Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Music for 2 Pianos – Haebler, Hoffmann, Demus, Badura-Skoda

Box FrontRaramente atendemos pedidos de nossos leitores, mas a solicitação que o Ubirajara fez ontem ou anteontem me deixou com uma pulga atrás da orelha, pois eu tinha certeza de que esse KV 497 já havia sido postado, porém constatei que foi o postado foi o KV 448, com a dupla Perahia / Lupu. Mas enfim, aí está obra solicitada, entre outras.
Trata-se de Cd duplo da coleção “Mozart Complete Edition” que a Phillips lançou em 1991, por ocasião das comemorações de 200 anos da morte do próprio. Claro que a gravadora escolheu seus músicos para a gravação, e aqui temos um timaço de especialistas em Mozart, como a divina Ingrid Haebler (não canso de me gabar de ter tido a oportunidade de assistir a uma apresentação dela em São Paulo, há muitos anos atrás, é verdade, tocando o Concerto n°20) Jörg Demus, Paul Badura-Skoda e Ludwig Hoffmann.
Enfim, este CD duplo traz as obras de Mozart compostas para dois pianos, e tem obras primas aqui, como não poderia deixar de ser. A interpretação sensível deste timaço de pianistas com certeza vai satisfazer nosso querido Ubirajara, que já nos acompanha há bastante tempo.

CD 1

01 – Sonata in C for Piano Duet KV19d – Allegro
02 – Sonata in C for Piano Duet KV19d – Menuetto
03 – Sonata in C for Piano Duet KV19d – Rondo-Allegretto
04 – Sonata in D for Piano Duet KV381-123a – Allegro
05 – Sonata in D for Piano Duet KV381-123a – Andante
06 – Sonata in D for Piano Duet KV381-123a – Allegro molto
07 – Sonata in Bb for Piano Duet KV358-186c – Allegro
08 – Sonata in Bb for Piano Duet KV358-186c – Adagio
09 – Sonata in Bb for Piano Duet KV358-186c – Molto presto
10 – Sonata in D for two pianos KV448 – Allegro con spirito
11 – Sonata in D for two pianos KV448 – Andante
12 – Sonata in D for two pianos KV448 – Allegro molto
13 – Fugue in C min for Two Pianos KV426 – Allegro moderato

Ingrid Haebler, Ludwig Hoffmann – Pianos

14 – Larghetto and Allegro in Eb for Two Pianos KV deest

Jörg Demus, Paul Badura-Skoda – Pianos

CD 2

01 – Sonata in F for Piano Duet KV 497 – Adagio-Allegro di molto
02 – Sonata in F for Piano Duet KV 497 – Andante
03 – Sonata in F for Piano Duet KV 497 – Allegro
04 – Sonata in G for Piano Duet KV357-497a+500a – Allegro KV357-497a
05 – Sonata in G for Piano Duet KV357-497a+500a – Andante KV500a
06 – Andante with Five Variations in G for Piano Duet KV501
07 – Sonata in C for Piano Duet K521 – Allegro
08 – Sonata in C for Piano Duet K521 – Andante
09 – Sonata in C for Piano Duet K521 – Allegretto

Ingrid Haebler, Ludwig Hoffmann – Pianos

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Complete Piano Sonatas – CDs 5 e 6 – Brautigam

41H06V5MBXLEntão, completando a coleção da integral das Sonatas para Piano de Mozart aqui estão os dois últimos cds. Na verdade, ainda existe um cd em que Brautigam interpreta algumas variações para piano e um rondo. Mas não tenho esse cd.
Como falei acima, a interpretação das sonatas está a cargo de Ronald Brautigam, um dos grandes nomes do piano da atualidade, um músico completo, que se especializou no repertório clássico se utlizando de um pianoforte.
Infelizmente minhas férias estão acabando. E este ano vai ser um tanto quanto estressante, talvez minhas participações diminuam, mas sempre que possível estarei dando uma fuçada por aqui, e colaborando, pois sei que a vida dos meus colegas ainda em atividade por aqui também está complicada, todos com seus compromissos profissionais e familiares.
Mas vamos ao que viemos.

CD 5
01 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 333 (No. 13) (1783)- Allegro
02 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 333 (No. 13) (1783)- Andante Cantabile
03 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 333 (No. 13) (1783)- Allegretto Grazioso
04 – Mozart – Fantasie in C minor, KV 475 (1785)- Adagio
05 – Mozart – Fantasie in C minor, KV 475 (1785)- Allegro
06 – Mozart – Fantasie in C minor, KV 475 (1785)- Andantino
07 – Mozart – Fantasie in C minor, KV 475 (1785)- Più Allegro
08 – Mozart – Fantasie in C minor, KV 475 (1785)- Tempo Primo
09 – Mozart – Sonata in C minor, KV 457 (No. 14) (1784)- Molto Allegro
10 – Mozart – Sonata in C minor, KV 457 (No. 14) (1784)- Adagio
11 – Mozart – Sonata in C minor, KV 457 (No. 14) (1784)- Allegro Assai

CD 6

01 – Mozart – Sonata in F major, KV 533+494 (No.15) (1788)- Allegro
02 – Mozart – Sonata in F major, KV 533+494 (No.15) (1788)- Andante
03 – Mozart – Sonata in F major, KV 533+494 (No.15) (1786)- Rondo. Allegretto
04 – Mozart – Sonata in C major, KV 545 (No.16) (1788)- Allegro
05 – Mozart – Sonata in C major, KV 545 (No.16) (1788)- Andante
06 – Mozart – Sonata in C major, KV 545 (No.16) (1788)- Rondo
07 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 570 (No.17) (1789)- Allegro
08 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 570 (No.17) (1789)- Adagio
09 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 570 (No.17) (1789)- Allegretto
10 – Mozart – Sonata in D major, KV 576 (No.18) (1789)- Allegro
11 – Mozart – Sonata in D major, KV 576 (No.18) (1789)- Adagio
12 – Mozart – Sonata in D major, KV 576 (No.18) (1789)- Allegretto

Ronald Brautigam -Pianoforte

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – The Complete Piano Sonatas – CDs 3 e 4 – Brautigam

41H06V5MBXLMais dois cds da integral das Sonatas para Piano de Mozart com o excelente pianista inglês Ronald Brautigam, interpretados em um pianoforte, aliás, especialidade do solista. Aos poucos ele tem lançado os cds com os concertos para piano do mesmo Mozart, mas aparentemente não está com muita pressa, pois até onde sei sairam até agora 4 cds, de acordo com o site do selo BIS, mas por enquanto, só tenho dois.
Os senhores estão gostando da leitura dele para Mozart? Gostei muito, são leituras alegres, como devem ser, sempre achei as sonatas para piano de Mozart obras que ajudam a nos deixar bem, sempre são “alto astral”, me utilizando de uma gíria antiga.
Então, fiquem bem consigo mesmos, ouvindo estas obras primas do repertório pianístico.

CD 3

01 – Mozart – Sonata in C major, KN 309 (No. 7) (1777)- Allegro con spirito
02 – Mozart – Sonata in C major, KN 309 (No. 7) (1777)- Andante un poco adagio
03 – Mozart – Sonata in C major, KN 309 (No. 7) (1777)- Rondeau. Allegretto grazioso
04 – Mozart – Sonata in D major, KV 311 (No. 8) (1777)- Allegro con spirito
05 – Mozart – Sonata in D major, KV 311 (No. 8) (1777)- Andante con espressione
06 – Mozart – Sonata in D major, KV 311 (No. 8) (1777)- Rondeau. Allegro
07 – Mozart – Sonata in A minor, KV 310 (No. 9) (1778)- Allegro maestoso
08 – Mozart – Sonata in A minor, KV 310 (No. 9) (1778)- Andante cantabile con espressione
09 – Mozart – Sonata in A minor, KV 310 (No. 9) (1778)- Presto

CD 4

01 – Mozart – Sonata in C major, KV 330 (No. 10) (1783)- Allegro moderato
02 – Mozart – Sonata in C major, KV 330 (No. 10) (1783)- Andante cantabile
03 – Mozart – Sonata in C major, KV 330 (No. 10) (1783)- Allegretto
04 – Mozart – Sonata in A major, KV 331 (No. 11) (1783)- Andante grazioso
05 – Mozart – Sonata in A major, KV 331 (No. 11) (1783)- Menuetto. Trio
06 – Mozart – Sonata in A major, KV 331 (No. 11) (1783)- Alla turca, Allegretto
07 – Mozart – Sonata in F major, KV 332 (No. 12) (1783)- Allegro
08 – Mozart – Sonata in F major, KV 332 (No. 12) (1783)- Adagio
09 – Mozart – Sonata in F major, KV 332 (No. 12) (1783)- Allegro assai

CD 3 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 4 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – The Piano Sonatas Vols 1 e 2 – Brautigam

41H06V5MBXLMozart é um compositor essencial na minha vida e ceio que na vida de muita gente. Amo suas obras, e sempre que possível trago alguma coisa dele aqui para o blog.
Já ensaiei trazer estas sonatas para piano em diversas outras versões, inclusive o próprio PQPBach trouxe uma versão com a Maria João Pires, creio, mas isso já faz bastante tempo. Depois disso essas sonatas para piano apareceram uma ou outra, ocasionalmente.
Para esta integral a escolha do intérprete recaiu sobre o inglês Ronald Brautigam, um dos grandes nomes do piano da atualidade.
Neste primeiro “pacote” temos os dois primeiros cds.A versatilidade deste pianista é muito grande, tanto que se especializou em gravar alguns compositores, como é o caso desse Mozart e também Haydn, além de Beethoven, cujas sonatas eu trouxe há algum tempo atrás, diretamente no pianoforte, um primo mais distante do piano atual. Curiosamente, na hora de gravar os concertos para piano de Beethoven, ele optou por um piano de cauda.
Então vamos ao que viemos.

01 – Mozart – Sonata in C major, KV 279 (No. 1) (1775)- Allegro
02 – Mozart – Sonata in C major, KV 279 (No. 1) (1775)- Andante
03 – Mozart – Sonata in C major, KV 279 (No. 1) (1775)- Allegro
04 – Mozart – Sonata in F major, KV 280 (No. 2) (1775)- Allegro assai
05 – Mozart – Sonata in F major, KV 280 (No. 2) (1775)- Adagio
06 – Mozart – Sonata in F major, KV 280 (No. 2) (1775)- Presto
07 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 281 (No. 3) (1775)- Allegro
08 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 281 (No. 3) (1775)- Andante amoroso
09 – Mozart – Sonata in B-flat major, KV 281 (No. 3) (1775)- Rondeau. Allegro

Ronald Brautigam – Pianoforte

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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Foi em um instrumento semelhante a este que Mozart, Beethoven e tantos outros compuseram suas obras primas.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Konzert für Klavier und Orchester No.1 C-Dur op. 15 / Johannes Brahms (1833-1897): Konzert für Klavier und Orchester No.2 B-Dur op. 83

frontGéza Anda foi um pianista húngaro que viveu apenas 55 anos mas durante estes meros 55 anos tornou-se um dos grandes nomes do seu instrumento do século XX. É dífícil encontrarmos uma gravação sua que digamos que não seja de primeira qualidade. Teve a oportunidade de vivenciar a evolução dos estúdios de gravação, da qualidade dos microfones, enfim, e do surgimento do estéreo, mas felizmente não se trancou em estúdios o tempo todo, como Glenn Gould resolveu fazer em determinada etapa de sua vida, recusando-se a fazer recitais. Ao contrário, Anda frequentava os melhores palcos do mundo, sempre acompanhado das melhores orquestras e regentes.
É o caso deste CD que ora vos trago. Géza Anda toca o primeiro concerto para piano de Beethoven, talvez o mais mozartiano de seus concertos, e o concerto favorito das multidões, meu inclusive, o Segundo Concerto de Brahms. São gravações realizadas ao vivo em dois momentos bem diferentes, o Beethoven foi gravado em 1962 e o Brahms foi gravado em 1968. A orquestra é a da Rádio Bávara, regida pelo grande Rafael Kubelik. O responsável por nos trazer tal pintura de CD é o selo alemão, Orfeo, especializado em resgatar gravações antigas, principalmente as realizadas ao vivo. Pretendo trazer outros cds deste selo, são verdadeiros tesouros escondidos ali.
Como grande mozartiano e beethovenniano que era, Anda realiza uma interpretação quase que perfeita do Primeiro Concerto de Beethoven. E mostra um Beethoven em evolução, que já está encontrando o seu estilo, e linguagem, mas que reconhece Haydn e Mozart como suas influências diretas. Existem certas passagens no Rondó final que são mozartianos em sua essência. E Anda salienta estas passagens com um fraseado perfeito.
Reza a lenda que o grande regente Wilhelm Fürtwangler o teria apelidado de “a troubadour of the piano”. Como bem analisa o comentarista que assina o libreto interno, “the term  seems to me a comprehensive sense characteristic of what was special in the playing and the nature of the Hungarian pianist. Géza Anda was a singing pianist. His touch allowed the piano to sound in a special way: it was a sound of unprecedented luminosity that allowed notes to connect and phrases to stretch”. 
Depois de nos iluminar o dia com um Beethoven quase perfeito, Anda encara o robusto e inigualável Segundo Concerto de Brahms, o favorito deste que vos escreve tantas bobagens. Depois de ouvir este concerto por mais de 25 anos, nem tenho mais o que dizer dele. Cada nota, cada compasso me parece tão perfeito, tão bem colocado, nunca sobrando nada, cada intervenção da orquestra e do piano nos traz um embate de titãs, assim como no primeiro concerto. É como se o piano e a orquestra travassem um combate, mas que no final das contas não importasse quem seria o vencedor. Anda e Kubelik encaram o desafio como dois grandes músicos que foram, ainda mais tendo a Orquestra da Rádio Bávara como cúmplice. Definitivamente, não é um desafio que qualquer um possa encarar.
Poderia me estender por horas falando sobre este CD, mas não quero vos aborrecer por mais da conta. Só tenho a lhes garantir que temos aqui dois grandes momentos, e vos deixo nas mãos mágicas de dois grandes músicos do século XX, Rafael Kubelik e Géza Anda.

Ludwig van Beethoven (1770-1827):
Konzert für Klavier und Orchester No.1 C-Dur op. 15
Johannes Brahms (1833-1897):
Konzert für Klavier und Orchester No.2 B-Dur op. 83

01 – Konzert fuer Klavier und Orchester No.1 C-Dur op. 15_ Allegro con brio
02 – Largo
03 – Rondo_ Allegro scherzando

04 – Konzert fuer Klavier und Orchester No.2 B-Dur op. 83_ Allegro non troppo
05 – Allegro appassionato
06 – Andante
07 – Allegro grazioso

Géza Anda – Piano
Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunk
Rafael Kubelik – Conductor

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FDPBach

Gza+Anda+0812anda
Géza Anda (1921-1976) – The troubador of the Piano

PQPBach, 7 anos!

Eita!

Esse 2013 foi bastante atribulado para a equipe pequepiana e uma data muito especial passou batida: o dia 15 de Novembro. Para além de ser o dia da Proclamação da República (1889), é o dia do nascimento deste sítio (2006), data em que o chefão-sumo-sacerdote postou o Quinteto para Piano, Flauta, Clarinete, Trompa e Fagote de Rimsky-Korsakov, inaugurando uma sequência crescente de postagens que até a véspera desta aqui somavam 3.438! Os compositores avançaram para muito além do papai Johann Sebastian Bach (este blog que o homenageia nem começou com obra dele…) e as categorias que os marcam são hoje nada menos 1.233!

E durante essa viagem de 7 anos o PQPBach foi cooptando seguidores tais como FDP, CDF, CVL, Bluedog, Strava, Ranulfus, Carlinus, Avicenna, Gabrieldelaclarinet, Itadakimasu, Bisnaga e, este ano, o caçulinha: Das Chucruten. E o mais interessante disso tudo é que, apesar de nossa atividade ser de polinizar beleza pela blogosfera e suas margens, quem mais se diverte somos nós (vocês não fazem ideia do que é o nosso grupo interno de e-mails)! Cada comentário gera uma euforia! Abrimos nossas caudas de pavão a cada elogio! E quando o número de downloads é expressivo, passamos a mostrar o feito aos outros colegas.

Infelizmente não podemos nos dedicar ao blog tanto quanto gostaríamos, fazendo duas ou três postagens por dia, como alguns outros Blogs fazem. Temos nossas vidas, famílias, compromissos, trabalho. Nos dedicamos ao PQPBach de corpo e alma, mas dentro das nossas condições e possibilidades. Não estamos ganhando nada por isso, é o nosso hobby. Enquanto alguns jogam tênis ou praticam algum outro esporte nós do PQPBach passamos a maior parte de nosso tempo escolhendo cds para passar para vocês, lhes dando a oportunidade de ter acesso a este imenso e inesgotável mundo da boa música. É essa nossa paixão pela música nos impulsiona, que nos dá a força necessária para seguirmos em frente, apesar dos problemas de ordem técnica que por vezes enfrentamos, das broncas que temos de dar em alguns comentaristas devido a comentários por vezes impertinentes e até mesmo insultantes. Mas também entendemos que a grande maioria silenciosa, aquela que dificilmente se manifesta, às vezes por timidez, às vezes por não saber como nos apoiar, continua e continuará nos dando o alento necessário para continuarmos nessa nossa missão.

Claro, além disso tivemos ao longo desse tempo várias dores de cabeça com os provedores e HDs virtuais onde hospedamos os arquivos. Muita coisa aqui postada foi apagada, colegas perderam contas inteiras (e muito tempo de dedicação). Mas, se a gente esmorece um pouco com esses incidentes, em pouco tempo nos reorganizamos e tocamos em frente! Muitos blogs conhecidos, amigos e preciosíssimos fecharam, para nossa tristeza. Mas nós teimamos e continuamos, apesar de todos os tropeços, pois compartilhar boa música nos dá um prazer inominável. Talvez por esse motivo o PQPBach continue prezando por fazer suas postagens descontraidamente, com uma dose de humor, tirando um sarro da cara de louco do intérprete, da gostosura da musicista ou da feiúra do autor. Essa irreverência se tornou uma característica e um diferencial do site: não tem porque ser sisudo e chato pra falar de música clássica, uma coisa tão legal!

Com o tempo, com o aumento da quantidade e da variedade das peças e compositores aqui disponibilizados, o blog cresceu de forma tal que provavelmente o pai da criança, Peter Qualvoll Publizieren Bach, não imaginaria: o total de acessos está chegando aos 4,0 milhões e 30% deles é feito por usuários de outros países, que devem penar para entender o idioma português (língua lindíssima, mas difíííícil…). O PQPBach já foi citado em sites, revistas e jornais de vários países, e vira-e-mexe encontramos o blog sendo recomendado em cursos de música, graças ao repertório aqui depositado. Dá gosto!

Dessa forma, então, nós, da equipe do PQPBach ainda ativa, e claro, os que por aqui passaram (e que desejamos que voltem), desejamos a todos os nossos leitores um Feliz 2014 regado a muita música boa.

Um brinde! Que venham mais anos, mais músicas e mais descobertas! PQPBach: SETE Anos !!!

Bisnaga, Avicenna, PQPBach e FDPBach.

Édouard Lalo (1823-1892) – Ouverture to ‘Le Roi d’Ys’, Violin Concerto in F major Op.20, Scherzo in D minor, Concerto russe Op.29 – Charlier, BBCP, Tortelier

front1-e1388097039498-1019x1024Acho que preciso da  ajuda dos senhores para tentarem me convencer que este cd merece as quatro estrelas e meia que os clientes da amazon.com lhe concedem. Tudo bem que Olivier Charlier não é um Itzhak Perlman mas muitas vezes me parece que ele meio que tenta tirar leite de pedra neste CD com obras de Édouard Lalo para violino e orquestra. Aliás, preciso confessar que depois de ouvir esse CD entendi porque a Symphonie espagnole é a obra mais gravada do francês. A abertura da ópera “Le Roi d’Ys” traz bons momentos, mas também não me convenceu. O Scherzo in D Minor é mais dinâmico, traz idéias bem desenvolvidas, assim como o Concerto Russe, onde Charlier pode mostrar um pouco mais o seu talento.
Mesmo o Concerto para Violino não é tão vultuoso e imponente quanto a Symphonie espagnole. Nem virtuosístico, eu diria, apesar de ter sido escrito quase que na mesma época da Symphonie, e de também ter sido composta para o grande Pablo de Sarasate, o grande violinista do século XIX, ao lado de Paganini e de Joseph Joachim.
Apesar das críticas positivas da amazon a respeito do CD, considero estas obras bem inferiores à Symphonie Espagnole. Tortelier também não em convence, parece meio apático, mesmo a frente da excelente BBC Philharmonic. Enfim, em minha opinião, um cd um tanto quanto tedioso. Mas deixo a critério dos senhores as considerações finais.

01. Ouverture to ‘Le Roi d’Ys’
02. Violin Concerto in F major Op.20, I. Première partie Adante – Allegro
03. Violin Concerto in F major Op.20, II. Deuxième partie Andantino –
04. Violin Concerto in F major Op.20, Allegro con fuoco
05. Scherzo in D minor
06. Concerto russe Op.29, I. Prélude – Allegro
07. Concerto russe Op.29, II. Chants russes
08. Concerto russe Op.29, III. Intermezzo
09. Concerto russe Op.29, IV. Introduction – Chants russes

Olivier Charlier – Violin
BBC Philharmonic
Yan Pascal Tortelier – Conductor

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Édouard Lalo (1823-1892) – Spanish Symphony, op. 21 – Maurice Ravel (1875-1937) – Tzigane

510ALQ6uivLMais um CD de Itzhak Perlman, desta vez tocando Lalo, a belíssima Sinfonia Espanhola. Como não poderia deixar de ser, mais um show de virtuosismo e técnica, sob a competente regência de André Previn frente à Sinfônica de Londres. Um discaço, ainda mais que para conclusão Perlman encara a Tzigane de Ravel. Coisa de doido. Ouçam quantas vezes quiserem, e me digam se o então jovem Perlman já não era um violinista sensacional.
Muito calor aqui no interior de Santa Catarina, minha cidade hoje bateu o recorde de temperatura no estado, com uma sensação térmica de 44°C. E o verão está apenas começando.

Itzhak Perlman – Lalo Spanish Symphony Op.21 – 1. Allegro non troppo
Itzhak Perlman – Lalo Spanish Symphony Op.21 – 2. Scherzando. Allegro molto
Itzhak Perlman – Lalo Spanish Symphony Op.21 – 3. Intermezzo. Allegro non troppo
Itzhak Perlman – Lalo Spanish Symphony Op.21 – 4. Andante
Itzhak Perlman – Lalo Spanish Symphony Op.21 – 5. Rondo. allegro
Itzhak Perlman – Ravel Tzigane

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George Frideric Handel (1685-1759) – Messiah – Choir of King´s College, Cambridge, Academy of Ancient Music, Cleobury

folderPor mais redundante que possa parecer, o gigantesco Oratório Messiah, de Handel, é obra obrigatória no Natal, juntamente com as Paixões de Bach, e o Balé Quebra Nozes, de Tchaikovsky. Duvido que alguém duvide que se trata de uma das mais belas composições da história da música. E que devemos ouvi-la sempre que possível. E por este motivo, esta será uma das minhas contribuições para as postagens de Natal previstas.
Esta gravação é a mais recente que possuo, tendo sido realizada em 2009. Eis o texto de apresentação que aparece no CD:

“In a joyous contribution to Handel´s 250th anniversary cellebrations, EMI Classics brings together a world famous Choir and a superb team of young soloists to record a Messiah  Live in the celebrated Chapel  fo King´s College, Cambridge.”

Não sei porque o texto esqueceu de mencionar que se tratava de comemorar os 250 anos da morte de Handel, mas isso não importa. O que importa é que temos uma das melhores orquestras de época da atualidade, junto com um dos melhores corais ingleses. Como detalha o texto, os solistas são jovens, porém excelentes.
Um Feliz Natal para todos os nossos fiéis leitores que nos acompanham pacientemente já há sete anos e espero que continuem nos acompanhando.

CD 1
01 – Part the first – Sinfony – Grave – Allegro moderato
02 – Accompagnato – Comfort ye my people
03 – Air – Ev’ry valley shall be exalted
04 – Chorus – And the glory of the Lord shall be revealed
05 – Accompagnato – Thus saith the Lord of Hosts
06 – Air – But who may abide the day of His coming
07 – Chorus – And He shall purify
08 – Recitative – Behold, a virgin shall conceive
09 – Air – O thou that tellest good tidings to Zion
10 – Chorus – O thou that tellest good tidings to Zion
11 – Accompagnato – For behold, darkness shall cover the earth
12 – Air – The people that walked in darkness
13 – Chorus – For unto us a Child is born
14 – Pifa – Largetto e mezzo piano
15 – Recitative – There were shepherds, Accompagnato – And lo, the angel of the Lord, Recitative – And hte angel said unto them
16 – Accompagnato – And suddenly there was with the angel, Chorus – Glory to God in the highest
17 – Air – Rejoice greatly, O daughter of Zion
18 – Recitative – Then shall the eys of the blind be open’d
19 – Air – He shall feed His flock like a shepherd
20 – Chorus – His yoke is easy, His burthen is light
21 – Part the second – Chorus – Behold, the Lamb of God
22 – Air – He was despised

CD 2

01 – Chorus – Surely, He hath borne our griefs
02 – Chorus – And with His stripes we are healed
03 – Chorus – All we like sheep have gone astray
04 – Accompagnato – All they that see Him, laugh Him to scorn
05 – Chorus – He trusted in God
06 – Accompagnato – Thy rebuke hath broken His heart
07 – Arioso – Behold, and see if there be any sorrow
08 – Accompagnato – He was cut off out of the land of the living
09 – Air – But Thou didst not leave His soul in hell
10 – Chorus – Lift up your heads, O ye gates
11 – Recitative – Unto which of the angels
12 – Chorus – Let all the angels of God worship Him
13 – Air – Thou art gone up on high
14 – Chorus – The Lord gave the word
15 – Air – How beautiful are the feet
16 – Chorus – Their sound in gone out into all lands
17 – Air – Why do the nations so furiously rage together
18 – Chorus – Let us break their bonds asunder
19 – Recitative – He that dwelleth in heaven
20 – Air – Thou shalt break them
21 – Chorus – Hallelujah
22 – Part the third – Air – I know that my Redeemer liveth
23 – Chorus – Since by man came death
24 – Accompagnato – Behold, I tell you a mystery
25 – Air – The trumpet shall sound
26 – Recitative – Then shall be brought to pass the saying
27 – Duet – O death, where is thy sting
28 – Chorus – But thanks be to God
29 – Air – If God be for us
30 – Chorus – Worthy is the lamb that was slain
31 – Chorus – Amen

Allish Tynan – Soprano
Alice Coote – Mezzo Soprano
Allan Clayton – Tenor
Mathew Rose – Bass
Choir of King´s College, Cambridge
Academy of Ancient Music
Stephen Cleobury – Conductor

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Sergey Prokofiev (1891-1953) – Violin Sonatas n° 1 e 2, Violin Concerto n°2 – Perlman, Ashkenazy, BSO, Leinsdorf

510ALQ6uivLChamar de IM-PER-DÍ-VEL um CD que contém as sonatas para violino de Prokofiev e o concerto para violino n°2 do mesmo Prokofiev com a turma citada no título é no mínimo redundante. Por isso nem vou falar nada, apenas convidá-los para ouvir este CD maravilhoso, ímpar, sensacional.Quando mais ouço Prokofiev mais fico embascado com esse compositor. Confesso que ouvi poucas vezes na minha vida estas sonatas para violino, e não me perdôo por isso.

E Itzhak Perlman é a cereja no bolo, eu diria. É um intérprete tão perfeito que dar cinco estrelas para essa sua leitura também se torna redundante, pois seu nome já se associa a genialidade, virtuosismo, técnica apuradíssima e uma musicalidade idem. Por isso, recomendo novamente aquele bom vinho e a sua melhor poltrona para melhor apreciar esse CD.

1 Prokofiev Sonata No. 1 in F Minor_ Andante Assai
2 Prokofiev Sonata No. 1 in F Minor_ Allegro Brusco
3 Prokofiev Sonata No. 1 in F Minor_ Andante
4 Prokofiev Sonata No. 1 in F Minor_ Grissimo
5 Prokofiev Sonata No. 2 in D_ Moderato
6 Prokofiev Sonata No. 2 in D_ Scherzo_ Presto
7 Prokofiev Sonata No. 2 in D_ Andante
8 Prokofiev Sonata No. 2 in D_ Allegro con brio
9 Prokofiev Concerto No. 2 in G Minor_ Allegro Moderato
10 Prokofiev Concerto No. 2 in G Minor_ Andante Assai
11 Prokofiev Concerto No. 2 in G Minor_  Allegro, ben marcato

Itzkah Perlman – Violin
Vladimir Ashkenazy – Piano
Boston Symphony Orchestra
Erich Leinsdorf – Conductor

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Aram Khachaturian (1903-1978) – Piano Concerto, Violin Concerto, Masquarade Suite, Symphony n°2 – Larrocha, Burgos, Ricci, et. all. “

img342Creio que esta seja a primeira vez que posto Khachaturian, um compositor que realmente não aparece muito aqui no PQPBach, o que convenhamos, é uma pena, pois ele tem obras belíssimas, como as presentes aqui neste cd da série Double Decca.
O primeiro CD traz com dois concertos belíssimos, o para Piano e o sensacional Concerto para Violino, ambos com dois gigantes em seus instrumentos, Alicia de Larrocha e Ruggiero Ricci. Khachaturian tinha uma característica bem particular em suas composições, que era misturar elementos da música folclórica de seu país natal, Armênia, e isso torna sua obra no mínimo, peculiar. O segundo cd traz outra obra que é mais conhecida e gravada do compositor, “Masquarade Suite”. E para concluir o próprio Kachaturian interpreta sua Segunda Sinfonia regendo a Filarmônica de Viena. Infelizmente neste cd não vamos ter o maravilhoso Adagio, do Ballet Spartacus, uma das mais belas obras compostas por Kachaturian. O trarei em outra ocasião.
Então, vamos ao que viemos. Espero que gostem.

CD 1
1 Piano Concerto I Allegro ma non troppo e maestoso
2 Piano Concerto -II- Andante con anima
3 Piano Concerto -III- Allegro brilliante

Alicia de Larrocha – Piano
London Philharmonic Orchestra
Rafael Frübeck de Burgos – Conductor

4 Violin Concerto -I- Allegro con fermezza
5 Violin Concerto -II- Andante sostenuto
6 Violin Concerto -III- Allegro vivace

Ruggiero Ricci – Violin
London Philharmonic Orchestra
Anatole Fistoulari – Conductor

CD 2

1 Masquerade suite_ Waltz
2 Masquerade suite_ Nocturne
3 Masquerade suite_ Mazurka
4 Masquerade suite_ Romance
5 Masquerade suite_ Galop

London Symphony Orchestra
Stanley Black – Conductor

6 Symphony No.2 -I- Andante maestoso
7 Symphony No.2 -II- Allegro risoluto
8 Symphony No.2 -III- Andante sostenuto
9 Symphony No.2 -IV- Andante mosso – Allegro sostenuto, maestoso

Wiener Philharmoniker
Aram Khachaturian – Conductor

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

khachaturian

Um tríptico para o bandolim (3) (.:Interlúdio:.): Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741), Pixinguinha (1897-1973) e mais uma turma [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Terceiro álbum do tríptico: agora é Choro!

E não é que, nessa correria, eu passei batido pelo dia 1º de dezembro, data em que completei dois anos de PQPBach…

Bom, então vamos comemorar, ainda que atrasados, essa data tão cara à minha pessoa.

Sim! O Bandolim português, chegou ao Brasil e, claro, mudou de tamanho, de forma, e foi cooptado pela música popular. Surgiu o Choro, o internacionalmente conhecido Brazilian Jazz. E que criações saíram de mentes brilhantes como os chorões! Nesse álbum temos peças organizadas e várias delas arranjadas por Radamés Gnattali, estrela da postagem abaixo. Radamés ainda faz a ponte entre a música popular e a erudita, colocando um grupo de chorões para executar um concerto vivaldiano, um dos compositores mais importantes do instrumento avô do bandolim.

Teremos, após uma elegante introdução com Vivaldi, um álbum dominado por outro gênio: Pixinguinha, acompanhado de uma constelação de outros nomes de peso: Benedicto Lacerda, Anacleto de Medeiros e Henrique Alves de Mesquita. E esta junção de compositores separados por tanto tempo (quase 300 anos) e um oceano todo de distância não é mera casualidade ou gosto do maestro Gnattali que ordenou essas obras: há a ponte entre as linhas melódicas, os contrapontos e os contracantos do Padre Ruivo com as obras dos autores brasileiros: semelhanças estruturas são percebidas e ainda mais evidenciadas pela utilização do mesmo grupo de instrumentos. Genial!

Na execução, o próprio Radamés no piano e  o cravo, o bandolinista Joel Nascimento (a grande estrela da noite, solista do álbum abaixo também), acompanhados pela preciosa Camerata Carioca. Bom, é um álbum editado pela Funarte. É daqueles em que é muito difícil de errar: é cultura brasileira da mais alta qualidade!

Ouça! Derreta-se! Vibre! Deleite-se!

Vivaldi e Pixinguinha
por Radamés Gnattali, Joel Nascimento e Camerata Carioca.

01. Concerto Grosso, op.3, nº11 (I. Allegro, II. Largo, III. Allegro) – Antonio Lucio Vivaldi
02. Carinhoso – Pixinguinha / João de Barro
03. Ingênuo – Pixinguinha / Benedicto Lacerda
04. Vou vivendo – Pixinguinha / Benedicto Lacerda
05. Jubileu – Anacleto de Medeiros
06. Batuque – Henrique Alves de Mesquita
07. Marreco quer água – Pixinguinha
08. Devagar e sempre – Pixinguinha / Benedicto Lacerda
09. Tapa Buraco – Pixinguinha
10. Um a Zero – Pixinguinha / Benedicto Lacerda

Radamés, Gnattali, piano e cravo
Joel Nascimento, bandolim
Camerata Carioca
Curitiba, Teatro Guaíra, 1980

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POR FAVOR… NÃO ESQUEÇA DE ESCREVER UMAS LETRINHAS. Não se esqueça de mim…

Momento cuti-cuti: criança toca o mandolino tradicional americano.
Há que se treinar desde cedo.

Bisnaga

Um tríptico para o bandolim (2): Radamés Gnatalli (1906-1988): Concerto para Bandolim, Suíte Antiga – Waldemar Henrique (1905-1995): Canções e Lendas Amazônicas [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

BAITA DISCÃO !!!

Postado originalmente em 20 de dezembro de 2012.

Bom, hoje é quinta, 20 de dezembro de 2012, véspera do tão propalado Fim do Mundo do Calendário Maia (aliás, eu ainda não entendi: o mundo acaba na madrugada do dia 20 para o 21 ou na madrugada do 21 para o 22?).

De qualquer forma, como já se tornou rotina aqui no P.Q.P.Bach, quinta é dia de música brasileira: postaremos alguma coisa que faça com que vossas almas sublimem, a despeito de qualquer cataclismo que se anuncie!

Aliás, posto em especial este disco hoje porque é um que eu gostaria de estar ouvindo quando tudo estivesse se acabando e eu, alheio a tudo, absorto em sua música, nem percebesse a gravidade do problema que se anunciara na janela…

Por que justo esse? Porque temos dois compositores geniais com músicas igualmente geniais!

Primeiro, é-nos apresentado Radamés Gnatalli, o gaúcho amigo de Tom Jobim (também um dos maiores compositores do século XX) que se tornou essencialmente carioca e que unia como poucos a música erudita ao choro (muitos no exterior chamam-no de Brazilian jazz) de forma tão fluida e fácil  e transitava entre eles como se pulasse entre pedrinhas de um riacho. Simples assim… Em seu inspiradíssimo Concerto para Bandolim e Cordas, parece que erudito e choro sempre estiveram juntos! Já a Suíte Antiga é um pouco mais tradicional, mas mostra um compositor muito versátil.

O Lado B do disco brinda-nos com Waldemar Henrique. O paraense é daqueles raros casos que conseguem fazer de coisas extremamente simples obras de grande força. Suas Canções e Lendas Amazônicas trazem elementos do cancioneiro do Norte do Brasil para dentro do canto lírico e recuperam muito do folclore, das crenças e das tradições das terras da Grande Floresta.

Ambos têm em comum a enorme capacidade de resumir elementos do popular e regional na música erudita, mas de tal forma que a simbiose seja tão grande que fique extremamente difícil de classificar suas composições como “eruditas” ou “MPB”.

Quer um conselho? Ouça esse álbum todo e esqueça que o mundo se acaba amanhã. Ouça! Deleite-se!

Ah, Esse concerto foi transmitido, na época, pela TV Cultura. Um joia!

Radamés Gnatalli e Waldemar Henrique
80 Anos de Música Brasileira

Radamés Gnattali (Porto Alegre, RS, 1906 – Rio de Janeiro, RJ, 1988)
01. Concerto para Bandolim e Cordas, I. Alegro Moderato
02. Concerto para Bandolim e Cordas, II. Lento Expressivo
03. Concerto para Bandolim e Cordas, III. Com Espírito
04. Suíte Antiga para Cordas, I. Abertura
05. Suíte Antiga para Cordas, II. Gavota
06. Suíte Antiga para Cordas, III. Ária
07. Suíte Antiga para Cordas, IV. Minueto
08. Suíte Antiga para Cordas, V. Giga
Waldemar Henrique (Belém, PA, 1905-1995)
09. Trem de Alagoas
10. Canções Amazônicas – Senhora Dona Sancha
11. Lendas Amazônicas, IV. Matinta Perêra (olha o Tom Jobim bebendo um verso das “Águas de Março” aqui…)
12. Coco Peneruê
13. Lendas Amazônicas, III. Tamba-Tajá
14. Lendas Amazônicas, V. Uirapuru
15. Lendas Amazônicas, II. Cobra Grande
16. Lendas Amazônicas, I. Foi o Boto, Sinhá

Joel Nascimento, bandolim (faixas 01 a 08)
Ruth Staerke, soprano (faixas 09 a 16)
Orquestra de Câmara de Blumenau
Norton Morozowicz, regente
Concerto gravado no Teatro São Pedro, Porto Alegre , 1986

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Bisnaga

Um tríptico para o bandolim (1): Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741): Concerti per Mandolino [link atualizado 2017]

SHOW DE BOLA !!!

Começamos com o avô do bandolim

Ah, finalmente!

Depois de um hiato de quase três meses, este Bisnaga que vos fala conseguiu retornar às tão queridas postagens neste repositório imenso e espaço sagrado da música clássica chamado PQPBach!

E hoje resolvi dar uma de workaholic e fazer logo uma postagem tríptica dedicada ao bandolim, para já voltar com categoria.

Começamos a série com os Concertos para Mandolino de Antonio Vivaldi, cara que era um doido varrido e que, por isso mesmo, compunha deliciosamente! Vivaldi escrevia músicas compulsivamente: tem coisa de quase duas mil composições. Quando tinha um estalo de um tema, ele parava o que estava fazendo para escrever antes que perdesse aquela melodia que pipocara em sua cabeça de longas madeixas ruivas.

Dizem que o Padre Antonio Lucio Vivaldi chegou a parar no meio do sermão de uma missa que celebrava para escrever umas linhas musicais ali na sacristia (eu acho que nem deve ter voltado mais…). Por não conseguir realizar a contento o rito católico, foi retirado das celebrações e lhe deram cargo de professor de violino na escola católica, onde, com certeza, saiu-se melhor.

Ou seja, era um doidivano! Desses loucos extremamente necessários à humanidade.

E Vivaldi é só o começo das três postagem de hoje (essa é a primeira), cuja grande estrela é o Bandolim. Começamos com o ancestral dele, o Mandolino, para entendermos um pouco da evolução desse instrumento.

O bandolim, tão cara de Brasil que é, tem sua origem na Europa. É um instrumento da família do alaúde. O patriarca (al-oud), por sua vez, veio lá do Oriente Médio e apareceu na Europa na Idade Média. Dele surgiram variações, como o Mandolino (foto acima), já no Renascimento (séculos XVI e XVII), que da Itália se espalhou por outros países: Portugal e Alemanha tem também produções importantes do instrumento, enquanto a Espanha ficou mais com o alaúde próximo de sua forma original. Os portugueses acabaram chamando a Mandola e o Mandolino de Bandola e Bandolim. Em terras lusas ele adquiriu um formato mais semelhante a uma gota e a caixa acústica ficou mais curta.

De Portugal para o Brasil, o Bandolim sofreu outras alterações: o bandolim brasileiro é mais achatado e mais bojudo que o português. Sua forma e seu som acabaram se distanciando ainda mais do avô italiano. Ma che!

Aqui, hoje, vamos mostrar um pouco do vovô Mandolino. E Vivaldi soube muito bem extrair grandes melodias desse instrumento. Os solistas, Ugo Orlandi e Dorina Frati, são de alta categoria e fazem ainda maior a música do Padre Ruivo.

Eu, se fosse você, não deixava de conferir isso: Ouça! Deleite-se!

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741)
Concerti per Mandolino

01. Concerto en Sol Maggiore RV532 per 2 mandolini, I. Allegro
02. Concerto en Sol Maggiore RV532 per 2 mandolini, II. Andante
03. Concerto en Sol Maggiore RV532 per 2 mandolini, III. Allegro
04. Concerto en Do Maggiore RV435 per mandolino, I. Allegro
05. Concerto en Do Maggiore RV435 per mandolino, II. Largo
06. Concerto en Do Maggiore RV435 per mandolino, III. Allegro
07. Concerto en Do Maggiore RV558, I. Allegro molto
08. Concerto en Do Maggiore RV558, II. Andante molto
09. Concerto en Do Maggiore RV558, III. Allegro
10. Concerto en Re Maggiore RV93, per mandolino, I. Allegro giusto
11. Concerto en Re Maggiore RV93, per mandolino, II. Largo
12. Concerto en Re Maggiore RV93, per mandolino, III. Allegro

Ugo Orlandi, mandolino
Dorina Frati, mandolino
I Solisti Veneti
Claudio Scimone
1984

Download (94Mb):
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Baita instrumento, não?

Bisnaga

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – O Holder Tag, Erwunschte Zeit (Hochzeitskantate), BWV 210, Schweigt stille, plaudert nicht (Kaffeekantate), BWV 211 – Suzuki, Sampson, Sakurada, Schrekenberger, BCJ

01Massaki Suzuki é um maestro japonês e uma das maiores autoridades na obra de Johann Sebastian da atualidade. Gravou até agora cinquenta e cinco cds com Cantatas de papai, com tremenda competência, um dos quais trago aqui, para mostrar aos senhores como a música é universal: maestro, orquestra e solistas japoneses gravam por um selo ueco (BIS) a obra de um compositor alemão que viveu entre os séculos XVII e XVIII.
As cantatas que ora vos trago são chamadas de Seculares, ou seja, não são sacras, ou seja, não tinham cunho litúrgico, e não possuem textos religiosos. A mais famosa delas, e que consta neste CD, é a de , BWV 211 Schweigt stille, plaudert nicht (Kaffeekantate).
Maiores informações sobre as obras, com direito a libreto e suas respectivas partituras, os senhores encontram no arquivo anexo. Ou então, podem ler aqui , um divertido artigo que nosso amigo Milton Ribeiro escreveu recentemente.

01 – O Holder Tag, Erwunschte Zeit (Hochzeitskantate), BWV 210 I. Recitativo (Soprano)
02 – 2.Aria (Soprano)- Spielet, ihr beseelten Lieder
03 – 3.Recitative (Soprano)- Doch haltet ein, ihr muntern Saiten
04 – 4.Aria (Soprano)- Ruhet hie, matte Tone
05 – 5.Recitative (Soprano)- So glaubt man denn, dass die Musik
06 – 6.Aria (Soprano)- Schweigt, ihr Floten, schweigt, ihr Tone
07 – 7.Recitative (Soprano)- Was Luft- was Grab- Soll die Musik verderben
08 – 8.Aria (Soprano)- Grosser Gronner, dein Vergnugen muss auch unsern klang beseigen
09 – 9.Recitative (Soprano)- Hochteurer Mann, so fahre fenen fort
10 – 10.Aria (Soprano)- Seid begluckt, edle Beide
11 – Schweigt stille, plaudert nicht (Kaffeekantate), BWV 211 – 1. Recitative (Tenor)
12 – 2.Aria (Bass)- Hat man nicht mit seinen Kindern
13 – 3.Recitative (Soprano, Bass)- Du böses Kind, du loses Mädchen
14 – 4.Aria (Soprano)- Ei, wie schmeckt der Coffee süsse
15 – 5.Recitative (Soprano, Bass)- Wenn du mich nicht den Coffee lässt
16 – 6.Aria (Bass)- Mädchen, die von harten Sinnen
17 – 7.Recitative (Soprano, Bass)- Nun, folge, was dein Vater spricht
18 – 8.Aria (Soprano)- Heute noch, lieber Vater, thut es doch
19 – 9.Recitative (Tenor)- Nun geht und sucht den alten Schlendrian
20 – 10.Chorale- Die Katze läßt das Mausen nicht

Carolyn Sampson – Soprano
Makoto Sakurada – Tenor
Stephan Schreckenberger – Bass
Bach Collegium Japan
Massaki Suzuki – Conductor

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Diretamente do outro lado do globo, eis um grande especialista em Bach
Diretamente do outro lado do globo, eis um grande especialista em Bach

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847) – Concerto for Two Pianos and Orchestra in E, Max Bruch (1838-1920) – Concerto for Two Pianos and Orchesta, op. 88a – Labèque Sisters, Bichkov, Philharmonia Orchestra

frontConfesso que a primeira vez em que tive em mãos um disco das Irmãs Labèque, me apaixonei. Pelas duas. E pelo LP, que comprei e tenho até hoje, no qual elas tocam a maravilhosa Rapshody in Blue do Gershwin, a quatro mãos. Depois também fiquei sabendo que a Kátia Labèque, a irmã mais velha, é casada com o John McLaughlin, guitarrista inglês de jazz e fusion, um dos maiores nomes do instrumento, e do qual também sou fã há incontáveis eras.
Bem, já se passaram umas duas décadas e meia desde aquele primeiro encontro, e continuo um grande fã delas, lamentando apenas que não gravam com tanta frequência quanto eu gostaria de ouvi-las, e são muito discretas em suas vidas pessoais. Até onde sei, Kátia ainda é casada com o McLaughlin, e Mariele, não sei nada a seu respeito. Só sei que continuam lindas e deslumbrantes no palco, e tocando como nunca.
Neste cd que ora vos trago, elas unem forças com o maestro Semyon Bychkov e com a Philharmonia Orchestra para encararem dois concertos para dois pianos e orquestra, de dois gigantes do romantismo, Mendelssohn e Max Bruch. Como é característico em seu repertório, são duas obras pouco gravadas e interpretadas, e creio que desconhecidas para muita gente. Só tenho a dizer o seguinte: vale muito a pena conhecer, principalmente para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ouvirem as irmãs Labèque tocando: é impressionante a sincronia que existe entre elas, parece realmente que tocam como se fossem uma só.

1 Mendelssohn – Concerto for 2 Pianos in E.  I. Allegro Vivace
2 Concerto. for 2 Pianos in E.  II. Adagio non troppo
3 Concerto for 2 Pianos in E.  III. Allegro
4 Bruch Concerto for 2 Pianos Op. 88a  I. Andante sostenuto
5 Concerto. for 2 Pianos Op. 88a  II. Andante con moto – Allegro molto vivace
6 Concerto for 2 Pianos Op. 88a  III. Adagio ma non troppo
7 Concerto for 2 Pianos Op. 88a  IV. Andante – Allegro

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FDPBach

labeque-sisters1
Labèque Sisters – Ah, se elas me dessem bola !!!

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O outro nome das 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli deveria ser Como fazer música sublime a partir de quase nada.

As 33 Variações sobre uma Valsa de Anton Diabelli foram concluídas em 1823. Alfred Brendel as descreveu como a maior de todas as obras para piano em seu livro Structural Functions of Harmony. Arnold Schoenberg escreveu que, em relação às características harmônicas, é o trabalho mais radical de Beethoven. A peça foi composta depois que Diabelli, um editor de música bem conhecido e que também compunha, enviou sua valsinha para todos os compositores importantes do Império Austríaco, pedindo a cada um deles uma variação. Seu plano era publicar todas as variações em uma antologia cuja renda beneficiaria os órfãos e as viúvas das Guerras Napoleônicas. Mas Beethoven escreveu 33… Diabelli ficou enlouquecido, proclamando-as como uma grande e importante obra-prima, digna das criações imperecíveis e que ocuparia um lugar ao lado de famosas peças análogas de Johann Sebastian Bach. Tinha razão. Por outro lado, Paul Lewis é um gênio, o novo Rei de Beethoven.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): 33 Variações sobre uma Valsa de Diabelli

1. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Thème. Vivace – Var. I. Alla Marcia maestoso 2:27
2. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. II. Poco allegro 0:58
3. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. III. L’istesso tempo 1:24
4. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. IV. Un poco più vivace 1:07
5. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. V. Allegro vivace 0:56
6. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. VI. Allegro ma non troppo e serioso 1:44
7. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. VII. Un poco più allegro 1:18
8. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. VIII. Poco Vivace 1:36
9. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. IX. Allegro pesante e risoluto 1:35
10. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. X. Presto 0:39
11. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XI. Allegretto 1:10
12. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XII. Un poco più moto 0:52
13. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. XIII. Vivace 1:02
14. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XIV. Grave e maestoso 3:53
15. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XV. Presto scherzando 0:36
16. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XVI. Allegro 0:58
17. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. XVII. 1:05
18. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. XVIII. Poco Moderato 1:52
19. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XIX. Presto 0:53
20. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XX. Andante 2:06
21. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XXI. Allegro con brio – Meno allegro 1:09
22. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxii. Allegro Molto 0:53
23. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxiii. Allegro Assai 0:47
24. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxiv – Fughetta. Andante 3:00
25. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XXV. Allegro 0:44
26. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxvi. 1:09
27. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxvii. Vivace 1:02
28. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxviii. Allegro 0:57
29. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxix. Adagio Ma Non Troppo 1:16
30. 33 Variations on a Waltz by Diabelli, op.120: Var. XXX. Andante, sempre cantabile 1:51
31. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxxi. Largo, Molto Espressivo 4:34
32. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxxii – Fuga. Allegro – Poco Adagio 2:53
33. 33 Variations On A Waltz By Diabelli, Op.120: Var. Xxxiii. Tempo Di Menuetto Moderato 4:08

Paul Lewis, piano

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Paul-Lewis-007

PQP

Ginastera / Dvorak / Shostakovich: Quartetos de Cordas

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os violinistas Alejandro Carreno e Boris Suarez, o violista Ismel de Campos e o violoncelista Aimon Mata são spallas da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar e, neste CD da DG, interpretam espetacularmente três extraordinárias composições do repertório para quarteto de cordas.

Nem Hugo Chávez, nem José Antonio Abreu imaginaram que El Sistema daria neste vendaval, pois nos últimos anos a Venezuela tornou-se um dos mais importantes centros da música erudita mundial. E nem precisamos de Gustavo Dudamel para comprovar o fato.

O particularmente difícil Quarteto de Cordas Nº 1 do argentino Alberto Ginastera, foi inspirado nos ritmos de danças hermanas. Depois temos uma interpretação perfeita do belo “Quarteto Americano” de Dvorak, escrito quando de sua visita aos EUA. (Atenção à interpretação dada ao movimento Lento!) O CD é finalizado pelo quarteto profundamente pessoal que Shostakovich dedicou às vítimas do fascismo e da guerra.

Audição obrigatória!

Ginastera / Dvorak / Shostakovich: Quartetos de Cordas

1. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 1. Allegro violento ed agitato 4:21
2. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 2. Vivacissimo 3:32
3. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 3. Calmo e poetico 8:54
4. Ginastera: String Quartet No. 1, Op.20 – 4. Allegramente rustico 3:59

5. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 1. Allegro ma non troppo 9:30
6. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 2. Lento 8:18
7. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 3. Molto vivace 3:47
8. Dvorák: String Quartet No.12 in F major, Op.96 – “American” B.179 – 4. Finale (Vivace ma non troppo) 5:09

9. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 1. Largo 5:34
10. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 2. Allegro molto 2:30
11. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 3. Allegretto 4:17
12. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 4. Largo 4:56
13. Shostakovich: String Quartet No.8 in C minor, Op.110 – 5. Largo 4:02

Simon Bolivar String Quartet

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Melhor respeitar essa turma.
Melhor respeitar essa turma.

PQP

Joseph Haydn (1732-1809) – String Quartets opp. 76-77 e 103

51lLvtjwqIL._SL500_AA280_Os senhores já perceberam que tenho uma predileção por gravações históricas, antigas, com músicos que já nos deixaram há muito tempo. Não sei se devido ao fato de que comecei a ouvir música clássica com eles, então meus ouvidos se acostumaram à sua sonoridade, ao timbre de seus instrumentos, sei lá. Claro que também ouço coisas recentes, com músicos novos, basta acompanharem minhas postagens.
É o caso do Amadeus Quartet. Não tenho lembranças de quando foi que os ouvi pela primeira vez, talvez ainda naquela fase de transição entre infância e adolescência, graças ao programa matinal “Concertos para a Juventude”, que foi minha introdução à este universo tão amplo da música clássica, afinal de contas, era díficil e caro conseguir os LPs, ainda mais morando no interior. Foi neste programa que conheci Arthur Rubinstein, Amadeus Quartet, Karajan, Böhm, entre tantos outros.
É muito grande a quantidade de quartetos de corda que Haydn compôs, 83 para ser mais exato, compostos num período de 40 anos. A caixa com  a integral destas obras que tenho com o The Angeles String Quartet tem vinte e dois cds, que não pretendo postar aqui. É fácil de conseguir, o Bibixi o disponibilizou em seu excelente blog “Brainle de Champaigne”. Resolvi trazer esta caixa com três cds da DG, com gravações realizadas entre 1964 e 1981. Outra excelente gravação foi realizada pelo ótimo selo Naxos com o Kódaly Quartet, que tive a oportunidade de assistir há muitos anos, interpretando exatamente um destes quartetos do op. 76, não lembro qual. Só sei que foram entusiasticamente aplaudidos, pela qualidade da obra, e claro, da interpretação. A certeza que tenho é que estas obras do op.76 são consideradas a apoteose do gênero que Haydn aparentemente “criou”. Depois veio Beethoven e aí a história é outra.
Como comentado acima, então temos aqui os seis quartetos de op. 76, os dois de op. 77, e o último deles, inacabado, de op. 103. Nem preciso falar da qualidade da interpretação deste conjunto, talvez o melhor Quarteto de Cordas de todos os tempos.

CD 1

1 – String Quartet in G major, op.76 no.1 – Allegro con spirito
2 – String Quartet in G major, op.76 no.1 – Adagio sostenuto
3 – String Quartet in G major, op.76 no.1 – Menuet. Presto
4 – String Quartet in G major, op.76 no.1 – Finale. Allegro ma non troppo
5 – String Quartet in D minor, op.76 no.2 ‘Fifths’ – Allegro
6 – String Quartet in D minor, op.76 no.2 ‘Fifths’ – Andante o più tosto Allegretto
7 – String Quartet in D minor, op.76 no.2 ‘Fifths’ – Menuetto
8 – String Quartet in D minor, op.76 no.2 ‘Fifths’ – Finale. Vivace assai
9 – String Quartet in C major, op.76 no.3 ‘Emperor’ – Allegro
10 – String Quartet in C major, op.76 no.3 ‘Emperor’ – Poco Adagio. Cantabile. Variazioni I-IV
11 – String Quartet in C major, op.76 no.3 ‘Emperor’ – Menuetto
12 – String Quartet in C major, op.76 no.3 ‘Emperor’ – Finale. Presto

CD 2

1 – String Quartet in B flat major, op.76 no.4 ‘Sunrise’ – Allegro con spirito
2 – String Quartet in B flat major, op.76 no.4 ‘Sunrise’ – Adagio
3 – String Quartet in B flat major, op.76 no.4 ‘Sunrise’ – Menuet. Allegro
4 – String Quartet in B flat major, op.76 no.4 ‘Sunrise’ – Finale. Allegro ma non troppo
5 – String Quartet in D major, op.76 no.5 – Allegretto – Allegro
6 – String Quartet in D major, op.76 no.5 – Largo cantabile e mesto
7 – String Quartet in D major, op.76 no.5 – Menuetto
8 – String Quartet in D major, op.76 no.5 – Finale. Presto
9 – String Quartet in E flat major, op.76 no.6 – Allegretto – Allegro
10 – String Quartet in E flat major, op.76 no.6 – Fantasia. Adagio
11 – String Quartet in E flat major, op.76 no.6 – Menuetto
12 – String Quartet in E flat major, op.76 no.6 – Finale. Allegro spirituoso

CD 3

1 – String Quartet in G major, Op. 77 No. 1 (Hob. III_ 81)_ Allegro moderato
2 – String Quartet in G major, Op. 77 No. 1 (Hob. III_ 81)_ Adagio
3 – String Quartet in G major, Op. 77 No. 1 (Hob. III_ 81)_ Menuet. Presto
4 – String Quartet in G major, Op. 77 No. 1 (Hob. III_ 81)_ Finale. Presto
5 – String Quartet in F major, Op. 77 No. 2 (Hob. III_ 82)_ Allegro moderato
6 – String Quartet in F major, Op. 77 No. 2 (Hob. III_ 82)_ Menuet. Presto
7 – String Quartet in F major, Op. 77 No. 2 (Hob. III_ 82)_ Andante
8 – String Quartet in F major, Op. 77 No. 2 (Hob. III_ 82)_ Finale. Vivace assai
9 – String Quartet in D minor, Op. 103 (unfinished) (Hob. III_ 83)_ Andante grazioso
10 – String Quartet in D minor, Op. 103 (unfinished) (Hob. III_ 83)_ Menuetto ma non troppo Presto

Amadeus Quartet:
Norbert Braini – Violin I
Siegmund Nissel – Violin II
Peter Schiodlof – Viola
Martin Lovett – Cello

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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Amadeus Quartet
Amadeus Quartet

Antonin Dvorak (1841-1904) – Piano Trios – Beaux Arts Trio

frontVamos deixar por um tempo as grandes orquestras, com seus trocentos músicos, e vamos explorar um pouco mais o mundo da Música de Câmara, com seu número reduzido de músicos. Já comecei com o Mozart da última sexta feira. Algumas das peças que vou trazer já foram postadas anteriormente, mas os links se apagaram com o tempo. Afinal, são quase sete anos de PQPBach. Vixe…. parece que foi ontem que nosso mentor PQPBach convidou-me a fazer parte deste seleto grupo de apaixonados por música.

Vamos começar então com este cd duplo da Phillips, que traz um dos melhores conjuntos do seu staff, digamos assim, o divino Beaux Arts Trio. E com um compositor que muitos admiram, Antonin Dvorák. Estas gravações foram realizadas em 1969. Música de primeira qualidade com um dos grandes conjuntos de câmara do século XX.

CD 1
01 – 01. Piano Trio in B flat, Op. 21, I. Allegro molto
02 – 02. Piano Trio in B flat, Op. 21, II. Adagio molto e mesto
03 – 03. Piano Trio in B flat, Op. 21, III. Allegretto scherzando
04 – 04. Piano Trio in B flat, Op. 21, IV. Finale (Allegro vivace)
05 – 05. Piano Trio in G minor, Op. 26, I. Allegro moderato
06 – 06. Piano Trio in G minor, Op. 26, II. Largo
07 – 07. Piano Trio in G minor, Op. 26, III. Scherzo (Presto – Poco meno mosso)
08 – 08. Piano Trio in G minor, Op. 26, IV. Finale (Allegro non tanto)

CD 2

01 – 01. Piano Trio in F minor, Op. 65, I. Allegro ma non troppo – Poco piú mosso, quase vivace
02 – 02. Piano Trio in F minor, Op. 65, II. Allegro grazioso – Meno mosso
03 – 03. Piano Trio in F minor, Op. 65, III. Poco adagio
04 – 04. Piano Trio in F minor, Op. 65, IV. Finale (Allegro con brio – meno mosso, Vivace)
05 – 05. Piano Trio in E minor, Op. 90 ‘Dumky’, I. Lento maestoso – Allegro vivace, quasi doppio movimento – Tempo I – Allegro molto
06 – 06. Piano Trio in E minor, Op. 90 ‘Dumky’, II. Poco adagio – Vivace non troppo
07 – 07. Piano Trio in E minor, Op. 90 ‘Dumky’, III. Andante – vivace non troppo, Andante – Allegretto
08 – 08. Piano Trio in E minor, Op. 90 ‘Dumky’, IV. Andante moderato (quasi tempo de marcia)
09 – 09. Piano Trio in E minor, Op. 90 ‘Dumky’, V. Allegro
10 – 10. Piano Trio in E minor, Op. 90 ‘Dumky’, VI. Lento maestoso – Vivace, quasi movimento – Lento – Vivace

Beaux Arts Trio:
Menahem Pressler – Piano
Isidore Cohen – Violin
Bernard Greenhouse – Cello

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Beaux+Arts+Trio
Beaux Arts Trio

Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony n°9 – Gergiev, LSO

frontVamos então acabar com esta integral trazendo a Nona Sinfonia de Mahler, sua derradeira sinfonia. Para variar, ando meio sem tempo, por isso a demora, por isso as postagens sem maiores textos e explicações.
Existe muito material disponível na internet sobre essa obra, que Mahler conseguiu completar, mas que nunca a ouviu, ou dirigiu, pois morreu logo após sua conclusão.
Entre tantas gravações existentes no mercado, destacando Abbado e Karajan entre as minhas favoritas, posso dizer sem medo que esta do Gergiev é uma das melhores. Não é obra fácil de se ouvir, seus longos movimentos lentos criam uma atmosfera pesada, densa, e por vezes etérea, como se Mahler pudesse pressentir a próximidade da morte. Quando a ouço muitas vezes sinto-me em um campo de trigo em uma tarde de primavera, com uma leve brisa soprando, provocando como que um bailado da plantação. Sei lá, vá entender.
Me servindo de uma expressão típica do colega Carlinus, tenham todos uma boa apreciação desta monumental obra. Escolham um bom vinho e sentem-se em sua melhor poltrona para melhor poderem desfrutar …

01 – I. Andante comodo
02 – II. Im Tempo eines gemächlichen Länders
03 – III. Rondo-Burleske_ Allegro assai. Sehr trotzig
04 – IV. Adagio. Sehr langsam und noch zurückhaltend

London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Dvořák: Stabat Mater; Suk Asraël Symphony [link atualizado 2017]

Mais algumas pérolas da gravação, desta vez vindas do leste europeu. O Stabat Mater de Dvořák é uma de suas raras inclusões no campo da música sacra, e foi motivada primeiramente pela morte de sua filha mais velha, ainda na infância. No período em que se sucedeu a composição, seus outros dois filhos também faleceram num curto espaço de tempo, e assim o Stabat Mater acabou tendo um tom bastante trágico, apesar do aparente otimismo de certas passagens. E, para constar, o casal Dvořák teve mais 6 filhos posteriormente.

Interessante é que uma das filhas de Dvořák, Otilie, casou-se com outro compositor, Josef Suk, que admirava profundamente a música de seu sogro. Quando Dvořák faleceu, em 1904, Suk também foi motivado a escrever um réquiem em sua homenagem, que chamou de “Asrael”, o anjo que acompanha as almas até o paraíso. Só que durante a composiçao do 4o. movimento, Otilie ficou doente e também faleceu, e ele acabou rasgando o adágio e substituindo por um novo: para Otilie.

O resultado é que são obras de um grande poder dramático, motivadas por sentimentos fúnebres angustiantes mas que se recusam a permanecer na desgraça e acabam por revelar sentimentos de esperança e triunfo, talvez remanescentes do amor que sentiam pelos entes representados.

Este CD reúne justamente estas duas obras que tem muito a dizer uma para a outra. A gravação é de 1952, e foi incluída por Norman Lebrecht no seu rol de “obras-primas: 100 marcos do século da gravação”, muito por conta do grande maestro Vaclav Talich, que conduz a obra num clima de guerra fria que muitos não ousariam enfrentar. A força e a esperança das obras foram traduzidas como poucas, e acabaram representando, também um grito de liberdade frente à política opressiva que os tchecos viviam.

É coisa realmente fina!

Václav Talich Special edition vol.10:
Dvořák: Stabat Mater; Suk: Asraël

DISC 1
Dvorák, Stabat Mater, Op.58 (B71, 1876-77)
1. Stabat Mater dolorosa. Andante con moto
2. Quis est homo, qui non fleret. Andante sostenuto
3. Eia, Mater, fons amoris. Andante con moto
4. Fac, ut ardeat cor meum. Largo
5. Tui nati vulnerati. Andante con moto, quasi allegretto
6. Fac me vere tecum flere. Andante con moto
7. Virgo virginum praeclara. Largo
8. Fac, ut oortem Christi mortem. Larghetto
9. Inflammatus et accensus. Andante maestoso
DISC 2
10. Quando Corpus Morietur
Suk: Asrael, Op. 27 –
1. Andante Sostenuto
2. Andante
3. Vivace
4. Adagio
5. Adagio E Maestoso
6. Václav Talich Speaks During The Recording Session On May 28, 1952

Drahomíra Tikalová,
Marta Krásová,
Beno Blachut,
Karel Kala?,
Czech Philharmonic Orchestra,
Prague Philharmonic Choir,
Václav Talich

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Chucruten

Repostado por Bisnaga

Johannes Brahms (1833-1897) – Violin Sonatas – Szering, Rubinstein

img054Fala sério, este cd com certeza estaria na minha relação de cds que eu levaria para uma ilha deserta: um primor de técnica, sensibilidade, genialidade, enfim, aliados às mais belas peças escritas para violino e piano do Romantismo.
Juntar dois medalhões do porte de Henryik Szeryng e Arthur Rubinstein poderia oferecer riscos à gravadora, afinal eram verdadeiras lendas vivas naquele momento, dois monstros consagrados. Claro que ainda existia o fator idade, Rubinstein já era septuagenário nesta época, enquanto que Szeryng estava com seus quarenta e poucos anos. Mas quando se trata de músicos deste nível isso não é problema.
Este Cd faz parte da coleção RCA Red Seal Best 100, que traz as cem principais gravações realizadas por este tradicional selo norte-americano. Também faz parte da Rubinstein Collection.
Mas chega de falar e vamos ao que interessa, afinal, não é todo dia que trarei uma verdadeira jóia da indústria fonográfica como este cd.

01 – Brahms Violin Sonata No.1 in G, Op.78 – I. Vivace ma non troppo
02 – Brahms Violin Sonata No.1 in G, Op.78 – II.

From nice !. Condition ever-so-present iron http://www.geneticfairness.org/ definitely lovely my should Brushs future.

Adagio
03 – Brahms Violin Sonata No.1 in G, Op.78 – III. Allegro molto moderato
04 – Brahms Violin Sonata No.2 in A, Op.100 – I. Allegro amabile
05 – Brahms Violin Sonata No.2 in A, Op.100 – II. Andante tranquillo
06 – Brahms Violin Sonata No.2 in A, Op.100 – III. Allegretto grazioso (quasi Andante)
07 – Brahms Violin Sonata No.3 in D minor, Op.108 – I. Allegro
08 – Brahms Violin Sonata No.3 in D minor, Op.108 – II. Adagio
09 – Brahms Violin Sonata No.3 in D minor, Op.108 – III. Un poco presto e con sentimento
10 – Brahms Violin Sonata No.3 in D minor, Op.108 – IV. Presto agitato

Arthur Rubinstein – Piano
Henryk Szeryng – Violino

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Brahms faz uma pose especial para o PQP

FDP Bach

Tributo a Sir Colin Davis – parte 2

Te Deum

berlioz_tedeumAgora, um pouco da música sacra de Hector Berlioz: o Te Deum, op.22, sob a inspirada batuta de Colin Davis em mais um volume do ciclo completo de suas obras, editado pela Philips nos anos 90.

O próprio Berlioz deu a dica sobre o caráter da obra, escrevendo a Liszt quando terminou a composição: “o Réquiem tem um irmão”. Como não poderia deixar de ser, obra grandiosa do pai da orquestração moderna, é escrita para coro triplo, órgão, tenor solista e grande orquestra, o que suscita no ouvinte, à primeira vista, a ideia costumeira em Berlioz de uma orquestração desmedida e exagerada, a exemplo de seu Réquiem. Ledo engano.

A obra é uma das mais bem equilibradas de Berlioz, tanto em inventividade temática quanto em requintes de orquestração. Berlioz, finalmente, conseguiu estabelecer um convívio harmônico entre a massa instrumental, vocal e a diversidade de timbres da grande orquestra.

Muito deste preconceito quanto ao exagero  do tamanho da orquestra vem de seu “Tratado de instrumentação e orquestração”, o primeiro do gênero, em que sugere uma orquestra ideal para fins festivos com nada menos que 456 músicos, incluindo 120 primeiros violinos, 12 fagotes, 12 trombones, 30 harpas e 30 pianos. É de se perguntar se o tal preconceito tem ou não fundamento… mesmo Strauss, Mahler e Schoenberg não chegaram perto de tamanho delírio. Mas felizmente, ele nunca chegou a escrever efetivamente para este conjunto, até porque trata-se de uma triplicação para ser exibida em festivais.

No fim das contas, dos grandes delírios orquestrais de Berlioz, esse é um dos melhores.

Em tempo: quando Colin Davis resolveu gravar a obra completa de Berlioz com uma orquestra tipicamente britânica, perguntaram a ele porque os franceses não o fizeram, ele respondeu: os franceses não gostam de Berlioz.

Berlioz: Te Deum, Op. 22
I.Te Deum
II.Tibi omnes
III.Dignare
IV.Christe, rex gloriae
V.Te ergo quaesumus
VI.Judex crederis

London Symphony Orchestra & Chorus
Wandsworth School Boys´Choir
Franco Tagliavini, tenor
Nicolas Kynaston, organ
Sir Colin Davis

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Chucruten

Gustav Mahler (1860-1911) Symphony n°8 – Viktoria Yastrebova, Ailish Tynan, Liudmila Dudinova, et. alli, Choir if Eitham College, Chorus Arts Society of Washington, London Symphony Chorus, LSO, Gergiev

frontA famosa “Sinfonia dos Mil” talvez seja a obra mais pretensiosa de Mahler, muito devido ao seu gigantismo e à quantidade de músicos necessários. Já desde o primeiro coral, “Veni, creator spiritus”, ela já mostra a que vem.
Para esta gravação Gergiev aqui se utilizou de três corais. Não sei quantos músicos participam desta gravação, quem quiser contar, está tudo lá no booklet que estou fornecendo. Só de cantores solistas temos oito. Ou seja, tudo em enormes proporções. Mas a música é absolutamente intensa, fortemente emotiva. Para se ouvir com atenção, sentado em sua melhor poltrona, sempre apreciando um bom vinho.

1. Part 1. Hymnus: Veni, creator spiritus. 1. Veni, creator spiritus
2. Part 1. Hymnus: Veni, creator spiritus. 2. Imple superna gratia
3.  Part 1. Hymnus: Veni, creator spiritus. 3. Infirma nostri corporis
4.  Part 1. Hymnus: Veni, creator spiritus. 4. Accende lumen sensibus
5.  Part 1. Hymnus: Veni, creator spiritus. 5. Veni, creator spiritus
6.  Part 1. Hymnus: Veni, creator spiritus. 6. Gloria Patri Domino
7.  Part 2. Final Scene from Goethe’s Faust. 1. Poco adagio
8.  Part 2. Final Scene from Goethe’s Faust. 2. Ewiger Wonnerbrand
9.  Part 2. Final Scene from Goethe’s Faust. 3. Wie Felsenabgrund mir zu Füßen
10. Part 2. Final Scene from Goethe’s Faust. 4. Gerettet ist das edle Glied
11. Part 2. Final Scene from Goethe’s Faust. 5. Uns bleibt ein Erdenrest
12. Part 2. Final Scene from Goethe’s Faust. 9. Neige, neige, du Ohnegleiche
13. Part 2. Final Scene from Goethe’s Faust. 11. Blikket auf

Viktoria Yastrebova – Soprano
Ailish Tynan – Soprano
Liudmila Dudinova – Soprano
Lilli Paasikivi – Mezzo Soprano
Zlata Bulycheva – Mezzo Soprano
Sergey Semishkur – Tenor
Alexey Markov – Baritone
Evgeny Nikitin – Bass
Choir of Eitham College
Choral Arts Society of Washington
London Symphony Chorus
London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

BOOKLET