Vanessa Mae: The Classical Colection – Dimitry Kabalevsky (1904-1987), Piotr Il’yich Tchaikovsky (1840-1893), Ludwig van Beethoven (1770-1827), Fritz Kreisler (1875-1962) e Marius Casadesus (1887-1945) e mais uma porrada de caras [link atualizado 2017]

Hoje os puristas vão estrilar…

(Este post é a reunião de três postagens dessa coleção de fevereiro de 2013)

Vanessa Mae? Aquela, toda pop? Com certeza, muito pop (já foi mais). É uma grande violinista que soube como nenhuma ser comercial (alguém tem que ganhar dinheiro nessa vida, né?).

Mas esqueçam aquela Vanessa que se tornou clichê! Aqui está a menina sem aquelas traquitanas eletrônicas, sem parafernália plugada, sem batidas sintéticas, sem arranjos de gosto duvidoso. Só ela, seu violino e orquestras tradicionais. É aqui que vemos realmente a Mae violinista! Uma senhora violinista!

É uma Janine Jansen? Não, com certeza. Mas ainda assim manda muito bem no simplesmente MARAVILHOSO, conhecido e  batido Concerto para Violino de Tchaikovsky. O fato de ser conhecidíssimo não tira o mérito, muito menos a beleza deste concerto, um dos mais belos já escritos na face deste geóide azul, senão o mais…

Há ainda, do mesmo Tchaikovsky, a Dança Russa do Lago dos Cisnes, mais uma inspirada peça do autor e, para melhorar, o cativante e vibrante Concerto em Dó de Kabalevsky, que debuta aqui no P.Q.P.Bach já com muita propriedade: que música fez esse russo!

***

No segundo álbum da trilogia The Classical Colection, a singapurense Vanessa-Mae traz um repertório tão interessante ou mais que o anterior.

Começa com três peças: Schön Rosmarin,  Liebeslied e Liebesfreud, do até então inédito aqui no P.Q.P.Bach, Fritz Kreisler, um dos maiores violinistas do século XX e também expressivo compositor de peças para o instrumento.

Depois ela ataca com o Concerto para violino em Ré ‘Adelaide’, de Marius Casadesus, outro que coloca hoje, pela primeira vez, seu nome no nosso rol com mais de 1200 autores. Ah, e que concerto belo! Vocês se lembram do grande engodo das descobertas forjadas dos irmãos Casadesus (aqui)? Pois é: esse concerto foi composto pelo francês, mas ele e seu grupo afirmavam tê-lo encontrado e ser o mesmo uma peça de autoria de Mozart. Muitos anos depois, apenas após a morte do irmão Henry Casadesus (que também criou composições e as atribuiu falsamente a C.P.E Bach, J.C. Bach e Händel) e do próprio Marius é que se descobriu a farsa. Convencionou-se chamar o concerto de “no estilo de Mozart” e dar-lhe a verdadeira autoria, de Marius Casadesus.

Por fim, um membro da Santíssima Trindade e totalmente assíduo aqui no blog: Ludwig van Beethoven (trindade completa por Bach e Mozart), em mais um Concerto para violino em Ré, talvez a peça mais conhecida deste álbum, e como não poderia deixar de ser, vindo de quem veio, tensa e vibrante.

Vanessa-Mae mostra que não é só um rostinho bonito e um pedaço de mau caminho: toca muito bem. Às vezes um pouco quadradinha e certinha demais, faltando um tanto de sangue na interpretação, mas muito boa, ainda que com esse senão.

Meu interesse maior, para além da interpretação falha ou estupenda, incorreta ou precisa de Mae, é colocar neste espaço composições que por aqui não deram o ar da graça ainda: e hoje temos seis faixas novinhas em folha  (e belíssimas) para vosso deleite auricular.

***

Há ainda o terceiro CD, que encerra a trilogia The Classical Collection. Sim, aqui ela já está com saudades do pop e põe as asinhas de fora com o miolo do álbum…

Mas não é esse lampejo de popismo que vai inutilizar o CD. Há muita coisa boa mesmo! Bom, primeiro ela começa muito bem: ataca de Elgar, Bach e Brahms. Depois não resiste e vai para músicas de filmes, musicas, trilhas sonoras até o hino das Olimpíadas de Seul. Depois ela se lembra que a trilogia se chama The CLASSICAL Collection e volta para compositores eruditos, executando coisas belíssimas e deliciosas como a Fantasia de Carmen de Sarasate, e La Campanella  (também super batida, apesar de genial), de Paganini. Dificílimas, para mostrar que, além de tudo (ou apesar de tudo), no violino, ela sabe e ela pode!

Eu não diria que é um CD para se ouvir de cabo a rabo, como são quase todos que postamos aqui, mas tem uma parte considerável de suas músicas que é brilhante e que merece uma audição atenciosa, cuidadosa e, principalmente, prazerosa.

***

Dispa-se do ranço e dos preconceitos contra a mocinha singapurense! O repertório é de primeira linha! Ela toca muito! Ouça! Ouça! Deleite-se!

Vanessa Mae
The Classical Colection
CD1: The Russian Album
Dimitry Kabalevsky (1904-1987)
01. Concerto para violino em Dó, I. Allegro
02. Concerto para violino em Dó, II. Andante
03. Concerto para violino em Dó, III. Allegro giocoso
Piotr Il’yich Tchaikovsky (1840-1893)
04. Dança Russa, d’O Lago dos Cisnes’
05. Concerto para violino em Ré, I. Allegro moderato
06. Concerto para violino em Ré, II. Canzonetta (Andante)
07. Concerto para violino em Ré, III. Finale (Allegro vivacissimo)

CD2: The Viennense Album
Fritz Kreisler (1875-1962)
01. Schön Rosmarin
02. Liebeslied
03. Liebesfreud
Marius Casadesus (1887-1945)
04. Concerto para Violino em Ré ‘Adelaide’, no estilo de Mozart, I. Allegro
05. Concerto para Violino em Ré ‘Adelaide’, no estilo de Mozart, II. Adagio
06. Concerto para Violino em Ré ‘Adelaide’, no estilo de Mozart, III. Allegro
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
07. Concerto para Violino em Ré, I. Allegro ma non troppo
08. Concerto para Violino em Ré, II. Laghettto
09. Concerto para Violino em Ré, III. Rondo (allegro)

CD3: The Virtuoso Album
Edward Elgar (Broadheath, Inglaterra, 1857 – Worcester, Inglaterra, 1934)
01. Salut D’Armour
Johannes Brahms (Hamburgo, Alemanha, 1833 – Viena, Áustria, 1897)
02. Lullaby
Johann Sebastian Bach (Eisenach, Alemanha, 1685 – Leipzig, alemanha, 1750); 03. Ária da Corda Sol (Suíte Orquestral nº 3 em Ré, II. Adagio)
Richard Charles Rodgers (Nova York, EUA, 1902 – 1979)
04. My Favorit Things (de ‘A Noviça Rebelde’ – The Sound of Music)
Henry Mancini (Cleveland, EUA, 1924 – Beverly Hills, EUA, 1994)
05. The Pink Panter
Michel Legrand (Paris, França, 1932)
06. Les Parapluies de Cherbourg (Os Guarda-chuvas do Amor)
Albert Hammond e John Bettis
07. One moment in time (Hino do Jogos Olímpicos de Seul)
John Lennon (Liverpool, Reino Unido, 1940 – Nova York, EUA, 1980) e Paul McCartney (Liverpool, 1942)
08. Yellow Submarine
Tradicional
09. Frere Jacques
Niccolò Paganini (Gênova, Itália, 1782 – Nice, França, 1840)
10. La Campanella
Sze-Du
11. Chinese Folk Tune
Fritz Kreisler (Viena, Áustria, 1875 – New York, EUA, 1962);
12. Tambourin Chinois
Mario Castelnuovo-Tedesco (Florença, Itália, 1895 – Berverly Hills, EUA, 1968)
13. Fígaro
George Gershwin (Nova York, EUA, 1898 – Hollywood, EUA, 1937)
14. Summertime (da ópera Porgy and Bess)
Pablo Martín de Sarasate (Pamplona, Espanha, 1844 – Biarritz, França, 1908);
15. Concerto-fantasia sobre um tema de ‘Carmen’
Henryk Wieniawski (Lublin, Polônia, 1835 – Moscou, Rússia, 1880)
16. Fantasia Brilhante sobre temas de ‘Fausto’, de Gounod

Vanessa Mae, violino
CD1:
London Mozart Players (faixas 01 a 03 e 06 a 07)
Anthony Inglis, regente (faixas 01 a 03 e 06 a 07)
New Belgian Chamber Orchestra (faixa 04)
Nicholas Cleobury, regente (faixa 04)
CD2:
New Belgian Chamber Orchestra (faixas 01 a 03)
Nicholas Cleobury, regente (faixas 01 a 03)
London Mozart Players (faixas 04 a 06)
Anthony Inglis, regente (faixas 04 a 06)
London Symphony Orchestra (faixas 07 a 09)
Kees Bakels (faixas 07 a 09)
CD3:
New Belgian Chamber Orchestra (faixas 01 a 14)
Nicholas Cleobury, regente (faixas 01 a 14)
London Mozart Players (faixas 15, 16)
Anthony Inglis, regente (faixas 15, 16)
1991

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – 3CD (449Mb)

…Mas comente… Não me deixe apenas com o silêncio…

Kabalevsky era a cara do…
… Woody Allen!

Bisnaga

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – CD 3 de 3 – Brendel, Rattle, WPO

“If I belong to any tradition, then it is the tradition which makes the masterpiece telling the performer what he should do and not the performer telling the peace what it should be like or the composer what he ought to have composed.”
Alfred Brendel fez essa declaração em um documentário produzido por ocasião da gravação que ora posto. Creio que sintetiza bem o pensamento do grande pianista, um dos maiores de sua geração.
Para concluir a coleção temos então o Concerto n° 5, também conhecido por “Imperador”, o maior de todos os concertos para piano já compostos, talvez levemente ofuscado pelo Segundo Concerto de Brahms, outro peso pesadíssimo, mas o papo aqui é Beethoven. Tenho certeza que será uma bela trilha sonora para o domingo.
Nossa antiga colaboradora, Clara Schumann, tinha tamanho apreço por Brendel que o chamava de “Brendel, meu brendelzinho”. Não sei por onde anda nossa amiga portuguesa, sumiu sem deixar rastros. Se por acaso ela ainda nos acompanha, mesmo que no anonimato, fica aqui um grande abraço e faço questão de dedicar a postagem desta coleção a ela.

01.Piano Concerto No.5 in Es-dur, Op.73, Emperor – I. Allegro
02.Piano Concerto No.5 in Es-dur, Op.73, Emperor – II. Adagio un poco mosso
03.Piano Concerto No.5 in Es-dur, Op.73, Emperor – III. Rondo- Allegro ma non troppo

Alfred Brendel – Piano
Wiener Philharmoniker
Simon Rattle

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FDPBach

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – CD 2 de 3 – Brendel, Rattle, WPO

Alfred Brendel, Simon Rattle e a Filarmônica de Viena continuam exibindo sua versatilidade, virtuosismo e excelência tocando os Concertos de n° 2 e de n° 3 de Herr Beethoven. Preciso falar mais alguma coisa? Não, né, então aproveitem bem, pois o tempo urge e preciso sair.

01.Piano Concerto No.2 in B-dur, Op.19 – I. Allegro Con Brio
02.Piano Concerto No.2 in B-dur, Op.19 – II. Adagio
03.Piano Concerto No.2 in B-dur, Op.19 – III. Rondo – Molto Allegro
04.Piano Concerto No.3 in c-moll, Op.37 – I. Allegro Con Brio
05.Piano Concerto No.3 in c-moll, Op.37 – II. Largo
06.Piano Concerto No.3 in c-moll, Op.37 – III. Rondo – Allegro

Alfred Brendel – Piano
Wiener Philharmoniker
Simon Rattle – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – CD 1 de 3 – Brendel, Rattle, WPO

Já faz algum tempo que não postamos nada com o grande Alfred Brendel. Então resolvi trazer esta integral dos concertos de piano de Beethoven, gravado no final dos anos 90. E acompanhado por Simon Rattle, antes deste assumir a Filarmônica de Berlim e antes de se tornar um Cavaleiro da Rainha e ostentar um Sir em frente ao nome.
Esta deve ser a terceira integral que Brendel gravou destes concertos de Beethoven. Lembro da versão com o Levine e com o Haitink, mas posso estar esquecendo alguma outra. Um músico da estatura de Brendel não se intimida diante do desafio de explorar novas sonoridades e possibilidades destas obras imortalizadas por ele mesmo e por outros gigantes do teclado. Como diz o texto do libreto que acompanha a caixa: “Do we really need another series of piano concertos by Beethoven? In this case, the answer is perfectly clear: with such musicianship, one could not have enough of them”.  A definição perfeita: nunca não serão suficientes pois tanto nós quanto os intérpretes estaremos procurando sempre algo mais. As novas gerações sucedem as velhas e já temos gente do nível do Paul Lewis, já postado por aqui e esmiuçado pelo Monge Ranulfus, nos mostrando uma leitura mais arejada. Li que Ronald Brautigam também está em processo de gravação destes concertos e que ao contrário das sonatas, está se utilizando de um piano moderno no lugar do pianoforte que utilizou nas gravações das sonatas. E com certeza teremos novidades. É a beleza da capacidade humana de superação.

Os clientes da amazon foram meio tímidos na avaliação: apenas 4 estrelas. Eu particularmente acrescentaria mais uma meia estrela por tudo o que Brendel já realizou.

Claro que esta é minha opinião. E não peço para ninguém compartilhá-la. Tratam-se apenas de palavras e a música de Beethoven está muito além delas.

Então divirtam-se.

01.Piano Concerto No.1 in C-dur, Op.15 – I. Allegro con brio
02.Piano Concerto No.1 in C-dur, Op.15 – II. Largo
03.Piano Concerto No.1 in C-dur, Op.15 – III. Rondo – Allegro scherzando
04.Piano Concerto No.4 in G-dur, Op.58 – I. Allegro moderato
05.Piano Concerto No.4 in G-dur, Op.58 – II. Andante con moto
06.Piano Concerto No.4 in G-dur, Op.58 – III. Rondo – Vivace

Alfred Brendel – Piano
Wiener Philharmoniker
Simon Rattle – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete Violin Sonatas – Augustin Dumay – Maria João Pires – CD 1 de 3

LINKS RESTAURADOS !!!

Problemas de saúde aliados a excesso de serviço tem me mantido afastado do blog. Mas tenho acompanhado o que acontece por aqui, e vejo o quanto PQP está trabalhando, postando cada vez mais material de qualidade. Já foram dez os colaboradores, porém este número diminuiu. Alguns saíram sem dar maiores explicações, outros explicaram que não conseguem conciliar a rotina diária com as postagens. Como um dos membros fundadores do blog, lá pelos idos de 2007, sinto-me em dívida com os senhores, sem estar trazendo minhas contribuições do período clássico e romântico. E olha que tenho ouvido muita música. Meu velho mp3 player me acompanha o tempo todo, para cima e para baixo, dentro do ônibus, caminhando pelo centro da cidade.
E um dos CDs que mais tenho ouvido é esta magnífica integral das sonatas para violino de Beethoven, com a Maria João Pires e seu velho aliado, Augustin Dumay. A parceria entre estes dois é antiga E quando um está tocando com o outro, milagres acontecem.
Já devo ter uma dezena de versões destas obras, e todas elas têm suas qualidades. Seja em leituras modernas, seja em leituras consideradas históricas, todas as versões que possuo me comovem, jamais poderia dizer uma é melhor que a outra. O que me levou a postar esta dupla Pires / Dumay foi, antes de mais nada, o fato de ter sido a última que adquiri. E desde os primeiros acordes já me encantei com a sutileza do violino de Dumay e com a forte personalidade que a dupla consegue impor em suas interpretações. Espero que curtam o tanto quanto estou curtindo. Vou postando aos poucos, para melhor ser apreciado.

01. Sonata No.1 in D Major, op. 12, n°1 – Allegro con brio
02. Tema con Variazioni Andante con moto
03. Rondo Allegro
04. Sonata No.2 in A major Op.12 No.2 Allegro vivace
05. Sonata No.2 Andante pio tosto allegretto
06. Sonata No.2 Allegro piacevole
07. Sonata No.4 in A minor Op.23 Presto
08. Sonata No.4 Andante scherzoso piu allegretto
09. Sonata No.4 Allegro molto
10. Sonata No.3 in E flat major Op.12 No.3 Allegro con spirito
11. Sonata No.3 Andante molta espressione
12. Sonata No.3 Rondo allegro molto

Augustin Dumay – Violino
Maria João Pires – Piano

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete Violin Sonatas – CD 2 de 3 – Dumay, Pires

Bem, este segundo cd da integral da sonatas de violino de Beethoven traz simplesmente a minha favorita, a de n°5, op. 24, denominada “Primavera”, e bem de acordo, eu diria. É música leve, ensolaradae clara como um belo dia primaveril. Seu primeiro movimento é uma das maiores e mais belas composíções da história da música, não temo em afirmar. Em seguida, bem, em seguida, temos a “Sonata a Kreutzer”, que dispensa comentários.
A dupla Dumay / Pires mais uma vez dá um show de interpretação. Claro que muitos vão citar talvez Szering / Haskil, Oistrack / Oberin, ou sei lá quem mais, no meio das dezenas de gravações que existem. Mas o que teria a dizer sobre isso é  seguinte: trata-se de música tão bela e perfeita que tenho certeza de que todos seus intérpretes incorporam o espírito beethovenniano e se jogam de corpo e alma em sua execução. Não há necessidade de se discutir isso. Todos tem seus valores.

P.S. Desconfio que o servidor de compartilhamento Depositfiles foi para o espaço, junto com o meu acervo, felizmente pequeno. Fazem três dias que tento acessá-lo sem sucesso. Por isso voltei para o uploaded, que tem se mostrado mais seguro, e está localizado na Alemanha.

01. Sonata No.8 in G major Op.30 No.3 – I. Allegro assai
02. II. Tempo di minuetto, ma molto moderato e grazioso
03. III. Allegro vivace
04. Sonata No.5 in F major Op.24 ‘Spring’ – I. Allegro
05. II. Adagio molto espressivo
06. III. Scherzo allegro molto
07. IV. Rondo allegro ma non troppo
08. Sonata No.9 in A major Op.47 ‘Kreutzer’ – I. Adagio sostenuto – Presto
09. II. Andante con variazioni
10. III. Presto

Augustin Dumay – Violin
Maria João Pires – Piano

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete Violin Sonatas – CD 3 de 3 – Dumay, Pires

Eis o terceiro CD desta bela coleção das Sonatas para Violino de Beethoven. É música para animar a alma e o espírito. A parceria Dumay / Pires atinge momentos de rara beleza, e consegue transmitir muita paz e serenidade.
Como estou com preguiça hoje, depois de três dias de descanso,cito o biógrafo de Beethoven Maynard Solomon, que assim define a Sonata n°10, op. 96:

“No transcurso da vida de Beethoven, cada uma de suas crises psicológicas foi seguida de um período de reconstrução. Ele não pôde libertar-se permanentemente de profundos conflitos internos, mas foi capaz, repetidas vezes, de prevenir as mais sérias consequências emocionais através da imersão em seu trabalho e através da postulação e solução de problemas criativos cada vez mais intrincados e profundos. (…) Beethoven atingiu um nível espantoso de produtividade durante estes anos (1802-1813): suas obras incluíram uma ópera, um oratório, seis sinfonias, quatro concertos, cinco quartetos de cordas, três trios, três sonatas para cordas e seis sonatas para piano, além de música incidental para um certo número de obras teatrais muitos Lieder, quatro coleções de variações para piano e várias aberturas sinfônicas. (…) Só perto do final deste período a qualidade da produção de Beethoven vacilou um pouco, numa situação reparada de forma impressionante com a composição das Sétima e Oitava Sinfonias e da Sonata para Violino, op. 96. (…) A Sonata para Violino, op. 96, a décima e última das sonatas de Beethoven para piano e violino, foi esboçada e composta em 1812, após as Sétima e Oitava Sinfonias, com as quais contrasta como um delicado desenho a bico-de-pena em face de um conjunto de afrescos (…) Onde o duo de piano de violino tinha sido um veículo para a inauguração do “novo” caminho” de Beethoven na tempestuosa Sonata Kreutzer de uma década antes, a Sonata em Sol Maior abandona o “stile brillante molto concertante” do op. 47 a favor de uma comunicabilidade profundamente sentida e requintada, fornecendo assim uma coda serenamente imaginativa para o período intermédio. Como escreveu um crítico:” Em vez de urgentes e dramáticas súplicas, a atmosfera é aqui de gentil lirismo, apenas com vislumbres de grandes profundidades de experiência e conquista da dor que tinham possibilitado a obtenção desta serenidade”. 

Bem, senhores, creio que por hoje é isso. Espero que apreciem.

01. Sonata No.10 in  G major Op.96 – I. Allegro moderato
02. Sonata No.10 – II. Adagio espressivo
03. Sonata No.10 – III. Scherzo allegro
04. Sonata No.10 – IV. Poco allegretto – Adagio expressivo – Tempo I – Allegro – Poca adagio – Presto
05. Sonata No.6 in A major Op.30 No.1 – I. Allegro
06. Sonata No.6 – II. Adagio molto espressivo
07. Sonata No.6 – III. Allegretto con variazioni
08. Sonata No.7 in C minor Op.30 No.2 – I. Allegro con brio
09. Sonata No.7 – II. Adagio cantabile
10. Sonata No.7 – III. Scherzo allegro
11. Sonata No.7 – IV. Finale allegro – Presto

Augustin Dumay – Violino
Maria João Pires – Piano

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Sopros do Brasil: o Sexteto do Rio – obras de José Siqueira (1907-1985), Radamés Gnattali (1903-1988), Francisco Mignone (1897-1986), Ludwig van Beethoven (1770-1827), Darius Milhaud (1892-1974), Francis Poulenc (1899-1963) e Gordon Jacob (1895-1984) [link atualizado 2017]

Nas minhas navegações – e derivas – em meio ao oceano da internet, em busca de mais algum halo, uma luzinha no horizonte que me apontasse para mais uma obra de José Siqueira, me deparei com este belo conjunto de peças executado pelo Sexteto do Rio. José Siqueira tem lá uma faixinha em meio a outras vinte e duas, mas não custa ver tudo…

E o álbum é bem legal, além da siqueirana Brincadeira a Cinco, uma das que mais me agradou, há obras muito boas para sexteto de sopros (aqui por vezes acompanhado pelo piano de Heitor Alimonda): La cheminée du Roi René, de Milhaud, e a Sonatina a Seis, de Gnattali, são especialmente jocosas, divertidas, muito agradáveis. O conjunto todo é bem descontraído e tem um aspecto de diversão, de brincadeira, de descontração. Os músicos do Sexteto do Rio estão, mais do que executando música, divertindo-se, compartilhando bons momentos. e essa descontração é transmitida ao ouvinte e é cativante! Conjunto leve, gostoso de ouvir.

Booooom, muito bom! Ouça, ouça!

Sexteto do Rio
.

Ludwig van Beethoven (1770-1827)
01. Trio para Flauta, fagote e piano – I. Allegro
02. Trio para Flauta, fagote e piano – II. Adagio
Darius Milhaud (1892-1974)
03. La cheminée du Roi René – I. Cortège
04. La cheminée du Roi René – II. Aubade
05. La cheminée du Roi René – III. Jongleurs
06. La cheminée du Roi René – IV. Maosinglade
07. La cheminée du Roi René – V. Chasse au Valabre
08. La cheminée du Roi René – VI. Madrigal Nocturne
09. Sonata para flauta, oboé, clarineta e piano – I. Tranquille
10. Sonata para flauta, oboé, clarineta e piano – II. Joyeux
11. Sonata para flauta, oboé, clarineta e piano – III. Emporté
12. Sonata para flauta, oboé, clarineta e piano – IV. Douloureux
Francis Poulenc (1899-1963)
13. Sextuor – I. Allegro Vivace
14. Sextuor – II. Allegro Vivace
15. Sextuor – III. Finale
Francisco Mignone (1897-1986)
16. Sexteto 1970
Gordon Jacob (1895-1984)
17. Elegiac e Scherzo – I. Elegiac
18. Elegiac e Scherzo – II. Scherzo
José Siqueira (1907-1985)
19. Brincadeira a Cinco
Radamés Gnattali (1903-1988)
21. Sonatina a seis – I. Allegro
22. Sonatina a seis – II. Saudoso
23. Sonatina a seis – III. Ritmado

Sexteto do Rio
Celso Woltzenlogel,flauta
Paolo Nardi, oboé
Kleber Veiga, oboé
José Cardoso Botelho, clarineta
Noel Devos, fagote
Zdenek Svab, trompa
Heitor Alimonda, piano

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Partituras e outros que tais? Clique aqui

…Mas comente… escreva-me umas linhas amigas…

Bisnaga

Johannes Brahms (1833-1896) – Violin Concerto, op 77 – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto, op.61, Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Preludio from Partita n°3 in E


Os dois cds aqui postados fazem parte de minha cdteca já há mais de 20 anos, e tenho muito carinho por eles. Os motivos são muitos e óbvios: são duas versões top de linha dentre todas as que já ouvi destes concertos, e Nigel Kennedy com o grande regente Klaus Tennstedt estão impecáveis. A versão do concerto de Brahms é a mais escancaradamente romântica que já ouvi, e o andamento dos movimentos só reforçam o que digo, mas não há como não se emocionar com o adagio, o violino de Kennedy quase chora de emoção. E como se trata de Nigel Kennedy, não podemos nem nos surpreender com suas escolhas. E este romantismo exacerbado que destaco não faz mal a ninguém, ao contrário, só realça a beleza do concerto.


E reconheço também que para alguns, este excesso de romantismo, de quase se chegar às lágrimas, pode até prejudicar a obra, mas não é o caso aqui, exatamente por se tratar de um músico tão sem medo de arriscar e ousar como Nigel Kennedy em sua juventude. Não sei se ele continua tão ousado e sempre disposto a quebrar convenções quanto em seus vinte e poucos anos, mas em minha modesta opinião de fã incondicional destes dois concertos, tendo já os ouvido dezenas, quiçá centenas de vezes, estas duas gravações com certeza estão entre as minhas Top-ten, junto de Oistrakh, Szering, Grumiaux, Perlmann, Heifetz, entre tantas outras.

Ludwig van Beethoven – Violin Concerto, op.61, Johann Sebastian Bach – Preludio from Partita n°3 in E 

01 Applause
02 Violin Concerto in D, op. 61 – Allegro ma non troppo
03 Larghetto
04 Rondo (Allegro)
05 Bach – Preludio from Partita n°3, BWV1006
06 Bach – Allegro assai from Sonata n°3 in C, BWV1005

Nigel Kennedy – Violin
Sinfonie-Orchester des NDR
Klaus Tennstedt – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1896) – Violin Concerto, op 77

01 Violin Concerto in D major, Op. 77- Allegro non troppo
02 Violin Concerto in D major, Op. 77- Adagio
03 Violin Concerto in D major, Op. 77- Allegro giocoso, ma non troppo vivace

Nigel Kennedy – Violin
The London Philharmonic Orchestra
Klaus Tennstedt – Conductor

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Wagner / Mozart / Schubert / Beethoven: Sehnsucht, com Jonas Kaufmann

Este é um daqueles CDs de árias de óperas que os grandes cantores costumam gravar. Mas é um pouco mais sério que o habitual. Jonas Kaufmann é um monstro e conseguiu atrair Abbado e uma extraordinária Mahler Chamber Orchestra para seu projeto. O número de prêmios, editor choices e boas — nada disso, sempre excelentes — avaliações do disco é realmente excepcional.  Na Amazon, o CD recebeu doze notas máximas e nada fora disso. O cara é tão bom que até consegui engolir 5 drágeas de Wagner sem ficar nauseado! Imaginem só!

Wagner / Mozart / Schubert / Beethoven: Sehnsucht,
com Jonas Kaufmann

Richard Wagner (1813 – 1883)
1) Lohengrin/Act 3 – “In Fernem Land, Unnahbar Euren Schritten”
2) Lohengrin/Act 3 – “Mein Lieber Schwan!”

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
3) Die Zauberflöte, K.620/Act 1 – “Dies Bildnis Ist Bezaubernd Schön”
4) Die Zauberflöte, K.620/Act 1 – “Die Weisheitslehre Dieser Knaben”

Franz Schubert (1797 – 1828)
5) Fierrabras, D796/Act 1 – Recitativ Und Arie: “Was Quälst Du Mich…”
6) Alfonso Und Estrella, D.732 – Schon, Wenn Es Beginnt Zu Tragen…Und Mein Herz Will Ihm Nach

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
7) Fidelio Op.72/Act 2 – “Gott! Welch Dunkel Hier!” In Des Lebens Frühlingstagen”

Richard Wagner (1813 – 1883)
8. Die Walküre/Erster Aufzug – Winterstürme Wichen Dem Wonnemond
9) Parsifal/Act 2 – “Amfortas! Die Wunde!”
10) Parsifal/Act 3 – “Nur Eine Waffe Taugt”

Jonas Kaufmann
Mahler Chamber Orchestra
Claudio Abbado

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PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Concerto para 2 pianos e Orquestra, em Dó Maior, BWV1061, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concerto para 2 pianos em Mi Bemol Maior, KV 365, Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para Piano, nº1, in Dó Maior, op. 15 – Anda, Haskill, Philharmonia – Galliera

Os senhores gostam de gravações antigas, realizadas há mais de cinquenta anos? Eu adoro, pois assim podemos conhecer os grandes intérpretes do passado e identificar a evolução das interpretações, comparando-as com as mais recentes.
Neste CD temos duas lendas dos teclados, duas gerações em confronto, digamos assim. A já idosa romena Clara Haskil e o então jovem húngaro Geza Anda, ainda com seus trinta e poucos anos na época destas gravações, e que morreu precocemente de câncer no esôfago, ainda nos anos 70 (1976 para ser mais exato). Clara Haskil nasceu em 1895 e é considerada uma das maiores pianistas do século XX, especializada no repertório clássico e romântico, e que veio a morrer poucos anos depois destas gravações serem realizadas.
Mas enfim, temos três concertos bem específicos em suas particularidades, e porque não dizer, verdadeiros monumentos da literatura pianística. Bach, Mozart e Beethoven: é preciso falar alguma coisa? A destacar, a evolução do próprio conceito de concerto, e claro, o talento dos intérpretes. Até nos esquecemos que são gravações remasterizadas, e que ao menos o Concerto de Bach foi ainda gravado em modo mono. Mas não se atenham a estes detalhes, e sim à clareza das interpretações. Outro destaque a ser feito aqui é o excepcional trabalho da engenharia de som da poderosa EMI em seu famoso estúdio da Abbey Road. Um primor.
Outra coisa que chama a atenção é a cumplicidade entre os intérpretes. temos a impressão de que tocam juntos há décadas, o que é mais uma mostra do enorme talento de jovem Anda, que não temeu tocar com uma verdadeira lenda do piano.
Para seu deleite, como diria nosso colega Carlinus.

01. Haskil & Anda – Bach- BWV 1061 I
02. Haskil & Anda – Bach- BWV 1061 II
03. Haskil & Anda – Bach- BWV 1061 III
04. Haskil & Anda – Mozart- KV 365 I
05. Haskil & Anda – Mozart- KV 365 II
06. Haskil & Anda – Mozart- KV 365 III
07. Anda – Beethoven- op 15 I
08. Anda – Beethoven- op 15 II
09. Anda – Beethoven- op 15 III

Clara Haskil & Géza Anda – Pianos
Philharmonia Orchestra
Alceo Galliera – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – Cd 7 de 7

Acabou… This is The End…Ces´t fini… that´s all folks… aqui está o sétimo CD, com os impressionantes op. 132 e 135… para seu deleite e prazer. Monumentos da literatura musical, obras primas absolutas, nem vou chover no molhado. Nem para comentar a interpretação do Amadeus Quartet. Não serei mais tão óbvio, como alguém comentou dia destes. Ah, nem irei reclamar da internet vagabunda que tenho. Isso tudo os senhores já estão carecas de saber.O que realmente importa aqui é a música de Ludwig. Atemporal, com certeza, sendo o menos redundante e óbvio possível.
Hoje tive um dia complicado. Fila em banco e tensão no serviço, tentando conciliar o inconciliável (minha gerente inclusive elogiou minha atitude ao tentar conciliar esta questão inconciliável). E claro, ônibus lotado e atrasado para a volta para casa.  Cheguei á conclusão que nem irei mais me estressar. O bom e velho Ludwig serve neste momento de válvula de escape,  uma sessão de psicanálise gratuita. Não vou encarar o volume de quase 700 páginas que me observa já há alguns dias, esperando para ser concluído (devem faltar umas 120 páginas) simplesmente porque não tenho mais a mesma visão que tinha nos meus vinte e poucos anos,  a luz fraca me cansa rapidamente e os olhos começam a tremer, e em menos de cinco minutos adormeço. Ele que espere o final de semana.
Mas esse van Beethoven aqui está ansioso para sair do casulo. Quer se juntar aos seus outros seis colegas, que já andei distribuindo por aí.
Então vamos satisfazer o desejo do sétimo CD e colocá-lo no ar. Ainda mais o op. 132. Assim, acabo com a angústia de nosso caro leitor/ouvinte charliescampos, que escreve tão bem em seu blog que fico até com vergonha destas minhas mal traçadas linhas.

01- String Quartet 15, Op.132 – I. Assai sostenuto – Allegro
02- String Quartet 15, Op.132 – II. Allegro ma non tanto
03- String Quartet 15, Op.132 – III. Heiliger Dankgesang
04- String Quartet 15, Op.132 – IV. Alla marcia, assai vivace
05- String Quartet 15, Op.132 – V. Allegro appassionato
06- String Quartet 16, Op.135 – I. Allegretto
07- String Quartet 16, Op.135 – II. Vivace
08- String Quartet 16, Op.135 – III. Lento assai e cantante tranquillo
09- String Quartet 16, Op.135 – IV. Der schwer gefaßte Entschluß (Muß es sein)

Amadeus Quartet

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 6 de 7 – Amadeus Quartet

Dia destes acompanhei uma discussão nos comentários de uma postagem destes Quartetos de Cordas de Beethoven que trazia um questionamento no mínimo interessante: se ele não tivesse ficado surdo teria composto as obras que compôs, principalmente estes últimos quartetos, obras extremamente difíceis e complexas? Qual seria sua reação se por um milagre ele voltasse a ouvir e fosse na audição de um conjunto de cordas interpretando suas obras? Ele as reconheceria como suas?
Não pretendo entrar no mérito da discussão, minha formação é em História e esta partícula “se” não se aplica à nossa profissão. Trabalhamos com fatos, e não suposições. E se Napoleão não tivesse perdido a guerra? E se o Dia D fosse um fracasso da estratégia militar aliada? E se os romanos tivessem derrotado todos os bárbaros? E se eu tivesse ido estudar Engenharia Civil no lugar de História? E se Beethoven não tivesse ficado surdo?
O gigantismo de Beethoven é um fato, ninguém contesta sua inserção no cânone da cultura ocidental ao lado de Dante, Shakespeare, Goethe, Bach entre alguns outros. Não precisa de defensores. Na verdade somos nós quem precisamos da sua música para nos ajudar no dia a dia, nos aliviar das tensões existentes nas relações humanas e na nossa própia compreensão de nós mesmos.
Já contei para os senhores uma historinha sobre uma apresentação que assisti do maravilhoso Kódaly Quartet tocando o op. 130? Foi interesssante, porém vergonhoso para o recém inaugurado Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis, lá pelos idos de 1988. Antes de começarem a tocar, o líder do conjunto comentou que ainda estavam estudando aquela obra, e que era possível que se cometessem erros durante sua execução (alguns anos depois descobri já naquela época eles eram contratados da Naxos para a gravação da Integral de Haydn e do propio Beethoven). Pois bem, no meio da obra, talvez uns 20 e poucos minutos de execução, eis que o sistema de iluminação do teatro simplesmente se apaga, porém logo a luz retorna, menos de 15 segundos, talvez. Nunca esquecerei a cara dos músicos: via-se a frustração em seus rostos, pois ainda seguiam a partitura à risca dado à complexidade da peça, e claro que haviam parado, mas sem falarem nada, retornam exatamente de onde haviam parado, claro que depois de receberem aplausos, meio que constrangidos, de nossa parte. Não preciso dizer que a apresentação foi magnífica: um Haydn beirando a perfeição e um Beethoven inesquecível, apesar do problema técnico.
O op. 130 nas mãos do Amadeus Quartet também beira a perfeição. A sonoridade do conjunto é espantosa, e a cumplicidade entre os músicos deixa-nos atônitos. Coisa de gente grande.
Para seu deleite.

01- String Quartet 13, Op.130 – I. Adagio ma non troppo – Allegro
02- String Quartet 13, Op.130 – II. Presto
03- String Quartet 13, Op.130 – III. Andante con moto, ma non troppo
04- String Quartet 13, Op.130 – IV. Alla danza tedesca. Allegro assai
05- String Quartet 13, Op.130 – V. Cavatina. Adagio molto espressivo
06- String Quartet 13, Op.130 – VI. Finale. Allegro
07- String Quartet 14, Op.131 – I. Adagio, ma non troppo
08- String Quartet 14, Op.131 – II. Allegro molto vivace – attacca-
09- String Quartet 14, Op.131 – III. Allegro moderatto – attacca-
10- String Quartet 14, Op.131 – IV. Andante ma non troppo
11- String Quartet 14, Op.131 – V. Presto – Molto poco adagio
12- String Quartet 14, Op.131 – VI. Adagio quasi un poco andante
13- String Quartet 14, Op.131 – VII. Allegro

Amadeus Quartet

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) String Quartets – CD 5 de 7

Mais um cd desta estupenda coleção. Desta vez temos a fenomenal Grande Fuga, op.133. E para variar o Amadeus Quartet dá um banho de interpretação.
O calor que tem feito aqui no sul do país está torrando meus neurônios, sem me dar ânimo para fazer o que for no computador. Mas acabar de postar esta coleção é meu objetivo único neste mês de março. Quem viver, verá.

Divirtam-se.

01- String Quartet 11, Op.95 – I. Allegro con brio
02- String Quartet 11, Op.95 – II. Allegretto ma non troppo
03- String Quartet 11, Op.95 – III. Allegro assai vivace ma serioso
04- String Quartet 11, Op.95 – IV. Larghetto espressivo – Allegretto
05- String Quartet 12, Op.127 – I. Maestoso – Allegro
06- String Quartet 12, Op.127 – II. Adagio, ma non troppo
07- String Quartet 12, Op.127 – III. Scherzando vivace – Presto
08- String Quartet 12, Op.127 – IV. Finale
09- Grosse Fuge Op.133 – I. Overtura. Allegro – Fuga
10- Grosse Fuge Op.133 – II. Meno mosso e moderato
11- Grosse Fuge Op.133 – III. Allegro molto e con brio
12- Grosse Fuge Op.133 – IV. Meno mosso e moderato
13- Grosse Fuge Op.133 – V. Allegro molto e con brio
14- Grosse Fuge Op.133 – VI. Allegro

Amadeus Quartet

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 4 de 7 – Amadeus Quartet

Inaugurando nosso novo espaço, trago então o quarto cd da magnífica coleção do Amadeus Quartet tocando os Quartetos de Corda de Beethoven. Este cd completa a série conhecida como “Quartetos Rasumovsky”, e também traz o op. 74.
Para nós do PQPBach, ou de qualquer outro blog especializado em música clássica, ou de qualquer outro estilo musical, o sucesso de uma postagem mede-se pelo número de downloads e claro, pela satisfação dos leitores/ouvintes expressa nos comentários. E quando vejo o número de downloads dos cds desta coleção (média de 350 por cada cd) e os comentários fico muito feliz em saber que de alguma forma estamos contribuindo para que um maior número de pessoas tenham acesso à estes verdadeiros tesouros da cultura humana. No caso destes quartetos, então, nem se fala.E quando se trata do Quarteto Amadeus tocando estes quartetos, aí o pacote de satisfação é completo.
Os problemas de conexão de minha internet continuam, e se depender de minha operadora, OI/Brasil Telecom, continuarão ad infinitum, sem possibilidades de melhoras. Upar um cd de 150 mb numa velocidade de 20 kbp/s tira o tesão de qualquer um, e para piorar a situação, a conexão cai no meio do caminho. Para este quarto cd já foram três tentativas sem sucesso.

Mas vamos ao que interessa.

Ludwig van Beethoven – String Quartets – CD 4 de 7 – Amadeus Quartet

01- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – I. Introduzione
02- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – II. Andante
03- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – III. Menuetto
04- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – IV. Allegro molto
05- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – I. Poco Adagio – Allegro
06- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – II. Adagio ma non troppo
07- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – III. Presto – attacca-
08- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – IV. Allegretto con Variazioni

Amadeus Quartet

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 3 e 4 de 6 – Amadeus Quartet


O terceiro CD desta coleção traz dois dos famosos “Quartetos Razumovsky”, conjunto de três quartetos que Beethoven compôs por encomenda do embaixador russo em Viena. São peças muito executadas em que o compositor continua explorando as possibilidades de um quarteto de cordas. Não preciso dizer que são obras primas do repertório, obrigatórias em qualquer discoteca e que muitos dos senhores já devem conhecer de cor.
Infelizmente a conexão de minha internet não ajuda, senão postaria mais. Mas é preciso ter uma paciência de Jó para esperar quase uma hora e meia para subir um arquivo de 150 mb para o mediafire, rezando para que a conexão não caia.
Espero que apreciem este CD. Os números dos downloads dos dois primeiros cds foram bem animadores.

CD 3
1 String Quartet No.7 in F, Op.59 No.1 – “Rasumovsky No. 1” 1 1. Allegro
2 2. Allegretto vivace e sempre scherzando
3 3. Adagio molto e mesto
4 4. Thème russe (Allegro)
5 String Quartet No.8 in E minor, Op.59 No.2 -“Rasumovsky No. 2” -5 1. Allegro
6 2. Molto adagio
7 3. Allegretto
8 4. Finale (Presto)

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Amadeus Quartet

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 2 de 7 – Amadeus Quartet

Antes de mais nada queria agradecer a recepção que o primeiro CD desta coleção teve. Foram 100 downloads em menos de 24 horas. E também quero agradecer a gentileza das pessoas que me mandaram votos de melhoras para a minha saúde. O meu agradecimento vai em forma de postagem do segundo CD desta magnífica coleção. Assim que coloquei para ouvir novamente o CD para preparar o texto já emocionei-me sobremaneira com a sensibilidade e delicadeza dos primeiros acordes do Quarteto n° 4. A cumplicidade dos músicos deste conjunto é algo emocionante. Não sei se os senhores sabem, três deles sairam da Áustria antes da Segunda Guerra Mundial devido à sua origem judia. Ou seja, um tremendo senso de amizade e de cumplicidade os acompanhou durante toda sua longeva carreira.
Este CD traz os três últimos quartetos classicados com o op. 18. O texto abaixo foi retirado da biografia de Beethoven escrita por Maynard Solomom:
“Foi a série de Quartetos de Cordas, op. 18, que Beethoven se dedicou quando quis realizar o mais ambicioso projeto de seus primeiros anos de Viena. Essa coleção foi iniciada em 1798, composta principalmente entre 1799 e 1800 e publicada em 1801 com uma dedicatória para o Príncipe Lobkowitz. O quarteto para cordas era um dos veículos favoritos dos salões vienenses. Viena era o centro mundial da composição dos quartetos para Cordas e Haydn tinha sido o mestre supremo da forma.
(…) Vários foram pacialmente reescritos antes da publicação. Todos eles aceitam essencialmente a usual estrutura em quatro movimentos e todos refletem o estilo clássico vienense, com uma mistura ocasional de melodia italianada – talvez sobre a influência de Salieri (…) (Pg 147)

Citando um outro autor, Solomon coloca: “Beethoven parece ter subitamente posto em dúvida a estrutura clássica. Todas essas peças contém experimentos com diferentes tipos e arranjos de movimentos”. (Pg 147)
Poderia me estender mais na descrição destas obras, mas existem análises mais interessantes na internet. Basta procurá-las. Portanto, vamos ao que interessa… espero que apreciem.

P.S. – Voltei a usar o Mediafire pois mesmo em conta free ele me oferece uma velocidade de upload superior á do Rapidshare.

1 String Quartet No.4 in C minor, Op.18 No.4 1 1. Allegro ma non tanto
2 2. Andante scherzoso, quasi allegretto
3 3. Menuetto (Allegretto)
4 4. Allegro
5 String Quartet No.5 in A, Op.18 No.5 1. Allegro
6 2. Menuetto
7 3. Andante cantabile
8 4. Allegro
9 String Quartet No.6 in B flat, Op.18 No.6 1. Allegro con brio
10 2. Adagio ma non troppo
11 3. Scherzo (Allegro)
12 4. La Malinconia (Adagio – Allegretto quasi allegro – Adagio – Allegretto – Poco adagio – Prestissimo)

Amadeus Quartet

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[Restaurado] Argerich Collection – Beethoven, Chopin, Tchaikovsky, Schumann, Liszt, Prokofiev e Ravel

Martha Argerich é com certeza uma das maiores pianistas da história. Exagero? Não. Senso profundo de um discernimento apurado. Suas interpretações geralmente são eivadas de expressividade, energia e paixão. Existe um frescor latente em sua performance. Posso notar, por exemplo, nesse momento enquanto escuto o concerto no. 1 de Beethoven isso que acabei de enunciar. Esse box que ora posto com 4 CDs, traz os principais concertos para piano já escritos. Senti falta de Brahms e Grieg, já que o repertório é em quase sua totalidade romântico. Os quatro CDs nos levam a mais de quatro horas de música da mais alta qualidade, com esta argentina polida e apaixonada. Um bom deleite!

DISCO 01

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –

Piano Concerto No.1 in C major, Op.15
01. I.Allegro con brio
02. II.Largo
03. III.Rondo Allegro

Piano Concerto No.2 in B flat major, Op. 19
04. I.Allegro con brio
05. II.Adagio
06. III.Rondo Allegro molto

Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 02

Frédéric Chopin (1810-1849) –

Piano Concerto No.1 in e minor, Op.11
01. I.Allegro maestoso
02. II.Romance-Larghetto
03. III.Rondo-Vivace

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, piano

Piano Concerto No.2 in f minor, Op.21
04. I.Maestoso
05. II.Largetto
06. III.Allegro vivace

National Symphony Orchestra
Mstilav Rostropovich, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 03

Peter I. Tchaikovsky (1840-1893) –

Piano Concerto No.1 in B flat minor, Op.23
01. I.Allegro non troppo e molto maestoso-Allegro con sp
02. II.Andantino semplice
03. III.Allegro con fuoco

Royal Philharmonic Orchestra
Charles Dutoit, regente
Martha Argerich, piano

Robert Schumann (1810-1856) –

Piano Concerto in a minor Op.54
04. I.Allegro affettuoso
05. II.Intermezzo Andantino-attacca
06. III.Allegro vivace

National Symphony Orchestra
Mstilav Rostropovich, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 04

Franz Liszt (1811-1886) –

Piano Concerto No.1 in E flat major
01. I.Allegro maestoso
02. II.Quasi Adagio
03. III.Allegretto vivace-Allegro animatto
04. IV.Allegro marziale animato

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, regente

Serge Prokofiev (1891-1953) –

Piano Concerto No.3 in C major
05. I.Andante-Allegro
06. II.Thema Andantino
07. III.Allegro ma non troppo

Maurice Ravel (1875-1937) –

Piano Concerto in G major
08. I.Allegramente
09. II.Adagio assai
10. III.Presto

Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, piano

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Carlinus

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete String Quartets – Amadeus Quartet

Tenho tido problemas de saúde que tem me mantido afastado do blog. E este problema atinge diretamente minhas articulações, atacando joelhos, cotovelos, braços, pulsos, etc. Estive em atestado médico por uma semana, afastado do computador, mas sempre acompanhando o que tem acontecido por aqui. Acompanhei preocupado a caça às bruxas realizada pelo FBI tirando do ar o meu servidor favorito, Megaupload, onde tinha aproximadamente uns 7 ou GB de material guardado, incluindo aí arquivos pessoais, trabalhos de aula de minha esposa, etc. Não tenho condições de reupar tudo aquilo, lamento. Quem conseguiu baixar, que bom. Quem não conseguiu, sinto muito. São três ou quatro anos de conta premium, dinheiro jogado pelo ralo do esgoto.

Já foi escrito tanta coisa sobre estes quartetos que prefiro não falar muito. Aqui mesmo no PQP já devem ter sido postadas umas duas ou três versões. Cada um tem sua versão favorita, e respeito  a opinião de todos, assim com o verdadeiro culto que é feito à estas obras.Alguns consideram o supra sumo das composições para esta formação. Outros consideram uns quartetos melhores que outros, enquanto alguns reconhecem não entender a complexa estrutura que Beethoven criou nos últimos quartetos, enfim, trata-se de obra para ser apreciada durante uma vida, no mínimo, analisando cada opus atentamente. Comparar versões é um exercício interessante e altamente recomendável. A revolução que estas obras causaram na história da música ainda está sendo estudada mas podemos dizer sem medo que existe um antes e um depois bem definidos na linguagem musical após a publicação destas obras.

A versão que trago para os senhores é, em minha humilde opinião, a melhor já gravada. Como falei antes, questão de gosto e opinião. O Quarteto Amadeus é o maior conjunto de cordas do século XX, me perdoem os fãs ardorosos de conjuntos excepcionais como o Melos, Emerson, Juliard Strings, o Quarteto Ittaliano, entre tantos outros. O Amadeus foi o primeiro Quarteto de Cordas que vi e ouvi, nos tempos do saudoso Concertos para a Juventude, que passava nos domingos de manhã, lá nos idos dos anos 70. Imaginem um adolescente de seus 11 ou 12 anos de idade vendo aqueles senhores muito bem vestidos, tocando uma música diferente, que enchia o ambiente com sua beleza. Já comentei que comecei a ouvir música clássica ainda em minha infância, e ela sempre me acompanhou, nunca me deixando na mão nos momentos em que dela precisei. E vai ser minha companhia até o fim de meus dias.

São sete cds, que virão um por um, dentro de minhas possibilidades.

CD 1

01- String Quartet 01, Op.18 No.1 – I. Allegro
02- String Quartet 01, Op.18 No.1 – II. Adagio
03- String Quartet 01, Op.18 No.1 – III. Scherzo
04- String Quartet 01, Op.18 No.1 – IV. Allegro
05- String Quartet 02, Op.18 No.2 – I. Allegro
06- String Quartet 02, Op.18 No.2 – II. Adagio
07- String Quartet 02, Op.18 No.2 – III. Scherzo
08- String Quartet 02, Op.18 No.2 – IV. Allegro
09- String Quartet 03, Op.18 No.3 – I. Allegro
10- String Quartet 03, Op.18 No.3 – II. Andante
11- String Quartet 03, Op.18 No.3 – III. Allegro
12- String Quartet 03, Op.18 No.3 – IV. Presto

Amadeus Quartet:
Norbert Brainin – Violino
Sigmund Nissel – Violino
Peter Schidlof – Viola
Martin Lovett – Cello

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FDPBach

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto for Piano, Cello & Orchestra, op. 56. Johannes Brahms (1837-1897) – Concerto for Violin, Cello & Orchestra, op. 102 – Trio Poseidon, Järvi, GSO

Não tenho bem certeza, mas acho que estas obras não aparecem há um bom tempo aqui no PQP, por isso resolvi trazer esta gravação recente, realizada em 2010,. São duas obras que dispensam apresentações, de dois dos compositores favoritos dos membros do blog, e creio que de todos os nossos leitores-ouvintes.
Estes concertos que ora trago tem suas peculiaridades, começando por sua proposta: Primeiramente, temos um piano, um violino e um violoncelo atuando como solistas, e isso por si só já mostra o tamanho da dificuldade de conciliá-los, afinal trata-se de um Trio com Piano, e o próprio Ludwig compôs peças imortais para esta formação. E juntar com uma orquestra completa, isso não é tarefa para qualquer um. Creio que a dificuldade de sua execução seja exatamente conciliar estes três instrumentos tão diferentes, encontrar o balanço ideal, sem deixar nenhum deles de fora. Alguns consideram uma obra menor de Beethoven, mas não concordo. Pode-se dizer que não está no mesmo nível do Concerto para Violino ou de algum dos concertos para piano. Mas daí à considerar uma obra menor existe uma grande diferença.
O Concerto Duplo para Violino, Cello e Orquestra é de uma grandiosidade tal que até hoje me sufoca. Sempre me vem à lembrança a gravação de David Oistrackh e Rostropovich,  que não foi superada até hoje. A dupla de solistas aqui é muito boa, claro que não dá para botarmos no mesmo nível desta outra que citei, mas são eficientes.
Não conhecia este Trio Poseidon até conseguir este CD. Trata-se de um excelente conjunto de jovens músicos, e acompanhados do renomado Neeme Järvi, um dos grandes nomes da regência da atualidade, com a excelente orquestra sueca de Gothenburg, realizaram um ótimo trabalho. Um disco para ser apreciado sem moderação, à vontade, podem se exceder que não terá maiores consequências, a não ser uma grande satisfação para suas almas.

Ludwig van Beethoven – Concerto for Piano, Cello & Orchestra, op. 56. Johannes Brahms – Concerto for Violin, Cello & Orchestra, op. 102

01. Beethoven – Concerto for Piano, Violin, Cello and Orchestra, Op.56 – I. Allegro – Più allegro
02. II. Largo –
03. III. Rondo alla Polacca – Allegro – Tempo I
04. Brahms – Concerto for Violin, Cello and Orchestra, Op.102 – I. Allegro
05. II. Andante
06. III. Vivace non troppo – Poco meno allegro – Tempo I

Trio Poseidon:
Sara Tröback Hessenlink – Violin
Claes Gunnarsson – Cello
Per Lundberg – Piano

Gothenburg Symphony Orchestra
Neeme Järvi – Conductor

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FDPBach

L. V. Beethoven (1770-1827) The Consecration of the House, Op. 124, Concerto para violino in D, Op. 61 e Abertura Leonora No. 3, Op. 72a (LINK REVALIDADO)

Como hoje o dia está nublado e indeciso, reverberando efeitos impressionáveis em minha alma, resolvi postar algo do meu compositor predileto – Beethoven. Tomei o intento de postar o concerto para violino em ré, opus 61. Ao meu modo de ver, este é um dos concertos para violino mais belos que já foram escritos. O opus 64 de Mendelssohn é belíssimo também; semelhante é o opus 35 de Tchaikovsky. Semelhantemente, o opus 61 de Beethoven é um espetáculo. Possui momentos de profundo lirismo, algo que é comum em Beethoven. Distigue-se dos concertos de Mendelssohn e Tchaikovsky pelo pessimismo, mas o final é um triunfo. Escolhi dois magos para interpretar esta maravilha: Menuhin ao violino e Klemperer na regência. É simplesmente uma das melhores gravações que já ouvi para este concerto. Aparecem ainda neste registro a The Consecration of the House e Abertura Leonora No. 3. Bom deleite!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) The Consecration of the House, Op. 124, Concerto para violino in D, Op. 61 e Abertura Leonora No. 3, Op. 72a

The Consecration of the House, Overture, Op. 124
1. The Consecration of the House [8:06]

Concerto para violino em D, Op. 61*
2. Allegro ma non troppo [24:24]
3. Larghetto [10:23]
4. Rondo (allegro) [10:07]

Yehudi Menuhin, violino

Leonore No. 3, Overture, Op. 72a
5. Leonore No. 3, Overture [14:35]

Total: 67′ 59”

Philharmonia Orchestra
*New Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer, regente

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Sonatas Op. 27, no.2, 53, 81a & 110

Para interpretar as sonatas de Beethoven é necessário ter mais que técnica. É fundamental, acima de tudo, que o intérprete seja cheio de virtuosismo e sensibilidade. E isso o nosso Nelson Freire esbanja com desassombro; tem de sobra. Esse é um CD especial. Revela a profusão de sentimentos e dores beethoveanas de forma doce, densamente suaves. Não há fúria. Apenas um convite a bons momentos de alegria e encanto. Agradáveis momentos de melancolia e solidão. Apenas o silêncio. Um grito aqui, outro lá. Apenas um contraponto: talvez tenha faltado ousadia ao Freire, mas a gravação é boa. Sentado, enquanto corrijo provas, ouço a delicadeza e isso me enche de presságios ininteligíveis. Estou vazio de vontades. Parafraseando Machado de Assis: “todo eu estou budista, caro leitor!” Um bom deleite!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Sonatas Op. 27, no.2, 53, 81a & 110

Piano Sonata No. 21 In C Major, Op. 53 _Waldstein
01. I. Allegro con brio
02. II. Introduzione. Adagio molto – attacca
03. III. Rondo. Allegretto moderato

Piano Sonata No.26 op.81a _Das Lebewohl
04. I. Adagio-Allegro
05. II. Abwesenheit-Andante espressivo
06. III. Das Wiedersehen-Vivacissimamente

Piano Sonata in A flat, No.31 Op.110
07. I. Moderato cantabile molto espressivo
08. II. Allegro molto
09. III. Adagio ma non troppo-Arioso dolente
10. IV. Fuga-allegro ma non troppo-L’istesso tempo di Arioso

Piano Sonata No.14 in C sharp minor Op. 27 No. 2 _Moonlight
11. I. Adagio sostenuto
12. II. Allegretto
13. III. Presto agitato

Nelson Freire, piano

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – Schoonderwoerd – Cristofori

Digamos que para se apreciar estas gravações os senhores terão de mudar alguns conceitos, uma quebra de paradigma, eu diria. Esqueçam todas as versões que postamos aqui: Pollini, Brendel, Richter, Zimerman, Rubinstein, etc. Esqueçam os grandes conjuntos orquestrais, como Filarmônica de Viena, de Berlim, Concertgebow, entre tantos outros.
O que temos aqui é uma leitura dita histórica, com uma orquestração mínima, parecendo às vezes um quarteto ou quinteto de cordas. E o piano é um pianoforte, baseado em um instrumento construido no início do século XIX. Ou seja, temos um sonoridade totalmente diferente da que estamos acostumados quando ouvimos um solista tocando num Steinway ou num Yamaha. Algumas passagens também soam diferentes daquelas que estamos acostumados a ouvir. A idéia é nos aproximarmos do que realmente se ouvia à época de Beethoven. O pianista e condutor, Arthur Schoonderwoerd, é professor de pianoforte, e musicólogo, especialista neste repertório, ou seja, sabe do que está falando. Encontrei esta pequena biografia sua na internet:

ARTHUR “SCHOONDERWOERD studied piano and chamber music at the Utrecht Conservatoire, where he also studied musicology. From 1992 he specialised in performance on historical keyboard instruments under Jos van Immerseel, studying fortepiano at the Conservatoire Supérieur in Paris, where in 1995 he was unanimously awarded First Prize. The following year he was named “Lauréat Juventus” by the Council of Europe. Pianist, fortepianist, harpsichordist and clavichordist, Arthur Schoonderwoerd is currently one of the leading international specialists in historical keyboard instruments. He has made numerous recordings, including a recent, highly controversial version of Beethoven’s 4th and 5th Concertos with Ensemble Cristofori (Alpha Productions, 2005), as well as a monographic Chopin (2004) and other discs devoted to the music of Mozart, Eckard, Schubert, Reichardt, Berlioz and other composers. Arthur Schoonderwoerd teaches fortepiano advanced higher training in fortepiano. “

Mas lhes garanto: estas gravações são absolutamente IM-PER-DÍ-VEIS. Para aqueles que gostam de novas possibilidades, é um prato cheio. Para os que não gostam de novidades, bem, temos diversas outra opções, mas pediria que ouvissem estes cds ao menos uma vez.

Essa é a magia da música, e nos dá mais uma mostra da genialidade de Beethoven. Seria esta a forma e era assim que ele queria que sua obra fosse executada duzentos anos depois? Nunca saberemos, mas pelo menos podemos ter uma idéia de como estas obras primas deviam soar naquela época.

Com esta postagem pretendo começar a trazer algumas outras gravações que tenho interpretadas em fortepiano.
P.S. – Antes que perguntem, os que se assustarem com o tal com concerto nº6, nada mais é que a transcrição para piano do Concerto para Violino, op. 61. Existem poucas gravações desta transcrição, que particularmente a mim não agrada, ainda prefiro a versão original para violino.

CD 1

01. Konzert Nr.1 C-Dur Op.15 I. Allegro Con Brio
02. Konzert Nr.1 C-Dur Op.15 II. Largo
03. Konzert Nr.1 C-Dur Op.15 III. Rondo, Allegro
04. Konzert Nr.2 B-Dur Op.19 I. Allegro Con Brio
05. Konzert Nr.2 B-Dur Op.19 II. Adagio
06. Konzert Nr.2 B-Dur Op.19 III. Rondo, Allegro Molto

CD 2

01. Concerto pour pianoforte en Do mineur n°3 op. 37 – I. Allegro con brio
02. II. Largo
03. III. Rondo, Allegro
04. Concerto pour pianoforte en Re majeur n°6 op. 61a – I. Allegro, ma non troppo
05. II. Larghetto
06. III. Rondo

CD 3

01. Klavierkonzert Nr.4 op.68 – 1. Allegro moderato
02. Klavierkonzert Nr.4 op.68 – 2. Andante con moto
03. Klavierkonzert Nr.4 op.68 – 3. Rondo. Vivace
04. Klavierkonzert Nr.5 op.73 – 1. Allegro
05. Klavierkonzert Nr.5 op.73 – 2. Adagio un poco moto
06. Klavierkonzert Nr.5 op.73 – 3. Rondo. Allegro ma non troppo

Arthur Schoonderwoerd – Pianoforte
Essemble Cristofori

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FDP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 5 em Dó menor, Op. 67 e Sinfonia No. 7 em Lá maior, Op. 92

Estive fora de casa desde o dia de ontem, o que me impediu de fazer qualquer postagem. Agora, estou de passagem para postar este baita CD do meu compositor predileto, Ludwig van Beethoven, sob a regência do carismático venezuelano, Gustavo Dudamel, que está no Brasil esta semana. Inclusive, a Globo News está reprisando uma entrevista que fez com o talentoso regente. As duas obras aqui colocadas estão entre os trabalhos mais importantes já compostos em toda a história da música – as sinfonias de número 5 e 7. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação e um ótimo feriado!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 5 em Dó menor, Op. 67 e Sinfonia No. 7 em Lá maior, Op. 92

Sinfonia No. 5 em Dó menor, Op. 67
01. Allegro con brio
02. Andante con moto
03. Allegro
04. Allegro

Sinfonia No. 7 em Lá maior, Op. 92
05. Poco sostenuto – Vivace
06. Allegretto
07. Presto
08. Allegro con brio

Simón Bolívar Youth Orchestra of Venezuela
Gustavo Dudamel, regente

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 3 em Mi bemol maior, Op. 55 – "Heróica"

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Depois de uma semana de silêncio pleno, estou de volta com um baita CD, daqueles que fazem a gente perder a voz e ouvir com absurda devoção. Afinal, trata-se de Beethoven, do inominável Beethoven. Entre as sinfonias do alemão, a de número 3 é uma das minhas preferidas. Ela constitui uma plêiade de sentimentos morais. É um micro-mundo, uma representação da existencialidade complexa de Beethoven. O compositor era um campo de batalha. Este CD é um portento. Uma maravilha. É uma gravação realizada no ano de 1958 por Ferenc Fricsay à frente da Filarmônica de Berlim. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 3 em Mi bemol maior, Op. 55 – “Heróica”
01. Allegro con brio
02. Marcia funebre: Adagio assai
03. Scherzo: Allegro vivace
04. Finale: Allegro molto

Berliner Philharmoniker
Ferenc Fricsay, regente

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Carlinus