Eu vou contar uma coisa pra vocês. No último domingo à tarde, eu tinha que cumprir o dever cívico de acompanhar carinhosamente — mesmo que pela TV — o SC Internacional na busca de mais um título gaúcho. (Claro que fui bem sucedido). Bem, como os nossos narradores e comentaristas são péssimos, costumo assistir as partidas de futebol ouvindo música, coisa que, aliás, refarei hoje. E coloquei dois discos de Samuel Barber para ouvir: este e o da postagem abaixo, que revalidei do Carlinus. Na verdade, de Barber só conhecia aquele Adágio para Cordas que os americanos tocam pra gente cada vez que tomam no cu.
Qual não foi a minha surpresa por ter começado a gostar da música muito mais do que do jogo. OK, isso me acontece com grande frequência, mas ver Barber ganhando do Inter era demais. Só que aconteceu e eu, que nunca minto pra vocês, sou obrigado a confessar. A Sinfonia Nº 1 tem a estrutura da Sétima de Sibelius e é excelente. The School for Scandal e a segunda sinfonia são obras de um Richard Strauss que tomou Ritalina. Nestes dois CDs que posto hoje em dois posts consecutivos (ver abaixo), o momento mais fraco é de responsabilidade da Sra. Amy Marcy Cheney Beach, da qual já ouvi obras superiores a sua Sinfonia Gaélica.
Como destaque de ambos os discos, temos que citar as duas orquestras e seus regentes. O trabalho de Järvi e da Orquestra de Detroit, assim como o de Alsop e seus escoceses no CD do post abaixo são dignos de todos os elogios.
Gostei.
Barber (1910-1981): Symphony Nº 1; The School for Scandal Overture /
Beach (1867-1944): Gaelic Symphony
1. The School for Scandal, Op. 5: The School for Scandal, Op. 5: Overture 9:03
2. Symphony No. 1, Op. 9 21:48
3. Symphony in E minor, Op. 32, “Gaelic Symphony”: I. Allegro con fuoco 11:11
4. Symphony in E minor, Op. 32, “Gaelic Symphony”: II. Alla siciliana – Allegro vivace 7:48
5. Symphony in E minor, Op. 32, “Gaelic Symphony”: III. Lento con molto espressione 12:42
6. Symphony in E minor, Op. 32, “Gaelic Symphony”: IV. Allegro di molto 9:20
Detroit Symphony Orchestra
Neeme Järvi
PQP
Que tal uma caixa com o Morton Feldman? Fica a sugestão.
“Na verdade, de Barber só conhecia aquele Adágio para Cordas que os americanos tocam pra gente cada vez que tomam no cu.”
kkkkkkkkkkk Tinha que ser você, PQP… 🙂
PQP,
Recomendo o concerto para violino. É belíssimo:
http://www.youtube.com/watch?v=vZciu9vFJwY
Genial a descrição de como o Adágio é usado. Mas os brasileiros também têm usado com frequência – e nas mesmas condições. Como só conheço essa obra do Barber, espero ser supreendido com esse CD. Obrigado pela postagem!