Johannes Brahms (1833-1897) – Complete String Quartets – Quintets – Sextets (CDs 4 e 5 de 5 – final)

Finalizemos esta integral com postagens da obra camerística de Brahms. Foi uma caminhada de grandes hiatos, postergações, supressões e tudo mais. Mas, chegamos a bom termo. Brahms é daqueles compositores profundos, de música sensível, que exigem uma atenção demasiada. É preciso ouvi-lo mais de uma vez para que entremos em seu mundo. Destacam-se nesse post os dois sextetos para cordas. O primeiro é o opus 18, composto em 1860 e estreado em 1862. Possui quatro movimentos. É marcado por duas violas, dois violinos e dois violoncelos. E a outra peça é o sexteto para cordas opus 36, composto durante os anos de 1864-1865. Apesar de Brahms tê-lo composto na atmosfera solitária, calma de Baden-Baden, Alemanha, o sexteto foi tocado pela primeira vez nos Estados Unidos, mais precisamente em Boston. Segue a mesma marcação do primeiro sexteto, com duas violas, dois violinos e dois violoncelos. Fica aqui a certeza de dois trabalhos fantásticos. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – Trio para piano, clarinete e violoncelo em A menor, Op. 114, Quinteto para clarinete, 2 violinos, viola e violoncelo em B menor, Op. 115, Sexteto para cordas em B flat major, Op. 18 e Sexteto para cordas em G major, Op. 36

DISCO 04

Trio para piano, clarinete e violoncelo em A menor, Op. 114
01. Allegro
02. Adagio
03. Andante grazioso
04. Allegro

Karl Leister, clarinete
Georg Donderer, violoncelo
Christopher Eschenbach, piano

Quinteto para clarinete, 2 violinos, viola e violoncelo em B menor, Op. 115
05. Allegro
06. Adagio
07. Andantino – Presto non assai, ma con sentimento
08. Con moto

Amadeus Quartet
Karl Leister, clarinete

DISCO 05

Sexteto para cordas em B flat major, Op. 18 [33:25]
01. Allegro ma non troppo
02. Thema con Variazioni. Andante, ma moderato
03. Scherzo. Allegro molto – Trio. Animato
04. Rondo. Poco Allegretto e grazioso

Sexteto para cordas em G major, Op. 36 [38:55]
05. Allegro ma non troppo
06. Acherzo. Allegro ma non troppo – Presto giocoso – Tempo I
07. Poco Adagio
08. Poco Allegro

Amadeus Quartet

Cecil Aronowitz, viola II
William Pleeth, violoncelo II

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Carlinus

.: interlúdio :. Paul Bley / Evan Parker / Barre Phillips: Sankt Gerold

Free jazz não é para todo mundo. Há pessoas que se irritam com ele, porém, guardadas as proporções, sinto-o análogo a uma abordagem à Guimarâes Rosa. As primeiras páginas são difíceis de entender, mas, depois que a coisa se acomoda, vale a pena. Lembrem que eu escrevi “guardadas as proporções”. Na Variação 3, eu já começo a achar este Sankt Gerold bem normal e começo a gostar da coisa. Bley tem a reputação, dentro do jazz moderno, de ser um pianista e compositor excessivamente cerebral mas suficientemente incompreensível. Já o inglês Evan Parker é um dos expoentes mais obstinados do atonalismo selvagem, deixando em sérios apuros aqueles que buscam “melodia”. Ele parece querer derrubar a melodia assim como toda a habitual sintaxe do jazz.

Bley — ou o ambiente monástico da ECM — parecem ter acalmado um pouco a selvageria de Parker, mas mesmo assim ele traz boa quantidade emocional ao trabalho de Bley. Barre Phillips completa o trio vanguardista de forma quase poética. As contribuições de Parker são os mais exigentes. É difícil não se maravilhar com sua técnica e com a enorme variedade de sons que ele verte quase ao mesmo tempo. As Variações 3, 6, 7, 9 e 10 são as minhas favoritas. O estranho mesmo é que, se Phillips e Parker são os mais impressionantes, é Bley quem fica em nossa mente por mais tempo.

Paul Bley / Evan Parker / Barre Phillips: Sankt Gerold

Variation 1 10:18 Phillips, Parker, Bley
Variation 2 7:12 Phillips, Parker, Bley
Variation 3 2:56 Phillips
Variation 4 1:59 Parker
Variation 5 6:20 Phillips, Parker, Bley
Variation 6 3:56 Bley
Variation 7 7:13 Phillips
Variation 8 8:14 Phillips, Parker, Bley
Variation 9 7:03 Bley
Variation 10 5:22 Parker
Variation 11 4:49 Phillips, Parker, Bley
Variation 12 1:29 Parker

Barre Phillips, Double Bass
Paul Bley, Piano
Evan Parker, Soprano & Tenor Saxophones

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Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
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PQP

Restaurado – Schumann – Music for Cello and Piano – Steven Isserlis – Dénes Várjon

Eu adoro os compositores românticos… Tenho uma admiração especial pela música de Schumann, como também pela de Brahms… Acho Schumann extremamente apaixonante. O mais interessante aqui neste cd é perceber não só os sentimentos que se encontram na obra, mas o diálogo construído entre o cello e o piano. A música de Schumann não é parecida com o romântico bobo que chora pelos cantos da parede, suspirando porque não tem sua amada ao seu lado. É como um diálogo apaixonado coerente (se é que isso é possível), onde os personagens (o cello e o piano) conversam a respeito do que funcionou ou não na relação de amor (ou ódio). E se funcionou ou não, por que? Qual o motivo? Não se deixem enganar por Schumann. Ele é um romântico esperto que constrói diálogos inteligentes e muito bem delineados. Acho um erro tremendo analisar a obra apenas pela biografia do autor. Todos ficam dizendo que Schumann era corno, etc, etc. Pela análise da biografia, Schumann era um imbecil, que levava a maior gaia e nem estava aí pra isso. Pela análise musical, Schumann não apenas sabia que sua mulher tinha um caso, como ele mesmo incentivava esse caso e era um voyeur. Portanto, prefiro deixar a biografia de lado e focar na música! Steven Isserlis não é um violoncelista normal (pela aparência dele você já pode perceber isso). Ele é DEMAIS! MUITO BOM! EXCELENTE! E para mim (lá vem as pedradas) um dos principais candidatos a assumir o posto do GRANDE e MAGNÍFICO Rostropovich. O Isserlis manda bem em tudo. Música barroca, romântica, moderna. Sua técnica, sua expressão musical, sua interpretação são perfeitas. Ah, tem mais uma coisa: em qualquer música que vocês ouvirem interpretada pelo Steven Isserlis, vocês irão perceber não apenas os traços do autor, mas também do intérprete. Ele faz questão de deixar sua assinatura. Quando isso é feito na medida certa, não significa orgulho por parte do artista, e sim ousadia. Tem que saber fazer. E ser muito bom naquilo que faz. E se garantir mesmo. É isso aí mô véi! Sacou a parada?! Baixa!

Schumann – Music for Cello and Piano – Steven Isserlis – Dénes Várjon

01. Soiréestücke (Fantasiestücke) Op. 73 – I. Zart und mit Ausdruck
02. II. Lebhaft, leicht
03. III. Rach und mit Feuer

04. Adagio & Allegro Op. 70 – I. Adagio
05. II. Allegro

06. Violin Sonata No 3 In A Minor – I. Ziemlich langsam – (lebhaft)
07. II. Scherzo Lebhaft
08. III. Intermezzo Bewegt, docht nicht zu schnell
09. IV. Finale Markiertes, ziemlich lebhaftes Tempo

10. Abendlied Op 85 No 12 piano duet

11. Drei Romanzen, Op. 94 – I. Nicht schnell
12. II. Einfach, innig – Etwas lebhafter
13. III. Nicht schnell

14. Fünt Stücke Im Volkston, Op. 102 – I. Mit Humor
15. II. Langsam
16. III. Nicht schnell, mit viel Ton zu spielen
17. IV. Nicht zu rasch
18. V. Stark und markiert

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Steven Isserlis , cello
Dénes Várjon , piano

Raphael Cello

[restaurado por Vassily em 11/6/2020]

Canhoto da Paraíba (1926-2008) – Saudades de Princesa

[Já que ainda estou impossibilitado de fazer novas postagens, subo novamente este post aqui para celebrar a conquista do Prêmio de Música Brasileira 2011 pelo Trio de Câmara Brasileiro. Publicado originalmente em 24 de maio de 2010.]

A história do violão popular e do violão erudito nasceu e cresceu praticamente de forma indissolúvel nos países onde ele mais se popularizou (e que revelaram os compositores mais proeminentes que lhe escrevem obras eruditas): Itália, Espanha e Brasil. Daí que não se deve estranhar a presente postagem, de um importante CD lançado há pouco tempo em tributo a Canhoto da Paraíba. Poderia ter sido de Nicanor Teixeira, Laurindo Almeida, Fábio Zanon, Armandinho ou Chimbinha (!? – Tá: Chimbinha não), porém não sei se vocês conhecem algum outro violonista canhoto que tenha invertido o instrumento para tocar mas não as cordas, de modo que só através de arranjos as peças de Canhoto são executáveis por outros instrumentistas. O Trio de Câmara Brasileiro – formado por um bandolim, um cavaquinho e um violão – fez justamente isso, deu um jeito.

Saiba um pouco sobre o CD aqui, dê uma escutada nas faixas aqui e, se lhe agradar, BAIXE AQUI.

CVL

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – String Quintets

Me propus postar estes quintetos mozartianos, e confesso que fica difícil fazer uma postagem deste tamanho em plena terça feira. Tudo bem que estou em férias conjugais por quinze dias, mas talvez por este motivo mesmo não estou muito inspirado para escrever. Como se trata de Mozart não vejo necessidade de gastar muitas palavras. Na verdade, o que precisa ser feito neste caso é apenas ouvir.
Este box que estou disponibilizando se encontra na famosa coleção das obras completas de Mozart, que a Philips lançou há exatos 20 anos atrás, nas comemorações dos 200 anos da morte do compositor. Existem bons momentos nestes cds, mas outros deixam a desejar. No caso deste box, as interpretações estão á cargo de um quinteto liderado pelo Arthur Grumiaux, excelente violinista, e um dos grandes intérpretes do século XX. Música de primeira, tocada por excelentes músicos. Mas ainda procuro uma gravação definitiva destas obras.
Espero que satisfaça o desejo do mano PQP, que estava à cata de uma coleção como essa.
Então divirtam-se.

Wolfgang Amadeus Mozart – String Quintets

CD 1 –

01 – String Quintet [No 1] in Bb KV174 – Allegro
02 – String Quintet [No 1] in Bb KV174 – Adagio
03 – String Quintet [No 1] in Bb KV174 – Menuetto ma allegretto
04 – String Quintet [No 1] in Bb KV174 – Allegro
05 – String Quintet [No 4] in C min KV406-516b – Allegro
06 – String Quintet [No 4] in C min KV406-516b – Andante
07 – String Quintet [No 4] in C min KV406-516b – Menuetto in canone
08 – String Quintet [No 4] in C min KV406-516b – Allegro

CD 2

01 – String Quintet [No 2] in C KV515 – Allegro
02 – String Quintet [No 2] in C KV515 – Andante
03 – String Quintet [No 2] in C KV515 – Menuetto-Allegretto
04 – String Quintet [No 2] in C KV515 – Allegro
05 – String Quintet [No 3] in G min KV 516 – Allegro
06 – String Quintet [No 3] in G min KV 516 – Menuetto-Allegretto
07 – String Quintet [No 3] in G min KV 516 – Adagio ma non troppo
08 – String Quintet [No 3] in G min KV 516 – Adagio-Allegro

CD 3

01 – String Quintet [No 5] in D KV593 – Larghetto-Allegro
02 – String Quintet [No 5] in D KV593 – Adagio
03 – String Quintet [No 5] in D KV593 – Menuetto-Allegretto
04 – String Quintet [No 5] in D KV593 – Allegro
05 – String Quintet [No 6] in Eb KV614 – Allegro di molto
06 – String Quintet [No 6] in Eb KV614 – Andante
07 – String Quintet [No 6] in Eb KV614 – Menuetto-Allegretto
08 – String Quintet [No 6] in Eb KV614 – Allegro

Arthur Grumiaux – Violin I
Arpad Gérecz – Violin II
Georges Janzer – Viola I
Max Lesueur – Viola II
Eva Czako – Cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

.: interlúdio – Ketil vs Kjetil :.

Já vinha comigo desde ano passado o Piano Poems do (evidentemente) pianista norueguês Kjetil Bjerkestrand. Como o título sugere, trata-se de um disco delicado, de arranjos bastante atmosféricos — Kjetil também compõe para cinema, influência que se faz presente no clima de algumas faixas. Além do piano, Ketil faz uso de um par de órgãos e uma extensa linha de sintetizadores vintage; no entanto, o Steinway é sempre a figura de proa, cabendo aos outros teclados a formação de texturas, bases discretas ou mesmo beats muito suaves, esparsos. O resultado é bastante leve e agradável. E às vezes, leve demais, pro meu gosto; pra manter seu instrumento solo isolado durante todo um disco, é preciso ter alta energia inspirativa, além de boa dose de virtuosismo — e em certas faixas, os poemas parecem ter uma rima fácil demais. Outros temas (como February e Hymn II), no entanto, funcionam muito bem e demonstram grande sensibilidade. No fim das contas, é como álbum o que a maioria dos livros de poemas também é: irregular, mas repleto de boas possibilidades e alguns grandes momentos — que nos fazem voltar periodicamente à obra. (Aliás, funciona muito bem como um sofisticado pano de fundo pra adormecer.) (Confirmando: é um elogio.)

EIS QUE meses atrás me deparo com um disco novo do Kjetil, ou assim eu pensei; fui conferir com boa curiosidade. Só depois de um par de audições percebi que Night Song era, na verdade, disco de Ketil Bjørnstad, um OUTRO pianista norueguês. Achei que era pegadinha, ou algum efeito de numerologia, até o google me explicar que, de fato, são pessoas diferentes. Além de quase homônimos, tem apenas três anos de diferença de idade; no entanto, Ketil é um artista de nome melhor estabelecido, que grava para a ECM desde os anos 90, e tem uma discografia bastante extensa (além de uma bibliografia do mesmo vulto. Aliás, por prolífico, o All About Jazz o compara a Schubert). Enfim, sorte minha: porque este Night Songs, gravado em par com o violoncelista Svante Henryson, é um belíssimo disco. As melodias são de uma doçura angular raríssima. E ao longo de 16 faixas a inspiração se mantém; se Kjetil parece inseguro, ou simplista, em alguns momentos de Piano Poems, Ketil demonstra um domínio criativo absolutamente maduro e orgânico. O primeiro disco é bom; este é imperdível.

Kjetil, var. Kettill. Lê-se TCHEH-til. Do nórdico antigo Ketill, como no inglês “kettle”: chaleira, caldeirão usado nos rituais antigos para recolher o sangue de um animal sacrificado. No uso moderno, a palavra também significa capacete.

*Ketil e Kjetil já tocaram juntos, inclusive aqui no PQP Bach.


Kjetil Bjerkestrand – Piano Poems /2010 [V2]
download – 64MB /mediafire

01 Amelie 4’30
02 21/11 3’55
03 The Ladder 3’41
04 Hymn I – Velt Alle Dine Veie 4’45
05 February 3’19
06 602 3’21
07 Sanctus 2’59
08 Hymn II – Lær Meg Å Kjenne Dine Veie 4’22
09 Geirriano 3’04
10 Daddy’s Theme 3’12
11 ADAE 3’00
12 502 3’33
13 Hymn III – Jesus, Din Søte Forening Å Smake 3’53


Ketil Bjørnstad/Svante Henryson – Night Song /2011 [320]
Ketil Bjørnstad (piano), Svante Henryson (violoncelo)
download – 174MB /mediafire

01 Night Song (Evening Version) 4’28
02 Visitor 5’06
03 Fall 3’26
04 Edge 5’37
05 Reticence 5’40
06 Schubert Said 4’31
07 Adoro 6’21
08 Share 4’20
09 Melting Ice 3’22
10 Serene 5’57
11 The Other 4’05
12 Own 3’09
13 Sheen 5’41
14 Chain 6’15
15 Tar 2’57
16 Night Song (Morning Version) 5’01

Boa audição!
Blå Hund

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quintet in F major, Op. 88 e String Quintet in G major, Op. 111 (CD 3 de 5)

Dizer o quê? Comentar o quê? Não há necessidade nem disso nem daquilo. A obra camerística de Brahms é uma das coisas mais belas que já foram escritas em toda a história da música. É a mistura da melancolia correta com a técnica exata. Destaca-se neste CD o opus 111. É uma obra tardia do velho Brahms. Uma curiosidade: conta-se que após ter escrito esse Quinteto, Brahms decidiu parar de compor e até preparou um testamento. Entrementes, alguém como ele não poderia ficar parado. Esse fato teria se dado lá pelos anos de 1890. O que acontece é que após ter encontrado o clarinetista Richard Mülhfeld, e, encantado com o instrumento para sopro, resolve escrever inúmeras obras para o clarinete. Sorte a nossa! Resta-nos apreciar essas maravilhas. Seguem dois quintetos neste registro – o opus 88 e o opus 111. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quintet in F major, Op. 88 e String Quintet in G major, Op. 111

String Quintet in F major, Op. 88
01. I. Allegro non troppo ma con brio
02. II. Grave ed appassionato-Allegretto vivace-Tempo I – Presto
03. III. Finale. Allegro energico

String Quintet in G major, Op. 111
04. I. Allegro non troppo, ma con brio
05. II. Andante, un poco Adagio
06. III. Scherzo. Allegro – Trio
07. IV. Finale. Poco sostenuto

Amadeus Quartet

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Carlinus

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Canções e Valsas (coisa rara)

Este é um CD do mais alto nível que foi lançado no ano do centenário de nascimento de Shosta. Thomas Sanderling juntou-se ao famoso barítono russo Sergei Leiferkus para um emocionante levantamento das canções de Shostakovich, algumas das quais foram orquestradas exclusivamente para as celebrações de 2006 e apresentadas neste CD em estreia mundial. A coleção concentra-se no amor de Shostakovich pelos textos satíricos. Completando o disco, Sanderling gravou oito Valsas para orquestra — um outro conjunto de raridades. Para quem gosta de Shosta como eu, diria que este CD é um grande presente após dias e dias de chuva sobre Porto Alegre. Não aguento mais. A chuva e a incompetência do comentarista Falcão no comando do meu time deprimem qualquer um, mas este CD me fez sorrir e esquecer. Falcão, volta pra Globo, pelamor! O Galvão Bueno está com saudades!

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Canções e Valsas (coisa rara)

Four Verses of Captain Lebyadkin, Op. 146
1 Love of Captain Lebyadkin
2 Cockroach
3 Ball for the Benefit of Governesses
4 Radiant Personality
Satires (Pictures of the Past), Op. 109
5 To A Critic
6 Awakening of Spring
7 Descendants
8 Misunderstanding
9 Kreutzer Sonata
Five Romances on Words from “Krokodil” Magazine, Op. 121
10 First-hand Evidence ,
11 Tricky Request
12 Discretion
13 Irinka and the Shepherd
14 Extreme Delight
15 Preface to the Complete Edtion of My Works and a Brief Reflection Apropos This Preface, Op. 123
Eight Waltzes from film music
16 Waltz from the music to the film “Maxim’s Return” Op. 45
17 Waltz from the music to the film “Golden Mountains” Op. 30
18 Waltz from the music to the film “Michurin” Op. 78
19 Waltz from the music to the film “Pirogov” Op. 76
20 Waltz from the music to the film “The Gadfly” Op. 97
21 Waltz from the music to the film “The First Echelon” Op. 99
22 Waltz from the music to the film “Unity” (Song of the Great Rivers)Op. 95
23 Waltz from the incidental music to the play “The Human Comedy” Op. 37

Sergei Leiferkus, baixo-barítono
Russian Philharmonic Orchestra
Thomas Sanderling

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PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 5 em Dó menor, Op. 67 e Sinfonia No. 7 em Lá maior, Op. 92

Estive fora de casa desde o dia de ontem, o que me impediu de fazer qualquer postagem. Agora, estou de passagem para postar este baita CD do meu compositor predileto, Ludwig van Beethoven, sob a regência do carismático venezuelano, Gustavo Dudamel, que está no Brasil esta semana. Inclusive, a Globo News está reprisando uma entrevista que fez com o talentoso regente. As duas obras aqui colocadas estão entre os trabalhos mais importantes já compostos em toda a história da música – as sinfonias de número 5 e 7. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação e um ótimo feriado!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 5 em Dó menor, Op. 67 e Sinfonia No. 7 em Lá maior, Op. 92

Sinfonia No. 5 em Dó menor, Op. 67
01. Allegro con brio
02. Andante con moto
03. Allegro
04. Allegro

Sinfonia No. 7 em Lá maior, Op. 92
05. Poco sostenuto – Vivace
06. Allegretto
07. Presto
08. Allegro con brio

Simón Bolívar Youth Orchestra of Venezuela
Gustavo Dudamel, regente

BAIXAR AQUI

Carlinus

Partituras & Links – versão 5

Algumas vezes nossos ouvintes perguntam sobre partituras. Onde encontrá-las?
Nosso ágil e atento SAC adiciona preciosas colaborações de nossos ouvintes:

ChoralWiki
Um dos melhores sites de partituras de domínio público é o ChoralWiki, sede da Choral Public Domain Library (CPDL). Fundado em dezembro de 1998, o CPDL é um dos maiores portais de partituras musicais gratuitas do mundo. Você pode usar o CPDL para encontrar partituras, textos, traduções e informações sobre compositores. Até o momento desta postagem, possui 10.932 partituras de 1.544 compositores. Nossos brilhantes compositores de música sacra colonial estão presentes no ChoralWiki.

CLIQUE AQUÍ para entrar no ChoralWiki em português.

Thesaurus Musicæ Brasiliensis
Catálogo de manuscritos musicais presentes no acervo do Maestro Vespasiano Gregório dos Santos. Dedicado aos nossos maravilhosos compositores de música sacra colonial, possui referência bibliográfica.

CLIQUE AQUÍ para entrar no Thesaurus Musicæ Brasiliensis.

IMSLP/Petrucci Music Library
“Este site, chamado IMSLP, possui um acervo invejável, todo convertido em PDF para ser baixado. São 46.318 partituras de 20.332 obras, por 2.706 compositores.” (colaboração do nosso ouvinte Gilberto Agostinho)

CLIQUE AQUÍ para entrar no IMSLP/Petrucci Music Library

SCRIBD
“Mas há também o ‘SCRIBD’ onde cada usuário compartilha seu acervo com toda a rede [há uma limitação para pesquisa e downloads, que se resolve após criar um perfil na comunidade Scribd]. Vale conhecer!” (colaboração do nosso ouvinte Brazix Muamba)

CLIQUE AQUÍ para entrar no SCRIBD

Universidade de Rochester
“Gostaria de acrescentar mais um que me parece formidável. É da Universidade de Rochester (USA), que oferece para download gratuito milhares de partituras em pdf, inclusive muitas obras orquestrais. Os downloads são rápidos e descomplicados. Há muita coisa rara por lá.” (colaboração do nosso ouvinte Eduardo O. Salles)

CLIQUE AQUÍ para entrar na Universidade de Rochester

Nilson Lombardi – Seis Miniaturas
“Estou deixando um comentário aqui porque não sei outra forma de me comunicar com vocês, então, espero que não se importem. Consegui as partituras das Seis Miniaturas, de Nilson Lombardi, e achei que isso pudesse interessar ao PQP. Junto, deixo o link de uma dissertação feita por um estudante da Unesp. Espero que gostem. ” (colaboração de nossa ouvinte Nadia)

CLIQUE AQUÍ para obter as partituras e a dissertação

Museu da Música de Mariana
Partituras, músicas para baixar (todas já postadas aquí), muito sobre os compositores da época colonial.

CLIQUE AQUÍ para entrar no Museu da Música de Mariana

Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres
Trabalho que está sendo desenvolvido pelo Maestro Marcelo Martins. Estudo e partituras da Música Sacra Colonial Brasileira.

CLIQUE AQUÍ para entrar na Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres

Arquivo Cleofe Person de Mattos
O arquivo privado da musicóloga, educadora e regente Cleofe Person de Mattos (1913-2002) compreende os documentos por ela produzidos e acumulados no decorrer de mais de seis décadas, tendo como foco principal as obras do Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830).

CLIQUE AQUI para acessar o Arquivo Cleofe Person de Mattos

Acervo Musical do Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro
Disponibiliza reproduções facsimilares de mais de vinte mil imagens de Antífonas, Hinos, Matinas, Missas, Novenas e Salmos da autoria do mestre de capela José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) e de outros nomes de relevo como Damião Barbosa de Araújo (1778-1856), Francisco Manuel da Silva (1795-1865) e Dom Pedro I (1798-1834), além de figuras de considerável ressonância internacional, como o italiano David Perez (1711-1778), o português Marcos Portugal (1762-1830) e o austríaco Sigismund Neukomm (1778-1855).

CLIQUE AQUI para acessar o website do Cabido

Aula Contemporanea Blogspot
“Nesse endereço, http://aulacontemporanea.blogspot.com/ , é possível encontrar partituras e também mp3 de peças modernas e contemporâneas.”(colaboração do nosso ouvinte Dino Beghetto)

CLIQUE AQUI para acessar o blog Aula Contemporanea

Madrigal Nova Harmonia
“Respondendo à mensagem de “Queremos gravar seu LP”, temos vários arquivos de áudio de música erudita brasileira em http://www.4shared.com/dir/6772767/b7901f3a/Musica_Erudita_Brasileira.html. Não postamos CDs completos – cada arquivo corresponde a uma faixa, para facilitar o download para os usuários – que nem sempre têm uma conexão de boa qualidade. Caso considere útil linkar seu blog ao nosso disco virtual 4shared, fique à vontade. Saudações, Mariella.”

Possuem também um belo acervo de partituras de música coral, principalmente da música sacra colonial brasileira.

CLIQUE AQUI para entrar no site do Madrigal Nova Harmonia

Contribuição do leitor Eduardo Pereira:
Ótimas dicas, especialmente agora que as lojas de partituras estão desaparecendo do planeta. Uma das mais tradicionais lojas de partituras de New York, a Patelson Music House, que ficava a um quarteirão do Carnegie Hall, fechou as portas e agora só atende pela Internet (virou portanto uma loja virtual): http://www.patelson.com/

Gostaria de acrescentar três links interessantes:

http://hemingways-studio-downloads.blogspot.com/2009_05_01_archive.html#indexanchor
com centenas de partituras e livros de música. De algumas obras, não somente a partitura de orquestra pode ser baixada gratuitamente, como também todo o material de orquestra. Há muita coisa rara, como a partitura de orquestra do Concerto opus 39 de Ferruccio Busoni.

http://www.juilliardmanuscriptcollection.org/home.html
A coleção de 138 manuscritos da Juilliard Manuscript Collection, que podem ser visualizados online em altíssima resolução. A ferramenta zoom amplia sem qualquer distorção. Entre as preciosidades, as Sonatas 6 e 7 de Scriabin, L’oiseau de feu de Stravinsky, rascunhos da Sinfonia 9 de Mahler.

http://www.antonin-dvorak.cz/galerie/autografy
Site ainda em construção, mas já dá para visualizar vários manuscritos de Antonín Dvorák.

Comentário do leitor Wakarusa:

Israeli folk dances: http://shake.seismo.unr.edu:8081/Louie/ifd-midi.html

Alguns de música clássica:
http://www.notation.com/MIDI-Opera.php
http://www.notation.com/MIDI-Choral.php

…e um muito interessante sobre compositores americanos:
http://www.pdmusic.org/

Lembrando que arquivos MIDI podem ser facilmente convertidos em partituras.

Contribuição do nosso amigo Ranulfus:

A Música no Brasil: tabela dos compositores da Colônia até a Independência
http://www.classical.net/music/composer/brazilian_port.pdf

Padre Caetano de Mello Jesus, parece que escreveu o mais importante tratado de contraponto já escrito em língua portuguesa! Sobre isso:
http://www.anppom.com.br/anais/anaiscongresso_anppom_2006/CDROM/COM/04_Com_Musicologia/sessao09/04COM_MusHist_0902-130.pdf

E do nosso amigo Blue Dog, vem o link de “1.000 libros de música”
http://www.4shared.com/dir/l1L8QjVz/1000_libros_de_Musica.html

Se você procura uma partitura, muito provavelmente a encontrará em um desses links acima.

Avicenna

Kurt Weill – Ute Lumper Sings Kurt Weill – Vol 1 e 2

Estou planejando a postagem destes cds já há algum tempo, foi promessa que fiz para o Monge Ranulfus e que agora estou cumprindo. Estes dois CDs trazem as mais belas e geniais canções do grande compositor alemão Kurt Weill, e estão em perfeita sintonia com a excelente cantora Ute Lumper. Um repertório que traz os clássicos “Die Moritat von Mackie Messer”, imortalizada na língua inglesa como “Mack The Knife”, “Speak Low”, “I’m a stranger here myself” canções que foram interpretadas pelas grandes divas do Jazz americano, como Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan, entre tantas (os) outros. Sem esquecer, é claro, da versão brasileira, imortalizada na “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque de Hollanda.
Creio que a interpretação de Ute Lumper tem mais a ver com a imaginada pela dupla Weill / Brecht. O aspecto teatral, muitas vezes as canções são quase faladas, se destaca, e Lumper está perfeita, lembrando aqueles ambientes de bordel na Berlim do período entre guerras, retratados em diversos filmes, como “O Anjo Azul”, e mais recentemente “Lili Marlene”.
Dois discaços, com certeza, e que preparam caminho para a pérola gravada por Anne-Sophie von Otter, que postarei logo, logo.
Divirtam-se.

Vol. 1

01..Der Silbersee Fennimores Lied
02..Der Silbersee Cäsars Tod
03..Die Dreigroschenoper Die Moritat von Mackie Messer
04..Die Dreigroschenoper Salomon-Song
05..Die Dreigroschenoper Die Ballade von der sexuellen Horigkeit
06..Berliner Requiem Zu Potsdam unter den Eichen
07..Berliner Requiem Nannas Lied
08..Der Silbersee Lied des Lotterieagenten
09..Aufstieg und Fall der Stadt Mahagony Alabama-Song
10..Aufstieg und Fall der Stadt Mahagony Denn wie Man sich bettet
11..Je ne t’aime pas
12..One Touch of Venus I’m a stranger here myself
13..One Touch of Venus Westwind
14..One Touch of Venus Speak Low

Ute Lumper – Singer
RIAS Berlin Kammeremsemble
John Mauceri – Conductor

Vol 2

1. Bilbao Song
2. Surabaya Johnny
3. Was Die Herren Matrosen Sagen
4. Der Song Von Mandelay
5. Das Lied Vom BranntweinhÄNdler
6. Youkali Tango
7. Les Filles De Bordeaux
8. Le Train Du Ciel
9. Le Grand Lustucru
10. Le Roi D’acquitaine
11. J’attends Un Navire
12. One Life To Live
13. A Saga Of Jenny
14. My Ship

Ute Lumper – Singer
RIAS Sinfonietta Berlin
John Mauceri – Conductor

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FDP

Johannes Brahms (1833-1896) – Piano Concertos – Kovacevich, Davis, LSO

Existem gravações que ficam marcadas na nossa cabeça,  e acabam se tornando as nossas favoritas. Isso pelos mais diversos motivos, mas creio que o mais importante é o emotivo, que acaba deixando de lado os aspectos técnicos. Na época em que adquiri o então LP com a gravação do Concerto n°2 de Brahms, em um sebo na minha cidade, eu estava com cabeça confusa, algo típico quando temos 20 anos de idade, e gastava todo o dinheiro que ganhava com discos. Claro que minha mãe e meu pai ficavam doidos, pois eu não comprava roupas nem calçados. Apenas discos. Mas como se tratava de uma época confusa de minha vida, principalmente conflituosa, decorrentes de uma paixão mal resolvida, e sem saber o que fazer, se estudava, ou trabalhaba, me apegava à música para tentar abafar aquele ímpeto juvenil.

A primeira vez que ouvi a gravação do Segundo Concerto para Piano de Brahms com essa dupla Kovacevich / Davis foi paixão à primeira audição. Já ouvi diversas outras, com os mais importantes pianistas do século XX, mas por algum motivo o então jovem Kovacevich me fisgou, e já se passaram 25 anos desde então.  O porque desta escolha não há como explicar. Foram dezenas, quiçá centenas de audições, quando o LP terminava eu apenas virava o disco (algo impensável essa geração alimentada por USB.) Ainda tenho o velho LP, com uma foto do então jovem Kovacevich, de gosto duvidoso, diria, mas enfim, foi e sempre será a minha interpretação favorita deste concerto. Há pouco tempo atrás consegui finalmente sua gravação do Concerto n°1, que eu não tivera a oportunidade de ouvir até então, pois estas gravações estava fora do catálogo da Philips, por algum motivo contratual, sei lá. Só sei que finalmente consegui os dois concertos, gravados na mesma época, com o mesmo fervor juvenil e impetuosidade do Kovacevich. Não tenho a data correta, mas deve ter sido realizada no começo ou no meio dos anos 70.  Uma curiosidade: ele foi casado com a Martha Argerich.
Esse CD duplo que estou postando traz os Concertos para piano de Bahms, mas também algumas de suas obras para piano solo.  Foi relançado por um selo menor, Newton, mas a qualidade da gravação continua a mesma, ou seja, excelente.
P.S. – O programa que usei para converter os arquivos para mp3 tirou-os de sua ordem correta. Só depois de subi-los para o megaupload é que descobri. Mas se resolve facilmente, obecendo a ordem que coloquei abaixo:

CD 1

1 – Piano Concerto n° 1 – I – Maestoso – Poco piú moderato
2 – II – Adagio
3 – III – Rondo – Allegro non troppo
4 – Scherzo in E Flat minor op. 4
5 – Ballades Op. 10 – I – N°1, in D Minor
6 – II – N° 2, in D
7 – III – N° 3, in B Minor
8 – IV – N°4, in B

CD 2

1 – PIano Concerto n°2, in B Flat, op. 83 – I. Allegro non troppo
2 – II – Allegro Apassionato
3 – III – Andante – Piú adagio
4 – IV – Allegreto grazioso – Un poco piú presto
5 – Klavierstücke Op. 76 – 1. Capriccio in F# minor
6 – 2. Capriccio in B minor
7 – 3. Intermezzo in Ab major
8 – 4. Intermezzo in Bb major
9 – 5. Capriccio in C# minor
10  – 6. Intermezzo in A major
11  – 7. Intermezzo in A minor
12  – 8. Capriccio in C major

Stephen Kovacevich – Piano
London Symphony Orchestra
Sir Colin Davis – Director

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FDPBach

Alison Balsom – Trumpet Concertos

É, estou tentado voltar a vida do blog. Fiquei um tempo afastado pois meus estudos consomem cada vez mais meu tempo. A postagem de hoje nos revela uma belíssima mulher.. quero dizer Trompetista. O Concerto para Trompete de Haydn deu-se pela invenção do trompete de chaves que tem a capacidade de executar toda a gama de notas, oitavas e seus respectivos harmônicos. Possiu maior extensão que a Corneta. Tal mudançãs possibilitou uma abertura a composição para esse instrumento, já que só era usado para dar cornetadas para exército e para fazer fanfarras. Adota a forma Allegro ( sonata ), Andante ( sonata ) e Finalle Allegro. Um típico concerto modelo Haydniano. Por mais que eu toque Clarineta, não deixo de admirar outros concerto também, acho que o esse concerto uma das melhores composições do período clássico para instrumento solo. Não consigo perceber pelo som, se o trompete é o que se usa hoje em dia em conjuntos musicais ou se é usado instrumento de época. O importante é que o concerto é bonito pra caramba, e mulher também.
Enfim, boa audição.

Johann Nepomuk Hummel ( 1778 – 1837 )
Trumpet Concerto in E flat
1. I. Allegro con spirito:- Concerto in E flat major for Trumpet and Orchestra (1806)
2. II. Andante:- Concerto in E flat major for Trumpet and Orchestra (1806)
3. III. Rondo:- Concerto in E flat major for Trumpet and Orchestra (1806)

Joseph Haydn ( 1732 – 1809 )
Trumpet Concerto in E flat
4. Allegro:- Concerto in E flat for Trumpet & Orchestra Hob. VII e:I
5. Andante:- Concerto in E flat for Trumpet & Orchestra Hob. VII e:I
6. Finale. Allegro:- Concerto in E flat for Trumpet & Orchestra Hob. VII e:I

Giuseppe Torelli ( 1658 – 1709 )
Trumpet Concerto in D
7. I. Allegro:- Concerto for Trumpet & Orchestra in D major “Estienne Roger”
8. II. Adagio – Presto – Allegro:- Concerto for Trumpet & Orchestra in D major “Estienne Roger”
9. III. Allegro:- Concerto for Trumpet & Orchestra in D major “Estienne Roger”

Krtitel Jiri Neruda ( 1711 – 1776 )
Trumpet Concerto in E flat
10. I. Allegro:- Concerto for Trumpet and Strings in E flat major
11. II. Largo:- Concerto for Trumpet and Strings in E flat major
12. III. Vivace:- Concerto for Trumpet and Strings in E flat major

Alison Balson – Trumpet
Bremen German Chamber Philharmonic

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Gabriel della Clarinet

Eli-Eri Moura (1963) – Armorialis, primeiro movimento – update com vídeos

Texto original: 03 de maio de 2010.

Quando o Ranulfus apontou, sem nenhum disparate, semelhanças do concerto duplo de Nyman (postado abaixo) com sonoridades da música armorial, foi porque reconheceu instintivamente no compositor britânico a base modal que ele utilizou para a criação dos temas (fora a orquestração, que se não for coincidência, é referência direta e consciente – mas isso não temos dados para apontar).

A música folk modal das ilhas britânicas tem parentesco direto com as do norte da Península Ibérica devido ao passado céltico comum – e isso só fui pesquisar depois ter ouvido essa obra que ora vos posto.

Armorialis é uma peça concertante para viola, violoncelo e orquestra estreada no Recife, no Festival Virtuosi 2007, em um concerto-homenagem aos 80 anos de Ariano Suassuna (no qual estive porque eram minhas férias e quis fugir do agito carioca) que contou com a première de quatro partituras encomendadas para a ocasião, entre elas o Frevo n° 2 de Marlos Nobre.

Se os acordes iniciais da harpa – e a própria presença da harpa, fazendo o topos musical se deslocar do Medievo ibérico para a Renascença inglesa (daí a cara mais de Vaughan Williams do que de Antonio Nóbrega e Cussy de Almeida) – já foram algo inusitado, mais ainda foram as seções meio ataranteladas que entrecortam os solos apaixonados de viola e violoncelo (com o perdão das simplicações descritivas – tenho muita coisa pra dar conta ainda esta madrugada).

De fato, o impacto da estreia de Armorialis foi excelente. Lembro-me de um amigo ter dito que a peça foi composta menos de um mês e não deu trabalho a Eli-Eri Moura (“ele quis fazer uma peça que se tocasse sozinha, para não dar trabalho a maestro nenhum, segundo as palavras dele”), além de refletir uma preocupação (preocupação no bom sentido) de não imitar o estilo já empoeirado da Orquestra Armorial.

Só uma advertência: essa gravação não teve uma captação de som das melhores, mas dá muito bem pro gasto.

***

Armorialis
I. Romance

Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia
Viola: Rafael Altino
Violoncelo: Leonardo Altino

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CVL

***

Update, em 14 de junho de 2010: acabei de receber um e-mail com a filmagem da segunda audição mundial de Armorialis, no último dia 02, em João Pessoa-PB.

A afinação dos solistas já estava comprometida no terceiro movimento, e os dois primeiros movimentos tiveram um andamento mais lento (o primeiro movimento dá pra comparar com o áudio disponibilizado aqui), fora que a câmera de vídeo não tinha como captar bem a harpa e os contrabaixos, mas foi uma boa gravação e que certamente vai abrir as portas para novas execuções pelo país.

(Acabei de receber novo e-mail, comentando que o compositor disponibiliza a grade e as partes solistas para qualquer orquestra interessada.)

I. Romance

II. Incelença

III. Desafio

Orquestra Sinfônica da Paraíba, regida por Luiz Carlos Durier
Viola: Savio Santoro
Violoncelo: Paulo Santoro

Piotr Iliych Tchaykovsky – Tchaikovsky, Shakespeare – Dudamel – Simon Bolivar SOV

Confesso que demorei um pouco para aderir ao “dudamelismo”, mas tenho de reconhecer que o cara tem um baita de um talento, e trouxe para as salas de concerto um pouco daquele carisma e alegria que viamos nos bons tempos de Bernstein. Sorriso, dança, gestos e trejeitos de apoio aos músicos, enfim, carisma.
Dia destes tive a oportunidade de assistir sua “estréia” frente à Filarmônica de Los Angeles, da qual atualmente é diretor, tocando a Sinfonia Titâ de Mahler. Muito bom mesmo. Emocionante.
Este CD que estou postando é o último trabalho dele, com sua Orquestra Simon Bolivar Symphony Orchestra of Venezuela. Não pretendo entrar aqui nos méritos sociais ou políticos deste projeto que ele coordenou nas favelas de Caracas, mas também não posso deixar de admirar seu empenho neste mesmo projeto que o lançou mundialmente, que o tornou mundialmente conhecido, e o levou à frente de uma Filarmônica de Los Angeles, ou Berlim.
Estes trabalhos de Tchaikovsky aqui gravados não são tão conhecidos, com exceção, é claro, do balé Romeo e Julieta. Não diria que é um disco temático. Dudamel juntou três peças do russo que foram baseadas na obra do bardo. Mas é um baita disco com uma música simplesmente magnifíca, claro que para aqueles que admiram o compositor.
Uma boa dica para o domingo.

01 – Hamlet – Fantasy Overture after Shakespeare op. 67
02 – The Tempest – Symphonic Fantacy after Shakespeare op. 18
03 – Romeo and Juliet – Fantasy Overture after Shakespeare

Simon Bolivar Symphony Orchestra of Venezuela
Gustavo Dudamel – Director

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FDPBach

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in B flat major, Op. 67 e Quinteto for piano, 2 violins, viola e violoncello in F menor, Op. 34 (CD 2 de 5)

Após alguns dias de ausência eu retorno ao PQP Bach para dá continuidade ao ciclo de postagens com o material camerístico de Brahns, iniciado há alguns dias atrás. Nesta ocasião teremos o Quarteto in B flat maior, Op. 67 e o o famoso Quinteto para dois pianos, dois violinos, viola e violoncelo em F menor, Op. 34. Para um dia como este é uma música agradavelmente adequada. Os comentários são dispensáveis. Que a música forneça suas explicações. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in B flat major, Op. 67 e Quinteto for piano, 2 violins, viola e violoncello in F menor, Op. 34

String Quartet in B flat major, Op. 67 [32:13]
01. 1.Vivace
02. 2. Andante
03. 3. Agitato(Allegretto Non Troppo)
04. 4. Poco Allegretto Con Variazioni

Quinteto for piano, 2 violins, viola e violoncello in F menor, Op. 34 [41:21]
05. 1. Allegro Non Troppo
06. 2. Andantem, Un Poco Adagio
07. 3. Scherzo.Allegro-Trio
08. 4. Finale.Poco Sostenut

Amadeus Quartet

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Carlinus

Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) – Stabat Mater, Violin Concerto, Salve Regina in C Minor – Abbado, Mingardo, Carmignola, Orchestra Mozart

Após a overdose que tivemos nos últimos dias de coleções de parar o trânsito, volto discretamente para postar novamente a obra prima de Pergolesi, o “Stabat Mater”, nesta coleção impecável que Claudio Abbado gravou em pouco menos de um ano.
Sempre que ouço o ” Stabat Mater” de Pergolesi sinto um arrepio na espinha. Não conheço nada mais angustiante que este lamento, não há como não imaginar esta dor intensa que uma mãe deve sentir quando perde de um filho.
Sara Mingado e Raquel Harnisch estão magníficas no “Stabat Mater”. Conseguimos identificar a cumplicidade na dor e no lamento em suas interpretações. É como se viesse da própria alma. Me perdoem os mais puristas, mas ainda prefiro a voz feminina à dos contra-tenores, mesmo sendo fã das gravações do Andreas Scholl e do René Jacobs. Sara Mingardo faz um trabalho notável nesta gravação, volto a repetir.
Ah, antes que esqueça, alguém pediu dia desses alguma outra obra de Pergolesi, como um concerto, ou uma obra de câmera. Curiosamente, neste CD, temos um Concerto para Violino. E o intérprete é ninguém mais que Giuseppe Carmignola, um dos maiores intérpretes do violino barroco na atualidade. Paa encerrar o CD, mais um “Salve Regina”.
Assim encerro a série de postagens deste fantástico compositor, que infelizmente viveu apenas 26 anos. Esta coleção do Abbado foi um dos maiores lançamentos fonográficos da música clássica no ano de 2010. Vida longa ao Signore Abbado por nos proporcionar esse prazer.
O sol está a pino neste sábado de manhã, como esteve nos últimos dias aqui no interior. Está fazendo um friozinho agradável. Hoje tirei o dia para não fazer nada, não sair de casa, enfim, curtir o dia aqui, ouvindo uma boa música.
Tenham todos um bom final de semana.

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1. Stabat Mater
Sara Mingardo, Rachel Harnisch, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

2. Cujus animam
Rachel Harnisch, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

3. O quam tristis
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

4. Quae moerabat
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

5. Quis est homo
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

6. Vidit suum
Rachel Harnisch, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

7. Eia Mater
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

8. Fac ut ardeat
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

9. Sancta Mater
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

10. Fac ut portem
Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

11. Inflammatus

12. Quando corpus – Amen
Rachel Harnisch, Sara Mingardo, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

Concerto for Violin in B Flat Major
edited by Federico Agostinelli
13. 1. Allegro
14. 2. Largo
15. 3. Allegro
Giuliano Carmignola, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

Salve Regina in C Minor
edited by Federico Agostinelli

16.1. Salve, Regina
17 2. Ad te clamamus
18. 3. Eia ergo
19. 4. Et Jesum benedictum
20. 5. O clemens, o pia
Julia Kleiter, Orchestra Mozart, Claudio Abbado

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FDPBach

Ferruccio Busoni (1866-1924) – String Quartet in C, Op.19 e String Quartet in D, Op.26

Não tenho conseguido parar de ouvir estes quartetos do compositor italiano Ferruccio Busoni. Ele apareceu pouco por aqui. Busoni era filho de músicos e possuía habilidades incomuns. Deu o seu primeiro concerto público aos sete anos de idade, o que o coloca na categoria de um Mozart ou de um Mendelssohn. Sua música é complexa. A wikipédia diz que a música de Busoni “é feita de diversas linhas melódicas entremeadas. Ainda que sua música não seja jamais de fa(c)to atonal no sentido schönbergiano do termo, suas obras tardias distinguem-se freqüentemente por uma tonalidade indeterminada, como as últimas de Franz Liszt. Nas notas de programa para sua Sonatina seconda de 1912, Busoni descreve sua peça como sendo senza tonalità (italiano para: sem tonalidade). Johann Sebastian Bach e Franz Liszt são regularmente citados como tendo tido uma influência decisiva sobre o compositor italiano, pois sua música contém elementos de neoclassicismo, e inclui melodias que se assemelham à aquelas de Wolfgang Amadeus Mozart. Busoni escreveu numerosas peças para piano”. Ouça e tire as suas conclusões. Uma boa experimentação.

Ferruccio Busoni (1866-1924) – String Quartet in C, Op.19 e String Quartet in D, Op.26

String Quartet in C, Op.19
01. I. Allegro moderato, patetico
02. II. Andante
03. III. Menuetto
04. IV. Finale. Andante con moto, alla marcia

String Quartet in D, Op.26
05. I. Allegro energico
06. II. Andante con moto
07. III. Vivace assai
08. IV. Andantino – Allegro con brio

Pellegrini-Quartett
Antonio Pellegrini, violino
Thomas Hofer, violino
Charlotte Geselbracht, viola
Helmut Menzler, cello

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Carlinus

.: interlúdio :. Pat Metheny – Zero Tolerance for Silence (1992)

Se você não suporta o free jazz, a Segunda Escola de Viena e as liberalidades de uma forma geral, fuja deste disco. Não se engane, o brilhantíssimo guitarrista Pat Metheny tem outra criatura dentro dele, mas não como você, leitor que sexualiza tudo, pensou. Há Dr. Jeckyll: o Metheny doce, melódico, brando, que poderia criar um trabalho com o titulo de Zero Tolerance for Noise; e Mr. Hyde: o parceiro de Ornette Coleman de Song X e autor deste agressivíssimo Zero Tolerance for Silence.

“A gravação mais radical da década…”. “Um novo marco na música para guitarra elétrica…”. “O instrumento queima, voa, são fragmentos retorcidos da imaginação de um incendiário mestre do imprevisível, um desafio para aqueles que se aventuram…”. Estes foram alguns trechos escritos para Zero Tolerance for Silence pelo guitarrista do Sonic Youth, Thurston Moore, em sua crítica. E é difícil expressar melhor a sensação — porque trata-se disso, de sensação — de ouvi-lo.

Em dezembro de 1992, Pat entrou no New York Power Station armado apenas com uma guitarra elétrica, pôs nela toda a distorção possível e gravou as cinco partes que compõem este disco absolutamente selvagem. Nele, o caos impera de forma especialmente arbitrária: são acordes quebrados, métricas inviáveis, conversas entre duas guitarras que lembram Frank Zappa — mas sem suas confusas influências eruditas, porque aquilo são apenas influências — , escalas inexistentes e todo o arsenal que você pode imaginar para um processo rigoroso de desconstrução que deixaria o free jazz tonto. Muitos, virando-lhe as costas, chamariam o CD de vanguardista ou o acusaria de ter apenas ruído como conteúdo, mas, desculpem, o fato é que há uma lógica estrutural nesta estranha suíte. A “situação” da primeira parte (18 minutos) torna-se logo depois mais agradável e melódica — de uma forma canhestra pra caralho — na parte 2, trazendo de volta lembranças de uma outra composição, “Parallel Realities” (com Jack DeJohnette, 1990), não ortodoxa. Neste mundo cheio de referências é dífícil ser totalmente original e os acordes de Metheny passam a lembrar Jimi Hendrix. Depois, o tema cerne do CD está agonizando e as notas se parecem com o movimento das garras de um animal morrendo… A parte 4 recebe um toque decididamente roqueiro reforçado pela presença de um terceira guitarra largando seus acordes em meio ao desarticulado diálogo dos dois principais instrumentos.

Um CD absolutamente radical, indicado apenas àquelas pessoas que não nada de varizes e conservadorismo em seus ouvidos.

IM-PER-DÍ-VEL, mas, repito, só para radicais !!!

Pat Metheny – Zero Tolerance for Silence (1992)

1. Part 1
2. Part 2
3. Part 3
4. Part 4
5. Part 5

Pat Metheny, guitarras

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PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 3 em Mi bemol maior, Op. 55 – "Heróica"

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Depois de uma semana de silêncio pleno, estou de volta com um baita CD, daqueles que fazem a gente perder a voz e ouvir com absurda devoção. Afinal, trata-se de Beethoven, do inominável Beethoven. Entre as sinfonias do alemão, a de número 3 é uma das minhas preferidas. Ela constitui uma plêiade de sentimentos morais. É um micro-mundo, uma representação da existencialidade complexa de Beethoven. O compositor era um campo de batalha. Este CD é um portento. Uma maravilha. É uma gravação realizada no ano de 1958 por Ferenc Fricsay à frente da Filarmônica de Berlim. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 3 em Mi bemol maior, Op. 55 – “Heróica”
01. Allegro con brio
02. Marcia funebre: Adagio assai
03. Scherzo: Allegro vivace
04. Finale: Allegro molto

Berliner Philharmoniker
Ferenc Fricsay, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 e String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2 (CD 1 de 5)

Já venho há dois meses com o intento de postar os quartetos de cordas de Brahms, uma joia, uma pérola, algo para qual nos falta palavras. Mas foi somente hoje que disse para mim mesmo: “Hoje a criança nasce!”. E como estou entusiasmado com estas postagens! Nutro uma profunda admiração pela música brahmsiana. Com o compositor não havia tempo para devaneios ou produções que fugiam àqueles elementos tão típicos da música genuinamente clássica. Deve ser por isso que ele não compôs balê ou ópera. Seus pés estavam fincados no terreno da música pura. Música-música (se é que existe esta expressão). Toda as vezes que vou postar Brahms corre dentro de mim certa expectação reverente. A alemão não era brincadeira. Sua música é um atestado de sua competência e seriedade. Em sua época o que vigorava eram as megalomanias de Wagner e dos compositores programáticos. Brahms conseguiu se impor compondo música absoluta – a mesma que compusera Beethoven, Mozart e Haydn. Tudo isso amalgamado ao espírito profundo do Romantismo. Resta-nos apenas ficar com o primeiro CD com os dois primeiros quartetos – O opus 51 no. 1 e 2. Estes quartetos são verdadeiras obras primas. Possuem uma capacidade de síntese, concentração e honestidade musical invejáveis, dificilmente encontráveis em outros compositores. Prestem atenção: falo “dificilmente”. Páro por aqui: é preciso ouvir para sentir estas duas maravilhas. Aprecie sem moderação, incontidamente!

Johannes Brahms (1833-1897) – String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 e String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2

String Quartet in C menor, Op. 51 no. 1 [30:10]
01. Allegro
02. Romanze. Poco Adagio
03. Allegretto molto moderato e comodo – Un poco piu animato
04. Allegro

String Quartet in A menor, Op. 51 no. 2 [31:04]
05. Allegro non troppo
06. Andate moderato
07. Quasi Minuetto, moderato – Allegretto vivace
08. Finale. Allegro non assai

Amadeus Quartet

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Carlinus

Antonio Vivaldi (1678-1741): Le Passioni dell'Uomo / Concertos para Violino

Esplêndido CD duplo da Deutsche Harmonia Mundi! Todos nós conhecemos e caracterizamos Totonho por seus concertos. Dos 241 concertos para violino que compôs, muitos deles têm títulos programáticos. O violinista barroco italiano Enrico Casazza, selecionou seis concertos cujos nomes referem-se às paixões humanas (L’Amoroso ou L’Inquietudine). O CD bônus inclui quatro concertos inicialmente compostos para outros instrumentos que não o violino. Estes trabalhos foram arranjados para violino e orquestra de cordas por Pablo Queipo de Llano. A orquestra de nome modestíssimo — La Magnifica Comunità — é, tá bom, bem boa mesmo.

Vivaldi (1678-1741): Le Passioni dell’Uomo / Concertos para Violino

Disco 1

01/03. Concerto for Violin in E minor, RV 277 “Il Favorito”
04/06. Concerto for Violin in D major, RV 234 “L’Inquietudine”
07/09. Concerto for Violin in E major, RV 271 “L’Amoroso”
10/12. Concerto for Violin in C minor, RV 199 “Il Sospetto”
13/15. Concerto for Violin in B minor, RV 387 “Per Signora Anna Maria”
16/18. Concerto for Violin in C minor, RV 761 “Amato bene”

Disco 2

01/03. Concerto for Violin in B minor, RV 378R
04/06. Concerto for Violin in G minor, RV 320
07/09. Concerto for Violin in B flat major, RV 432R (originally for Flute)
10/12. Concerto for Violin in G minor, RV 322 (reconstructed)

Enrico Casazza, Violino e regência
La Magnifica Comunità

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PQP

Giovanni Battista Pergolesi (1710-1736) – Dixit Dominus – Confitebor tibi, Dominem – Chi non ode e chi non vede – Salve Regina in A minor – Abbado – Orchestra Mozart

Dando continuidade ao meu projeto de postar obras de Pergolesi, começo a postar a série de três CDs que Claudio Abbado gravou ente 2009 e 2010, com a excelente “Orchestra Mozart”, e neste cd, com o excelente “Coro della Radiotelevisione Svizzera”.
Adoro obras corais sacras. Claro que devido à clara influência de Bach e Handel, mas existem diversos outros compositores barrocos, contemporâneos de Bach, que também produziram magníficas obras, mas devido ao gigantismo de Johann e de Handel, ficaram um tanto quanto obscurecidos e esquecidos.  A índústria fonográfica vem tentando nos últimos tempos suprir estas carências e muitos músicos vêm se especializando nestes repertórios.
Desde a primeira vez que ouvi a voz celestial de Emma Kirkby cantando o “Stabat Mater” me apaixonei pela obra de Pergolesi. E nestes últimos anos venho procurando outras obras, mas trata-se de tarefa um tanto quanto difícil. Mas creio que com este projeto de Claudio Abbado, dedicando-se durante algum tempo ás obras principalmente sacras, um maior número de orquestras, ou músicos, venham a gravá-las. Inclusive, está sendo um sucesso a postagem da Anna Netrebko cantando o “Stabat Mater”, já são mais de 350 downloads em uma semana. Daí vemos o interesse de nossos leitores-ouvintes de terem acesso à estes cds, que de outra forma que não fosse esta, seria quase impossível adquirir. A não ser, é claro, que tenham cartão de crédito internacional, além de um bom saldo na conta corrente, e paciência para esperarem por até três meses para receber o produto.
Este CD que estou postando traz o magnífico “Dixit Dominus”,
Bem, problemas à parte, espero que apreciem a beleza destas obras. Em anexo, segue booklet com informações sobre as obras e as letras das mesmas.
1 – CONFITEBOR TIBI, DOMINE. I. Confitebor tibi, Domine
2 – II. Confessio et magnificentia opus eius
3 – III. Fidelia omnia mandata eius
4 – IV. Redemptionem misit populo suo
5 – V. Sanctum et terribile nomen eius
6 – VI. Gloria Patri
7 – VII. Sicut erat in principio

Julia Kleiter – Soprano
Rosa Bove – Contralto
Coro della Radiotelevisione Svizzera
Orchestra Mozart
Claudio Abbado – Conductor

8 – CHI NON ODE E CHI NON VEDE. I Aria_ Chi non ode e chi non vede
9 – II Recitativo_ Di costei parlo
10 – III – Largo_ Tu dovresti, Amor tiranno
11 – Recitativo_ Ma dove io mi rivolgo_
12 – Largo stentato_ Miseri affetti miei
13 – Aria. Presto_ Cadro contento

Rachel Harnisch – Soprano
Orchestra Mozat
Claudio Abbado

14 – SALVE REGINA a-moll. I. Salve Regina
15 – II. Ad te clamamus
16 – III. Eia ergo
17 – IV. O clemens, o pia

Julia Kleiter – Soprano
Orchestra Mozart
Claudio Abbado – Conductor

18 – DIXIT DOMINUS. I. Dixit Dominus
19 – II. Virgam virtutis
20 – III. Dominare
21 – IV. Tecum principium
22 – V. Juravit Dominus
23 – VI. Dominus a dextris tuis
24 – VII. Gloria Patri

Rachel Harnisch – Soprano
Lucio Gallo – Bass – Barítono
Coro dela Radiotelevisione Svizzera
Claudio Abbado – Conductor

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FDPBach

Coleção Grandes Compositores 15/33: Piotr Tchaikovsky (1840-1893) (2)

Queriam mais Tchaikovsky?! Pois bem, este é mais um daqueles raros compositores que mereceram bis nesta coleção. O repertório é semelhante ao volume anterior. Um concerto; desta vez temos o Concerto para Violino em Ré. Duas peças orquestrais avulsas; a Fantasia Romeu e Julieta e a Marcha Eslava. Uma suíte de balé; agora com O Quebra Nozes. Faltou uma sinfonia, mas temos a belíssima Serenata para Cordas em Dó para finalizar o álbum. Enfim, um excelente repertório e uma grande oportunidade para os iniciantes terem, um pouco mais, contato com as mais populares obras de um dos maiores compositores de todos os tempos.

Nascido de uma família russa de classe média, Tchaikovsky parecia destinado à carreira jurídica. Aos 19 anos, tendo completado seus estudos de direito, ele arranjou um emprego como funcionário do Ministério da Justiça. Mas a atração pela música, que ele sentia desde criança, demonstrou-se irresistível. Entrou para o conservatório musical de São Petersburgo e abandonou o emprego para dedicar-se inteiramente à arte.
Desde o início, ele foi uma voz musical forte e independente. Mantinha relações amistosas com Balakirev e Rimsky-Korsakov, compositores nacionalistas russos. Mas, ainda que com frequência Tchaikovsky buscasse inspiração nas canções folclóricas de sua terra, continuava a usar as formas e técnicas dos mestres clássicos de maneira absolutamente pessoal. Os primeiros anos que dedicou à música foram difíceis, mas trouxeram-lhe crescente reconhecimento. Apesar de inseguro sobre as suas habilidades e atormentado por sua homossexualidade, produziu uma série de composições famosas – óperas, sinfonias, balés e outras partituras -, que são o legado de sua genialidade.

Na última década do século XIX, Tchaikovsky já era reconhecido como o maior compositor russo. Fora condecorado pelo czar, suas obras eram aplaudidas por toda a Europa e até por plateias da América. O caminho para a fama e o sucesso, no entanto, havia sido tortuoso e marcado pelas angustiantes crises emocionais que continuariam a assombrar o compositor até o final de sua vida.

Fonte: Encarte do álbum.

Uma ótima audição!

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Coleção Grandes Compositores Vol. 15 – Piotr Tchaikovsky (2)

DISCO A

Violin Concert in D,Op. 35
01 Allegro moderato (17:51)
02 Canzonetta: Andante; Finale: Allegro vivacissimo (16:43)
Kyung Wha Chung, violin
Orchestre Symphonique de Montréal, Charles Dutoit

Romeo and Juliet, Fantasy Overture
03 (19:36)
Cleveland Orchestra, Riccardo Chailly

Marche Slave, Op. 31
04 (10:46)
Orchestre Symphonique de Montréal, Charles Dutoit

DISCO B

Nutcracker Suite, Op. 71a
01 Miniature overture; Characteristic dances (3:13)
02 March (2:23)
03 Dance of Sugar-Plum Fairy (1:44)
04 Russian Dance (1:08)
05 Arabian Dance (Coffee) (3:54)
06 Chinese Dance (Tea) (1:05)
07 Dance of the Reed-Pipes (2:26)
08 Waltz of the Flowers (6:40)

Serenade of Strings in C, Op. 48
09 Pezzo in forma di sonatina: Andante non troppo – Allegro moderato (8:52)
10 Waltz: Moderato (Tempo di valse) (3:37)
11 Elégie: Larghetto elegiaco (8:54)
12 Finale: (Tema Russo): Andante – Allegro con spirito (7:07)

Academy of St. Martin-in-the-Fields, Sir Neville Marriner

BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS

Marcelo Stravinsky