidro”) e, ao mesmo tempo, com imenso talento. Essa enfermidade causada pela ausência de colágeno ou insuficiência de sintetizá-la faz com que seus portadores estejam sujeitos a fraturas ósseas, causando vários problemas no crescimento, quando sobrevivem a ela, além de terem o sistema respiratório comprometido.

Filho de uma família de músicos, interessou-se pelo piano e, apesar da formação clássica, voltou-se ao jazz, seu primeiro interesse. Começou a se apresentar publicamente aos treze anos e com vinte mudou-se para os EUA e construiu uma carreira sólida ganhando, rapidamente, renome internacional. Ter menos de um metro de altura e pouco mais de 20 quilos não foram empecilhos para seu desenvolvimento como pianista. Petrucciani tocava em um piano normal com a diferença de ter os pedais adaptados para que pudesse alcançá-los.

Retirei a biografia abaixo do site allaboutjazz.com :

Born: December 28, 1962

Piano virtuoso Michel Petrucciani was born on December 28th 1962 in Orange France to Italian parents. He grew up surrounded by music as his father was a guitarist and his brothers were a bassist and a guitarist. He discovered the piano very young and one of his early influences was Duke Ellington. Because he was born with osteogenesis imperfecta; a condition that stunts growth and causes fragile bones and respiratory disorders, he had to have special extensions made for him to reach the pedals of the piano. The condition did not affect his hands, however, and he was able to study classical piano for 8 years. He gave his first professional concert at age 13 at the Cliousclat Festival where he was discovered by Clark Terry. Terry introduced him to a number of expatriate jazz musicians and this encouraged the young Petrucciani to embrace jazz as a musical idiom rather than classical music. At age 16 he met drummer Aldo Romano who was impressed by the teenager’s musical prowess and took him under his wing and 2 years later helped him launch his recording career with Flash. Petrucciani recorded a number of excellent albums for the French label Owl including a duet with Lee Konitz. In 1981 he performed at the Paris Jazz Festival and caused a sensation.

In 1982 he moved to the US and was introduced to Charles Lloyd. The latter was so impressed by the pianist that he helped him launch his American career. During this stay he met and married his first wife Erlinda Montaño. The marriage lasted 3 years. During he stay in the US Petrucciani had the opportunity to play with lot of the giants of jazz including Dizzy Gillespie. In 1986 he became the first Frenchman to sign a contract with the legendary Blue Note label. In 1990 he married classical pianist Gilda Butta with whom he had two children. This marriage also ended in divorce in the late 90s. He spent the 90s touring Europe and recording for Dreyfus Records. Near the end of his life he was trying to establish a jazz school in Paris.

In 1994 he was made a knight of the French Legion of Honor.

On January 6th 1999 Michel Petrucciani passed away of a severe pneumonia in Manhattan. He had recently celebrated his 36th birthday.

Ontem, dia 6 de janeiro, completou-se dez anos de sua morte. Esta postagem, portanto, é uma homenagem que o blog faz a este pequeno grande músico.

Wayne Shorter e Jim Hall dispensam apresentações. Já há algumas décadas eles estão na luta. Shorter, um dos maiores saxofonistas da história do jazz, tocou com todo mundo, inclusive com o nosso Milton Nascimento. Jim Hall é um dos gênios da guitarra, o cara que ajudou a criar uma linguagem própria do instrumento no jazz, e influenciou muita gente, como Pat Metheny, com quem gravou um cd espetacular, que pretendo postar por aqui qualquer hora destas, Bill Frisell, com quem recém lançou um cd, entre diversos outros. Apenar de estar com quase 80 anos de idade, continua na ativa.

Este cd tem momentos realmente notáveis, como a sensível “Careful”, de Jim Hall, e a bela e delicada “Morning Blues”, composição do próprio Petrucciani, que traz um dos mais belos solos de sax e piano que já tive a oportunidade de ouvir. É de se ouvir de joelhos, usando uma expressão do mano PQP.

Michel Petrucciani, Jim Hall & Wayne Shorter – The Power of Three

1. Limbo
2. Careful
3. Morning Blues
4. Waltz New
5. Beautiful Love
6. In A Sentimental Mood
7. Bimini

Jim Hall – Guitar
Wayne Shorter – Saxophone
Michel Petrucciani – Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Um gigante chamado Michel Petrucciani

FDP Bach

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerti Per Violino IV “L’imperatore” (Il Pomo d’Oro, Minasi)

Antonio Vivaldi (1678-1741):  Concerti Per Violino IV “L’imperatore” (Il Pomo d’Oro, Minasi)

“L’Imperatore”, o 51º título da Edição Vivaldi da gravadora francesa Naïve, ficou a cargo do excelente violinista Riccardo Minasi e da orquestra barroca Il Pomo d’Oro o. Este CD é o quarto de uma série de 12, dedicada aos concertos para violino cujos manuscritos estão guardados na Biblioteca Nacional de Turim. É um empreendimento completista, mas cada um desses álbuns tem sido pelo menos interessante.  Todos os concertos aqui presentes foram compostos rapidamente, dedicados ou executados diante de Carlos VI (1685-1740), soberano do Império Habsburgo, conhecido como patrono e apaixonado pela música. Mas não há sinal de pressa nestes notáveis e até revolucionários concertos para violino. Esta série de 7 concertos dão uma visão geral da arte completa de Vivaldi como compositor e violinista: grande invenção, expressão, energia e virtuosismo. Cada um dos movimentos lentos parece mais bizarro do que o anterior, e todos eles têm gestos expansivos, quase operísticos, que se prestam lindamente às performances de instrumentos de época do violinista Riccardo Minasi e do Il Pomo d’Oro. Minasi é um dos principais violinistas barrocos italianos e também é maestro. O resultado é quase um lançamento essencial de Vivaldi, por mais desconhecido que o repertório possa ser. Nesse CD, eu apenas conhecia o “L’amoroso”, que é realmente belíssimo.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerti Per Violino IV “L’imperatore” (Il Pomo d’Oro, Minasi)

Concerto RV 331 In Sol Minore
1 Allegro 4:27
2 Largo 4:34
3 Allegro 3:55

Concerto RV 171 In Do Maggiore Per S.M.C.C.
4 Allegro 3:42
5 Largo 1:58
6 Allegro Non Molto 3:19

Concerto RV 391 In Si Minore Op. 9 n° 12 (Violino Scordato)
7 Allegro Non Molto 4:41
8 Largo 3:10
9 Allegro 3:37

Concerto RV 271 In Mi Maggiore “L’amoroso”
10 Allegro 4:02
11 Cantabile 2:47
12 Allegro 3:20

Concerto RV 327 In Sol Minore
13 Allegro Mà Non Molto 3:30
14 Largo 3:50
15 Allegro 3:31

Concerto RV 263a In Mi Maggiore
16 Allegro 4:32
17 Largo 2:47
18 Allegro Non Molto 3:04

Concerto RV 181 In Do Maggiore
19 Allegro 3:28
20 Largo 2:52
21 Allegro 3:25
22 Allegro (Versione Alternativa Dall’ Op. IX No. 1, RV 181a) 2:35

Cello – Ludovico Minasi, Marco Ceccato
Contrabass – Davide Nava
Ensemble – Il Pomo d’Oro
Harp – Margreth Köll
Harpsichord [Clavicembalo], Organ – Andrea Perugi, Giulia Nuti (2)
Viola – Enrico Parizzi, Giulio D’Alessio, Pablo De Pedro*
Violin – Alfia Bakieva, Boris Begelman, Laura Corolla, Laura Mirri, Mauro Lopes Ferreira, Valerio Losito
Violin, Directed By – Riccardo Minasi

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Segurando tudo na esquerda, Minasi dá um discurso contra Giorgia Meloni na sede da PQP Bach Corporazione da Torino.

PQP

Alfred Schnittke (1934-1998): Violin Concertos Nos. 2 & 3 / Stille Nacht / Gratulationsrondo (Kremer / Eschenbach)

Alfred Schnittke (1934-1998): Violin Concertos Nos. 2 & 3 / Stille Nacht / Gratulationsrondo (Kremer / Eschenbach)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Aqui, Gidon Kremer em sua melhor forma artística. Um verdadeiro banho de competência ao violino. E a Orquestra de Câmara da Europa e Eschenbach embarcam juntos neste grande disco da Teldec.

E aqui eu peço licença a meu amigo Al Reiffer para dizer que Alfred Schnittke é, ao lado de Ligeti, o melhor compositor da segunda metade do século XX. Talvez nem precisasse pedir licença ao Reiffer, uma vez que ele disse que Penderecki era o melhor compositor do século XXI e um dos melhores do XX, dando lugar a minha avaliação…

Olha, este é um disco extraordinário! Schnittke faz uma música enormemente extrovertida e nada esquecível. Admirador de Shostakovich e ligado ao pós-modernismo, usa o chamado poliestilismo, que é o uso de múltiplos estilos e técnicas de composição musical… misturados. Ou seja, tudo pode mudar a qualquer momento. Fiel ao mestre Shosta, Schnittke é ultra-sarcástico, como podemos ouvir neste disco. Se você duvida, vá direto à brincadeira de Stille Nacht.

Schnittke (1934-1998): Violin Concertos Nos. 2 & 3 / Stille Nacht / Gratulationsrondo

1. Concerto pour violon no. 2

2. Stille Nacht

3. Gratulationsrondo

4. Concerto pour violon no. 3, 1. Moderato
5. Concerto pour violon no. 3, 2. Agitato
6. Concerto pour violon no. 3, 3. Andante

Gidon Kremer: violino
Chamber Orchestra of Europe
Christoph Eschenbach (cond./piano)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O grande Alfred Schnittke

PQP

Franz Schubert – Quinteto para Cordas – Tákacs Quartet, Miklós Perenyi

Em minha modesta opinião, este Quinteto para Cordas, de Franz Schubert, é uma das mais belas obras já compostas pelo espírito criativo humano. Difícil destacar uma parte específica, ele soa tão perfeito, os instrumentos estão tão bem integrados, que soam como um só.

E aqui Schubert apronta uma marotagem. Ao invés de dobrar as violas, algo normal nas composições para esta formação, ele dobra os violoncelos. Trata-se de obra longa, de fôlego, que intercala momentos de puro lirismo com outros momentos em que os instrumentistas precisam se desdobrar para dar conta do recado.

A gravação que me apresentou esta obra foi uma realizada pelo então jovem Yo-Yo Ma junto ao Cleveland Quartet, pelo antigo selo Columbia. Aquele disco me acompanhou durante muito tempo, mas infelizmente tive de me desfazer dele em determinado momento de vacas magras. O que lembro daquela gravação é o espírito essencialment romântico, como não poderia deixar de ser. O segundo movimento, um Adagio, emociona até mesmo o coração duro.

Mas vos trago duas gravações dessa obra, uma com o timaço formado pelos húngaros do Tákacs Quartet, acompanhados pelo violoncelista, também húngaro, Miklós Perenyi. A segunda, a citada acima, com o jovem Yo-Yo Ma acompanhando o excelente Cleveland Quartet, gravação essa que embalou meus primeiros sonhos e desejos, românticos inclusive.

Também gostaria de citar outra gravação dessa obra, também histórica, com o lendário Mistslav Rostropovich acompanhando o Mellos Quartett, também um primor de execução e de competência. Já postamos essa gravação por aqui, e creio que o texto do mano PQPBach sintetiza e ilustra bem o que sentimos sobre essa obra.

Franz Schubert (1797-1828): Quinteto de Cordas, D. 956 (Melos)

1. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 I. Allegro ma non troppo
2. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 II. Adagio
3. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 III. Scherzo. Presto
4. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 IV. Allegretto

Yo-Yo Ma – Violoncelo
Cleveland Quartet

Miklós Perenyi – Violoncelo
Tákacs Quartet

DOWNLOAD HERE – BAIXE AQUI 

W. A Mozart (1756-1791): Os 4 Concertos para Trompa (Berlin Philharmonic, Seifert, Karajan)

W. A Mozart (1756-1791): Os 4 Concertos para Trompa (Berlin Philharmonic, Seifert, Karajan)

Música leve e agradável, os quatro Concertos para Trompa de Wolfgang Amadeus Mozart foram escritos para seu amigo Joseph Leutgeb, um conhecido de infância. Leutgeb era um trompista habilidoso, pois as obras são difíceis de executar na trompa natural da época, exigindo a língua mais rápida do velho oeste. Os quatro concertos são curtos e cabem até em um LP. Abbado gravou um CD com estes Concertos e não penso que haja versão melhor (Allegrini + Abbado), mas a doçura deles espraiou-se por Karajan de tal forma que mesmo sua mão pesada conseguiu acariciar nesta gravação aceitável. Karajan parece ter tido relações sexuais satisfatórias antes de ir ao estúdio, pois chegou tomado de tranquilidade primaveril, desejando servir mais à música do que a seu ego. O Concerto N° 4 é especialmente bonito.

W. A Mozart (1756-1791): Os 4 Concertos para Trompa (Berlin Philharmonic, Seifert, Karajan)

Concerto For Horn And Orchestra No. 1 In D Major, K. 412
A1 Allegro
A2 Rondo: Allegro

Concerto For Horn And Orchestra No. 4 In E Flat Major, K. 495
A3 Allegro Moderato
A4 Romanza: Andante
A5 Rondo: Allegro Vivace

Concerto For Horn And Orchestra No. 2 In E Flat Major, K. 417
B1 Allegro Maestoso
B2 Andante
B3 Rondo

Concerto For Horn And Orchestra No. 3 In E Flat Major, K. 447
B4 Allegro
B5 Romance: Larghetto
B6 Allegro

Composed By – Wolfgang Amadeus Mozart
Composed By [Cadenzas] – Manfred Klier (tracks: A3, B4)
Conductor – Herbert Von Karajan
Horns – Gerd Seifert
Orchestra – Berliner Philharmoniker

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Seiffert, o toque aveludado que acalmou Karajan

PQP

Johann Georg Pisendel (1687-1755): Sonatas para Violino (Steck / Riegel)

Johann Georg Pisendel (1687-1755): Sonatas para Violino (Steck / Riegel)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Sim, nós sabemos!!! Você passou dois anos visitando nosso blog apenas à espera de obras de Pisendel! Então, alegre-se! Seu dia chegou!!! Valeu a pena aguardar!!! Agora, você poderá convidar aquela mulher a qual você aspira há anos sem sucesso da seguinte forma:

— Queres ir lá em casa tomar um vinho e ouvir meu Pisendel?
— Teu pi… O quê?
— Meu Pisendel. Sim, eu tenho um.

Não perca esta oportunidade única. E, se não for bem sucedido, console-se com a bela sonata para violino solo que vai da faixa 4 a 6 deste CD da CPO. Grande Pisendel! Pisendel foi amigo de meu pai — alguns diriam que é amigo de todos –, que o introduziu a Telemann. Foi durante anos o primeiro violinista do Collegium musicum de Telemann. Grande Pisendel!

EXCELENTE CD!!! 

O violinista Anton Steck leva seu Pisendel pelo mundo afora

Pisendel: Sonatas para Violino

Sonata for violin & continuo in D major
1. Allegro
2. Larghetto
3. Allegro

Sonata for Violin Solo in A minor
4. without indication
5. Allegro
6. Giga – Variationen

Sonata for violin & continuo in E minor
7. Largo
8. Moderato
9. Arioso
10. Scherzando

Violin Sonata in C minor
11. Adagio
12. Presto
13. Affetuoso
14. Vivace

Violin Sonata in G minor
15. Larghetto
16. Allegro
17. Largo
18. Allegro

Anton Steck, violino
Christian Rieger, cravo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O meu, o teu, o nosso Pisendel

PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas & Trio – Sharon Kam, Martin Helmchen, Gustav Rivinius

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas & Trio – Sharon Kam, Martin Helmchen, Gustav Rivinius

Por algum motivo inexplicável, talvez apenas pela satisfação de ouvir clarinete, novamente volto a ele, desta vez com obras de Brahms dedicadas a ele. Volta e meia estas obras, principalmente as Sonatas, op. 120, uma das maiores obras compostas para o instrumento, aparecem por aqui.

Os solistas também são velhos conhecidos daqui do PQPBach, a clarinetista Sharon Kam e o pianista Martin Helmchen, que se juntam ao violoncelista Gustav Rivinius para tocarem o Trio, op. 114.

Creio que já me utilizei da citação abaixo, retirada da biografia de Brahms escrita por Malcolm McDonald, mas a considero fundamental para situar as Sonatas dentro do repertório para clarinete:

“À sua maneira elas eram, como o Concerto Duplo, pioneiras: como não havia modelos clássicos para tal combinação, ele estava constituindo um novo gênero com peças que desde então tem permanecido pedras angulares do repertório para clarineta”.

Sharon Kam é uma experiente clarinetista, com vasta discografia mas confesso que já ouvi versões mais emocionantes destas obras. Claro que é uma questão de perspectiva, e de ponto de vista. Já ouço estas obras há bastante tempo, e a cada audição novas possibilidades me aparecem. Karl Leister sempre será minha referência em se tratando das obras para clarinete de Brahms, inclusive minha próxima postagem será dedicada a ele.

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas & Trio – Sharon Kam, Martin Helmchen, Gustav Rivinius

Sonata For Clarinet And Piano In F Minor / F-Moll, Op. 120 No. 1
1 Allegro Appassionato 7:40
2 Andante Un Poco Adagio 4:54
3 Allegretto Grazioso 4:07
4 Vivace 5:01

Sonata For Clarinet And Piano In E Flat Major / Es-Dur, Op. 120 No. 2
5 Allegro Amabile 7:49
6 Allegro Appassionato 5:16
7 Andante Con Moto – Allegro 6:47

Trio For Piano, Clarinet And Violoncello In A Minor / A-Moll, Op. 114
8 Allegro 7:42
9 Adagio 7:32
10 Andantino Grazioso 4:34
11 Allegro 4:26

Sharon Kam – Clarinet
Martin Helmchen – Piano
Gustav Rivinius – Cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP

.: interlúdio :. Kenny Wheeler – Gnu High

.: interlúdio :. Kenny Wheeler – Gnu High

Um bom disco. Quando Kenny Wheeler (1930-2014) mudou-se de seu Canadá natal para a Inglaterra, não foi manchete. Mas com o lançamento de Gnu High, ele se tornou uma figura admirada do jazz contemporâneo. Claro que o time de craques ajudou: o pianista Keith Jarrett, o baixista Dave Holland e o baterista Jack DeJohnette são geniais. Heyoke é uma peça de quase 22 minutos. Esta valsa cadenciada é ao mesmo tempo atmosférica e comovente, um estilo bastante inventivo que se torna mais dramático perto do final. Tudo é alimentado pelo swing de DeJohnette. O gemido vocal de Jarrett é controlado, enquanto seu belo piano sustenta os solos de Wheeler. Certamente este foi um ponto de partida auspicioso para um artista cujo som e inteligência capturaram a imaginação de tantos colegas músicos e ouvintes daquele ponto em diante.

Kenny Wheeler – Gnu High

01. Heyoke 21:49
02. Smatter 5:58
03. Gnu Suite 12:49

musicians
Kenny Wheeler – fluegelhorn
Keith Jarrett – piano
Dave Holland – double-bass
Jack DeJohnette – drums

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Kenny Wheeler

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Water Music (Akademie für Alte Musik Berlin)

G. F.  Handel (1685-1759): Water Music (Akademie für Alte Musik Berlin)

Tantas vezes postamos a Música Aquática que desta vez vamos apenas aos detalhes históricos e um pouco de opinião depois. Música Aquática (em inglês: Water Music) é uma coleção de movimentos orquestrais, frequentemente divididos em três suítes — but not here –, compostas por Handel. Sua estreia se deu em 17 de julho de 1717, após o rei Jorge I encomendar um concerto para ser executado sobre o rio Tâmisa. O concerto foi executado originalmente por cerca de 50 músicos, situados sobre uma barca nas proximidades da barca real, a partir da qual o monarca escutava a peça com seus amigos mais próximos, incluindo Anne Vaughan, Duquesa de Bolton, a Duquesa de Newcastle, a Condessa de Darlington, Condessa de Godolphin, Madame Kilmarnock, e o Earl das Órcades. As barcas dirigiam-se a Chelsea ou Lambeth. O rei Jorge teria gostando tanto das suítes que pediu a seus músicos, já esgotados, que tocassem-na por três vezes durante o tempo do percurso.

A Akademie für Alte Musik Berlin dá esplêndida interpretação às obras. Os caras parecem ter certa predileção por suítes, pois já fizeram misérias em obras análogas de Telemann.

G. F. Handel (1685-1759): Water Music

Suite No. 1 In F Major (26:40)
1 I. Overture : Largo – Allegro 3:12
2 II. Adagio E Staccato 2:08
3 III. [Allegro 2:08
4 IV. Andante – III. [Allegro] Da Capo 4:30
5 V. Allegro 2:47
6 VI. Air 3:11
7 VII. Minuet 2:23
8 VIII. Bourrée 1:10
9 IX. Hornpipe 1:30
10 X. [Allegro Moderato] 3:41

Suite No. 2 In D Major (11:07)
11 XI. [Allegro] 2:00
12 XII. [Alla Hornpipe] 3:43
13 XIII. [Minuet] 2:49
14 XIV. [Rigaudon 1] 1:07
15 XV. [Rigaudon 2] – XIV. [Rigaudon 1] 1:28

Suite No. 3 In G Major (10:35)
16 XVI. Lentement 1:59
17 XVII. [Bourrée] 1:14
18 XVIII. Menuet [1] 0:56
19 XIX. [Menuet 2] 1:36
20 XX. [Gigue 1] – XXI. [Gigue 2] Da Capo 2:11
21 XXII. Menuet (Coro) 2:39

Akademie für Alte Musik Berlin

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ponte de Westminster no dia da Música Aquática, de Canaletto, 1746 (detalhe)
Ponte de Westminster no dia da Música Aquática, de Canaletto, 1746 (detalhe)

PQP

Beethoven (1770 – 1827): Concerto para Piano No. 1 & Outras Peças para Piano – Alice Sara Ott – Netherlands Radio Philharmonic Orchestra & Karina Canellakis ֍

Beethoven (1770 – 1827): Concerto para Piano No. 1 & Outras Peças para Piano – Alice Sara Ott – Netherlands Radio Philharmonic Orchestra & Karina Canellakis ֍

BTHVN

Concerto para Piano No. 1, Op. 15

Sonata para Piano No. 14 “Ao Luar”

Bagatelas

Alice Sara Ott, piano

Netherlands RPO

Karina Canellakis

 

A jovem pianista achou que fosse apenas cansaço da turnê ou uma virose e continuou cumprindo sua agenda até o último concerto. No entanto, ao acordar depois disso, percebeu que a situação era mais séria – ela não conseguia levantar-se da cama e estava com a visão afetada, pois via tudo duplicado. Demorou duas semanas para que conseguisse voltar a andar de novo. Após muitos exames e visitas a diferentes médicos, a pianista Alie Sara Ott que havia maravilhado o mundo da música com suas interpretações da música de Liszt, Chopin, Beethoven, estava diante de um desafio gigante: foi diagnosticada como tendo esclerose múltipla.

Esclerose Múltipla

Também chamada: EM

Uma doença em que o sistema imunológico ataca a cobertura protetora dos nervos. Na EM, o dano resultante nos nervos interrompe a comunicação entre o cérebro e o corpo. A esclerose múltipla causa muitos sintomas diferentes, incluindo perda de visão, dor, fadiga e coordenação prejudicada. Os sintomas, gravidade e duração podem variar de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem não apresentar sintomas na maior parte de suas vidas, enquanto outras podem ter sintomas graves e crônicos que nunca desaparecem. A fisioterapia e a medicação que suprime o sistema imunológico podem ajudar com os sintomas e retardar a progressão da doença.

Isso ocorreu em 2018. “Encontrei-me a bordo de uma montanha-russa emocional, com sentimentos de pânico, medo e devastação”, ela escreve. No entanto, com o equilíbrio certo de tratamento e terapia, seus sintomas gradualmente diminuíram e Ott conseguiu continuar sua carreira como concertista. “Eu sempre fui uma pessoa positiva. Tenho 31 anos e ainda tenho uma longa vida pela frente. Não quero passar o resto da minha vida sendo lastimável e triste. Isso não é quem eu sou”, ela diz.

Este disco recente mostra que ela tem conseguido seguir com sua carreira de pianista, assim como outras atividades que fazem parte de sua vida. Ela também se conecta às pessoas ao colocar sua proeminência global a serviço de contratos lucrativos. Enquanto Ray Chen se apresenta exclusivamente em ternos Armani, Yuja, Yundi e Domingo consideram o relógio Rolex seu “instrumento favorito”, Alice Sara Ott modela diamantes, pulseiras e todo tipo de joia, e ela projetou uma série de bolsas de couro para uma exclusiva empresa alemã. Ela é a Embaixadora Global da Technics, a marca de áudio Hi-Fi da Panasonic.

Ludwig Van Beethoven (1770 – 1827)

Concerto para Piano No. 1 em dó maior, Op. 15

  1. Allegro con brio
  2. Largo
  3. Allegro scherzando

Sonata para Piano No. 14 em dó sustenido menor, Op. 27 No. 2 “Ao Luar”

  1. Adagio sostenuto
  2. Allegretto – Trio
  3. Presto agitato

Für Elise, WoO 59

  1. Bagatela

11 Bagatelles, Op. 119, No. 1

  1. Allegretto

Bagatelle in C Major, WoO 54 “Lustig und Traurig”

  1. Bagatela

Allegretto in B Minor, WoO 61

  1. Allegretto

Alice Sara Ott, piano

Netherlands Radio Philharmonic Orchestra

Karina Canellakis

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 133 MB

Alice Sara Ott entrou no mundo dos smartphones com sua série de adesivos “E Aqui Vem a Alice”, projetada para o popular aplicativo de mensagens instantâneas LINE. Sua estratégia de vendas diz: “Alice toca piano, preferencialmente descalça. Ela adora viajar, chocolate, uísque e origami”. E como toca…

Depois de toda a correria para fazer a postagem, ela adorou passar um tempinho na piscina do PQP Bach, em Araruama…

Aqui tem uma ótima gravação da Waldstein:

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas Nº 3 e 21 (Waldstein) e outras peças (Alice Sara Ott)

Aproveite!

René Denon

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (completa) (Má Vlast) – Malaysian Philharmonic Orchestra, Claus Peter Flor

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (completa) (Má Vlast) – Malaysian Philharmonic Orchestra, Claus Peter Flor

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente interpretação de um importante clássico romântico do qual normalmente conhecemos apenas o famoso segundo movimento O Moldava. Porém este é somente um trecho de uma obra muito maior, um trecho do ciclo orquestral Má Vlast (Minha Pátria), que contém seis poemas sinfônicos sobre diferentes aspectos tchecos. Smetana compôs essas obras épicas à maneira de Franz Liszt, evocando imagens dramáticas através de uma orquestração colorida, pintando cenas naturais e históricas através de temas e harmonias de boêmias. Pode-se supor que apenas uma orquestra tcheca poderia tocar essa música com a intensidade adequada, mas a Orquestra Filarmônica da Malásia, sob o comando do alemão Claus Peter Flor, dá um relato emocionante que pode rivalizar com qualquer outro em energia, paixão e atmosfera. De fato, se a música de Smetana se comunica de forma tão convincente que uma orquestra asiática pode interpretá-la fiel e entusiasticamente, pode-se também dizer que a obra toca emoções universais de orgulho e patriotismo. A orquestra oferece todas as mudanças sutis de ênfase nos ritmos de dança que lhe dão tanto interesse. Os ouvintes que amam O Moldava podem definitivamente se familiarizar com o Má Vlast completo, e esta gravação excepcional fornece uma versão que satisfará tanto os recém-chegados quanto os fãs de Smetana.

Bedřich Smetana (1824-1884): Minha Pátria (completa) (Má Vlast) – Malaysian Philharmonic Orchestra, Claus Peter Flor

1 Vyšehrad 14:38
2 Vltava (The Moldau) 12:14
3 Šárka 9:42
4 Z českých Luhů A Hájů (From Bohemia’s Woods And Fields) 12:31
5 Tábor 13:09
6 Blaník 13:10

Conductor – Claus Peter Flor
Orchestra – Malaysian Philharmonic Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Com carinho, um Flor para vocês

PQP

Modest Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição (ao piano e em versão orquestral, Ashkenazy em ambas)

Modest Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição (ao piano e em versão orquestral, Ashkenazy em ambas)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu acho este CD extraordinário. Primeiro, Ashkenazy dá sua interpretação aos Quadros no piano, onde dá um show; depois rege a Philharmonia Orchestra numa versão orquestral que não é a de Ravel, é sua. Não tenho a versão de Ravel em meus ouvidos para poder fazer comparações, porém digo que a versão de Ashkenazy é muito boa. Certamente sua versão fica mais próxima ao estilo de Mussorgsky — vide a ópera Boris Godunov cuja sonoridade voltei a ouvir neste Quadros — do que a orquestração também brilhante, mas muito mais limpa e ocidental, de Ravel.

Quadros de uma Exposição foi moda nos anos 70. Foram feitas dezenas de gravações — na versão original e na de Ravel — a partir de um surpreendente trabalho realizado por Emerson, Lake & Palmer. Voltei ao CD do ELP ontem. Tem momentos bastante divertidos.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Quadros de uma Exposição (ao piano e em versão orquestral, Ashkenazy em ambas)

1. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – Gnomus 4:06
2. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – The Old Castle 5:10
3. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – The Tuileries – Bydlo 3:48
4. Pictures at an Exhibition – for Piano – Promenade – Ballet of Unhatched chicks – 2 Polish Jews 4:11
5. Pictures at an Exhibition – for Piano – The Market Place at Limoges – The Catacombs 6:36
6. Pictures at an Exhibition – for Piano – The Hut on Fowls Legs – The Great Gate of Kiev 8:28

Vladimir Ashkenazy, piano

7. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – Gnomus 4:02
8. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – The old castle 5:24
9. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – Tuileries – Bydlo 3:54
10. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – Ballet of the unhatched chicks – 2 Polish Jews 4:33
11. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – Promenade – The Market Place at Limoges 7:03
12. Pictures at an Exhibition – Orchestrated by Vladimir Ashkenazy – The Hut on Fowls Legs – The Great Gate of Kiev 9:09

Philharmonia Orchestra
Vladimir Ashkenazy, regente

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vladi no piano e na regência
Vladi no piano, na regência e vestindo Sibelius na camiseta

PQP

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

Após alguns pedidos insistentes, e também consultar o mano PQP Bach, resolvi trazer a versão da banda de rock progressivo inglesa, Emerson, Lake & Palmer para a “Pictures at an Exhibition”, de Mussorgsky. Trata-se de uma visão muito pessoal da obra, e como aqui no PQP estamos abertos a todas as possibilidades, resolvi sair um pouco do meu repertório básico, a saber, barroco, clássico  romântico.

Como para muitos outros, este foi meu primeiro contato com Mussorgsky. Posteriormente caiu-me em mãos a versão do Alfred Brendel para piano, e então pude entender melhor a estrutura da obra. O outro lado deste mesmo LP trazia a versão orquestral, não me lembro com qual regente, mas mesmo assim me apaixonei pela obra.

Os três músicos dessa banda têm formação musical acadêmica, e todos são virtuoses em seus respectivos instrumentos. O próprio Keith Emerson, tecladista, compôs um concerto para piano muito interessante, claramente inspirado em Prokofiev e Stravinsky.

Os discos da banda sempre trouxeram trechos de obras de diversos compositores do século XX, como os já citados Stravinsky, Prokofiev, além de Bártok, Copland, entre diversos outros.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

1. Promenade
2. The Gnome
3. Promenade
4. The Sage
5. The Old Castle
6. Blues Variations
7. Promenade
8. The Hut Of Baba Yaga
9.The Curse of Baba Yaga
10. The Hut Of Baba Yaga
11. The Great Gates Of Kiev
12. Nutrocker

Keith Emerson – Keyboards
Greg Lake – Bass, Guitar & Vocals
Carl Palmer – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Keith, Greg, Carl

FDP Bach

.: interlúdio :. Gotan Project: La Revancha Del Tango

.: interlúdio :. Gotan Project: La Revancha Del Tango

IM-PER-Dí-VEL !!!

Originalidade é uma mercadoria escassa no mundo da música hoje em dia, então a própria existência de um grupo como o Gotan Project é motivo de comemoração. Quando eles apareceram pela primeira vez em 2000 com os singles El Capitalismo Foráneo e Triptico, o Gotan Project, que, como o PQP Bach, tem sede em Paris, se destacou misturando house, jazz e sons latinos baseados nos ritmos e na instrumentação do tango. Embora isso não pareça um conceito particularmente radical, o fato é que ninguém jamais havia feito isso antes, e o Gotan o fez com tanta perfeição, especialmente no deslumbrante Triptico, que ninguém mais poderá seguir seus passos. O som deles é tão particular que está quase além da imitação. Começando com os acordes de abertura de Queremos Paz, o Gotan Project construiu um conjunto de 10 canções de melodias jazzísticas e soltas costuradas por batidas sólidas de rock que parecem pairar em algum lugar entre os tangos argentinos tradicionais e os breakbeats modernos, com talvez apenas um toque de jazz da era bebop para manter a vibração. Os membros oficiais do Gotan são os tecladistas/programadores de beat Philippe Cohen Solal e Christoph H. Müller e o guitarrista Eduardo Makaroff (uma verdadeira coleção internacional de nomes), mas o músico que realmente define o som do grupo é provavelmente Nini Flores. Flores toca bandoneón. Em cada faixa de La Revancha, ele dá um banho. Sua forma de tocar é maravilhosa, nunca excessivamente chamativa, mas transbordando com uma paixão discretamente contida. Basta ouvir as notas altas assustadoras que abrem suas frases flexíveis em El Capitalismo Foráneo, ou a maneira como ele corta a paisagem sonora na sombria Chunga’s Revenge, que é um Frank Zappa platino… Por melhor que Flores seja, os outros músicos convidados de La Revancha combinam com ele sensualmente nota por nota sensual. O violino de Line Kruse e o piano de Gustavo Beytelmann estão em ótima forma, especialmente em Triptico, que como o próprio título sugere é basicamente uma vitrine para cada um dos três solistas. Alguns puristas irão, sem dúvida, protestar contra a apropriação do Gotan Project do estilo musical semioficial da Argentina, mas acho que a maioria dos fãs de tango ficará tão entusiasmada quanto eu com a maneira como eles dão nova vida à forma. Graças ao nível de talento envolvido para reconstruir um ritmo sem deixar que ele ofusque seus músicos principais, La Revancha del Tango é um triunfo geral para a dance music moderna de base latina.

.: interlúdio :. Gotan Project: La Revancha Del Tango

1 Queremos Paz 5:15
2 Época 4:27
3 Chunga’s Revenge 5:01
Written-By – Frank Zappa
4 Tríptico 8:26
5 Santa María (Del Buen Ayre) 5:57
6 Una Música Brutal 4:11
7 El Capitalismo Foráneo 6:12
Written-By – Avelino Flores
8 Last Tango In Paris 5:50
Written-By – Gato Barbieri
9 La Del Ruso 6:22
10 Vuelvo Al Sur 6:59
Written-By – Astor Piazzolla, Fernando E. Solanas

Acoustic Guitar – Eduardo Makaroff
Bandoneon – Nini Flores
Double Bass – Fabrizio Fenoglietto
Drum Programming [Beat Programming], Bass, Keyboards – Christoph H. Müller
Keyboards, Bass, Sounds, Effects [Dub Fx] – Philippe Cohen Solal*
MC – Willy Crook
Percussion – Edi Tomassi*
Piano – Gustavo Beytelmann
Violin – Line Kruse
Vocals – Cristina Vilallonga
Written-By – Christoph H. Müller (tracks: 1, 2, 4 to 7, 9), Eduardo Makaroff (tracks: 1, 2, 4 to 6, 9), Philippe Cohen Solal* (tracks: 1, 2, 4 to 7, 9)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O pessoal do Gotan Project é todo estiloso.

PQP

Oliver Messiaen (1900-1992): La fauvette des jardins, Rondeau, Prelúdio, etc (Håkon Austbø, piano)

Dias atrás, escrevi aqui que Prokofiev era, em certos sentidos, o anti-Debussy de sua geração. Pois é verdade também que Messiaen, como um continuador do legado de Debussy, é mais ou menos um anti-Prokofiev. Ele não compôs balés, valsas, minuetos, nada para a dança de pés humanos: mais interessante, para ele, era ouvir o som dos pássaros, do vento sobre as águas, de sinos de igreja. Ao contrário de outros compositores que evitavam “entregar o jogo” sobre suas ideias e métodos, Messiaen deu entrevistas e escreveu livros e libretos de obras explicando essa sua busca por sons exóticos e para além da musicaldade humana.

Com a palavra, Messiaen:

“Sempre gostei dos cantos de pássaros. Quando comecei a anotá-los devia ter 17 ou 18 anos, os transcrevia muito mal. Depois tive lições em campo com ornitólogos de renome.”

“Os Choros de Villa-Lobos, que considero maravilhas de orquestração, foram para mim o ponto de partida de algumas justaposições de timbres”

[Entrevista a] Claude Samuel: Um dia, quando eu disse que você era um compositor, você acrescentou: “Eu sou um ornitólogo e um ritmista.” Em que sentido o segundo desses títulos deve ser entendido?

Olivier Messiaen: Eu sinto que o ritmo é a parte primordial e talvez essencial da música. Eu acho que provavelmente existia antes da melodia e da harmonia, e na verdade tenho uma preferência secreta por esse elemento.

C.S.: Se você não se importar, vamos ver alguns exemplos concretos. O que é música rítmica?

O.M.: Resumindo, a música rítmica é música que despreza repetição e divisões iguais, e isso se inspira nos movimentos da natureza, movimentos de durações livres e desiguais. Há um exemplo muito marcante de música não-rítmica que é considerada rítmica: marchas militares. A marcha com seu andamento cadencial, com sua sucessão ininterrupta de valores de notas absolutamente iguais, é antinatural. A marcha genuína na natureza é acompanhada por um fluxo extremamente irregular; é uma série de quedas, mais ou menos evitadas, ocorrendo entre batidas.

C.S.: Então, a música militar é a negação do ritmo?

O.M.: Absolutamente.

C.S.: Você pode nos dar alguns exemplos de música rítmica interessante no repertório clássico ocidental?

O.M.: O maior ritmista da música clássica é certamente Mozart. O ritmo dele tem uma qualidade de movimento, mas pertence principalmente ao campo da acentuação, derivada da palavra falada e escrita. Se a colocação exata dos acentos não for observada, a música mozartiana é completamente destruída.

C.S.: Vamos continuar a nossa pesquisa de compositores rítmicos com uma parada obrigatória em Debussy.

O.M.: Conversamos sobre a orquestração de Claude Debussy e seu amor pela natureza – vento e água. Este amor levou-o diretamente à irregularidade em durações de notas que mencionei, característica do ritmo e permitindo-lhe evitar repetições.

Mais do que um criador de melodias, Olivier Messiaen considerava-se um pesquisador de ritmos: “Tratado de ritmo, de cor e de ornitologia” é o nome do livro em vários tomos que ele escreveu entre 1949 e 1992. O ritmo, portanto, vem em 1º lugar nessa longa obra na qual explica os aspectos importantes de seu método de composição, que, aliás, ele não pretendia impor aos seus alunos (Murail, Stockhausen, Boulez, Almeida Prado… cada um seguiu seu caminho). Os ritmos complexos apaixonavam Messiaen: ele dava como exemplo a simetria das asas das borboletas, compara com a simetria em catedrais góticas e em ritmos simétricos que, diz ele, “os Hindus foram os primeiros a notar e usar, ritmicamente e musicalmente, esse princípio”.

Neste CD que completa as gravações do piano de Messiaen pelo norueguês Håkon Austbø, a obra mais importante e mais longa é La fauvette des jardins: embora o título principal faça referência a um pequeno passarinho europeu, os títulos dos três movimentos mostram que, ao invés de um foco exclusivo neste bicho, a obra evoca uma ampla paisagem de noite e depois de dia: (I) a noite, (II) o lago verde e violeta, (III) ondulações da água. Como Debussy (La cathédrale engloutie para piano, Sirènes para coro e orquestra, La Mer para orquestra), Messiaen se diverte criando cenas aquáticas com meios musicais.

Olivier Messiaen:
1. Les offrandes oubliées (1931)
2. Fantaisie burlesque (1932)
3. Pièce pour le tombeau de Paul Dukas (1935)
4. Rondeau (1943)
5. Prélude (1964)
6-8. La fauvette des jardins (1970-72):
I. (la nuit)
II. (le lac vert et violet…)
III. (ondulations de l’eau…)

Håkon Austbø, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – mp3 320kbps

““Eles cantaram muito antes de nós. E inventaram a improvisação coletiva, pois cada pássaro, junto com os outros, faz um concerto geral” – Messiaen sobre os pássaros

Pleyel

Antonin Dvorak (1841-1904): Danças Eslavas, op. 46 e op. 72 – Filarmônica Tcheca, Charles Mackerras

Minhas adoradas Danças Eslavas, de Dvorák, estão em muito boas mãos neste excelente CD do selo Supraphon. Compositor tcheco, orquestra tcheca, gravadora tcheca, e um maestro australiano nascido nos EUA que, como poucos, conhecia muito bem a alma eslava, dirigiu durante muitos anos esta orquestra. Enfim, tudo contribui para 72 minutos de puro deleite musical. Até então minha referência para estas obras era a gravação de Antal Doráti, que gravou com muita competência essas obras, com a Royal Philharmonic Orchestra, mas esta aqui está no mesmo nível de excelência, como não poderia deixar de ser.

São muitos os méritos de Mackerras nesse CD. Poderia destacar o profundo conhecimento da cultura eslava, que permitiu melhor penetrar e explorar essa cultura, apoiado é claro por uma excepcional orquestra, mais que tarimbada e especialista neste repertório. Lembro de ter assistido a apresentação de um grupo de dança paranaense, descendentes de eslavos que nos apresentou algumas coreografias baseadas nestas obras. Foi muito bonito e sensível. Comoveu a todos os presentes.

Espero que apreciem, trata-se de um CD delicioso de se ouvir.

Antonin Dvorak (1841-1904): Danças Eslavas, op. 46 e op. 72 – Filarmônica Tcheca, Charles Mackerras

Ist Series, Op.46 (B.83, 1878)
1 No.1 In C Major
2 No. II In E minor
3 No. III In A Flat Major
4 No. IV In F Major
5 No. V In A Major
6 No. VI In D Major
7 No. VII In C Minor
8 No. VIII In G Minor

2nd Series, Op.72 (B. 147, 1886-87)
9 No.I (IX) In B Major
10 No.II (X) In E Minor
11 No. III (XI) In F major
12 No. IV (XII) In D Flat Major
13 No. V (XIII) In B Flat Minor
14 No. VI (XIV) In B Flat Major
15 No. VII (XV) In C major
16 No. VIII (XVI) In A Flat Major

The Czech Philharmonic Orchestra
Sir Charles Mackerras – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP

Maurice Ravel (1875-1937) / Claude Debussy (1862-1918): Piano Concertos / Fantaisie for Piano & Orchestra (Kocsis / Fischer)

Maurice Ravel (1875-1937) / Claude Debussy (1862-1918): Piano Concertos / Fantaisie for Piano & Orchestra (Kocsis / Fischer)

Vou ser claro: eu não gosto de Debussy. Claro que ouço com prazer a Suíte Bergamasque e as peças orquestrais La Mer e Nocturnes, mas aqueles prelúdios e coisinhas para piano… Aquelas brumas diáfanas… Olha, às vezes me parece que Debussy inventou a New Age, o gênero de música que serve para não ser ouvido; aquele que, quando termina, você nem se dá conta, pois não estava prestando nenhuma atenção mesmo!

Juntá-lo com Ravel parece óbvio para os fazedores de CDs, mas não para mim. Seus dois Concertos para Piano são notáveis. O Adagio Assai do primeiro é de morrer por ele! Eu amo Ravel! Então digo que — juro! — ouvi atentamente os dois concertos maravilhosamente interpretados pelo grande Zoltán Kocsis (1952–2016) e seu amigo Iván Fischer e não lembro nada, mas nada mesmo, da tal Fantasia. Vale (muito) pelo Ravel!

Ravel: Concertos para piano / Debussy: Fantasia para piano e orquestra

Piano Concerto in G Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 19:48
1. Allegramente Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 7:50
2. Adagio assai Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 8:14
3.Presto Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 3:44

Piano Concerto for the left hand in D Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 17:38
4. Lento Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 7:45
5. Allegro Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 4:56
6. Tempo I Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 4:56

Fantasy for piano and orchestra Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 19:51
7. Andante ma non troppo-Allegro giusto Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 6:28
8. Lento e molto espressivo Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 7:06
9. Allegro molto Budapest Festival Orchestra, Iván Fischer & Zoltán Kocsis 6:16

Zoltán Kocsis, piano
Budapest Festival Orchestra
Iván Fischer

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Kocsis, uma amiga e o húngaro

PQP