Stravinsky (1882-1971) & Prokofiev (1891-1953): Danse Russe – William Hagen (violino) & Albert Cano Smit (piano)

Stravinsky (1882-1971) & Prokofiev (1891-1953): Danse Russe – William Hagen (violino) & Albert Cano Smit (piano)

Stravinsky & Prokofiev

Música para Violino e Piano

William Hagen, violino

Albert Cano Smit, piano

Este disco foi lançado recentemente e é o primeiro álbum da dupla de violinosta e pianista. William Hagen e Albert Cano Smit estudaram em Colburn, uma escola para artes que fica em Los Angeles, na Califórnia. Você poderá descobrir mais sobre esta interessante instituição acessando a página deles aqui.

No entanto, no momento que eu escrevo, isto será o máximo que poderá fazer, pois as atividades da escola estão completamente suspensas nestes dias de pandemia. Espero que tudo isto já seja passado, no momento que esta postagem vier à tona.

O disco é resultado de um desafiador projeto da dupla – escolher repertório, tratar das gravações, gerenciar o lançamento do álbum e torcer para que tudo funcione. Espero que esta divulgação do álbum aqui no blog resulte em algum retorno para os artistas. Lembremos que, dentro das condições de cada um, devemos dar suporte aos artistas.

Mas, a música? Linda, excitante (não hesitante), pulsante, cheia de humor e com alguns toques de nostalgia. Os (músicos) russos são ótimos nisto. Stravinsky e Prokofiev têm em comum o uso de melodias folclóricas, o interesse pela dança e os trabalhos que escreveram para Diaghilev.

A Suíte Italiana, de Stravinsky, é uma adaptação de alguns trechos do balé Pulcinella, inspirado pela (e adaptado da) música de Pergolesi e contribui fortemente para o sucesso do disco. Na verdade, Diaghilev apresentou para Stravinsky manuscritos de música do século dezoito escrita por compositores que estavam esquecidos. A música para Pulcinella tem a contribuição do veneziano Domenico Gallo, do Conde van Wassenaer, um diplomata holandês, e Carlo Ignazio Monza, um padre milanês. Houve uma primeira versão para violoncelo e piano, mas esta versão para violino e piano é igualmente vencedora.

O Divertimento que vem a seguir, também de Stravinsky, são adaptações de números do balé Le baiser de la fée, que por sua vez foi inspirado nas lindas melodias de Tchaikovsky, mas que tem a inigualável assinatura de Stravinsky.

Estas peças para violino e piano, assim como o Concerto para Violino, surgiram da colaboração de Stravinsky com o violinista americano, de origem polonesa, Samuel Dushkin.

Prokofiev contribui com a linda sonata para violino e piano, cuja primeira versão, para flauta e piano, pode ser ouvida nesta postagem aqui.  Para completar o disco, mais cinco pequenas peças, com destaque para a Marcha do Amor por Três Laranjas e arrematando com a arrasadora dança russa de Petrushka. Nas cinco últimas peças do disco a dupla faz uma certa homenagem aos grandes violinistas do passado – Jascha Heifetz, Nathan Milstein e Samuel Dushkin – que adaptaram trechos e peças para seus próprios concertos. Afinal, as lindas melodias não devem ficar restritas apenas às suas versões originais, não é mesmo?

Igor Stravinsky (1882 – 1971)

Suite Italianne

  1. Introduzione
  2. Serenata
  3. Tarantella
  4. Gavotta com due variazione
  5. Scherzino
  6. Minueto e finale

Divertimento (do balé Le baiser de la fée)

  1. Sinfonia e Danses Suisses
  2. Scherzo
  3. Pas de deux – Adagio
  4. Pas de deux – Variation
  5. Pas de deux – Coda

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)

Sonata para Violino No. 2 em ré maior, Op. 94a

  1. Moderato
  2. Scherzo
  3. Andante
  4. Allegro com brio

Tales of an Old Grandmother

  1. Andantino (arranjo de Nathan Milstein)
  2. Andante (arranjo de Nathan Milstein)

The Love for Three Oranges

  1. Marcha (Arranjo de Jascha Heifetz)

Igor Stravinsky (1882 – 1971)

Mavra

  1. Chanson russe (Arranjo de Samuel Dushkin)

Petrushka

  1. Danse russe (Arranjo de Samuel Dushkin)

William Hagen, violino

Albert Cano Smit, piano

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Albert Cano Smit …
… William Hagen

 

 

 

 

 

Enfim, um lindo disco para ouvir e encher a casa de alegria!

Aproveite!

René Denon

Rachmaninov (1873-1943): Concerto para Piano No. 2 – Prokofiev (1891-1953): Concerto para Piano No. 5 – Sviatoslav Richter

Rachmaninov (1873-1943): Concerto para Piano No. 2 – Prokofiev (1891-1953): Concerto para Piano No. 5 – Sviatoslav Richter

Rachmaninov & Prokofiev

Concertos para Piano

Sviatoslav Richter

 

Uma grande xícara de café após um almoço de bolinhos de arroz e aipim frito certamente deixa qualquer um com enorme predisposição para música. No meu caso, música que envolva piano. Uma coisa leva a outra e lembrei-me de um dos ‘Meus CDs Mais Queridos’: Concertos para Piano de compositores russos interpretados por um dos mais famosos pianistas russos: Sviatoslav Richter. Ele foi um pianista fantástico, mas absolutamente não convencional. Tinha um repertório vastíssimo, mas não gostava de gravações em estúdios. Por isso, temos uma imensidão de gravações suas, mas muitas de sofrível qualidade.

Outro aspecto de sua arte é que ele não se interessava em gravar ciclos completos ou integrais disto ou daquilo. Eu tenho relativamente poucas gravações dele, mas esta certamente é especial.

O disco foi gravado em 1959/1960, provavelmente em Varsóvia, mas isto não está explicitamente escrito no libreto. No entanto, sabemos que é uma coprodução da DG com a Polskie Nagrania, a Orquestra é de Varsóvia e o nome dos regentes têm mais consoantes do que vogais.

Eu cheguei a este disco pelo Concerto de Rachmaninov, esta gravação é muito considerada pelos fãs do imenso compositor. Mas, com o passar das décadas, o concerto que ouço com mais frequência é exatamente o Quinto de Prokofiev. Richter foi quem estabeleceu este concerto como uma das obras primas do Século XX e manteve uma relação de amizade com Prokofiev por toda a vida. Conta-se que a tristeza que Richter demonstrou ao tocar piano durante o enterro de Stalin era por ter perdido o amigo Prokofiev, falecido no mesmo dia.

Há uma diferença imensa na concepção e no estilo destes dois concertos e só mesmo um músico genial conseguiria trazê-los à luz e com similar maestria.

Outras gravações do Rach#2 que gosto começam a um paço mais acelerado do que esta e somente um pianista do calibre de Richter é capaz de iniciar assim sem fazer com que a música toda desmorone.

O movimento lento é espetacularmente feito e o último movimento começa a com muita velocidade. Temos assim, muita dinâmica neste que talvez seja o mais romântico dos concertos românticos para piano.

O Quinto Concerto de Prokofiev tem aqui a sua melhor gravação. Ponto. Quer mais?

Sviatoslav Richter é um grande nome da música e é muito bom poder conhecer um pouco mais a pessoa que habitava a lenda. No final de sua vida ele protagonizou um documentário – L’Insoumis – The Enigma – feito por Bruno Monsaigeon, que também redigiu um livro sobre ele. Você poderá começar lendo dois artigos do jornalista Paul Moor que o conheceu e entrevistou algumas vezes, acessando este blog aqui e aqui.

Um interessante resumo sobre ele está na resenha escrita por Arnaldo Cohen, que você poderá ler aqui. De qualquer forma, baixe o disco e depois me escreva, usando o link ‘LEAVE A COMMENT’, que está logo abaixo do cabeçalho desta postagem, de qual dos concertos você gostou mais…

Chapéu 1

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

Concerto para Piano No. 2 em dó menor, Op. 18

  1. Moderato
  2. Adagio sostenuto
  3. Allegro scherzando
Chapéu 2

Serge Prokofiev (1891 – 1953)

Concerto para Piano No. 5 em sol maior, Op. 55

  1. Allegro con brio
  2. Moderato bem accentuato
  3. Toccata – Allegro com fuoco (più presto che la prima volta)
  4. Larghetto
  5. Vivo

Sviatoslav Richter, piano

Warsaw Philharmonic Orchestra

Stanislaw Wislocki (Rachamaninov)

Witold Rowicki (Prokofiev)

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MP3 | 320 KBPS | 131 MB

Richter era famoso por seus comentários (nem sempre lisonjeiros) sobre outras personalidades musicais. Sobre certo maestro-pianista argentino ele disse: ‘Um grande talento preocupado em parecer profundo. Acaba ficando chato’.

Baixe os arquivos e aproveite a música!

René Denon

Ah, ia já me esquecendo…

The 20th-Century Piano Concerto, Vol.2 – Vários compositores e artistas

O segundo CD desta curiosa série traz ao menos dois registros memoráveis, a saber, o Segundo Concerto de Prokofiev com Alexander Toratze acompanhado pelo então jovem Valery Gergiev, e a histórica gravação do Segundo Concerto de Béla Bártok com Stephen Kovacevich.
Para muitos essa mistura pode soar estranha, afinal o CD termina com o Concerto para Piano de Schönberg, cmo ninguém mais ninguém menos que Alfred Brendel. O ultra romântico Terceiro Concerto de Rachmaninoff ao lado de Bártok e de Prokofiev… enfim, escolhas do produtor. Mas o que vale realmente é audição destas gravações.

Disc 1
Piano Concerto No. 2 In G minor, Op. 16
Composed By – Prokofiev*
Conductor – Valery Gergiev
Orchestra – Kirov Orchestra
Piano – Alexander Toradze
1.1 I. Andantino
1.2 II. Scherzo. Vivace
1.3 III. Intermezzo. Allegro Moderato
1.4 IV. Finale. Allegro Tempesto
Piano Concerto No.3 In D Minor, Op. 30
Composed By – Rachmaninoff*
Conductor – Edo de Waart
Orchestra – The San Francisco Symphony Orchestra
Piano – Zoltán Kocsis
1.5 I. Allegro Ma Non Tanto
1.6 Intermezzo (Adagio)
1.7 III. Finale (Alle Breve)
Disc 2
Piano Concerto In G major
Composed By – Ravel*
Conductor – Ivan Fischer
Orchestra – Budapest Festival Orchestra
Piano – Zoltán Kocsis
2.1 I. Allegramente
2.2 II. Adagio Assai
2.3 III. Presto
Piano Concerto No. 2, BB 75
Composed By – Bartók*
Conductor – Sir Colin Davis
Orchestra – BBC Symphony Orchestra
Piano – Stephen Kovacevich*
2.4 I. Allegro
2.5 II. Adagio – Presto – Adagio
2.6 III. Allegro Molto
Piano Concert, Op. 42
Composed By – Schoenberg*
Conductor – Rafael Kubelik
Orchestra – Bavarian Radio Symphony Orchestra*
Piano – Alfred Brendel
2.7 I. Andante
2.8 II. Molto Allegro (Bar 176)
2.9 III. Adagio (Bar 264)
2.10 IV. Giocoso (Moderato) (Bar 329)

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CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

The 20th-Century Piano Concerto, Vol.1 – Vários compositores e artistas

A Coleção Philips DUO era uma espécie de Best of do selo Philips, e sempre tive um sonho de completá-la, pois foi graças a estas gravações que tive acesso a muita coisa boa. Felizmente, nos últimos anos acho que consegui alcançar meu objetivo de ter todos os volumes. E volto a repetir, tem muita coisa boa.

O Volume que ora vos trago (na verdade, serão dois volumes com dois cds cada) traz o que os produtores consideram os Melhores Concertos para Piano do Século XX, com toda a gama de artistas que tinham contratos com aquela gravadora. Alguns mais conhecidos, outros menos conhecidos, enfim, é uma boa oportunidade para conhecermos um pouco a produção do Século XX. Para quem gosta de gravações antigas, principalmente realizadas entre os anos 50, 60 e 70, é um prato cheio.

Neste primeiro volume teremos desde Prokofiev até De Falla, passando, é claro, por Bártok, Stravinsky, Gershwin e Ravel. Temos aqui intérpretes como Clara Haskill, Steven Kovacevich, Zóltan Kóscis, dentre outros. Gostei muito da escolha do repertório e dos músicos envolvidos. Para pincelar um panorama do piano no século XX creio que todos estão muito bem representados. Na sequência trarei o segundo volume. Vamos, no momento, nos degustar com o Bártok de Kovacevich, o Prokofiev de Byron Janis, e o magnífico De Falla de Clara Haskill. Só tem fera aqui.

CD 1

Piano Concerto No. 3 In C
Composed By – Prokofiev*
Conductor – Kiril Kondrashin
Orchestra – Moscow Philharmonic Orchestra
Piano – Byron Janis
1.1 1. Andante – Allegro
1.2 2. Tema Con Variazione
1.3 3. Allegro Ma Non Tropo
Nights In The Gardens Of Spain
Composed By – De Falla*
Conductor – Igor Markevitch
Orchestra – Orchestre Des Concerts Lamoureux
Piano – Clara Haskil
1.4 1. En El Generalife
1.5 2. Danza Lejana
1.6 3. En Los Jardines de la Sierra de Córdoba
Piano Concerto In F
Composed By – Gershwin*
Conductor – Howard Hanson
Orchestra – Eastman-Rochester Orchestra
Piano – Eugene List
1.7 1. Allegro
1.8 2. Adagio
1.9 3. Allegro Agitato

Piano Concerto No. 3
Composed By – Bartók*
Conductor – Sir Colin Davis
Orchestra – The London Symphony Orchestra
Piano – Stephen Kovacevich*
2.1 1. Allegretto
2.2 2. Adagio Religioso
2.3 3. Allegro Vivace
Concerto For Piano And Wind Instruments
Composed By – Stravinsky*
Conductor – Sir Colin Davis
Orchestra – BBC Symphony Orchestra
Piano – Stephen Kovacevich*
2.4 1. Largo – Allegro – Più Mosso – Maestoso
2.5 2. Largo
2.6 3. Allegro
Rhapsody In Blue
Composed By – Gershwin*
Conductor – Howard Hanson
Orchestra – Eastman-Rochester Orchestra
Piano – Eugene List
2.7 Rhapsody In Blue
Piano Concerto In D For The Left Hand
Composed By – Ravel*
Conductor – Ivan Fischer
Orchestra – Budapest Festival Orchestra
Piano – Zoltán Kocsis
2.8 1. Lento
2.9 2. Allegro
2.10 3. Tempo I

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Prokofiev (1891-1953): Sonatas para Piano Nos. 3, 7 & 8 – Andrei Gavrilov

Prokofiev (1891-1953): Sonatas para Piano Nos. 3, 7 & 8 – Andrei Gavrilov

Prokofiev

Прокофьев

Sonatas para Piano Nos. 3, 7 & 8

Andrei Gavrilov

Андрей Гаврилов

 

Assim que vi este disco e logo que o ouvi pela primeira vez, atentei para sua atemporalidade e para a imensa energia, o vigor que ele emana quando é reproduzido. Parece-me um disco que foi gravado ontem, apesar de ter sido produzido em 1991 ou 1992. A capa combina com a modernidade de sua música e o som é excelente.

Falando da interpretação da sonata que abre o disco, um crítico da famosa Gramophone afirma: The Third Sonata […] gets off to a blistering start indeed. De tão intensa, chega a dar bolhas…

Das outras duas sonatas, Nos. 7 e 8, que ao lado da Sexta Sonata formam as chamadas Sonatas do Tempo da Guerra, pois foram compostas por Prokofiev entre 1939 e 1944, compara estas interpretações às interpretações de Maurizio Pollini e de Sviatoslav Richter. Altas comparações, indeed!

O Penguin Guide to CDs, em uma de suas quase infinitas edições, fala da gravação da Sétima como excitante e arrebatadora e diz que a interpretação da Oitava ‘se sustenta entre as mais exaltadas comparações’. E olhem que os ingleses costumam ser comedidos em seus comentários. É verdade que ao falar da Terceira o texto emprega a (deliciosa) expressão: he rushes his fences… apesar de mencionar o pretty dazzling virtuosismo. Pois Andrei Gavrilov é capaz disso, virtuosismo deslumbrante, estonteante.

Nascido em Moscou, de uma família de artistas, era protegido de ninguém menos do que o já citado Sviatoslav Richter e teve um início de carreira fulgurante. No entanto, em uma de suas turnês teve problemas com o sistema e amargou de volta para casa meia década de silêncio. Em 1984 conseguiu permissão para viajar para fora do país novamente com a ajuda de um tremendo pistolão – Mikhail Gorbachev. Foi artista da EMI e do selo amarelo, gravando alguns ótimos discos, como este da postagem.

Serge Prokofiev (1891 – 1953)

Sonata para piano em lá menor No 3, Op. 28

  1. Allegretto Tempestoso – Moderato – Allegro Tempestoso- Moderato – Più Lento – Più Animato – Tempo I – Poco Più Mosso

Sonata para piano em si bemol maior, Op. 83

  1. Allegro Inquieto – Andantino – Allegro Inquieto – Andantino – Allegro Inquieto
  2. Andante Caloroso – Poco Più Animato – Più Largamente – Un Poco Agitato – Tempo I
  3. Precipitato

Sonata para piano em si bemol maior, Op. 84

  1. Andante Dolce – Poco Più Animato – Andante I – Allegro Moderato – Andante – Andante Dolce, Come Prima – L’istesso Tempo – Allegro
  2. Andante Sognando
  3. Vivace – Allegro Ben Marcato – Andantino – Vivace

Andrei Gavrilov, piano

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FLAC |164 MB

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MP3 | 320 KBPS | 124 MB

Este incrível artista novamente teve problemas e sua carreira se abateu com isso. No entanto, para entender um pouco este difícil processo é preciso mais do que o espaço desta postagem e você pode começar com esta reportagem-entrevista aqui.

Apesar disto, você pode ouvir este ótimo disco e crer que Gavrilov, de alguma maneira, superou consideravelmente suas dificuldades. Veja aqui a sua página e aqui seu próprio blog.

Aproveite!

René Denon

Sergei Prokofiev (1891 – 1953): Sinfonias Nº 1 “Clássica” e 5

De todas as sinfonias que conheço, a 5ª de Prokofiev tem um dos adagios mais bonitos e profundos, mais ainda na interpretação lenta e cuidadosa de Celibidache e Filarmônica de Munique. Procurem no Youtube a entrevista “Celibidache on his Philosophy of Music”, em que ele explica seus conceitos sobre o andamento, que deve permitir ao ouvinte perceber todos os elementos da partitura. Quanto mais complexidade, mais o andamento deve ser lento, diz ele. Deixo vocês com o texto de nosso patriarca P.Q.P., de 2007, quando o Youtube engatinhava e o Orkut reinava.

Alguma limitação me faz confundir as sinfonias de Prokofiev. Boto para tocar a quinta, esperando ouvir a sétima; ambas são excelentes, mas chego a pensar no Sr. Alzheimer quando as confundo.

A Clássica é uma Sinfonia de Haydn composta por Prokofiev. É merecidamente famosa, irresistivelmente melodiosa e está no repertório de qualquer boa orquestra. A Quinta é bem mais séria e diz a lenda que foi bem recebida pelo regime soviético. É estranho, pois mesmo com a habitual grandiosidade das interpretações de Celibidache – ouçam aqui! – , ela permanece emitindo para mim enorme quantidade de bom humor e um heroísmo não todo destituído de ironia. Gosto muito dela.

P.Q.P. Bach.

Sergei Prokofiev (1891 – 1953) – Sinfonias Nº 1 “Clássica” e 5
1. Symphonie N°1 En Ré Majeur “Classique”, Opus 25 : Allegro
2. Symphonie N°1 En Ré Majeur “Classique”, Opus 25 : Larghetto
3. Symphonie N°1 En Ré Majeur “Classique”, Opus 25 : Gavotta
4. Symphonie N°1 En Ré Majeur “Classique”, Opus 25 : Finale, Molto Vivace
5. Applaudissements

6. Symphonie N°5 En Si Bémol Majeur, Opus 100 : Andante
7. Symphonie N°5 En Si Bémol Majeur, Opus 100 : Allegro Marcato
8. Symphonie N°5 En Si Bémol Majeur, Opus 100 : Adagio
9. Symphonie N°5 En Si Bémol Majeur, Opus 100 : Allegro Giocoso
10. Applaudissements

Munich Philharmonic Orchestra – Sergiu Celibidache

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Prokofiev pensando em ritmo de relógio

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Yuja Wang e Khatia Buniatishvili são livres para se vestirem como quiserem. É justo. Mas boa parte do público as conhecem mais através das pernas de uma e dos seios e costas da outra do que por suas qualidades musicais. É injusto. Wang é efetivamente uma tremenda pianista, mas creio que o mesmo não se possa dizer de Buniatishvili, uma instrumentista que aposta apenas na emoção. Para comprovar o que digo, este CD da DG venceu vários prêmios de melhor disco erudito solo de 2019. Isto é, Wang merece ser ouvida. O Ligeti e o Prokofiev dela são sensacionais. Já Rachmaninov e Scriabin são compositores tão estranhos a meu gosto que não vou falar. A 8ª Sonata de Prokofiev é notavelmente interpretada. Como Sviatoslav Richter, ela consegue integrar o poder e o lirismo que caracterizam os longos movimentos externos. Ao manter o Andante sognando estável, elegante e discreto, os toques expressivos de Wang tornam-se ainda mais significativos. Dos três Estudos de Ligeti, o Vertige é o melhor, e raramente soou tão suave e transparente.

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
1.Prelude in G Minor, Op. 23, No. 5 3:53
Études-Tableaux, Op. 39
2.No. 1 in C Minor 3:25
Études-Tableaux, Op. 33
3.No. 3 in C Minor 4:15
4.Prelude in B Minor, Op. 32, No. 105:32

Alexander Scriabin (1872 – 1915)
5.Piano Sonata No. 10, Op. 70 11:44

György Ligeti (1923 – 2006)
Études pour piano
6.No. 3 “Touches bloquées” 1:53
Études pour piano
7.No. 9 “Vertige” 2:39
Études pour piano
8.No. 1 “Désordre” 2:35

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)
Piano Sonata No. 8 in B-Flat Major, Op. 84
9.1. Andante dolce 13:49
10.2. Andante sognando 4:39
11.3. Vivace 10:46

Yuja Wang, piano

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Yuja Wang: excelente pianista que aposta no seu par de pernas

PQP

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vi Sebastian Bohren em ação no Piano Salon Christophori, em Berlim. (Como se pode descrever este lugar? O Piano Salon Christophori é uma espécie de garagem, na verdade uma ex-fábrica de pianos. Imagine uma garagem semi-abandonada, imagine que ela seja utilizada como sala de concertos e centro cultural, decorada com parte de pianos penduradas nas paredes, quadros, cadeiras, velhos sofás e lustres pendurados por correntes. E que tenha uma bela acústica. É mais ou menos isso). Bem, foi uma apresentação impressionante de Bohren. Trata-se de um extraordinário violinista de habilidade, musicalidade e sonoridade espetaculares. Esta versão da sonata para violino solo, orquestra de cordas e percussão foi uma iniciativa dele. A transcrição do Op. 80 de Prokofiev foi encomendada a Andrei Pushkarev, percussionista da “Kremerata Baltica” de Gidon Kremer, um arranjador talentoso cujos arranjos podem ser encontrados no repertório de inúmeros músicos. Esta Sonata é absolutamente esplêndida, ficando entre o sublime, a tristeza e o agressivo. Ela foi escrita entre 1938 e 1946 e completada dois anos após a Sonata para Violino Nº 2. É uma das obras mais sombrias do compositor e Prokofiev recebeu o prêmio Stalin de 1947 por ela. O disco é, sim, imperdível.

Violin Sonata No. 1 in F Minor, Op 80 (Sonata for Violin, Percussion and String Orchestra (Live)
I. Andante assai (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:10
II. Allegro brusco (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:12
III. Andante (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:45
4 IV. Allegrissimo (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:57

Sebastian Bohren
Georgian Chamber Orchestra

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O excelente Sebastian Bohren

PQP

Debussy / Ravel / Prokofiev: Peças para Flauta e Piano – Emmanuel Pahud & Stephen Kovacevich

Debussy / Ravel / Prokofiev: Peças para Flauta e Piano – Emmanuel Pahud & Stephen Kovacevich

Debussy: Syrinx – Bilitis – La plus que lente

 

Ravel: Chanssons madécasses

 

Prokofiev: Sonata para Flauta e Piano

Os discos e a música sempre me levam a lugares inusitados, diferentes e especiais. Esta postagem levou-me à Ilha da Reunião, antiga Ilha de Bourbon, no Oceano Índico, a leste de Madagascar.

O disco reúne três compositores e basicamente música para flauta e piano. E que intérpretes temos aqui. Emmanuel Pahud é o principal flautista da Filarmônica de Berlim e Stephen Kovacevich é um dos melhores pianistas de sua geração. Eles tocam peças de Debussy e a lindíssima sonata para flauta e piano de Prokofiev, postada aqui um dia destes. O programa começa com Debussy, abrindo com uma peça para flauta solo, Syrinx, de pouco mais de três minutos. Em seguida uma transcrição para flauta e piano da música das Chansons de Bilitis, feita por Karl Lenski. Para fechar a parte dedicada a Debussy, uma peça para piano solo, La plus que lente, interpretada magistralmente por Kovacevich, balanceando assim a distribuição dos trabalhos.

A Sonata de Prokofiev fecha o disco e estas duas partes do programa ladeiam um ciclo de canções composto por Maurice Ravel. Pois é neste núcleo do disco que temos a nossa viagem. Para esta parte do programa, juntam-se aos dois solistas a mezzo-soprano Katarina Kernéus e o violoncelista Truls Mørk. O ciclo é intitulado Chanssons madécasses (Canções de Madagascar) e é formado por três canções. E aí o programa fica bem interessante.

Liz Coolidge

O ciclo foi encomendado a Ravel por uma patrocinadora das artes, a americana Elizabeth Sprague Coolidge (Liz Coolidge), a quem é dedicado. Promotora especialmente de música de câmera, ela comissionou obras de vários compositores contemporâneos, e deixou a escolha do texto com Ravel.  Ela pediu que, se possível, flauta e violoncelo fossem acrescentados ao acompanhamento de piano. Ravel estava lendo um livro de Evariste-Désiré de Parny e escolheu três de seus poemas para o ciclo. Esses poemas de Parny são os primeiros poemas franceses escritos em prosa. (Para a integral desses poemas, clique aqui). O autor, que nasceu na tal Ilha de Bourbon, afirma que os poemas são traduções para o francês de canções líricas que coletou em suas viagens por Madagascar. Mas tudo é muito poético. De fato as viagens assim como as canções são fruto da imaginação e da inventividade do Parny. Figura fascinante, Evariste-Désiré de Parny merece maior investigação. Ravel produziu um ciclo de canções que se diferencia de qualquer uma de suas obras de câmera ou vocal, tanto pelo conteúdo provocante do texto quanto pela natureza emocional e dramática da música. Uma análise detalhada do ciclo pode ser encontrada aqui. Os poemas em prosa de Parny têm um apelo exótico e erótico, além de trazerem um interessante sentimento anti-colonialista. Tudo arranjado pelo compositor francês a pedido da mecenas americana. Ah, a cultura…

As peças resultantes das Chanssons de Bilitis, adaptadas para flauta e piano por Karl Lenski, também tem um que de sensualidade que torna o disco muito, muito bonito. E ainda mais, para fechar o pacote, a interpretação de um dos maiores flautistas da atualidade da belíssima sonata de Prokofiev. Portanto, não demore, baixe logo o disco….

Claude Debussy (1862-1918)

1. Syrinx (La flûte de Pan)

Billitis (Ed. Karl Lenski)
2. Pour invoquer Pan, dieu du vent d’été
3. Pour un tombeau sans nom
4. Pour que la nuit soit propice
5. Pour la danseuse aux crotales
6. Pur l’égyptienne
7. Pour remercier la pluie au matin
8. La plus que lente

Maurice Ravel (1875-1937)

Chansons madécasses
9. Nahandove
10. Aoua!
11. Is est doux de se coucher

Sergei Prokofiev (1891-1953)

Sonata para flauta e piano em ré maior, Op. 94
12. Moderato
13. Scherzo (allegretto scherzando)
14. Andante
15. Allegro con brio

Emmanuel Pahud, flauta (1-7, 9-15)
Stephen Kovacevich, piano (2-15)

Katarina Karnéus, mezzo-soprano (9-11)
Truls Mørk, violoncelo (9-11)
Gravado em 1999, Lyndhurst Hall, Air Studios, Londres
Produção: Stephen Hohns

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Evariste de Parny

 

Aproveite!

René Denon

Música para Flauta e Piano: Sharon Bezaly, flauta & Ronald Brautigam, piano

Música para Flauta e Piano: Sharon Bezaly, flauta & Ronald Brautigam, piano

PRoKoFieV

SCHuBeRT

DuTiLLeuX

JoLiVeT

 

Este disco foi uma agradável surpresa. Eu estava preparando uma postagem das sonatas para violino de Prokofiev e descobri que a segunda delas era uma versão para violino e piano de uma sonata originalmente escrita para flauta e piano. Daí para este álbum foi um pulo, uma vez que Ronald Brautigam é um excelente pianista e o selo BIS é ótimo. Eu não conhecia a solista Sharon Bezaly, mas ela me conquistou desde a primeira nota.

Para valorizar tão lindo álbum, aqui vai alguma informação sobre as peças.

A composição da Sonata para flauta e piano ocorreu em um momento no qual Prokofiev estava preocupado com clareza de estilo, buscando adequar sua maneira de compor aos ideais do realismo soviético. A sonata surgiu de uma comissão feita pelo Comitê de Assunto Artísticos da URSS. Prokofiev estava morando no Cazaquistão, trabalhando com Sergei Eisenstein, compondo música para Ivan, o Terrível. Em uma carta para Nikolai Miaskovsky, ele menciona que a comissão não viera exatamente em um momento oportuno, mas era agradável. Em sua autobiografia menciona ter desejado escrever uma sonata em um estilo delicado, clássico e fluente. Isto ele certamente conseguiu. Para saber mais sobre esta peça, veja esta dissertação aqui.

David Oistrakh insistiu na adaptação da sonata para violino e piano, realmente acreditando que ela teria mais sucesso nesta forma. Prokofiev concordou e você pode conferir o resultado aqui. No entanto, a versão para flauta também é sensacional, como este álbum pode provar. Prometo que esta não será a única postagem desta linda peça.

Após terminar o Die Schöne Müllerin em novembro de 1823, Schubert escolheu a melodia do seu 18º Lied, Trockne Blumen (Flores Secas) para escrever uma série de variações para flauta e piano. Aparentemente a motivação era apenas usar novamente a linda melodia, apesar de que Schubert certamente tinha flautistas entre seus amigos. A peça consiste de uma introdução e sete variações, sendo a última delas um tour-de-force, cheia de virtuosismo. A peça ficou inédita durante o tempo de vida de Schubert e não há certeza se chegou a ser executada. Após sua publicação em 1850, tornou-se muito popular entre os flautistas. Nesta gravação você pode conferir o porquê.

Mais de um século separa a composição da obra de Schubert da sonata de Prokofiev. Já as duas peças restantes são exatas contemporâneas da sonata. Dutilleux compôs sua Sonatina como uma peça para competições de flautas no Conservatório de Paris, em 1943, entre outras que foram comissionadas por Claude Delvincourt, então o diretor. Dutilleux era bastante crítico destas peças, mas a Sonatine caiu no agrado dos flautistas e amantes do instrumento. Com uma interpretação como esta, é fácil entender.

Assim como no caso de Dutilleux, Jolivet escreveu seu Chant de Linos para as competições do Conservatório de Paris, mas a peça caiu nas graças de Pierre Rampal. A inspiração para esta obra vem de um antigo mito grego. Gritos e danças são formas de expressão que pontuam esta linda e inovadora peça. Sharon Belazy realça a sua beleza com uma incrível interpretação. Fica claro por que não se tornou apenas um exercício acadêmico e hoje faz parte do repertório dos grandes intérpretes.

Sergei Prokofiev (1891-1953)

Sonata para flauta e piano em ré maior, Op. 94

  1. Moderato
  2. Scherzo
  3. Andante
  4. Allegro con brio

Franz Schubert (1797-1828)

  1. a 13. Variações em mi menor sobre o Lied Trockne Blumen, D. 802

Henri Dutilleux (1916-2013)

Sonatina

  1. Allegretto – Andantino – Animé

André Jolivet (1905-1974)

  1. Chant de Linos

Sharon Bezaly, flauta

Ronald Brautigam, piano

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Um disco para quem quer levar a vida na flauta!

René Denon

Sergey Rachmaninov (1873) – Piano Concerto nº3, Sergey Prokofiev (1891-1953) – Piano Concerto nº3 – Pletnev, Rostropovich, RSO

Temos neste CD um maravilhoso repertório, interpretado por um dos grandes pianistas que surgiram na Rússia na segunda metade do Século XX, Mikhail Pletnev, acompanhado por um dos maiores músicos do século XX, o maior violoncelista de todos os tempos, que nos últimos anos de vida deixou um pouco de lado a vida de solista para se dedicar a vida de maestro, Mistslav Rostropovich.

E com relação ao repertório, bem, a semelhança entre as obras fica apenas na semelhança entre os primeiros nomes de seus compositores, Sergey.  Temos aqui dois momentos cruciais da música para piano do século XX, dois dos maiores concertos já compostos para este instrumento. O romantismo tardio de Sergey Rachmaninov irrita alguns até hoje, enquanto que a arte revolucionária do outro Sergey, o Prokofiev, bem, este também perturba, mas por outros motivos, e eu diria que mais encanta que irrita.

Mikhail Pletnev esbanja talento aqui. Provavelmente para mostrar ao velho maestro que a Rússia continua produzindo grandes pianistas, seguindo a tradição de seus velhos amigos já falecidos, Emil Gilels e Sviatoslav Richter, entre outros.

Curiosamente, temos aqui um Rach 3 mais contido, não tão intenso, mais ‘frio’, talvez devido ao fato de todos os envolvidos serem russos. Mas não podemos esquecer o quão intensos e emotivos os russos podem ser.  Em matéria de explosão nossa amada Martha Argerich tocou o terror quando gravou esse concerto com o Chailly, em priscas eras. Pletnev não é Martha, nem precisa ser, ele é Mikhail Pletnev, um dos maiores pianistas de sua geração, e que, assim como o velho maestro que o acompanha neste CD, também vem se dedicando à regência nos últimos anos, frente a esta mesma Orquestra Nacional Russa, criada por ele mesmo.

01 Piano Concerto No. 3 in D minor, Op. 30 1. Allegro ma non tanto
02 Piano Concerto No. 3 in D minor, Op. 30 2. Intermezzo. Adagio – attacca
03 Piano Concerto No. 3 in D minor, Op. 30 3. Finale. Alla breve
04 Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26 1. Andante – Allegro
05 Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26 2. Tema. Andantino –
06 Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26 3. Allegro ma non troppo

Mikhail Pletnev – Piano
Russian National Orchestra
Mistslav Rostropovich – Conductor

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Serguei Prokofiev (1891-1953): Integral dos Concertos para Piano – Michel Béroff – Gewandhausorchester, Leipzig – Kurt Masur

Serguei Prokofiev (1891-1953): Integral dos Concertos para Piano – Michel Béroff – Gewandhausorchester, Leipzig – Kurt Masur

 

Prokofiev

Concertos para Piano

O primeiro concerto para piano de Prokofiev que conheci foi o No. 3, numa gravação cujo solista era Vladimir Ashkenazy, acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Londres, regida por André Previn. Completava o disco o Concerto No. 3 de Bartók, com Ashkenazy agora acompanhado pela Orquestra Filarmônica de Londres, regida por Georg Solti. Confesso que comprei o disco pela capa: Os Cossacos, de Wassily Kandisky! As duas gravações desse álbum fazem parte das integrais de Concerto para Piano dos dois compositores, gravadas pelo Ashkenazy.

Cossacks 1910-1 – Wassily Kandinsky

Descobri depois, os dois concertos têm em comum apenas a numeração. De qualquer forma, apaixonei-me por eles. Enquanto o concerto de Bartók foi o último a ser composto, deixado quase inacabado, com o compositor pensando em como deixar pão na mesa da esposa, Prokofiev ainda comporia mais dois concertos e, ao compor o terceiro concerto, estava ainda bem no início de sua carreira.

Prokofiev

Mas o compositor desta postagem é o Serge Prokofiev e o seu Concerto No. 3 continua sendo meu preferido, mesmo que o Concerto No. 3 de Bartók tenha o mais sublime de todos os movimentos lentos, um Adagio religioso, baseado no “Heiliger Dankgesang”, terceiro movimento do Quarteto de cordas Op. 132, de Beethoven. Assim, passei a me interessar pela obra para piano e orquestra de Prokofiev. Nesta postagem temos os cinco concertos para piano em uma excelente gravação.

Michel Béroff é o solista, exibindo uma técnica imaculada e um excelente bom gosto nas escolhas feitas em sua interpretação. Mas para que uma integral dos cinco concertos possa ser considerada uma das melhores disponíveis, é preciso contar com a colaboração músical e técnica da orquestra e de sua regência. Pois temos isto de sobra na Orquestra do Gewandhaus de Leipzig com o regente Kurt Masur.

O primeiro concerto foi composto em 1911, quando Prokofiev ainda era estudante. É uma obra impetuosa e brilhante e Prokofiev ganhou o Prêmio Anton Rubinstein, a Batalha dos Pianos, do Conservatório de São Petersburgo, apresentando-se como o solista deste seu concerto em 18 de maio de 1914.

O Concerto No. 2 foi composto em 1912-13, mas sua partitura foi destruída em um incêndio durante a Revolução Russa. Prokofiev reescreveu o concerto em 1923, após haver terminado o terceiro concerto. A orquestração foi tão alterada que ele chegou a dizer que este seria seu ‘quarto’ concerto. Nesta nova forma, o concerto foi estreado em Paris, em 8 de maio de 1924, tendo o compositor como solista e a orquestra sob a regência de Serge Koussevitzky. O concerto começa de mansinho, com o piano surgindo logo no início, após uma curtíssima introdução nas cordas. Mas essa introdução misteriosa leva ao mais longo dos concertos e o que mais demandas faz do solista, que dirá dos ouvintes.

Eu considero o terceiro concerto um dos mais lindos escrito para piano e orquestra no século XX. Acho que o concerto apresenta combinação espetacular de inovação, de técnica, de lindas melodias, tudo na proporção exata, fazendo do concerto uma obra prima. Acho a sua abertura, com seu solo de clarinete, um golpe de gênio, realmente espetacular!

O quarto e o quinto concertos foram compostos no início da década de trinta. O quarto é para mão esquerda e assim como o concerto de Ravel, foi comissionado pelo pianista Paul Wittgenstein, que nunca o tocou, por considerar que nunca o entendera. Paul Wittgenstein perdera o braço direito durante a Primeira Grande Guerra e comissionara concertos para a mão esquerda a diversos compositores. Apesar de ter recusado o concerto, Paul e Prokofiev permaneceram em bons termos. O concerto tem a estrutura de quatro movimentos, com o primeiro e último mais curtos, servindo como moldura para os dois mais longos e contrastantes movimentos centrais: um refletivo andante e um sarcástico movimento central.

O quinto concerto surgiu da vontade de Prokofiev de novamente compor um concerto para piano a duas mãos. Inicialmente planejado para ser uma peça mais simples para piano e orquestra, a medida que a composição prosseguia foi ganhando definitivamente o estatus de concerto e incluído na lista como o quinto. Novamente uma estrutura inovadora, com cinco movimentos. Apenas um movimento mais lento, todos os outros apresentam andamentos mais rápidos e característica virtuosística na escrita para o piano. Como um todo a peça tem um caráter exaltado, terminando a série de maneira vociferante.

Neste álbum, os concertos estão acompanhado de dois simpaticíssimos complementos: Abertura sobre Temas Judaicos e Visões Fugitivas. A primeira peça é escrita para clarinete, quarteto de cordas e piano. Foi comissionada ao compositor em 1918, quando ele estava em Chicago. O pedido veio dos membros de um conjunto de músicos chamado Zimro Ensemble, que também estava por lá.

As Visions fugitives é um conjunto de vinte peças curtas para piano, verdadeiras vinhetas musicais. O título é proveniente de um verso de um poema escrito por Konstantin Balmont logo após uma interpretação das peças pelo compositor, na casa de um amigo em comum.

“Em todas visões fugazes eu vejo mundos

repletos de caprichosos jogos de arcos-iris”

É claro, o poeta escreveu em russo, mas uma amiga fluente em francês presente no momento, batizou a obra – Visions fugitives.

Em fim, considerando separadamente, há versões dos concertos das quais eu nunca me separaria, especialmente os de numeração ímpares. Evgeny Kissin (o jovem, com Abbado) nos concertos 1 e 3, a infadigável Martha Argerich no concerto No. 3, novamente com Abbado, a gravação do Concerto No. 5 com o bruxo Sviatoslav Richter, para não dizer que não dei nomes. De qualquer forma, estas gravações dos cinco concertos, com Beróff e Masur, passam no meu teste supremo para excelentes gravações: se fossem as únicas gravações dessas obras que eu tivesse conhecido, ainda assim me dariam a certeza absoluta de estar diante de obras primas, e são gravações às quais retornarei vez e mais vez, para apreciar e me deleitar.

Sergei Prokofiev (1891-1953)

Disco 1

[1-3] – Concerto para piano No. 1 em ré bemol maior, Op. 10
[4-7] – Concerto para piano No. 2 em sol menor, Op. 16
[8-10] – Concerto para piano No. 3 em dó maior, Op. 26
Michel Béroff, piano
Leipzig Gewandhaus Orchestra
Kurt Masur
Gravação: Versöhnungs-Kirche, Leipzig, 1974

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Disco 2

[1-4] – Concerto para piano (para a mão esquerda) No. 4 em si bemol maior, Op. 53
[5-9] – Concerto para piano No. 5 em sol maior, Op. 55
Michel Béroff, piano
Leipzig Gewandhaus Orchestra
Kurt Masur
Gravação: Versöhnungs-Kirche, Leipzig, 1974
[10] – Abertura sobre temas hebreus, em dó menor, op. 34
Michel Portal, clarinete, Michel Béroff, piano
Parrenin String Quartet
[11-30] – Visions fugitives para piano, Op. 22
Michel Béroff, piano

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Sugestão: Use pause no seu sistema de som, entre os concertos, para dar alguns segundos a mais, na transição de um para outro. Isso seria interessante especialmente na transição do primeiro para o segundo concerto, no primeiro disco do álbum. Veja, apenas uma sugestão!

Estas gravações são de 1974, mas merecem ser divulgadas e apreciadas. Longe de serem da liga jurássica, merecem outra qualificação:

Aproveite!

René Denon

Serguei Prokofiev (1891-1953): Sinfonia Nº 5 & Suíte Cita

Serguei Prokofiev (1891-1953): Sinfonia Nº 5 & Suíte Cita

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A Sinfonia Nº 5 de Prokofiev simplesmente não tem pontos fracos. É linda de cabo a rabo. Das sete sinfonias que escreveu, a Primeira e a Quinta são as mais populares em seu país e no estrangeiro. A Quinta, composta em 1944, foi estreada em Moscou a 13 de janeiro de 1945, sob a regência do próprio compositor. O compositor parecia olhar para o passado e para tudo o que acontecera. Prokofiev retornara ao momento anterior do exílio de dezessete anos e revivera seu passado como artista e como homem. Mesmo tolhido artisticamente, viu que era preciso voltar à música de sua Rússia. A Quinta Sinfonia foi escrita quinze anos após a Quarta e dez anos após o reingresso de Prokofiev na URSS. Nesse hiato, o compositor viu seu estilo de composição sofrer uma transformação considerável. Aqui, ele volta a buscar inspiração na força melódica autêntica do seu país: “o ar forasteiro não combina com a minha inspiração, porque eu sou russo e a coisa pior para um homem como eu é viver no exílio. Devo voltar. Devo ouvir ressoar em meus ouvidos a língua russa, devo falar com as pessoas, a fim de que possa restituir-me o que me falta: os seus cantos, os meus cantos.”

Sobre a Quinta Sinfonia, ele disse: “esta música amadureceu dentro de mim, encheu minha alma” […] “não posso dizer que escolhi estes temas, eles nascem em mim e devem se expressar”. A volta ao país natal se desdobrou no retorno às raízes musicais de sua juventude, na qual demonstrara amar profundamente a música de Haydn. A simplicidade e inocência das composições de Haydn eram vistas por Prokofiev como exemplo de clareza e sofisticação. O regresso à natureza neoclássica da Primeira Sinfonia deveu-se mais ao renascimento em si do espírito haydniano que propriamente pela censura impingida à sua música pelo Comitê Central do Partido Comunista. Ao compor nos moldes do “realismo socialista”, Prokofiev inaugurou uma fase chamada por ele de “nova simplicidade”.

Nas palavras do compositor: uma “linguagem musical que possa ser compreendida e amada por meu povo”. Simples, sem ser simplista, ele fez sua música retornar ao predomínio do elemento melódico, à transparência na orquestração e à nitidez da forma, de acordo com as normas clássicas. Se os movimentos lentos I e III – Andante e Adagio – se vestem de uma ternura elegíaca e de introspecção, os allegros II e IV, um scherzo e um finale refletem o puro humor advindo de Haydn. Desse contraste, sem dores nem tristezas, nasceu uma das obras mais célebres da música soviética, definida pelo compositor como o “canto ao homem livre e feliz, à sua força, à sua generosidade e à pureza de sua alma”.

A Suíte Cita fala de Alá e Lolli. Trata-se de uma história do antigo povo cita, popularmente associado, na Rússia da época, à selvageria e à violência. É essa associação que Prokofiev explora musicalmente em seu balé através da acumulação de dissonâncias, do uso insistente de ostinato e do recurso a longas passagens em fortíssimo, intensificadas pela grandiosidade da orquestração.

Fonte: aqui.

Symphony No. 5 in B flat major, Op 100 (1944) (44:24)
1 I. Andante 13:56
2 II. Allegro marcato 8:46
3 III. Adagio 12:44
4 IV. Allegro giocoso 9:08

Scythian Suite from Ala and Lolly, Op. 20 (1916) (22:59)
5 I. Adoration of Veless and Ala. Allegro feroce 7:02
6 II. The Enemy of God and the Dance of the Spirits. Allegro sostenuto 3:14
7 III. Night. Andantino 6:43
8 IV. Lolly’s Departure and the Sun’s Procession. Tempestoso 6:00

Deutsches Symphonie-Orchester Berlin
Tugan Sokhiev

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Prokofiev na cama com o compositor Nicolas Nabokov. Não, nada de sexo, just friends.

PQP

S. Prokofiev (1891-1953): Romeu e Julieta – Sonata para Piano No. 2 – Elena Kuschnerova, piano

S. Prokofiev (1891-1953): Romeu e Julieta – Sonata para Piano No. 2 – Elena Kuschnerova, piano

Um disco quase todo russo!

 

Eu tenho uma enorme predileção por música ao piano. Adoro CDs com piano solo. Quando ouvi rumores de uma pianista russa que migrara para a Alemanha e era tudo menos convencional, saí logo à caça.

O primeiro CD dela que ouvi foi de música de Bach. Disco excepcional, já está escalado para futura postagem. Mas, olhando o rol de minhas postagens, achei que estava faltando um certo tempero russo, algo assim ovas de esturjão e vodcas. Como o pessoal do blog vetou o disco da orquestra de balalaicas, escalei o disco de Prokofiev, música para piano, interpretada pela Elena Kuschnerova. Sergei Prokofiev compôs um dos melhores concertos para piano do Século XX e é um bamba do teclado. Ainda tenho que explorar parte de sua obra, mas adoro três de seus cinco concertos para piano e a tal cantata com música do filme do Eisenstein. A Sinfonia Clássica nem conta, todo mundo gosta. Veja mais informações sobre ele neste site.

Prokofiev

Este disco traz dez peças que Prokofiev transcreveu para piano a partir de movimentos do seu justamente famoso balé Romeu e Julieta.

Este balé, assim como a música para o filme Alexander Nevsky, foram compostos em 1935 e 1938, respectivamente quando a política em vigor na Rússia exigia maior comunicação dos artistas com o público. Prokofiev agiu com atenção a esta orientação sem, no entanto, deixar de produzir obras primas.

Estas dez faixas, na minha opinião, valem o disco. Recriar ao piano o universo sonoro de tão sofisticada orquestra é para poucos. Mas, esqueça a orquestra, mergulhe neste ambiente sonoro de piano e aproveite uma delícia após a outra.

Prokofiev compôs nove sonatas para piano e aqui temos a segunda delas, composta em 1912, antes da Revolução, quando Prokofiev ainda era um talentoso jovem de 21 anos. A sonata tem quatro movimentos, apesar de bastante compacta. Nestes movimentos já se apresentam algumas das linhas básicas criação artística do compositor e são muito contrastantes. Por exemplo, o segundo movimento lembra uma tocata e segue a linha chamada cinética. Para maiores detalhes sobre os demais movimentos da sonata, você pode consultar aqui.

A última faixa do disco funciona assim como um bis, um encore. É uma marcha com menos de dois minutos que originalmente pertence à ópera O Amor das Três Laranjas, composta em 1921 e apresentada pela primeira vez em Chicago, sob a direção do próprio Prokofiev.

Elena Kuschnerova

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)

Romeu e Julieta – Dez Peças para Piano, Op. 75 (1937)

  1. Dança folclórica. Allegro giocoso
  2. Allegretto
  3. Assai moderato
  4. A jovem Julieta. Vivace
  5. Máscaras. Andante marciale
  6. Os Montecchios e os Capuletos. Allegro pesante
  7. Frei Lourenço. Andante expressivo
  8. Allegro giocoso
  9. Dança das jovens com lírios. Andante com eleganza
  10. Romeu e Julieta, antes da partida. Lento

Sonata para Piano No. 2 em ré menor, Op. 14 (1912)

  1. Allegro, ma non tropo
  2. Allegro marcato
  3. Andante
  4. Vivace

Da Ópera O Amor das Três Laranjas, Op. 33 (1919)

  1. Marcha (transcrição para piano) (1922)

Elena Kuschnerova, piano

Gravação de 1966

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Elena

Sobre a pianista Elena Kuschnerova, o crítico de música para o The New York Times, Harold Schonberg disse: A pianist who grabs the imagination.

Ouçam o disco e me digam depois!

René Denon

Stravinsky (1882-1971): Petruschka / Prokofiev (1891-1953): Sonata Nº 7 / Webern (1883-1945): Variações / Boulez (1925-2016): Segunda Sonata

Stravinsky (1882-1971): Petruschka / Prokofiev (1891-1953): Sonata Nº 7 / Webern (1883-1945): Variações / Boulez (1925-2016): Segunda Sonata

O disco perfeito. Ou quase, não fora a presença de Webern… Mesmo assim, é um dos que levaria para a ilha deserta. Os três movimentos de Petruschka e a Sonata de Prokofiev foram gravados em 1971 e a notável Sonata de Boulez e as Variações de Webern são de 1976. Eram dois discos, viraram um CD. Um grande CD que é reeditado e reeditado pela DG, que o publicou nas Legendary Recordings da gravadora.

Meu Deus – e notem que sou ateu! – o que Pollini faz na Petruschka e nas Sonatas de Prokofiev e Boulez só pode ser explicado pelo diabo. Já na obrinha de Webern, o diabo tem mais é que explicar a existência destas variações… Porém, meu caro Pollini, eu te perdôo tudo neste mundo e tu podes até tocar toda a obrinha de menos de duas horas de Webern que eu não me importo.

Bom, vocês sabem que Pollini é meu pianista preferido. Não sou muito original nisto. Abaixo, duas notícias sobre ele.

Retirada daqui: Maurizio Pollini nasceu em 1942 em Milão e estudou piano com Carlo Lonati e Carlo Vidusso. Depois de vencer o Concurso Internacional Chopin de Varsóvia em 1960, percorreu uma destacada carreira internacional, apresentando-se nas mais importantes salas de concerto e festivais, colaborando com as mais prestigiadas orquestras e com maestros de renome, como Karl Böhm, Sergiu Celibidache, Herbert von Karajan, Claudio Abbado, Pierre Boulez, Riccardo Chailly, Zubin Mehta, Wolfgang Sawallisch, e Riccardo Muti, entre muitos outros.

Em 1987, após a interpretação dos concertos para piano de Beethoven, em Nova Iorque, Maurizio Pollini foi galardoado pela Orquestra Filarmónica de Viena com o prestigiado Ehrenring. Em 1996 recebeu o prémio Ernst-von-Siemens, em Munique, e em 1999 o prémio A Life for Music – Arthur Rubinstein, em Veneza. No ano 2000, foi distinguido com o prémio Arturo Benedetti Michelangeli, em Milão.

Em 1995, Maurizio Pollini abriu o festival que a cidade de Tóquio dedicou a Pierre Boulez. No mesmo ano e em 1999, organizou e interpretou os seus próprios ciclos de concertos e recitais no Festival de Salzburgo, seguindo-se o Carnegie Hall de Nova Iorque (em 1999-2000 e 2000-2001), a Cité de la Musique, em Paris, e Tóquio (ambos em 2002) e o Parco della Musica, em Roma (Março de 2003). Reflectindo o vasto leque das sua preferências musicais, a programação escolhida para estes eventos incluiu música orquestral e de câmara, abarcando compositores desde Gesualdo e Monteverdi até aos contemporâneos. No Verão de 2004, foi o «Artist Étoile» do Festival Internacional de Lucerna, dando um recital e concertos com orquestra sob a direcção de Claudio Abbado e Pierre Boulez.

O repertório de Maurizio Pollini estende-se de Johann Sebastian Bach até aos compositores contemporâneos (incluindo estreias de obras de Nono, Manzoni e Sciarrino) tendo, como componente central, o ciclo integral das sonatas de Beethoven, que o pianista apresentou em Berlim, Munique, Milão, Nova Iorque, Londres, Viena e Paris.

Maurizio Pollini gravou numerosos discos dedicados ao repertório clássico, romântico e contemporâneo. Neste último domínio, possui uma extensa discografia dedicada à obra pianística de Schönberg, Berg, Webern, Nono, Manzoni, Boulez e Stockhausen, que foi largamente aclamada pela crítica e que constitui um testemunho eloquente da grande paixão que o intérprete nutre pela música do século XX.

A recente gravação dos Nocturnos de Chopin foi também recebida com grande entusiasmo pelo público e pelos críticos: em 2007 ganhou um Grammy na categoria de «Melhor Interpretação solista». Em 2006 recebeu os prémios Echo (Alemanha), «Choc» da revista Le Monde de la Musique, e Diapason d’Or de l’Année (França).

Sua primeira gravação pela Deutsche Grammophon: “Três Movimentos de Petrushka” de Stravinsky e a Sonata nº 7 de Prokofiev, feita em 1971, é o início de uma notável discografia.

Pollini é artista de grande refinamento, de alto rigor técnico e extremamente intelectual. A música contemporânea tem sido parte do repertório de Pollini desde que este pianista começou a sua carreira de concertista internacional.

Arnold Schoenberg teve seu centenário de nascimento comemorado em 1974.No mesmo ano, em Londres, Pollini tocou a integral das obras para piano deste compositor. Berg, Webern, Pierre Boulez e até mesmo Stockhausen tem lugar no repertório deste pianista.

Em 1987, toca os cinco Concertos de Beethoven com a Orquestra Filarmônica de Viena, sob a regência de Claudio Abbado. Pollini apresenta o ciclo completo das 32 sonatas de Beethoven em 1993-94 em Berlim, Munique, Nova Iorque, Milão, Paris, Londres e Viena.

Em 2001, sua gravação das Variações Diabelli de Beethoven , ganha o prêmio ” Diapason d’or”.

Stravinsky (1882-1971): Petruschka / Prokofiev (1891-1953): Sonata Nº 7 / Webern (1883-1945): Variações / Boulez (1925-2016): Segunda Sonata

Igor Stravinsky (1882-1971) – Petruschka
1. Three movements ‘Petruschka’ – Danse russe. Allegro giusto 2:34
2. Three movements ‘Petruschka’ – Chez Pétrouchka 4:17
3. Three movements ‘Petruschka’ – La semaine grasse. Con Moto – Allegretto – Tempo giusto – Agitato 8:29

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Sonata Nro. 7
4. Piano Sonata No.7 in B flat, Op.83 – 1. Allegro inquieto – Andantino – Allegro inquieto – Andantino – Allegro inquieto 7:37
5. Piano Sonata No.7 in B flat, Op.83 – 2. Andante caloroso – Poco più animato – Più largamente – un poco agitato – Tempo I 6:12
6. Piano Sonata No.7 in B flat, Op.83 – 3. Precipitato 3:17

Anton Webern (1883-1945) – Variações
7. Piano Variations, Op.27 – 1. Sehr mässig 1:59
8. Piano Variations, Op.27 – 2. Sehr schnell 0:40
9. Piano Variations, Op.27 – 3. Ruhig, fliessend 3:29

Pierre Boulez (1925) – Segunda Sonata
10. Piano Sonata No.2 – 1. Extrèmement rapide 6:09
11. Piano Sonata No.2 – 2. Lent 11:04
12. Piano Sonata No.2 – 3. Modéré, presque vif 2:14
13. Piano Sonata No.2 – 4. Vif 10:12

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Pollini: o maior pianista da época dos registros gravados

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): Divertimento | Maurice Ravel (1875-1937): Sonata Nº 2 para Violino e Piano | Sergei Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino e Piano

Igor Stravinsky (1882-1971): Divertimento | Maurice Ravel (1875-1937): Sonata Nº 2 para Violino e Piano | Sergei Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino e Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Se o Divertimento de Stravinsky não é lá essas coisas, as Sonatas de Ravel e Prokofiev são das melhores coisas escritas para violino e piano no século XX.

O baixinho Ravel escreveu sua Sonata Nº 2 para Violino e Piano entre 1923 a 1927. Ele foi inspirado pela música norte-americana — leia-se jazz e blues. Acontece que a clássica banda de blues de W.C. Handy exibiu o estilo do blues de St. Louis em Paris. Ravel ouviu e foi enfeitiçado. Meu deus, ouçam a maravilha que é o movimento Blues desta Sonata. Elementos de jazz também podem ser encontrados no Concerto para a Mão Esquerda e outros trabalhos.

A notável Sonata Nº 2 para Violino e Piano, Op. 94a, de Prokofiev, foi baseada em sua irmã gêmea para Flauta e Piano (1942) e arranjada para violino em 1943, quando Prokofiev vivia em Perm, nos Montes Urais, um abrigo remoto para artistas soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial. Prokofiev transformou o trabalho em uma sonata de violino por sugestão de seu célebre amigo, o violinista David Oistrakh. Minha mulher, que é uma violinista russa, toca maravilhosamente bem esta obra-prima.

Igor Stravinsky (1882-1971): Divertimento | Maurice Ravel (1875-1937): Sonata Nº 2 para Violino e Piano | Sergei Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino e Piano

Stravinsky — Divertimento
1 Sinfonia 6:40
2 Danses Suisses 4:33
3 Scherzo 3:07
4 Pas De Deux: Adagio – Variation – Coda 6:14

Ravel — Sonata Nº 2 For Violin And Piano
5 Allegretto 8:24
6 Blues (Moderato) 5:11
7 Perpetuum mobile (Allegro) 3:48

Prokofiev — Sonata Nº 2, Op. 94a For Violin and Piano
8 Moderato 7:24
9 Scherzo (Presto) 4:41
10 Andante 3:19
11 Allegro Con Brio 7:13

Viktoria Mullova, violin
Bruno Canino, piano

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Conheço gente que roubaria e mataria por Mullova.

PQP

Sergey Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18, Sergey Prokofiev (1891-1953) Piano Concerto nº 2, in G Minor, op. 18 – Matsuev, Gergiev, Mariinsky Orchestra

Mais dois petardos, dois Concertos para Piano que não podem faltar em nenhuma CDteca, os segundos concertos para piano de Rach e de Prokofiev são muito diferentes entre si, porém igualmente complexos e de um nível de dificuldade único em suas características.
A nova geração de pianistas russos está muito bem representada aqui por Denis Matsuev, que já não é mais tão jovem assim, já que nasceu em 1975. E sua parceria com Valery Gergiev e a Orquestra do Teatro Mariinsky já nos trouxe diversas gravações de altíssimo nível de qualidade. Como diz nosso querido PQPBach quando músicos russos se reúnem para tocar compositores russos ninguém pode com eles.

01. Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 I. Moderato
02. Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 II. Adagio sostenuto
03. Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 III. Allegro scherzando
04. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 I. Andantino
05. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 II. Scherzo. Vivace
06. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 III. Intermezzo. Allegro moderato
07. Piano Concerto No. 2 in G Minor, Op. 16 IV. Finale. Allegro tempestoso

Denis Matsuev – Piano
Mariinsky Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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[Restaurado] Serguei Prokofiev – Sonate for Flute in D, op. 94, Cesar Franck – Sonata in A (transcribed for Flute) – Martha Argerich, James Galway

A maravilhosa Sonata para Flauta de Prokofiev (creio inclusive que seja a estreia desta obra aqui no PQPBach) abre este CD, que traz dois excepcionais músicos no apogeu de suas carreiras: o flautista James Galway e a pianista Martha Argerich. Eis um encontro que foi muito proveitoso, pena que, até onde sei, trata-se da única vez em que estes dois se reuniram em estúdio. E este CD é outro daqueles casos de esquecimento, eu tinha certeza de que já o haviam postado, porém nunca apareceu por aqui. Uma pena, os senhores nem imaginam o que estão perdendo.
James Galway foi um dos grandes nomes da Flauta no século XX, que, nem precisamos lembrar, foi recheado de gênios como Rampal e Nicolet. Ou seja, a concorrência era grande, apesar de Galway ser de uma outra geração, tendo inclusive sido aluno de Rampal. Mas aprendeu com os mestres. O que temos aqui é um músico completo, com pleno e total controle, sem medo de ousar. Lembrando que a peça de Prokofiev foi originalmente escrita para Flauta, enquanto que no caso da Sonata de Cesar Franck, o que ouvimos é a nossa velha conhecida daqui do PQPBach, a Sonata para Violino, que foi transcrita para Flauta.
Creio que nossa Martha Argerich dispensa apresentações. Ela já é da casa. Lembro de que esta gravação que ora vos trago foi realizada há mais de quarenta anos, 1975 para ser mais exato … e os dois músicos estão no apogeu de sua juventude, no calor da juventude, souberam aproveitar esta ‘chama’ para nos brindar com um disco que com certeza ganha o selo de qualidade ‘IM-PER-DÍ-VEL’ daqui do PQPBach.

1. Sonata for Flute and Piano in D Major, Op. 94 / I. Moderato – James Galway / Martha Argerich
2. Sonata for Flute and Piano in D Major, Op. 94 / II. Scherzo – James Galway / Martha Argerich
3. Sonata for Flute and Piano in D Major, Op. 94 / III. Andante – James Galway / Martha Argerich
4. Sonata for Flute and Piano in D Major, Op. 94 / IV. Allegro con brio – James Galway / Martha Argerich
5. Sonata for Violin and Piano in A Major, FWV 8 / I. Allegretto ben moderato – James Galway / Martha Argerich
6. Sonata for Violin and Piano in A Major, FWV 8 / II. Allegro – James Galway / Martha Argerich
7. Sonata for Violin and Piano in A Major, FWV 8 / III. Recitativo fantasia – James Galway / Martha Argerich
8. Sonata for Violin and Piano in A Major, FWV 8 / IV. Allegretto poco mosso – James Galway / Martha Argerich

James Galway – Flute
Martha Argerich – Piano

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[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

Serguei Prokofiev – Sinfonias 5 & 7 – Klaus Tenstedt, SOBR

Problemas técnicos tem deixado minha internet instável, por isso tenho realizado minhas postagens meio que apenas de vez em quando. Acho que vai demorar mais alguns dias para o problema ser resolvido.

Klaus Tenstedt foi um dos grandes maestros alemães do final do século XX e encara neste CD aqui duas obras primas de Prokofiev, as sinfonias de nº 5 e 7, frente à poderosa Orquestra da Rádio Bávara. Pesquisei  e descobri que este CD está esgotado, é difícil de encontrar. Então resolvi trazer para os senhores um grande maestro, frente a uma orquestra espetacular e interpretando compositor genial … é um CD para se apreciar com calma, tranquilidade, afinal, trata-se de Prokofiev, e sabemos que ele não é compositor fácil.
Espero que apreciem.

Serguei Prokofiev – Sinfonias 5 & 7 – Klaus Tenstedt, SOBR

1.01. Symphony No. 5 in B-Flat Major, Op. 100 I. Andante
1.02. Symphony No. 5 in B-Flat Major, Op. 100 II. Allegro marcato
1.03. Symphony No. 5 in B-Flat Major, Op. 100 III. Adagio
1.04. Symphony No. 5 in B-Flat Major, Op. 100 IV. Allegro giocoso
1.05. Symphony No. 7 in C-Sharp Minor, Op. 131 I. Moderato
1.06. Symphony No. 7 in C-Sharp Minor, Op. 131 II. Allegretto
1.07. Symphony No. 7 in C-Sharp Minor, Op. 131 III. Andante espressivo
1.08. Symphony No. 7 in C-Sharp Minor, Op. 131 IV. Vivace

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Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunk
Klaus Tenstedt – Conductor

 

 

Serguei Prokofiev (1891-1953): Alexander Nevsky / Suíte Cita

Serguei Prokofiev (1891-1953): Alexander Nevsky / Suíte Cita

Um disco nada sutil, um disco de guerra e luta, mas bom demais.

As partituras “bárbaras”.

A esplêndida cantata Alexander Nevsky foi composta por Prokofiev para o filme homônimo de Sergei Eisenstein. São duas obras grandiosas, o filme e a música. Esta foi uma curiosa parceria entre o compositor e o cineasta. Prokofiev ia todas as noites à casa do diretor assistir às tomadas e/ou corrigia mais um trecho. Coisa de gênios.

A sinopse do filme é a seguinte: Em 1242, a Rússia sofria constantes invasões pelos cavaleiros mongóis, o príncipe-pescador Alexander Nevsky (Nicolay Cherkassov) soube da invasão pelos teutônicos ao país. O povo se mobiliza e o escolhe seu comandante. Apesar da maioria das vitórias serem teutônicas, quando estes dominavam a cidade Pskov, são batidos por Nevsky na Batalha do Gelo. Paralelamente a este cenário em 1938, a Rússia estava na eminência de ser atacada por Hitler, situação que espelha o ocorrido em 1242. Ironicamente, o filme foi tirado de circulação quando da assinatura do pacto Germânico-soviético em 1938.

E aqui temos mais: é um filme acerca de um príncipe russo do séc. XIII e do sucesso das suas batalhas contra as hordas invasoras de alemãs. Este monumental épico marca um dramático afastamento de Eisenstein em relação aos seus princípios de montagem e de tipagem. “Alexander Nevsky” foi um passo atrás deliberado, na direcção do teatro mais antiquado ou, pior ainda, no sentido das produções operáticas de que Eisenstein tinha sido um forte opositor na década de 20. Todavia, o filme demonstra as qualidades de Eisenstein em muitas sequências, como a famosa cena de batalha sobre o lago gelado. Também significativas foram as suas tentativas para atingir a síntese entre os elementos plásticos do filme e a música, contando com uma memorável banda-sonora de Serguei Prokofiev reflectindo, provavelmente, “a admiração prolongada de Eisenstein pelos desenhos animados de Walt Disney”.

O filme foi um sucesso monstruoso na URSS e no estrangeiro, parcialmente devido ao sentimento anti-alemão que se desenvolvia na altura e Eisenstein conseguiu assegurar uma posição de charneira no campo do cinema soviético, numa altura em que muitos dos seus colegas eram perseguidos e presos. A 1 de Fevereiro de 1939 foi premiado com a Ordem de Lenine por “Alexander Nevsky” e pouco depois envolveu-se nu novo projecto, “O grande canal de Fergana”, esperando criar um épico de uma escala semelhante à do seu projecto abortado no México. Contudo, após um intensivo processo de pré-produção, o trabalho no projecto foi cancelado logo a seguir à assinatura do pacto de não-agressão entre a URSS e a Alemanha nazi e “Alexander Nevsky” foi, por seu lado, arquivado de uma forma muito discreta.

A Suíte Cita é mais conhecida dos roqueiros por ter sido utilizada pelo baterista Carl Palmer no álbum Works I – The Enemy God And The Dance Of The Spirits Of Darkness -, do grupo Emerson, Lake and Palmer.

Segundo a Wikipedia, os bárbaros citas formavam uma malha de tribos nômades de pastores equestres e invasores. Sua localização era principalmente o atual Irã e a Turquia. Eles invadiram muitas áreas nas estepes da Eurásia, incluindo áreas nos atuais Cazaquistão, Azerbaijão, sul da Ucrânia e da Rússia. Governados por um pequeno número de elites proximamente aliadas, tinham renome devido a seus arqueiros, e muitos ganhavam a vida como mercenários. Os guerreiros citas tinham duas paixões: seu arco assimétrico que podia atirar a até 500 metros de distância e uma espada reta de dois gumes, cuja lâmina possuía setenta centímetros de comprimento. Ao lutar, montavam cavalos velozes e eram ferozes combatentes.

Tal ímpeto guerreiro deu a Prokofiev a oportunidade para compor uma das orquestrações e melodias mais “bárbaras” de sua carreira. É importante salientar que os hunos – inclusive Átila – tinham provável origem cita.

Serguei Prokofiev (1891-1953): Alexander Nevsky / Suíte Cita

Scythian Suite, for orchestra, Op. 20
Composed by Sergey Prokofiev
Performed by Scottish National Orchestra
Conducted by Neeme Jarvi

1. Scythian Suite Op. 20 from Ala et Lolly: The Adoration Of Veless And Ala
2. Scythian Suite Op. 20 from Ala et Lolly: The Enemy God And The Dance Of The Spirits Of Darkness
3. Scythian Suite Op. 20 from Ala et Lolly: Night
4. Scythian Suite Op. 20 from Ala et Lolly: The Glorious Departure Of Lolly And The Sun’s Procession

The Steel Step Suite, Op. 41
Royal Scottish National Orchestra
Conducted by Neeme Jarvi

5. I. Entry of the People 2:21
6. II. The Officials 4:43
7. III. The Sailor and the Factory-worker 3:13
8. IV. The Factory 3:03

Alexander Nevsky, cantata for mezzo-soprano, chorus & orchestra, Op. 78 
Composed by Sergey Prokofiev
Performed by Scottish National Orchestra, Scottish National Chorus (Edwin Paling, leader) with Linda Finnie (mezzo-soprano)
Conducted by Neeme Jarvi

9. Alexander Nevsky Op. 78, Cantata For Mezzo-Soprano, Chorus And Orchestra: Russia Under The Mongol Yoke
10. Alexander Nevsky Op. 78, Cantata For Mezzo-Soprano, Chorus And Orchestra: Song About Alexander Nevsky
11. Alexander Nevsky Op. 78, Cantata For Mezzo-Soprano, Chorus And Orchestra: The Crusaders In Pskov
12. Alexander Nevsky Op. 78, Cantata For Mezzo-Soprano, Chorus And Orchestra: Arise, Ye Russian People
13. Alexander Nevsky Op. 78, Cantata For Mezzo-Soprano, Chorus And Orchestra: The Battle On Ice
14. Alexander Nevsky Op. 78, Cantata For Mezzo-Soprano, Chorus And Orchestra: The Field Of The Dead
15. Alexander Nevsky Op. 78, Cantata For Mezzo-Soprano, Chorus And Orchestra: Alexander’s Entry Into Pskov

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O Alexandre Nevsky (1938) do filme de Serguei Eisenstein.

PQP

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Concerto for Piano & Orchestra nº 5 in G Major, Kurt Weill (1900-1950) – Kleine Dreigroschenmusik – John Browning, Boston Symphony Orchestra, Erich Leinsdorf

Devido a um claro esquecimento, faltou ‘apenas’  o Concerto nº 5 na “integral” dos Concertos de Prokofiev que postei há alguns meses com o John Browning, Sinfônica de Boston dirigida pelo Erich Leinsdorf. Um leitor – ouvinte sentiu falta e perguntou: mas cadê o Concerto nº 5 ? Ele não gravou? Gravou, sim, meu caro e atento leitor, o problema é na correria do dia a dia a cabeça da gente não dá conta de tudo, né?
Então aproveite o domingo para ouvir esta magnífica interpretação de um dos maiores concertos para piano já compostos.
Ah, de quebra, os senhores vão ter o prazer de ouvir em primeira mão aqui no PQPBach, uma versão para Orquestra de Sopros de outra obra prima do século XX, a “Ópera dos Três Vinténs” do Kurt Weill. É mole, ou querem mais?

01. Piano Concerto No. 5 in G major, Op. 55 – I. Allegro con brio
02. II. Moderato ben accentuato
03. III. Toccata Allegro con fuoco (più presto che la prima volta)
04. IV. Larghetto
05. V. Vivo

John Browning – Piano
Boston Symphony Orchestra
Erich Leinsdorf – Conductor

06. Suite from The Threepenny Opera – I. Overture
07. II. The Ballad of Mack the Knife
08. III. Instead-of-Song
09. IV. The Ballad of Pleasant Living
10. V. Polly’s Song
11. VI. Tango-Ballade
12. VII. Cannon Song
13. VIII. The Threepenny Finale

Boston Symphony Orchestra
Erich Leinsdorf – Conductor

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Sergei Prokofiev (1891-1953) – Violin Concertos nº 1 & 2, Igor Stravinsky (1882-1971) – Violin Concerto in D Major – David Oistrakh, Berliner-Sinfonie Orchester, Kurt Sanderling

David Oistrakh empunha novamente seu Stradivarius e nos traz três petardos do repertório do violino do século XX. Nem preciso dizer que vale cada minuto da audição deste CD. Oistrakh era um especialista nestes concertos, tendo realizado gravações históricas e imperdíveis dos mesmos.

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Violin Concertos nº 1 & 2, Igor Stravinsky (1882-1971) – Violin Concerto in D Major – David Oistrakh, Berliner-Sinfonie Orchester, Kurt Sanderling

1. Prokofieff Violinkonzert Nr. 1. I. Andantino
2. II. Scherzo. Vivacissimo
3. III. Moderato
4. Violinkonzert Nr. 2. I. Allegro moderato
5. II. Andante assai
6. III. Allegro, ben marcato
7. Strawinsky Konzert in D-dur. I. Toccata
8. II. Aria 1
9. III. Aria 2
10. IV. Capriccio

David Oistrakh – Violin
Berliner Sinfonie-Orchester
Kurt Sanderling – Conductor

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S. Prokofiev (1891-1953): Sonatas para Violino

S. Prokofiev (1891-1953): Sonatas para Violino

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Este é um excelente disco. Pierre Amoyal e Frederic Chiu desenvolveram uma parceria equilibrada,  alegre e espontânea em sua expressão. Chiu é um pianista espetacular e Amoyal responde à altura. Mesmo! A Sonata para Violino nº 1, escrita entre 1938 e 1946, é uma das mais sombrias e melancólicas das obras do compositor. Prokofiev recebeu o prêmio Stalin de 1947 por essa composição. O mesmo não se pode dizer da feliz Sonata Nº 2. Ela foi baseada na Sonata para Flauta do compositor, escrita em 1942, mas arranjada para violino em 1943, quando Prokofiev vivia em Perm, nos Montes Urais, um abrigo remoto para artistas soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial. Prokofiev transformou o trabalho em uma Sonata de Violino por sugestão de seu amigo David Oistrakh. Foi estreada em 17 de junho de 1944 por David Oistrakh e Lev Oborin.

S. Prokofiev (1891-1953): Sonatas para Violino

1. Violin Sonata #1 in Fm Op. 80 – i. Andante assai 38-46 (6:34)
2. Violin Sonata #1 in Fm Op. 80 – ii. Allegro brusco (7:11)
3. Violin Sonata #1 in Fm Op. 80 – iii. Andante (7:44)
4. Violin Sonata #1 in Fm Op. 80 – iv. Allegrissimo (7:28)

5. March from The Love for Three Oranges, arr Heifetz (1:41)

6. Violin Sonata #2 in D Op. 94 – i. Moderato 44 (8:23)
7. Violin Sonata #2 in D Op. 94 – ii. Scherzo (4:39)
8. Violin Sonata #2 in D Op. 94 – iii. Andante (4:02)
9. Violin Sonata #2 in D Op. 94 – iv. Allegro con brio (6:56)

10. Five Melodies Op. 35bis – i. Andante (To Pawel Kochanski) 25 (2:22)
11. Five Melodies Op. 35bis – ii. Lento, ma non troppo To Cecilia Hansen) (2:47)
12. Five Melodies Op. 35bis – iii. Animato, ma non allegro (To Pawel Kochanski) (4:21)
13. Five Melodies Op. 35bis – iv. Allegretto leggero e scherzando (To Pawel Kochanski) (1:25)
14. Five Melodies Op. 35bis – v. Andante non troppo (To Joseph Szigeti) (3:25)

Pierre Amoyal, violino
Frederic Chiu, piano

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Pierre Amoyal: trabalho fantástico com Chiu
Pierre Amoyal: trabalho fantástico com Chiu

PQP

Serguei Prokofiev (1891-1953) e Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Concertante para Violoncelo e Orquestra, Op. 125, e Concerto Nº 1 para Violoncelo e Orquestra, Op. 107 (Rostropovich / Ozawa)

Serguei Prokofiev (1891-1953) e Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Concertante para Violoncelo e Orquestra, Op. 125, e Concerto Nº 1 para Violoncelo e Orquestra, Op. 107 (Rostropovich / Ozawa)

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IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um dos discos que eu certamente levaria para a Ilha Deserta. Este CD da Erato, há anos fora do catálogo, é uma das melhores gravações de Rostropovich (1927-2007). Ele já tinha um longo histórico de colaborações com o maestro Seiji Ozawa e, aqui, eles decidiram interpretar dois concertos para violoncelo que foram dedicados ao russo. Na verdade, ambos os compositores contaram com sugestões de Rostrô durante o processo de composição. Foram obras-primas criadas quase a quatro mãos, entre amigos, por assim dizer. E que obras-primas! Você simplesmente não pode seguir vivendo sem conhecê-las. Não pode e não pode!

Serguei Prokofiev (1891-1953) e Dmitri Shostakovich (1906-1975): Concertos para Violoncelo

Sergei Prokofiev (1891-1953)
Sinfonia Concertante para Violoncelo e Orquestra, Op. 125
1. Andante
2. Allegro giusto
3. Andante con moto

Dmitri Shostakovich (1906-1975)
Concerto Nº 1 para Violoncelo e Orquestra, Op. 107
4. Allegretto
5. Moderato
6. Cadenza
7. Allegro con moto

Mstislav Rostropovich, violoncelo
London Symphony Orchestra
Seiji Ozawa

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Seiji Ozawa com Rostropovich: daria tudo para falar com esses dois!
Ozawa com Rostropovich: daria tudo para falar com esses dois!

PQP

Sergey Prokofiev (1891-1953) – Visions of Prokofiev – Batiashvili, Nézet-Séguin, Chamber Orchestra of Europe

coverEstou sem palavras depois de ouvir este novo CD de Lisa Batiashvili dedicado a Prokofiev. Não sei realmente como expor uma opinião sem parecer óbvio, pois o CD é espetacular, um primor de execução, com uma solista excepcional, focada, inteligente, sem medo de se expor, e que traz um sopro de novidade na execução destes tão executados concertos. Sou de uma geração que se espelhou em dois ícones do violino, David Oistrakh e Jascha Heifetz. O que eles gravaram, ou executaram, marcou época e os reverenciamos como ídolos.
Lisa Batiashvili tem apenas 37 anos de idade e um longo caminho pela frente. Mas o que já nos mostrou até agora já é suficiente para colocá-la em um patamar acima de outros instrumentistas de sua geração, e com certeza ela irá alcançar aquele patamar em que repousam os dois mestres citados acima. O tempo é o senhor de tudo e de todos. Lembro de ter sentido a mesma sensação depois de ouvir Itzhak Perlman tocando estes mesmos concertos, mas gravados já há bastante tempo. Batiashvili trouxe uma rajada de ar fresco para estas obras tão badaladas, executadas e gravadas. É a nova geração mostrando a que veio. E também faço questão de destacar o o jovem maestro Yannick Nézet- Seguin,  que faz um trabalho memorável frente a Chamber Orchestra of Europe.

IMPERDÍVEL !!! Com certeza.

01 – Dance of the Knights (from Romeo and Juliet)
02 – Violin Concerto No.1 I. Andantino
03 – II. Scherzo Vivacissimo
04 – III. Moderato
05 – Grand Waltz (from Cinderella)
06 – Violin Concerto No.2 I. Allegro moderato
07 – II. Andante assai-Allegreretto
08 – III. Allegro ben marcato
09 – Grand March (from The Love for Three Oranges)

Lisa Batiashvili – Violin
Chamber Orchestra of Europe
Yannick Nézet-Séguin – Conductor

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Lisa Batiashvili
Lisa Batiashvili – Beleza e muito talento a serviço da música !!! Sorte nossa !