Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Trio Sonatas

Apesar da sexta-feira dita santa ter acabado, essa postagem é para comemorar a data. Todos os anos a igreja e a TV alimentam o ideário de dor e sofrimento da paixão de Cristo. E para se unir ao suposto sofrimento de Cristo pela humanidade, tantas outras micro-paixões acontecem. Tantos outras pessoas cismam em se cortar a fim de reproduzir as dores e as chagas de Cristo. Curiosamente, a espiritualidade ocidental foi construída sobre a dor. Assim quanto mais uma pessoa sofre, tanto mais ela é virtuosa. Os ditos santos foram homens que sofreram. Nenhum um santo tornou-se santo por ser feliz. A alegria e a felicidade são sentimentos perigososos que um santo jamais deverá sentir. É necessário que, antes de tudo, ele compunja o semblante. Não tome banho. Não se perfume. Abomine a natureza. O amor carnal. As relações humanas. A música. A poesia. Em suma: a beleza. Quando penso nessas supostas virtudes, lembro-me de uma frase de Nietzsche: “Prefiro ser um sátiro a um santo”. E pensando nisso, chego à conclusão de que a vida é muito pequena para que nos fiemos apenas por uma face dela. O universo está cheio de belezas, de cintilações de mistério. É estúpido, ato de suprema desinteligência, olhar para a vida e fazer da dor apenas virtude. Viver um ascetismo moral, não fruindo das tantas maravilhas que o unievrso nos fornece como dádiva, é ser devoto da mais suprema imbecilidade. Os religiosos são cegos em sua jornada monocromática. É baseado nisso que faço essa deliciosa postagem, cheia de encantos, de beleza. Ou seja, perigosa para os santos. Não deixe de ouvir. Fui até à Alemanha e trouxe essa bela efeméride barroca para este dia ensolarado. Um bom deleite!

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Trio Sonatas

01 – Sonata I in F major, BuxWV 252
02 – Sonata II in G major, BuxWV 253
03 – Sonata III in A minor, BuxWV 254
04 – Sonata IV in Bb major, BuxWV 255
05 – Sonata V in C major, BuxWV 256
06 – Sonata VI in D minor, BuxWV 257
07 – Sonata VII in E minor, BuxWV 258

The Boston Museum Trio
Daniel Stepner, baroque violin
John Gibbons, cravo
Laura Jeppesen, viola da gamba

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Carlinus

Anton Dvorak (1841-1905) – Symphony No. 7 in D minor, Op. 70 e Symphony No. 8 in G major, Op. 88 (CD 5 de 6)

Mais duas sinfonias de Anton Dvorak. Agora, as de número 7 e 8. Das sinfonias compostas pelo tcheco, estas duas estão entre as que mais gosto. Acredito também que tenha sido as que mais ouvi. A Sinfonia no. 7 foi composta em 1885. É uma obra dura, com passagens turbulentas e taciturnas. Dvorak havia perdido parentes queridos à época da composição. Talvez esse clima infenso tenha permeado a mente e os sentidos de Dvorak. Já a Sinfonia No. 8 foi composta em 1889. É uma obra repleta de melodias doces, encantáveis; fortemente emotiva. Possui elementos musicais da Bohemia. Não deixe de ouvir mais esse importante e maravilhoso CD sob a direção de Kubleik.

Anton Dvorak (1841-1905) – Symphony No. 7 in D minor, Op. 70 e Symphony No. 8 in G major, Op. 88

Symphony No. 7 in D minor, Op. 70
01. 1. Allegro maestoso
02. 2. Poco Adagio
03. 3. Scherzo _ Vivace – Poco meno mosso
04. 4. Finale_ Allegro

Symphony No. 8 in G major, Op. 88
05. 1. Allegro con brio
06. 2. 2. Adagio
07. 3. Allegretto grazioso – Molto vivace
08. 4. Allegro, ma non troppo

Berliner Philharmoniker
Rafael Kubelik, regente

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Carlinus

George Philipp Telemann (1681-1767): Aberturas, Sonatas e Concertos

O prolífico e popular Telemann dominou a música daqueles pequenos principados e reinos que hoje chamamos Alemanha. Ele já está numa posição entre Bach e seus filhos, dando os primeiros passos dentro do estilo galante — muito mais simples, despreocupado e metido a bonitinho. Telemann era um imenso talento, mas sua música sem grandes dramas ficou para trás, meio perdida em meio à profundidade bachiana, à grandiosidade handeliana, aos saracoteios italianos de Vivaldi e os grandes compositores que vieram logo a seguir: Haydn e Mozart.

Hoje, deve ter menos gravações do que o mano CPE Bach, um consistente e agressivo antecessor de Beethoven, a quem parece ter passado magicamente o amor aos temas curtos e afirmativos, aquela coisa de macho. (Nada temos a favor de Bolsonaro, desejamos mais é que ele vá tomar no cu).

Este grupo de 5 CDs é uma joia que postamos hoje para comemorar a morte de Jesus Cristo, célebre personagem fantástico presente em muitas músicas. A piada é que ele teria morrido hoje e ressuscitado três dias depois — segunda-feira, portanto. A ressurreição é considerada por muitos como base para o cristianismo. Jesus foi crucificado, morreu e foi enterrado. Então, teria descido até o inferno. Só que, no terceiro dia, ele voltou da morte, ascendeu ao céu e sentou-se ao lado direito de Deus, Pai Todo-Poderoso. Ninguém viu mas foi assim, dizem os cristãos e deístas.

Como ele nunca aparece e para não precisarmos ficar contando essas lorotas para elas, no domingo enchemos nossas crianças de chocolates. Elas ficam na delas, felizes. É assim.

A Páscoa existiria para nos lembrar deste espetáculo i-ni-gua-lá-vel.

Well, divirtam-se com Telemann.

George Philipp Telemann (1681-1767): Aberturas, Sonatas e Concertos

CD 1

Sonata F-dur TWV43:F01 2 violins, viola & BC

Concerto C-dur TWV51:C01 recorder, 2 violins, viola & BC

Ouverture fis-moll TWV55:fis01 2 violins, viola & BC

Quadro g-moll TWV43:g04 recorder, violin, viola & BC

Concerto G-dur TWV51:G09 viola solo, 2 violins, viola & BC

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CD 2

Concerto d-moll TWV43:d02 2 violins, viola & BC

Concerto F-dur TWV52:F01 recorder, basson, 2 violins, viola & BC

Sonate f-moll TWV44:32 2 violins, 2 violas & BC

Sonate D-dur TWV41:D06 cello & BC

Ouverture h-moll TWV55:h04 solo violin, 2 violins, viola & BC

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CD 3

Concerto D-dur TWV43:D04 2 violins, viola & BC

Concerti di camera g-moll TWV43:g03 recorder, 2 violins & BC

Sonatina c-moll TWV41:c02 basson & BC

Ouverture F-dur TWV55:F2 2 violas & BC

Sonatina a-moll TWV41:a4 recorder & BC

Sonate corellisante h-moll TWV42:h3 2 violins & BC

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CD 4

Concerto G-dur TWV43:G5 2 violins, viola & BC

Ouverture E-dur TWV55:E2 Oboe d’amore, 2 violins, viola & BC

Concerto B-dur TWV52:B1 2 recorders, 2violins, viola & BC

Sonata D-dur TWV41:D1 violin & BC

Concerto a-moll TWV43:a3 recorder, oboe, violin & BC

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CD 5

Concerto A-dur TWV43-A4 2 violins, viola & BC

Sonata d-moll TWV42-d10 recorder, violin & BC

Ouverture g-moll TWV55-g8 violin solo, 2 violins in ripieno & BC

Quadro G-dur TWV43-G6 recorder, oboe, violin & BC

Sonata C-dur TWV40-203 4 violins without bass

Partia 5 e-moll TWV41-e1 2 violins, viola & BC

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Musica Alta Ripa

Anne Rohrig (violin)
Ulla Bundies (violin)
Christoph Heidemann (violin, viola)
Susanne Dietz (violin)
Juris Teichmanis (cello)
Albert Bruggen (cello)
Michael McCraw (bassoon)
Dennis Götte (theorbo, baroque guitar)
Barbara Hofmann (violone)
Bernward Lohr (harpsichord)
Danya Segal (recorder)
Hans-Peter Westermann (oboe. oboe d’amore)

Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
Comente a postagem!

PQP

Coleção Grandes Compositores 14/33: Franz Schubert (1797-1828)

O 14º álbum da Coleção Grandes Compositores nos traz o brilhante Franz Schubert. O texto a seguir nos fala um pouco sobre a obra que julgo ter maior popularidade entre as presentes gravações,  o Quinteto para Piano “A Truta”. Um breve texto nos fala um pouco sobre algumas curiosidades envolvendo esta magnífica peça.

Quinteto para Piano em Lá Menor, Op. 114, “A Truta”, D. 667

Quando nasceu a ideia de abordar um gênero de música de câmara mais complexo que o quarteto de cordas, Schubert já havia composto várias obras de câmara. Nessa época, o compositor estava em Zseliz, em casa dos Estehazy, e recebeu uma encomenda de um excelente músico e melômano, Silvestre Paumgartner, que era violoncelista. Schubert encontrava-se na plenitude de suas faculdades criativas e tinha terminado a sua Sonata em lá para piano, escrita para Josefina Von Keller, quando começou a abordar esse gênero que era novo para ele, já que nunca tinha levado a cabo a tarefa de unir piano e cordas, excessão feita a um antigo rondó em que o piano dialoga com um trio de cordas.

Não se sabe se foi ele que teve a ideia do quinteto ou se a encomenda sugeria ou pedia expressamente essa formação. No entanto, é quase certo que a escolha pouco comum dos instrumentos de cordas (violino, viola, violoncelo e contrabaixo) para acompanhar o piano tenha sido ideia de Schubert. Existe apenas um exemplo anterior, um quinteto de Hummel, mas que só foi publicado em 1821, e por isso Schubert não podia conhecê-lo, o que desmente a possível influência que pudesse ter sofrido. Talvez se possa encontrar outra possível influência nas antigas formações de câmara italianas, que incorporavam sempre um baixo contínuo. O que não se entende bem é por que razão Paumgartner, que tocava violoncelo, tinha colocado ainda um baixo que praticamente coincidia com ele e que podia roubar-lhe a primazia. A única explicação possível é o tema melódico escolhido: o de Lied, A truta, que, segundo comentário de Stadler, era uma obra que entusiasmava Paumgartner. O próprio Stadler afirmou ter participado da redação da obra, tendo copiado as partes para enviá-las a Zseliz.

Texto: Eduardo Rincón

Uma ótima audição!

.oOo.

Coleção Grandes Compositores Vol. 14: Franz Schubert

DISCO A

Symphony Nº 9 in C, D. 944 “Great”
01 Andante; Allegro ma non troppo (13:53)
02 Andante con moto (15:22)
03 Scherzo: Allegro vivace (9:59)
04 Allegro vivace (15:57)

Vienna Philharmonic Orchestra, Sir Georg Solti

DISCO B

Piano Quintet in A, D. 667 “Trout”
01 Allegro vivace (9:08)
02 Andante (7:26)
03 Scherzo: Presto (4:08)
04 Theme and Variations: Andantino (7:30)
05 Finale: Allegro giusto (6:55)

Clifford Curzon, piano
Members of the Vienna Octet

Piano Sonata in B Flat, D. 960
06 Molto moderato (13:18)
07 Andante sostenuto (9:20)
08 Scherzo: Allegro vivace con delicatezza (4:16)
09 Allegro ma non troppo (7:34)

Clifford Curzon, piano

BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS

Marcelo Stravinsky

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 8 em Dó menor e Richad Wagner (1813-1883) – Lohengrin – Preludio Acto 1, Siegfried Idyll e Parsifal etc

Este é um CD implacável. Sério. Estou ouvindo a sua música atordoante desde às 8 e meia da manhã. Em meio ao pandemônio da preparação de provas, planejamento semanal, correção de exercícios. Desde o dia de ontem, encontro-me nesse torvelinho. Meu final de semana está sendo terrível. Segunda recomeçará a roda-viva. O que me consola é a música poderosa de Bruckner. Entre as sinfonias do compositor, a sua número 8 me bota um sorriso bobo de espanto e contemplação. Como alguém como Bruckner conseguiu fazer algo assim? Mas, com certeza, tal aspecto apenas engrandece a fineza e a sensibilidade que lhe habitava o interior. A peça é uma viagem filósofica e religiosa. Um evento cartático, com transfiguração e redenção. As sinfonias de Bruckner, a partir da Terceira, constituem eventos notáveis, de perfeição exagerada, beirando o impossível. Esta versão com Hans Knappertbusch, gravada em 1963, é algo que impressiona e se estabelece como uma das melhores versões que já ouvi. Aparece ainda no post, Richard Wagner. Sei. É um post que causa uma impressão fundante. Saiam da frente que a música é grande, enorme, capaz de silenciar os homens e embalar o universo. Um bom deleite!

DISCO 01

Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia No. 8 em Dó menor

01. I. Allegro moderato
02. II. Scherzo. Allegro moderato-Trio. Langsam
03. III. Adagio- Feierlich langsam, doch nicht schleppend

DISCO 02

01. IV. Finale- Feierlich, nicht schnell

*Versión 1892 de Bruckner y Joseph Schalk. Ed. Haslinger-Schlesinger-Lienau

Richad Wagner (1813-1883) –

Lohengrin – Preludio Acto 1
02. Lohengrin – Preludio Acto 1

Siegfried Idyll
03. Siegfried Idyll

Parsifal – Preludio Acto 1
04. Parsifal – Preludio Acto 1

Münchner Philharmoniker
Hans Knappertbusch, regente

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Carlinus

Franz Schubert (1797-1828): Integral das Sinfonias com Nikolaus Harnoncourt

Por alguma razão, FDP Bach postou os dois primeiros CDs desta série e a abandonou. Depois, mesmo os dois primeiros arquivos foram deletados e tudo ficou perdido. Agora, em um arquivo de duas partes, enfio para vocês todos os 4 CDs desta bela integral realizada por Harnoncourt bem a seu modo, revisando todas as indicações e andamentos originais de Schubert. O resultado é deslumbrante, sendo, comparativamente muito superior ao trabalho análogo desenvolvido na integral de Beethoven. As críticas para estes registros são de realmente unânimes. Mesmo os mais hostis às manias e à neurose das interpretações originais foram obrigados a cair de quatro e abrir as pernas.

Minha preferência vai para as Sinfonias Nº 4, 5, 8 e 9, mas aqui tudo é bão.

Franz Schubert (1797-1828): Integral das Sinfonias com Nikolaus Harnoncourt

CD1
1. Symphony No. 1 in D major, D82 Adagio. Allegro Vivace
2. Symphony No. 1 in D major, D82 Andante
3. Symphony No. 1 in D major, D82 Menuetto: Allegretto
4. Symphony No. 1 in D major, D82 Allegro Vivace

5. Symphony No. 4 in C major, D417 ‘Tragic’ Adagio Molto/Allegro Vivace
6. Symphony No. 4 in C major, D417 ‘Tragic’ Andante
7. Symphony No. 4 in C major, D417 ‘Tragic’ Menuetto: Allegro vivace
8. Symphony No. 4 in C major, D417 ‘Tragic’ Allegro

9. Overture in the Italian Style in D major, D590
10. Overture in the Italian Style in C major, D591

CD2
1. Symphony No. 2 in B-flat major, D 125: I. Largo – Allegro vivace
2. Symphony No. 2 in B – flat major, D 125: II. Andante
3. Symphony No. 2 in B – flat major, D 125: III. Menuetto: Allegro vivace
4. Symphony No. 2 in B – flat major, D 125: IV. Presto vivace

5. Symphony No. 6 in C major, D 589 ‘Little’: I. Adagio – Allegro
6. Symphony No. 6 in C major, D 589 ‘Little’ – II. Andante
7. Symphony No. 6 in C major, D 589 ‘Little’: III. Scherzo: Presto – Più lento
8. Symphony No. 6 in C major, D 589 ‘Little’ – IV. Allegro moderato

CD3
1. Symphony No. 3 in D major, D 200: I. Adagio maestoso – Allegro con brio
2. Symphony No. 3 in D major, D 200: II. Allegretto
3. Symphony No. 3 in D major, D 200: III. Menuetto (Vivace) – Trio
4. Symphony No. 3 in D major, D 200: IV. Presto vivace

5. Symphony No. 5 in B flat major, D 485: I. Allegretto
6. Symphony No. 5 in B flat major, D 485: II. Andante con moto
7. Symphony No. 5 in B flat major, D 485: III. Menuetto – Allegro molto
8. Symphony No. 5 in B flat major, D 485: IV. Allegro vivace

9. Symphony No. 8 in B minor, D 759 (Unfinished): I. Allegro moderato
10. Symphony No. 8 in B minor, D 759 (Unfinished): II. Andante con moto

CD4
1. Symphony No. 9 in C major, D 944 ‘Great’: I. Andante – Allegro ma non troppo
2. Symphony No. 9 in C major, D 944 ‘Great’: II. Andante con moto
3. Symphony No. 9 in C major, D 944 ‘Great’: III. Scherzo (Allegro vivace)
4. Symphony No. 9 in C major, D 944 ‘Great’: IV. Allegro vivace

Royal Concertgebouw Orchestra
Nikolaus Harnoncourt

Recording:
May & November 1992, The Concertgebouw, Amsterdam

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PQP

Johann Sebastian Bach – Kammermusik – Cds 3 a 5 – MAK – Goebel

A tentativa anterior de postar esses cds não deu certo, por isso a nova postagem. Estou com problema s no meu PC, ele veio do conserto ontem mas o técnico não resolveu o problema principal, por isso ele vai voltar para a assistência técnica novamente.
Junte-se a isso uma rotina absolutamente maluca, que tem me deixado sem tempo para nada. E para completar, alguma falta de sintonia entre o Megaupload e o WordPress, que usamos para preparar as postagens, e a também o eterno bug do mesmo WordPress que apaga o link da amazon. Isso deixa qualquer um louco e sem ânimo para nada.
Pois bem, eis aqui então os três cds que faltavam nessa estupenda coleção da Arkiv, que traz a obra camerística de Bach, em interpretações irretocáveis, próximas à perfeição, eu diria. Peço perdão à minha eterna musa Viktoria Mullova que interpretou estas sonatas divinamente há pouco tempo atrás, e que eu vinha considerando a minha favorita. Mas não dá pra resistir ao timbre do violino barroco de Reinhard Goebel, e à precisão de Robert Hill. Impecável também está o violoncelista Jaap Ter Linden interpretando as Sonatas para Viola da Gamba. Portanto, três CDs absolutamente IM-PER-DÍVEIS, como salientaria nosso mano PQPBach.

CD 3
01 Sonata for Violin and Basso Continuo in E minor, BWV1023 – I – Adagio ma non tanto
02 Sonata for Violin and Basso Continuo in E minor, BWV1023 – II – Allemande
03 Sonata for Violin and Basso Continuo in E minor, BWV1023 – III – Gigue
04 Sonata for Violin and Basso Continuo in C minor, BWV1024 – I – Adagio
05 Sonata for Violin and Basso Continuo in C minor, BWV1024 – II – Presto
06 Sonata for Violin and Basso Continuo in C minor, BWV1024 – III – Affettuoso
07 Sonata for Violin and Basso Continuo in C minor, BWV1024 – IV – Vivace
08 Sonata for Violin and Basso Continuo in A major, BWV Anh.153 – I – Allegro
09 Sonata for Violin and Basso Continuo in A major, BWV Anh.153 – II – Largo
10 Sonata for Violin and Basso Continuo in A major, BWV Anh.153 – III – Allegro assai
11 Sonata for Violin and Basso Continuo in A major, BWV Anh.153 – IV – Adagio
12 Sonata for Violin and Basso Continuo in A major, BWV Anh.153 – V – Allegro
13 Sonata No.1 for Viola da Gamba and Harpsichord in G major, BWV1027 – I – Adagio
14 Sonata No.1 for Viola da Gamba and Harpsichord in G major, BWV1027 – II – Allegro ma non tanto
15 Sonata No.1 for Viola da Gamba and Harpsichord in G major, BWV1027 – III – Andante
16 Sonata No.1 for Viola da Gamba and Harpsichord in G major, BWV1027 – IV – Allegro moderato
17 Sonata No.2 for Viola da Gamba and Harpsichord in D major, BWV1028 – I – Adagio
18 Sonata No.2 for Viola da Gamba and Harpsichord in D major, BWV1028 – II – Allegro
19 Sonata No.2 for Viola da Gamba and Harpsichord in D major, BWV1028 – III – Andante
20 Sonata No.2 for Viola da Gamba and Harpsichord in D major, BWV1028 – IV – Allegro

CD 4

01 Viola Da Gamba Sonata No. 3 – BWV1029 – I – Vivace
02 Viola Da Gamba Sonata No. 3 – BWV1029 – II – Adagio
03 Viola Da Gamba Sonata No. 3 – BWV1029 – III – Allegro
04 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019a – I – Presto
05 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019a – II – Largo
06 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019a – III – Cantabile
07 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019a – IV – Adagio
08 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019a – V – Presto
09 Sonata for Flute and Bass Continuo – BWV1033 – I – Andante-Presto
10 Sonata No. 1 for Flute and Bass Continuo – BWV1033 – II – Allegro
11 Sonata No. 1 for Flute and Bass Continuo – BWV1033 – III – Adagio
12 Sonata No. 1 for Flute and Bass Continuo – BWV1033 – IV – Menuett I,II
13 Sonata No. 2 for Flute and Bass Continuo – BWV1034 – I – Adagio
14 Sonata No. 2 for Flute and Bass Continuo – BWV1034 – II – Allegro
15 Sonata No. 2 for Flute and Bass Continuo – BWV1034 – III – Andante
16 Sonata No. 2 for Flute and Bass Continuo – BWV1034 – IV – Allegro
17 Sonata No. 3 for Flute and Bass Continuo – BWV1035 – I – Adagio
18 Sonata No. 3 for Flute and Bass Continuo – BWV1035 – II – Allegro
19 Sonata No. 3 for Flute and Bass Continuo – BWV1035 – III – Siciliano
20 Sonata No. 3 for Flute and Bass Continuo – BWV1035 – IV – Allegro assai

CD 5

01 Partita for Solo Flute in A minor – BWV1013 – I – Allemande
02 Partita for Solo Flute in A minor – BWV1013 – II – Corrente
03 Partita for Solo Flute in A minor – BWV1013 – III – Sarabande
04 Partita for Solo Flute in A minor – BWV1013 – IV – Bouree (Anglaise)
05 Sonata No.1 for Flute and Harpsichord in B minor – BWV1030 – I – Andante
06 Sonata No.1 for Flute and Harpsichord in B minor – BWV1030 – II – Largo e dolce
07 Sonata No.1 for Flute and Harpsichord in B minor – BWV1030 – III – Presto-Allegro
08 Sonata No.2 for Flute and Harpsichord in Eb major – BWV1031 – I – Allegro moderato
09 Sonata No.2 for Flute and Harpsichord in Eb major – BWV1031 – II – Siciliano
10 Sonata No.2 for Flute and Harpsichord in Eb major – BWV1031 – III – Allegro
11 Sonata No.3 for Flute and Harpsichord in A major – BWV1032 – I – Vivace
12 Sonata No.3 for Flute and Harpsichord in A major – BWV1032 – II – Largo e dolce
13 Sonata No.3 for Flute and Harpsichord in A major – BWV1032 – III – Allegro

Reinhard Goebel – Violin
Robert Hill – Cembalo
Jaap Ter Linden – Cello
Henk Bouman – Cembalo
Wilbert Hazelzet – TransversFlöte

CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FDPBach

O dia em que o espetáculo foi para o lado de fora do Municipal. Dentro, só vaias

Conheça o caso aqui.

Por Thomas Pires Soares

Eu estava presente na frente do Teatro Municipal!!!

Foi uma bela manifestação! Pacífica, com vaias naturalmente, àqueles personagens já conhecidos da história que chegavam para o concerto. A parte dentro do Teatro, eu só vi no youtube! Depois, foi comovente a saída do público, sendo aplaudido pelos músicos demitidos que estavam TODOS (ao contrário do que o jornal O Globo noticiou) do lado de fora.

Os demitidos que usaram a camiseta com o escrito “SOS OSB” estavam do lado de FORA do Teatro. As vaias dentro da “casa” vieram do público. Houve algumas pessoas do público indignadas com a situação, pois queriam ver o concerto, entretanto, isto pode se dever ao fato de estas pessoas desconhecerem a questão do processo todo.

Além disso, os BRAVOS músicos da OSBJovem foram recepcionados pelos músicos demitidos, familiares dos mesmos, músicos de outras orquestras do Rio com entusiasmo, lágrimas de muitos ali, que se emocionavam com o grande feito dos Jovens, que bravamente e com muita elegância, protestaram contra toda esta situação que fragiliza seus “professores”(músicos demitidos) simplesmente, se levantando e não aceitando “fazer música” com um dos arquitetos (como afirmou a FOSB na TV) do projeto das reaudições (ou avaliação de desempenho). Este foi um momento histórico para a cultura brasileira, para a música brasileira, para a sociedade!!!!

Que a democracia chegue até os palcos e, respeitadas as hierarquias orquestrais (maestro, spalla, chefes de naipe e músicos tuttistas), se faça música de qualidade, com respeito e dignidade aos profissionais, para o PÚBLICO DO BRASIL!!!

Publicado no O DIA ONLINE.

Público vaia maestro da OSB no Theatro Municipal por 20 minutos

A crise na Orquestra Sinfônica Brasileira teve novo capítulo na tarde deste sábado. Começaria a série de cinco apresentações da OSB no Theatro Municipal, intitulada Topázio. Mas com as divergências entre músicos e maestro – que reprovou quase metade dos profissionais da sinfônica e demitiu quem se rebelou contra as avaliações de desempenho – quem subiu ao palco para o show foi a OSB Jovem.

Em seguida, quando entrou o maestro Roberto Minczuk, a plateia reagiu com vaias, durante 20 minutos. O maestro acabou se retirando de cena, seguido pelos músicos da orquestra. Um dos músicos tentou ler um manifesto contra a forma como a OSB vem sendo administrada por Minczuk, mas o som do teatro foi cortado.

Pelos alto falantes, a direção avisou que o espetáculo estava cancelado e pediu que a plateia se retirasse. Do lado de fora do Municipal, na Cinelândia, os músicos da OSB tocavam na calçada, em protesto.

Ei, Minczuk, vai tomar no c…!!!

PQP

F. J. Haydn (1732-1809): Quartetos de Cordas, Op.9

Vocês sabem, Haydn é uma espécie de Tchékhov da música erudita, alguém modesto, nada grandioso, mas cujas numerosas peças formam um mosaico dos mais belos já vistos.

Esta gravação do Op. 9 é maravilhosa, vale a pena ouvir sua bela sonoridade. É , fora de dúvida, uma campeã. Os instrumentos de época do The London Haydn Quartet dão aos quartetos inesperadas profundidade, sutileza e sensibilidade, fazendo com que a mais simples das idéias se tornem algo digno de admiração. Passagens ou ornamentos que soam desapercebidas em outros registros, tornam-se aqui mágicos. É difícil imaginar interpretações melhores destes trabalhos. O som é brilhante e a quase ausência de vibratos adiciona curioso sabor ao esplêndido timbre do quarteto.

É mais um tremendo disco parido pela sempre oportuna Hyperion.

F. J. Haydn (1732-1809): Quartetos de Cordas, Op.9

CD 1:
1. String Quartet in D minor, Op 9 No 4 – I. Moderato
2. String Quartet in D minor, Op 9 No 4 – II. Menuetto
3. String Quartet in D minor, Op 9 No 4 – III. Cantabile adagio
4. String Quartet in D minor, Op 9 No 4 – IV. Presto

5. String Quartet in C major, Op 9 No 1 – I. Moderato
6. String Quartet in C major, Op 9 No 1 – II. Menuetto – Trio
7. String Quartet in C major, Op 9 No 1 – III. Adagio
8. String Quartet in C major, Op 9 No 1 – IV. Presto

9. String Quartet in G major, Op 9 No 3 – I. Moderato
10. String Quartet in G major, Op 9 No 3 – II. Menuetto
11. String Quartet in G major, Op 9 No 3 – III. Largo
12. String Quartet in G major, Op 9 No 3 – IV. Presto

CD 2:
13. String Quartet in E flat major, Op 9 No 2 – I. Moderato
14. String Quartet in E flat major, Op 9 No 2 – II. Menuetto
15. String Quartet in E flat major, Op 9 No 2 – III. Adagio – Cantabile
16. String Quartet in E flat major, Op 9 No 2 – IV. Allegro di molto

17. String Quartet in B flat major, Op 9 No 5 – I. Poco adagio
18. String Quartet in B flat major, Op 9 No 5 – II. Menuetto – Allegretto
19. String Quartet in B flat major, Op 9 No 5 – III. Cantabile largo
20. String Quartet in B flat major, Op 9 No 5 – IV. Presto

21. String Quartet in A major, Op 9 No 6 – I. Presto
22. String Quartet in A major, Op 9 No 6 – II. Menuetto
23. String Quartet in A major, Op 9 No 6 – III. Adagio
24. String Quartet in A major, Op 9 No 6 – IV. Allegro

The London Haydn Quartet

Catherine Manson: violin
Margaret Faultless: violin
James Boyd: viola
Jonathan Cohen: cello

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PQP

Arnold Schoenberg (1874-1951) – The Complete String Quartets

Acredito que os quartetos de cordas de Schoenberg estão entre as produções mais rasgadamente revolucionárias de tudo aquilo que se produziu em matéria de arte no século XX. Junto com os quartetos de Bartok, formam uma espécie de manifesto da música do século passado. Inicialmente, os quartetos do compositor austríaco se mostram amendrotadores. A música é dura, técnica, lógica. Eu, inclusive, que sou dado (em muito) aos eflúvios do romantismo, sinto um certo estranhamento quando ouço algo assim: “árido”, “pedregoso”, com imensas arestas aos ouvidos pouco afeitos à música do século XX. Mas nem por isso deixa de ser um terreno menos empolgante. Não disponho de muitas versões desses quartetos. Acredito que esta gravação com o New Vienna String Quartet tenha vindo a mim há mais de um ano. Estava lá na minha conta no Rapidshare – abril de 2010. Havia enviado para lá há um bom tempo. Somente hoje pela manhã, enquanto organizava uma planilha de gastos, baixei os arquivos (não consegui localizar nos meus arquivos) e comecei a ouvir. Após essa operação, senti-me premido a postar. Não deixe de ouvir, de andar por esses corredores apertados da música modernista. Uma boa apreciação!

Arnold Schoenberg (1874-1951) – The Complete String Quartets

DISCO 01

String Quartet No.1 in D minor, Op.7
01. 1. Nicht zu rasch
02. 2. Kräftig (nicht zu rasch)
03. 3. Mäßig (langsame viertel)
04. 4. Mäßig (heiter) New Vienna String Quartet

String Quartet No.2, Op.10
05. 1. Mäßig
06. 2. Sehr rasch
07. 3. Litanei (Langsam)
08. 4. Entrückung (Sehr langsam)

DISCO 02

String Quartet No.3, Op.30
01. 1. Moderato
02. 2. Adagio
03. 3. Intermezzo (Allegro moderato)
04. 4. Rondo

String Quartet No.4, Op.37
05. 1. Allegro molto, energico
06. 2. Comodo
07. 3. Largo
08. 4. Allegro

New Vienna String Quartet
Evelyn Lear, soprano

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Carlinus

Alexandre Tharaud interpreta Mauricio Kagel (1931-2008)

Como prometido, aí está o cd do Alexandre Tharaud interpretando obras do compositor e cineasta argentino Mauricio Kagel (radicado na Alemanha desde que tinha vinte e poucos anos). Não que eu seja um connaisseur do compositor, mas já dei uma boa garimpada na discografia dele, e nada me agrada tanto quanto este álbum. Toda possível jovialidade e e todo bom humor que se esperam de Kagel estão aqui e, creiam, não é só encenação (o que, tristemente, me parece acontecer com alguma frequência), mas resultam em uma música atraente e instigante. O período das obras aqui apresentadas pega bem uma época de transição, saindo da fase serial do início de carreira (que pega os anos 1950 e início da década de 1960) para uma fase abertamente pós-moderna (seja lá o que isso signifique), que se sedimentou no chamado teatro musical, no qual o compositor volta a lançar mão da tonalidade, numa obra de sonoridade mais adocicada, mas colorida com elementos aleatórios, recursos eletrônicos e uma encenação cômica, num resultado que nem de longe parece indicar um retrocesso da vanguarda, bem ao contrário.

Além de postar o cd aqui, coloquei um vídeo do Youtube com seu filme mais famoso, Ludwig van (1969), para quem quiser dar uma olhadela, muito embora eu não me anime muito com ele. A obra apresentada no cd com o mesmo nome, em compensação, é bem mais interessante.

E sobre o cd em si, por preguiça, traduzo (grosseiramente) um texto da BBC Music Magazine:

Que compositor vivo nomearia uma peça segundo o termo médico para unha encravada (Unguis incarnatus est), lembrando-nos maliciosamente que a expressão ‘incarnatus est’ também ocorre na missa em latim; e então, na mesma peça, cita fragmentos distorcidos de Nuages gris de Liszt enquanto pede ao pianista para fazer  um calculado e indiscreto barulho com seu metafórico ‘Unguis incarnatus’, explicitamente com o pedal? Somente um: Mauricio Kagel, o bufão na corte solene da vanguarda. Seria inadequado chamar de perspicazes essas divertidas subversões da Grande Tradição Ocidental, elas são demasiadamente sinistras e violentas para isso. Alexandre Tharaud se lança nessa brincadeira com gosto, e ele também traz uma incrível variedade de toques para a própria música. Nem toda a música é escura: há momentos de beleza tranquila e iluminada em Rrrrrrr… (baseado em mecanismos musicais iniciados pela letra R, caso isso  interesse). E nos fragmentos semi-lembrados de Beethoven em Ludwig van parece até que o compositor baixou, o que é bem captado pelo excelente conjunto, que inclui o maravilhoso barítono francês François Le Roux. E a gravação é fabulosamente detalhada sem ser clínica. O CD é uma introdução atraente, senão de arrepiar, para um compositor extremamente influente.

Ivan Hewett


Mauricio Kagel (1931-2008)


Mauricio Kagel – Alexandre Tharaud

1. Pieces for Organ (from ‘Rrrrrrr…’): Ragtime – Waltz
2. Pieces for Organ (from ‘Rrrrrrr…’): Rondeña (piano à quatre mains)
3. Pieces for Organ (from ‘Rrrrrrr…’): Rosalie
4. Pieces for Organ (from ‘Rrrrrrr…’): Rossignols enrhumés (piano préparé)
5. Pieces for Organ (from ‘Rrrrrrr…’): Râga
6. Ludwig van, film score: I
7. Ludwig van, film score: II
8. Ludwig van, film score: III
9. Ludwig van, film score: IV
10. Ludwig van, film score: V
11. Ludwig van, film score: VI
12. Ludwig van, film score: VII
13. Ludwig van, film score: VIII
14. Ludwig van, film score: IX
15. Der Eid des Hippokrates (‘Hippocrates’ oath’), for piano, 3 hands
16. Unguis Incarnatus Est, for piano & any bass sustaining instrument
17. Mm51, for piano

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itadakimasu

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Kammermusik – Cds 1 e 2 de 5 – Musica Antiqua Köln – Reinhard Goebel

Johann Sebastian Bach, se vivo fosse, teria feito 326 anos de idade. Para muitos, foi o maior compositor de todos os tempos, um dos grandes gênios da humanidade, uma das provas de que o ser humano tem jeito sim, e o fato de que em pleno Século XXI ainda ser admirado e estudado é uma prova disso.
Ouço Bach desde meus sete anos de idade, quando me caiu em mãos um LP do Ralph Kirkpatrick tocando as Variações Goldberg, álbum que tenho até hoje, depois de quase 40 anos.
De minha parte, FDPBach, preparei este “presentaço”: uma caixa com 5 cds com a obra camerística de Bach, interpretadas pelos grandes especialistas nesse repertório, o conjunto Musica Antiqua Köln, dirigido por um dos ídolos daqui do blog, Reinhard Goebel. Por questões de ordem prática, e antes de tudo, falta de tempo para subir cinco cds num final de semana, estou postando hoje os dois primeiros cds da série.
Não consegui encontrar na amazon o box set que tenho, apenas este aí ao lado, mais completo. E diga-se de passagem está muito barato, trinta e oito dólares por 8 cds, vale mesmo a pena.

Johann Sebastian Bach – Kammermusik – CD 1 de 5 – MAK – Goebel

CD 1

01 Sonata No 1 in B Minor for Violin and Harpsichord – BWV1014 – I. Adagio
02 Sonata No 1 in B Minor for Violin and Harpsichord – BWV1014 – II. Allegro
03 Sonata No 1 in B Minor for Violin and Harpsichord – BWV1014 – III. Andante
04 Sonata No 1 in B Minor for Violin and Harpsichord – BWV1014 – IV. Allegro
05 Sonata No 2 in A Major for Violin and Harpsichord – BWV1015 – I. [ohne Satzbezeichnung]
06 Sonata No 2 in A Major for Violin and Harpsichord – BWV1015 – II. Allegro assai
07 Sonata No 2 in A Major for Violin and Harpsichord – BWV1015 – III. Andante un poco
08 Sonata No 2 in A Major for Violin and Harpsichord – BWV1015 – IV. Presto
09 Sonata No 3 in E Major for Violin and Harpsichord – BWV1016 – I. Adagio
10 Sonata No 3 in E Major for Violin and Harpsichord – BWV1016 – II. Allegro
11 Sonata No 3 in E Major for Violin and Harpsichord – BWV1016 – III. Adagio ma non tanto
12 Sonata No 3 in E Major for Violin and Harpsichord – BWV1016 – IV. Allegro
13 Sonata No 4 in C Minor for Violin and Harpsichord – BWV1017 – I. Siciliano ( Largo)
14 Sonata No 4 in C Minor for Violin and Harpsichord – BWV1017 – II. Allegro
15 Sonata No 4 in C Minor for Violin and Harpsichord – BWV1017 – III. Adagio ma non tanto
16 Sonata No 4 in C Minor for Violin and Harpsichord – BWV1017 – IV. Allegro assai
17 Sonata No 5 in F Minor for Violin and Harpsichord – BWV1018 – I. Largo
18 Sonata No 5 in F Minor for Violin and Harpsichord – BWV1018 – II. Allegro
19 Sonata No 5 in F Minor for Violin and Harpsichord – BWV1018 – III. Adagio
20 Sonata No 5 in F Minor for Violin and Harpsichord – BWV1018 – IV. Vivace

Reinhardt Goebel – Violin
Robert Hill – Cembalo

CD 2

01 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019 – I. Allegro
02 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019 – II. Largo
03 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019 – III. Allegro
04 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019 – IV. Adagio
05 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1019 – V. Allegro
06 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1020 – I. Ohne Satzbezeichnung
07 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1020 – II. Adagio
08 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1020 – III. Allegro
09 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1022 – I. Ohne Satzbezeichnung
10 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1022 – II. Allegro e presto
11 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1022 – III. Adagio
12 Sonata for Violin and Harpsichord – BWV1022 – IV. Presto
13 Fugue for Violin and Harpsichord – BWV1026 – Allegro
14 Suite for Violin and Harpsichord – BWV1025 – I. Fantasia
15 Suite for Violin and Harpsichord – BWV1025 – II. Courante
16 Suite for Violin and Harpsichord – BWV1025 – III. Entree
17 Suite for Violin and Harpsichord – BWV1025 – IV. Rondeau
18 Suite for Violin and Harpsichord – BWV1025 – V. Sarabande
19 Suite for Violin and Harpsichord – BWV1025 – VI. Menuett
20 Suite for Violin and Harpsichord – BWV1025 – VII. Allegro
21 Sonata for Violin and Bass Continuo – BWV1021 – I. Adagio
22 Sonata for Violin and Bass Continuo – BWV1021 – II. Vivace
23 Sonata for Violin and Bass Continuo – BWV1021 – III. Largo
24 Sonata for Violin and Bass Continuo – BWV1021 – IV. Presto

Reinhard Goebel – Violin
Robert Hill – Cembalo
Jaap Ter Linden – Cello

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

14th International New Music Week 2004 – Bucareste

Aí vai mais um cd de música romena. Embora seja sempre agradável ouvir um Niculescu, a peça gravada aqui, Sequentia (1994) para flauta, clarinete, violino, violoncelo e percussão, não é do que mais me surpreende nele. É de sua última fase, abertamente sacra, com peças em geral um pouco mais escuras e muito densas. Prefiro o momento anterior, doce sem deixar de ser denso, expressivo sem deixar de ser arrojado (ao contrário de compositores como Rautavaara, que realmente deram para trás para encontrarem comunicação). Ainda assim, como já dizia, a peça é interessante, guarda um sabor meio jocoso, apesar da sacralidade óbvia. Outras peças do período, como as sinfonias 4 e 5 também são muito fortes, com momentos de beleza soberba. O que me incomoda, talvez, é a sensação de reinserção na ambientação mais típica da música de vanguarda, ainda que com estilo. Sinto muita semelhança com o Lutoslawski de Mi-Parti e Livre para Orquestra (duas das minhas prediletas deles, por sinal) pelo ar grandioso, um tanto difuso, belo mas um tanto quanto assustador (sem falar na heterofonia). O Niculescu outsider me instigava mais.

O quer realmente pega aqui é a introspectiva rouaUruauor, para as 9 da manhã, de Octavian Nemescu (1940). O compositor usa durante quase toda a peça uma base eletrônica relativamente estática e vai ornamentando sem uma preocupação coesiva. Os lampejos sonoros que vão se sucedendo, pouco preocupados com conexões e desenvolvimento, são eivados de uma força religiosa, um transe, ainda que no final das contas a música não trate disso. A peça em questão faz parte de um ciclo que o compositor compôs para as 24 horas do dia.

Ainda que eu tenha enfatizado as peças do Nemescu (por ser a mais fantástica do cd, na minha opinião) e a do Niculescu (dada minha adoração pela música dele), as outras duas peças chamam igualmente a atenção. Para cello e fita magnética, a peça Shadow III, de Doina Rotaru, tem um início deslumbrante, e a fusão entre o cello e a fita magnética resulta em uma sonoridade muito cativante. Finalmente, o Concerto para sax de Sorin Lerescu é de uma doçura ímpar, às vezes até me recordando o Niculescu dos anos 80 (o que, aliás, não me parece fortuito, já que várias de suas peças me passam essa sensação). Vou ver se posto logo suas sinfonias (aproveitando que já tenho o link pronto) para ter opiniões sobre a semelhança, por exemplo, entre o clima das sinfonias 2 e 3 do Niculescu com as do Lerescu.

Mais informações sobre a Semana de 2004, clique aqui.

Boa audição!

14ª Semana Internacional de Música Nova de Bucareste (2004)

01 Stefan Niculescu – Sequentia (1994), para flauta, clarinete, violino, violoncelo e percussão
02 Doina Rotaru – Shadow III, para cello e fita magnética
03 Octavian Nemescu – rouaUruauor, para as 9 da manhã
04-05 Sorin Lerescu – Concerto para sax e orquestra

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itadakimasu

George Enesco (1881-1955) – Roumanian Rhapsody, n°1, op. 1, Franz Liszt (1811-1886) – Hungarian Rhapsodies, n° 1 – 6

Um CD delicioso, divertido, daqueles que temos vontade de sair dançando quando ouvimos suas belas e alegres melodias. E olha que ele foi gravado há 50 anos atrás.
O elemento central dessas obras é a música folclórica em suas variantes. No caso de Enesco, temos o folclore romeno, e no caso de Liszt, o folclore de seu país natal, Hungria. Adoro assistir aqueles grupos de danças folclóricas. Poloneses, russos, húngaros, romenos, não importa. Sua cultura é riquíssima, e as coreografias sempre tem suas particularidades.
O CD inicia com uma obra para mim até pouco tempo atrás desconhecida, A Rapsódia Romena n°1, do compositor romeno Georges Enescu, que tenho ouvido com mais atenção nos últimos tempos. A obra tem um ritmo contagiante, e as melodias são riquíssimas. Ponto para Dorati ao acrescentar esta obra, num CD que tem as deliciosas Rapsódias Húngaras de Franz Liszt, obras que creio que todos conhecemos, se não todas, ao menos algumas passagens memoráveis. E são estas Rapsódias que trazem a energia pulsante e colorida do folclore húngaro. Tenho estas mesmas obras tocadas no piano, mas nada como uma Sinfônica de Londres para dar o brilho e mostrar a riqueza da orquestração. É este o meu Liszt favorito.
Lembro de ter ouvido uma destas rapsódias pela primeira vez quando ainda era adolescente, num LP que pertencia à uma velha coleção de obras chamadas Clássicos Ligeiros, que encontrei na casa de minha avó. Ela acabou me dando aquele LP que tinha Chabrier, Liszt, Bizet, entre outras destas obras mais vivas e alegres, ou ligeiras, como eles a chamavam.
Antal Doráti está como sempre impecável neste repertório. É a sua praia. E a Sinfônica de Londres não precisa de apresentação. Como sempre, um dos melhores grupos orquestrais que existe. Sugiro, se possível, botarem o volume bem alto quando ouvirem este CD, ele é contagiante, quando vocês menos esperarem estarão dançando pela sala.

01. George Enesco – Roumanian Rhapsody n°1, op.11
02. Franz Liszt – Hungarian Rhapsody n°1 in F Minor
03. Franz Liszt – Hungarian Rhapsody n°2 in D Minor
04. Franz Liszt – Hungarian Rhapsody n°3 in D Major
05. Franz Liszt – Hungarian Rhapsody n°4 in D Minor
06. Franz Liszt – Hungarian Rhapsody n°5 in E Minor « Héroïde Élégiaque »
07. Franz Liszt – Hungarian Rhapsody n°6 in D Major « Carnival in Pesth »

London Symphony Orchestra
Antal Dorati – Conductor

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FDPBach

Gilberto Agostinho (1986): Quartetos 1 e 2, Momenti, Suíte para Órgão, Sonata para Piano, Suíte em Estilo Antigo, Five postcards

O texto abaixo é do compositor Gilberto Agostinho, que aqui nos apresenta um bela seleção de obras de sua autoria. Como eu me chamo PQP e sou incontrolável, acrescentei uma obra de minha preferência àquelas escolhidas pelo autor. Desnecessário dizer que o fiz inteiramente sem sua autorização. Não tenho culpa se o cara me manda as músicas. Foda-se, para falar cortesmente. Em razão disso, a extraordinária Five postcards for flute and piano não é descrita no texto de Gilberto.

A foto de Gilberto Agostinho que acompanha o post foi descrita pelo autor pela expressão “Mamãe, olha como sou inteligente e educado”. Talvez seja.

PQP

~o~

Caros,

Para os que não me conhecem, meu nome é Gilberto dos Santos Agostinho Filho, nasci em São Paulo e tenho vinte e cinco anos, e eu sou um estudante de composição e regência. Eu fui estudante de música na USP, mas o curso de composição me deixou muito insatisfeito. Ao mesmo tempo, eu frequentava aulas particulares de composição com o meu grande mestre, Mário Ficarelli. Após um ano e meio de estudo intensivo com ele, eu fui aprovado no Conservatório de Praga, na República Tcheca, onde eu estudo há três anos, e em breve eu irei inicar meu curso na Academia de Artes de Praga.

E cá estou eu novamente me jogando na cova dos leões. Brincadeiras à parte, eu gostaria de apresentar algumas composições novas a vocês. De um ano e meio para cá, eu escrevo quase unicamente música dodecafônica. No começo, eu compunha em um estilo rigoroso, respeitando todas as regras propostas por Arnold Schönberg, mas com o passar do tempo eu desenvolvi uma visão pessoal desta técnica. Bem, mesmo o Schönberg quebrava suas próprias regras, então por que não ter uma visão renovada desta técnica composicional? Eu nunca me dei por satisfeito com o sistema tonal, sempre senti que é preciso um esforço desnecessário para evitar soluções triviais, e no final das contas este sistema está desgastado demais, e quase qualquer solução remete a algo já escrito. O sistema dodecafônico me deu a liberdade que eu tanto buscava, ao mesmo tempo que um estilo que muito me agrada.

Sobre estes arquivos de áudio, assim como a outra postagem das minhas músicas aqui no PQP, eles não são gravações feitas por instrumentistas reais, mas sim gravações “virtuais”, utilizando softwares de música. Mas a novidade é que eu estou utilizando uma nova tecnologia chamada “Virtual Studio Technology Instrument” (ou VSTi para os íntimos), que nada mais é do que uma gravação de um instrumento real, nota por nota, e não uma tentativa de replicar o som utilizando um sitetizador. Em termos mais simples: estes mp3 soam muito, mas muito melhor do que os anteriores!

Para finalizar, eu gostaria de escrever brevemente sobre cada uma das composições desta postagem.

Quarteto de Cordas No.1

Este quarteto foi a minha primeira obra dodecafônica, mas continua sendo uma das minhas composições favoritas. É dividido em três movimentos, o primeiro sendo rápido, o segundo lento e o terceiro uma fuga tripla, sendo que um dos três temas desta fuga é o tema principal do primeiro movimento. Esta é uma obra dodecafônica escrita de uma maneira rigorosa, respeitando todas as regras propostas por Schöenberg.

Quarteto de Cordas No.2 ‘Stabat Mater’

O segundo quarteto é relativamente mais fácil de se ouvir. Aqui eu já comecei a adaptar o sistema dodecafônico às minhas necessidades pessoais. Este quarteto é composto em dois movimentos, ambos lentos, e é baseado no texto medieval “Stabat Mater”. Mas eu já devo dizer que esta não é uma obra puramente religiosa; aqui o tema do texto é explorado de uma forma muito mais ampla, é o sofrimento, seguido da resignação, que importam, não a mãe bíblica. Na partitura, eu anexei o poema “Canção Amiga”, de Drummond, pois, de alguma forma, eu acredito que isto ajude a quebrar o caráter religioso de algumas possíveis interpretações.

‘Momenti’, para Violão, Clarinete e Trompa

Este trio utiliza uma séria dodecafônica criada por Schönberg, chamada “Série maravilhosa”, pois esta possui vários elementos interessantes de simetria. Sem que entremos em algo mais técnico, a idéia principal deste trabalho é, como o nome já diz, explorar pequenos momentos musicais. São seis movimentos, todos fluentes e pensados sempre em forma horizontal, ou seja, melodicamente. Na partitura, eu não utilizo nenhuma marcação de compassos, e isto ajuda a passar esta idéia de fluência e organicidade a qual eu tento explorar aqui.

Suite para Órgão, baseada num tema de G.Mahler

Esta suite é baseada no tema do Adagio da Décima Sinfonia de Gustav Mahler. São quatro movimentos, finalizando com uma fuga. Este trabalho também é dodecafônico, mas aqui este sistema é utilizado de uma forma muito menos rigorosa, e portanto muito mais pessoal.

Sonata para Piano, No.1

Esta é a mesma sonata já postada aqui no PQP, mas revisada há pouco tempo atrás. Minha primeira obra atonal, foi uma das minhas composições que mais agradaram aos leitores do PQP na última postagem, e por isto eu decidi incluí-la novamente aqui. A qualidade do som está muito melhor do que na postagem antiga, devido ao novo software que eu utilizo para criar estes arquivos mp3. Além disto, eu acredito que ela esta está muito melhor estruturada depois da revisão.

Suite para Cravo e Violoncelo, em Estilo Antigo

E para finalizar, esta suite é uma obra nostálgica. Eu sou um grande admirador do período barroco, e também de música contrapontística de uma maneira geral, e por isto eu decidi me propor um desafio: será que eu ainda conseguiria escrever algo tonal e respeitando todas as regras do contraponto clássico? Pois bem, eis o resultado. Diga-se de passagem, esta obra é dedicada ao meu grande amigo Milton Ribeiro, que também tem um blog aqui no OPS!, o qual eu altamente recomendo.

Acho que é isto então. Caso alguém tenha interesse em entrar em contato comigo, meu email é [email protected], seja para fazer críticas ou tecer elogios – o importante é o feedback. E, desde já, muito obrigado pelo interesse nas minhas composições. Eu espero que elas agradem a vocês.

Um grande abraço a todos,
Gilberto Agostinho

Gilberto Agostinho (1986): Quartetos 1 e 2, Momenti, Suíte para Órgão, Sonata para Piano, Suíte em Estilo Antigo, Five postcards

01 String Quartet No.1 – Molto andante, Adagio, Allegro
02 String Quartet No.1 – Lento assai
03 String Quartet No.1 – Fuga-Andante deciso

04 String Quartet No.2 – Adagio Maestoso
05 String Quartet No.2 – Elegia-Grave

06 ‘Momenti’ for Clarinet, French Horn and Guitar

07 Suite for organ – Introduction
08 Suite for organ – Toccata
09 Suite for organ – Chorale
10 Suite for organ – Fuga

11 Sonata for piano – Allegro energetico
12 Sonata for piano – Fuga con variazione

13 Suite for Cello and Harpsichord – Overture
14 Suite for Cello and Harpsichord – Allemande
15 Suite for Cello and Harpsichord – Courant
16 Suite for Cello and Harpsichord – Sarabande
17 Suite for Cello and Harpsichord – Air
18 Suite for Cello and Harpsichord – Minuet
19 Suite for Cello and Harpsichord – Gigue

20 Five postcards for flute and piano

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Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
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PQP

Gerardo Dirié (1958) – Waiting for the Sound

Aqui está um compositor que me parece muito acessível, apesar da linguagem contemporânea, para estrear minha seção de autores latino-americanos. Dirié nasceu em Córdoba, na Argentina, e tem circulado pelo mundo desde então. Estudou e trabalhou na Universidade de Indiana e, mesmo vivendo atualmente na Austrália, parece manter vínculos com o Centro de Música Latina daquela instituição. Embora lance mão de recursos eletroacústicos e de técnicas típicas de música contemporânea, sua música é sempre muito delicada, muito envolvente e melodiosa. Talvez essa suavidade acabe por ser até um entrave para que sua música galgue a um patamar ainda mais significativo, mas, em seus melhores momentos, é uma delícia (e sempre que fica mais áspera, perco um pouco o interesse). Destaco neste cd as duas primeiras peças, Villancico al Nacimiento e Ti xiuhtototl, e o último movimento de La Espera, um daqueles momentos de delicadeza suprema.

Boa audição!

PS: um detalhe que sempre me intrigou é o fato de meus compositores argentinos prediletos (que julgo os mais significativos), Ginastera, Kagel e Dirié (sem falar de alguns raros mas interessantes momentos do Golijov) terem passado boa parte de suas vidas no exterior, abandonando a Argentina em geral para nunca mais voltar a morar. Se pensamos bem, é o contrário do que ocorreu no Brasil, onde mesmo um Villa-Lobos só passou pequenas temporadas no exterior, sempre tendo seu país como referência.

Gerardo Dirié (1958)

Waiting for the Sound

1. Villancico al Nacimiento (2000), acousmatic
2. Ti xiuhtototl (1997), for soprano, female chorus, harp, and electronics
3. Cinco canciones debajo del ladrillo (1988), for alto recorder, clarinet, violin, and 2 percussionists
4. Nocturno de la luna en tu frente (1996), for violin and harp
5. Swamp music (1994), for chorus and instrumental ensemble
6. Tu casa o este océano (1990), electronic

La Espera (1998), for chamber vocal and instrumental ensemble
07 I. Sinfonía
08 II. Recitativo del tiempo
09 IV. Canto nocturno
10 VII. The Rain in Woodstock
11 VIII. A Shroud for Laertes
12 IX. Bajo la luna
13 XI. Movimiento final

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itadakimasu

Grandes condutores do século XX – Ansermet – Stravinsky, Rimsky-Korsakov, Debussy, Bartok, Rachmaninov, Ravel e Chabrier

O século XX viu surgir regentes imortais, proeminentes, daqueles que colocam o nome na história. Estas figuras serão para sempre lembradas pelo trabalho fenomenal, dando vida à música dos grandes compositores. Assim, podemos citar alguns como Klemperer, Furtwängler, Mravinsky, Toscanini, Carlos Kleiber, entre tantos outros. Neste post que ora faço, surge um outro nome que figura de forma explícita na pequena lista que minha memória formulou. Refiro-me ao maestro suíço Ernest Ansermet, nascido em 1883 e morto no ano de 1969. Sua história é digna de ser conhecida (mais informações na WIKIPÉDIA). Neste post, Ansermet conduz Stravinsky, Korsakov, Debussy, Bartok, Rachmaninov, Ravel e Chabrier. No dizer de PQP: é algo IMPERDÍVEL! Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

DISCO 01

Igor Stravinsky (1882-1971) – Chant du Rossignol, poème symphonique
01. Introduction
02. Marche chinoise
03. Chant du rossignol
04. Jeu du rossignol mecanique

Orchestre de la Suisse Romande

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Scheherazade, op. 35
05. The Sea and Sindbad’s Ship
06. The Story of the Kalender Prince
07. The Young Prince and the Young Princess
08. Festival at Baghdad, The Sea, The Sh…

Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire

Claude Debussy (1862-1918) – Prélude à l’après-midi d’un faune
09. Prelude a l’apres-midi d’un faune

Orchestre de la Suisse Romande

DISCO 02

Béla Bartók (1881-1945) – Concerto for Orchestra, Sz 116
01. Andante, non troppo
02. Allegro scherzando
03. Andante, non tropo
04. Allegretto
05. Pesante

Orchestre de la Suisse Romande

Sergei Rachmaninov (1873-1943) – The Isle of the Dead, op. 29
06. Isle of the Dead, Symphonic Poem

Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire

Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse
08. La Valse

Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire

Emmanuel Chabrier (1841-1894) – Le Roi malgré lui: Fête polonaise
09. Le Roi malgre lui- Fete polonaise

Orchestre de la Suisse Romande

Ernest Ansermet, regente

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*Arte, by mestre Avicenna.

Carlinus

Antonín Dvorak – Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10, Symphony No. 5 in F major, Op. 76, Symphony No. 6 in D major, Op. 60 e etc (CDs 3 e 4 de 6)

Ainda não adentrei com toda a gana que se exige nos trabalhos sinfônicos de Dvorak. Devo assentir que se trata de uma lacuna vexosa, de uma omissão na minha caminhada de diletante como apreciador musical. Embora goste do compositor, percebo uma certa negligência. Dos trabalhos sinfônicos de Dvorak conheço com certa relatividade as sinfonias nos. 7, 8 e 9. Embora não tenha certa intimidade com as nove sinfonias do compositor, sempre estive a procurá-las. É como se elas estivessem à minha frente. Mas à medida que eu caminhava, elas se deslocavam também, constituindo uma caminhada em paralelo, com projeção equidistante. Possuo algumas versões dessas sinfonias – Maazel, Neuman, Solti, entre outros que a memória não consegue se fixar. Apesar de nunca tê-las escutado completamente, alicerçando assim possibilidade comparativa, a qualidade do som com Kubelik é excepcional. Por exemplo, estou ouvindo a Sinfonia No. 3 e ela me soa perfeitamente agradável. Romantismo tardio na medida certa com aquela pitada de paixão e sensibilidade encontrados na obra de Dvorak. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Antonín Dvorak (1841-1904) – Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10, Symphony No. 5 in F major, Op. 76, Symphony No. 6 in D major, Op. 60 e Scherzo capriccioso, Op. 66

DISCO 03

Symphony No. 3 in E flat major, Op. 10
01. 1. Allegro moderato
02. 2. Adagio molto, tempo di marcia
03. 3. Allegro vivace

Symphony No. 5 in F major, Op. 76
04. 1. Allegro, ma non troppo
05. 2. Andante con moto – dopo una piccola pausa si continua
06. 3. Andante con moto, quasi l’istesso tempo – Allegro scherzando

DISCO 04

01. 4. Finale_ Allegro molto

Symphony No. 6 in D major, Op. 60
02. 1. Allegro Non Tanto
03. 2. Adagio
04. 3. Scherzo_ Furiant. Presto
05. 4. Finale_ Allegro con spirito

Scherzo capriccioso, Op. 66
06. Allegro Con Fuoco – Poco Tranquillo – Tempo I –

Berliner Philharmoniker
Rafael Kubelik, regente

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Carlinus

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 8 – Sinfonia dos Mil – R.Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

SINFONIA No.8 (para 8 solistas – 3 sopranos, 2 contraltos, tenor, barítono e baixo – 2 coros mistos, coro infantil, órgão e orquestra)
Apelido: ‘Dos Mil’ (oficial)
Tonalidade principal: Mi bemol Maior
Composição: 1906-1907
Revisão: não houve
Estréia: Munique, 12 de setembro de 1910 (solistas: Gertrud Förstel, Marta Winternitz-Dorda, Irma Koboth, Otillie Meyzger, Tilly Koenen, Felix Senius, Nicolo Geisse-Winkel, Richard Mayr. Leipzig Riedelverein, Viena Singverein, Coro Infantil da Escola Central de Munique, Orquestra do festival, regência de Mahler)
1a.Publicação: 1911 (Viena, Universal Editions)
Instrumentação:
2 piccolos
4 flautas
4 oboés
Corne-Inglês
Clarinete em Mib
3 clarinetes em Sib e La
Clarone
4 fagotes
Contrafagote
8 trompas
8 trompetes (4 fora do palco)
7 trombones (3 fora do palco)
Tuba
Tímpanos
Triângulo
3 pares de pratos
Bombo
Tam-Tam
Sinos grandes
Glockenspiel
Celesta
Piano
Harmônica
Órgão
2 harpas
Mandolim
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda C grave)
Soprano I (Magna Peccatrix)
Soprano II (Una poenitentium)
Soprano III (Mater Gloriosa)
Contralto I (Mulier samaritana)
Contralto II (Maria Aegyptiaca)
Tenor (Doctor Marianus)
Barítono (Pater ecstaticus)
Baixo (Pater profundus)
Coro infantil
Coro Misto SCTB I
Coro Misto SCTB II
Duração: aprox. 85-90 minutos
Movimentos:
I- Hymnus: Veni, Creator Spiritus
II- Final scene from Goethe’s ‘Faust’ part II
Texto:
1) ‘Veni, creator spiritus’, atribuído ao monge medieval Hrabanus Maurus
2) Cena final do Segundo Fausto de Goethe
Programa: É um dos mais interessantes de Mahler, uma sinfonia muito significativa em termos filosóficos e espirituais para o compositor. O primeiro movimento é um hino medieval que evoca o espírito criador, e o segundo movimento é a redenção humana através do Amor cristão, que Mahler achou, muito propriamente, nas palavras de Goethe.
Comentários: O subtítulo ‘Dos Mil’ foi colocado contra a vontade de Mahler, por razões comerciais, já que sua estréia realmente contava com um contingente instrumental de 1023 músicos. É a única sinfonia de Mahler inteiramente cantada, como uma grande cantata sinfônica, e que transparece um grande otimismo espiritual em seus únicos 2 movimentos. No último, entretanto, há subdivisões que indicam certa ordenação próxima à forma-sonata, ainda que bastante diluída. Somente o primeiro movimento e o final do segundo (o maior de Mahler, de aprox. 50 minutos) contém grandes efeitos de massa dignos da enorme instrumentação exigida, o que lhe valeram severas críticas e também raras execuções, apesar de poder ser executada com metade deste número (na estréia a orquestra e o coro estavam duplicados).Atualmente a Oitava passa, estranhamente, por ser uma sinfonia muito prolixa e de auto-ajuda (!)
retirado daqui : http://repertoriosinfonico.blogspot.com/2007/06/sinfonias-informaes-tcnicas.html

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Gabriel Clarinet

In memoriam Cussy de Almeida: Orquestra Armorial acompanha Duo Assad (1977)

Duo Assad e Orquestra Armorial http://i27.tinypic.com/b3wmjk.jpgBom, eis o disco sugerido pelo leitor Fausto Silva – que eu nem sabia que havia se tornado raridade. Só espero que não pensem que milagres assim são possíveis sempre: foi uma enorme “gata” que eu tivesse esse disco!

Como nosso maior interesse no momento é o trabalho de Cussy de Almeida à frente da Orquestra Armorial, coloquei no início o concerto do Radamés Gnattali (pronúncia Nhátali, para os mais novos), que no vinil ocupa o Lado B. As demais cinco faixas são apenas a dois violões.

Se me permitem… tenho a sensação de que está aí um disco que tinha tudo para acontecer e não aconteceu. A orquestra está perfeita, limpa… Os irmãos Assad são sempre grandes… e Radamés Gnattali escreve muito bem. Mas parece que faltou um clic para esses três elementos entrarem em sinergia e de fato levantarem o concerto.

Mesmo assim, concordo que não se pode deixar esse disco naufragar no olvido. No mínimo é um documento importante de certas vertentes da produção musical brasileira dos 2.º e 3.º terços do século XX.

Além disso, a gravadora Continental realmente boiou na maionese na hora de nomear: “Latino América para duas guitarras”… Por que guitarras, se o nome brasileiro consagrado dessa variante do instrumento é “violão”? E por que “Latino América”, quando quase 90% do repertório é brasileiro? Por causa das 4 Micro-Peças do cubano Leo Brouwer, que inclusive não puxam nada para o lado nacionalista ou “típico”? E onde fica o italiano Castelnuovo-Tedesco, que ocupa tanto espaço no disco quanto Brouwer?

Bom, hoje eu estou ranzinza mesmo, como vocês devem ter notado… mas de modo nenhum estou sugerindo que não valha a pena baixar e ouvir esse disco! Eu mesmo vejo mais razões para baixar que para não baixar. Ou então não o teria carregado nas 15 mudanças que já fiz desde que o tenho… (se é que não esqueci nenhuma!)
 
 
Sérgio e Odair Assad (violões) – com Moacir Freitas, da OSB (oboé)
e as cordas da Orquestra Armorial, regida por Cussi de Almeida

Edição em vinil: Continental, 1977
Digitalizado por Ranulfus, jul. 2010

Radamés Gnattali (Porto Alegre, 1909 – Rio, 1988):
Concerto para 2 violões, oboé e cordas (dedicado ao Duo Assad)
Gravado ao vivo no Conservatório Pernambucano de Música
01 Allegro moderato
02 Adagio
03 Con spirito

Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
04 Alnilan (de “As Três Marias” – transcrição)

Francisco Mignone (1897-1986)
05 Lenda sertaneja (peça dedicada ao Duo Assad)
06 Lundu

Mario Castelnuovo-Tedesco (1895-1968)
07 Siciliana (da Sonatina Canônica para dois violões)

Leo Brouwer (*1939)
08 Cuatro Micro-Piezas

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Ranulfus

Gustav Mahler ( 1860-1911 ) – Sinfonia Nº 7 – Canto da Noite – R.Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

Primeiramente preciso pedir desculpas pela ausência no blog. Estou muito enrolado com os estudos, tem dia que eu tenho 11 aulas e chego em casa morto. ”Segundamente” gostaria de agradecer aos quase 800 downlods que os Concertos de Stamitz com Sabine Meyer. E ”terceiramente” ao mestre Avicenna pela sua penúltima postagem ( Cantata ” O útltimo Cântico”) Coisa boa D+.
Vamos lá então.

SINFONIA No.7
Apelido: Canto da Noite (não-oficial)
Tonalidade principal: Si menor
Composição: 1904-1905
Revisão: 1909
Estréia: Praga, 19 de setembro de 1908 (regência de Mahler)
1a.Publicação: 1908 (Berlim, Bote & Bock)
Instrumentação:
Piccolo
4 flautas (uma alternando com piccolo II)
3 oboés
Corne-Inglês
Clarinete em Mib
3 clarinetes (La, Sib)
3 fagotes
Contrafagote
Tuba tenor em Sib (tenor horn)
4 trompas
3 trompetes
Corneta de pistão
3 trombones
Tuba
Tímpanos
Caixa Clara
Bombo
Pratos
Triângulo
Tam-Tam
Sinos de vaca
Sinos
Glockenspiel
Violão
Mandolin
2 harpas
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos)
Duração: Aprox. 85 minutos
Movimentos:
I-Langsam – Allegro con fuoco. Allegro risoluto, ma non troppo
II- Serenade ( Nachtmusik). Allegro moderato
III- Scherzo. Schattenhaft
IV- Serenade (Nachtmusik). Andante amoroso
V- Rondo – Finale
Programa: É uma sinfonia que transparece um clima taciturno, que nos faz lembrar as Canções do viandante de Schubert. As duas músicas noturnas (Nachtmusik) da sinfonia, lembranças das melodias do Wunderhorn, dão o título à sinfonia.
Comentários: É uma das mais avançadas sinfonias, harmonicamente falando. Há 3 tonalidades predominantes: Si menor, Mi menor e Dó maior. A progressão harmônica é igualmente inovadora. Durante muito tempo foi esquecida, e tratada como a menos interessante sinfonia de Mahler, porque é a primeira em que se sente uma inspiração ‘forçada’ e, de certa maneira, desgastada enquanto forma. Hoje em dia é vista como uma epígrafe do pós-romantismo.
retirado daqui : http://repertoriosinfonico.blogspot.com/2007/06/sinfonias-informaes-tcnicas.html

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Gabriel Clarinet

"Julho" de João Krefer é finalista do Hong Kong International Mobile Film Awards

O filme de celular “Julho”, de João Krefer, jovem cineasta curitibano ganhou o Prêmio Vivo/Brasil para a categoria de filmes de 1 minuto de duração realizados com câmeras de telefones celulares.

“Julho” possui a trilha sonora “Jeremia Propheta: Uma Epígrafe”, para piano solo, interpretada por Leilah Paiva, do compositor mineiro radicado em Curitiba Harry Crowl, que também já assinou trilhas para outros diretores paranaenses, como Fernando Severo e Frederico Füllgraf. O filme também foi escolhido para representar o Brasil no Festival Internacional de Hong Kong, conforme os links abaixo.

O ‘Hong Kong International Mobile FIlm Awards’ está exibindo online o “Julho”. A votação para o prêmio do público fica aberta até o próximo dia 17.

An online voting will be held internationally from 23 February to 17 March, 2011. Mobile film lovers like you are welcome to join the public voting and select your most preferred mobile film among the 10 HKIMFA finalists. Mobile film with the highest votes from all over the world will become the winning mobile film of the 1st HKIMFA “Favourite Mobile Film Award”. (http://www.hkimfa.com/publicVoting.html)

Veja o filme aquí, e se quiser, pode votar aquí mesmo !! Tanquiú.

Veja a notícia completa aquí.

Não deixe de votar!

Avicenna

Franz Schubert (1797-1828): Obra Completa para Piano com Mitsuko Uchida (8 CDs)

Prezado FDP Bach.

Apesar de nunca termos nos visto, meu respeito pelo Sr. beira a devoção. Desta forma gostaria de lhe informar respeitosamente que Mitsuko Uchida simplesmente humilha a gravação anterior postada pelo Sr. e trazia o dedilhado do pianista Wilhelm Walter Friedrich Kempff. Espero que o Sr. não se ofenda. Isso me deixa duplamente triste porque Kempff — além de ser admirado pelo dileto amigo — era um dos pianistas preferidos de meu pai e eu gostaria de manter uma boa lembrança dele. Porém, quando comparado à Sra. Uchida tocando Schubert, Kempff parece um ventríloquo ou alguém que mal abre a boca para falar. Sua dicção e fraseado, comparados aos da japonesa que ora trago, parece a de um moribundo. Passei dias ouvindo Kempff em casa e achando tudo meio sem graça. Pois agora, estes mesmos 8 CDs da mesma música com a Sra. Uchida abriram um clarão em meio à nuvens. Foi realmente like a bridge over troubled water, meu amigo. A versão das sonatas finais de Uchida são tão boas quanto às de Brendel e Pollini — temo que talvez ainda melhores — , deixando Kempff no segundo grupo deste Carnaval.

Peço desculpas e ouça, por favor, o que segue.

Abraço.

AB-SO-LU-TA-MEN-TE IM-PER-DÍ-VEL !!!
(O que há de mais genial está nos CDs 4, 6, 7 e 8, mas os outros não são esquecíveis).

CD1:
Piano Sonata No.7 in E flat, D. 568
1. Allegro moderato [9:33]
2. Andante molto [7:21]
3. Menuetto (Allegretto) [5:01]
4. Allegro moderato [9:13]

6 Moments musicaux, Op.94 D.780
5. No.1 in C (Moderato) [7:02]
6. No.2 in A flat (Andantino) [7:18]
7. No.3 in F minor (Allegro moderato) [1:48]
8. No.4 in C sharp minor (Moderato) [6:45]
9. No.5 in F minor (Allegro vivace) [2:28]
10. No.6 in A flat (Allegretto) [10:49]

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CD2:
Piano Sonata in A minor, D537
1) I. Allegro ma non troppo (7:31)
2) II. Allegretto quasi Andantino (7:46)
3) III. Allegro vivace (4:48)

6 German Dances, D820
4) I. Tempo giusto: A flat major (0:51)
5) II. A flat major (1:34)
6) III. A flat major (1:37)
7) IV. B flat major (1:02)
8. V. B flat major (1:25)
9) VI. Ligato: B flat major (2:02)

Piano Sonata in A major, D664
10) I. Allegro moderato (8:05)
11) II. Andante (4:02)
12) III. Allegro (7:14)

12 German Dances (Ländler), D790
13) I. D major (1:58)
14) II. A major (1:05)
15) III. D major (0:58)
16) IV. D major (0:54)
17) V. B minor (1:32)
18) VI. G sharp minor (1:11)
19) VII. A flat major (1:21)
20) VIII. A flat minor (1:31)
21) IX. B major (0:50)
22) X. B major (0:58)
23) XI. A flat major (1:07)
24) XII. E major (1:48)

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CD3:
Piano Sonata in D major, D.850
1) 1. Allegro (vivace) (8:37)
2) 2. Con moto (11:55)
3) 3. Scherzo: Allegro vivace – Trio (9:09)
4) 4. Rondo: Allegro moderato (8:29)

Piano Sonata in A minor, D.784
5) 1. Allegro giusto (14:06)
6) 2. Andante (4:08)
7) 3. Allegro vivace (5:23)

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CD4:
Piano Sonata No.16 in A minor, D.845
1) 1. Moderato [13:29]
2) 2. Andante, poco mosso [11:41]
3) 3. Scherzo (Allegro vivace) – Trio (Un poco più lento) [7:32]
4) 4. Rondo (Allegro vivace) [4:58]

Piano Sonata No.9 in B, D.575
5) 1. Allegro ma non troppo [8:01]
6) 2. Andante [6:00]
7) 3. Scherzo (Allegretto) [6:23]
8. 4. Allegro giusto [5:39]

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CD5:
Piano Sonata No. 15 in C, D. 840 “Reliquie”
1) 1. Moderato [17:42]
2) 2. Andante [11:09]

Piano Sonata No. 18 in G, Op. 78, D. 894
3) 1. Molto moderato e cantabile [18:28]
4) 2. Andante [8:03]
5) 3. Menuetto. Allegro moderato [4:48]
6) 4. Allegretto [8:58]

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CD6:
Piano Sonata No.19 in C minor, D.958
1. Allegro [10:21]
2. Adagio [8:40]
3. Menuetto (Allegro) [3:38]
4. Allegro [8:13]

Piano Sonata No.20 in A, D.959
1. Allegro [15:31]
2. Andantino [8:48]
3. Scherzo (Allegro vivace) [5:16]
4. Rondo (Allegretto) [12:00]

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CD7:
Piano Sonata No. 21 in B flat, D.960
1) 1. Molto moderato (21:53)
2) 2. Andante sostenuto (10:40)
3) 3. Scherzo. Allegro vivace con delicatezza (3:56)
4) 4. Allegro ma non troppo (8:01)

3 Klavierstücke, D.946
5) No. 1 in E flat minor (9:31)
6) No. 2 in E flat (10:32)
7) No. 3 in C (5:43)

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CD8:
Impromptus, Op.90, D.899
1. No.1 in C minor: Allegro molto moderato [9:33]
2. No.2 in E flat: Allegro [4:42]
3. No.3 in G flat: Andante [5:37]
4. No.4 in A flat: Allegretto [8:04]

Impromptus Op.142, D.935
5. No.1 in F minor: Allegro moderato [10:57]
6. No.2 in A flat: Allegretto [8:00]
7. No.3 in B flat: Theme (Andante) with Variations [11:57]
8. No.4 in F minor: Allegro scherzando [6:33]

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Mitsuko Uchida, piano

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PQP