Schnittke (1934 -1998): Symphony no.1

Depois de 1970, com as barreiras destruídas, o mundo da música clássica não experimentou algo que pudéssemos chamar de “nova escola”. Pelo menos não tão significativa como o classicismo, romantismo ou serialismo. Como não há escola, podemos dizer que a liberdade é máxima. Por outro lado, o compositor não tem uma estrutura onde se amparar. Diferente de um Beethoven ou Wagner que expandiram o classicismo e o romantismo até a última fronteira, o compositor contemporâneo não tem base onde se fundamentar e nem o que desenvolver, tudo é vácuo.
E porque fui escolher esse ano, 1970? Pois nesse período nascia uma obra que define bem esse período de desamparo e esgotamento que viviam os novos compositores – a Sinfonia n.1 de Alfred Schnittke. Essa obra também é conhecida com a “sinfonia esquizofrênica”. Ela tem a estrutura clássica de 4 movimentos e depois…loucura. Ela tem similaridades com a Sinfonia de Berio, nas inúmeras citações de obras clássicas, no fechamento de um ciclo e a procura de um outro; mas Schnittke também vai ao submundo, “suja” sua obra com temas vulgares, não faz vistas grossas ao mundo que o cercava. A obra é “feia” mesmo, mas não podemos escapar, é de fundamental importância.
A sinfonia n.1 é uma caricatura do mundo esquizofrênico de Schnittke…e do nosso.

CDF

Faixas:
1. I. Senza tempo – Moderato – Allegro – Andante
2. II. Allegretto
3. III. Lento
4. IV. Lento
5. V. Aplause

Performed by Royal Stockholm Philharmonic Orchestra
with Carl-Axel Dominique
Conducted by Leif Segerstam

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Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) – Vinte estudos para piano

Já faz um tempinho que deixei de postar coisas de minha própria discoteca em prol de ótimos CDs sugeridos e solicitados. Este post vai ser a última sugestão alheia durante os próximos meses.

Os vinte estudos guarnierianos para piano podem não ser tão conhecidos quanto os Ponteios, postados meses atrás, mas estão no mesmo patamar de beleza destes e são de um virtuosismo mais acentuado (justamente por serem estudos).

Agora só fica faltando eu postar os concertos para piano n° 4 e 5 – do primeiro ao terceiro vocês já podem baixar aqui no blog (o sexto concerto não foi gravado até hoje).

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Camargo Guarnieri – Twenty Estudos

No. 1 (1949) Deciso
No. 2 (1949) Brilhante
No. 3 (1949) Appassionato
No. 4 (1954) Animato
No. 5 (1950) Con moto
No. 6 (1962) Impetuoso, marcatissimo
No. 7 (1962) Sem pressa
No. 8 (1962) Comodo
No. 9 (1962) Furioso
No. 10 (1962) Movido
No. 11 (1968) Brilhante
No. 12 (1968) Dengoso
No. 13 (1969) “Homenagem a Claude Debussy”
No. 14 (1969) Sem pressa
No. 15 (1970) Maneiroso
No. 16 (1984) Caprichoso
No. 17 (1985) Sem pressa
No. 18 (1988) “Ondeante”
No. 19 (1981) (For the left hand alone) – Dramatico e Triste
No. 20 (1982) “Saramba
Piano: Frederick Moyer

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CVL

Alberto Nepomuceno (1864-1920) – Sinfonia em Sol Menor [link atualizado 2017]

Talvez a melhor sinfonia composta no Brasil

As tonalidades menores de uma maneira geral, são tristes e melancólicas. Se prestarmos atenção em algumas obras em tonalidade menor, poderemos perceber que mesmo as partes mais vigorosas, não são alegres e sim, dramáticas e/ou trágicas. E ainda que possamos identificar passagens alegres, com certeza, serão encontradas em modulações para tonalidades maiores (alegres e jocosas), muito comuns em qualquer composição de maior fôlego.

A Sinfonia em Sol Menor é uma obra vigorosa, lírica e essencialmente dramática, bem típica dos compositores românticos nacionalistas.

A Sinfonia em Sol Menor é a principal obra sinfônica de Nepomunceno. Teve sua estreia em 1º de agosto de 1897, em um concerto que incluia a obra Batuque (obra que faz parte da Série Brasileira aqui já postada), causadora de enorme polêmica junto aos críticos e acadêmicos por utilizar o reco-reco dentro do corpo sinfônico.

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Alberto Nepomuceno: Sinfonia em Sol Menor

01 Allegro (com entusiasmo) 7:46
02 Andante Quasi Adagio 9:24
03 Presto 5:59
04 Con Fuocco 5:43

Orquestra Sinfônica Brasileira
Regente: Edoardo de Guarnieri
Gravado ao vivo no Teatro Municipal de São Paulo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (39,2 MB – 192 KBPS)

Já viu nossos mais de 100 endereços para baixar partituras? Clique aqui

Marcelo Stravinsky
Repostado por Avicenna
Trepostado por Bisnaga

Feliz Aniversário Igor Stravinsky!!!!!!!!!

Stravinsky pintado por Jacques-Emil
Stravinsky pintado por Jacques-Emil

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Conheci a música de Igor Stravinsky em meados de 1987, quando procurava desperadamente por discos de vinil de música clássica. Até então só tinha escutado música barroca, com Bach, Handel e Vivaldi e música clássica, com Mozart e Beethoven.
Certa vez cheguei em um daquelas pessoas lendárias que trabalhavam em suas residênciais com discos raros e deparei-me com um álbum com a obra Petruchka, com a Orquestra Sinfônica de Minessota e com Stanislaw Skrowaczewski na regência.
Esse disco fazia parte daquelas coleções de música erudita da Abril Cultural, Mestre da Música. Era uma espécie de álbum-livro, muito bonito por sinal, sinto saudades daqueles álbuns.
Depois de negociar muito, acabei conseguindo trocar 5 discos meus (nem lembro mais quais, mas com certeza não eram clássicos) por este álbum com Petruchka.
Estava louco para chegar em casa, “seco”, ansioso para ouvir a música daquele “novo” compositor. Quando cheguei no portão para entrar em minha casa que ajeitei o disco embaixo do braço para abrir o portão, o disco pulou fora da capa e estatelou-se no chão. Puxa, fui lá em cima e voltei. Apanhei o disco tão rapidamente que acho que acabei piorando a situação dele. Um dos lados tinha ficado muito arranhado. Depois de tentar limpar de todas as formas possíveis, acabei colocando o disco pra rolar e nos primeiros minutos, meus ouvidos acostumados com as músicas “certinhas” dos períodos, barroco e clássicos, estranharam aqueles sons. Fiquei perplexo, meus ouvidos ainda não estavam preparados pr’aquela música esquisita e dissonante e olha que nem era a Sagração da Primavera, mas escutei todo o lado intacto do disco e o que deu pra escutar do outro. A título de curiosidade, o lado intacto era o dos dois últimos quadros. Realmente eu não tinha gostado da música e corri desesperadamente na casa de uma prima que tinha uns 7 discos da coleção Mestre da Música pra ver se conseguia “empurrar” nela o malfadado disco. Pretendia trocar pelo disco que tinha as Quatro Estações de Vivaldi. Não deu pra “engabelar” a minha  esperta prima, pois logo ela percebeu que o disco pulava demais e a música também não tinha agrado muito a seus ouvidos também despreparados. Acabei me livrando do disco através de outra troca desleal com o mesmo malaca de quem eu tinha adquirido o álbum.
Alguns anos de passaram e eu continuava a ouvir música barroca, música clássica e no máximo, música romântica, mas aquelas melodias stravinskyanas que eu tinha ouvido no máximo duas vezes, insistiam em ecoar na mínha cabeça. Os trechos que mais me enlouqueciam o juízo eram o do início do balé, ou seja, a Feira de Carnaval e a Cena da Feira de Carnaval à Noite. Quando não aguentei mais os assédios da obra na minha cabeça, comecei a tentar, desesperadamente, recuperar essa obra. Visitei alguns desse caras que negociavam discos, procurei em lojas, encontrava muitas outras obras (e foi assim que tive contato com a Sagração da Primavera), mas não encontrava Petruchka. A procura pela obra de Stravinsky abriu-me as portas para muitos outros compositores, sobretudo Bartok, Ravel e até mesmo Villa-Lobos.

Até que em um belo visitando um amigo, vi a coleção de discos clássicos do pai dele e me deparei novamente com Petruchka, com a orquestra Sinfônica de Londres na regência de Charles Dutoit e Tamas Vasary no piano, não era a mesma coisa, mas fiquei muito feliz. Quando eu já tinha desistido de procurar aquele álbum da coleção Mestres da Música, já nem escutava mais os meus vinis, pois a nova tecnologia –  o cd, já dominava o mercado, entrei numa loja de discos e cds usados e encontrei não só o álbum Petruchka, mas também o da Sagração da Primavera, ambos da mesma coleção Mestres da Música e que ainda hoje guardo com muito carinho.

Stravinsky é sem dúvida, na minha opinião, o maior compositor de todos os tempos.

Feliz Aniversário Stravinsky, com certeza, a música nunca mais foi a mesma depois de você!!!!

Marcelo Stravinsky

Ernesto Nazareth – Pianeiro do Brasil

Caríssimos manos e estimado público, apresento a vocês o primeiro dos três corajosos visitantes que se habilitaram a trazer uma preciosa contribuição a este blog nas próximas semanas, Marcelo Stravinsky, que ora se apresenta e fala de como chegou até este CD de Ernesto Nazareth.

CVL

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Com a morte de Igor Stravinsky uma leva de parentes distantes começou cercar a família no desejo de abocanhar um pouco da herença do falecido. De uma destas levas surgiu o primo em 9º grau (isso é o que o próprio alegava) Marcelo Stravinsky e que se não fosse pelo mesmo sobrenome poderíamos jurar que se trata de um estelionatário muito do safado.

Marcelo Stravinsky não conseguiu aproximar-se muito da família, mas com esse sobrenome e um pouco de lábia chegou até mesmo a envolver-se em alguns pequenos espetáculos de balé na Rússia e na França. Porém o famigerado primo ultradistante está abaixo da mediocridade e só consegue mesmo é cascaviar a internet a procura de obras interessantes para ouvir e divulgar.

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Ernesto Nazareth é um dos maiores nomes da música brasileira. Pianista e compositor virtuoso, sua obra essencialmente instrumental consolidou o choro como ritmo musical urbano genuinamente brasileiro.

Este extraordinário cd só com obras de Ernesto Nazareth foi publicado como encarte do livro “Ernesto Nazareth – Pianeiro do Brasil”, de Haroldo Costa, que infelizmente não tive a oportunidade de ler, pois adquiri o cd diretamente com o pessoal do Quinteto Villa-Lobos. Trata-se de um álbum bastante ousado no qual o grupo utilizou-se de muita criatividade na criação de pequenas introduções para algumas das obras em arranjos espetaculares e de muito virtuosismo.

A notável obra de Ernesto Nazareth somada à competência, dedicação e ao profissionalismo do Quinteto Villa-Lobos, confere a este disco um raro grau de musicalidade e exuberância artística.

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Ernesto Nazareth – Pianeiro do Brasil

01 – Odeon 2´34
02 – Fon-fon 3´16
03 – Pássaros em festa 4´30
04 – Tenebroso 4´21
05 – Eponina 5´51
06 – Brejeiro 4´04
07 – Digo 6´41
08 – Beija-flor 3´00
09 – Perigoso 3´16
10 – Confidências 5´45
11 – Batuque 4´47
12 – Escorregando 3´30
13 – Rayon d´Or 3´43
14 – Apanhei-te, cavaquinho 3´43

PS. do Gerva: Para esse album temos: Toninho Carrasqueira (flauta, apito), Luis Carlos Justi (oboé), Paulo Sergio Santos (clarineta), Phillip Doyle (trompa), Aloysio Fagerlande (fagote). Participações especiais de Caio Márcio, violão (1, 2, 3, 6, 8, 9, 10, 14) e Oscar Bolão (percursão). Gravado em janeiro de 2005 e lançado em Maio de 2005. Os arranjos das faixas: (2, 6, 9, 10) ficou com Marcílio Lopes, (1, 4, 8, 13) com Josimar Gomes Carneiro, Caio Márcio , (5, 14) com Paulo Sérgio Santos e (3, 7, 11) Maurício Carrilho. Gravadora: ND Comunicação Ltda.

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MS

Alberto Nepomuceno (1864-1920) – Obras para piano [link atualizado 2017]

Se teve alguém que primeiro rompeu a resistência conservadora que preconizava que a língua portuguesa não se prestava ao canto erudito e que os ritmos da música popular nacional não deveriam ser transpostos para a sala de concerto, esse alguém foi o cearense Alberto Nepomuceno, que começou a estudar música no Recife, passou pelo Rio de Janeiro e foi bater na Alemanha para aperfeiçoar seus estudos musicais.

Lá encontrou uma aluna de Edvard Grieg e embarcou com ela pra Noruega para se casar – acabou conhecendo o próprio Grieg e o casal passou uns tempos morando na casa do compositor em Bergen (só não sei se com ele dentro). Daí pra se deduzir quem instilou o pensamento nacionalista em Alberto (confiram o quão grieguiano , p. ex., é o Cakewalk, no CD 2 – também prova que de Alberto não tinha preconceito com a music hall).

O artigo da Wikipédia em português sobre Nepomuceno é confiável e resume toda a importância dele para a música clássica brasileira a partir de sua atuação ao voltar ao Brasil, principalmente pela criação do Instituto Nacional de Música e pelas audições de obras de compositores brasileiros contemporâneos (que hoje classficamos como românticos).

A primeira postagem que iria fazer de Alberto Nepomuceno seria a da Sinfonia em sol menor, mas o visitante do blog Willian Nepomuceno (será um descendente?) mandou ao mano PQP, que por sua vez me repassou, essas fantásticas peças para piano que não conhecia (e olhem que não sou entusiasta de obras pianísticas). Assim, entra mais um honroso nome para o hall de tags do menu à direita.

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Miguel Proença, piano
Alberto Nepomuceno – Obra integral para piano

CD 1
01-04. Líricas, Op. 13 – Anhelo, Valsa, Diálogo, Galhofeira,
05. Prece
06. Valse-Impromptu
07. Devaneio, op. 27
08. Improviso, op. 27 n° 2
09-12. Suíte Antiga – Prelude, Menuet, Air e Rigaudon
13. Noturno para a mão esquerda em dó maior
14. Thême et variations en la mineur, op. 28
15. Nocturne op. 33
16. Segunda Mazurka, op. 8
17. Ninna-nanna, op. 8
18. Batuque

CD 2
01-03. Folhas d’álbum – Con molto sentimento, Con moto, Andante mosso
04. Brasileira
05. Noturno para a mão esquerda em sol maior
06. Melodia em lá maior
07. Primeira Mazurka
08-10. Sonata em fá menor, op. 9 – Allegro con fuoco, Andante espressivo, Allegro con spirito
11-14. La Cicala – Valsa, Cakewalk, Valsa-Entreato, Marcha
15. Variações em fá sustenido maior, op. 29
16. Romance
17. Bônus – Coração Triste
18. Bônus – Valsa

Miguel Proença, piano

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CVL

Espaço aberto a colaborações

Caros visitantes e fãs deste blog.

Com a redução de minhas postagens por aqui, consultei o mano PQP acerca de uma ideia e ele me deu aval para executá-la por um período, a título de experiência.

Como muitos de vocês já tiveram vontade de escrever neste blog um post de um bom CD que o resto do mundo ainda não conhece, darei-lhes essa oportunidade no âmbito de minhas postagens – compositores das três Américas e, em especial, do Brasil.

No entanto, há alguns procedimentos a serem seguidos:

1. Enviar as sugestões de obras para o e-mail [email protected].
2. Caso as sugestões me agradem, responderei pedindo que postem o CD no RapidShare para eu baixá-lo e escutá-lo.
3. Caso as gravações me agradem, darei o aval para redigirem o texto.
4. Ressalto que permaneceremos a postar aquilo que desejarmos e a sermos insensíveis a qualquer esquecimento alheio de que nós não temos SAC.

Esse período de experiência irá durar dois meses, o equivalente a oito posts, um por semana.

Cícero Villa-Lobos

Frank Zappa (1940-1993) – obras orquestrais

Esse CD duplo com a Sinfônica de Londres regida por Kent Nagano é a mais sensacional incursão de Frank Zappa na música erudita. As obras de Zappa em questão talvez apresentem a orquestração mais complexa e colorida desde Ravel – e são nitidamente experimentais (estrutura zero, ou perto disso, e brainstorm dez). Apesar de intrincadas, os músicos desdenharam delas durante as gravações, como se o roqueiro não soubesse o que estava escrevendo. Mesmo assim, você releva numa boa os eventuais erros de execução (eu mesmo não os encontro – procurá-los mataria o prazer que sinto com essas peças).

Costumo dizer que Zappa conseguiu concretizar uma classical-rock fusion, que compositores como Jon Lord (com aquele concerto para grupo de rock e orquestra), por exemplo, não lograram bem, mas Zappa também extrapolou o limite do pastiche e da obra séria – ouçam Strictly Genteel, que mais parece uma big band do especial de fim de ano de Roberto Carlos, porém de uma emoção ao mesmo tempo sincera e desatada.

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Disc: 1

1. Bob in Dacron, First Movement
2. Bob in Dacron, Second Movement
3. Sad Jane, First Movement
4. Sad Jane, Second Movement
5. Mo ‘n Herb’s Vacation, First Movement
6. Mo ‘n Herb’s Vacation, Second Movement
7. Mo ‘n Herb’s Vacation, Third Movement

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Disc: 2
1. Envelopes
2. Pedro’s Dowry
3. Bogus Pomp
4. Strictly Genteel

Orquestra Sinfônica de Londres, regida por Kent Nagano

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CVL

PS.: A partir da próxima semana não tem mais jeito: salvo alguma exceção, só vou poder aparecer às sextas.

Obras sinfônicas mexicanas

Pronto. Pra encerrar meu giro pelo México e pelos Estados Unidos, hoje vai um CD de obras sinfônicas chicanas e, amanhã, outro de Frank Zappa.

O presente álbum, também baixado do blog Música Mexicana de Concerto, foi gravado ao vivo no concerto de centenário da Sinfônica de Minería e não possuo mais dados sobre ele. Sei que é sensacional e muito representativo: tem até marcha à la Strauss, valsa e uma chacona de Buxtehude (orquestrada por Chávez), fora os já postados Huapango, de Moncayo (a Sinfonietta dele, que abre este CD, vale ser ouvida), e Danzón n° 2 de Márquez.

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Concierto Conmemorativo SMMS (2007)

01 Sinfonietta – J.P. Moncayo
02 Chacona en mi menor – D. Buxtehude arr. Carlos Chávez
03 Danzón No. 2 – A. Márquez
04 A la orilla de un palmar – M. M. Ponce
05 Vals sobre las olas – J. Rosas
06 Marcha Zacatecas – G. Codina
07 Huapango – J.P. Moncayo
08 Dios nunca muere – M. Alcalá
09 Sones de Mariachi – B. Galindo
10 Las mañanitas – D.P.

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CVL

Frank Zappa (1940-1993) – Boulez conducts Zappa

Quem caberia melhor no perfil do título deste álbum, The perfect stranger*? Pierre Boulez, por reger obras do talvez mais conceitual e experimental roqueiro que já existiu até o momento, ou Frank Zappa, por ser tão ousado em suas experiências musicais ao ponto de adentrar a música atonal e acusmática?

A verdade é que Zappa era tão antenado com a vanguarda de qualquer gênero musical – jazz, rock, fusion ou música erudita – que não poderia deixar, ao se aventurar na “música de concerto”, de despertar os olhares de um papa da música contemporânea. E Boulez recrutou sem pestanejar seu Ensemble Intercontemporain para executar as peças camerísticas do americano off style.

Gostaria de traduzir e postar aqui os breves comentários sobre cada obra, conforme escreveu Zappa, mas deixo para vocês lerem o encarte (em inglês).

Não é meu CD preferido do genial bigodudo. Prefiro as obras orquestrais com a Sinfônica de Londres regida por Kent Nagano – acho que não há nada mais mixórdico e audacioso dele utilizando uma orquestra (aguardem).

Como não poderia deixar de ser, o presente álbum foi gravado no Ircam.

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* Por que tanto disco de rock tem esse título?

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The perfect stranger – Boulez conducts Zappa

1. The Perfect Stranger
2. Naval Aviation in Art?
3. The Girl in the Magnesium Dress
4. Dupree’s Paradise
5. Love Story
6. Outside Now Again
7. Jonestown

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CVL

Paul McCartney (1942) – Standing Stone

Não, este post não é um Interlúdio. Desde 1991 que o ex-baixista dos Beatles sente que tem algo a dizer nas salas de concertos e esta obra aqui é um de seus acertos (o outro é o oratório Ecce Cor Meum).

As opiniões dos ouvintes se dividem sobre a experiência erudita de McCartney: ou ele é um grande fazedor de obras clichês, que conta com a ajuda de uns amigos orquestradores (não sei se há um deles por trás de Standing Stone – nas outras peças eu sei quem são), ou é esforçado e competente e vai mais longe; ou ele está se metendo a fazer obras que não passarão de medianas e que serão ouvidas porque ele é um figurão, ou elas são melhores do que muita coisa por aí feitas por compositores com mais tempo de estrada.

Acompanho tudo o que Paul vem compondo e fico com as segundas opiniões acima. Não posso exigir que ele seja o que não é [nem poderá ser], mas parte do que ele faz para as salas de concerto tem seus bons méritos e calhou dessa parte conter as peças de maior porte.

Sobre a trajetória erudita de Paul até aqui:

O Oratório de Liverpool (1991) é uma ópera não declaradamente autobiográfica para sala de concerto orquestrada por [e com muitas intervenções de] Carl Davies – tem árias bonitas mas carece muito de coesão dramática. Tratando-se de “opus 1”, os solistas da primeira execução mundial ajudaram a atrair os holofotes: Kiri Te Kanawa, Sally Burgess, Jerry Hadley e Willard White (Paul é Paul e a EMI ajuda, não é?).

Standing Stone (1997) – algo como “a pedra que se encontra de pé”, um termo em inglês para menir (as pedras que Obelix fabrica) – é um poema sinfônico em quatro movimentos e 19 partes (!?), que duram 80 minutos. Na verdade, um longo poema [literário] de Paul baseado em temas celtas deu origem à obra sinfônica e ainda a duas telas a óleo, reproduzidos no encarte do álbum.

A garland for Linda (2000) não entra na contagem. É uma coletânea de peças corais dos amigos de Paul – a única que ele compôs para o álbum foi Nova.

Working classical (1999) se trata de uma compilação de obras não eruditas de Paul arranjadas para quarteto de cordas (pelos tais amigos orquestradores) ao lado de composições originais, como Junk, e ainda três peças sinfônicas. Não empolga.

Sobre Ecce cor meum (2005) falarei alguma coisa em breve. Quanto a Standing Stone, os títulos dos movimentos e das partes da obra, reproduzidos abaixo, dão ideia do argumento que a construiu.

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Standing Stone

Movement I – After heavy light years

1. “Fire/Rain” Allegro energico – 4:30
2. “Cell Growth” Semplice – 8:30
3. “‘Human’ Theme” Maestoso – 3:36

Movement II – He awoke startled

1. “Meditation” Contemplativo – 3:57
2. “Crystal Ship” Con moto scherzando – 2:02
3. “Sea Voyage” Pulsating, with cool jazz feel – 3:39
4. “Lost At Sea” Sognando – 4:37
5. “Release” Allegro con spirito – 1:54

Movement III – Subtle colours merged soft contours

1. “Safe Haven/Standing Stone” Pastorale con moto – 4:11
2. “Peaceful moment” Andante tranquillo – 2:09
3. “Messenger” Energico – 3:35
4. “Lament” Lamentoso – 2:26
5. “Trance” Misterioso – 5:32
6. “Eclipse” Eroico – 4:57

Movement IV – Strings pluck, horns blow, drums beat

1. “Glory Tales” Trionfale – 2:40
2. “Fugal Celebration” L’istesso tempo. Fresco – 4:25
3. “Rustic Dance” Rustico – 2:00
4. “Love Duet” Andante intimo – 3:43
5. “Celebration” Andante – 6:15

Sinfônica de Londres e coro, regidos por Lawrence Foster

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CVL

Ferde Grofé (1892-1972) – Suíte Grand Canyon

Graças à predisposição do ambiente familiar, o novaiorquino descendente de huguenotes Ferde Grofé – filho de um barítono e de uma violoncelista – recebeu as primeiras lições de música em casa. Com o falecimento do pai em 1899, foi mandado pela mãe pra Leipzig para estudar composição e se aperfeiçoar em piano e viola (o primeiro passou a ser seu instrumento favorito e o segundo, o profissional). Sua fama, porém, deve-se ao sucesso dos arranjos para a banda de Paul Whitemann na década de 1920.

O mais famoso desses arranjos foi o de uma partitura de George Gershwin escrita para dois pianos (o solista e a redução): a Rapsódia em Blue. Na verdade, Grofé orquestrou três vezes a redução: em 1924 para jazz band, em 1926 para orquestra sinfônica e em 1942 (após a morte de Gershwin, portanto) para orquestra sinfônica ampliada, arranjo este o mais difundido.

(O famoso glissando inicial de clarineta da Rapsódia, no entanto, foi um achado do clarinetista Ross Gorman durante o primeiro ensaio da peça; ele decidiu “emendar” as 17 notas do floreio do primeiro compasso e Gershwin de batepronto pediu que Ross assim o fizesse doravante.)

Em 1916, Grofé e alguns amigos rumaram de carro para o Grand Canyon, contemplar a natureza. A lembrança do nascer do sol nessa ocasião foi tão marcante que ele escreveu Sunrise em 1929. No ano seguinte, teve a idéia da suíte completa e compôs os movimentos Sunset e Cloudburst (Pé d´água, aguaceiro). Em 1931 surgiram os outros dois movimentos, Painted desert e On the trail, e Grofé então orquestrou tudo, exceto Sunrise, já pronta.

De imediato, Toscanini se enamorou pela suíte e tratou de gravá-la. Tem uma cara de trilha sonora de filme da Sessão da Tarde, mas é muito sincera e bem escrita – um dos marcos do neoclassicismo norteamericano. Quem gosta de Barber e de Copland, merece conhecer Grofé.

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Suíte Grand Canyon

1. Sunrise
2. Painted Desert
3. On The Trail
4. Sunset
5. Cloudburst

Filarmônica de Nova Iorque, regida por Leonard Bernstein.

Atualização: Obrigado ao caro RN por apontar o álbum de onde saiu esta gravação.

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CVL

Armorial & Piazzolla – Quinteto da Paraíba

Agora quero ver bombar os downloads. Este CD está entre os meus favoritos, porque estive no concerto de estréia dele – em 1994, em João Pessoa – e só pude comprá-lo em 2007 numa promoção de fim de estoque da Kuarup. Fico tão emocionado de ouvi-lo, como o estou fazendo neste momento, que fico sem ter nada a dizer… nem vou destacar nenhuma faixa em particular. Vale a pena escutá-lo de cabo a rabo, por baixo, três vezes.

***

Armorial & Piazzolla – Quinteto da Paraíba

01. No Reino da Pedra Verde (Clovis Pereira)
02. Aboio (Clovis Pereira)
03. Galope (Clovis Pereira)
04. Toada e Desafio (Capiba)
05. Rasga (Antonio Nóbrega)
06. Toré (Antonio José Madureira)
07. Adios Nonino (Astor Piazzolla/ Eladia Blazquez)
08. Otoño Porteño (Astor Piazzolla)
09. Mort (Astor Piazzolla)
10. Fuga y Mistério (Astor Piazzolla)
11. Prelúdio Nº 9 (Astor Piazzolla)
12. Melancólico Buenos Aires (Astor Piazzolla)

Yerko Pinto, violino
Ronedilk Dantas, violino
Samuel Espinoza, viola
Nelson Campos, violoncelo
Xisto Medeiros, contrabaixo

PS.: Toada e desafio, de Capiba, vocês conhecem da trilha de Central do Brasil; Rasga e Toré são caras a quem possui o primeiro CD do antológico Quinteto Armorial; e as três primeiras faixas são na verdade os movimentos das Três peças nordestinas, de Clóvis Pereira, as quais já postei quando do CD duplo A música erudita de compositores populares pernambucanos.

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CVL

Alberto Ginastera (1916-1983) – Concertos para piano

Eu disse que não iria aparecer no carnaval, mas depois vi que seria uma boa oportunidade dos melômanos avessos à folia recorrerem ao blog e de eu cumprir a autopromessa de postar algumas obras que estavam separadas há um bom tempo aqui no PC.

Embora eu tivesse essa interpretação dos concertos para piano de Ginastera com Dora de Marinis no HD, a gravação enviada por Ortlieb ao mano PQP estava em melhores condições e é ela que está sendo ora postada, com os devidos agradecimentos a ambos. O SAC funcionou porque também, nas próximas semanas, vou dar uma volta por outros países das Américas.

Depois do post de Quadros de uma exibição com Emerson, Lake and Palmer, foi lembrado num comentário de um visitante que o trio inglês homenageara Ginastera. Agora vocês poderão ouvir o quarto movimento do primeiro concerto, que é difícil de se arrombar para os intérpretes (o concerto como um todo e esse movimento em particular) e requer uma sincronia perfeita entre estes e a orquestra tão meticulosa quanto a do finale do Rach 2.

Interessante a história contada por Emerson na Wikipédia em inglês: ele e Ginastera se encontraram na Suíça (na casa do compositor argentino, que vivia com a última esposa, Natalia, violoncelista), durante as gravações de Brain Salad Surgery, em busca do aval do arranjo da “Toccata” para a banda. Ginastera, que mal falava inglês, respondeu que achou a versão “diabólica”, querendo dizer “sensacional”, mas o tecladista entendeu “terrível” – Natalia precisou explicar a Emerson o que o marido queria dizer, já que o inglês ficara aborrecido.

Ginastera later said, “You have captured the essence of my music, and no one’s ever done that before.”

O primeiro concerto é também o que João Carlos Martins, numa célebre matéria do Jornal Nacional pelos idos de 1995, executou com brilhantismo no Carnegie Hall quando de sua volta às salas de concertos, após alguns anos parado em virtude da interminável tentativa de reabilitação dos movimentos das suas mãos.

Bom proveito.

***

Ginastera Piano Concertos

1. Piano Concerto No. 1, Op. 28: I. Cadenza e varianti
2. Piano Concerto No. 1, Op. 28: II. Scherzo allucinante
3. Piano Concerto No. 1, Op. 28: III. Adagissimo
4. Piano Concerto No. 1, Op. 28: IV. Toccata concertata
5. Piano Concerto No. 2, Op. 39: I. 32 variazioni sopra un accordo di Beethoven
6. Piano Concerto No. 2, Op. 39: II. Scherzo per la mano sinistra
7. Piano Concerto No. 2, Op. 39: III. Quasi una fantasia
8. Piano Concerto No. 2, Op. 39: IV. Cadenza
9. Piano Concerto No. 2, Op. 39: V. Finale prestissimo

Slovak Radio Symphony Orchestra Bratislava (Orchestra)
Dora De Marinis (Performer)

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CVL

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847) – Viola Sonata

Gostaria de contribuir nesta homenagem também. Mendelssohn é um dos meus compositores preferidos e sua fase de meninice é um deleite. As dozes sinfonias para cordas, escritas quando Mendelssohn ainda fazia xixi na cama, deixariam o menino Mozart envergonhado. Não ficam para trás os dois concertos para dois pianos, o concerto para piano e violino, os quartetos de cordas, o primoroso octeto para cordas (já comentado por aqui). Que adolescência produtiva e promissora! Infelizmente o mestre não teve o mesmo pique e entusiasmo quando chegou à fase adulta. Mas mesmo assim, nos deixou pérolas inesquecíveis também nessa fase (quartetos, trios para piano, oratórios Elias e Paulus, sinfonias, concertos,…).

Trago aqui uma pequena jóia escrita por um garoto de 15 anos de idade: a quase desconhecida sonata para viola e piano (1824).

CDF

Faixas:

01 – Adagio-allegro
02 – Menuetto (allegro molto)
03 – Andante con variazioni

Ulrich Koch (Viola)
Roland Keller (piano)

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Sergei Prokofiev (1891-1953): Ivan, o Terrível & Alexander Nevsky (Rostropovich)

Naturalmente, não tenho só gravações de música clássica brasileira e de compositores das três Américas, mas fora desse domínio tenho pouca coisa digna de me fazer pedir licença aos demais manos do blog para trazer a vocês preciosidades que são da alçada deles. Este álbum é um desses dignos e magnos registros de minha discoteca e me inquietava não tê-lo postado ainda.

Os compositores russos têm uma veia sem igual para compor o que chamo de música bélica. Vide a Marcha Eslava e a Abertura 1812 de Tchaikovsky e as Sinfonias 7, 8, 11 e 13 de Shostakovitch. As duas obras de Prokofiev aqui apresentadas também o fazem habitar o tabernáculo da música coral-sinfônica militaresca russa (por favor, é irrelevante lembrar que Sergei era ucraniano).

As duas obras nasceram de trilhas sonoras de filmes de outro Sergei, o Eisenstein. Alexander Nevsky surgiu primeiro, na segunda metade da década de 30, e virou uma cantata a posteriori. Ivan, o Terrível (o filme) não chegou a ser concluído, mas a música foi preparada antes. Há cerca de 20 anos, o maestro Michael Lankester criou uma parte para locutor, a fim de manter, nessa presente versão para sala de concerto, a coesão que seria oferecida pelas cenas da película.

Longe de essa narração ser superficial como a de Um retrato de Lincoln, de Copland; ela acabou se tornando quase tão essencial quanto a de Pedro e o Lobo, do próprio Prokofiev. No mais, é uma ocasião para vocês ouvirem Mstislav Rostropovitch regendo (primeira vez aqui no blog) – brilhantemente – a Sinfônica de Londres. As faixas que considero as melhores, nas duas obras, vão marcadas abaixo em negrito, para eu não me estender nos comentários.

Há uma outra versão de Alexander Nevsky aqui no blog. Seria uma boa vocês fazerem comentários sobre ambas, mas prefiro mil vezes esta.

***

Ivan, o Terrível

CD1

1. Beginning
2. Overture and Chorus (Moderato – Allegro)
3. March of Young Ivan (Moderato)
4. Ocean – Sea (Andante)
5. I will be Tsar! (Moderato)
6. (Uspenski’s Cathedral) Laud the Lord! (Allegro)
7. Long Life! 1 (Allegro moderato)
8. Long Life! 2
9. The Swan 1 (Allegro fastoso)
10. Celebration Song (Andante)
11. The Swan 2
12. The innocent
13. Ocean – Sea (Andante)
14. On the Bones of the Enemy (Andante mosso)
15. The Tartars (Allegro moderato)
16. The Gunners (Moderato energico)
17. To Kazan! (Moderato pesante – Andante – Allegro)
18. Hymn to the celebration of the icon “Vladimir” of the Saint Virgin
19. Ivan’s Appeal to the Boyars (Adagio – Andante sostenuto)

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CD2

1. Closed mouth choir (murmuring)
2. Song about the Beaver (Andante assai)
3. Yesfrosinia and Anastasia (Moderato)
4. Ivan at Anastasia’s Bier (Andante)Chorus of the Oprichniki (Andante risoluto)
5. Choir of the Oprichniki
6. The Oprichniki Oath of Loyalty (Moderato energico)
7. Feodor Basmanov’s Song and the Oprichniki (Allegro moderato)
8. Dance of the Oprichniki (Allegro ben ritmato)
9. Finale (Moderato – Moderato fastoso)
10. Finale

Alexander Nevsky

11. Russia Under the Mongolian Yoke
12. Song About Alexander Nevsky
13. The Crusaders in Pskov
14. Arise, Ye Russian People
15. The Battle On the Ice
16. The Field of the Dead
17. Alexander’s Entry into Pskov

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Autor da narração: Michael Lankester
Narrador: Christopher Plummer
Orquestra Sinfônica de Londres e coral, regidos por Mstislav Rostropovitch

Em Ivan, o Terrível
– Contralto: Tamara Sinyavskaya
– Barítono: Sergei Leiferkus
– Coral infantil New London

Em Alexander Nevsky
– Meio-soprano: Dolora Zajick

CVL

Two days and two nights of new music 2001

Só estou postando este CD – da edição de 2001 do maior festival anual de música contemporânea da Ucrânia (abreviado 2D2N) – por causa das Sonâncias III de Marlos Nobre. Vocês podem até chegar a gostar de outras peças do álbum, principalmente as últimas, mas considerem-se então no lucro.

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Two days and two nights of new music 2001

1. Marlos Nobre Sonancias III for percussion and 2 pianos 9:51
Performed by: FREIBURG PERCUSSION ENSEMBLE :
Ricardo Marini percussion | Guillaume Chastel percussion | Tetyana Kravchenko piano | Oleksandr Perepelytsya-junior piano | Conductor: Bernhard Wulff

2. Rashid Kalimullin Music for clarinet and violin (world premiere) 9:48
Performed by: Natalia Lytvynova violin | Volodymyr Tomashchuk clarinet

3.Sergiy Pilyutykov Sonata for cello and piano 11:33
Performed by: Hans Jörg Fink piano | Luzius Gartmann cello

4. Karmella Tsepkolenko Wenn die Kette zerrisse, fände sie bestimmt nicht alle Perlen wieder for tenor saxophone, accordion, double bass and percussion 9:12
Performed by: ENSEMBLE WIENER COLLAGE:
Peter Rohrsdorfer saxophone, tenor saxophone | Alfred Melichar accordion | Peter Vasicek percussion | Michael Seifried double bass

5. Hanna Havrylets In B for clarinet solo 4:36
Performed by: Rok-Hyun Kwon clarinet (TRIO HAAN)

6. Julia Gomelskaya Behind the Shadow of Sound for accordion and violin 10:55
Performed by: Duo CADENCE: IVAN YERGIYEV accordion | OLENA YERGIYEVA violin

7. Iryna Kyrylina Chamber cantata for soprano, clarinet, violin and piano 8:32
Performed by: ENSEMBLE CONTINUUM NEW YORK :
Wonjung Kim soprano | Benjamin Fingland clarinet | Renй Jolles violin | Cheryl Seltzer piano, co-director | Joel Sachs conductor, co-director

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CVL

Kaija Saariaho (1952 – ): Notes on Light, Orion, Mirage

“Finalmente”, alguém dirá, “algo novo nessas plagas”. É verdade, as composições são bem recentes e escritas pela compositora finlandesa Kaija Saariaho, considerada uma das mais importantes compositoras do momento. Nascida em Helsink em 1952 e graduada em composição em 1980. Escreveu música eletrônica nos anos 1980 como ninguém, fazendo também uma mistura com instrumentos clássicos. Ela tem sido muito bem recebida pelo público, apesar dela não fazer concessões. Sua música lembra muito o som “New Age”, mas claro, muito superior.

A primeira obra do disco é um concerto para violoncelo chamado Notes on Light (2006). O concerto tem 5 movimentos, cada um com um título inusitado: “ secret translucent”, “on fire”, “awakening”, “eclipse” e “heart of light”. Apesar de não conter nada realmente surpreendente em sua linguagem, essa peça é muito bem escrita, transportando-nos para um outro mundo. Orion é uma obra orquestral escrita por alguém com grande domínio e talento.

Mas a melhor peça do disco é Mirage (2008) para soprano, violoncelo e orquestra. Karita Mattila é realmente uma das mais importantes sopranos de todos os tempos, e aqui ela simplesmente brilha. Só esta peça já vale a compra deste disco.

Enfim, não podemos ficar tão pessimistas assim com relação à música da nossa época.

CDF

Disco:

1. Notes On Light – Translucent, Secret
2. Notes On Light – On Fire
3. Notes On Light – Awakening
4. Notes On Light – Eclipse
5. Notes On Light – Heart Of Light
6. Orion – Memento Mori
7. Orion – Winter Sky
8. Orion – Hunter
9. Mirage

Anssi Kartunnen (cello),
Karita Mattila (soprano)
Christoph Eschenbach (Conductor), Orchestre de l’Opéra de Paris

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John Cage (1912 -1992) – Imaginary Landscape

Cannon

Já recebi críticas muito convincentes sobre a ausência de música “nova” nas minhas postagens. Tem dois motivos para isso: primeiro, o meu conhecimento limitado e o segundo, menos nobre, meu desinteresse. Já estive em concertos pelo mundo (poucos, confesso) dedicados a jovens compositores. O enfado foi grande. Um mistura de música tonal com atonal, eletrônica ou neo-romântica, nada realmente “novo”. Vi um concerto que a pianista, no meio da cadenza, entrava com um martelo dentro do piano. Mas tirando o belo corpo e as marteladas, não guardo mais nada na memória. Noutra ocasião um violoncelista usava seu instrumento como percussão numa sonata. As cordas quase desnecessárias. É verdade que tenho ouvido coisas interessantes na chamada música espectral e quase geniais na música eletrônica, mas nada além das possibilidades alcançadas pelo velho e defunto Stockhausen. Há vários anos a música “nova” não vem mudando.

Quando disseram a John Cage que qualquer um poderia ter escrito 4´33´´, ele respondeu: “É verdade, mas fui eu que fiz”. Após a morte de Beethoven, o compositor devia abraçar a originalidade como requisito básico; após Cage, a transgressão envelheceu. A idéia do progresso na música também caiu por terra. No entanto, hoje encontramos muitos compositores razoáveis escrevendo músicas razoáveis, mas que trazem tantas referências (algo normal na música de todas as épocas, mas não tão exagerado) que fica difícil ouvir a impressão do próprio compositor. Mesmo no período barroco, que foi de certo modo a cultura do exagero e imitação, era possível identificar nas grandes obras as assinaturas dos mestres. Hoje não se identifica nada. E como não tenho muito tempo a perder, e não sou adepto nem a tradição ou a originalidade, mas a “voz” de cada artista, eu prefiro ir direto a fonte de tudo isso.

A série Imaginary Landscape são obras chaves. Os três primeiros (escrito entre 1939 e 1942) são bastante percussivos, com a participação quase pioneira de elementos eletrônicos. Grupos como Uakti ou coisas similares no mundo da “World Music” devem ter bebido dessa fonte. Imaginary Landscape n.4 já é uma mudança total de paradigma. Escrita para 12 rádios (se possível, em AM), cada um com dois músicos operando a sintonia e o volume com absoluto rigor. Cage, ao contrário do que se pensa, tinha total interesse no controle dessa nova linguagem. Paradoxal, mas a aleatoriedade era controlada.

Obras fascinantes e insuperáveis no quesito originalidade.

CDF

Disco:
1 – Imaginary Landscape No. 1, for 2 variable speed turntables, frequency records, muted piano & cymbal 8:45
2 – Imaginary Landscape No. 2, for 5 percussionists 6:35
3 – Imaginary Landscape No. 3, for 6 percussionists 3:05
4 – Imaginary Landscape No. 4, for 12 radios, 24 players & conductor (March No. 2) 5:00
5 – Imaginary Landscape No. 5, for any 42 recordings, to be realized on tape 1:31
6 – But What About the Noise…, for percussion ensemble of 3-10 players 26:00

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.:interlúdio:. Sivuca Sinfônico

Aproveito que presenteei vocês no Natal com Sivuca para presenteá-los novamente com uma pérola discográfica do sanfoneiro paraibano.

Cinco das composições aqui são transcrições – para sanfona e orquestra – de obras de Sivuca, em parceria ou não, e de compositores diletos dele – o bandolinista pernambucano Luperce Miranda (neste caso não é Lupércio) e Paganini. Luiz Gonzaga motivou a composição das outras duas obras.

Como este CD é daqueles de que não há muito a dizer e, sim, a ouvir, desejo desde já um 2009 com muita música a todos nós.

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Sivuca Sinfônico

01. Rapsódia Gonzaguiana (Sivuca, sobre temas de Luiz Gonzaga)
02. Aquariana (Sivuca)
03. João e Maria (Sivuca / Chico Buarque)
04. Feira de Mangaio (Sivuca / Glória Gadelha)
05. Quando me Lembro (Luperce Miranda)
06. Moto Perpétuo (Paganini)
07. Concerto Sinfônico para Asa Branca (Sivuca, sobre temas de Luiz Gonzaga)

Arranjos, transcrições e orquestrações (e solista, claro): Sivuca
Com a participação da Orquestra Sinfônica do Recife, regida por Osman Giuseppe Gióia

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CVL

.: interlúdio:. Sivuca e Quinteto Uirapuru

Severino Dias de Oliveira, vulgo Sivuca (1930-2006), está na história da música brasileira por ter sido um de seus maiores acordeonistas – no Nordeste, diga-se sanfoneiros. Com isso se pensa que ele só compôs forrós e mesmo no Nordeste é difícil para os fãs do apontar outro sucesso de Sivuca que não seja Feira de mangaio (e ainda assim, muitos não sabem o nome da música), porém sua discografia se situa entre as mais ricas dentre os músicos nordestinos e seu catálogo abrange frevos, choros, jazz, canções e outros gêneros.

Pra quem pensa que o sanfoneiro em questão era músico prático (e rústico), Sivuca tem em seu histórico o privilégio de ter sido aluno (junto com Clóvis Pereira, Jarbas Maciel e Capiba) de Guerra-Peixe no Recife, no início da década de 50, quando ambos estavam na Rádio Jornal do Commércio. Nas décadas de 60 e 70, o músico paraibano rodou pelo mundo, tocando, compondo e fazendo arranjos – o arranjo original de Pata Pata, hit da recentemente falecida Miriam Makeba, foi feito por Sivuca.

Nos anos 70, viria a conhecer sua companheira inseparável até a morte: a médica conterrânea Glória Gadelha, também instrumentista e compositora, com quem Sivuca criou seus maiores sucessos. A ela, dedicou Aquariana, um presente e ao mesmo tempo pedido de desculpas por ter se esquecido do aniversário da esposa.

Ela o avisara três dias: comprou o próprio presente e deu pra ele dizendo “Se lembre”, pois sabia que o marido era muito distraído. Ele não se lembrou – e a culpa pela conseqüente crise de choro da mulher o forçou a se trancar no quarto e a só sair de madrugada com a partitura nas mãos.

Todas as peças de Sivuca e Glória Gadelha neste CD foram arranjadas pelo sanfoneiro, que passou a se dedicar a transcrições sinfônicas de suas músicas, nas últimas duas décadas de vida (espere meu post do dia 31).

Muito engenhosa, entre parênteses, é Chibanca no Uirapuru, de Hercílio Antunes, contrabaixista do Quinteto Uirapuru. O quinteto de João Pessoa é liderado por Rucker Bezerra, spalla da Sinfônica da Paraíba, que também assina peças neste disco.

Este é meu presente de Natal para vocês.

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Sivuca e Quinteto Uirapuru

01. Choro de Cordel (Sivuca/ Glória Gadelha)
02. Em Nome do Amor (Glória Gadelha)
03. Sanhauá (Sivuca/ Glória Gadelha)
04. Luz (Rucker Bezerra)
05. Filhos da Lua (Glória Gadelha)
06. Chibanca no Uirapuru (Hercílio Antunes)
07. Canção Piazzollada (Sivuca/ Glória Gadelha)
08. Minha Luiza (Rucker Bezerra)
09. Aquariana (Sivuca)
10. Um Tom Para Jobim (Sivuca/ Oswaldinho do Acordeon)
11. Espreguiçando (Hercílio Antunes)
12. Feira de Mangaio (Sivuca/ Glória Gadelha)

Sivuca (sanfona)
Quinteto Uirapuru: Rucker Bezerra (1° violino); Renata Simões (2° violino); Luiz Carlos Jr. (viola); Kalim Campos (violoncelo); Hercílio Antunes (contrabaixo)

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CVL

A Música Erudita de Compositores Populares Pernambucanos

Semana que vem vai começar a décima primeira edição do maior festival de música clássica do Nordeste do Brasil e do mês de dezembro em todo o país, chamado Virtuosi. Como estou novamente de passagem no Recife e tinha essa pérola semi-preciosa da fonografia nacional guardada aqui, aproveito para postá-la, já que fora gravada no Virtuosi 2005.

Três compositores são apresentados neste álbum duplo. Maestro Duda, um compositor de frevos muito melhor como arranjador. Capiba, senão o maior compositor de frevos, pelo menos o autor do mais famoso frevo de bloco, Madeira que cupim não rói. E Clóvis Pereira, também compositor de frevos e arranjador.

Capiba e Duda tinham o sonho de compor obras eruditas e ouvirem-nas executadas na capital onde ficaram famosos pelas suas composições populares, mas não podiam ter mais ambições na música sinfônica e camerística porque não nasceram nela e viviam da música popular pernambucana.

Parcial exceção, Clóvis Pereira – um dos compositores pioneiros do Movimento Armorial, ex-diretor do Conservatório Pernambucano de Música e Mestre em Composição pela Universidade de Boston – possui um catálogo pequeno, mas digno, e recentemente tem sido reconhecido pelo Mourão como o conhecemos hoje, o qual foi reestruturado por Clóvis com autorização de Guerra-Peixe, pedida por Ariano Suassuna.

O Mourão em sua estrutura original é o do primeiro disco do Quinteto Armorial e da trilha do filme Orquestra dos Meninos e é, na verdade, uma peça para violão e violino que serviu de jingle para um documentário sobre Lampião na TV Jornal do Commércio na década de 50, segundo conta Clóvis Pereira.

Capiba – ex-aluno de Guerra-Peixe, junto com Clóvis, Sivuca e Jarbas Maciel – compôs valsas, polcas, maracatus, canções, frevos das três vertentes (de rua, de bloco, ou de “pau-e-corda”, e canção) etc. Depois das primeiras [e desconhecidas] peças eruditas, do início da década de 50, só voltou à seara por conta do Movimento Armorial, porém criou não mais do que outras duas ou três peças.

Nos CDs estão justamente as desconhecidas: as Duas peças para flautas dedicadas a Esteban Eitler e o Dueto para flauta e clarineta são curtos, atonais e sem a menor emoção – meros estudos. A Suíte nordestina só empolga no quarto movimento e acima de tudo é um exemplar de música naïf, não tanto como a peça de Maestro Duda, um reles arrumado de ritmos populares nordestinos em roupagem sinfônica.

O Bolero, no entanto, se situa no lado oposto. Numa ousada tentativa de sacudir o fantasma de Ravel, que parecia impedir os demais compositores de criar outras peças baseadas no bolero espanhol (de ritmo ternário), Capiba acertou em não ser extenso (seu Bolero tem metade da duração do de Ravel), até porque ele só criou um único tema – em vez de dois, como o compositor francês.

As melhores peças eruditas de Capiba são as duas inspiradas pelo Movimento Armorial, a suíte Sem lei nem rei, de 1970, e a Grande Missa Armorial, de 1982 (aguardem). Coincide de as melhores peças deste álbum serem desse período, mas compostas por Clóvis Pereira, que era quem cuidava da orquestração e da harmonização das peças orquestrais de Capiba.

Os recentes Concertino para violino e Quarteto de cordas, apesar de bem escritos, não foram concebidos com inspiração – diferente do belíssimo Concertino para violoncelo, ainda não disponível em CD. São as Três peças nordestinas, numa interpretação insuperável e inédita para quarteto de cordas, e a Grande Missa Nordestina, ambas dos anos 70, que valem a pena o download. O Kyrie, que deveria durar não mais que dois minutos, e o impecável Gloria, merecem destaque na Missa; as Três peças, de cabo a rabo.

Aproveitem porque este CD duplo não foi vendido e é difícil de se conseguir.

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A música erudita de compositores populares pernambucanos

CD 1

Clóvis Pereira (1932)
1-3. Concertino em lá maior para violino e orquestra de cordas
Allegro ma non molto – Andante lamentoso – Allegro
Violino: Clóvis Pereira Filho
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Clóvis Pereira

Capiba [Lourenço da Fonsêca Barbosa] (1904-1997)
4-5. Duas peças para flauta dedicadas a Esteban Eitler (1951)
Moderato – Allegro
Flauta: Rogério Wolf

6-7. Dueto para flauta e clarinete (1952)

Clóvis Pereira
8-13. Grande Missa Nordestina (1978)
Kyrie – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Meio-soprano: Denise de Freitas
Barítono: Homero Velho
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Clóvis Pereira

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CD 2

Clóvis Pereira
1-3. Quarteto de cordas (2005)
Allegro – Moderato – Allegro molto
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

4-6. Três peças nordestinas
No Reino da Pedra Verde – Aboio – Galope
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

Capiba
7-11. Suíte nordestina (1949)
Regressando do eito – Fugindo – Enterro – Casa Grande e Senzala – Carregando bangüês
Orquestração: Guerra Peixe (1949)
Revisão: Clóvis Pereira (2005)
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

12. Bolero (1992)
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

Maestro Duda [José Ursicino da Silva] (1935)
13. Uma visão nordestina: projeto 500 anos do Descobrimento do Brasil (2000)
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

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De brinde segue um CD promocional que foi distribuído aos espectadores do Virtuosi em 2006, com gravações de anos anteriores. Raridade, mas atente que só consta um movimento dos concertos de Paganini, Bach e Dvorak.

TIM apresenta IX Virtuosi

1. Paganini
Conc. para violino e orquestra n° 1 em ré maior, op. 6
Allegro maestoso
Violino: Judith Ingolfsson
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

2. Bach
Concerto para dois violinos e cordas em ré menor, BWV 1043
Vivace
Violinos: Sandy Yamamoto e Soh-Hyun Park
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

3. Dvorák
Concerto para violoncelo e orquestra em si menor, op. 104
Finale. Allegro moderato
Violoncelo: Leonardo Altino
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

Piazzolla
4. Adiós Nonino
5. Concierto para un quinteto
Copenhagen Ensemble e cordas da Orquestra Virtuosi

6. e 7. Gilles Apap & The Colors of Invention
Violino: Gilles Apap
Acordeom: Myriam Lafar
Baixo: Phillipe Noharet

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