.: interlúdio :. Bela Fleck & Edgar Meyer – Music for Two

albumcover 1No final do ano passado nosso sumido colega Vassily Grienrikovich trouxe um outro cd deste genial músico chamado Béla Fleck com este outro excepcional músico chamado Edgar Meyer. Resolvi então fuçar meu acervo até encontrar e trazer outro grande cd com esta mesma dupla, mostrando o que o Banjo e o Contrabaixo podem fazer juntos. Detalhe: esta gravação é ao vivo. Usando uma velha gíria posso afirmar categoricamente que os dois pintam e bordam, explorando todas as possibilidades dos instrumentos. Detalhe: além de contrabaixista, Edgar Meyer é um ótimo pianista, e por este mesmo motivo as possibilidades triplicam.
Discaço … ideal para aqueles que querem descobrir novas sonoridades.

01 – Bug Tussle (Bela Fleck)
02 – Invention No. 10 BWV 796 (J.S.Bach)
03 – Pile-up (Fleck, Meyer)
04 – Prelude No. 24 BWV 869 From The Well-Tempered Clavier, Book I (J.S.Bach)
05 – Solar (Miles Davis)
06 – Blue Spruce (Fleck)
07 – Canon (Meyer)
08 – The One I Left Behind (Fleck)
09 – Menuett I-II From Partia No.1  BWV 825 (J.S.Bach)
10 – Prelude No.2 BWV 847 From The Well-Tempered Clavier, Book I (J.S.Bach)
11 – Palmyra (Fleck, Meyer)
12 – The Lake Effect (Fleck)
13 – Largo From Sonata (Henry Eccles)
14 – Allegro Vivace From Sonata (Henry Eccles)
15 – Wrong Number (Fleck, Meyer)
16 – Woolly Mammoth (Fleck, Meyer)
17 – Wishful Thinking (Meyer)

Béla Fleck – Guitar, Banjo
Edgar Meyer – Double Bass, Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Kenny Wheeler — A Long Time Ago

.: interlúdio :. Kenny Wheeler — A Long Time Ago

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Poucos artistas tiveram, como Kenny Wheeler, a felicidade e a infelicidade de serem ao mesmo tempo reverenciados e ignorados. Se a gente conversa com um músico de jazz, notamos que o nome do canadense Wheeler recebe todos os Ohhhs e Ahhhs regulamentares, ou seja, a mais alta estima. Mas esta entidade estranha chamada grande público não tem ideia do quão valioso foi este trompetista falecido em 2014 aos 84 anos. Seus projetos na ECM foram absolutos sucessos de crítica, mas… Bem, vocês já sabem que não venderam.

Nesta gravação, Wheeler aparece com uma espécie de big band de câmara. São oito metais mais o pianista John Taylor e o guitarrista John Parricelli. O disco é uma joia de sonoridade e musicalidade. Para os pequepianos mais radicais em seu amor aos eruditos, há uma fuga chamada Going for Barroco que é uma loucura.

O cerne do disco é The Long Time Ago Suite, uma peça de mais de 30 minutos que é de babar. Partindo de alguns motivos simples, Wheeler desenvolve a música através de trocas múltiplas de naipes e andamentos. O próprio Wheeler dá um banho com seu flugelhorn durante toda a meia hora. Outra faixa maravilhosa é a outra Suíte, Gnu.

Kenny Wheeler — A Long Time Ago

1 The Long Time Ago Suite
2 One Plus Three (Version 1)
3 Ballad for a Dead Child
4 Eight Plus Three / Alice My Dear
5 Going for Baroque
6 Gnu Suite
7 One Plus Three (Version 2)

Kenny Wheeler flugelhorn
John Taylor piano
John Parricelli guitar
Derek Watkins trumpet
John Barclay trumpet
Henry Lowther trumpet
Ian Hamer trumpet
Pete Beachill trombone
Richard Edwards trombone
Mark Nightingale trombone
Sarah Williams bass trombone
David Stewart bass trombone
Tony Faulkner conductor

Recorded September 1997 and January 1998

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Kenny Wheeler em 2013
Kenny Wheeler em 2013

PQP

.: interlúdio :. moreorlessjazz – Vários

coverNão sou muito afeito a coletâneas mas tive de dar o braço a torcer para esta coleção. Coloquei alguns dos cds (são nove ao todo) em um pen drive e deixei tocando no carro, enquanto estava no trajeto trabalho – serviço e vice versa. E gostei da sensação. São canções bem leves, adequadas a combater o stress, e quem encara o dia a dia no trânsito sabe do que estou falando.

Conheço poucos dos artistas selecionados, mas satisfez o meu gosto. Não cai na monotonia, nem na obviedade de alguns destes músicos especializados em música para elevador. Não vou citar nomes para não criar polêmica. Curiosamente, a canção que abre este primeiro CD é da Madeleine Peyroux, que apareceu recentemente aqui no PQPBAch, pelas mãos de nosso guru e mentor.

Espero que gostem. Dependendo do número de downloads posso trazer mais alguns volumes da série.

01. Madeleine Peyroux – Don’t wait too long
02. Peter Cincotti – Some kind of wonderful
03. Renee Olstead – A love that will last
04. Nils Landgren – Fragile
05. Terry Callier – Paris Blues
06. Kevyn Lettau – Message in a bottle
07. Fessler – If you never come to me
08. Andy Ezrin – Stompin’ at the savoy
09. Michael Franks – Monk’s new tune
10. Stacey Kent – Under a blanket of blue
11. Slim Man – Sweet little angel
12. David Sanborn – Daydreaming
13. Stephan Oberhoff – Amistad
14. Z Start – Lonely
15. Peter Eldridge – Someone to lighten up my life
16. Freddie Ravel – In a sentimental mood

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.:interlúdio :. John McLaughlin & The 4º Dimension – The Boston Records

FrontIM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma prova de que o jazz sempre está se reinventando pode ser encontrado neste absurdo CD do genial McLaughlin. Cercado mais uma vez de um grupo de músicos excepcionais, o guitarrista britânico dá um show de competência técnica, virtuosismo. Como um amigo comentou dia destes, ao sair de um show deles em Curitiba, estes caras não são seres humanos normais. Eles já ultrapassaram este limite. São sobre-humanos.
Ouço este estilo de jazz já há uns quarenta anos, então sou suspeito para falar dele. McLaughlin faz parte daquele seleto time de músicos que ultrapassaram barreiras, quebraram paradigmas, se reinventaram, enfim, nunca temeram se expor.
É difícil dizer qual o melhor momento do CD. Talvez a primeira faixa, Raju, já dê uma amostra do que vem pela frente.
Para ser apreciado sem moderação. É para se ouvir duzentas vezes seguidas, sem medo de ser feliz.

01 – Raju
02 – Little Miss Valley
03 – Abbaji
04 – Echos From Then
05 – Senor C. S.
07 – Maharina
08 – Hijacked
09 – You Know You Know

John McLaughlin – Guitar
Etienne M´Bappe – Bass
Ranjit Barot – Drums
Gary Husband – Keyboards & Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Madeleine Peyroux: Bare Bones

.: interlúdio :. Madeleine Peyroux: Bare Bones

Como este CD de Peyroux parece ter tocado profundamente o coração dos pequepianos, postamos outro da cantora norte-americana de voz tão parecida com a de Billie Holiday, interpretando suas canções. Peyroux nasceu no sul dos Estados Unidos. Seu pai era um eterno aspirante a ator que ouvia música a toda a hora, sua mãe era professora de francês. Peyroux diz que eram, na verdade, dois hippies e “educadores excêntricos”. Ela conta que a música era a forma de juntar a família num local “especial e escondido” da casa. Bare Bones é todo composto por originais, nada de entremear clássicos às próprias composições e às de seus músicos.

Madeleine Peyroux: Bare Bones

1 Instead 5:12
Percussion, Organ [Estey] – Larry Klein
Written-By – J. Coryell*, M. Peyroux*
2 Bare Bones 3:26
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*, W. Becker*
3 Damn The Circumstances 4:36
Written-By – D. Batteau*, L. Klein*, M. Peyroux*
4 River Of Tears 5:20
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*
5 You Can’t Do Me 5:03
Backing Vocals – Luciana Souza, Rebecca Pidgeon
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*, W. Becker*
6 Love And Treachery 4:19
Written-By – J. Henry*, L. Klein*, M. Peyroux*
7 Our Lady Of Pigalle 4:19
Trumpet, Fiddle [Nyckelharpa] – Carla Kihlstedt
Written-By – D. Batteau*, L. Klein*, M. Peyroux*
8 Homeless Happiness 3:58
Written-By – J. Coryell*, M. Peyroux*
9 To Love You All Over Again 3:58
Written-By – D. Batteau*, M. Peyroux*
10 I Must Be Saved 4:44
Written-By – M. Peyroux*
11 Somethin’ Grand 3:44
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*, S. Wayland*

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Madeleine Peyroux
Madeleine Peyroux

PQP

.: interlúdio :. In Montreal – Egberto Gismonti & Charlie Haden

front GISMONTIIM-PER-DÍ-VEL !!!

Juntar dois excepcionais músicos do calibre de Egberto Gismont e Charlie Haden só poderia gerar um belíssimo CD, daqueles que nos emocionam e que não cansamos de ouvir.

Essa gravação ao vivo foi realizada em 1989 e o CD só foi lançado em 2001, e devo ter adquirido esse CD lá por 2009, algo assim. Estava guardado no meio de minha bagunça, e ao abrir determinada gaveta, deparei-me com ele. Fazia algum tempo que não o ouvia. E lamento muito não ter prestado mais atenção nele quando o adquiri.

01. Salvador
02. Maracatu
03. First Song
04. Palhaco
05. Silence
06. Em Familia
07. Loro
08. Frevo
09. Don Quixote

Charlie Haden _ Double Bass
Egberto Gismonti – Guitar, Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Wes Montgomery – The Montgomery Sessions

81XXbK0+M8L._SL1425_Eis uma trilha sonora ideal para um começo de manhã… jazz de primeiríssima qualidade, com músicos excepcionais liderados pelo grande Wes Montgomery. As coisas funcionam tão bem neste cd duplo que a gente fica se perguntando como podem surgir excrecências como o que temos ouvido nos rádios e na televisão ultimamente …???

Trata-se de um disco gravado em família, onde Wes junta-se aos seus irmãos Monk e Buddy, além, é claro, de outros músicos convidados, Para a audição deste CD duplo sugiro que os senhores sentem-se em suas melhores poltronas, abram uma garrafa de um bom vinho, e prestem atenção a cada detalhe e nuance. Nenhum dos irmãos tinham educação musical, aprenderam a tocar de ouvido, como dizemos. E Wes se transformou em um dos maiores guitarristas da história do jazz, inovando a técnica de tocar, sem a utilização de palhetas, e usando o polegar para solar. Leiam o texto do booklet para entenderem o que estou dizendo.

CD 1

01 – Finger Pickin’
02 – Sound Carrier
03 – Lois Ann
04 – Bud’s Beaux Arts
05 – Bock To Bock
06 – All The Things You Are
07 – Billie’s Bounce
08 – Far Wes
09 – Leila
10 – Old Folks
11 – Wes’ Tune
12 – Hymn To Carl
13 – Montgomeryland Funk
14 – Stompin’ At The Savoy
15 – Love For Sale

CD 2

01 – Summertime
02 – Monk’s Shop
03 – Falling In Love With Love
04 – Renie
05 – Ouverture
06 – And This Is My Beloved
07 – Fate
08 – Stranger In Paradise
09 – Baubles, Bangles And Beads
10 – Not Since Nineveh
11 – A Good Git Together
12 – Feed Me
13 – Music In The Air
14 – Pretty Strange
15 – The Shouter
16 – Social Call
17 – Out Of The Past

Wes Montgomery – Guitars
Freddy Hubbard – Trumpet
Wayman Atkinson, Alonso Johnson – Tenor Saxophone
Buddy Montgomery – Vibraphone
Joey Bradley – Piano
Monk Montgomery – Bass
Paul Parker – Drums
Et all … (verificar listagem completa dos músicos no booklet em anexo, riquíssimo em informações)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

BOOKLET – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

booklet_07
Wes Montgomery – Um Grande Guitarrista !!!

.: interlúdio :. Pat Metheny – Last Train Home

folderNão sou muito fã de coletâneas mas até que gostei desta do Pat Metheny, principalmente por trazer músicas de uma fase que gosto muito dele, quando ainda tocava com a trinca Lyle Mays, Steve Rodby e Paul Wertico e outros músicos convidados. Canções como “Last Train Home”, “Have Your Heard”, “Minuano (Six Eight)”  se tornaram clássicas para mim, pois em determinado momento de minha vida estive em uma ponte rodoviária semanal, indo e voltando, na estrada o tempo todo, e estas músicas foram minhas companheiras de solidão nestas longas horas. Me afeiçoei a elas de tal forma que posso dizer que foram a trilha sonora de minha vida naqueles dez anos que passei na estrada. Por este motivo, sempre que ouço estas canções parece que estou transitando em uma longa estrada, que leva ao infinito.
Reminiscências a parte, não temo em dizer que sou fã deste músico fenomenal, excepcional guitarrista, arranjador e compositor. E sei que muita gente também gosta, por isso estou trazendo este CD.

01. Last Train Home
02. Have You Heard
03. Minuano (Six Eight)
04. Third Wind
05. Here to Stay
06. As It Is
07. Better Days Ahead
08. Follow Me
09. Stranger in Town
10. Letter from Home
11. The First Circle (live)
12. The Road to You (live)

Pat Metheny Goup

Pat Metheny – Guitar
Lyle Mays – Keyboards
Steve Rodby – Bass
Paul Wertico – Drums
David Blamires – Vocals, Percussions
Mark Ledford – Fluglelhorn, French Horn, Trumpet, Vocals, etc.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.:interlúdio:. Sinatra – Nothing But the Best – Frank Sinatra

51dIJECHBMLNão há nenhuma dúvida de que Frank Sinatra virou uma instituição, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Seu nome e voz são reverenciados até hoje, mesmo já passados vários anos de sua morte.
Esta coletânea que ora vos trago mostra um pouco do talento da lenda. Adoro os arranjos, o swing, o estilo único com que canta. Não canso de ouvir este CD e acho que os senhores também irão gostar bastante. E não se inibam se sentirem vontade de sairem dançando pela sala. A boa música tem esse poder sobre nós.

CD 1
01- Come Fly With me
02- The best is yet to come
03- The way you look tonight
04- Luck be a  lady
05- Bewitched
06- The good life
07- The girl from Ipanema
08- Fly me to the moon (in other words)
09- Summer wind
10- Strangers in the night
11- Call me irresponsible
12- Somethin stupid with nancy sinatra
13- My kind of town
14- It was a very good year
15- Thats life
16- Moonlight serenade
17 Nothing but the best
18 Drinking again
19- All my tomorrows
20- My way
21- Theme from new york new york_(bonus_track)
22- Body and soul (previously_unissued)

CD 2

201- White christmas
202-Its christmas time again
203-Go tell it on the mountain
204-An old fashioned christmas
205-when angels sang of peace
206-The little drummer boy
207-I heard the bells on christmas day
208- Do you hear what i hear
209- The secret of christmas
210-The twelve days of christmas
211-christmas candles
212-We wish you the merriest

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.:interlúdio:. Thomas Quasthoff – The Jazz Album – Watch What Happens

prev

NOVO LINK DO PQPSHARE ATUALIZADO (de novo) !!!

Um dos maiores barítonos da atualidade, o alemão Thomas Quasthoff. me surpreendeu com este excelente CD, cantando standards do jazz. Nem preciso dizer como esse cd é bom. Começando pela voz de Quasthoff, de uma pureza e limpidez únicas. E o repertório foi escolhido a dedo para se adequar à sua voz. Começando pelo Gershwin inicial, Steve Wonder, Duke Ellington, Charles Chaplin, entre outros.
É daqueles cds para ser ouvir acompanhado de amigos, tomando um bom vinho, numa tarde de domingo chuvosa e fria…

01. There’s A Boat That’s Leavin’ Soon For New York
02. Watch What Happens
03. Secret Love
04. You And I
05. Ac-Cent-Tchu-Ate The Positive
06. I’ve Grown Accustomed To Her Face
07. Can’t We Be Friends
08. Smile
09. They All Laughed
10. My Funny Valentine
11. What Are You Doing The Rest Of Your Life
12. In My Solitude
13. Eins und eins, das macht zwei

Thomas Quasthoff – Baritone
Alan Broadbent, Chuck Loeb, Karl Schloz, Dieter Ilg, Peter Erskine, Axel Schlosser, Ruud Breuls, Fiete Felsch, Andreas Maile, Marcus Bartelt, Günter Bollmann, Uli Plettendorf

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FDPBach

Link reabilitado por René Denon em 6 de agosto de 2025

.: interlúdio :. Joe Henderson – Porgy & Bess

coverSeguinte, vou apenas passar a relação dos músicos que participam dessa gravação. Creio ser desnecessário fazer mais algum comentário:

Joe Henderson – Tenor Saxophone
Conrad Herwig – Trombone
John Scofield – Electric & Acoustic Guitars
Stefon Harris – Vibraphone
Tommy Flanagan – Piano
Dave Holland – Bass
Jack DeJohnette – Drums

Chaka Khan – Vocal on Track 2
Sting – Vocal on Track 7

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Joe Henderson Quartets – Tetragon

coverOntem ouvi a conversa de dois amigos e um deles me qualificou como puritano. Não sei o que eles quiseram dizer com isso (na verdade sei, mas deixa pra lá), nem em qual contexto estava usando essa expressão (sim, eu sei, mas deixa pra lá) ouvi assim tipo “en passant”, De qualquer maneira, não concordo mas respeito estes dois amigos. Eles são muito mais abertos a experiências musicais do que eu, que neste sentido posso ser qualificado de ‘conservador’. Mas aí vem a dúvida: um conservador ouviria um CD como esse do Joe Henderson? Como ele descreveria o tal do hard-bop, ou post-bop, ou sei lá que categoria inserir esse CD ou o próprio Joe Henderson (lembrando que este disco foi gravado em 1968)?

Sei que irei descrever esse disco como IM-PER-DÍ-VEL !!! pelo simples fato que considerá-lo sensacional, enquanto outros irão se preocupar com categorias ou adjetivismos. E enquanto os outros discutem isso, irei continuar ouvindo essa belezura  com meus ouvidos ‘puritanos’ ou ‘conservadores’, ou sei lá como queira me classificar.

01. Invitation
02. R.J.
03. The Bead Game
04. Tetragon
05. Waltz For Zweetie
06. First Trip
07. I’ve Got You Under My Skin

Joe Henderson – Saxophones
Don Friedman – Piano
Kenny Barron – Piano
Jack DeJohnette – Drums
Louis Hayes – Drums
Ron Carter – Bass

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: intermezzo :. Eric Dolphy (com Booker Little): Far Cry (1960)

.: intermezzo :. Eric Dolphy (com Booker Little): Far Cry (1960)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este disco é mais uma daquelas coisas maravilhosas saídas deste gênio morto aos 36 anos da forma mais estúpida que se possa imaginar. Na tarde de 18 de Junho de 1964, Eric Dolphy caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros, que não sabiam que ele era diabético, pensaram que ele (como acontecia a muitos jazzistas) era presa de uma overdose. Deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após o coma diabético. Bastava-lhe uma injeção.

Far Cry tem uma história notável. No mesmo dia, pela manhã, Dolphy gravou com o grupo de free jazz de Ornette Coleman. Depois, foi gravar Far Cry com Booker Little e um grupo onde estava o estreante Ron Carter. E eles gravaram todo o álbum naquele dia. Todo. Ah, Booker Little morreria ainda antes de Dolphy. Morreu no ano seguinte (1961), aos 23 anos… De uremia. Nada de drogas, amigos.

Eric Dolphy (com Booker Little): Far Cry (1960)

1. Mrs. Parker Of K.C. (Bird’s Mother) 8:01
2. Ode To Charlie Parker 8:42
3. Far Cry 3:53
4. Miss Ann 4:15
5. Left Alone 6:39
6. Tenderly 4:18
7. It’s Magic 5:39
8. Serene 6:37

Eric Dolphy – bass clarinet on “Mrs. Parker of K.C.,” “It’s Magic,” and “Serene”; flute on “Ode to Charlie Parker” and “Left Alone”; alto sax all other tracks
Booker Little – trumpet
Jaki Byard – piano
Ron Carter – bass
Roy Haynes – drums

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Eric Dolphy e Booker Little, dois gênios mortos precocemente.
Eric Dolphy e Booker Little, dois gênios mortos precocemente.

PQP

.: interlúdio :. Meredith Monk (1942): Dolmen Music

.: interlúdio :. Meredith Monk (1942): Dolmen Music

IM-PER-DÍ-VEL !!!

No início dos anos 80, era impossível a sobrevivência intelectual sem conhecer a gravadora ECM. A música disco e o mau gosto grassavam e todos os que tinham ouvidos de boa qualidade corriam para o refúgio de Manfred Eicher. E quase todos os que se interessavam por música tinham o vinil de Dolmen Music, de Meredith Monk, da ECM, claro. Ouvindo-o novamente no dia de hoje, curti muito, muito mais do que imaginava minha memória. Meredith Jane Monk (nascida em 20 de novembro de 1942 em Nova Iorque) é uma compositora, performer, diretora, vocalista, cineasta e coreógrafa norte-americana. Desde os anos sessenta, Monk tem criado trabalhos multidisciplinares que combinam música, teatro e dança, gravando sempre para a ECM Records.

Meredith Monk é principalmente conhecida por suas inovações vocais, incluindo uma vasta gama de técnicas estendidas, as quais ela desenvolveu pela primeira vez em suas performances solo antes de formar seu próprio grupo. Em dezembro de 1961, ela apareceu na “Actor’s Playhouse” no Greenwich Village (Nova Iorque) como dançarina solo em uma adatação de teatro musical para crianças de “A Christmas Carol”, de Charles Dickens na Off Broadway intitulada “Scrooge” (música e letra de Norman Curtis; dirigido e coreografado por Patricia Taylor Curtis). Em 1964, Monk formou-se no Sarah Lawrence College depois de estudar com Beverly Schmidt Blossom, e em 1968 ela fundou The House, uma companhia dedicada a uma abordagem multidisciplinar da performance.

Meredith Monk na Casa Branca
Meredith Monk na Casa Branca

As performances de Monk têm influenciado muitos artistas, incluindo Bruce Nauman, o qual ela conheceu em San Francisco em 1968. Em 1978 Monk formou o Meredith Monk and Vocal Ensemble (modelado segundo grupos similares de seus colegas de música como Steve Reich and Philip Glass), para explorar novas e mais amplas formas e texturas vocais, as quais eram frequentemente contrastadas com texturas instrumentais minimalistas. Monk iniciou um relacionamento duradouro com o Walker Art Center de Minneapolis, o qual continua a divulgar seu trabalho até hoje. Peças dessa época incluem Dolmen Music (1979), que foi também gravada em seu primeiro álbum, lançado pelo selo ECM de Manfred Eicher em 1981.

Nos anos oitenta, Monk roteirizou e dirigiu dois filmes, Ellis Island (1981) e Book of Days (1988), os quais se desenvolveram de uma única ideia: “Um dia, durante o verão de 1984, quando eu estava varrendo o chão de minha casa no campo, a imagem de uma jovem (em preto e branco) e uma rua medieval em uma comunidade judaica (também em preto e branco) veio à minha mente.” Monk conta essa história nas notas de encarte da gravação da ECM. Duas versões musicais existem desta peça, uma para salas de concerto e a outra um álbum, produzido por Meredith Monk e Manfred Eicher, que é “um filme para os ouvidos”.

No início dos anos 1990 Monk compôs a ópera Atlas, que estreou em Houston, Texas em 1991. Ela também escreveu peças para grupos instrumentais e orquestras sinfônicas. Seu primeiro trabalho sinfônico foi Possible Sky (2003). A ele se seguiu Stringsongs (2004) para quarteto de cordas, que foi encomendado pelo Kronos Quartet. Em 2005, realizaram-se eventos em todo o mundo para celebrar o quadragésimo aniversário de sua carreira, incluindo um concerto no Carnegie Hall com participação de Björk, Terry Riley, DJ Spooky (que sampleou Monk em seu álbum Drums of Death), Ursula Oppens, Bruce Brubaker, John Zorn, e os novos grupos musicais Alarm Will Sound e Bang on a Can All-Stars, em conjunto com o Pacific Mozart Ensemble.

Meredith Monk (1942): Dolmen Music

1. Fear And Loathing In Gotham – Gotham Lullaby 4:17
2. Education Of The Girlchild – Travelling 6:19
3. Education Of The Girlchild – The Tale 2:49
4. Education Of The Girlchild – Biography 9:28
5. Dolmen Music 23:47

Meredith Monk
Colin Walcott
Steve Lockwood
Andrea Goodman
Julius Eastman
Monica Solem
Paul Langland
Robert Een

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Meredith Monk
Meredith Monk

PQP

.: interlúdio :. Ella Fitzgerald – The George & Ira Gershwin Songbook

81oIz5eQanL._SX522_Um dos grandes sonhos e desejos de minha vida era conseguir os songbooks da Ella Fitzgerald. Comecei há alguns anos atrás, uns vinte e cinco, mais ou menos, quando ganhei de um grande amigo uma fita cassete com o Songbook do Cole Porter, talvez o mais conhecido. Foi paixão a primeira audição. Viciei tanto naquela velha fita cassete que ela até arrebentou de tanto que ouvi. Era, e é divina. Já trouxe este CD uma vez, e foi um sucesso, como não poderia deixar de ser. Junte-se à divina voz de Ella Fitzgerald os arranjos da Orquestra de Nelson Ridlle e o resultado não poderia deixar de ser outro: em minha modesta opinião um dos melhores discos de jazz de todos os tempos.
Mas aqui o negócio é outro. Ainda temos a divina Ella e a orquestra de Nelson Riddle mas os compositores são os irmãos Gershwin, outra fascinação minha. Quem não ama e adora suas canções, que não é doido por “Porgy & Bess”, ” ‘S Wonderful’ “, ” The Man I Love”, ainda mais na voz de Ella?
Então preparem-se. São três CDs absolutamente imperdíveis, obrigatórios. Dependendo da demanda, trago outros songbooks.

CD 1

01. Ambulatory Suite
02. The Preludes
03. Sam and Delilah
04. But Not for Me
05. My One and Only
06. Let’s Call the Whole Thing Off
07. (I’ve Got) Beginner’s Luck
08. Oh, Lady Be Good
09. Nice Work if You Can Get It
10. Things Are Looking Up
11. Just Another Rhumba
12. How Long Has This Been Going On
13. ‘S Wonderful
14. The Man I Love
15. That Certain Feeling
16. By Strauss
17. Someone to Watch over Me
18. The Real American Folk Song
19. Who Cares

CD 2

01. Looking for a Boy
02. They All Laughed
03. My Cousin in Milwaukee
04. Somebody from Somewhere
05. A Foggy Day
06. Clap Yo’ Hands
07. For You, for Me, for Evermore
08. Stiff Upper Lip
09. Boy Wanted
10. Strike Up the Band
11. Soon
12. I’ve Got a Crush on You
13. Bidin’ My Time
14. Aren’t You Kind of Glad We Did
15. Of Thee I Sing (Baby)
16. ”The Half of It, Dearie” Blues
17. I Was Doing All Right
18. He Loves and She Loves

CD 3

01. Love Is Sweeping the Country
02. Treat Me Rough
03. Love Is Here to Stay
04. Slap That Bass
05. Isn’t It a Pity
06. Shall We Dance
07. Love Walked In
08. You’ve Got What Gets Me
09. They Can’t Take That Away from Me
10. Embraceable You
11. I Can’t Be Bothered Now
12. Boy! What Love Has Done to Me!
13. Fascinating Rhythm
14. Funny Face
15. Lorelei
16. Oh, So Nice
17. Let’s Kiss and Make Up
18. I Got Rhythm
19. Somebody Loves Me
20. Cheerful Little Earful
21. Oh, Lady Be Good (alternate take)
22. But Not for Me

Ella Fitzgerald – Vocals
The Nelson Riddle Orchestra

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Duke Ellington – Duke Ellington and His Orchestra – The Ellington Suites (1959, 1972)

1405697217_002O grande compositor, maestro, pianista, arranjador, etc., etc.etc., apareceu pouco aqui no PQPBach, e isso é lamentável. Por este motivo estou trazendo hoje essa belezura de CD chamado “The Ellington Suites”, e lhes garanto que é a música ideal para se ouvir num final de feriadão, em uma noite agradável, ao lado de quem se ama e degustando um bom vinho.  Mas não precisam esperar outro feriadão para ouvi-lo. Podem transferir para um mp3 player para ouvir no ônibus enquanto estão indo trabalhar, ou caminhar no parque, gravar em um CD para tocar no carro, enfim os senhores mesmos podem fazer a ocasião.

The Queen´s Suite (A Suite Dedicated to Her Majesty Queen Elisabeth II
01 – Sunset And The Mocking Bird
02 – Lightning Bugs And Frogs
03 – Le Sucrier Velours
04 – Northern Lights
05 – The Single Petal Of A Rose
06 – Apes And Peacocks

The Goutelas Suite
07 – Fanfare
08 – Goutelas
09 – Get-With-Itness
10 – Something
11 – Having At It
12 – Fanfare

The Uwis Suite
13 – Uwis
14 – Klop
15 – Loco Madi

16 – The Kiss (bonus track) (previously unreleased)

Duke Ellington and His Orchestra

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Antonio Vivaldi – As Quatro Estações – Larry Coryell, Kazuhito Yamashita

1318841159_6ee56eb5c74a40b0035c360fc7d_prev

NOVOS LINKS !!!

E quando vocês achavam que já tinham ouvido de tudo, eis que vos trago este cd incrível, com dois violonistas extremamente virtuoses, tocando simplesmente a obra imortal de Vivaldi em uma versão para dois violões. É no mínimo curioso como os dois conseguem resolver algumas dificuldades técnicas inerentes à obra. Claro que fica a sensação de que fala algo. Mas dois músicos deste nível não se importam em se arriscar. Coryell é um especialista nestas loucuras. Ele já fez transcrições incríveis de Stravinsky, Ravel, entre outros, para o violão. Tive oportunidade de vê-lo tocando ao vivo há alguns anos atrás, e se já era fã do cara na época, aquela apresentação serviu para ver que o cara realmente é um músico excepcional.

01 – ‘Spring’ I Allegro
02 – ‘Spring’ II Largo
03 – ‘Spring’ III Allegro
04 – ‘Summer’ I Allegro non molto – Allegro
05 – ‘Summer’ II Adagio – Presto – Adagio
06 – ‘Summer’ III Presto
07 – ‘Autumn’ I Allegro
08 – ‘Autumn’ II Adagio molto
09 – ‘Autumn’ III Allegro
10 – ‘Winter’ I Allegro non molto
11 – ‘Winter’ II Largo
12 – ‘Winter’ III Allegro – Lento – Allegro

Larry Coryell & Kazuhito Yamashita – Violões

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

.: interlúdio :. Larry Coryell – L’Oiseau De Feu, Petrouchka

FolredComo prometido, aqui está o outro CD de Larry Coryell e suas adaptações stravinskyanas.  As peças desta vez são “O Pássaro de Fogo” e “Petrouchka”. .
Essa incursão de Larry Coryell pelo universo da chamada música clássica, adaptando peças extremamente difíceis e complexas, com orquestrações também altamente complexas, mostram toda a versatilidade e virtuosismo de um músico completo.  Como comentei em postagem anterior, tive a grata oportunidade de ver este incrível guitarrista ao vivo e pude comprovar esta versatilidade e virtuosismo. Seja variando em cima do tema do “Bolero” de Ravel, seja elaborando incríveis solos em sua guitarra Ibanez semi acústica, ou nos deixando embasbacados em uma versão “a capella” de “Roun´ Midnight”, a clássica composição de Thelonius Monk, Coryell mostrou o porque é um dos maiores guitarristas de jazz de todos os tempos.

01  L’Oiseau De Feu
02  Petrouchka

Larry Coryell – Acoustic Guitar

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: intermezzo :. Affinity – Toots Thielemans & Bill Evans

.: intermezzo :. Affinity – Toots Thielemans & Bill Evans

Pense num encontro entre monstros. À escolha: ciclopes e dragões, Godzilla e King Kong… pense em monstros muito maiores. Sim, como o pianista americano Bill Evans e o gaitista (harmônica cromática) belga Toots Thielemans. Eis um dos mais belos e intensos discos desses artistas e de todo o Jazz, gravado em 1979. Evans utiliza em algumas faixas, para além do piano acústico, um teclado Fender Rhodes; seria a última vez que ele utilizaria um teclado elétrico em estúdio. Outra peculiaridade desse registro é que nele, pela primeira vez, Evans grava ao lado de Marc Johnson, baixista que o acompanhava desde o ano anterior, 1978, em trio e outras formações, até a morte do pianista no ano seguinte, em 1980. À bateria temos Eliot Zigmund e o disco também conta com a participação do saxofonista Larry Schneider. O resultado dispensa comentários, todavia destaco dentre as preciosas faixas três momentos de altíssima ‘radioatividade’: Days of wine and roses, tema do grande Henry Mancini para um conhecido filme no qual Jack Lemmon entorna todas – Vício Maldito, de 1962. Também Blue in Green, tema atribuído a Miles Davis, porém na verdade de Evans (assim como Nardis). O outro, e para mim o mais espantoso, é o clássico Body and soul. Posso falar apenas por intuição, jamais asseverar, que Toots toca de tal forma nesta faixa que o pianista teria ficado pasmo e pensando “como toca este homem, no que fui me meter!… rs, mas é apenas uma impressão. O disco é sublime. Verdadeiros gênios do Jazz, dois dos maiores músicos de todos os tempos, na mais intensa ‘afinidade’ musical. Durante muito tempo, antes que o milagre da tecnologia utilizada para o bem me trouxesse a oportunidade de consegui-lo, era um disco raríssimo; um músico daqui do meu contexto era o único na cidade que o possuía e não o copiava pra ninguém, o sacana. Isso não o fez tocar melhor rs. Agora aí está esse maravilhoso registro, para todos nós que amamos música da melhor.

Affinity – Toots Thielemans & Bill Evans

  1. “I Do It for Your Love” (Paul simon) – 7:16
  2. “Sno’ Peas” (Phil Markowitz) – 5:51
  3. “This Is All I Ask” (Gordon Jenkins) – 4:14
  4. “Days of wine and roses” (Henry Mancini, Johnny Mercer) – 6:40
  5. “Jesus’ Last Ballad” (Gianni Bedori) – 5:52
  6. “Tomato Kiss” (Larry Schneider) – 5:17
  7. “The Other Side of Midnight (Noelle’s Theme)” (Michel Legrand) – 3:17
  8. “Blue in green” (Bill Evans) – 4:09
  9. “Body and soul” (Edward Heyman, Roberto Sour, Frank Eyton,Johnny Green) – 6:16

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Toots Thielemans reikt Arena Jazz Award uitWellbach

.: interlúdio :. Thelonius Monk with John Coltrane

61YfM87d6LL._SL1000_

“Monk and Coltrane complemented each other perfectly. The results of this successful music aliance were beneficial to both. In this setting, Monk began to receive the brunt of a long-overdue recognition. On the other hand, Coltrane´s talent, set in such a fertile environment, bloomed like a hibiscus. `Trane´s comments in a Down Beat article (Setember, 29,1969), clearly describe how he reveres Monk: “Working with Monk brought m eclose to a musical architet of the highest order. I felt I learned from him in every way – through the senses, theoretically, technically. I would talk to Monk about musical problems and he would sit at the piano and show me answers by playing them. I could watch him play and find out the things I wanted to know. Also, I sould see a lot of things that I din´t know about at all”. 

Um disco com músicos deste nível dispensa comentários. Gênios sem encontrando e nos dando o melhor de si através de sua música, e que música, meus queridos. A lamentar apenas sua curta duração, meros 37 minutos, mas lhes garanto que são 37 minutos preciosos.

John Coltrane – Tenor Sax
Coleman Hawkins – Tenor Sax
Thelonius Monk – Piano
Wilbur Ware – Bass
Gigi Gryce – Alto Sax
Ray Copeland – Trumpet
Art Blakey – Drums
‘Shadow’ Wilson – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

monk_coltrane
Silêncio: Gênios em ação !!

 

.: interlúdio :. Larry Coryell – The Rite of Springs

folderDepois do Bolero, aí está a versão que Larry Coryell fez pra obra de Stravinsky. Eu particularmente, achei sensacional, um respeito muito grande com a obra original.
Agora convenhamos, transcrever para violão uma obra de um nível de orquestração tão complexo quanto a Sagração da Primavera não é para qualquer um. E não pensem que Coryell parou por aqui com suas transcrições. Logo trarei a “Petrouschka” e novamente “As Quatro Estações”. Ah, estava esquecendo da “Sherazade” de Korsákov.
Ganhei esta gravação há uns vinte e poucos anos atrás, ainda no tempo das fitas cassetes, e lembro que a fita arrebentou de tanto que a ouvi. Dei um jeitinho, a prendi com durex, e ela continuou a tocar por mais algum tempo, até eu ter acesso ao CD.

01  Part I. The Adoration of The Earth
02  Part II. The Sacrifice

Larry Coryell – Acoustic Guitar

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. Miles Davis (1926-1991): Tutu (Deluxe Edition) 2CD (2011)

.: interlúdio :. Miles Davis (1926-1991): Tutu (Deluxe Edition) 2CD (2011)

AB-SO-LU-TA-MEN-TE DES-CAR-TÁ-VEL!!!

Quando coloquei este CD no mp3 do carro, não demorou muito para o Prestes protestar:

— Ó, filho de Bach, esse troço é um lixo.
— Mas é Miles Davis.
— Não interessa, é um LIXO!

Logo depois, o Igor começou a teorizar, dizendo que poucos criadores e artistas sobreviveram ilesos ao mau gosto dos anos 80. Ambos têm razão. O Igor referiu-se à forma como a época imiscuiu-se na obra dos mais diversos criadores musicais com resultados quase sempre muitíssimo danosos e malcheirosos do ponto de vista artístico. Prestes disse que o álbum vermelho do conservador (do ponto de vista musical) Chico Buarque, lançado em 1984, possui coisas estranhas como aqueles sons — schuuupp, fiiiissst… — que acompanham a criançada se alimentando de luz. É verdade, não tinha me dado conta. Eu não sei o que houve naquela época. O disco, com suas baterias eletrônicas e seus tecladinhos com sons de estrelas tomaram conta do panorama de tal maneira que o melhor foi cobrir a cabeça com o travesseiro das músicas de qualquer outra época. Igor citou os Ramones como exemplo de dignidade e resistência ao ridículo. Miles Davis? Sim o grande Miles foi vitimado, soçobrando lamentavelmente.

(Neste momento, já em casa, minha filha revolta-se contra a versão a la Paul Mauriat ou André Rieu para Time after time (sim, de Cyndi Lauper) que está na faixa 7 do segundo CD.

— Pai, por que tu tens que ouvir essa droga?

Ah, se ela tivesse ouvido Human Nature… Eu estaria morto).

Bem, aqui temos dois CDs. O primeiro é o Tutu original. A única coisa que presta no disquinho é Tutu e Full Nelson, cujo nome correto deveria ser Full Prince, pois o anão de Minneapolis faz exatamente aquilo ali, só que muito melhor. O segundo CD é uma tentativa desesperada dos relançadores atuais de salvar a situação. É um álbum remasterizado de um concerto de Miles no Festival de Nice de 1986, nunca lançado antes. O CD é bom, as improvisações estão ali, mas não funciona. Era 1986 e há coisas de brochar qualquer vivente.

Tutu (uma homenagem a Desmond Tutu) foi lançado em dezembro daquele ano e, na verdade, deu nova feição à carreira de Miles. Para variar, a merda ganhou dois prêmios Grammy e recolocou o genial trompetista como uma grande estrela internacional. Nada mais imerecido. Como dizia minha mãe, que não costumava ouvir nunca porcarias, é MÚSICA PERECÍVEL. (Obrigado, Maria Luiza).

Quase todas as composições do disco são do baixista e produtor Marcus Miller. Aliás, como comentaram o Igor e o Prestes, foi uma tremenda sacanagem do cara. Ao lado de todo aquele mau gosto, de toda aquela distorção Bee Gees, há um baixo seguro e digno. Só. É Marcus Miller, que parece ter feito a bosta com a segunda intenção ser o único sobrevivente. Olha só: o trompete de Miles no Tutu original está sempre com surdina, as baterias são eletrônicas, os teclados abrem portais imaginários com fadinhas dentro. O único som humano é o do baixo e de um lá que outro sax. O resto está abaixo no nível do rio Mississipi, sob a água.

Mas foi um tremendo sucesso de público.

Eu acho engraçada a forma como é dividida a carreira do indiscutivelmente genial Miles Davis:

1 Juventude – de 1926 a 1944
2 Bebop e Birth of the Cool – de 1944 a 1955
3 Primeiro Grande Quinteto e Sexteto – de 1955 a 1958
4 Gravações com Gil Evans – de 1957 a 1963
5 Kind of Blue – de 1959 a 1964
6 Segundo Grande Quinteto – de 1964 a 1968
7 Elétrico Miles – de 1968 a 1975
8 Década Final – de 1981 a 1991 <– Ou seja, o grande equívoco, a MERDA que nem recebeu um título distinto da temporalidade que a caracterizasse.
9 Morte – 1991

Miles Davis — Tutu Remastered Album — Deluxe Edition (2011)

1. Tutu
2. Tomaas
3. Portia
4. Splatch
5. Backyard Ritual
6. Perfect Way
7. Don’t Lose Your Mind
8. Full Nelson

CD 2
Live At Nice Fest 1986

1. Opening Medley
2. New Blues
3. Maze
4. Human Nature
5. Portia
6. Splatch
7. Time After Time
8. Carnival

Miles Davis – trumpet
Marcus Miller – bass guitars, guitar, synthesizers, drum machine programming, bass clarinet, soprano sax, other instruments.
Jason Miles – synthesizer programming
Paulinho da Costa – percussion on “Tutu”, “Portia”, “Splatch”, Backyard Ritual”
Adam Holzman – synthesizer solo on “Splatch”
Steve Reid – additional percussion on “Splatch”
George Duke – all except percussion, bass guitar, and trumpet on “Backyard Ritual”
Omar Hakim – drums and percussion on “Tomaas”
Bernard Wright – additional synthesizers on “Tomaas” and “Don’t Lose Your Mind”
Michał Urbaniak – electric violin on “Don’t Lose Your Mind”
Jabali Billy Hart – drums, bongos

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Um dos discos mais superestimados de todos os tempos, uma bosta
Um dos discos mais superestimados de todos os tempos, uma bosta

PQP

.: interlúdio .: Larry Coryell – Bolero

folderUé, o FDPBach tá ficando louco? Postando o mesmo cd duas vezes seguidas …
Não, meus queridos, aqui é outra coisa. Deixe-me explicar: Coryell lançou sua primeira “versão” do “Bolero” de Ravel em LP em 1981, que foi o disco que postei ontem.
Dois anos depois ele voltou a encarar o desafio, mas desta vez, deixou que a improvisação corresse solta, não que ele não tenha improvisado no LP, mas aqui o próprio nome da faixa dá a dica: “Improvisations on ‘Bolero'” . E foi essa a “versão” que tive o privilégio de assistir ao vivo, em 1994.
Aqui a coisa é mais solta. Munido novamente de um violão com cordas de aço, ele descontrói a peça clássica de Ravel, dá um nó, bate no liquidificador, enfim, tudo o que um grande improvisador pode e deve fazer. Em Floripa, ouvi alguns comentários vindos de poltronas atrás de mim que diziam que aquilo que ele estava tocando não era o “Bolero”. Claro que são pessoas que não tinham muita familiaridade com a proposta do músico, nem tinham o costume de ouvir Jazz.

01 – Improvisation on ‘Bolero’
02 – Nothing Is Forever
03 – Something for Wolfgang Amadeus
04 – Prelude from ‘Tombeau de Couperin’
05 – Elegancia del Sol
06 – Fancy Frogs
07 – 6 Watch Hill Road
08 – Blues in Madrid
09 – Motel Time
10 – At the Airport
11 – Brazilia
12 – A Piece for Larry
13 – La Pluie
14 – Waltz No. 6
15 – Patty’s Song

Larry Coryell – Guitar, Guitar (12 String), Guitar (12 String Electric), Guitar (Acoustic), Guitar (Electric), Keyboards, Bass
Diego Cortez – Guitar (Nylon Strings)
Brian Keane – Guitar (12 String Electric), Guitar (Acoustic), Guitar (Electric)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

larry_coryell
Larry Coryell na época em que tocava o Bolero de Ravel.

 

.: interlúdio .: Larry Coryell – Boléro

FolderE já que estamos falando de adaptações, variações, músicos tocando fora de sua praia, resolvi trazer essa impressionante leitura do tradicional Bolero de Ravel por um dos maiores mestres da guitarra no jazz, Larry Coryell. De quebra, ele ainda encara “Noches En Los Jardines De Espana”.Um espanto esse cara.
Fazem vinte e um anos, se não estou enganado, quando tive a oportunidade de vê-lo tocando ao vivo em Floripa. Uma tradicional rádio da cidade promoveu sua vinda, e tivemos uma amostra do MÚSICO que Larry Coryell é, assim mesmo escrito, em letras maiúsculas. Tocou com músicos brasileiros, baianos, na época ele andava muito pelo Brasil, mas na maior parte do tempo, esteve sentado em um banquinho, tendo seu violão com cordas de aço como companhia. Também tocou uma das mais belas versões de “Roun´ Midnight” que já tive a oportunidade de ouvir. Quem esteve presente naquela noite jamais esquecerá.
Na verdade, Coryell gravou alguns discos tocando adaptações de peças clássicas, como “Petrouchka”, de Stravinsky e “Sherazade” do Rimsky-Korsákov, e até mesmo “As Quatro Estações”, que já postei por aqui, mas devido a problemas de ordem técnica, o link se perdeu.
O único defeito desse disco que ora vos trago é sua curta duração, pouco mais de meia hora. Mas lhes garanto que serão trinta e poucos minutos de puro virtuosismo e amor ao instrumento.

Deliciem-se.

01 Bolero
02 Noches En Los Jardines De Espana
03 Zapateado, Op.23 No.2

Larry Coryell – Acoustic Guitar

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: intermezzo :. Jazz Contemporaries ‎– Reasons In Tonality (1972)

.: intermezzo :. Jazz Contemporaries ‎– Reasons In Tonality (1972)

jazz contemporaries

Esse não é o Jazz Contemporaries que Freddie Hubbard montou em 1957 com James Spaulding e Larry Ridley. É o grupo cujo único rastro é esse raríssimo disco, uma gravação ao vivo no Village Vanguard em 13/02/1972, lançado pela lendária Strata-East. Rip de vinil, fora de catálogo (como a maioria das edições da Strata).

E, por pura falta de informações disponíveis, isso é tudo* que eu tenho a dizer sobre a postagem de hoje.

Ah! Embora os discos da Strata-East tenham forte relação com o soul jazz (spiritual, afro etc), esse é um caso de “aumenta que isso aí é post-bop”. Aproveite a oportunidade de ouvir Watkins e seu french horn — e Coleman tem tanto fôlego que não só derrubaria a casa dos porquinhos como os sopraria a 3km de distância. O lado B é absolutamente fantástico. Não sei porque permitem que esse disco permaneça esquecido.

Jazz Contemporaries – Reasons In Tonality (1972)

Lado A: Reasons In Tonality 24:00
Composed By – Julius Watkins
Lado B: 3-M.B. 22:45
Composed By – Keno Duke

Bass – Larry Ridley
Drums – Keno Duke
French Horn – Julius Watkins
Piano – Harold Mabern
Saxophone [Tenor] – Clifford Jordan, George Coleman

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Blue Dog