Franz Schubert – Quinteto para Cordas – Tákacs Quartet, Miklós Perenyi

Em minha modesta opinião, este Quinteto para Cordas, de Franz Schubert, é uma das mais belas obras já compostas pelo espírito criativo humano. Difícil destacar uma parte específica, ele soa tão perfeito, os instrumentos estão tão bem integrados, que soam como um só.

E aqui Schubert apronta uma marotagem. Ao invés de dobrar as violas, algo normal nas composições para esta formação, ele dobra os violoncelos. Trata-se de obra longa, de fôlego, que intercala momentos de puro lirismo com outros momentos em que os instrumentistas precisam se desdobrar para dar conta do recado.

A gravação que me apresentou esta obra foi uma realizada pelo então jovem Yo-Yo Ma junto ao Cleveland Quartet, pelo antigo selo Columbia. Aquele disco me acompanhou durante muito tempo, mas infelizmente tive de me desfazer dele em determinado momento de vacas magras. O que lembro daquela gravação é o espírito essencialment romântico, como não poderia deixar de ser. O segundo movimento, um Adagio, emociona até mesmo o coração duro.

Mas vos trago duas gravações dessa obra, uma com o timaço formado pelos húngaros do Tákacs Quartet, acompanhados pelo violoncelista, também húngaro, Miklós Perenyi. A segunda, a citada acima, com o jovem Yo-Yo Ma acompanhando o excelente Cleveland Quartet, gravação essa que embalou meus primeiros sonhos e desejos, românticos inclusive.

Também gostaria de citar outra gravação dessa obra, também histórica, com o lendário Mistslav Rostropovich acompanhando o Mellos Quartett, também um primor de execução e de competência. Já postamos essa gravação por aqui, e creio que o texto do mano PQPBach sintetiza e ilustra bem o que sentimos sobre essa obra.

Franz Schubert (1797-1828): Quinteto de Cordas, D. 956 (Melos)

1. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 I. Allegro ma non troppo
2. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 II. Adagio
3. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 III. Scherzo. Presto
4. String Quintet in C Major, D. 956, Op. 163 IV. Allegretto

Yo-Yo Ma – Violoncelo
Cleveland Quartet

Miklós Perenyi – Violoncelo
Tákacs Quartet

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Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas & Trio – Sharon Kam, Martin Helmchen, Gustav Rivinius

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas & Trio – Sharon Kam, Martin Helmchen, Gustav Rivinius

Por algum motivo inexplicável, talvez apenas pela satisfação de ouvir clarinete, novamente volto a ele, desta vez com obras de Brahms dedicadas a ele. Volta e meia estas obras, principalmente as Sonatas, op. 120, uma das maiores obras compostas para o instrumento, aparecem por aqui.

Os solistas também são velhos conhecidos daqui do PQPBach, a clarinetista Sharon Kam e o pianista Martin Helmchen, que se juntam ao violoncelista Gustav Rivinius para tocarem o Trio, op. 114.

Creio que já me utilizei da citação abaixo, retirada da biografia de Brahms escrita por Malcolm McDonald, mas a considero fundamental para situar as Sonatas dentro do repertório para clarinete:

“À sua maneira elas eram, como o Concerto Duplo, pioneiras: como não havia modelos clássicos para tal combinação, ele estava constituindo um novo gênero com peças que desde então tem permanecido pedras angulares do repertório para clarineta”.

Sharon Kam é uma experiente clarinetista, com vasta discografia mas confesso que já ouvi versões mais emocionantes destas obras. Claro que é uma questão de perspectiva, e de ponto de vista. Já ouço estas obras há bastante tempo, e a cada audição novas possibilidades me aparecem. Karl Leister sempre será minha referência em se tratando das obras para clarinete de Brahms, inclusive minha próxima postagem será dedicada a ele.

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas & Trio – Sharon Kam, Martin Helmchen, Gustav Rivinius

Sonata For Clarinet And Piano In F Minor / F-Moll, Op. 120 No. 1
1 Allegro Appassionato 7:40
2 Andante Un Poco Adagio 4:54
3 Allegretto Grazioso 4:07
4 Vivace 5:01

Sonata For Clarinet And Piano In E Flat Major / Es-Dur, Op. 120 No. 2
5 Allegro Amabile 7:49
6 Allegro Appassionato 5:16
7 Andante Con Moto – Allegro 6:47

Trio For Piano, Clarinet And Violoncello In A Minor / A-Moll, Op. 114
8 Allegro 7:42
9 Adagio 7:32
10 Andantino Grazioso 4:34
11 Allegro 4:26

Sharon Kam – Clarinet
Martin Helmchen – Piano
Gustav Rivinius – Cello

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FDP

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

Após alguns pedidos insistentes, e também consultar o mano PQP Bach, resolvi trazer a versão da banda de rock progressivo inglesa, Emerson, Lake & Palmer para a “Pictures at an Exhibition”, de Mussorgsky. Trata-se de uma visão muito pessoal da obra, e como aqui no PQP estamos abertos a todas as possibilidades, resolvi sair um pouco do meu repertório básico, a saber, barroco, clássico  romântico.

Como para muitos outros, este foi meu primeiro contato com Mussorgsky. Posteriormente caiu-me em mãos a versão do Alfred Brendel para piano, e então pude entender melhor a estrutura da obra. O outro lado deste mesmo LP trazia a versão orquestral, não me lembro com qual regente, mas mesmo assim me apaixonei pela obra.

Os três músicos dessa banda têm formação musical acadêmica, e todos são virtuoses em seus respectivos instrumentos. O próprio Keith Emerson, tecladista, compôs um concerto para piano muito interessante, claramente inspirado em Prokofiev e Stravinsky.

Os discos da banda sempre trouxeram trechos de obras de diversos compositores do século XX, como os já citados Stravinsky, Prokofiev, além de Bártok, Copland, entre diversos outros.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition (Emerson, Lake & Palmer)

1. Promenade
2. The Gnome
3. Promenade
4. The Sage
5. The Old Castle
6. Blues Variations
7. Promenade
8. The Hut Of Baba Yaga
9.The Curse of Baba Yaga
10. The Hut Of Baba Yaga
11. The Great Gates Of Kiev
12. Nutrocker

Keith Emerson – Keyboards
Greg Lake – Bass, Guitar & Vocals
Carl Palmer – Drums

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Keith, Greg, Carl

FDP Bach

Antonin Dvorak (1841-1904): Danças Eslavas, op. 46 e op. 72 – Filarmônica Tcheca, Charles Mackerras

Minhas adoradas Danças Eslavas, de Dvorák, estão em muito boas mãos neste excelente CD do selo Supraphon. Compositor tcheco, orquestra tcheca, gravadora tcheca, e um maestro australiano nascido nos EUA que, como poucos, conhecia muito bem a alma eslava, dirigiu durante muitos anos esta orquestra. Enfim, tudo contribui para 72 minutos de puro deleite musical. Até então minha referência para estas obras era a gravação de Antal Doráti, que gravou com muita competência essas obras, com a Royal Philharmonic Orchestra, mas esta aqui está no mesmo nível de excelência, como não poderia deixar de ser.

São muitos os méritos de Mackerras nesse CD. Poderia destacar o profundo conhecimento da cultura eslava, que permitiu melhor penetrar e explorar essa cultura, apoiado é claro por uma excepcional orquestra, mais que tarimbada e especialista neste repertório. Lembro de ter assistido a apresentação de um grupo de dança paranaense, descendentes de eslavos que nos apresentou algumas coreografias baseadas nestas obras. Foi muito bonito e sensível. Comoveu a todos os presentes.

Espero que apreciem, trata-se de um CD delicioso de se ouvir.

Antonin Dvorak (1841-1904): Danças Eslavas, op. 46 e op. 72 – Filarmônica Tcheca, Charles Mackerras

Ist Series, Op.46 (B.83, 1878)
1 No.1 In C Major
2 No. II In E minor
3 No. III In A Flat Major
4 No. IV In F Major
5 No. V In A Major
6 No. VI In D Major
7 No. VII In C Minor
8 No. VIII In G Minor

2nd Series, Op.72 (B. 147, 1886-87)
9 No.I (IX) In B Major
10 No.II (X) In E Minor
11 No. III (XI) In F major
12 No. IV (XII) In D Flat Major
13 No. V (XIII) In B Flat Minor
14 No. VI (XIV) In B Flat Major
15 No. VII (XV) In C major
16 No. VIII (XVI) In A Flat Major

The Czech Philharmonic Orchestra
Sir Charles Mackerras – Conductor

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FDP

Johan Halvorsen (1864-1935): Orchestral Works, Vol. 1 (Bergen Philharmonic – Thorsen)

Johan Halvorsen (1864-1935): Orchestral Works, Vol. 1 (Bergen Philharmonic – Thorsen)

Aproveitando a deixa do mano PQPBach trago mais um compositor norueguês desconhecido, ao menos por mim. E que bela descoberta. Em minha santa ignorância, a música norueguesa se resumia a Grieg. E Halvorsen, por sinal, era seu amigo.

Mas voltemos à música de Halvorsen. Violinista de mão cheia, escreveu belas peças para o instrumento, peças curtas, por sinal, mas que demonstram um tremendo domínio dos recursos do instrumento, como pode ser ouvido no belo “Andante religioso para Violino e Orquestra”. Como maestro, Halvorsen dirigiu esta mesma Bergen Philharmonic (que na época se chamava Orchestra Harmonien). Para maiores detalhes sobre a vida e a obra de Halvorsen sugiro a leitura do booklet anexo, bem esclarecedor, trazendo detalhes sobre as obras. A coleção tem quatro cds. Trarei um de cada vez para melhor ser apreciado.
Neeme Järvi é um regente de mão cheia, ainda mais com este repertório. E a orquestra, apesar de desconhecida, também é muito boa.

Bela música, para se ouvir num dia nublado e frio como o de hoje.

Johan Halvorsen (1864-1935) – Orchestral Works, Vol. 1 – Bergen Philharmonic – Thorsen

1 Bojarernes Indtogsmarsch
2 Andante religioso for Violin & Orchestra
3 Suite from ‘Mascarade’ – 1 Holberg-Ouverture. Allegro moderato – Poco meno mosso –
[Tempo I] – Più mosso (un poco) – Intermedium
4 2 Cotillon. Introduktion Allegro – Allegro – Un poco meno mosso – Coda
5 3 Menuetto. Introduktion ad lib. – [ ] – Più mosso
6 4 Hanedansen. Allegro moderato – Con grandezza – Un poco animato – Coda
7 5 Gavotte. [ ] – Musette. [ ]
8 6 Molinasque (Grotesk dans). Allegro moderato – Coda. Più mosso
9 7 Kehraus (Bachanal). Vivace molto
10 8a Arietta. Andante con moto – Più mosso – Poco meno – Più mosso – Meno – Largamente – A tempo I – Adagio
11 8b Passepied. Allegretto grazioso – Meno mosso
12 La Mélancolie Mélodie de Ole Bull (1810–1880) – Andante
13 Symphony No. 1 in C minor – I Allegro non troppo – Un poco più mosso – Poco meno mosso – Agitato – Tempo I – Animato –
Meno mosso – Largamente – Più mosso
14 II Andante – Più mosso – Tempo I – Molto più mosso – Tempo I – Tranquillo – Più mosso – Pesante – Tranquillo – Adagio
15 III Scherzo. Lento – Allegro con spirito – Allegretto – Più mosso – Meno mosso – Tempo I (Allegro con spirito) – Lento – Allegro molto
16 IV Finale (Rondo). Introduction Andante – Allegro deciso – Un poco meno mosso – Tranquillo – Molto tranquillo – Tempo I (Allegro deciso) – Poco meno mosso – Un poco meno mosso – Allegro molto

Marianne Thorsen violin
Bergen Philharmonic Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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Bigodón do Halvorsen

FDP

Wolfgang Amadeus Mozart (1759-1891) – Quintetos para Clarinete – Dieter Klöcker, Leopold String Quartet

Eis mais um delicioso CD do incansável clarinetista Dieter Klöcker, que gravou dezenas de CDs com obras para o seu instrumento. Aqui ele junta-se a um Quarteto de Cordas para tocarem o Quinteto para Clarinete K. 516c. Já trouxemos gravações dessa obra em outras ocasiões, com outros solistas. Mas já me declarei fã deste músico, que tem uma discografia considerável, tendo sido um musicólogo especializado na redescoberta de obras esquecidas para o seu instrumento, principalmente de compositores contemporâneos de Mozart e de Beethoven. Já trouxe outros CDs dele, quem não conhece, recomendo fortemente.

O site Mozart Project assim define esse Quinteto:

“O Quinteto para Clarinete em lá maior de Mozart, K. 581, foi escrito em 1789 para o clarinetista Anton Stadler. É o único quinteto de clarinete de Mozart e é uma das primeiras e mais importantes obras escritas para o instrumento. O quinteto é considerado uma conquista suprema da era clássica e é uma das obras mais populares de Mozart.”

É sempre bom ouvirmos este Quinteto. É uma obra deliciosa, que apenas confirma a genialidade de Mozart.

01. Movement for Clarinet and String Quartet in B-Flat Major, KV 516c Allegro
02. Movement for Clarinet and String Quartet in A Major, KV 581a Allegro non troppo
03. Movement for Clarinet, Bassetthorn and String Trio in F Major, KV 580b Allegro
04. Clarinet Quintet in A Major, KV 581 I. Allegro
05. Clarinet Quintet in A Major, KV 581 II. Larghetto
06. Clarinet Quintet in A Major, KV 581 III. Menuetto
07. Clarinet Quintet in A Major, KV 581 IV. Allegro con Variazioni

Dieter Klöcker – Clarinet
Leopolder Quartett

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Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia nº 8 “Inacabada”, e Sinfonia nº 9 “Grande” – Janowsky, Dresdner Philharmonie

As duas obras primas incontestes de Schubert estão em muito boas mãos neste CD que recém saiu dos fornos da Gravadora Pentatone. O experiente maestro Marek Janowski nos traz uma leitura atualizada desta obras tão gravadas, mas tão cheias de possibilidades.

A Sinfonia Inacabada tem uma áurea de mistério que a cerca. Nunca deixo de me emocionar com aquele início misterioso, tenso, parece que estamos entrando em uma caverna lúgubre, sem saber direito o que iremos encontrar ali dentro. Janowski coloca um pouco de esperança em sua interpretação, tirando assim um pouco daquele ambiente lúgubre, trazendo uma possibilidade de se enxergar uma luz no final do túnel. Para quem gravou todos os grandes românticos do século XIX, incluindo as óperas wagnerianas, o que ouvimos aqui é um romantismo não tão expressivo e intenso. Confesso que sinto falta daquela carga dramática, tão comum em algumas gravações, principalmente no Primeiro Movimento, onde ele explora mais o lado lírico da obra. Dentre todas as versões que já ouvi desta sinfonia, minha escolha sempre recai sobre a velha guarda, como os bom Günter Wand e Karl Böhm. Ainda não ouvi os mais recentes e elogiados registros de René Jacobs, com uma leitura mais historicamente informada, característica deste excelente maestro, e um especialista neste gênero de interpretação.

O maestro Marek Janowsky, junto a Filarmônica de Dresden, nos oferecem uma interpretação segura e correta destas duas obras primas do repertório sinfônico. Tenho certeza de que os senhores irão gostar.

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia nº 8 “Inacabada”, e Sinfonia nº 9 “Grande” – Janowsky, Dresdner Philharmonie

01. Schubert Symphony in B Minor, D. 759 Unfinished I. Allegro moderato
02. Schubert Symphony in B Minor, D. 759 Unfinished II. Andante con moto

03. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great I. Andante – Allegro, ma non troppo – Più moto
04. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great II. Andante con moto
05. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great III. Scherzo. Allegro vivace – Trio
06. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great IV. Allegro Vivace

Dredsner Philharmonie
Marek Janowsky

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FDP

 

 

 

Joseph Haydn – Concertos para Violoncelo, Sinfonia Concertante – Heinrich Schiff, ASMF, Marriner, Accardo, ECO

Eis um CD delicioso de se ouvir, daqueles que no deixam felizes, assobiando e loucos para ouvir novamente. A parceria Schiff / Marriner / ASMF funciona perfeitamente aqui, corretos, concisos, mostrando os grandes músicos que eram.

Nem teria muito a comentar sobre o CD, ou até mesmo sobre a música. A comparação com Rostropovich é inevitável, mas também creio que é desnecessária. Talvez o que posso dizer é que a alegria que sinto com esta turma tocando aqui é a mesma que senti quando ouvi o gigante russo tocando estes mesmos concertos e não por acaso, com a mesma Orquestra. O que também poderia dizer é que o famoso disco de Rostropovich foi gravado em um momento em que ele já era uma unanimidade, uma lenda viva, enquanto que Schiff ainda tentava se impor como um intérprete de renome.

Infelizmente, dores nos ombros afastaram Heinrich Schiff dos palcos e nunca mais conseguiu se apresentar ao vivo, falecendo precocemente aos 65 anos, em 2016. Realizou belíssimas gravações pelo selo Philips, tendo a oportunidade de gravar com grandes nomes do selo, como Bernard Haitink, Viktoria Mullova e André Previn.

A Sinfonia Concertante, que aparece neste CD da integral do músico, foi retirada de um outro disco que ele gravou com Salvatore Accardo e a English Chamber Orchestra. Nem preciso dizer que o virtuose italiano do violino também nos proporciona excelentes momentos com sua  execução. Infelizmente essa Sinfonia não é tão gravada. Mas o resultado aqui nos deixa perfeitamente satisfeitos.

Sei que estamos em uma época em que estas gravações mais antigas são desconsideradas (e esta aqui nem é tão velha, 1988), consideradas ultrapassadas, diariamente aparecem outros registros com uma nova geração de músicos, mas sempre gosto de voltar a estes ‘dinossauros’. Todos deram sua contribuição para a evolução da interpretação, e até mesmo da gravação. E foram estas gravações que me auxiliaram na descoberta destes repertórios em uma época em que não tínhamos internet, nem streaming, e foram as responsáveis pela nossa formação musical enquanto ouvinte.

Cello Concerto In C, H. VIIb No. 1
1 Moderato
2 Adagio
3 Finale (Allegro Molto)
Cello Concerto In D, H. VIIb No.2
4 Allegro Moderato
5 Adagio
6 Rondo (Allegro)

Heinrich Schiff – Cello
Academy of Saint Martin in the Fields
Sir Neville Marriner – Conductor

Sinfonia Concertante in B flat, Op. 94 Hob. 1:105
Allegro
Andante
Allegro con spirito

Heinrich Schiff – Cello
Neil Back – Oboe
Graham Sheen – Fagott
Salvatore Accardo – Violin & Director
English Chamber Orchestra

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – La Nozze di Figaro, K. 492

Para desespero de nossa querida Clara Schumann, que por algum motivo próprio não suporta a soprano neo-zelandesa Kiri Te Kanawa, trago uma deliciosa versão desta que é considerada por muitos a melhor ópera de Mozart, “La Nozze di Figaro” , ou “As Bodas de Fígaro”. O cast é estelar, comandados pelo grande Samuel Ramey e tendo estrelas do porte de Kiri Te Kanawa, Kurt Moll, Lucia Popp, Frederica Von Stade entre outros.

Sou fâ do maestro húngaro-britânico George Solti, que possui um extenso currículo na área, e será com ele que trarei mais a frente o ciclo do Anel dos Nibelungos.

Mas aqui temos um Mozart delicioso e divertido. Espero que gostem.

Sinopse da ópera pode ser encontrada aqui .

O Libreto pode ser encontrado aqui

Wolfgang Amadeus Mozart – Le Nozze di Figaro, K. 492

CD 1

1. Overture
2. Act 1 – “Cinque… deci… venti…” – “Cosa stai misurando”
3. Act 1 – “Se a caso Madama” – “Or bene, ascolta, e taci”
4. Act 1 – Bravo, signor padrone…Se vuol ballare…Ed aspettaste
5. Act 1 – “La vendetta” – “Tutto ancor non ho perso”
6. Act 1 – “Via resti servita” – “Va là, vecchia pedante”
7. Act 1 – Non so più…Ah, son perduto!
8. Act 1 – Cosa sento!…Basilio, in traccia tosto…Giovani
9. Act 1 – “Non più andrai”
10.Act 2 – Porgi amor…Vieni, cara Susanna
11.Act 2 – “Voi che sapete” – “Bravo! che bella voce!”
12.Act 2 – Venite! Inginocchiatevi…Quante buffonerie!

1.Act 2 – “Che novità!”
2.Act 2 – “Susanna, or via, sortite” – “Dunque, voi non aprite”
3.Act 2 – “Aprite, presto” – “O guarda il demonietto!” – “Tutto è come io lasciai”
4.Act 2 – “Esci, ormai, garzon malnato” – “Susanna!… Signore!”
5.Act 2 – “Signore, di fuori” – “Ah! signore… signor!”
6.Act 2 – “Voi signor, che giusto siete” Jane Berbié
7.Act 3 – “Che imbarazzo è mai questo” – “Via, fatti core”
8.Act 3 – “Crudel! perché finora” – “E perché fosti meco”
9.Act 3 – Hai già vinta la causa!…Vedrò mentr’io sospiro…
10.Act 3 – “Riconosci in questo amplesso” – “Eccovi, o caro amico” – “Andiamo, andiam, bel paggio”

1. Act 3 – E Susanna non vien…Dove sono i biei momenti…Io
2. Act 3 – Cosa mi narri!…Che soave zeffiretto…Piegato è
3. Act 3 – Ecco la marcia…Eh, già, solita usanza
4. Act 4 – L’ho perduta…Barbarina, cos’hai?
5. Act 4 – Il capro e la capretta…Nel padiglione a manca
6. Act 4 – “In quegli anni in cui val poco”
7. Act 4 – “Tutto è disposto” – “Aprite un po’ quegli occhi”
8. Act 4 – Giunse alfin il momento…Deh, vieni, non tardar.
9. Act 4 – Pian pianin le andrò più presso…Tutto è tranquillo
10.Act 4 – “Gente, gente, all’armi”

Lucia Popp, Kiri Te Kanawa, Frederica von Stade, Samuel Ramey,Sir Thomas Allen e Kurt Moll – solistas
London Opera Chorus
London Philarmonic Orchestra
Sir George Solti – Director

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MP3 | 320 KBPS | 386 MB
Solti gostou de saber a opinião da Clara Schumann sobre sua regência das óperas de Mozart

o Penguin Guide rasga a seda: Solti opta por uma proporção justa de velocidades extremas, tanto lentas quanto rápidas, mas elas raramente, se é que alguma vez, interferem na felicidade essencial do entretenimento. Samuel Ramey, um barítono de voz firme, interpreta um Figaro viril, perfeitamente combinado com a mais encantadora das Susannas gravadas, Lucia Popp, que apresenta uma performance brilhante e radiante. Thomas Allen também está magnífico. Kurt Moll como Don Bartolo canta um La vendetta inesquecível. Frederica von Stade é uma Cherubino muito atraente, mas coroando tudo está a Condessa de Kiri TeKanawa.

Aproveite!

Antonio Vivaldi – As Quatro Estações – Rachel Podger, Brecon Baroque

Começo com esta postagem a trazer as gravações que a violinista inglesa, Rachel Podger, fez da obra de Antonio Vivaldi. A moça é um ‘monxtro’, como dizem cá pelas terras litorâneas do sul, principalmente na Ilha de Santa Catarina. Tem um pleno domínio do violino barroco, que toca com maestria. Sem medo, a coloco entre as maiores especialistas em interpretação historicamente informada, ao lado de outra excepcional violinista, Armandine Beyer.

Esta gravação das indefectíveis “Quatro Estações” é um primor de execução e criatividade. Difícil ficarmos indiferentes à ela. A própria sonoridade do instrumento de Podger é diferente, o som é mais rústico, mais cru.

Peço licença para citar o editorialista da amazon.com :

“A nova gravação de Podger visa acertar o relógio – reorientando os ingredientes que tornam The Four Seasons tão especial e lembrando os ouvintes do notável frescor da invenção de Vivaldi.”

E é exatamente este o destaque que pode se dar a esta gravação: frescor e inovação em sua execução, nos apresentando uma obra revigorada. Nem perderia mais tempo apresentando este CD tão especial, mas preciso falar da última obra executada, Concerto Il Grosso Mogul RV 208, com seu incrível Allegro final, com uma incrível cadenza de cinco minutos de duração, onde Lady Podger explora e expõe toda a sua técnica e virtuosismo. Repetindo os manezinhos da Ilha de Santa Catarina, diria com toda convicção: ‘Lady Podger, éx um monxtro’

Espero que apreciem.

Le Quattro Stagioni
Concerto No. 1 La Primavera – Spring Op. 8 No. 1 RV 269
1 Allegro
2 Largo E Pianissimo
3 Allegro
Concerto No. 2 L’Estate – Summer Op. 8 No. 2 RV 315
4 Allegro Mà Non Molto
5 Adagio
6 Presto
Concerto No. 3 L’Autunno – Autumn Op. 8 No. 3 RV 293
7 Allegro
8 Adagio Molto
9 Allegro
Concerto No. 4 L’Inverno – Winter Op. 8 No. 4 RV 297
10 Allegro Non Molto
11 Largo
12 Allegro

Il Riposo Per Il S.S. Natale RV 270
13 Allegro
14 Adagio
15 Allegro
Concerto L’Amoroso RV 271
16 Allegro
17 Cantabile
18 Allegro
Concerto Il Grosso Mogul RV 208
19 Allegro
20 Grave
21 Allegro

Rachel Podger – Violin & Director
Brecon Baroque

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Steve Hackett & Djabe – In the Footsteps of Attila and Genghis

Reconheço que meio que viciei nesse espetacular CD desde que me foi repassado por um querido amigo, que disse com palavras de quem já me conhece há bastante tempo: ouça pois tenho certeza de que vais amar.

E como não amar e se encantar com essa verdadeira viagem pela tal da “World Music” (nem sei se poderia classificá-lo desta forma), que reúne o lendário guitarrista da banda de Rock Progressivo Genesis Steve Hackett e o Grupo de Jazz húngaro Djabe? Poucas vezes ouvi a música ser tão universal, reunindo Ocidente e o Oriente. É até difícil classificá-los, pois o que ouvimos é uma perfeita junção do Jazz ocidental com a música oriental.  Só ouvindo para entenderem o que quero expressar.

Acompanho a carreira de Steve Hackett já há bastante tempo, e nunca deixo de me surpreender com a sua originalidade. Ele nunca teve medo de ousar, desde os tempos do Genesis, quando, ao lado de Peter Gabriel, Phil Collins, Mike Rutherford  e Tony Banks nos proporcionaram momentos de muito prazer com uma discografia impecável, mas isso é assunto para outra postagem. O foco aqui é o “Djabe”. Hackett já os acompanha há bastante tempo, então sua interação é perfeita. O mago inglês da guitarra entende que é apenas mais um, e deixa os outros músicos a vontade para improvisar. O que se ouve é uma aula de como se toca ao vivo, e claro, uma aula de improviso. Destacaria entre estes grandes músicos o baixista Tamás Barabás (seu solo na faixa 7 é algo digno de figurar entre os grandes solos do instrumento na história da música), e os trompetistas Ferenc Kovács e Áron Koós-Hutás (que me proporcionou um dos momentos mais memoráveis do álbum, na faixa “Ace Wands”), mas todos os músicos são excepcionais e fica difícil dizer qual a melhor faixa, mas arriscaria na faixa 7 do CD1, “Distance Dances”, onde os músicos do Djabe se sentem a vontade para improvisar. Coisa de gente grande mesmo.

Espero que apreciem. A empolgação que esse CD me causou me fez sentar novamente na frente do computador para preparar uma postagem depois de alguns meses. Não temo em dizer que é o melhor registro ao vivo que já ouvi em muito tempo.

CD 1

  1. Erdõ, Erdõ
  2. Firth of Fifth
  3. Dark Soup
  4. City of Habi
  5. The Steppes
  6. Pécs
  7. Distance Dances
  8. Clouds Dance
  9. Wind and Bell
  10. Sákira
  11. Ace of Wands

CD 2

  1. Dorombo
  2. Butterfly
  3. Last Train to Istambul
  4. In that Quiet Earth
  5. Genghis´Sword
  6. Behind the Veil
  7. Omachule – excerpt
  8. Steve´s Acoustic Set
  9. Scenes
  10. Los Endos

Steve Hackett – Guitarras elétricas e acústicas

Djabe

Szilárd Banai – Bateria
Tamás Barabás – Baixo
Áttila Égerházi – Guitarra, percussão e vocal
Ferenc Kovács – trompete, violino e vocal
Zoltán Kovács – Teclados
Áron Kóos-Hutas – Trompete

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.:interlúdio:. Keith Jarrett: My Song

.:interlúdio:. Keith Jarrett: My Song

51uwG9Y508L._SL500_AA280_ (1) – Postagem original de 2013. Reativada por Pleyel em homenagem aos 78 anos de Keith Jarrett (nasc. 8/maio/1945) –

Não tenho bem certeza desde quando que tenho esse cd do Keith Jarrett, mas tenho certeza de que é meu favorito com essa formação do quarteto europeu. Jan Garbarek dá um show em faixas clássicas como “Questar, “My Song” e a última faixa do cd, “The Journey Home”. Keith Jarrett, como sempre, um gênio do piano, com solos pontuais, curiosamente não muito extensos, porém certeiros. A cozinha com o baixista Palle Danielsson e o baterista Jon Christensen fornece a base perfeita para os solos de Jarrett e Garbarek.

Em outras palavras, um primor de CD, facilmente classificável como “IM-PER-DÍ-VEL” para os fãs do jazz.

Keith Jarrett Quartet – My Song (1978)

1 – Questar
2 – My Song
3 – Tabarka
4 – Country
5 – Mandala
6 – The Journey Home

Keith Jarrett – Piano
Jan Garbarek – Tenor and Soprano Saxophones
Palle Danielsson – Bass
John Christensen – Drums

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BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – mp3 320kbps

Jarrett, Garbarek, Danielsson, Christensen: o supergrupo “escandinavo” em ação

FDPBach/Pleyel

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): As Sinfonias / A Grande Páscoa Russa / Capricho Espanhol (Neeme Järvi)

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): As Sinfonias /  A Grande Páscoa Russa / Capricho Espanhol (Neeme Järvi)

Inspirado pela postagem do mano PQPBach, resolvi trazer estas obras pouco conhecidas e executadas de Rimsky-Korsakov. Gosto muito desse compositor, desde a primeira vez em que ouvi seu Capricho Espanhol, e lá se vão mais de três décadas. Na verdade, sou fá da música russa, então Tchaikovsky, Korsakov, entre outros são compositores russos que sempre estiveram entre meus favoritos.

Não tenho lembranças de quando nem como consegui este belo CD duplo da DG que traz as sinfonias (para mim até então desconhecidas) do russo. Já devo tê-lo há pelo menos uns dois ou três anos. E ainda mais com um de meus regentes favoritos da atualidade, Neeme Järvi. O bom e prolífico velhinho gravou excelentes CDs com esta orquestra sueca, a Gothenburg Symphony Orchestra.

Tudo bem, suas sinfonias não têm o mesmo impacto das sinfonias de Tchaikovsky, seu contemporâneo e amigo, mas são bem escritas e a orquestração é bem trabalhada. Järvi, na verdade, em alguns momentos consegue tirar leite de pedra, e o que poderia soar tedioso, graças à sua regência segura, consegue me satisfazer. Enfim, não sejamos tão críticos. Respeitemos o compositor da genial “Sherazade” e do fantástico “Vôo do Besouro”.

O CD se completa com a conhecidíssima Abertura do Festival da Páscoa, e talvez sua obra mais conhecida, o Capricho Espanhol.

Um belo CD, sem dúvida, e raro. Desconheço outras gravações destas sinfonias, devem até existir, mas fica o mérito do grande Järvi trazer a tona obras tão pouco interpretadas.

Pitaco de PQP: adorei este CD duplo. As sinfonias são surpreendentes, estranhas e muito bonitas, com destaque para as orquestrações sempre lindas de RK. Sobre os extras, nem preciso falar — são espetaculares. Neeme Järvi é um mestre. Faz jus às citadas e notáveis orquestrações do compositor. Não erra nunca, com sua sensibilidade e compreensão fazendo a GSO render o máximo. Aliás, ele é Maestro Emérito vitalício da orquestra que hoje tem Dudamel como titular.

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): As Sinfonias / A Grande Páscoa Russa? / Capricho Espanhol (Jarvi)

CD 1
01. Symphony no.1 in E minor op.1 I. Largo assai – Allegro
02. Symphony no.1 in E minor op.1 II. Andante tranquillo
03. Symphony no.1 in E minor op.1 III. Scherzo. Vivace – Trio
04. Symphony no.1 in E minor op.1 IV. Allegro assai

05. Symphony no.2 op.9 (Antar) I. Largo – Allegro – Largo – Allegretto – Adagio
06. Symphony no.2 op.9 (Antar) II. Allegro
07. Symphony no.2 op.9 (Antar) III. Allegro risoluto
08. Symphony no.2 op.9 (Antar) IV. Adagio

CD 2
01. Symphony no.3 in C major, op.32 I. Moderato assai – Allegro
02. Symphony no.3 in C major, op.32 II. Scherzo. Vivo – Moderato – Tempo I
03. Symphony no.3 in C major, op.32 III. Andante – Animato assai – Tempo I – att
04. Symphony no.3 in C major, op.32 IV. Allegro con spirito – Animato

05. Russian Easter Festival Overture (A Grande Páscoa Russa), op.36

06. Capriccio Espagnol, op.34 Alborada. Vivo e strepitoso – attacca
07. Capriccio Espagnol, op.34 Variazioni. Andante con moto – attacca
08. Capriccio Espagnol, op.34 Alborada. Vivo e strepitoso – attacca
09. Capriccio Espagnol, op.34 Scena e canto gitano. Allegretto – attacca
10. Capriccio Espagnol, op.34 Fandango asturiano

Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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Neeme Järvi no Festival de Verão do PQP Bach, o PQPaloosa.

FDPBach

Edward Elgar (1857-1937): Cello Concerto in E Minor, op 85 / Samuel Barber (1910-1981): Cello Concerto, op 22 (Gastinel)

Edward Elgar (1857-1937): Cello Concerto in E Minor, op 85 / Samuel Barber (1910-1981): Cello Concerto, op 22 (Gastinel)

Comentei agora há pouco com PQPBach que ia trazer este CD da Gastinel tocando Elgar e Barber e ele comentou que não conhecia o Concerto para Violoncelo de Barber. Pois bem, caro PQP, aqui está o dito cujo.

Serei sincero neste primeiro momento: Anne Gastinel é uma excelente cellista, com uma excelente gravação das suítes de Bach, entre outros compositores, mas neste Concerto para Violoncelo de Elgar sinto faltar o impeto, e a paixão que Jacqueline Du Pré imprimiu em sua interpretação deste mesmo concerto. A comparação é inevitável, pois ambas foram crianças prodígios, com enorme talento, e já na adolescência ganhavam os principais prêmios concedidos aos intérpretes do instrumento.

Com relação ao concerto de Barber, confesso que conheço pouco essa obra, sem maiores referências para as devidas comparações. Mas digamos que no conjunto da obra, é um cd de primeira qualidade, ideal para ser ouvido numa tarde lamurienta de sábado, com uma garoa fina e chata caindo. De preferência, acompanhado de um bom livro.

Espero que apreciem.

Sir Edward Elgar (1857-1937) – Cello Concerto in E Minor, op 85 – Samuel Barber (1910-1981) – Cello Concerto, op 22 (Gastinel)

01. Elgar – Concerto for Cello in E minor, Op. 85 – I. Adagio-moderato
02. II. Lento-Alegro molto
03. III. Adagio
04. IV. Allegro

05. Barber – Concerto for Cello in E minor, Op. 85 – I. Allegro moderato
06. II. Andante sostenuto
07. III. Molto allegro e appassionato

Anne Gastinel – Cello
City of Birmingham Symphony Orchestra
Justin Brown – Conductor

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É uma pena, mas todos nós envelhecemos. Basta ver a capa do CD e esta. Mas és uma bela senhora Gastinel!

FDPBach

.: interlúdio:. Egberto Gismonti Trio: Zigzag

.: interlúdio:. Egberto Gismonti Trio: Zigzag

Peço licença para entrar na área de um dos colaboradores do blog, o bluedog. Andei mexendo numa velha estante de cds, e encontrei esta obra prima do Gismonti, e quase que imediatamente decidi postar. Este Zigzag (1996) é uma maravilha de cd. Com o tradicional cuidado das gravações da ECM, Egberto Gismonti está à vontade e muito bem acompanhado, ao lado de Nando Carneiro e Zeca Assumpção. Só gostaria de saber de que planeta esses caras saíram para conseguirem um resultado tão fantástico assim. Posso até estar exagerando, mas o CD tem momentos realmente brilhantes, o violão e o piano de Gismonti são únicos, com sua mistura de elementos rítmicos da música brasileira, e mesmo em momentos de puro virtuosismo a beleza de seu dedilhado está presente. Destaques? Sugiro uma audição mais apurada de “Mestiço & Caboclo”, e o piano de “Forrobodó”. O texto abaixo foi tirado do site da ECM:

“ZigZag” is the 14th Gismonti recording to be issued by ECM and features his touring band of Nando Carneiro, who doubles on guitar and synthesizer, and bassist Zeca Assumpacao (sic). The trio members have been friends since the 1970’s and collaborated on many projects and tours both in South America and Europe. More than 20 years after his ECM debut, “Dança das Cabeças”, Gismonti remains a category unto himself. Born in the small Brazilian town of Carmo to a Lebanese father and a Sicilian mother, he grew up in an “international” environment . Beginning classical piano at the age of 5, his earliest yearnings were to play and compose music in the European tradition. At the age of 20 he went to Paris to study initially with composer Jean Barraqué and later with Nadia Boulanger. Whereas Barraqué passed on his enthusiasm for Debussy, Ravel and Stravinsky to the young Egberto, Boulanger sent the aspiring composer home to reacquaint himself with his Brazilian roots. Upon his return to Brazil, Egberto immersed himself in his country’s rich musical resources using the samba, choro, jazz, bossa and baiao in creating his own new music. He also turned his attention to the guitar, an instrument at the musical center of his homeland. Attracted originally by the Brazilian choro form which he negotiated on classical acoustic guitar, he switched to an 8-stringed instrument in 1973, and gradually worked his way up to his present 10 and 14-string guitars.

Boa audição.

Egberto Gismonti Trio – ZigZag

1. ZigZag
2. Mestiço & Caboclo
3. Orixás
4. Carta De Amor
5. Um Anjo
6. Forrobodó

Egberto Gismonti –  10 & 14-string guitars, piano
Nando Carneiro – guitar, synthesizer
Zeca Assumpção – double-bass

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O disco é 1996, esta foto é mais recente, claro.

FDP Bach

Claude Debussy – La Mer, Images – Orchestre National de France, Emmanuel Krivine

Sempre é bom voltar a Debussy, não acham? É um compositor que sempre me tranquiliza, ajuda a controlar minha ansiedade e a encarar o estresse diário. Lembro que quando comprei o meu primeiro disco com suas obras, exatamente ‘La Mer’, na já histórica versão de Pierre Boulez com a Philharmonia Orchestra, ouvi várias vezes seguidas sozinho em casa, imaginando sempre uma praia com suas ondas e arrebentações. Foi muito intenso, confesso. Morava sozinho na cidade grande, quase não tinha amigos se não aqueles do trabalho, então essa música me ajudou a combater a solidão, e a aquietar minha mente.

A bela versão que ora vos trago é a do experiente Emmanuel Krivine, lançada em 2018, que aqui dirige a excelente ‘Orchestre National de France’, ou seja, uma gravação com forte sotaque francês, afinal temos um compositor, um regente e uma orquestra franceses. Vale e muito a pena conferir esse registro. Como já comentei em outras postagens, a versão de Boulez continuará sendo a minha preferida, por diversos motivos, um deles citado acima, foi um disco fundamental em determinada fase de minha vida, o ouvi muito. Mas obviamente estou, e sempre estarei aberto a novas possibilidades e alternativas.

Espero que apreciem. É música para ser degustada preferencialmente sentados em uma confortável poltrona, de olhos fechados, ouvindo cada nota e imaginando o mar. Ou então, sentados a beira mar, observando as ondas.

La Mer (Revised 1909 Version)
1 I. De L’Aube À Midi Sur La Mer : Très Lent
2 II. Jeux De Vagues : Allegro
3 III. Dialogue Du Vent Et De La Mer : Animé Et Tumultueux

Images
4 I. Gigues
5.II. Iberia a. Par Les Rues Et Par Les Chemins
6 II. Iberia b. Les Parfums De La Nuit
7 II. Iberia c. Le Matin D’Un Jour De Fête
8 III. Rondes De Printemps

La Mer (Original 1905 Version)
9 III. Dialogue Du Vent Et De La Mer (Excerpt With Fanfare)

Orchestre National de France
Emmanuel Krivine – Conductor

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concerto para Clarinete & Sinfonia Concertante K. 275b

Por algum motivo o Concerto para Clarinete de Mozart é uma de minhas obras favoritas do compositor, ao lado dos Concertos para Piano de nº 21 e da Sinfonia nº40, para citar apenas algumas. A expressividade deste instrumento tão único é aqui neste CD muito bem explorada pela excepcional Sabine Meyer, musicista de incrível talento, que por algum tempo tocou na Filarmônica de Berlim, de onde saiu por divergências com outros colegas da orquestra, mesmo tendo o apoio de Kaiser Karajan. A talentosa instrumentista não se abalou e seguiu em frente com uma carreira exitosa enquanto solista.

Neste belo CD, gravado lá em 1990, temos o citado Concerto para Clarinete  e belíssima Sinfonia Concertante,  K. 257b, que reúne quatro (???) instrumentos solistas, o clarinete, o oboe, o fagote e a trompa, obra única, com certeza, mas de uma beleza e originalidade tipicamente mozartianas. Os acompanhando, temos a Staatskapelle Dresden, que é a mais antiga orquestra da atualidade, tendo sido fundada em 1548.

Um belo CD, com certeza, sensível, delicado e muito agradável de se ouvir.

Peço desculpas por minhas postagens estarem sendo tão espaçadas, problemas alheios a minha vontade tem impedido de me dedicar com mais atenção ao blog. E também tenho de reconhecer que a perda de três membros do grupo me abalaram bastante (os saudosos Ammiratore, Avicenna e o queridíssimo Monge Ranulfus).

Faço desta postagem a minha homenagem a estes três amigos (mesmo nunca os tendo encontrado pessoalmente, assim os considerava), com certeza iriam  gostar muito deste CD, amantes que eram da bela arte.

Klarinettenkonzert A-dur, KV 622
1. Allegro
2, Adagio
3. Rondo (Allegro)
Sinfonia Concertante, KV 297b (Anh. 1,9)
4. Allegro
5. Adagio
6 Andantino Con Variaziono

Sabine Meyer – Clarinete
Sergio Azzolini – Fagote
Bruno-Schneider – Trompa
Diethelm-Jonas – Oboe
Staatskapelle Dresden
Hans Vonk – Conductor

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Antonin Dvorák (1841-1904): Trios para Piano (Beaux Arts Trio)

Estes trios de Dvorak interpretados pelo Beaux Arts Trio já eram para ter sido postados há algum tempo, mas na correria do dia a dia, acabei esquecendo. O que é uma pena, pois trata-se de uma gravação histórica, uma das melhores já realizadas dessas obras tão peculiares. O que temos aqui é um precioso registro, realizado ainda lá no final da década de 1960, e assim se passaram cinquenta e poucos anos, mas quem se importa?

Voltar a estas obras depois de tantos anos me faz bem. Essa gravação me caiu em mãos ainda no começo do novo século, graças a gentileza de um querido amigo que sabia como eu era fã do Beaux Arts Trio, então gravou este CD pra mim. Não conhecia estas obras, Dvorák para mim até então limitava-se ao Concerto para Violoncelo e à Sinfonia nº 9. Desde a primeira audição me encantei com a delicadeza destas obras, e mais ainda com a performance deste conjunto, era um disco tão encantador e envolvente que deixei de lado alguns outros discos para ouvir este CD duplo mais atentamente.  Naquela época estava envolvido com a Universidade, e de certa forma ele foi a trilha sonora daquela período tão importante de minha vida.  Algumas vezes embalou meu sono no ônibus, quando voltava para casa de noite, depois das aulas.

Talvez o mais famoso destes trios, e mais gravado, seja o de op. 90, denominado ‘Dumky’, e assim se denominam as canções ucranianas que possuem um caráter elegíaco e reflexivo. Muito agradáveis de se ouvir em um final de semana sem maiores compromissos a não ser relaxar. E a interpretação do Beaux Arts Trio com certeza é um elemento a mais que tornam estes dois CDs IM-PER-DÍ-VEIS !!!

CD1
Piano Trio In B Flat, Op. 21
1. Allegro Molto
2. Adagio Molto E Mesto
3. Allegretto Scherzando
4. Finale (Allegro Vivace)

Piano Trio In G Minor, Op. 26
1. Allegro Moderato
2. Largo
3. Scherzo (Presto – Poco Meno Mosso)
4. Finale (Allegro Con Tanto)

CD 2
Piano Trio In F Minor, Op. 65
1. Allegro Ma Non Troppo – Poco Più Mosso, Quasi Vivace
2. Allegro Grazioso – Meno Mosso
3. Poco Adagio
4. Finale (Allegro Con Brio – Meno Mosso – Vivace)

Piano Trio In E Minor, Op. 90 “Dumky”
1. Lento Maestoso – Allegro Vivace, Quasi Doppio Movimento – Tempo I – Allegro Molto
2. Poco Adagio – Vivace Non Troppo
3. Andante – Vivace Non Troppo – Andante – Allegretto
4. Andante Moderato (Quasi Tempo Di Marcia) – Allegretto Scherzando – Meno Mosso – Allegro – Moderato 5. Allegro
6. Lento Maestoso – Vivace, Quasi Doppio Movimento – Lento – Vivace

Beaux Arts Trio
Cello – Bernard Greenhouse
Piano – Menahem Pressler
Violin – Isidore Cohen

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Violoncelo e Piano (Alisa Weilerstein, Inon Barnatan)

Como comentei em postagem anterior dedicada a Brahms, que tinha Yuja Wang e Gautier Capuçon envolvidos, sempre é bom ter sangue novo em um repertório tão tradicional e gravado quanto essas Sonatas de Beethoven. Curiosamente, após o hercúleo trabalho de nosso querido Vassily dedicado a Beethoven, não trouxemos outras gravações dessas obras, afinal de contas elas estavam muito bem representadas naquela série. Pretendo, nesta postagem, preencher essa lacuna de dois anos, afinal, foram muitas as gravações realizadas destas sonatas.

Alisa Weilerstein é uma violoncelista norte americana, nascida em 1982 (este que vos escreve já era um fã incondicional de Beethoven naquela época) e que vem se destacando nos palcos do mundo inteiro e também com gravações onde podemos ainda mais admirar seu talento e versatilidade. Recentemente foi capa da revista Gramophone, que destacava exatamente essa gravação que ora vos trago. Assim o CD nos é apresentado pelo resenhista da revista, Andrew Farach-Colton:

For her new Beethoven cello sonatas album, Alisa Weilerstein has characteristically absorbed
other interpretations before throwing it all away to find her own path“.

E são tantas as opções no mercado que até podemos nos perder no meio de tantas opções. Esse sangue novo, representado por Alisa, que recém completou 40 anos de idade, e pelo excelente pianista israelense/americano Inon Barnatan,  nos trouxe um sopro de renovação. Pierre Fournier, Rostropovich, Starker, são muitos os nomes com que nos acostumamos a ouvir quando tratamos destas sonatas. Com certeza todos deram sua contribuição, ajudando a solidificar a importância destas obras. Lembro de Rostropovich / Richter no famoso LP duplo da Philips, que comprei e tenho até hoje, trinta e poucos anos depois. E como ouvi esse disco …

As Sonatas de op. 5 ainda são obras de formação de uma personalidade própria do gênio bethoveeniano, podemos sentir o desapego ao classicismo, apesar de ainda enxergarmos nela as influências de Mozart e de Haydn. Já a partir da Sonata de nº 3, de op. 69, obra da maturidade, conseguimos identificar o Beethoven que aprendemos a amar e admirar. Força, determinação, um diálogo de igual para igual entre os solistas, e os laços com o classicismo já estão rompidos, e a linguagem revolucionária de sua escrita já prevalece. Pertencem ao período chamado de heróico pelos biógrafos de Beethoven.

As Sonatas de op. 102 já nos trazem um compositor consolidado, mais do que nunca ciente de sua importância na história da música.

1. Beethoven Cello Sonata No. 1 in F Major, Op. 5 No. 1 I. Adagio sostenuto – II. Allegro
2. Cello Sonata No. 1 in F Major, Op. 5 No. 1 III. Rondo. Allegro vivace
3. Cello Sonata No. 2 in G Major, Op. 5 No. 2 I. Adagio sostenuto ed espressivo
4. Cello Sonata No. 2 in G Major, Op. 5 No. 2 II. Allegro molto più tosto presto
5. Cello Sonata No. 2 in G Major, Op. 5 No. 2 III. Rondo. Allegro
6. Cello Sonata No. 3 in A Major, Op. 69 I. Allegro ma non tanto
7. Cello Sonata No. 3 in A Major, Op. 69 II. Scherzo. Allegro molto
8. Cello Sonata No. 3 in A Major, Op. 69 III. Adagio cantabile – Allegro vivace
9. Cello Sonata No. 4 in C Major, Op. 102 No. 1 I. Andante – Allegro vivace
10. Cello Sonata No. 4 in C Major, Op. 102 No. 1 II. Adagio – Allegro vivace
11. Cello Sonata No. 5 in D Major, Op. 102 No. 2 I. Allegro con brio
12. Cello Sonata No. 5 in D Major, Op. 102 No. 2 II. Adagio con molto sentimento d’affetto
13. Cello Sonata No. 5 in D Major, Op. 102 No. 2 III. Allegro

Alisa Weilerstein – Cello
Inon Barnatan – Piano

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sonatas para Piano de 1 a 7 (Angela Hewitt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Fãs confessos que somos de Angela Hewitt, cada lançamento seu é muito comemorado por nós. E ganhamos de presente neste Natal de 2022 sua incursão nas sonatas para piano de Mozart. Não sei qual a reação dos senhores, mas cada vez que ouço qualquer uma destas sonatas sinto-me de bem com a vida. Essas obras animam e alegram meu coração, e como não se render a elas, mesmo às primeiras, obras juvenis, que já mostram o imenso talento do compositor?

Não sei se já comentei anteriormente com os senhores, mas estas sonatas me foram apresentadas pela primeira vez por Glenn Gould, e confesso que não entendi nada, ainda era jovem, e na verdade não entendi até hoje o que o grande pianista canadense pretendia. Algum tempo depois conheci Ingrid Haebler, pianista austríaca e uma das maiores intérpretes de Mozart, e foi só então que tive a oportunidade de apreciar melhor essas obras e poder imergir neste universo tão amplo, apesar de certos críticos considerarem  as sonatas para piano obras menores dentre outras obras de Mozart.
Curiosamente, temos aqui outra canadense explorando este repertório, mas com maestria e respeito, com todo o respeito aos fãs de Gould, aos quais me incluo, mas mais especificamente às suas intervenções bachianas, estas sim geniais. As excentricidades cometidas por ele nestas obras me assustam até hoje. Para quem não sabe do que estou falando, sugiro uma das melhores postagens já feitas no PQPBach, com autoria do nosso querido Vassily Genrikhovich, que traduziu para nossa lingua uma ‘entrevista’ de Gould, onde ele explica as excentricidades citadas. E obviamente, nos traz as nefastas gravações.

Segundo Hewitt, que por sua vez cita Köchel, o responsável pela catalogação das obras de Mozart, estas sete primeiras sonatas foram datadas em 1778, então temos aqui um jovem de 22 anos de idade explorando todas as possibilidades do pianoforte, instrumento novo que ainda tentava se impor nas salas de concerto.

Neste CD duplo, Angela nos traz estas sete primeiras sonatas, e nos promete mais dois volumes, ambos cds duplos, onde pretende nos trazer a integral dessas obras. Esperamos ansiosamente. Enquanto isso, vamos degustando estas delícias aos poucos, como se estivessemos degustando um bom vinho.

Então vamos ao que viemos.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sonatas para Piano de 1 a 7 (Angela Hewitt)

01. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in C major, K279 – 1: Allegro
02. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in C major, K279 – 2: Andante
03. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in C major, K279 – 3: Allegro

04. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in F major, K280 – 1: Allegro assai
05. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in F major, K280 – 2: Adagio
06. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in F major, K280 – 3: Presto

07. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in B flat major, K281 – 1: Allegro
08. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in B flat major, K281 – 2: Andante amoroso
09. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in B flat major, K281 – 3: Rondeau: Allegro

10. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in E flat major, K282 – 1: Adagio
11. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in E flat major, K282 – 2: Menuetto I & II
12. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in E flat major, K282 – 3: Allegro

13. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in G major, K283 – 1: Allegro
14. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in G major, K283 – 2: Andante
15. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in G major, K283 – 3: Presto

16. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 1: Allegro
17. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 2: Rondeau en polonaise: Andante
18. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 3: Tema: Andante –
19. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 4: Variation 1 –
20. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 5: Variation 2 –
21. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 6: Variation 3 –
22. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 7: Variation 4
23. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 8: Variation 5 –
24. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 9: Variation 6
25. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 10: Variation 7: Minore
26. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 11: Variation 8: Maggiore –
27. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 12: Variation 9 –
28. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 13: Variation 10
29. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 14: Variation 11: Adagio cantabile
30. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in D major, K284 – 15: Variation 12: Allegro

31. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in C major, K309 – 1: Allegro con spirito
32. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in C major, K309 – 2: Andante un poco adagio
33. Angela Hewitt – Mozart: Piano Sonata in C major, K309 – 3: Rondo: Allegretto grazioso

Angela Hewitt, piano

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FDP

.: interlúdio :. Milt Jackson & John Coltrane – Bags & Trane

51lRi9eV21L._SL500_AA280_A primeira vez em que ouvi esta versão de “Be-Bop” foi em uma coletânea, um LP duplo, e fiquei impressionado. E não poderia deixar de ficar, afinal foi esta lendária música que nomeou o ritmo de jazz que se tornaria famoso no mundo inteiro, e que revelou gente com Dizzie Gillespie, Charlie Parker, Miles Davis, Coltrane entre tantos outros. E o que Coltrane e Jackson fazem aqui é de arrepiar.
Milton Jackson e John Coltrane são duas lendas no mundo do jazz, disso ninguém em sã consciência duvida. E o resultado da parceria desta dupla só poderia ser esse disco, “Bags & Trane”, fácil, fácil, classificável como um dos melhores discos de jazz gravados na história da indústria fonográfica. Ele é tão perfeito que fica difícil qualquer comentário, a única coisa que posso dizer aos senhores é para ouvir e ouvir e ouvir, e não esqueçam de ouvir inteiro, novamente, para preencherem seus cérebros com o que de melhor produziram dois dos maiores gênios da música do século XX.  Lhes garanto que após sua audição irão enxergar o mundo com outros olhos, e um sorriso lhes vai brotar nos lábios quando lembrarem que quando chegarem em casa, este disco vai estar lhes esperando para ser ouvido, novamente.

Milt Jackson & John Coltrane – Bags & Trane

1 Stairway to the Stars (Matty Malneck, Mitchell Parish, Frank Signorelli)
2 The Late Late Blues (Milt Jackson)
3 Bags & Trane (Milt Jackson)
4 Three Little Words (Harry Ruby)
5 The Night We Called It a Day (Matt Dennis, Tom Adair)
6 Be-Bop (Dizzy Gillespie)
7 Blues Legacy (Milt Jackson)
8 Centerpiece” (Sweets Edison, Bill Tennyson)

Milt Jackson (vibraphone)
John Coltrane (tenor saxophone)
Hank Jones (piano)
Paul Chambers (bass)
Connie Kay (drums)

Recorded: January 15, 1959 – Atlantic Studios, New York City
Released: July 1961

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Milt Jackson (1923-1999)

FDP Bach (postagem original, 2014) / Pleyel (repostagem, 2023)

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847): Trios Para Piano – The Nash Ensemble

Belíssimo CD com os igualmente belíssimos Trios para Piano de Mendelssohn, um CD que estava guardado em um cantinho e reencontrá-lo e ouvi-lo novamente depois de algum tempo foi um prazer único. Quando foi ‘lançado’ Schumann comentou que era o melhor trio lançado em sua época, ao lado de dois outros de Beethoven e um de Schubert. A parte os exageros estilíscos de Schumann, comuns mas geralmente acertados, não há como negar a grandeza das obras. O de op. 49 nos propicia desde os primeiros acordes do violoncelo uma das mais belas páginas da história da música. E Mendelssohn, com estas obras, se estabeleceu em definitivo como o grande compositor que já era. Muitas vezes é difícil entendermos tal riqueza harmônica e contrapontística em uma obra para apenas três instrumentos. Apenas gênios conseguem isso.

Essa primorosa edição foi lançada em 2005, e a qualidade permanece. Sempre é um prazer imenso ouvir Mendelssohn, sua obra tem um quê de melancolia e tristeza juntas e misturadas.  Escrevo este texto em um final de tarde de sábado, e entendo que é com chave de ouro que encerro essa semana que tirei de férias, segunda feira volto  a rotina estressante, mas feliz.

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847): Trios Para Piano – The Nash Ensemble

01. Piano Trio No. 1 in D minor, Op. 49 I. Molto allegro ed agitato
02. Piano Trio No. 1 in D minor, Op. 49 II. Andante con moto tranquillo
03. Piano Trio No. 1 in D minor, Op. 49 III. Scherzo. Leggiero e vivace
04. Piano Trio No. 1 in D minor, Op. 49 IV. Allegro assai appassionato

05. Piano Trio No. 2 in C minor, Op. 66 I. Allegro energico e con fuoco
06. Piano Trio No. 2 in C minor, Op. 66 II. Andante espressivo
07. Piano Trio No. 2 in C minor, Op. 66 III. Scherzo. Molto allegro – quasi presto
08. Piano Trio No. 2 in C minor, Op. 66 IV. Finale. Allegro appassionato

09. Variations concertantes, for cello & piano in D major, Op. 17

The Nash Ensemble
Marianne Thorsen – Violin
Paul Watkins – Cello
Ian Brown – Piano

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Heinrich Schütz (1585-1672) – Historia der Geburt Jesu Christi, etc. – Yale Schola Cantorum

Então é Natal !! E para não perder o costume, trago uma obra que comemora o nascimento de Cristo, mas uma obra que ainda não havia aparecido por aqui. Trata-se de um compositor alemão, que, apesar de professar a fé luterana, não deixou de compor obras dentro da tradição do Cânone Católico, Heinrich Schütz, compositor que pouco apareceu por aqui.

Assim como Bach, que viveu e produziu boa parte de sua obra em Leipzig, Schütz se estabeleceu em Dresden, como Kapellmeister do Eleitor Johann Georg  I. Estudou em Veneza com Giovanni Gabrieli entre os anos de 1609 – 1612 e alguns anos mais tarde, com Monteverdi. Viveu em Dresden praticamente durante o resto de sua longa vida, veio a falecer em 1672, e é considerado o grande compositor alemão do século XVII.

Trago para os senhores algumas belíssimas obras composta por Schütz. que tem o espírito do Natal.  A interpretação está a cargo da Yale Schola Cantorum e tem a direção de David Hill.

Então Feliz Natal e um ótimo 2023 !!!

P.S. Em anexo ao arquivo de áudio segue o livreto, com informações relevantes sobre o compositor, contexto da obra e solistas. Vale a leitura.

01 – Hodie Christus Natus Est, SWV 456
02 – Das Wort Ward Fleisch, SWV 385
03 – Der Engel Sprach Zu Den Hirten, SWV 395
04 – Ave Maria, SWV 334
05 – Ein Kind Ist Uns Geboren, SWV 384
06 – Magnificat, SWV 468
07 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #01 Introduction
08 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #02 Es Begab Sich Aber (Evangelist)
09 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #03 Der Engel Zu Den Hirten
10 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #04 Und Alsbald War Da Bei Dem Engel (Evangelist)
11 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #05 Die Menge Der Engel
12 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #06 Und Da Die Engel Von Ihnen (Evangelist)
13 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #07 Die Hirten Auf Dem Felde
14 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #08 Und Sie Kamen Eilend (Evangelist)
15 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #09 Die Weisen Aus Morgenlande
16 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #10 Da Das Der König Herodes Hörete
17 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #11 Die Hohenpriester & Schriftgelehrten
18 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #12 Da Berief Herodes (Evangelist)
19 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #13 Herodes
20 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #14 Als Sie Nun Den König Gehöret Hatten
21 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #15 Der Engel Zu Joseph
22 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #16 Und Er Stund Auf (Evangelist)
23 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #17 Der Engel Zu Joseph In Ägypten
24 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #18 Und Er Stund Auf (Evangelist)
25 – Historia Der Geburt Christi, SWV 435 – #19 Beschluss

Yale Schola Cantorum
David Hill – Director

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Lorenzo Monaco (circa 1370 –circa 1425 ) – Virgin and Child on the Throne with Six Angels

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (Hengelbrock / Freiburger)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (Hengelbrock / Freiburger)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um grande amigo, infelizmente já falecido, considerava esta obra de Bach como a maior realização do ser humano. Curiosamente esse amigo era ateu, não era ligado a nenhuma religião.  Era uma pessoa extremamente bondosa, e desconheço alguém que tenha feito alguma reclamação a seu respeito. Era admirado por todos. Tratava-se de pessoa cordata, sábia e que tinha uma grande bondade no coração, desconhecia a maldade. E um grande intelectual, extremamente culto e um dos maiores conhecedores da obra de Machado de Assis que tive a oportunidade de conhecer. Mas um belo dia um AVC o levou. Como morava sozinho, nunca casou, só foi encontrado dois dias depois dentro de seu apartamento.

Por que me lembrei dele? Porque mais ou menos nessa época, não sei precisar o dia, há seis anos, ele nos deixou. Uma legião de amigos ainda não se conforma. Para mim, ele viajou para o seu amado Rio Grande do Sul, para ficar novamente entre sua tão querida família e pode aparecer a qualquer momento. E ele amava essa Missa de Bach. No meio da bagunça dos  milhares de LPs, fitas cassetes e livros em que ele vivia, estava sempre em destaque o LP da gravação do Gardiner. Dizia que tinha de ouvi-lo ao menos uma vez por mês, pois aquela música como que o purificava, sentia-se mais leve, como se estivesse indo ao confessionário.  Se a ouvia num final de semana, sua semana começava melhor ainda. Curioso, né? O efeito que uma música pode ter sobre uma pessoa…  enfim, a vida da gente é um nada no mundo, como dizia o poeta. Mas temos de aproveitá-la da melhor forma possível, para não nos arrependermos depois de nossas escolhas.

Ouvindo essa gravação do Thomas Hengelbrock sinto-me como o meu amigo se sentia. Livre e leve. Poderia voltar á rotina estafante do serviço com um sorriso no rosto. Mas hoje é sábado, e não trabalho, nem amanhã. Portanto, vamos aproveitar o dia.

Voltando a falar dessa gravação, diria que está no mesmo nível da de Gardiner, para muitos a melhor já realizada. Mas a música de Bach está além de conceitos e gostos. Ela transcende e atinge a todos com tal força que ficamos como que paralisados. E creio que o mesmo ocorra com os intérpretes dessa gravação: foram como que possuídos pela força que ela emana e realizaram um trabalho notável. Não saberia dizer se é a melhor gravação da atualidade, afinal existem dezenas de gravações dela, mas com certeza está na minha lista das melhores.  O jovem Thomas Hengelbrock já realizou excelentes gravações em sua curta carreira e tem um futuro promissor pela frente.

Meu falecido amigo haveria de concordar comigo. Não preciso dizer que esta postagem é uma homenagem à ele, né?

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (Hengelbrock / Freiburger)

CD1

1 Ester Teil. KYRIE. Chorus_ Kyrie eleison
2 Duetto (Soprano I & II)_ Christe eleison
3 Chorus_ Kyrie eleison
4 GLORIA. Chorus_ Gloria in excelsis Deo
5 Chorus_ Et in terra pax
6 Aria (Soprano)_ Laudamus te
7 Chorus_ Gratias agimus tibi
8 Duetto (Soprano & Tenor)_ Domine Deus
9 Chorus_ Qui tollis peccata mundi
10 Aria (Altus)_ Qui sedes ad dexteram patris
11 Aria (Basso)_ Quoniam tu solus Sanctus
12 Chorus_ Cum Sancto Spiritu

CD2

1 Zweiter Teil. CREDO. Chorus_ Credo in unum Deum
2 Chorus_ Patrem omnipotentem
3 Duetto (Soprano & Altus)_ Et in unum Deum
4 Chorus_ Et incarnatus est
5 Chorus_ Crucifixus
6 Chorus_ Et resurrexit
7 Aria (Basso)_ Et in Spiritum Sanctum
8 Chorus_ Confiteor
9 Chorus_ Et expecto
10 SANCTUS. Chorus_ Sanctus
11 Aria (Tenor)_ Benedictus
12 Doppel-Chorus_ Osanna
13 AGNUS DEI. Aria (Altus)_ Agnus Dei
14 Chorus_ Dona nobis pacem

Solistas do Balthasar-Neuman-Choir
Balthasar-Neumann-Choir
Freiburger Barockorchester
Thomas Hengelbrock – Conductor

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Thomas Hengelbrock explicando sua baita parceria com os Freiburger

FDPBach

Franck & Chopin – Sonata para Violoncelo e Piano – Yuja Wang & Gautier Capuçon

Quando ouço esta sonata de Cesar Franck sinto um total e completo relaxamento. Ela me transporta para um ambiente idílico, com muitas flores, perfumes, e verde. Me faz esquecer da rotina do dia a dia, do estresse, acalma minhas crises de ansiedade, enfim, serve como um poderoso calmante, mas um calmante que não tem contra-indicações.

O colega Pleyel acaba nos presentear com um ‘pacotaço’ em homenagem a Cesar Franck, cujo aniversário dos 200 anos de nascimento foi ontem, dia 10 de dezembro. Minha modesta colaboração é este registro bem recente, 2019, com a versão para violoncelo da belíssima Sonata para Violino, com esta incendiária dupla, Gautier Capuçon e Yuja Wang, que vem arrebatando corações com suas performances nos últimos anos. Detalhe: este registro foi realizado ao vivo, em 2019, em Toronto. Então não se assustem se ouvirem a respiração dos músicos como se eles estivessem ao seu lado, é uma sensação estranha, mas faz parte da emoção de ouvir um registro ao vivo.

Espero que apreciem, eu gostei muito dessa gravação, principalmente o terceiro movimento, uma Fantasia tocada com muita emoção e personalidade. Difícil conciliar técnica e sensibilidade nestes momentos.

A parte do disco dedicada a Chopin começa com uma peça de juventude do mestre polonês, uma Polonaise, mas o que se destaca é a famosa Sonata Para Violoncelo, em Sol Menor, que pode não ser a maior das obras de Chopin mas tem suas qualidades, e uma delas é conseguir fazer que ambos instrumentos tenham voz própria. E isso não é problema para estes solistas, que conseguem um entrosamento com total cumplicidade durante a execução das obras.

Aliás, Parabéns Monsieur César Franck …!!!

01. Franck: Cello Sonata in A major, FWV 8 – I. Allegro ben moderato
02. Franck: Cello Sonata in A major, FWV 8 – II. Allegro
03. Franck: Cello Sonata in A major, FWV 8 – III. Recitativo – Fantasia ben moderato
04. Franck: Cello Sonata in A major, FWV 8 – IV. Allegretto poco mosso
05. Chopin: Introduction and Polonaise brillante in C major, Op.3
06. Chopin: Cello Sonata in G minor, Op.65 – I. Allegro moderato
07. Chopin: Cello Sonata in G minor, Op.65 – II. Scherzo
08. Chopin: Cello Sonata in G minor, Op.65 – III. Largo
09. Chopin: Cello Sonata in G minor, Op.65 – IV. Finale Allegro
10. Piazzolla: Le Grand Tango

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César-Auguste-Jean-Guillaume-Hubert Franck (1822 – 1890)