Dmitri Schostakowitsch (1906-1975): Violin Concertos – Arabella Steinbacher, Andris Nelsons, BRSO

Dmitri Schostakowitsch (1906-1975): Violin Concertos – Arabella Steinbacher, Andris Nelsons, BRSO

Poderia botar no subtítulo desta postagem, e parafraseando o título do filme, ‘Nascem duas estrelas, Andris Nelsons e Arabella Steinbacher’.

Mas enfim, faço esta postagem meio que a toque de caixa, a pedido de nosso Grão-Mestre, PQPBach. E quando ele pede, temos de atendê-lo sem demora. Pois na verdade, sou o culpado por cutucar a onça com vara curta e comentar desta gravação, onde o jovem maestro letão Andris Nelsons junta-se a jovem violinista Arabella Steinbacher para encarar estes dois petardos que são os concertos para violino de Schostakowitsch. Ah, um parêntese importante: antes que reclamem, escrevi o nome do compositor no título de acordo com a grafia em alemão, e que está registrada no libreto do CD, da gravadora alemã ORFEO.

O nome que nos vem automaticamente á cabeça em se tratando dos concertos de Schostakowitsch é o de David Oistrakh, que o estreou e a quem estes concertos foram dedicados. Compositor e músico eram amigos pessoais, e estes registros estão entre os mais importantes do Século XX. Não apenas pelo seu registro histórico, mas também pela qualidade da interpretação. Para quem não o conhece, David Oistrakh foi  um dos maiores músicos do século XX.

Mas aqui a juventude da solista e do maestro falam mais alto. Não quero comparar versões, sessenta anos as separam, e enquanto Oistrakh já era uma lenda viva na época da gravação, tanto a solista quanto o maestro davam seus primeiros passos rumo à fama (?). Arabella nasceu em 1981, e Nelsons em 1978, ou seja, ela tinha 24 anos e ele 27 quando gravaram este CD.

Chega de falar e vamos ao que interessa. Sentem-se em suas melhores poltronas, abram uma garrafa de um bom vinho para poderem apreciar este baita CD. Ah, claro que eles levam o selo de IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dmitri Schostakowitsch (1906-1975): Violin Concertos – Arabella Steinbacher, Andris Nelsons, BRSO

01 – Violin Concerto No.1 in A minor, Op.77(99)- I. Nocturne. Moderato
02 – Violin Concerto No.1 in A minor, Op.77(99)- II. Scherzo. Allegro
03 – Violin Concerto No.1 in A minor, Op.77(99)- III. Passacaglia. Andante
04 – Violin Concerto No.1 in A minor, Op.77(99)- IV. Burlesca. Allegro con brio

05 – Violin Concerto No.2 in C-sharp minor, Op.129- I. Moderato – Piu mosso – Moderato
06 – Violin Concerto No.2 in C-sharp minor, Op.129- II. Adagio
07 – Violin Concerto No.2 in C-sharp minor, Op.129- III. Adagio – Allegro

Arabella Steinbacher – Violin
Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunk
Andris Nelsons – Conductor

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FDP

Johann David Heinichen (1683-1729): Concerti Grandi

Johann David Heinichen (1683-1729): Concerti Grandi

IM-PER-Dí-VEL !!!

Não pensem que este é apenas mais um daqueles barrocos sem sal desencavados por Goebel e sua turma. Nada disso, este é um CD extraordinário que você já deveria estar baixando, se já não o fez. Heinichen é exuberante, tem enorme imaginação e sua música deve ser conhecida. Após um longo inverno, suas obras têm sido regravadas para pasmo dos aficionados do barroco que devem perguntar-se o porquê do silêncio.

É importante sublinhar que, em 1717, Heinichen trabalhou na corte do Príncipe Leopoldo de Anhalt-Cöthen, onde foi colega de meu pai Bach. Depois, foi o Mestre de Capela em Dresden. O catálogo de obras é devido a um certo Seibel e por isso é que há aquele “S” antes da numeração. Sua obra não é pequena, ainda mais considerando-se o fato de que Heinichen era também um respeitado advogado…

Johann David Heinichen (1683-1729): Concerti Grandi

Concerto in F major Seibel 234
1. 1. Vivace 2:32
2. 2. Adagio 0:44
3. 3. Un poco Allegro 2:23
4. 4. Allegro 2:52

Concerto In G Major S.213
5. 1. Allegro 2:39
6. 2. Larghetto 3:05
7. 3. Allegro 3:17
8. 4. Entrée 1:36
9. 5. Loure. Cantabile 1:43
10. 6. Tempo di Menuet – Air italienne 3:11

Concerto in F major, S.235
11. 1. Vivace 4:15
12. 2. Andante 2:25
13. 3. Presto 3:34
14. 4. Alla breve 3:31
15. 5. Allegro 2:53

Concerto in F major Seibel 233
16. 1. Allegro 3:09
17. 2. Andante più tosto un poco Allegro 2:12
18. 3. Presto 3:15

Sonata In A Major, S.208
19. 1. Allegro 1:40
20. 2. Adagio e staccato 0:46
21. 3. Allegro 0:50

Concert Movement in C minor Seibel 240
22. Vivace 2:57

Concerto in F major Seibel 231
23. 1. Vivace 2:19
24. 2. Arioso 2:50
25. 3. Allegro 1:46

Musica Antiqua Köln
Reinhard Goebel

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Os belos que me desculpem, mas beleza não é fundamental, né., Heinichen?

PQP

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 4 “Romântica”

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 4 “Romântica”

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Abbado faleceu aos 80 anos, em Bologna, no dia 20 de janeiro de 2014, tendo seu corpo sido enterrado na Suíça. Um ano depois, em seu tributo, a orquestra “Filarmonica della Scala” (Milão) interpretou o movimento lento da Terceira Sinfonia de Beethoven (Marcia funebre) para um teatro vazio, apresentado a uma multidão que lotou a praça em frente à casa de ópera e transmitido ao vivo pelo site do La Scala. Mas isso tudo é saudade. Esta gravação de Bruckner faz parte dos seus últimos trabalhos. E é uma coisa de louco. Esta sinfonia é uma de minha obras prediletas desde sempre e Abbado só a valorizou. Ouvi emocionado de princípio a fim. É algo muito inspirador.

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia Nº 4 “Romântica”

Symphony No. 4 In E Flat Major “Romantic” (Edition: Robert Haas)
1 I. Bewegt, Nicht Zu Schnell
2 II. Andante Quasi Allegretto
3 III. Scherzo: Bewegt – Trio: Nicht Zu Schnell, Keinesfalls Schleppend
4 IV. Finale: Bewegt, Doch Nicht Zu Schnell

Lucerne Festival Orchestra
Claudio Abbado

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Abbado, velhinho e com tudo
Abbado, velhinho e com tudo

PQP

Richard Wagner (1813-1883): Orchestral Masterpieces – Leopold Stokowski

Vamos continuar neste post, para o deleite dos amigos do blog, com a terceira parte da saga do grande maestro Leopold Stokowski (1882-1977) voltemos ao ano de 1896, tudo começou quando o garoto de treze anos entra para o coro da Igreja St. Marylebone e foi admitido no Royal College of Music. Já em 1898, aos dezesseis anos, foi admitido como membro do Royal College of Organists. Tornou-se organista assistente de Sir Henry Walford Davies (1869-1941) em The Temple Church, Londres. Em 1900, Stokowski formou o coro da Igreja Anglicana Santa Maria, Charing Cross Road, e lá também tocou o órgão. Então, de 1902 a 1905, Stokowski foi organista e mestre de coro na Igreja Anglicana de St. James, em Piccadilly, Londres. A partir desta posição como organista e mestre de coro na Igreja Anglicana, em 1905, Stokowski foi recrutado para se tornar organista na Igreja Episcopal de São Bartolomeu em Nova York, na Madison Avenue e 44th Street. O jovem desenvolveu uma respeitável reputação musical em Nova York e conheceu uma série de personalidades importantes, incluindo sua futura esposa, Olga Samaroff (1882-1948). Stokowski também realizou uma série de transcrições de obras orquestrais das sinfonias de Tchaikovsky, de antigos compositores como Byrd e Palestrina, e de óperas de vários compositores, incluindo Wagner em 1907. Mas Stokowski estava determinado a dirigir uma orquestra sua ou um grupo orquestral. Em 1908, ele renunciou à posição de organista e na primavera daquele ano, ele e sua esposa Olga partiram para a Europa, com Stokowski determinado a encontrar um novo começo.

Stokowski em 1910

O jovem Leopold, apesar da falta de experiência em nunca ter conduzido uma orquestra sinfônica profissional, um ano depois de deixar o posto de organista na Igreja Episcopal de São Bartolomeu em Nova York, nomeado maestro da Orquestra Sinfônica de Cincinnati, foi o começo de sua carreira estelar. Como poderia uma transformação tão notável acontecer? Na biografia do maestro o escritor Chasins afirma que a esposa Olga Samaroff havia se encontrado “por acaso” com Bettie Holmes, presidente da diretoria da Associação da Orquestra Sinfônica de Cincinnati. A orquestra estava procurando um maestro para liderar a sinfônica que eles tinham acabado de restabelecer. Olga Samaroff sugeriu Leopold Stokowski. Isso o levou a ser entrevistado pelo Conselho de Cincinnati em 22 de abril de 1909. Aprovado, Stokowski conduziu seu primeiro concerto com a Cincinnati Symphony Orchestra em 26 de novembro de 1909 no Music Hall. Ele estreou com a abertura de “A Flauta Mágica”, de Mozart, a “Quinta Sinfonia” de Beethoven e “Ride of the Valkyries”, de Wagner. Foi um sucesso imediato, particularmente pelo impacto do seu carisma. Durante o período em Cincinnati de 1909 a 1912, Stokowski trabalhou assiduamente na melhoria de suas habilidades de condução e na construção de um repertório de obras que ele dominava. Embora ele tenha chegado a Cincinnati praticamente sem experiência na condução de uma orquestra sinfônica, seu profundo talento artístico e habilidades de liderança natural levaram a um sucesso rápido.

Primiere Ciccinati

Stokowski também mostrou desde o início uma busca pelo novo e inovador. Mesmo desde os primeiros concertos de Cincinnati, ele programava obras de compositores vivos, e seu mix de programação era estimulante. Ele também procurou expandir continuamente a temporada da orquestra viajando para outras cidades.

Olga foi um ingrediente chave no sucesso inicial da carreira de Stokowski. Durante esse período pré-guerra, Stokowski e Olga Samaroff também passariam os verões na Baviera em sua vila em Munique, imersos nos festivais culturais ativos de verão e na vida social. Munique nos verões naquela época era uma “Meca” musical na Europa. Este foi provavelmente o tempo mais feliz de Olga e Leopold juntos. Enquanto isso, em Cincinnati, Stokowski teve uma mistura de sucessos e rejeições da diretoria da orquestra, procurando expandir as turnês, inclusive para Nova York, e acrescentando músicos. Em março de 1912, depois de aumentar progressivamente os confrontos com a diretoria, Stokowski pediu para ser liberado dos dois anos restantes de seu contrato em Cincinnati. As más línguas da época suspeitaram que ele já estava de olho em outro estado, a Filadélfia. De fato a 13 de junho de 1912 Stokowski assina com a Orquestra da Filadélfia e em 8 de outubro de 1912, Stokowski realizou seu primeiro ensaio com a Orquestra da Filadélfia, seguido rapidamente pelo primeiro concerto em 12 de outubro. Durante o restante da década, Stokowski procurou substituir os músicos antigos da orquestra por jovens de mente aberta. Um aspecto de desempenho que ele parece ter perseguido desde o começo foi um estilo de performance flexível e menos rígido, do qual sua preferência pelos instrumentos de cordas é um diferencial. Estas renovações nos músicos ele aplicou em toda sua carreira e com qualquer orquestra com a qual ele entrou em contato.

Esta gravação de Stokowski conduzindo as obras de Wagner que ora compartilho com os amigos é um bom exemplo de como o maestro reescrevia obras originais, esta prática entre alguns grandes regentes era muito comum e se encaixava no gosto da época, hoje se busca pelo original, com instrumentos originais de época preferencialmente. Esta seleção da Fase 4 reúne cerca de uma hora de trechos orquestrais e populares das óperas de Wagner gravados em estúdio em 1966, quando o regente tinha 84 anos, além de uma faixa de 1972 “Meistersinger Prelude” que é ao vivo. Os resultados são amplos, românticos e emocionantes. O estilo predominante aqui é extrovertido e não sutil. A faixa do “Meistersinger” de 1972, feito quando ele tinha 90 anos, nos traz de volta ao som orquestral original, sem trechos reescritos. Devo dizer que Stokowski está magnifico. A abertura das Valkyries é emocionante e divertida, pelo destaque ao flautim (não sei se propositalmente feito pelo maestro, ou uma falha do engenheiro de som… sei lá, mas que ficou diferente ficou). Mas, à medida que avançamos as faixas, o Wagner de Stokowski se torna cada vez mais extravagante. O arranjo, o som acústico e o ritmo do maestro são perfeitos ao que ele nos propõe, em vez de apenas soar como mais uma “performance”. Muito interessante, assim como no post anterior da sinfonia de Beethoven, o som estéreo da Fase 4 que está em todo o lugar. Stokowski usa e abusa dos efeitos e nos oferece seus deliciosos truques. Acho um erro comparar estas gravações, por exemplo, com Furtwangler, Karajan ou Solti. É uma proposta diferente, original. Stokowski tem o foco em salões cheios e dar espetáculo àqueles que não tem o costume de cultuar a chamada Música Clássica. Os fãs puritanos de Wagner podem dar uma boa risada e levar numa boa, só isso. A qualidade do gênio Stokowski eu admiro muito.

É uma releitura genial e magistral de Wagner, apenas ouça ignorando o puritanismo.

Wagner: Orchestral Masterpieces

1. The Ride of the Valkyries – Die Walkure
2. Dawn and Siegfried’s Rhine Journey – Barry Tuckwell/Gotterdammerung
3. Siegfried’s Death and Funeral Music – Gotterdammerung
4. Entrance of the gods into Valhalla – Das Rheingoldi
5. Forest Murmurs – Siegfried
6. Prelude – Die Meistersinger

London Symphony Orchestra
Leopold Stokowski
Faixas 1-5: Recorded in Kingsway Hall, London, 26 august 1966
Faixa 6: Recorded in the Royal Festival Hall, London, june 1972

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Leopold, dando uma geral no Órgão do Salão de Concertos do PQP.

Ammiratore

Piotr Illyich Tchaikovsky (1840-1893) – Symphonie nº 6 h-moll op. 74 ‘Pathétique’, Konzert für Violine und Orchester D-dur op. 35 – Menuhin, Fricsay, BPO, RIASSOB

Já tenho esse CD há muito tempo, e apesar de ser lá do Período Jurássico, gravado em Mono, é um de meus favoritos. Não apenas pelo repertório, pelos músicos envolvidos, pelas orquestras envolvidas, enfim, ele é um registro histórico de um dos maiores maestros do século XX, uma das poucas unanimidades dentre os membros do PQPBach, Ferenc Fricsay. Vou deixar a palavra com um dos maiores músicos do século XX, que o apresenta no libreto deste CD da série Dokumente, da gravadora Deutsche Grammophon:

“Entre as vantagens oferecidas pela atual mídia audiovisual está a esplêndida oportunidade de manter vivo o legado de todo grande músico. Este é um exercício particularmente valioso e valioso no caso de uma figura tão excepcional como a do grande Ferenc Fricsay. Quando ele conduziu pela primeira vez em Berlim, os iniciados sabiam que estavam na presença de um mestre genuíno, alguém que trouxe consigo idéias totalmente novas de técnica e interpretação orquestral. Um som orquestral pequeno, esguio e transparente como o conseguido por Fricsay agora pode ser visto inteiramente natural, mas o maestro que nos introduziu a esse som e revelou que a paixão total, absoluta e envolvente dentro de tais limitações auto-impostas não deve se desvanecer das mentes e memórias da geração atual de amantes da música. De todo o coração, portanto, devemos acolher o lançamento de uma nova edição destas gravações, uma edição de todos os sucessos. A oposição de Fricsay ao glamour e à superficialidade do período em que atuou como regente permanece totalmente exemplar e até hoje ainda é digno de emulação”.

Dietrich Fischer-Dieskau.

Essa sua gravação da Sinfonia Patética lá em 1953, frente à Filarmônica de Berlim, é uma da mais profundas e emocionantes que já tive a oportunidade de ouvir. Ele entendeu e compreendeu a obra de Tchaikovsky como poucos, se envolvia totalmente, não apenas com o que está na partitura, mas principalmente no que está nas entrelinhas. E isso em 1953, quando o maestro tinha apenas 39 anos de idade, e sem os recursos tecnológicos que temos atualmente. E não sou apenas eu, um mero diletante, e sim toda a imprensa especializada, e músicos do calibre de Dietrich Fischer-Dieskau, que realizou notáveis registros com ele. Já declarei que meu condutor favorito para esta sinfonia foi Karajan, mas Ferenc Fricsay, talvez por sua precocidade e principalmente por sua sensibilidade, e claro, também por ter nos deixado tão cedo, tem o meu carinho especial.

A gravação do Concerto para violino é mais velha ainda, 1949 (também jurássica), quando recém tínhamos saído da Segunda Guerra Mundial, e entrávamos no período que ficou conhecido como Guerra Fria. Yehudi Menuhin já era considerado um gênio do violino. E ele também nos apresenta Ferenc Fricsay como ‘um cometa que apareceu no horizonte, um dos mais brilhantes eventos musicais de seu tempo’.

Um grande CD, facilmente classificável como ‘IM-PER-DÍ-VEL’ !!!

01. Symphony No.6 in B minor, op.74 ‘Pathetique’ – I. Adagio – Allegro non troppo
02. Symphony No.6 in B minor, op.74 ‘Pathetique’ – II. Allegro con grazia
03. Symphony No.6 in B minor, op.74 ‘Pathetique’ – III. Allegro molto vivace
04. Symphony No.6 in B minor, op.74 ‘Pathetique’ – IV. Finale Adagio lamentoso –

Berliner Philharmoniker
Ferenc Fricsay – Conductor

05. Violin Concerto in D major, op.35 (Y. Menuhin on Violin) – I. Allegro moderato
06. Violin Concerto in D major, op.35 (Y. Menuhin on Violin) – II. Canzonetta Andante-attaca
07. Violin Concerto in D major, op.35 (Y. Menuhin on Violin) – III. Finale Allegro vivacissimo

Yehudi Menuhin – Violin
RIAS-Symphonie-Orchester Berlin
Ferenc Fricsay – Conductor

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FDPBach

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 61, 36, 62 & 132

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 61, 36, 62 & 132

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta extraordinária e iluminadorina mini-série de Cantatas gravadas por Sigiswald Kuijken e sua La Petite Bande chega a seu Vol. 9. A série apresenta uma cantata para cada domingo e dia santo do ano. Nesta coleção, dedicada aos domingos do Advento, surgem alguns problemas. Todas as obras do Advento de Bach são de Weimar (juventude) e Leipzig (maturidade), exceto que em Leipzig a Cantata do Advento foi montada somente no primeiro domingo do mês, sendo os outros domingos normais. Só que sua estada anterior em Weimar era diferente; lá, todos os domingos deviam ter uma Cantata. Mas qual é o problema? É que apenas as Cantatas do segundo e quarto domingos foram preservadas, e as do primeiro e terceiro domingo são conhecidas apenas por seus textos — nenhuma música chegou até nós. Bem, os padrões permanecem altos nesta série muito bem gravada. Apesar de algum dogmatismo, tudo aqui é musicalmente muito bom, boníssimo!

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 61, 36, 62, 132

1. Cantata No. 61, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 61 (BC A1): Ouvertüre (Chorus). Nun komm, der Heiden Heiland
2. Cantata No. 61, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 61 (BC A1): Recitative. Der Heiland ist gekommen
3. Cantata No. 61, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 61 (BC A1): Aria. Komm, Jesu. Komm zu deiner Kirche
4. Cantata No. 61, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 61 (BC A1): Recitative. Siehe ich stehe vor der Tür
5. Cantata No. 61, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 61 (BC A1): Aria. Öffne dich, mein ganzes Herze
6. Cantata No. 61, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 61 (BC A1): Choral. Amen, Amen! Komm du schöne

7. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Prima Pars. Chorus. Schwingt freudig euch empor
8. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Prima Pars. Chorale. Nun komm, der Heiden
9. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Prima Pars. Aria. Die Liebe zieht mit sanften Schritten
10. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Prima Pars. Choral. Zwingt die Saiten in Cythara
11. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Secunda Pars. Aria. Wilkommen serter Schatz
12. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Secunda Pars. Choral. Der du bist dem Vater gleich
13. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Secunda Pars. Aria. Auch mit gedämpften, schwachen
14. Cantata No. 36, ‘Schwingt freudig euch empor,’ BWV 36 (BC A3): Secunda Pars. Choral. Lob sei Gott dem Vater, ton

15. Cantata No. 62, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 62 (BC A2): Chorus. Nun komm, der Heiden Heiland
16. Cantata No. 62, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 62 (BC A2): Aria. Bewundert, o Menschen, dies große
17. Cantata No. 62, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 62 (BC A2): Recitative. So geht aus Gottes Herrlichkeit
18. Cantata No. 62, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 62 (BC A2): Aria. Streite, siege, starker Held!
19. Cantata No. 62, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 62 (BC A2): Recitative. Wir ehren diese Herrlichkeit
20. Cantata No. 62, ‘Nun komm, der Heiden Heiland,’ BWV 62 (BC A2): Choral. Lob sei Gott, dem Vater, ton

21. Cantata No. 132, ‘Bereitet die Wege, bereitet die Bahn,’ BWV 132 (BC A6): Aria. Bereitet die Wege, bereitet die Bahn
22. Cantata No. 132, ‘Bereitet die Wege, bereitet die Bahn,’ BWV 132 (BC A6): Recitative. Willst du dich Gottes Kind
23. Cantata No. 132, ‘Bereitet die Wege, bereitet die Bahn,’ BWV 132 (BC A6): Aria. Wer bist du? Frage dein Gewissen
24. Cantata No. 132, ‘Bereitet die Wege, bereitet die Bahn,’ BWV 132 (BC A6): Recitative. Ich will, mein Gott, dir frei heraus
25. Cantata No. 132, ‘Bereitet die Wege, bereitet die Bahn,’ BWV 132 (BC A6): Aria. Christi Glieder, ach bedenket
26. Cantata No. 132, ‘Bereitet die Wege, bereitet die Bahn,’ BWV 132 (BC A6): Choral. Ertöt uns durch deine Güte

Soprano: Gerlinde Sämann;
Alto: Petra Noskaiova;
Tenor: Christoph Genz;
Bass: Jan Van der Crabben

La Petite Bande
Sigiswald Kuijken

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Kuijken: quantas fotos dele já temos aqui no PQP?

PQP

Luci Horsch – Baroque Journey

Neste seu novo CD, a jovem flautista holandesa Luci Horsch nos convida a fazer uma viagem pelo Barroco. Então vamos de Van Eyck (compositor que abre e fecha o CD) a Bach, passando por Sammartini, Marais, Purcell, Handel, entre outros compositores menos conhecidos.

O imenso talento e virtuosismo de Luci Horsch nos espanta, mas ao mesmo tempo alegra. Tanta energia, sensibilidade e técnica em uma jovem de meros 19 anos de idade … com certeza ainda vamos ouvir muito essa moça. Lembram de seu primeiro CD, que eu mesmo trouxe há algum tempo atrás, todo dedicado a Vivaldi? Não? Então corram atrás dele.
A tradicional Academy of Ancient Music é quem a acompanha nesta viagem. Muito bem acompanhada, por sinal. Então, vamos embarcar nesta viagem? O booklet do CD é bem explicativo.

01 – Van Eyck – Lavolette
02 – Händel – The Arrival of the Queen of Sheba
03 – Bach – Concerto in D minor BWV 1059R – Allegro
04 – Bach – Concerto in D minor BWV 1059R – Adagio
05 – Bach – Concerto in D minor BWV 1059R – Presto
06 – Bach – Erbarme Dich (from St. Matthew Passion)
07 – Badinerie (from Suite No. 2 in B minor No. 2)
08 – Castello – Sonata Seconda
09 – Sammartini – Concerto in F Major – Allegro
10 – Sammartini – Concerto in F Major – Siciliano
11 – Sammartini – Concerto in F Major – Allegro assai
12 – Marais – Couplets des folles
13 – Couperin – Le Rossignol en Amour
14 – Naudot – Concerto in C Major, Op. 17, No. 1 – Gaiement
15 – Naudot – Concerto in C Major, Op. 17, No. 1 – Lentement
16 – Naudot – Concerto in C Major, Op. 17, No. 1 – Légèrement
17 – Tollett – Divisions on a Ground
18 – Purcell – Dido’s Lament (from Dido and Aeneas)
19 – Van Eyck – Engels Nachtegaeltje (The English Nightingale)

Luci Horsch – Recorders
Academy of an Ancient Music

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Franz Schubert (1797-1828): Violin Sonatas (CD 2 de 2)

Franz Schubert (1797-1828): Violin Sonatas (CD 2 de 2)

E como só se fala e praticamente só se posta Schubert por aqui nos últimos dias, resolvi trazer o segundo CD de Julia Fischer tocando as pouco gravadas Sonatas para Violino e Piano e algumas obras para piano, onde Julia revela-se uma excelente pianista, fazendo a segunda parte do piano na Fantasia D. 940, tão amada pelo colega Ranulfus. A música de Schubert para violino e piano, embora certamente não seja insignificante, nunca atraiu grandemente a atenção dos executantes ou ouvintes. E elas são desiguais, variando entre aquilo que é destinado ao mercado doméstico amador e os últimos trabalhos, claramente dirigidos ao virtuoso. Mas sempre é Schubert, ou seja, sempre é bom.

O primeiro disco desta dupla extremamente talentosa tocando as obras de Schubert para violino e piano foi de prazer absoluto, apesar de essa música ser uma parte comparativamente sem importância da produção do compositor. Este segundo disco é ainda mais atraente, de fato irresistível, em parte porque o terceiro item é uma das obras-primas supremas de Schubert, a Fantasia em Fá menor para dueto de piano D. 940. Eles dão uma magnífica versão desta obra inspirada, que começa com uma das melodias mais pungentes de Schubert. É uma peça desafiadora, como se pode ouvir, mas Fischer e Helmchen tiram de letra.

Franz Schubert (1797-1828): Violin Sonatas (CD 2 de 2)

01 Schubert – Violin Sonata In A, Op. 162, D. 574 – Allegro Moderato
02 Scherzo (Presto)
03 Andantino
04 Allegro Vivace

05 Schubert – Fantasy In C, Op. 159, D. 934 – Andante Molto
06 Allegretto
07 Andantino
08 Tempo primo – Allegro, Allegretto, Presto

09 Schubert_ Fantasy In F Minor for Piano Duet, Op. 103, D. 940 – Allegro molto moderato
10 Largo
11 Allegro vivace
12 Tempo I

Julia Fischer – Violin, Piano (D.940)
Martin Helmchen – Piano

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Julia Fischer na Sala de Imanência e Transcendência da Sede de Gala da PQP Bach Corporation.

FDP / PQP

Sigismund von Neukomm (1778-1858) – Requiem à la Mémoire de Louis XVI – Jean-Claude Malgoire, La Grande Écurie et la Chambre du Roy, Choeur de Chambre de Namur

O Selo Alpha continua nos brindando com magníficas gravações. Este CD que ora vos trago foi lançado em 2016, e tem a participação da excelente ‘La Grande Écurie et la Chambre du Roy’,uma das principais Orquestras de interpretação de música barroca historicamente informada e dirigida pelo maestro Jean-Claude Malgoire, uma lenda neste repertório. Para quem não o conhece, Malgoire fundou a ‘La Grande Écurie et la Chambre du Roy’ em 1966, ou seja, são mais de cinquenta anos de dedicação à causa, sempre com muito cuidado, dedicação e empenho.
Mas vamos falar um pouco sobre este cidadão, Sigismund von Neukomm, compositor nascido na Áustria, mas que transitou por três continentes, onde apresentou sua música, inclusive aqui no Brasil, onde frequentou a corte de Dom João Vi entre os anos de 1816 e 1821. Há rumores, inclusive, de que era espião, a mando de um príncipe francês, Talleyrand, Ministro de Luis XVIII. Com certeza, o cara teve uma vida emocionante.
Compôs muito, e fez muito sucesso na sua época, porém com o tempo foi esquecido. Sua obra começou a ser pesquisada novamente a partir da década de 50, do século XX. De acordo com a Wikipedia em português, existem diversas pesquisas realizadas sobre este período que passou aqui no Brasil. Todas estão listadas na Bibliografia do verbete.

01. Marche funebre – Miserere mei Deus
02. Missa di Requiem- I. Introit
03. Missa di Requiem- II. Sequence (Dies irae)
04. Missa di Requiem- III. Offertorium
05. Missa di Requiem- IV. Sanctus
06. Missa di Requiem- V. Benedictus
07. Missa di Requiem- VI. Agnus Dei
08. Missa di Requiem- VII. Libera me

Clémence Tilquin soprano
Yasmina Favre Mezzo-soprano
Robert GetcheLL ténor
Alain Buet baryton
Choeur de Chambre de Namur
La Grande Ecurie et La chambre du Roy
Jean-Claude Malgoire Direction

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W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano K. 107 / J. S. Schröter (1752-1788): Concerto para Piano Op 3, 3

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano K. 107  / J. S. Schröter (1752-1788): Concerto para Piano Op 3, 3

Mozart

Piano Concertos K. 107

Schröter

Piano Concerto Op. 3, 3

Este disco foi lançado originalmente na era dos LPs com o código MK 39222. Sorri com meus botões ao lembrar-me de Miles Kendig e pensei nos dizeres do arguto psicólogo: coincidências não existem. Com esta postagem, realmente completamos a saga dos Concertos para Piano de Mozart. Para deveras completá-la, pedimos ajuda a outro exímio pianista, especialista em Mozart: Murray Perahia. Este disco foi lançado quando Perahia era bem jovem e o selo ainda chamava-se CBS Masterworks. Na era dos CDs foi lançado, e de novo, algumas vezes. A última vez na série Sony Classical – Great Performances.

Selim Gidnek, ou melhor, Miles Kendig

Assim como os Concertos Nos. 1 a 4, esses três concertos são arranjos de peças de outros compositores, neste caso, de Johann Christian Bach. Os arranjos aqui são para piano (poderia ser cravo), dois violinos e baixo contínuo. São peças que revelam a impressionante capacidade musical de Mozart, que era ainda criança, assim como ilustram o desenvolvimento e a estruturação do concerto para piano como gênero musical.

Para completar o disco, um lindo Concerto para Piano em dó maior, de Johann Samuel Schröter. Nascido na Polônia, Schröter era um pouco mais velho do que Mozart e dominou a cena musical em Londres, vindo a ocupar o lugar de Johann Christian. Era ótimo compositor e exímio pianista, como confirma este lindo concerto. No entanto, para casar-se com uma mulher de família rica, concordou em aceitar uma grande anuidade do sogro em troca de abandonar a carreira musical. Uma pena…

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)

Concerto para piano em ré maior, K. 107, 1

  1. Allegro
  2. Andante
  3. Tempo di Minuetto

Concerto para piano em sol maior, K. 107, 2

  1. Allegro
  2. Allegretto

Concerto em mi bemol maior, K. 107, 3

  1. Allegro
  2. Allegretto (Rondeaux)

Johann Samuel Schröter (1752-1788)

Concerto para piano em dó maior, Op. 3, 3

  1. Allegro
  2. Larghetto
  3. Allegro

Murray Perahia, piano e regente

English Chamber Orchestra

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Mozart gostava da música de Schröter e disse dos seus Concertos Op. 3: Eles são lindos! Quem poderia discordar do Wolfie?

René Denon

Terry Riley (1935) – Sunrise of the Planetary Dream Collector – Kronos Quartet

Estou já há alguns meses ensaiando a postagem deste belíssimo CD do Kronos Quartet, espero que agora saia. O texto abaixo foi livremente traduzido do booklet do CD:

“Chovia insistentemente naquele dia em 1980, quando o Kronos Quartet foi até Sierra Foothills para receber o ‘Sunrise of the Planetary Dream Collector’, primeira obra que Terry Riley compusera para o jovem grupo. A viagem de carro de San Francisco até a casa de Terry e Ann Riley no Sri Moonshine Ranch leva apenas algumas horas. A jornada do Kronos até aquele ponto, porém, já estava alguns anos em desenvolvimento. (…)

(…) O pessoal do Kronos Quartet conheceu Riley enquanto eles estavam ensaiando ‘Traveling Music’, uma peça de David Harrington. Acontece que Riley e Benshoof foram estudantes juntos na San Francisco State University, então curioso ele parou para ouvir o ensaio do quarteto. Harrington, que “ouviu quartetos” na música de Riley, estava ansioso para que ele escrevesse algo para eles. Harrington cortejou o compositor implacavelmente. Riley, no entanto, teve muitas dúvidas. Ele havia abandonado a composição escrita mais de uma década antes. Estava insatisfeito com a natureza artificial da notação musical, que lhe parecia fossilizar o pensamento musical. (…) Em vez disso, Riley se dedicou a improvisações. Riley acreditava que suas idéias musicais nunca foram destinadas a alcançar um estado acabado, mas estavam destinadas a evoluir continuamente.”

O texto do booklet é bem mais completo, claro, traduzi livremente apenas alguns parágrafos iniciais, apenas para mostrar aos senhores do que se trata este CD. Não ouço muito a música moderna, e a conheço menos ainda. Mas acompanho, mesmo que de longe, a carreira do Kronos Quartet nas últimas décadas. Nos anos 80 este conjunto causou um frisson no meio musical, e ouvi-lo virou meio que ‘Cult’. Como sempre fui meio que avesso a modismos e modernismos, então de certa forma não prestei muito mais atenção neles.

Mas tenho de reconhecer que este CD é muito interessante, com belíssimos momentos. Riley é um compositor brilhante, para muitos, o maior compositor norte americano vivo.
Para os que não conhecem nem Terry Riley e muito menos o Kronos Quartet, e tem interesse em novas sonoridades e possibilidades, esta é uma bela introdução.

1. Sunrise of the Planetary Dream Collector
2. One Earth, One People, One Love
From Sun Rings
3. Cry of a Lady
with Le Mystère des Voix Bulgares
Dora Hristova, conductor

4. G Song
5. Lacrymosa – Remembering Kevin

Cadenza on the Night Plain
6. Introduction
7. Cadenza: Violin I
8. Where Was Wisdom When We Went West?
9. Cadenza: Viola
10. March of the Old Timers Reefer Division
11. Cadenza: Violin II
12. Tuning to Rolling Thunder
13. The Night Cry of Black Buffalo Woman
14. Cadenza: Cello
15. Gathering of the Spiral Clan
16. Captain Jack Has the Last Word

KRONOS QUARTET David Harrington, VIOLIN
John Sherba, VIOLIN
Hank Dutt, VIOLA
Sunny Yang, CELLO (1–2)
Joan Jeanrenaud, CELLO (3–4, 6–16)
Jennifer Culp, CELLO (5)

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