.: intermezzo :. The Gary Burton Quartet — Live In Tokyo

.: intermezzo :. The Gary Burton Quartet — Live In Tokyo

Um belo CD de jazz. Gravado durante um show em 1971, o quarteto de Burton aparece com um guitarrista de peso roqueiro, antecipando um pouco do que seria o fusion. O som é bem mais encorpado do que o do também extraordinário quarteto formado por Burton em 1967, com Larry Coryel na guitarra e o grande Steve Swallow no baixo. Mas não se apavore: não há excessos nem mau gosto, apenas um bom perfume setentista. Eu botei para ouvir no mp3 sem saber da data do CD. Logo comecei a achar que, puxa esses jazzistas também morrem de saudades dos anos 70 e querem refazer aquele som. Foi mesmo uma época muito criativa para a música. Logo depois consultei e soube que a origem do CD era um LP de 41 minutos. Um LP glorioso, acreditem.

The Gary Burton Quartet — Live In Tokyo

1 Ballet
2 On The Third Day
3 Sunset Bell
4 The Green Mountains
5 African Flower
6 Portsmouth Figurations

The Gary Burton Quartet:
Drums – Bill Goodwin
Electric Bass – Tony Levin
Guitar – Sam Brown
Vibraphone – Gary Burton

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A contracapa do LP/CD: bem 1971
A contracapa do LP/CD: bem 1971

PQP

.: interlúdio :. Keith Jarrett – A Multitude of Angels (4 CDs)

.: interlúdio :. Keith Jarrett – A Multitude of Angels (4 CDs)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Parte da inesgotável criatividade de Keith Jarrett está aqui. Essa multidão de anjos é um conjunto de 4 CDS com gravações de uma série de concertos solo realizados na Itália em outubro de 1996, documentando a conclusão dos experimentos de Jarrett com improvisações de longa duração. Os concertos ocorreram em Modena, Ferrara, Turim e Gênova. Depois, Jarrett adoeceu e prometeu a si mesmo abandonar as longas improvisações sem pausas. Estava sofrendo de Síndrome de Fadiga Crônica. Cada concerto é muito diferente do outro. A música é muito abrangente: o jazz está por todo lado, mas acompanhado da enorme proximidade de Jarrett com a música clássica (moderna e antiga, Bach, Debussy, Bartók, Ives, etc.). Um álbum belíssimo.

Keith Jarrett – A Multitude of Angels (4 CDs)

CD1
1 Part I (Live At Teatro Comunale, Modena / 1996) 34:18
2 Part II (Live At Teatro Comunale, Modena / 1996) 31:20
3 Danny Boy (Live At Teatro Comunale, Modena / 1996) 5:00

CD2
4 Part I (Live At Teatro Comunale, Ferrara / 1996) 43:48
5 Part II (Live At Teatro Comunale, Ferrara / 1996) 29:58
6 Encore (Live At Teatro Comunale, Ferrara / 1996) 3:26

CD3
7 Part I (Live At Teatro Regio, Torino / 1996) 42:23
8 Part II (Live At Teatro Regio, Torino / 1996) 31:35

CD4
9 Part I (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 31:41
10 Part II (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 31:43
11 Encore (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 5:52
12 Over The Rainbow (Live At Teatro Carlo Felice, Genova / 1996) 6:03

Keith Jarrett, piano

BAIXE AQUI –DOWNLOAD HERE

Keith Jarrett aos 70
Keith Jarrett aos 70

PQP

.: interlúdio :. Toumani Diabaté: The Mandé Variations

.: interlúdio :. Toumani Diabaté: The Mandé Variations

Toumani Diabaté é um dos músicos africanos mais importantes da atualidade. Toca kora, uma espécie de harpa com 21 cordas exclusiva da África Ocidental, levando-a a públicos de todo o mundo. Com o seu virtuosismo e criatividade excepcionais, mostra o que a kora pode.

Toumani Diabaté nasceu em Bamako, a capital do Mali, em 1965 numa família de Griots (casta de músicos / historiadores), que conta com 71 gerações de executantes de kora. O mais notável foi o seu pai, Sidiki Diabaté (c.1922-96), eleito Rei da Kora no prestigiado Black Arts Festival Festac em 1977 e ainda hoje uma inspiração para todos os tocadores de kora. Toumani Diabaté cresceu num ambiente preenchido por música, mas foi na verdade um autodidacta na aprendizagem da kora, sem receber ensinamentos diretos do seu pai que não fossem ouvir a sua música.

Nas décadas de 1960 e 1970, o meio musical de Bamako era influenciado pelos sons de fora, especialmente pela música negra americana: a música soul era particularmente popular, tal como Jimi Hendrix, Jimmy Smith e grupos de rock britânico como Led Zeppelin. Tanto a exposição a estas sonoridades como os grupos modernos de Bamako seriam importantes para o desenvolvimento musical de Toumani .

Começou a tocar kora aos 5 anos, altura em que o goveno maliano tinha um programa de incentivo aos grupos tradicionais. Estreou-se em público aos 13 anos e em 1984 juntou-se ao grupo que acompanhava a grande diva Kandia Kouyaté, a cantora griot mais conhecida do Mali, com quem percorreu o continente africano .

Embora não tenha aprendido directamente com o seu pai, Toumani Diabaté prosseguiu o seu ideal de desenvolver a kora como instrumento solista, elevando-a a um outra nível. Descobriu um modo de tocar o baixo, o acompanhamento rítmico e a melodia solista ao mesmo tempo, um método que o levou aos palcos de todo o mundo. Veio à Europa pela primeira vez em 1986, acompanhando outra cantora maliana, Ousmane Sacko, e acabou por permanecer em Londres por sete meses. Nesse período, gravou o seu primeiro álbum a solo: Kaira. Foi um disco pioneiro – o primeiro de kora solo de sempre – e mantém-se um best seller até hoje. No mesmo ano apresentou-se pela primeira vez no festival WOMAD, causando um impacto significativo .

No Reino Unido trabalhou formalmente com músicos de várias tendências e contactou com diferentes tradições, como a música clássica indiana, de onde proveio a ideia jugalbandi (diálogo musical entre dois instrumentos) que se tornou uma característica marcante da sua música .

Colaborou com o grupo espanhol Ketama dando origem ao álbum Songhai, uma síntese perfeita da kora com o flamenco. Considerando a experimentação como uma parte do griot moderno, forma em 1990 a Symmetric Orchestra – um equilibrio entre a tradição e a modernidade e entre as contribuições de músicos de países próximos. Senegal, Guiné, Burkina Faso, Costa do Marfim e Mali foram todos parte do Império Mandé medieval. A orquestra estreia-se em cd com Shake the Whole World (1992, Japão e Mali) e atinge o auge com Boulevard de l’Indépendance em 2005, gerando grande aclamação da crítica e uma extensão digressão internacional. Entretanto têm-se apresentado em locais como o Carnegie Hall de Nova Iorque e festivais de Jazz como os de Nice e de Montréal1 .

Ainda na década de 1990, em Bamako, Toumani reúne à sua volta um conjunto de músicos talentosos como Bassekou Kouyaté (ngoni) e Keletigui Diabaté (balafon), cultivando uma abordagem jazz-jugalbandi-griot instrumental que se pode ouvir no álbum Djelika de 1995. Depois do álbum Songhai, grava New Ancient Strings em duo com o também tocador de kora Ballake Sissoko; um tributo ao álbum Cordes Anciennes que nos anos 70 juntou os pais dos dois músicos. Com o disco Kulanjan, de 1999, celebra as ligações entre os blues e a música do ocidente africano com o músico norte-americano Taj Mahal. Em MALIcool, ao lado do trompetista Roswell Rudd, é já o free-jazz que serve de referência. A estes juntam-se as participações em inúmeros projectos discográficos como nomes como Ali Farka Touré, Salif Keita, Damon Albarn, Kasse Madi Diabaté e Bjork1 .

Em 2004, Toumani Diabaté recebeu o Ziryab des Virtuoses, um prêmio da UNESCO concedido no Mawazine Festival organizado pelo rei Mohammed VI de Marrocos. É directo da Mandinka Kora Productions, que promove a kora no Mali através de workshops, festivais e vários eventos culturais. Ensina kora e música tradicional moderna no Conservatório de Artes, Cultura e Multimédia Balla Fasseke, inaugurado em Bamako no fim de 2004 .

Em 2004, Toumani Diabaté começou a trabalhar com o World Circuit para uma trilogia de álbuns gravados no Hotel Mandé em Bamako, participando em dois títulos: In the Heart of the Moon em dueto com Ali Farka Touré, álbum vencedor de um Grammy, e Boulevard de l’Indépendance pela Symmetric Orchestra .

Em 2008 foi editado The Mandé Variations, o primeiro álbum de kora solo desde Kaira, há cerca de 20 anos. O álbum Ali and Toumani, recém lançado, em parceria com Ali Farka Touré, foi pontuado com 8.3 pela Pitchfork .

Em 2011, Diabaté tocou kora no projeto “A Curva da Cintura” ao lado dos músicos brasileiros Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra. Além das gravações do álbum em um estúdio de Bamako, “A Curva da Cintura” gerou um documentário para a MTV Brasil.

Fonte: Wikipedia

Toumani Diabaté: The Mandé Variations

1. Si naani 10:27
2. Elyne Road 8:47
3. Ali Farka Toure 6:15
4. Kaounding Cissoko 6:20
5. Ismael Drame 5:42
6. Djourou Kara Nany 6:49
7. El Nabiyouna 5:59
8. Cantelowes 6:57

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Toumani Diabaté e sua kora
Toumani Diabaté e sua kora

PQP

 

The Peasant Girl, com Viktoria Mullova

The Peasant Girl, com Viktoria Mullova


IM-PER-DÍ-VEL !!!

O que dizer deste surpreendente álbum duplo de Viktoria Mullova? Que ela é doida? Que ela é uma perfeita cigana? Que ela é linda? Que ela é uma das melhores violinistas de todos os tempos? Que ela não se importa de correr riscos?

Acho que todas as possibilidades acima estão corretas.

Mullova pegou um repertório belíssimo e pouco divulgado para estabelecer com clareza o estrago que a música cigana causou no século XX. Ou seja, dentro de um programa altamente eclético, ela reflete sobre a profunda influência cigana na música clássica e no jazz (SIM!) no século 20. Sob roupagem erudita ou jazzística, a música dos ciganos está em nossas vidas com seu acelerado e marcado pulso. O CD apresenta obras de Bartók e Kodály ao lado de coisas do mundo do jazz, incluindo John Lewis e Django Reinhardt além de faixas da banda Weather Report. A russa Mullova tem fortes ligações pessoais com o campo e os ciganos. Parte de sua família é ucraniana e, quando criança, ela passava temporadas numa pequena aldeia do interior do país, convivendo com camponeses. A música destes CDs nos permite vislumbrar um outro lado desta artista fascinante e de, pelamor, sangue quentíssimo.

(Maiores detalhes sobre as faixas estão no arquivo que vocês, creio, vão baixar).

The Peasant Girl, com Viktoria Mullova

1. For Nedim (For Nadia) 5:36
2. Django 6:44
3. Dark Eyes 6:53
4. Er Nemo Klantz , Bartók Duos 8:20
5. The Peasant 9:35
6. 7 Duos with Improvisations 10:51
7. Yura 4:44

1. Bi Lovengo 3:06
2. The Pursuit of the Woman with the Feathered Hat 5:58
3. Life 4:42
4. Kodaly: Duo for Violin and Cello, Op. 7: I. Allegro serioso 7:39
5. Kodaly: Duo for Violin and Cello, Op. 7: II. Adagio 8:11
6. Kodaly: Duo for Violin and Cello, Op. 7: III. Maestoso e largamente, ma non troppo 8:07

Viktoria Mullova
The Matthew Barley Ensemble

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Russa sangue quente (e bom).
Mullova: russa sangue quente. E bom.

PQP

.: interlúdio :. Chet Baker – Silent Nights – 1986

.: interlúdio :. Chet Baker – Silent Nights – 1986

Ho Ho Ho! Você ouve esta familiar risada, olha para a lareira (ou para a janela) e vê um sujeito magérrimo e enrugado, com um trompete na mão; na cabeça um boné vermelho escrito Jazz. Chegou o Papai-Baker com seu disco de Natal. Poucos intérpretes deixaram de gravar pelo menos um tema de Natal, lembrando o delicioso tema White Christmas de Irving Berlin na voz de Bing Crosby – também gravado por Louis Armstrong. Duke Ellington, Fats Waller, Clark Terry, entre muitos outros, gravaram Jingle Bells e discos inteiros natalinos. Temos aqui a contribuição de Chet para a discografia jazzística natalina. Um disco simpático, no qual seria impossível, dado o intérprete, não conter certa melancolia; um feeling típico do soberbo trompetista cantor. Boas festas a todos nós e que o nosso novo ano seja repleto de boa sorte, em todos os sentidos.

Chet Baker – Silent Nights – 1986

1 Silent Night
2 The First Noel
3 We Three Kings
4 Hark, the Angels Sing
5 Nobody knows the trouble I’ve seen
6 Amazing Grace
7 Come All Ye Faithful
8 Joy to the World
9 Amen
10 It Came Upon A Midnight Clear
11 Swing Low, Sweet Chariot
12 Silent Night

Trumpet – Chet Baker
Alto Sax – Christopher Mason
Bass – Jim Singleton
Drums – Johnny Vidacovich
Piano – Mike Peller

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Chet Baker numa noite dessas de Natal
Chet Baker numa noite dessas de Natal

Wellbach

 

.: interlúdio :. John Surman, Stu Martin, Barre Phillips – The Trio – Conflagration (1971)

.: interlúdio :. John Surman, Stu Martin, Barre Phillips – The Trio – Conflagration (1971)

Um disco inicial de alguém que se tornará grande é sempre uma curiosidade. Aqui, temos John Surman aos 27 anos — e já com uma barriguinha nascente — em plena fase free jazz. Tais trabalhos jovens geralmente sofrem de um extravasamento de sinceridade, o que os tornam mais claros para os aficionados e mais obscuro para o público. Vi Surman em Porto Alegre em 2015, aos 71 anos. Toca demais e, em suas apresentações, tem sempre um momento free, prova de que ele não tem a menos vontade de deixar de lado seu passado. Surman é um gigante, literal e metaforicamente. Logo após este disco, se transformaria em grande estrela da ECM, onde gravou clássicos do jazz, como Upon Reflexion (solo), Coruscating (com quarteto de cordas) e Brewster’s Rooster (com banda de jazz).

John Surman, Stu Martin, Barre Phillips – The Trio – Conflagration (1971)

01 – Conflagration
02 – Malachite
03 – Nuts
04 – 6’s and 7’s
05 – B
06 – Afore the Morrow

The Trio:
John Surman (Baritone and Soprano Saxophone, Bass Clarinet)
Barre Phillips (Bass)
Stu Martin (Drums)

with:
Mike Osborne (Alto Saxophone, Clarinet)
Dave Holland (Bass)
Stan Sulzmann (Clarinet, Flute)
Mark Charig (Cornet)
John Marshall (Drums)
Chick Corea (Piano)
John Taylor (Piano)
Alan Skidmore (Soprano and Tenor Saxophone, Flute)
Malcolm Griffiths (Trombone)
Nick Evans (Trombone)
Harold Beckett (Trumpet, Flugelhorn)
Kenny Wheeler (Trumpet, Flugelhorn)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Eu também já fui jovem como eles
Eu também já fui jovem como eles

PQP

.: interlúdio :. Art Blakey & Thelonious Monk

.: interlúdio :. Art Blakey & Thelonious Monk

Caminhando uma noite qualquer por Nova York nos anos 40 ou 50, você podia acabar caindo em um clube – digamos, Minton’s ou Five Spot – e dar de cara com músicos como Monk, Coltrane e Dizzy Gillespie cozinhando revoluções no jazz. Rio de Janeiro, começo dos anos 60, se passasse pelo pequeno Beco das Garrafas, a sensação não seria diferente: jovens estudados em discos americanos injetavam novas possibilidades na bossa nova criando o samba-jazz.

São Paulo, 2010, por uma rua do Centro ou Pinheiros, momento parece oferecer efervescência similar. Jovens na faixa dos vinte e algo se juntam em diversas formações e dezenas de grupos, tocam em cada vez mais casas dedicadas ao gênero, para um público cada vez maior e mais interessado e trazem novas idéias ao jazz feito na cidade.

Continuando uma tradição paulistana que já viveu momentos de auge nos bares do Centro como Baiúca e Juão Sebastião Bar na década de 50 e pequenos bares como Supremo Musical nos anos 00, hoje você pode sair em qualquer dia da semana e ouvir música criada no calor do momento.

Saiu matéria sobre a nova cena de jazz paulista na Folha de hoje. Vale mais a pena ler no blog do autor a versão original/expandida, e com vários links, aqui: http://vitrola.blogspot.com/2010/05/jazz-sao-paulo-2010.html

É uma excelente notícia. Fazemos música de tantos estilos, porque não o jazz? Ora bolas. Deveria ser fácil sair à noite para ocupar um bom bar de jazz. Pelo jeito, em SP isso está se tornando possível. No vilarejo onde moro, infelizmente, isso não passa de sonho. Ficarei invejando.

(Os leitores estão convidados a usar os comentários para dar suas dicas locais de jazz, se houver. E eu faço votos que haja.)

——

Sem nenhuma relação aparente, mas pra não fazer um post sem música, deixo um disquinho fantástico. (Que sempre começo ouvindo pelo lado B. Mania.) Quem quiser um review, pode ler aqui, do AMG; quem gosta de efemérides pode viajar na imaginação. O álbum foi gravado em duas sessões, 14 e 15 de maio de 1957, ou seja: praticamente aniversariando. (É uma bobagem, mas acrescenta um certo sabor. Ou sou só eu?)

Art Blakey’s Jazz Messengers with Thelonious Monk /1958 (V2)

A
01 Evidence (Monk)
02 In Walked Bud (Monk)
03 Blue Monk (Monk)
B
04 I Mean You (Monk, Hawkins)
05 Rhythm-A-Ning (Monk)
06 Purple Shades (Griffin)

Bonus tracks (edição de 1999)
07 Evidence [alt take]
08 Blue Monk [alt take]
09 I Mean You [alt take]

Art Blakey: drums
Thelonious Monk: piano
Johnny Griffin: tenor saxophone
Bill Hardman: trumpet
Spanky DeBrest: bass
Produzido por Nesuhi Ertegün para a Atlantic

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Art Blakey e Thelonius Monk pegando aquele bus esperto
Art Blakey e Thelonius Monk pegando aquele bus esperto

Boa audição!
Blue Dog

.: Interlúdio :. Entre Mundos – Alexandre Silvério Quinteto

.: Interlúdio :. Entre Mundos – Alexandre Silvério Quinteto

cover

  • Repost de 24 de Dezembro de 2015

Dedico esse post ao mestre Avicenna, que numa bela tarde em São Paulo me mostrou uma belíssima versão de “My Funny Valentine” com Johnny Mathis que me ensinou mais sobre a beleza. Espero que a versão presente neste álbum o agrade da mesma forma.

Devo confessar que o jazz não é o estilo de música sobre o qual eu possuo maior conhecimento, só cheguei a conhecer algumas coisas muito recentemente, em um curso de apreciação musical que eu estava fazendo. Fora isso, possuo algumas incursões aqui e ali e adoro quando a música erudita usa alguns de seus elementos, como o saxophone.

Mas o contrário (o jazz usar elementos do erudito), meus amigos, também pode acontecer. E é mais ou menos isso que ocorre neste álbum.

O fagotista Alexandre Silvério, que toca na OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), resolveu pegar seu instrumento, juntar uma turma de “manos do bairro”, e fazer uns sons “jazziacos” ao melhor estilo de uma dança entre o dionisíaco e o apolíneo. O fagote substitui a função que seria do saxophone com maestria e elegância, colocando no mundo do popular um elemento erudito.

Quando ouvi My Funny Valentine na versão desse álbum na Radio Cultura FM de São Paulo não me contive e imediatamente fui procurar o CD para o adquirir. Foi uma das melhores aquisições que fiz em 2015.

Agora eu o trago a vocês, e espero que gostem tanto quanto eu gostei.

Alexandre Silvério Quinteto: Entre Mundos

01 Saudade

02 My Funny Valentine (Arranjo por Alexandre Silvério)

03 Valsa para Bill

04 Tarde em Berlim (afternoon In Berlin)

05 Gordus Power

06 Ballad For Klaus (piano Intro)

07 Ballad for Klaus

08 Cromática

09 Meu fagote chorou

10 Un Tango para “El Chico”

Alexandre Silvério, fagote
Fábio Leandro, piano
Igor Pimenta, contrabaixo
Sérgio Reze, bateria
Vinicius Gomes, guitarra

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Da esquerda pra direita: Vinicius Gomes, Sérgio Reze, Alexandre Silvério, Fábio Leandro, Igor Pimenta
Da esquerda pra direita: Vinicius Gomes, Sérgio Reze, Alexandre Silvério, Fábio Leandro, Igor Pimenta.

Luke

.: interlúdio – 3x Coltrane :.

.: interlúdio – 3x Coltrane :.
Coltrane recebendo prêmio de melhor álbum de jazz do ano (Giant Steps) no Concertgebouw de Amsterdam

Podem acusar este cão de pouco original. Mas lá vou eu me debater outra vez com uma sensação frequente ao ouvir Coltrane: a de que não posso ouvir outro disco de jazz até escutar, com toda a atenção do mundo, tudo o que ele gravou. Acontece só com ele. Outros artistas (mesmo Miles ou Mingus) são mais generosos e permitem idas e vindas, misturas entre sessões, são até mesmo respiros em playlists. Coltrane, ao contrário, tem um magnetismo que abraça e encerra o ouvinte. Talvez porque, ao contrário de Miles ou Mingus, Trane pareça limitado. Ainda que tenha andado por muitos caminhos em sua carreira, nele há mais unidade. É um universo que soa menor, e disso alcança vastidão tão grande como aqueles com quem o comparo.

Ou ainda, esse texto mostra bem como me sinto escutando alguns de seus solos: girando fascinado à procura de um sentido que parece superior, e que só pode ser compreendido com mais e mais audições, e atenções, e dedicação. Junto com os saxofonistas tenores Coleman Hawkins, Lester Young e Sonny Rollins, Coltrane mudou as perspectivas de seu instrumento. Coltrane recebeu uma citação especial do Prêmio Pulitzer em 2007, por sua “improvisação, musicalidade suprema e por ser um dos ícones centrais na história do jazz.”

(Além disso, não temos a discografia completa de Coltrane no PQP. Adiciono três capítulos, em 320kbps. Se for pegar um só, escolha Crescent. Claro que Giant Steps é ícone do jazz modal e tudo o mais, porém o encanto de Crescent está exatamente no inverso disso. São quatro baladas e um blues, de encantos simples e arrebatadores.)

John Coltrane – Giant Steps (1960; 1974 edition)
download – 138MB

John Coltrane: tenor saxophone, band leader
Paul Chambers: double bass
Art Taylor: drums
Tommy Flanagan: piano
Jimmy Cobb: drums (track 6)
Wynton Kelly: piano (track 6)
Lex Humphries: drums (tracks 8/9)
Cedar Walton: piano (tracks 8/9)
Produzido por Nesuhi Ertegun para a Atlantic

01 Giant Steps 4’43
02 Cousin Mary 5’45
03 Countdown 2’21
04 Spiral 5’56
05 Syeeda’s Song Flute 7′
06 Naima 4’21
07 Mr. P.C. 6’57
08 Giant Steps [alt take] 3’40
09 Naima [alt take] 4’27
10.Cousin Mary [alt take] 5’54
11.Countdown [alt take] 4’33
12 Syeeda’s Song Flute [alt take] 7’02

John Coltrane – Coltrane’s Sound (gravado em 1960; lançado em 1964)
download – 114MB

John Coltrane: sax soprano, sax tenor
Steve Davis: Bass
Elvin Jones: Drums
McCoy Tyner: Piano
Produzido por Nesuhi Ertegun para a Atlantic

01 The Night Has a Thousand Eyes 6’42
02 Central Park West 4’12
03 Liberia 6’49
04 Body and Soul 5’35
05 Equinox 8’33
06 Satellite 5’49
07 26-2 6’12
08 Body and Soul [alt take] 5’57

John Coltrane – Crescent (1964)
download – 84MB

John Coltrane: tenor saxophone
Jimmy Garrison: double bass
Elvin Jones: drums
McCoy Tyner: piano
Produzido por Bob Thiele para a Impulse!

01 Crescent 8’41
02 Wise One 9’00
03 Bessie’s Blues 3’22
04 Lonnie’s Lament 11’45
05 The Drum Thing 7’22

Boa audição!

1000x Coltrane
1000x Coltrane

Blue Dog

.: interlúdio :. Meredith Monk: Piano Songs

.: interlúdio :. Meredith Monk: Piano Songs

Não chega a ser uma maravilha. Aqui, Meredith Monk aparece com obras que parecem a música de Erik Satie para dois pianos. A nova-iorquina Monk é compositora, performer, diretora, vocalista, cineasta e coreógrafa. Desde os anos sessenta, Monk tem criado trabalhos multidisciplinares que combinam música, teatro e dança, gravando sempre para a ECM. Este disco dá uma boa ideia de seu trabalho, mas nada se compara ao vinil Dolmen Music (1979). Ela é minimalista, mas aqui exagerou no mínimo.

Meredith Monk: Piano Songs

1 Monk: Obsolete Objects 1:59
2 Monk: Ellis Island 3:02
3 Monk: Folkdance 4:03
4 Monk: Urban March (Shadow) 3:08
5 Monk: Tower 1:37
6 Monk: Paris 3:11
7 Monk: Railroad (Travel Song) 2:15
8 Monk: Parlour Games 7:37
9 Monk: St. Petersburg Waltz 7:04
10 Monk: Window In 7’s 2:46
11 Monk: Totentanz 3:07
12 Monk: Phantom Waltz 7:14

Ursula Oppens e Bruce Brubaker, pianos.

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Meredith Monk e suas famosas tranças.
Meredith Monk e suas famosas tranças.

PQP

.: interlúdio :. Eric Dolphy Quintet: Outward Bound

.: interlúdio :. Eric Dolphy Quintet: Outward Bound

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Na tarde de 18 de Junho de 1964, Eric Dolphy caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros, que não sabiam que ele era diabético, pensaram que ele (como acontecia a muitos jazzistas) havia tido uma overdose, deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após tal coma diabético. Aos 36 anos. Bastava-lhe uma injeção.

Sua música foi absolutamente extraordinária. Saxofonista de grande peso, primeiro claronista importante como solista no jazz, excelente flautista. Em todos esses instrumentos era um impecável improvisador. Seu estilo caracterizava-se por uma anárquica torrente de ideias, Fato que faz com alguns o coloquem erradamente no free jazz, erro imperdoável para quem faz blues tão melodiosos. Este Outward Bound é uma obra-prima absoluta. Confiram Dolphy, mas também a espetacular banda que o acompanha.

Eric Dolphy Quintet: Outward Bound

1. G.W.
2. On Green Dolphin Street
3. Les
4. 245
5. Glad To Be Unhappy
6. Miss Toni
7. G.W. (Alternate Take 1)
8. 245 (Alternate Take 1)
9. April Fool

O Quinteto:
Eric Dolphy: alto saxophone, bass clarinet, flute;
Freddie Hubbard: trumpet;
Jaki Byard: piano;
George Tucker: bass;
Roy Haynes: drums.

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Eric Dolphy
Eric Dolphy

PQP

.: interlúdio :. Charles Mingus (1922-1979): The Black Saint and the Sinner Lady / Mingus Mingus Mingus Mingus Mingus

.: interlúdio :. Charles Mingus (1922-1979): The Black Saint and the Sinner Lady / Mingus Mingus Mingus Mingus Mingus

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Charles Mingus foi um notável compositor erudito que gostava de jazz. Talvez esta frase arranhe de leve o que foi este grande gênio. Eu poderia escrever muitas páginas sobre Mingus — na minha opinião o melhor compositor e band leader do gênero –, mas este não é o melhor espaço. Aqui a coisa é descompromissada e rápida. The Black Saint And The Sinner Lady, assim como Mingus Ah Um, são frequentemente ranqueados como dois dos melhores álbuns de todos os tempos. Mingus Mingus Mingus Mingus Mingus também é esplêndido, mas aparece menos no Olimpo do que outros trabalhos do mestre.

Quando criança, Mingus queria ser violoncelista, mas sua fraca educação musical fazia com ele lesse lentamente as partituras e isto o retirou da orquestra infantil de Nogales, Arizona. No colégio, tentou a sorte no contrabaixo e deu certo. Tornou-se um dos maiores no instrumento. Adolescente, escrevia música erudita e, antes dos vinte anos já reconhecido como um espécie de prodígio do baixo. Às vezes, tocava em bandas de jazz e, aos 21 anos, já participava de bandas lideradas por seu grande ídolo Duke Ellington e por Louis Armstrong. Acabou por escolher este caminho.

Mingus possuía uma personalidade contraditória e agressiva — não são poucas as histórias que se contam de Mingus agredindo fisicamente outros músicos. Brigou com quase todos — despediu inúmeros –, mas nunca se desfez de seu genial baterista Danny Richmond, a única pessoa que acompanhava à perfeição as complexidades rítmicas que ele amava criar. Apesar dos problemas ou em razão deles, Mingus e sua banda sempre tocavam magistralmente. O compositor sentia com intensidade o drama do preconceito racial, usando diversas vezes a música como veículo de protesto (Freedom, Fables of Faubus). Era vanguardista, tradicional, lírico, feroz e muito, mas muito musical.

The Black Saint and the Sinner Lady é experimental ao mais alto grau. É som de rua, visceral e intenso, mas é também de absurda sofisticação, humor e imaginação. Trata-se de uma peça orquestral contínua de 39 minutos. Tudo muito exato e… improvisado. Mingus disse que cedeu, permitindo aos músicos alterarem bastante The Black Saint, adequando trechos a seus respectivos estilos, mas que seu perfeccionismo de autor se contorcia num canto. O resultado é uma obra-prima absoluta deste ser humano que tinha como avós dois descendentes de escravos, uma inglesa branca e um chinês. Ao menos esta era uma versão das lendas o que ele, muito mentiroso, contava a respeito de si mesmo.

Mingus Mingus Mingus Mingus Mingus foi gravado menos de um semestre depois. Mais tradicional, também é um disco fantástico. É Mingus — ou seja, tudo é notavelmente bem escrito. Estranhamente, ele retomou posteriormente a temas deste disco. II B.S. recebeu novo arranjo, tornando-se Haitian Fight Song no disco The Clown. Theme for Lester Young virou Goodbye Pork Pie Hat no Mingus Ah Um. E Mood Indigo, de Duke Ellington, demonstra pela enésima vez o amor e respeito que Mingus tinha por um de seus mestres.

Em 2012, estes dois discos foram juntados em apenas um CD. Bem, meu caro, se há algo imperdível no mundo…

The Black Saint And The Sinner Lady (1963)
01 – Track A – Solo Dancer
02 – Track B – Duet Solo Dancers
03 – Track C – Group Dancers
04 – Mode D – Trio And Group Dancers, Mode E – Single Solos And Group Dance, Mode F – Group And Solo Dance

Total: 39min25

Mingus Mingus Mingus Mingus Mingus (1964)
05 – II B.S.
06 – I X Love
07 – Celia
08 – Mood Indigo
09 – Better Get Hit In Yo’ Soul
10 – Theme For Lester Young
11 – Hora Decubitus

Total: 40min30

Músicos:
The Black Saint And The Sinner Lady:
Charles Mingus – bass, piano, leader
Jerome Richardson – soprano, baritone saxophones, flute
Charlie Mariano – alto saxophone
Dick Hafer – tenor saxophone, flute
Rolf Ericson – trumpet
Richard Williams – trumpet
Quentin Jackson – trombone
Don Butterfield – tuba, contrabass trombone
Jaki Byard – piano
Jay Berliner – acoustic guitar
Dannie Richmond – drums

Mingus Mingus Mingus Mingus Mingus:
Charles Mingus – bass, piano
Jay Berliner – guitar
Don Butterfield – trombone, tuba
Jaki Byard – piano
Eric Dolphy – flute, alto saxophone
Rolf Ericson – trumpet
Booker Ervin – tenor saxophone
Dick Hafer – clarinet, flute, oboe, tenor saxophone
Quentin Jackson – trombone
Charlie Mariano – alto saxophone
Walter Perkins – drums
Eddie Preston – trumpet
Jerome Richardson – flute, baritone saxophone, soprano saxophone
Dannie Richmond – drums
Richard Gene Williams – trumpet
Britt Woodman – trombone

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Charles Mingus, o compositor erudito que gostava de jazz
Charles Mingus, o compositor erudito que gostava de jazz

PQP

.: interlúdio :. Johnny Hartman – Songs from the heart

.: interlúdio :. Johnny Hartman – Songs from the heart

Existe o maior cantor de Jazz de todos os tempos? claro que existe! só que pode mudar a cada encontro regado a whisky, vinho, cerveja ou cachaça; em torno de um toca discos, em boas e divertidas companhias ou a sós. Até mesmo de um disco para outro, tal eleição pode mudar, conforme o grau de emoção e de substância etílica. Mas, no presente momento, erguendo um décimo brinde, proclamo: Johnny Hartman! Magnífico Johnny Hartman, artista soberbo, de longa carreira e profundíssima voz. Quem se encantou com o maravilhoso filme As Pontes de Madison se lembrará que parte do feeling deste filme se deve indubitavelmente ao incrível repertório no qual se inclui Hartman; lembrando que nem só de Magnum 45 vive Mister Eastwood, mas também adora Jazz; lembrando também de que o ótimo filme Bird, sobre o grande Charlie Parker, é produto de sua afeição a este gênero musical – entre outras produções. Johnny Hartman (1923-1983) era um esplêndido barítono. Pena que não gravou um Schubert pra nós, mas por que deveria? Possuía a voz de Midas, tudo o que cantava virava ouro; até mesmo ‘Feelings’ do nosso Morris Albert – o paulista Maurício Alberto Kaisermann (1951). Johnny nasceu em Louisiana mas foi criado em Chicago. Começou a tocar piano e a cantar aos oito anos. Cantou em orquestras do exército durante a Segunda Guerra Mundial e despontou na carreira em 1946, através do pianista Earl Hines e de Dizzy Gillespie, atuando junto a diversas orquestras. Este presente disco foi a sua estreia no mundo fonográfico, em 1955. Aqui Hartman se encontra acompanhado por um trompetista pouco comentado, porém brilhante, que inspirou muitos em seu tempo, a exemplo de Miles Davis: Howard McGhee. Miles, em sua autobiografia, relembra como McGhee ministrou-lhe um carão. Miles lhe disse que recusara grana de uma namorada – o que segundo McGhee seria um sacrilégio.

35d7zg1Na foto acima, podemos ver Miles extasiado, aprendendo alguns truques com o amigo mais velho. Howard McGhee (1918-1987) foi um dos primeiros trompetistas do estilo jazzístico Bebop, junto ao ponta de lança Dizzy Gillespie e Fats Navarro. Atuou em diversas orquestras da época, especialmente com o grande Count Basie. Na década de 70 Howard também atuava como professor de música: trompete, improvisação e teoria, em sala de aula e também em seu apartamento no centro de Manhattan. Seu estilo expressivo e sinuoso, todavia, incomparavelmente mais contido que o de Dizzy, se ressalta nas inserções que desfere entre as frases de Hartman. Este é um feliz encontro que seria em 1963 ensombrecido por outro mais famoso, com o saxofonista John Coltrane – disco que em breve também teremos por aqui. Mais tarde, em 1995, Hartman gravaria outro soberbo álbum em homenagem ao saxofonista (For Trane). Além das 12 faixas oficiais do presente disco temos ainda mais seis faixas de takes alternativos, sempre gratificantes. Não farei comentários sobre faixas específicas, pois que o disco é todo extraordinário; o que me inspira, no momento, a apontar Hartman como o maior cantor do Jazz – até que venham uma próxima dose e outro disco na vitrola. Dedico esta postagem ao nosso patriarca Mister Avicenna.

Johnny Hartman – Songs from the heart

  • What is there to say
  • Ain’t Misbehavin
  • I fall in love too easily
  • We’ll be together again
  • Down in the depths
  • They didn’t believe me
  • Im glad there is you
  • When your love has gone
  • I’ll remember April
  • I see your face before me
  • September song
  • Moonlight in Vermont
  • Down in the depths (alt.)
  • They didn’t believe me (alt.)
  • Im glad there is you (alt.)
  • I’ll remember April (alt.)
  • I see your face before me (alt.)
  • September song (alt.)

Johnny Hartman – Vocals
Howard McGhee – trumpet
Ralph Sharon – Piano
Jay Cave – Bass
Christy Febbo – drums

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Johnny Hartman - voz de Midas, tudo o que cantava virava ouro.
Johnny Hartman – voz de Midas, tudo o que cantava virava ouro.

Wellbach

.: interlúdio :. Carla Bley / Andy Sheppard / Steve Swallow: Andando El Tiempo

.: interlúdio :. Carla Bley / Andy Sheppard / Steve Swallow: Andando El Tiempo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Aos 80 anos, Carla Bley não para de produzir obras-primas. Praticamente a cada ano ela reaparece reinventando-se. Vindo de uma artista incomum, originalíssima, este Andando El Tiempo é um caso raro de unanimidade. Todos dão-lhe 5 estrelas para depois elogiá-lo de cabo a rabo. Sim, de cabo a rabo, pois Andando não tem momentos fracos. Como sempre, Bley faz referências a fatos do dia-a-dia e desta vez o homenageado é o saxofonista Andy Sheppard, recém casado, que recebe… Bem, ouçam. A música de Andando el Tiempo é extremamente bem escrita, pensada, elegante e nada agitada. É incrível como Carla Bley, modestamente, abre espaço para seus extraordinários parceiros. E eles se esbaldam com as composições de carla. O baixista e marido Steve Swallow parece só melhorar com a idade. Onde vai parar? E Andy Sheppard é brilhante, além de ter uma qualidade de som inigualável. Os temas são lindíssimos. Como sempre, Bley compõe obras que combinam perfeitamente para formar um CD. Desta vez, faz um disco latino, um jazz com tangos latentes. Olha, só ouvindo. E com atenção.

Carla Bley / Andy Sheppard / Steve Swallow: Andando El Tiempo

Andando El Tiempo (Suíte em 3 movimentos)
1 Sin Fin 10:23
2 Potación De Guaya 9:50
3 Camino Al Volver 8:29

4 Saints Alive! 8:35
5 Naked Bridges / Diving Brides 10:05

Bass – Steve Swallow
Piano – Carla Bley
Tenor Saxophone, Soprano Saxophone – Andy Sheppard
Composed By [All Compositions By] – Carla Bley

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Carla Bley
Carla Bley
Steve Swallow
Steve Swallow
Andy Shepard
Andy Sheppard

PQP

.:interlúdio:. Lol Coxhill, Steve Lacy & Evan Parker – Three Blokes

.:interlúdio:. Lol Coxhill, Steve Lacy & Evan Parker – Three Blokes

Sim, jazz de vanguarda. Quem não gosta, que fuja. Este álbum documenta três noites de improviso em duetos ou em trio de três saxofonistas, todos com sax soprano. Não há outros instrumentos e, na verdade, só há um trio: a curtíssima Three Blokes.

O disco é uma fascinante integração entre 3 grandes instrumentistas que se revesam em duplas. Um levando o tema e o outro, digamos, correndo atrás. Gostei muito, mas sei que é para poucos.

Lol Coxhill, Steve Lacy, Evan Parker – Three Blokes

1. The Crawl (Parker-Lacy)
2. Backlash (Parker-Lacy)
3. Glanced (Coxhill-Lacy)
4. Broad Brush (Parker-Coxhill)
5. Three Blokes (Lacy)

All tracks recorded live in Berlin, 25-27/09/1992
Released in 1994 by FMP.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Os três loucos.
Os três loucos.

PQP

.: interlúdio :. Quarteto Novo

Publicado originalmente em 07.09.2012

De vez em quando acontecem esses momentos musicais que são como eclipses. E este é daqueles raros, seculares; talvez o melhor disco de música instrumental feito no Brasil em todos os tempos.

Viveu pouco, porém forte, o Quarteto Novo. Que nasceu Trio Novo em 1966, meio punhado de músicos para acompanhar Geraldo Vandré num programa de tevê patrocinado pela farmacêutica Rhodia. Que no ano seguinte não renovaria seus contratos publicitários, deixando o grupo à sorte. Sorte mesmo: pois que quando um flautista chamado Hermeto Paschoal juntou-se, em 1967, à Theo de Barros, Heraldo do Monte e Airto Moreira, Vandré resolveu bancar do próprio bolso ensaios e turnês do grupo. Que durou apenas mais dois anos, e deixou apenas um disco, que saiu pela Odeon; e que disco é, caros amigos. Tivesse feito mais um ou dois desses e hoje o mundo seria diferente. O brazilian northeastern jazz seria nosso principal produto de exportação e influência musical. Não que tenha passado despercebido, longe disso. Diga “Quarteto Novo” a qualquer expert internacional do jazz e presencie uma cascata de elogios maior do que sou capaz de reproduzir. (Última reedição é da Blue Note, inclusive.)

Patriotismo (que não me pertence) à parte, puxa vida: se fosse sempre possível elevar dessa forma nossas mais brazucas expressões musicais. Como toda junção de estilos bem feita, não se trata de uma soma simples; é um caldo cozido a fogo lento e onde os sabores se entranham uns nos outros. A linguagem do jazz se adapta tanto à marcação de samba quanto ao 2/4 do baião; as linhas de flauta substituem os trompetes tradicionais (e a voz — lembrem que era 1967 e a bossa nova mandava e desmandava); a guitarra vai dar norte a Pat Metheny e, quando sai de lado para a viola ou violão de 12 cordas, se ouve tudo que Duofel vai fazer nos próximos 40 anos. O álbum flutua no mapa e vai do sertão (Algodão) à Nova York (mas) (Vim de Sant’ana) voando numa nuvem. Às vezes é Lampião de terno, batendo triângulo com Dolphy num bar de Chicago; noutras é Wes Montgomery comendo torresmo e tocando com o dedão engraxado. Imaginário à parte, a sofisticação dos arranjos; coisa fina como pouco se vê fazerem aqui, e já há tanto. Também o fato de uma banda que parece saber telepatia musical; Barros usando com a mesma sabedoria tanto contrabaixo elétrico como double bass, Airto Moreira simplesmente assinando um contrato com o futuro, na primeira linha do jazz internacional pro resto da vida. E a flauta-abraço de Hermeto, com sua performance singular e seu toque de Midas na alma: impossível ouvir Hermeto sem brotar um sorriso na cara.

Quarteto Nôvo – 1967: Quarteto Nôvo (320 kbps)
Theo de Barros: violão, contrabaixo
Heraldo do Monte: guitarra, viola caipira
Airto Moreira: bateria, percussão
Hermeto Pascoal: flauta, piano, arranjos.

01 O Ôvo (Vandré/Pascoal)
02 Fica Mal com Deus (Vandré)
03 Canto Geral (Vandré/Pascoal)
04 Algodão (Gonzaga/Dantas)
05 Canta Maria (Vandré)
06 Síntese (Monte)
07 Misturada (Moreira/Vandré)
08 Vim de Sant’Ana (Barros)
Faixas-bônus da reedição de 1993
09 Ponteio (Lobo)
10 O Cantador (Caymmi/Motta)

.  .  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – download here
link alternativo (com senha) nos comentários

Boa audição, e bom feriado!
Blue Dog
(post renovado por Ranulfus, em consequência
do comentário entusiasmado do leitor Sal)

.: interlúdio :. Chet Baker & Paul Bley: Diane

.: interlúdio :. Chet Baker & Paul Bley: Diane
Version 1.0.0

Tudo o que se poderia dizer de Chet Baker já foi dito. De bom e de ruim. De ruim o seu ‘biófago’ James Gavin no livro “No Fundo de um Sonho – a Longa Noite de Chet Baker”, tratou de consumar. Um livro instigante, contudo, especialmente para os fãs do genialíssimo cantor trompetista – ou vice-versa. Gavin, um desprezível réptil, apesar de ter passado com vontade o pente fino na vida do artista – expondo tudo por baixo dos tapetes –  não logrou primar no melhor: nas considerações musicais, o que o aponta como um escritor oportunista, montado na fama do biografado e nos seus revezes para lucrar o máximo possível. Deixemo-lo aos abutres e falemos de música. Não é invencionice que Charlie Parker escolheu a Baker para acompanha-lo nas suas apresentações quando de sua passagem pelo Oklahoma – terra natal de Chet. A primeira gravação de Chesney Henry (nome real de Baker, nascido em 1929) foi ao lado do grande Bird, ao vivo. Bird devasta, Chet faz o que pode, verde, porém promissor. Ao chegar a NY Bird diria a Gillespie e Miles que um carinha branco do Oklahoma iria devora-los. Bem, não era da natureza de Chet, aparentemente, devorar ninguém neste sentido, embora Bird tivesse uma visão clara das coisas no tocante à música. Baker sempre guardou a mais profunda admiração e reverência pelos reais donos daquele idioma musical, o Jazz. As vezes nas quais procurou dialogar com Miles foi rechaçado com insultos. Davis guardava muita mágoa, pois quando despontou na carreira, também acolhido por Bird, sofreu muitas críticas. Já Baker, como é usual especialmente na música Norte Americana, foi exaltado como a grande ‘estrela branca’; nesse caso, do Jazz. Os empresários da música Norte Americana e também muitos artistas brancos sempre tentaram usurpar as coroas dos artistas negros; foi essa uma das origens dos Beatles, importados da Inglaterra porque em território americano não havia quem peitasse o sucesso do Rythm and Blues negro. Inventaram Elvis – que aprendeu a dançar com Forrest Gump, se bem lembram. Mas falando de Baker, recentemente foi filmada uma película biográfica, “Born to the blues”, com Ethan Hawk no papel de Baker. Claro, não convence, como poderia? O filme beira uma pegada Rock Balboa; concentra-se no episódio no qual Baker perde mais alguns dentes numa briga. Baker sempre fora banguela mas tocava como o diabo, só que dessa vez a coisa ficou crítica. Ainda tentando falar de sua música, Baker é um dos mais originais artistas da história, especialmente dentro do Jazz, com uma concepção sonora e melódica que são pessoalíssimas e… irresistíveis.

chet baker

Dizia o saudoso Paulo Francis, que ouvia Baker por horas a fio. Acredito. Baker é hipnótico, nos captura com uma só nota e nos ‘injeta’ (acho o termo apropriado) algo que nos rouba a alma. Chet Baker é altamente ‘viciante’, seus discos deveriam vir com uma tarja informativa sobre isso. Sua abordagem ao trompete vai totalmente de encontro à natureza tradicional do instrumento: heráldica, brio, marcialidade. Também contrariando a maior influência trompetística do Jazz, Louis Armstrong, divindade suprema do gênero, cuja influência marcou e continua a marcar todos os trompetistas. O trompete de Baker em seu intimismo poderia ser remetido ao estilo do ancestral Bix Beiderbecke. Este, poderíamos dizer, um profeta do Cool Jazz, com seus melódicos e delicados solos entre as massas dançantes da orquestra de Paul Whitman. Também poderíamos tecer um paralelo entre o estilo de Baker e a abordagem suave e melódica do grande Lester Young, embora saxofonista. Que Baker era apaixonado declaradamente por Miles Davis é sabido e inquestionável, mesmo sendo por ele cumulado de diatribes. Miles é outro cujo estilo é altamente contagioso. Baker é um supremo criador de melodias. Sendo eu trompetista e tendo transcrito inúmeros solos seus, posso asseverar sua supremacia nesta área. Seus últimos anos, mesmo limitado tecnicamente pela prótese que colava às vezes com um chiclete ou porque estava ‘descompensado quimicamente’ – se me entendem – não lhe tirou os efeitos do gênio. Ainda assim, em certas gravações, ele prima em virtuosismo, a exemplo de sua grande apresentação em Tokyo, um ano antes de morrer em Amsterdam (um dos episódios mais misteriosos e comentados da história do Jazz). Mesmo em 1988, meses antes de ter caído pela janela do hotel na citada localidade, ele brilha em seu último concerto com a Radio Orchestra Hannover; NDR Big Band, dois CDs magníficos. O disco Diane é de 1985, gravado na Dinamarca. A faixa que intitula o presente disco se remete à namorada de Chet na época, Diane Vavra. Alguns consideram este o melhor disco de Baker, talvez seja, é muito difícil dizer isso de um artista que produziu tanto e com tal qualidade. A formação em dueto neste disco, com o pianista Paul Bley, acentua mais ainda o intimismo. Chet que em seus últimos anos gravou muito em trio, sem bateria. Lembrando seus brilhantes registros junto a Gerry Mulligan, no quarteto sem piano, apenas com o contrabaixo e uma percussão suave. Segundo o pianista Bley, Diane seria um álbum perfeito para se ouvir no carro, à noite, percorrendo as ruas de alguma cidade desconhecida. Chet nos captura em seu elemento, uma intraduzível atmosfera de melancolia e beleza; uma hipnótica aura sonora que nos inebria e emociona e que nos aponta – sabendo o que sabemos sobre Chet – para o grande enigma da arte. Sempre haverá algo a se dizer sobre Chet Baker, enfim.

Chet Baker & Paul Bley – Diane

  1. “If I Should Lose You” (Ralph Rainger, Leo Robin) – 7:16
  2. “You Go to My Head” ( Fred Coots, Haven Gillespie) – 7:03
  3. “How Deep Is the Ocean?” (Irving Berlin) – 5:17
  4. “Pent-Up House” (Sonny Rollins) – 3:55
  5. “Ev’ry Time We Say Goodbye” (Cole Porter) – 7:52
  6. “Diane” (Lew Pollack, Ernö Rapée) – 5:31
  7. “Skidadidlin'” (Chet Baker) – 4:16
  8. “Little Girl Blue” (Lorenz Hart, Richard Rodgers) – 5:27

Chet Baker – Trompete e vocal na faixa 2
Paul Bley – Piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O hipnótico Chet Baker.
O hipnótico Chet Baker.

Wellbach

.: interlúdio :. Diane Schuur: I Remember You: With Love To Stan And Frank (2014)

.: interlúdio :. Diane Schuur: I Remember You: With Love To Stan And Frank (2014)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um tremendo disco desta tremenda cantora cega que vê muito mais do que a esmagadora maioria de nós. Enquanto alguns vocalistas escolhem entre o lucro e o jazz, Schuur leva ambas as carreiras com competência. Ela está constantemente entre as salas de concertos e os pequenos clubes. Seu estilo incorpora tanto a interpretação do jazz sutil quanto o rhythm and blues. Neste recente CD, Diane Schuur dá um banho ao homenagear Mr. Getz (clonado pelo saxofonista Joel Frahm) e o um certo crooner de sobrenome Sinatra. Sua voz parece estar cada vez mais linda. As novas roupagens da músicas são do caraglio, e o bicho pega, principalmente quando Schuur se solta e improvisa.

Diane Schuur: I Remember You: With Love To Stan And Frank (2014)

01. S’ Wonderful (3:32)
02. Nice N Easy (4:11)
03. Watch What Happens (5:09)
04. I’ve Got You Under My Skin (5:21)
05. How Insensitive (5:09)
06. Here’s That Rainy Day (6:42)
07. Didn’t We (5:52)
08. I Remember You (3:02)
09. I Get Along Without You – Don’t Worry ‘Bout Me (5:01)
10. The Second Time Around (4:58)
11. For Once In My Life (2:56)

Diane Schuur: vocals;
Alan Broadbent: arrangements, piano;
Roni Ben-Hur and Romero Lubambo: guitars,
Joel Frahm: saxophone,
Ben Wolfe: bass;
Ulysses Owens Jr.: drums.

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Diane Schuur:
Diane Schuur: que voz!

PQP

.: interlúdio :. Dreyfus Night in Paris – Miller, Petrucciani, Garrett, Lagrene & White

61oa6qTvBIL._SS500_SS280Se neste CD tivesse apenas a versão deste super quinteto para o clássico “Tutu” do Miles Davis já valeria a pena sua aquisição. O que estes caras fazem não está no gibi, como dizia meu querido e saudoso pai.
Em primeiro lugar vamos conferir quem faz parte deste super grupo:

Kenny Garrett – Sax – tocou com Miles
Marcus Miller – Baixo – tocou com Miles
Birele Lagrene – Guitarrista – Tocava com o Jaco Pastorius
Lenny White – Baterista – Tocou com todo mundo, inclusive com o Miles
Michel Petrucciani – Pianista. Tocou com… Petrucciani, dentre outros, mas não lembro de ter gravado com o Miles.

A gravação deste petardo ocorreu em uma determinada noite de 1994 em Paris, só com músicos da gravadora Dreyfus. E o Cd só tem três faixas, que totalizam 50 minutos de puro prazer e virtuosismo absurdo. Cada um destes músicos tem ou teve uma sólida carreira solo e são reconhecidos pelo seu talento, versatilidade e virtuosismo. Mas eu já tinha usado este adjetivo antes. Então vamos ao que viemos

01 – Tutu
02 – The King Is Gone
03 – Looking Up

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdios :. Dois Kennies, o Werner e o Wheeler, e uma confusão

.: interlúdios :. Dois Kennies, o Werner e o Wheeler, e uma confusão

Pois eu peguei dois CDs de Kenny Wheeler e botei para tocar no carro. Achei estranho. O primeiro não parecia ser de Wheeler. Ele estaria tocando uma música dos The Animals, House Of The Rising Sun? Mais do que estranho, mas mesmo assim era bom, muito bom até. Um sonzaço de big band. Aí fui ver e era de Kenny WERNER, de uma big band de Bruxelas. Fui ver o segundo e era mesmo de Wheeler. Os dois Kennies estão aí para vocês os compararem. Menos mal que não era o Kenny G.

Duas excelentes big bands para esta terça-feira.

Kenny Werner & Brussels Jazz Orchestra – Institute of Higher Learning (2011)

1. Cantabile 1st 10:46
2. Cantabile 2nd 10:53
3. Cantabile 3rd 6:28
4. Second Love Song 7:46
5. House Of The Rising Sun 10:11
6. Compensation 13:00
7. Institute Of Higher Learning 10:24

Personnel:
Kenny Werner: piano; Peter Hertmans: guitar; Jos Machtel: double bass; Martijn Vink: drums; Frank Vaganee: artistic director, lead alto and soprano saxphones; Dieter Limbourg: alto and soprano saxophones, clarinet, flute; Kurt Van Herck: tenor saxophone, flute; Bart Defoort: tenor saxophone, clarinet; Bo Van der Werf: baritone saxophone, bass clarinet; Serge Plume: lead trumpet, flugelhorn; Nico Schepers: trumpet, flugelhorn; Pierre Drevet: trumpet, flugelhorn; Joeroen Van Malderen: trumpet, flugelhorn; Marc Godfried: lead trombone; Lode Mertens: trombone; Ben Fleerakkers: trombone; Laurent Hendrick: bass trombone.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Kenny Wheeler Big Band – The Long Waiting (2012)

1. Canter N.6 [04:18]
2. Four, Five, Six [09:50]
3. The Long Waiting [07:27]
4. Seven, Eight, Nine [05:33]
5. Enowena [11:23]
6. Comba N.3 [07:58]
7. Canter N.1 / Old Ballad [14:11]
8. Upwards [07:47]

Personnel:

John Parricelli – Guitar
Julian Arguelles – Soprano & Tenor Sax
Martin France – Drums
John Taylor – Piano
Kenny Wheeler – Trumpet, Flugelhorn
Pete Churchill – Conductor
Diana Torto – vocals
Ray Warleigh – Alto Sax
Duncan Lamont – Alto Sax
Stan Sulzmann – Tenor Sax
Julian Siegel – Tenor Sax
Henry Lowther – Trumpet
Derek Watkins – Trumpet
Tony Fisher – Trumpet
Nick Smart – Trumpet
Mark Nightingale – Trombone
Barnaby Dickinson – Trombone
Dave Horler – Trombone
Dave Stewart – Bass Trombone
Chris Laurence – Bass

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Werner
Werner
Wheeler
Wheeler

PQP

.: interlúdio :. Herbie Hancock – Maiden Voyage

coverDentro da imensa discografia do pianista Herbie Hancock este com certeza é um de seus melhores discos. Gravado quando tinha apenas vinte e cinco anos de idade, traz um timaço de músicos, em uma das melhores formações de quinteto da história do Jazz. Freedie Hubbard, George Coleman , Ron Carter & Tony Williams já estavam se consolidando como grandes músicos que eram, naquele longinquo 1965, ano em que este que vos escreve nasceu. A faixa título, ‘Maiden Voyage’, se tornou um clássico do jazz.
Em outras palavras, cinco excepcionais jovens músicos fazendo seus nomes serem inscritos na história. Para se ouvir a exaustão, sem medo de ser feliz.

01 Maiden Voyage
02 The Eye Of The Hurricane
03 Little One
04 Survival of the Fitest
05 Dolphin Dance

Herbie Hancock – Piano
George Coleman – Tenor Sax
Freddie Hubbard – Trumpet
Ron Carter – Bass
Tony Williams – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: intermezzo :. Besame Mucho: Dominick Farinacci

.: intermezzo :. Besame Mucho: Dominick Farinacci

Nos ecos do trompete de Al Hirt, trazido, para meu enaltecimento e honraria pelo compadre mestre Avicena, trago um maravilhoso trompetista menos conhecido em nossas paragens. O formidável Dominick Farinacci, americano de Cleveland – Ohio; nascido em 3 de março de 1983, ou seja, na ponta do ramo de uma nova e brilhante geração de trompetistas. Também compositor e band-leader, Dominick foi um dentre apenas 18 classificados em todo mundo pela Julliard School num programa especial de bolsas para quatro anos de formação. Teve sua carreira impulsionada por Wynton Marsalis, seguindo-se então uma sucessão de êxitos e prêmios. Segundo nos conta Dominick, sua preferência de menino teria sido tornar-se baterista. Para nossa sorte ele não demonstrou talento nesse instrumento e o maestro de sua escola declarou que precisavam na verdade de trompetistas. Os êxitos de Dominick não turvaram sua modéstia. Digo isso por razões que explicarei a seguir. Particularmente falando, posso me orgulhar, como trompetista, de partilhar com ele duas coisas em comum: o trompete e o fato de termos sido inspirados por Louis Armstrong – como aconteceu com inúmeros outros músicos ligados ao Jazz no decurso do século XX. Explico o meu caso. Quem se lembra das velhas TVs Telefunken, aquelas em preto e branco, valvuladas, que passávamos os parcos canais naqueles botões para direita e para esquerda, trock-trock… pois é. Foi numa delas, na casa da minha avó em Caruaru – Pe, que em 1971 vi notícias sobre o falecimento de Satchmo, ou Pops, ou ainda Papa Louis. Aqueles sons e aquela figura incrível, com sua voz indescritível, me tomaram para sempre. Somente anos depois, devido a certa carência de informações no meu contexto, pude conhecer mais sobre ele, todavia, o gosto pelo instrumento permaneceu e acabei virando trompetista. Com Dominick, segundo ele mesmo, se deu algo similar. Suas inspirações foram Louis Armstrong e Harry James. Sei que em 1983, quando a cegonha o trouxe ao mundo, eu estava mergulhado no disco Hello Dolly e nos fascículos da ótima e misericordiosa série Gigantes do Jazz da Editora Abril. Especialmente no primeiro disco, de Louis, que ouvi até o vinil ficar branco. Não vem ao caso mas… vou contar que é divertido: Fascinado pelo jazz de New Orleans, em minha fantasia de moleque de 13, 14 anos, a cidade em que eu então vivia – no interior de Sergipe – era a própria New Orleans. Reuni uns colegas, clarineta, trombone, percussão, tuba; mostrava as gravações pra eles e tentávamos macaquear o que ouvíamos com resultados desastrosos mas empolgantes. Assim foi fundada a “Jass Band Itabaiana City” (SSs propositais, conforme as primeiras bandas do gênero). Todos tinham nomes de guerra: Lord Cotonete (eu), Kid Sacabuxa (o trombonista Roberto Millet), Zero (o clarinetista Aroldo Santos), Touro Sentado à bateria (meu pai Uéliton Mendes RIP) e por fim Salário Mínimo (meu irmão mais novo Saulo Mendes ao cavaquinho). Então fazíamos funerais de New Orleans pelas ruas, com uma grande caixa de papelão como um caixão de defuntos, que a molecada ajudava a carregar. Era um espanto. As pessoas não tinham ideia do que diabo era aquilo, espantávamos os cavalos na feira, choviam batatas sobre nós… é isso, contei. Adiante.

Falando então do que pontuei acima, a modéstia do artista. É encantador quando a um grande talento se soma a virtude da humildade. A música é muito reveladora, em diversos aspectos. Particularmente falando, abomino virtuosismo gratuito. Ou a habilidade serve à música, como no caso de Liszt, ou que o sujeito vá tocar suas mil notas por segundo numa corda bamba, com uma melancia na cabeça e um macaco hidrófobo dentro das calças. Francamente. Um trompetista renomado que me causa certa aversão é o magnífico cubano Arturo Sandoval, especialmente quando não está em seu habitat musical natural: os estilos de sua ilha natal. Ao jazz Arturo se empenha obsessivamente em demonstrar que é o pisto mais rápido do Oeste e que toca para além das estratosferas agudas como nenhum outro – sempre perderá para Jon Faddis e Maynard Ferguson. É algo deveras irritante. Faço essa extrema comparação para pontuar a sobriedade do estilo de Dominick. Fraseador formidável, mais afeito ao gênio de Chet Baker a ao comedimento cool de Miles Davis, sem ser glacial. Um maravilhoso melodista, que busca em suas improvisações o discurso eloquente, porém expressivo. Já realizou bom número de álbuns e continua a todo vapor em sua carreira, todavia não precisa expor nos seus encartes os dotes físicos, como andou fazendo o Chris Botti – possivelmente imitando as antológicas fotos de Chet Baker por William Claxton; mas também um bom trompetista.

Outro dom fundamental de Dominick é o bom gosto na escolha do seu repertório. Neste disco, a faixa título é um tema icônico das antigas, todos conhecem ‘Besame Mucho’, da pianista e compositora mexicana Consuelo Velásquez (1916-2005), peça de 1940; que já tive o prazer de tocar em mil e uma noites nas serestas de meus anos passados pelos interiores, sempre com prazer. De música bonita a gente não cansa. Consuelo disse que se inspirou em uma ária de ópera de Henrique Granados (fica o desafio pra quem quiser nos dizer qual é). Poucos sabem que até os Beatles gravaram Besame Mucho, numa fracassada sessão de gravações em 1961, porém, a faixa viria à tona em uma antologia futura. João Gilberto também gravou o tema, muito depois do suicídio do seu gato. O disco abre com ‘Ghost of A Chance’, baladíssima usual no repertório de inúmeros jazzistas, embora a suprema gravação seja de Clifford Brown em um dos zênites do jazz. A segunda faixa foi um ‘desconcerto’ quando ouvi pela primeira vez. Em que esquina de NY Dominick teria se batido com Herivelto Martins?! A antológica canção brasileira ‘Caminhemos’. Belíssimo tema aqui tratado com belo arranjo e maravilhosa interpretação. A quinta faixa também é do fundo do baú e também do repertório do Al Hirt no filme Candelabro Italiano – ‘Al Di La’. Em seguida, Piazzolla, o intenso ‘Libertango’. Na faixa 8 um clássico do repertório Bebop, o melódico tema Nostalgia, do soberbo trompetista Fats Navarro. Na décima faixa outra baladíssima, a sinatriana ‘You go to my head’.

Não sei se Dominick reclamaria disso, mas o disco tinha apenas 11 faixas e acrescentei mais três. O fiz, a princípio, porque são temas que ele interpreta maravilhosamente; também porque havia pensado em somente duas faixas e isso daria um número azarento, assim acrescentei mais uma e ficaram 14 faixas. Não são quaisquer temas. Na faixa 12, eu diria que Dominick dá um ‘ciao’ – seu sobrenome Farinacci (que se ele não fosse um cara modesto poderia ter mudado), evidencia sua origem italiana. O tema de Nino Rota ‘Speak Softly Love’ do poderoso Chefão, que todos conhecem… Olha lá, não quero dizer que o Dominick seja afilhado de nenhum Dom Corleone (mas também nada contra, quem me dera!); seja como for, olhando para ele podemos considerar que ficaria ótimo como um talentoso e simpático ragazzo trompetista na trilogia de Coppola. A outra faixa acrescentada é o bonito tema Estate, de Bruno Martino e por fim um lindo tema imortalizado no jazz por John Coltrane: Say It.

Após estas considerações nas quais figuraram apreciações, confidências e diatribes, vamos à música, com o talentoso Dominick Farinacci.

Besame Mucho: Dominick Farinacci

1 Ghost of A Chance
2 Caminhemos
3 It’s all right with me
4 Besame Mucho
5 Al Di La
6 Libertango
7 Shmoove
8 Nostalgia
9 Jimmy two times
10 You go to my head
11 Down to the wire
12 Speak Softly Love
13 Estate
14 Say It

Dominick Farinacci, (trumpet)
Adam Birnbaum (piano)
Peter Washington (bass)
Carmen Intorre,jr. (drums)
Recorded: NYC, April 17-18,2004

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

trompetista

Wellbach

.: interlúdio :. moreorlessjazz CD 2 – Vários

coverMais um volume desta ótima coletânea, intitulada More Or Less Jazz com ótimos momentos, inclusive conseguiram fazer com que a canção de James Cullum se encaixasse muito bem entre as diversas escolhas. Como falei na postagem do primeiro CD, não gosto de coletâneas, mas tenho de tirar o chapéu para elogiar o bom gosto dos produtores.
Ideal para encontros de velhos amigos, para jogar conversa fora, ou então, para ouvir no carro, ajuda a passar o tempo nos intermináveis congestionamentos de nossas cidades.
Espero que apreciem.

01. Silje Nergaard – Let There Be You
02. Lisa Ekdahl – The Color Of You
03. Jamie Cullum – These Are The Days
04. Steve Tyrell – The Very Thought Of You
05. Rick Braun – What Are You Doing The Rest Of Your Life
06. Ella Fitzgerald & Joe Pass – That Old Feeling
07. Gretchen Parlato – Flor De Lis
08. Stan Getz & Charlie Byrd – Samba Triste
09. Chris Botti – La Belle Dame Sans Regrets
10. rejazz feat. Lisa Bassenge – All I Need
11. Slow Train Soul – Twisted Cupid
12. Gordon Haskell – Tell Me All About It
13. Michael Keashammer – Comes Love
14. Jacqui Naylor – My Funny Valentine

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Friedrich Gulda (1930-2000): Jazz Works – com J.J.Johnson, Freddie Hubbard, Sahib Shihab e Eurojazz Orchestra

IMG_20160602_080123bNão se enganem: isto não é uma “curiosidade” que “talvez valha a pena baixar”… É Música com M Maiúsculo.

Não se costuma pensar em Gulda como compositor e sim como pianista – e muitas vezes como um pianista questionável por suas ousadias heterodoxas, mesmo tendo sido professor de gente como Marta Argerich e Claudio Abbado – mas aqui Gulda comparece não só como pianista, mas também como band leader e autor das três composições, cuja proposta vamos deixar que ele mesmo explique:

    Music for Four Solists and Band No. 1 é uma nova obra em uma série de composições em que venho tentando abrir para o jazz as formas clássicas maiores (sonata, sinfonia, concerto etc.). Creio que até agora o jazz se confinou em formas muito estritas e esquemáticas – quase só a da canção ou balada de 32 compassos e do blues de 12 compassos. Hoje muitos músicos jovens vêm se dando conta da limitação dessas formas, e tentam libertar-se delas de golpe, abrindo mão de toda e qualquer forma e jogando fora tudo o que foi legado pela tradição (free jazz).

    Eu acredito que há outra saída: não é apenas explodindo as formas que o jazz teve até agora que seus limites podem ser dilatados, mas também mediante o seu enriquecimento através das grandes formas clássicas. Europeu que sou, este último caminho me parece o mais frutífero. Tenho a sensação de que simplesmente ainda não foram percebidas as possibilidades que nossa grande tradição musical oferece ao jazz. Longe de esgotadas, essas possibilidades são novas e vigorosas. Os jazzistas europeus se miram em New Orleans, Harlem ou no South Side de Chicago, mas nem assim conseguem assimilar a tradição do negro americano em sua plenitude. Nunca entendi por que não recorrem mais intensamente à sua própria tradição!

    A Music for Four Solists and Band é uma obra para quatro solistas – trompete, trombone, sax barítono alternado com flauta, e piano – na forma clássica de concerto em três movimentos: 1º: Forma-de-sonata com uma introdução lenta, exposição, desenvolvimento, reexposição e coda. – 2º: Balada com um e meio “choruses” (variações), com introdução e cadência do piano. – 3º: Rondó. […]  (Traduzido por Ranulfus)

Ou seja: a cooperação entre tradição clássica e jazz que Gulda propõe e realiza não é um maneirismo: uma descaracterização de composições clássicas interpretando-as à maneira de jazz, nem uma descaracterização do jazz interpretando-o à maneira clássica (p.ex. em arranjos para orquestra sinfônica): trata-se de “jazz de verdade” – em suas características harmônicas, melódicas, rítmicas, tímbricas, prosódicas, etc. – que apenas faz uso complementar de técnicas composicionais originárias da tradição europeia. E a isso este monge só pode voltar o entusiasmo devido a uma realização intelectual do mais alto nível!

Nas duas outras peças do disco vemos um caminho misto: o “Minueto” não se restringe a um uso de forma: este mescla, sim, materiais melódicos, rítmicos, harmônicos, bem como estilos de interpretação, de origem europeia e jazzística. Que cada um avalie como lhe aprouver; da minha parte, não deixo de achar uma peça encantadora.

Já no “Prelúdio e Fuga”, peça para piano solo que conclui o disco, temos um prelúdio (forma livre) em que predomina a vertente europeia, e uma fuga (forma fortemente regrada) onde predomina o jazz: bem o contrário do que seria de esperar, no que talvez possamos ver mais um exemplo da verve intelectual do Sr Friedrich. (Vale ainda notar que mais tarde esta Fuga foi gravada mais de uma vez pelo recém-falecido Keith Emerson – inclusive no álbum ao vivo Welcome back, my friends, to the show that never ends, postado aqui recentemente pelo colega FDP, onde mesmo um fã de E.L.& P., como eu, tem que reconhecer que Keith não se saiu muito bem).

Digno de nota, ainda, que colaborem com Gulda neste seu projeto cinco dos maiores jazzistas estadunidenses da segunda metade do século XX – quatro deles negros: além dos solistas nomeados logo abaixo, Ron Carter foi o baixista e Mel Lewis o baterista da “Eurojazz Band”, ao lado de nove jazzistas nascidos de fato na Europa.

Finalmente: esta postagem marca a volta do “monge Ranulfus” à arte da digitalização do vinil, que aprendeu em 2010 com o colega Avicenna e chegou a praticar até outubro daquele ano, tendo aí que deixá-la de lado devido a contingências da vida. Restabelecidas agora as condições mínimas, Ranulfus ainda não sabe com que frequência conseguirá praticá-la, mas mesmo assim informa que tem cerca de 50 LPs (ou vinis) à espera. Por essa e por muitas outras razões esta postagem vai carinhosamente dedicada ao “decano do PQP”, nosso querido Avicenna!

Friedrich Gulda:
M
USIC FOR 4 SOLOISTS AND BAND No.1   [M4SB1] 
01 Primeiro movimento  9’38”
02 Segundo movimento  8’25”
03 Terceiro movimento  6’44”

04 MINUET (da suíte Les Hommages) 6’47”

05 PRELUDE AND FUGUE 4’11”

Freddie Hubbard (1938-2008), trompete
J. J. Johnson (1924-2001), trombone
Sahib Shihab (Edmond Gregory) (1925-1989), sax barítono e flauta
Friedrich Gulda (1930-2000): piano, composição e direção
Eurojazz Orchestra
Gravado na Áustria em 1965
Digitalizado em 2016 por Ranulfus, com assistência de Daniel S.,
a partir do LP remasterizado em estéreo lançado na Alemanha nos anos 70.

.  .  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – download here – FLAC: 210 MB

.  .  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – download here – MP3 320 kbps: 80 MB

Ranulfus

.: interlúdio :. Pat Metheny – The Unity Sessions. Cuong Vu Trio Meets Pat Metheny

Pacotaço duplo com dois petardos recém lançados pelo Pat Metheny. PQPBach me intimou a postar estes cds depois que fiz propaganda deles no Facebook, tipo menino faceiro porque ganhou um sorvete.
No primeiro, Metheny retorna com sua Unity Band, um quarteto sem piano mas com sax. No segundo, ele se reúne ao trompetista Cuong Vu, velho conhecido dos que acompanham a carreira do guitarrista há mais tempo. Basta lembrar do excelente “Speaking of Now”, de 2002, onde Vu nos é apresentado com todo o seu talento e virtuosismo.
Nos dois cds, não podemos dizer que apenas Metheny se destaca, pois o talento dos músicos com quem toca é indiscutível. Mas é ele quem norteia, é ele quem dá o rumo. A inconfundível timbragem de sua guitarra se destaca no meio dos experimentalismos do trompete de Vu.
Aviso: os que não estão familiarizados com o jazz moderno que essa galera vem tocando podem estranhar um pouco a sonoridade, mas basta ouvirem algumas vezes que garanto que irão gostar e muito,principalmente o cd que conta com a participação do trio de Cuong Vu.

00-pat_metheny-the_unity_sessions-web-2016Pat Metheny – The Unity Sessions

1. Adagia
2. Sign of the Season
3. This Belongs to You
4. Roof Dogs
5. Cherokee
6. Genealogy
7. On Day One
8. Medley Phase DanceMinuanoMidwestern NightsThe Sun in MontrealOmaha CelebrationAntoniaLast Train Home
9. Come and See
10. Police People
11. Two Folk Songs
12. Born
13. Kin (–)
14. Rise Up
15. Go Get It

Pat Metheny – Guitars
Chris Potter – Clarinet (Bass), Flute, Guitar, Sax (Soprano), Sax (Tenor)
Antonio Sanchez – Drums
Ben Williams – Bass

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

frontCuong Vu & Pat Metheny – Cuong Vu Trio Meets Pat Metheny (2016)

1. Acid Kiss
2. Not Crazy (Just Giddy Upping)
3. Seeds of Doubt
4. Tiny Little Pieces
5. Telescope
6. Let’s Get Back
7. Tune Blues

Pat Metheny Guitars
Ted Poor Drums
Stomu Takeishi Bass
Cuong Vu Trumpet

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE