Frédéric Chopin (1810-1849) – Chopin Complete Edition – CDs 5 e 6 de 17

Pois bem, então agora temos os dois cds com as Mazurkas. Talvez seja implicância minha, mas considero estas interpretações de Jean-Marc Luisada abaixo do nível imposto nos quatro primeiros cds, com gente do nível de Zimerman e Pollini. Sei lá, entende. Mas talvez seja implicância minha, como expliquei na primeira postagem, como tenho Arthur Rubinstein como referência nestas gravações, a interpretação de Luisada está aquém das expectativas. Falta impeto, paixão, força, feeling… ah, a Lylya Zilberstein também não ajudou muito, tocando algumas peças no final do segundo CD. Mas enfim, é Chopin, e talvez estas gravações sejam do agrado dos senhores.

CD 5
Frederic Chopin – op. 6, No. 1 In F Sharp Minor
Frederic Chopin – op. 6, No. 2 In C Sharp Minor
Frederic Chopin – op. 6, No. 3 In E Major_ Vivace
Frederic Chopin – op. 6, No. 4 In E Flat Minor_ Presto Ma Non Troppo
Frederic Chopin – op. 7, No. 1 In B Flat Major_ Vivace
Frederic Chopin – op. 7, No. 2 In A Minor_ Vivo Ma Non Troppo
Frederic Chopin – op. 7, No. 3 In F Minor
Frederic Chopin – op. 7, No. 4 In A Flat Major_ Presto Ma Non Troppo
Frederic Chopin – op. 7, No. 5 In C Major_ Vivo
Frederic Chopin – op. 17, No. 1 In B Flat Major_ Vivo E Risoluto
Frederic Chopin – op. 17, No. 2 In E Minor_ Lento Ma Non Troppo
Frederic Chopin – op. 17, No. 3 In A Flat Major_ Legato Assai
Frederic Chopin – op. 17, No. 4 In A Minor_ Lento Ma Non Troppo
Frederic Chopin – op. 24, No. 1 In G Minor_ Lento
Frederic Chopin – op. 24, No. 2 In C Major_ Allegro Non Troppo
Frederic Chopin – op. 24, No. 3 In A Flat Major_ Moderato
Frederic Chopin – op. 24, No. 4 In B Flat Minor_ Moderato
Frederic Chopin – op. 30, No. 1 In C Minor_ Allegretto Non Tanto
Frederic Chopin – op. 30, No. 2 In B Minor_ Vivace
Frederic Chopin – op. 30, No. 3 In D Flat Major_ Allegro Non Troppo
Frederic Chopin – op. 30, No. 4 In C Sharp Minor_ Allegretto
Frederic Chopin – op. 33, No. 1 In G Sharp Minor_ Mesto
Frederic Chopin – op. 33, No. 2 In D Major_ Vivace
Frederic Chopin – op. 33, No. 3 In C Major_ Semplice
Frederic Chopin – op. 33, No. 4 In B Minor
Frederic Chopin – op. 41, No. 1 In E Minor_ Andantino
Frederic Chopin – op. 41, No. 2 In B Major_ Animato
Frederic Chopin – op. 41, No. 3 In A Flat Major_ Allegretto
Frederic Chopin – op. 41, No. 4 In C Sharp Minor_ Maestoso

Jean-Marc Luisada – Piano

CD 6

Frederick Chopin – op. 50, No. 1 in G major_ Vivace
Frederick Chopin – op. 50, No. 2 in A flat major_ Allegretto
Frederick Chopin – op. 50, No. 3 in C sharp minor_ Moderato
Frederick Chopin – op. 56, No. 1 in B major_ Allegro non tanto
Frederick Chopin – op. 56, No. 2 in C major_ Vivace
Frederick Chopin – op. 56, No. 3 in C minor_ Moderato
Frederick Chopin – op. 59, No. 1 in A minor_ Moderato
Frederick Chopin – op. 59, No. 2 in A flat major_ Allegretto
Frederick Chopin – op. 59, No. 3 in F sharp minor_ Vivace
Frederick Chopin – op. 63, No. 1 in B major_ Vivace
Frederick Chopin – op. 63, No. 2 in F minor_ Lento
Frederick Chopin – op. 63, No. 3 in C sharp minor_ Allegretto
Frederick Chopin – op. posth. 67, No. 1 in G major_ Vivace
Frederick Chopin – op. posth. 67, No. 2 in G minor_ Cantabile
Frederick Chopin – op. posth. 67, No. 3 in C major_ Allegretto
Frederick Chopin – op. posth. 67, No. 4 in A minor_ Allegretto
Frederick Chopin – op. posth. 68, No. 1 in C major_ Vivace
Frederick Chopin – op. posth. 68, No. 2 in A minor_ Lento
Frederick Chopin – op. posth. 68 No. 3 in F major_ Allegro ma non troppo
Frederick Chopin – op. posth. 68, No. 4 in F minor_ Andantino
Jean-Marc Luisada – Piano

Frederick Chopin – A minor ‘à son ami Emile Gaillard’_ Allegretto
Frederick Chopin – A minor ‘notre temps’_ Allegretto
Frederick Chopin – B flat major
Frederick Chopin – G major
Frederick Chopin – A flat major op. posth
Frederick Chopin – C major op. posth
Frederick Chopin – B flat major op. posth
Frederick Chopin – D major op. posth

Lilya Zilberstein – Piano

CD 5 – Baixe aqui – download here
CD 6 – Baixe aqui – download here

FDPBach

Frédéric Chopin (1810-1849) – Chopin Complete Edition – CDs 3 e 4 de 17 (Novos Links)


Talvez as baladas sejam as minhas peças favoritas da obra de Chopin, apesar de ter uma queda e tanto pelos seus scherzos. Mas nestes dois volumes também temos os fantásticos Estudos.
E neste volume os intérpretes são de primeira: Zimerman, excepcional na interpretação das Baladas, o russo Anatol Ugorsky, interpretando pequenas obras, e o gigante, o ídolo das multidões, aquele que é o favorito de nosso mentor, PQPBach, Maurizio Pollini, com sua indispensável gravação dos Estudos, op. 10 e 25. Alguns dos senhores podem reclamar: “ah. mas estas duas gravações já foram postadas aqui mesmo no PQP”. E vos pergunto: e daí? Nem sei se os links ainda estão ativos. Deixem de reclamar e baixem estes dois cds indispensáveis em sua cdteca. Em verdade, em verdade, vos digo: aproveiteis a oportunidade, pois não sei quando a terão novamente.

cd 3
Frédéric Chopin – 4 Ballades No.1 in G minor op.23
Frédéric Chopin – 4 Ballades No.2 in F major op. 38
Frédéric Chopin – 4 Ballades No.3 in A flat major op.47
Frédéric Chopin – 4 Ballades No.4 in F minor op.52
Krystian Zimerman – Piano

Frédéric Chopin – Fantaisie in F minor op. 49
Frédéric Chopin – 3 Nouvelles Etudes No.1 in F minor
Frédéric Chopin – 3 Nouvelles Etudes No.2 in A Flat major
Frédéric Chopin – 3 Nouvelles Etudes No.3 in D flat major
Frédéric Chopin – Funeral March in C minor
Frédéric Chopin – 3 Ecossaises No.1 in D major
Anatol Ugorsky – Piano

Frédéric Chopin – 3 Ecossaises No.2 in G major
Frédéric Chopin – 3 Ecossaises No.3 in D flat major

cd 4
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.1 in C major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.2 in A minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.3 in E major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.4 in C sharp minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.5 in G flat major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.6 in E flat minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.7 in C major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.8 in F major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.9 in F ninor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.10 in S flat major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.11 in E flat major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.1 in A flat major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.2 in F minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.3 in F major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.4 in A minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.5 in E minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.6 in E minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.7 in G sharp minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.8 in D flat major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.9 in G flat major
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.10 B minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.11 in A minor
Frédéric Chopin – 12 Etudes No.12 in C minor
Frédéric Chopin – Barcarolle in F sharp major
Frédéric Chopin – Berceuse in D Flat major

Maurizio Pollini – Piano

CD 3 – Baixe aqui – Download Here
CD 4 – Baixe aqui – Download Here

FDPBach

Frédéric Chopin (1810-1849) – Chopin Complete Edition – CDs 1 e 2 de 17 (novos links)


Durante muito tempo estive atrás desta coleção, desde que a vi disponível em algum destes blogs de compartilhamento de música, como o próprio PQPBach. E quando a consegui, fiquei muito feliz.
Não vou dizer que seja perfeita, as escolhas do pessoal da DG deixam a desejar, mas tem momentos que são simplesmente brilhantes. Outros, nem tanto. Cresci ouvindo Arthur Rubinstein tocando Chopin, e é difícil ouvir outro intérprete, depois de mais de trinta anos acostumado com a sonoridade do piano do bom velhinho, que até o final de sua vida foi um excepcional músico e intérprete. Mas aqui não temos Rubinstein, já que ele era artista exclusivo da RCA Victor. Nesta coleção de dezessete CDs temos gigantes do teclado, artistas da gigante DG, não tão grandes quando Rubinstein, porém satisfazem ouvidos mais exigentes. Porém em outros momentos, teremos decepções, reconheço antecipadamente. Para os que não satisfizerem, bem, existem dezenas, quiçá centenas de outras opções no mercado.
Os dois primeiros CDs trazem os concertos para piano, além de outras obras para piano e orquestra. Nos concertos, temos o então jovem pianista polonês, Kristian Zimerman, que se tornou um especialista no repertório, mas que também não se restringiu à obra de seu conterrâneo, encarando o repertório romântico com maestria. Enfim, no primeiro concerto Zimerman está ao lado de Kiril Kondrashin, creio que uma das últimas gravações do grande maestro russo. No segundo concerto, Zimerman está ao lado de Giuilni, na grande época em que este regente italiano esteve à frente da Filarmônica de Los Angeles. Dois grandes momentos, com certeza. O segundo CD traz obras menos conhecidas e executadas de Chopin, sendo Claudio Arrau o nome a destacar. Desconhecia até então Stefan Askenaze, que interpreta com vigor o “Rondo a La Krakoviak”. Zimerman retorna com estilo na “Grande Polonaise brilliante”, novamente ao lado de Giulini.

CD 1
Frederic Chopin – Piano Concerto No. 1, Op. 11 – 1 – Allegro Maestoso
Frederic Chopin – Piano Concerto No. 1, Op. 11 – 2 – Romance. Larghetto
Frederic Chopin – Piano Concerto No. 1, Op. 11 – 3 – Rondo. Vivace
Krystian Zimerman – Piano
Concertgebouworkest Amsterdam
Kiryll Kondrashin – Conductor

Frederic Chopin – Piano Concerto No. 2, Op. 21 – 1 – Maestoso
Frederic Chopin – Piano Concerto No. 2, Op. 21 – 2 – Larghetto
Frederic Chopin – Piano Concerto No. 2, Op. 21 – 3 – Allegro Vivace
Krystian Zimerman – Piano
Los Angeles Philharmonic Orchestra
Carlo Maria Giulini – Conductor

CD 2

Frederic Chopin – Variations on ‘La ci darem la mano’ op. 2
Frederic Chopin – Fantasy on Polish Airs, op. 13
Claudio Arrau – Piano
London Philharmonic Orchestra
Eliahu Inbal – Conductor

Frederic Chopin – Rondo a la krakowiak, op. 14
Stefan Askenase – Piano
Residentie Orkest Den Haag
Willem van Otterloo

Frederic Chopin – Andante Spianato and Grand Polonaise, op. 22_ 1. Andante Spianato. Tranquillo
Frederic Chopin – Andante Spianato and Grand Polonaise, op. 22_ 2. Polonaise. Allegro molto
Krystian Zimerman – Piano
Los Angeles Philharmonic Orchestra
Carlo Maria Giulini

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia No. 3 in E-flat major, op. 55 – "Heróica", Sinfonia No. 5 in C minor, op. 67 e Sinfonia No. 7 in A major, op. 92 (LINK REVALIDADO)

Excelente gravação. Postada inicialmente 26/03/2010

Das nove sinfonias compostas por Beethoven, seis estão na lista das minhas peças favoritas. São elas a 1, 3, 5, 6, 7 e 9. Entre estas seis, fazendo um refinamento, posso afirmar que as de número 3, 6, 9 são insuperáveis. Elas marcaram a minha existência em um dado momento. Talvez os acontecimentos singulares com as quais elas me marcaram, justifiquem a minha predileção. Neste CD fabuloso que ora posto sob a condução de Solti, encontramos três das seis sinfonias supra mencionadas – as de número 3, 5 e 7. É uma gravação primorosa como as peças de Beethoven merecem. Antes de postar, ouvir duas vezes. É música pura, plena, absoluta. Uma boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonias nos. 3 (“Heróica”), 5 e 7

Disco 1

Sinfonia No. 3 in E-flat major, op. 55 – “Heróica”
01. 1. Allegro Con Brio
02. 2. Marcia Funebre – Adagio
03. 3. Scherzo – Allegro Vivace
04. 4. Finale_ Allegro Molto

Disco 2

Sinfonia No. 5 in C minor, op. 67
01. 1. Allegro Con Brio
02. 2. Andante Con Moto
03. 3. Scherzo – Allegro
04. 4. Allegro

Sinfonia No. 7 in A major, op. 92
05. 1. Adagio Molto, Allegro Con Brio
06. 2. Allegretto
07. 3. Scherzo
08. 4. Allegro Molto

Wiener Philharmoniker
Georg Solti, regente

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Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
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Carlinus

Franz Liszt (1811-1886) – 10 Hungarian Rhapsodies (LINK REVALIDADO)

Havia separado este baita CD há algum tempo atrás, mas somente hoje eu me organizei para postá-lo. Traz as famosas rapsódias húngaras de Liszt com o pianista antológico György Cziffra. Creio que elas já deveriam ter aparecido no PQP Bach pela importância que encerram. Eu e FDP conversamos sobre quem as postaria. Ele disse inicialmente que faria, mas teve problemas para achar o arquivo. Daí disse que eu poderia concretizar a missão. Apreciemos!

Franz Liszt (1811-1886) – 10 Hungarian Rhapsodies

01 – Hungarian Rhapsody No. 2 in C sharp minor
02 – Hungarian Rhapsody No. 6 in D flat
03 – Hungarian Rhapsody No. 8 in F sharp minor
04 – Hungarian Rhapsody No. 9 in E flat
05 – Hungarian Rhapsody No. 10 in E
06 – Hungarian Rhapsody No. 11 in A minor
07 – Hungarian Rhapsody No. 12 in C sharp minor
08 – Hungarian Rhapsody No. 13 in A minor
09 – Hungarian Rhapsody No. 14 in F minor
10 – Hungarian Rhapsody No. 15 in A minor

György Cziffra, piano

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Carlinus (postado inicialmente em 17 de junho de 2010)

.: interlúdio :. Mawaca pra todo canto (LINK REVALIDADO)

Postagem realizada pelo CVL em 25 de março de 2011.

Link revalidado após solicitações frementes do PQP. Toma aí, filho de Bach!

Post originalmente publicado em 05 de março de 2009. Por que o atualizei (só o link)? As memoráveis ênclises de Jânio Quadros vos respondem.

O Mawaca é um grupo de sete cantoras e sete instrumentistas que se vestem num estilo bem doideca (meio hindu, meio hippie) e cujo repertório, à exceção de uma ou duas músicas, é formado por canções folclóricas do mundo inteiro.

Com a excepcional virtude de dar uma cara diferente a cada música e ao mesmo ter sua linguagem própria reconhecida de imediato em todas elas (méritos especificamente para Magda Pucci, musicóloga e maestrina que fundou o conjunto e o lidera), o Mawaca mistura instrumentos de vários povos aos que nos são familiares, tem desenvoltura em qualquer gênero que encare e canta no idioma natal da canção.

Este CD é o melhor de toda a discografia do Mawaca até aqui (sete CDs), só perde para o DVD também chamado “Pra todo canto”, que incorpora algumas músicas de álbuns anteriores. Bartók e Kodály ficariam admirados com esse mini-compêndio de releituras etnomusicológicas.

Pra mim, o Mawaca é uma das melhores e mais originais formações reveladas no Brasil nos últimos anos e uma das melhores do mundo na World Music (no sentido mais essencial desse rótulo da indústria fonográfica). As músicas em negrito são minhas favoritas, contudo cada pessoa que escuta este disco forma sua própria beloved playlist.

***

Mawaca pra todo canto

1 As Sete Mulheres do Minho
2 Êh Boi!
3 Dendê Com Curry
4 Kali
5 Lamidbar
6 Acometado
7 Ahkoy Té / Hotaru Koi
8 Soran Bushi
9 Mawaca pra Qualquer Santo
10 Cangoma Me Chamou
11 Tango Dos Chavicos
12 Et Dodim
13 Boro Horo (Hirigo / Bre Petrunko / Suuret Ja Soriat)
14 Salam!
15 Asadoya Yunta
16 Gayatri Mantra

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CVL (Revalidado pelo Carlinus)

International Rostrum of Composers – 6 CDs – LINKS REVALIDADOS

Postado inicialmente por CVL em 13 de fevereiro de 2009.

Ouvi os quatro primeiros CDs dessa caixa e fiquei impressionado com a qualidade, por isso resolvi revalidar os links. Tomei a liberdade e inseri uma imagem no post, CVL.

Um post pra vocês se ocuparem até depois do carnaval, quando estarei de volta das ladeiras de Olinda, e que vai dedicado ao mano CDF Bach: só compositores contemporâneos.

Na busca que fiz na Internet, nenhum site traz os dados completos do box de CDs. Peço desculpas de antemão por evitar o trabalho de digitar todos os intérpretes. Se algum fã do blog possuir este álbum (o que acho difícil) e fizer esse favor pra mim, concedo a glória de escolher um post dentro de minha jurisdição (Música das Américas).

***

O International Rostrum of Composers (ou Tribuna Internacional de Compositores) é fórum periódico do Conselho Internacional de Música da Unesco que promove a difusão, lado a lado, de obras contemporâneas de compositores jovens e experientes. Todo ano, uma emissora de rádio ou TV anfitriã, dentre as mais de trinta filiadas, organiza a transmissão das peças selecionadas pelas demais filiadas. Esta coletânea vai de 1955 (primeira edição do fórum) a 1999 e contém a célebre Trenódia para as vítimas de Hiroshima de Penderecki, Ad matrem de Górecki e mais 17 compositores. O único brasileiro no meio é Marlos Nobre, regendo sua Biosfera para pequena orquestra com a Sinfônica da Rádio MEC.

***

International Rostrum of Composers

CD 1

1-2. Frank Martin – Concerto para cravo e pequena orquestra
I. Allegro comodo
II. Adagio – Più allegro

3. Krzysztof Penderecki – Trenódia para as vítimas de Hiroxima
4-6. Roman Haubenstock-Ramati – Sinfonia K
I. Satz
II. Satz
III. Satz

7. Peter Schat – To you, op. 22

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CD 2

1. Henryk Górecki – Ad matrem
2-3. Marlos Nobre – Biosfera
I. Variantes
II. Postlúdio

4-6. Dimitri Tapkov – Cantata da paz
I. Retrospecto
II. Contagem regressiva
III. Canção de inverno sobre o pombo

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CD 3

1. György Kurtág – Mensagens da recém-finada senhorita R. Y. Troussova
2. Alejandro Iglesias Rossi – Ritos ancestrais de uma cultura esquecida

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CD 4

1. Magnus Lindberg – Kroft
2. Roger Smalley – Concerto para piano e orquestra
3. Chris Paul Harman – Indescência

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CD 5

1. Thomas Demenga – Solo per due
2. Jesper Koch – Icebreaking
3. Michio Kitazume – Ei-sho, para orquestra
4. Mari Vihmand – Floreo

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CD 6

1. Pär Lindgren – Oaijé
2. Maja Ratkje – Wave II B
3-4. Bernard Cavanna – Concerto para violino e orquestra
I. Lively, chaotic
II. Slow, immutable

O caro visitante EGLab, a quem ora agradecemos, nos enviou em 11/07/09 este link, com os dados dos intérpretes e regentes.

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CVL (revalidado por Carlinus)

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 e Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129

Achei por bem postar este maravilhoso CD, porquanto desde o momento em que pude ouvi-lo, fiquei absurdamente satisfeito. Traz os dois concertos para violino de um dos meus compositores favoritos – Shostakovich. A música de Shosta sempre foi geradora de um intenso mistério em mim. Existe um profundo senso trágico, de lamento, de dor velada, de angústia represada, talvez fruto de suas emoções incotidas; de seu silêncio aflito. Quiça eu possua um pouco do compositor soviético em mim. Shosta seria quem foi em qualquer lugar do universo. Li isso uma vez num texto escrito pelo Milton Ribeiro. Verifiquei que ele foi muito feliz nessa assertiva. De fato, em se tratando de Shostakovich, o regime soviético serviu apenas como um aspecto contigente em seu amâgo como ser histórico. O compositor se portaria como essa figura introvertida, silenciosa e de alma vulcânica, mesmo em outro país. Gosto muito dessas gravações da Naxos. A Naxos possui um charme curioso. Sinto-me compelido a postar tudo o que consigo dela. Um bom deleite!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99 e Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129

Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 99
01. I. Nocturne
02. II. Sherzo
03. III. Passacaglia
04. IV. Burlesque

Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129
05. I. Moderato
06. II. Adagio
07. III. Adagio – Allegro

Polish National Radio Symphony Orchestra (Katowice)
Antonio Wit, regente
Ilya Kaler, violino

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Carlinus

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Concerto para 2 pianos e Orquestra, em Dó Maior, BWV1061, Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concerto para 2 pianos em Mi Bemol Maior, KV 365, Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Concerto para Piano, nº1, in Dó Maior, op. 15 – Anda, Haskill, Philharmonia – Galliera

Os senhores gostam de gravações antigas, realizadas há mais de cinquenta anos? Eu adoro, pois assim podemos conhecer os grandes intérpretes do passado e identificar a evolução das interpretações, comparando-as com as mais recentes.
Neste CD temos duas lendas dos teclados, duas gerações em confronto, digamos assim. A já idosa romena Clara Haskil e o então jovem húngaro Geza Anda, ainda com seus trinta e poucos anos na época destas gravações, e que morreu precocemente de câncer no esôfago, ainda nos anos 70 (1976 para ser mais exato). Clara Haskil nasceu em 1895 e é considerada uma das maiores pianistas do século XX, especializada no repertório clássico e romântico, e que veio a morrer poucos anos depois destas gravações serem realizadas.
Mas enfim, temos três concertos bem específicos em suas particularidades, e porque não dizer, verdadeiros monumentos da literatura pianística. Bach, Mozart e Beethoven: é preciso falar alguma coisa? A destacar, a evolução do próprio conceito de concerto, e claro, o talento dos intérpretes. Até nos esquecemos que são gravações remasterizadas, e que ao menos o Concerto de Bach foi ainda gravado em modo mono. Mas não se atenham a estes detalhes, e sim à clareza das interpretações. Outro destaque a ser feito aqui é o excepcional trabalho da engenharia de som da poderosa EMI em seu famoso estúdio da Abbey Road. Um primor.
Outra coisa que chama a atenção é a cumplicidade entre os intérpretes. temos a impressão de que tocam juntos há décadas, o que é mais uma mostra do enorme talento de jovem Anda, que não temeu tocar com uma verdadeira lenda do piano.
Para seu deleite, como diria nosso colega Carlinus.

01. Haskil & Anda – Bach- BWV 1061 I
02. Haskil & Anda – Bach- BWV 1061 II
03. Haskil & Anda – Bach- BWV 1061 III
04. Haskil & Anda – Mozart- KV 365 I
05. Haskil & Anda – Mozart- KV 365 II
06. Haskil & Anda – Mozart- KV 365 III
07. Anda – Beethoven- op 15 I
08. Anda – Beethoven- op 15 II
09. Anda – Beethoven- op 15 III

Clara Haskil & Géza Anda – Pianos
Philharmonia Orchestra
Alceo Galliera – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FDPBach

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – Violin Concerto in D Major,op. 35 – Erich Wolfgang Korngold (1897-1957) – Concerto for Violin & Orchestra in D Major, op. 35 – Mutter, Previn, LSO


Existem dezenas, talvez centenas de gravações do Concerto para Violino, op. 35, de Tchaikovsky. Aqui mesmo no PQP já devem ter sido postadas pelo menos uma meia dúzia delas (ou estarei enganado? Alguém se proporia a contar?).Meus intérpretes para estes concertos são David Oistrakh, Jascha Heifetz, Viktoria Mullova. Mullova? Digamos que esta gravação da russa com o Ozawa esteja nesta lista por motivos particulares.

A vida de Anne-Sophie Mutter é conhecida: menina prodígio, aos 14 anos de idade já estreava no mundo das gravações ao lado de ninguém menos que Karajan, que a apresentou ao mundo num LP com Concertos de Mozart gravados pela poderosa gravadora Deutsche Grammophon. Realizou diversas gravações com o velho Kaiser, inclusive do próprio concerto de Tchaikovsky, isso tudo antes de completar 20 anos de idade.

Não entrarei no mérito da qualidade destas interpretações de juventude, algumas delas sensacionais, com certeza, como seu Brahms, tocado com uma maturidade e competência invejáveis. Não lembro de ter ouvido seu Tchaikovsky de juventude, talvez influenciado pela Mullova, sua grande “rival”, pelo menos no meu ranking. Até fiz uma brincadeira há alguns anos atrás colocando gravações das sonatas de Brahms com as duas, para deixar nas mãos dos senhores a escolha do “quem é a melhor”.
Mas o tempo passa, o tempo voa. A maturidade chega, e talvez por cláusulas contratuais, sei lá, ela resolve gravar novamente o op. 35 de Tchaikovsky. Desta vez, acompanhada do maridão, o excelente regente Andre Previn. O contraste é claro: a bela Mutter, que, apesar de já estar chegando nos 50 anos continua muito bonita e charmosa, e o velho Previn, já adentrado nos seus setenta e poucos anos, mas sempre grande galanteador, lembrando que ele foi o primeiro marido da atriz Mia Farrow, isso nos idos do início dos anos 70. Talvez por este motivo resolveram gravar este CD juntos, sabe como é, o amor é lindo, né? Dois concertos românticos, que curiosamente tem o mesmo opus, 35, e escritos na mesma tonalidade de Ré maior.

Ok. Mas por que acho que a química entre os dois não funciona? Sei lá,entende? Não dá liga, Mutter às vezes toca de forma tão mecânica que deixa de lado toda a força dramática da obra, e para piorar Previn torna a grande Sinfônica de Londres uma orquestra burocrática, também sem emoção, sem apelo. Vi um documentário certa vez com uma aula magna do Maxim Vengerov em que ele explicava para um “aluno” que para tocar Tchaikovsky o músico tem de suar sangue, tem de chegar no final da interpretação tão extenuado que mal consegue se manter em pé, tamanha a entrega que ele tem de fazer na execução da obra. Mutter, quem diria, minha musa inspiradora, a violinista que me inspira já há mais de 30 anos não conseguiu me comover desta vez. Será que a idade está chegando e FDPBach está se tornando um chato que exige cada vez mais de si mesmo para encontrar um nível que talvez nunca mais seja atingido? Afinal suas gravações favoritas destas obras (Oistrakh e Heifetz) foram realizadas há mais de cinquenta anos atrás… o que falta? É pouco provável que surjam novamente músicos do nível destes dois gigantes citados acima, reconheço, mas como diria a velha frase dos guevaristas, “hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás”. Mutter, nesta gravação, realizada ao vivo, por sinal, endureceu sim porém perdeu a ternura. Talvez a explicação seja esse comentário seu que consta na contracapa do CD: “Performing contemporary music has added immeasurably to the way I play Tchaikovsky´s concerto”.
Curiosamente, no Concerto de Korngold reencontro a Mutter que conheço há tanto tempo. É comovente ouvi-la tocar o magnífico primeiro movimento deste concerto único. Vá entender. E sempre acompanhada do maridão e da LSO. Heifetz era um gênio, sem dúvidas, mas segundo testemunhos, sempre acabava virando um showman, exagerando no virtuosismo. Mutter aqui, ao contrário, exibe o virtuosismo de sempre e faz seu Stradivarius chorar, assim como também faz fraquejar e apertar o coração deste chato de galocha que vos entedia com tantas considerações inúteis e lhes impede de apreciar a mais bela e talentosa violinista de sua geração.

Me perdoa por te traíres, Viktoria Mullova.

Piotr Illyich Tchaikovsky – Violin Concerto in D Major,op. 35, Erich Wolfgang Korngold – Concerto for Violin & Orchestra in D Major, op. 35

01. Tchaikovsky Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – I. Allegro moderato
02. Tchaikovsky Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – II. Canzoneta. Andante- attacca
03. Tchaikovsky Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – III. Finale. Allegro vivacissimo
04. Korngold Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – I. Moderato nobile
05. Korngold Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – II. Romance. Andante
06. Korngold Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – III. Finale. Allegro assai vivace

Anne-Sophie Mutter – Violin
London Symphony Orchestra
Andre Previn – Conductor

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Dmitri Shostakovich (1906-1975 ) – Sinfonia No. 11 em G manor, Op. 103 – "O Ano de 1905" (LINK ATUALIZADO)

Postado inicialmente em 11 de dezembro de 2011.

A Sinfonia no. 11 de Shostakovich é uma das minhas composições favoritas entre todas aquelas que foram escritas poe Dmitri Shostakovich. Ela é uma obra que revela o quanto o conflito e a epicidade podem ser retratados numa obra de arte. É um desenho programático de um evento histórico. É uma descrição palpável de um episódio acontecido no ano de 1905 na Rússia. Contam os historiadores que dezenas de trabalhadores foram aniquilados pelas forças do ksar. Os vitimados eram homens comuns que buscavam ter os seus direitos atendidos no mês de janeiro daquele ano. Mas foram alvejados impiedosamente pela força pretoriana do soberano da Rússia. Tal fato se constituiu num evento marcante. O povo jamais esqueceria aquilo, principalmente Shostakovich que amava tanto o seu país. A Sinfonia no. 11 é repleta de insuações; de coloridos orquestrais; de tensão; de motivos de combate; marchas marciais; do som de corpos que tombam ao chão, num episódio terrível. É um trabalho denso, como denso era o mundo de Shostakovich. Esta gravação com Ashkenazy possui motivos para reverência. Não deixe de ouvir.

Dmitri Shostakovich (1906-1975 ) – Sinfonia No. 11 em G manor, Op. 103 – “O Ano de 1905”

01 The Palace Square
02 The Ninth of January
03 In Memoriam
04 The Tocsin

Link da Amazon

St Petersburg Philharmonic Orchestra
Vladimir Ashkenazy, regente

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – Cd 7 de 7

Acabou… This is The End…Ces´t fini… that´s all folks… aqui está o sétimo CD, com os impressionantes op. 132 e 135… para seu deleite e prazer. Monumentos da literatura musical, obras primas absolutas, nem vou chover no molhado. Nem para comentar a interpretação do Amadeus Quartet. Não serei mais tão óbvio, como alguém comentou dia destes. Ah, nem irei reclamar da internet vagabunda que tenho. Isso tudo os senhores já estão carecas de saber.O que realmente importa aqui é a música de Ludwig. Atemporal, com certeza, sendo o menos redundante e óbvio possível.
Hoje tive um dia complicado. Fila em banco e tensão no serviço, tentando conciliar o inconciliável (minha gerente inclusive elogiou minha atitude ao tentar conciliar esta questão inconciliável). E claro, ônibus lotado e atrasado para a volta para casa.  Cheguei á conclusão que nem irei mais me estressar. O bom e velho Ludwig serve neste momento de válvula de escape,  uma sessão de psicanálise gratuita. Não vou encarar o volume de quase 700 páginas que me observa já há alguns dias, esperando para ser concluído (devem faltar umas 120 páginas) simplesmente porque não tenho mais a mesma visão que tinha nos meus vinte e poucos anos,  a luz fraca me cansa rapidamente e os olhos começam a tremer, e em menos de cinco minutos adormeço. Ele que espere o final de semana.
Mas esse van Beethoven aqui está ansioso para sair do casulo. Quer se juntar aos seus outros seis colegas, que já andei distribuindo por aí.
Então vamos satisfazer o desejo do sétimo CD e colocá-lo no ar. Ainda mais o op. 132. Assim, acabo com a angústia de nosso caro leitor/ouvinte charliescampos, que escreve tão bem em seu blog que fico até com vergonha destas minhas mal traçadas linhas.

01- String Quartet 15, Op.132 – I. Assai sostenuto – Allegro
02- String Quartet 15, Op.132 – II. Allegro ma non tanto
03- String Quartet 15, Op.132 – III. Heiliger Dankgesang
04- String Quartet 15, Op.132 – IV. Alla marcia, assai vivace
05- String Quartet 15, Op.132 – V. Allegro appassionato
06- String Quartet 16, Op.135 – I. Allegretto
07- String Quartet 16, Op.135 – II. Vivace
08- String Quartet 16, Op.135 – III. Lento assai e cantante tranquillo
09- String Quartet 16, Op.135 – IV. Der schwer gefaßte Entschluß (Muß es sein)

Amadeus Quartet

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FDPBach

Eli-Eri Moura (1963) – Réquiem contestado [link atualizado 2017]

Acho que não se pode alegar conhecer a produção erudita brasileira atual sem conhecer este autor – e esta obra, absolutamente extraordinária. Baixem e ouçam e me digam se não é verdade! (Ranulfus)
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Eu iria esperar passar o fim de semana para enviar meu segundo post, mas pensei depois que esse é o período que muitos têm para dar uma escutada no que baixaram de segunda a sexta. *** Tentem se lembrar de um compositor erudito nordestino… “Alberto Nepomuceno… José Siqueira…” Eu ajudo: Lindembergue Cardoso, Hekel Tavares, Euclides Fonseca (conhecem Euclides Fonseca? Nem eu. Quase não há nada gravado dele, que parece ter sido o maior operista de Pernambuco)… Todos estão mortos. Vamos tentar os vivos. “Marlos Nobre…” Aê, pelo menos um vocês sabem. Outro empurrão: Danilo Guanais, Liduíno Pitombeira, Eli-Eri Moura, Wellington Gomes, Clóvis Pereira. Aos poucos vou postar o que eu tiver/conseguir deles. Começo com um da Paraíba: Eli-Eri Moura (se diz “Eliéri”). Professor da UFPB, 45 anos de idade, Mestre e Doutor em Composição pela McGill, no Canadá (mais informações, veja no Compomus, o Laboratório de Composição Musical da universidade, que ele fundou), Eli-Eri vive pacatamente em João Pessoa (onde estou neste momento, visitando meu Café do Rato Preto, na praia de Tambaú), cidade de maior estímulo à música clássica na década de 80 – tanto que, até hoje, o mainstream da música clássica nacional tem uma boa imagem da Paraíba, ainda que a única celesta daquele Estado esteja atualmente parada devido aos cupins. Não é pobreza. As capitais nordestinas dispõem de muito dinheiro porque concentram grandes indústrias. Falta é um Neschling por lá, como falta no resto do país todo (e um Mário Covas para dar carta branca). O Covas daquela era de esplendor em João Pessoa se chamava Tarcísio de Miranda Burity, ex-governador de 79 a 82 e de 86 a 90, famoso pelo Caso Gulliver, em 1993. Foi o seguinte: Ronaldo Cunha Lima, rival político de Burity e governador naquele período, partiu para defender a “honra” do filho Cássio (atual governador, que luta contra a cassação determinada pelo TRE, e então superintendente da Sudene) das críticas que sofrera do opositor. Defendeu-a no melhor estilo coronelista: entrou no restaurante onde Burity estava, o Gulliver, e deu-lhe três tiros na boca… Burity faleceu de problemas cardíacos, dez anos depois. Ele tinha uma irmã pianista, Isabel, e por influência dela injetou um senhor dinheiro na Sinfônica da Paraíba. A OSPB (por favor é a sigla da orquestra, não a velha disciplina escolar Organização Social e Política Brasileira) passou a chamar somente maestros ignotos, como Aylton Escobar, Neschling, Karabtchevsky e Eleazar de Carvalho e se tornou a primeira do país a gravar um CD, em 1988. Gravaram nos States, motivo pelo qual somente se podia comprá-lo importado. Nesse mesmo ano, abri minha filial do Café, perto de onde se situa o Mercado de Artesanato da Paraíba. Some-se a essa aurora da música clássica naquele Estado a fundação do Departamento de Música da UFPB, em 1984, salvo engano. A obra Enfim, Eli-Eri Moura tinha um sobrinho a quem era muito ligado, Franklin Moura, que morreu aos 29 anos, em 1991, duma infecção causada por uma bactéria desconhecida. Dois anos depois, o compositor voltou ao Brasil de seu mestrado no Canadá e procurou o amigo e poeta W. J. Solha para compor um réquiem. “Pra que um libretista prum réquiem, se basta o compositor recorrer ao texto litúrgico?” Bem, estamos falando de uma obra que se chama Réquiem Contestado. Coube a Waldemar José Solha inserir acréscimos perturbadores em momentos cruciais da missa fúnebre. Assim, após um intróito estático, belíssimo, o coral entoa, indignada e repetidamente, “Quero a lei, só!” em vez de “Kyrie Eleison”. Daí vem a subversão da estrutura do restante do réquiem. O Gloria, o Confiteor e o Credo – que não são rezados no réquiem tradicional, só na missa – aparecem aqui, e em ordem invertida. É bom explicar que as três orações são inapropriadas à missa de encomenda de almas por sua própria natureza: o Gloria é um canto de júbilo; o Confiteor (costumeiramente recitado, não cantado) e o Credo são, respectivamente, a confissão dos pecados e a profissão de fé, coisas que o defunto não pode fazer mais, nem ninguém pode fazer em nome dele. Sendo talvez redundante, talvez detalhista, pressupõe-se que o réquiem só pode ser rezado a quem admitiu os pecados (o Confiteor é obrigatório na Extrema-Unção) e subscreveu o “Creio em Deus Pai” em vida. Solha transformou o Credo, introduzido por arabescos oboísticos, em Non credo, interrompendo o coral com o protesto do narrador: “Não, não, não, não!!! Não creio que Tu, Deus, sendo a Bondade Suprema, tenha quase exterminado o gênero humano com o dilúvio…”. No Confiteor, onde o coral adquire mais magnificência e clama “Mea culpa”, o narrador acusa e contesta: “Amar a Deus? Quem conhece o ser humano sabe que não tem nada de secreto o fato de que ninguém ama por decreto”. No Gloria, voltam a atmosfera tensa e as palavras do Kyrie: a turba se enfurece com o narrador contestador e dá “Glória a Deus” para que, dessa forma, Ele faça justiça contra o herege. O contestador responde “Triste é a lei só!” e se dirige aos céus: “‘Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!’ Viste? É a pura luz! Que Te cega do alto da cruz”. Então, vem a Sequentia, a seqüência de orações do Proprio. O Proprio é o texto da missa que pode ser modificado de acordo com as circunstâncias em que ela é rezada, diferente do Ordinario (que, como o nome diz, é o texto da missa ordinária). No réquiem, o Proprio consta de trechos da Bíblia extraídos do Apocalipse e dos Salmos. Aqui, estão os três mais comuns: o Dies irae, o Rex tremendae e o Confutatis. As contestações do narrador continuam, sempre em confronto aos fiéis (o coral), e se tornam cada vez mais persuasivas ao soprano e ao tenor solistas, que ora recitam o texto litúrgico, ora o questionam. Em seguida, viria o Ofertorium – não a oferenda do dízimo, mas a seqüência de outros trechos bíblicos, para a encomenda da alma do falecido. Solha e Eli-Eri decidem não se estender e partem direto para o Communio, a retomada da prece por luz eterna aos mortos, cabendo ao narrador a devida encomenda, mais resignado: “Lembra-te, Senhor, de todos os que viveram, lutaram e morreram angustiados, nestas centenas de milhares de anos, sem saber a que vieram” Acontece que o Communio sucede três orações do Ordinario antes de encerrar o réquiem: Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. O Communio, psicologicamente, foi o ponto final do pesar dos fiéis, que os permitiu voltar a expressar seu júbilo, porém eles retomam a ordem das orações de onde ela parou, do Sanctus. No meio da alegria da turba, o contestador revela quem realmente é. Os fiéis entendem o sentido de todas as “blasfêmias” proferidas até ali e ouvem o “Ite missa est” (“Ide, vossa missão está concluída”). O nome de Deus já está bendito e não é necessário rememorar o cordeiro que foi morto por Ele. Apêndice Este CD não foi lançado comercialmente e é raríssimo de se encontrar. As cordas do Quinteto da Paraíba, as quatro madeiras do Quinteto de Sopros Latino-Americano, o recitante e o Coral Gazzi de Sá são irrepreensíveis, somente os cantores solistas poderiam ter voz mais madura (embora cantem límpido e nos façam, assim, entender o texto). Com certeza, esta não é uma obra para ficar ignorada, e se você gosta da serenidade dos réquiens, aceite minha efusiva recomendação.

Eli-Eri Moura
Requiem Contestado

1. Introitus
2. Kyrie
3. Non credo
4. Confiteor
5. Gloria
6. Dies irae
7. Rex tremendae
8. Confutatis
9. Communio
10. Sanctus

Vianey Santos, tenor
Wanini Emery, soprano
Tião Braga, recitante
Coral Universitário da Paraíba
Gazzi de Sá
Orquestra de câmara formada por integrantes do Quinteto da Paraíba, do Quinteto de Sopros Latino-Americano e convidados.
Regência e composição: Eli-Eri Moura

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CVL
Repostado por Bisnaga

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 6 de 7 – Amadeus Quartet

Dia destes acompanhei uma discussão nos comentários de uma postagem destes Quartetos de Cordas de Beethoven que trazia um questionamento no mínimo interessante: se ele não tivesse ficado surdo teria composto as obras que compôs, principalmente estes últimos quartetos, obras extremamente difíceis e complexas? Qual seria sua reação se por um milagre ele voltasse a ouvir e fosse na audição de um conjunto de cordas interpretando suas obras? Ele as reconheceria como suas?
Não pretendo entrar no mérito da discussão, minha formação é em História e esta partícula “se” não se aplica à nossa profissão. Trabalhamos com fatos, e não suposições. E se Napoleão não tivesse perdido a guerra? E se o Dia D fosse um fracasso da estratégia militar aliada? E se os romanos tivessem derrotado todos os bárbaros? E se eu tivesse ido estudar Engenharia Civil no lugar de História? E se Beethoven não tivesse ficado surdo?
O gigantismo de Beethoven é um fato, ninguém contesta sua inserção no cânone da cultura ocidental ao lado de Dante, Shakespeare, Goethe, Bach entre alguns outros. Não precisa de defensores. Na verdade somos nós quem precisamos da sua música para nos ajudar no dia a dia, nos aliviar das tensões existentes nas relações humanas e na nossa própia compreensão de nós mesmos.
Já contei para os senhores uma historinha sobre uma apresentação que assisti do maravilhoso Kódaly Quartet tocando o op. 130? Foi interesssante, porém vergonhoso para o recém inaugurado Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis, lá pelos idos de 1988. Antes de começarem a tocar, o líder do conjunto comentou que ainda estavam estudando aquela obra, e que era possível que se cometessem erros durante sua execução (alguns anos depois descobri já naquela época eles eram contratados da Naxos para a gravação da Integral de Haydn e do propio Beethoven). Pois bem, no meio da obra, talvez uns 20 e poucos minutos de execução, eis que o sistema de iluminação do teatro simplesmente se apaga, porém logo a luz retorna, menos de 15 segundos, talvez. Nunca esquecerei a cara dos músicos: via-se a frustração em seus rostos, pois ainda seguiam a partitura à risca dado à complexidade da peça, e claro que haviam parado, mas sem falarem nada, retornam exatamente de onde haviam parado, claro que depois de receberem aplausos, meio que constrangidos, de nossa parte. Não preciso dizer que a apresentação foi magnífica: um Haydn beirando a perfeição e um Beethoven inesquecível, apesar do problema técnico.
O op. 130 nas mãos do Amadeus Quartet também beira a perfeição. A sonoridade do conjunto é espantosa, e a cumplicidade entre os músicos deixa-nos atônitos. Coisa de gente grande.
Para seu deleite.

01- String Quartet 13, Op.130 – I. Adagio ma non troppo – Allegro
02- String Quartet 13, Op.130 – II. Presto
03- String Quartet 13, Op.130 – III. Andante con moto, ma non troppo
04- String Quartet 13, Op.130 – IV. Alla danza tedesca. Allegro assai
05- String Quartet 13, Op.130 – V. Cavatina. Adagio molto espressivo
06- String Quartet 13, Op.130 – VI. Finale. Allegro
07- String Quartet 14, Op.131 – I. Adagio, ma non troppo
08- String Quartet 14, Op.131 – II. Allegro molto vivace – attacca-
09- String Quartet 14, Op.131 – III. Allegro moderatto – attacca-
10- String Quartet 14, Op.131 – IV. Andante ma non troppo
11- String Quartet 14, Op.131 – V. Presto – Molto poco adagio
12- String Quartet 14, Op.131 – VI. Adagio quasi un poco andante
13- String Quartet 14, Op.131 – VII. Allegro

Amadeus Quartet

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony No. 10 in F sharp minor (incomplete) e Symphony No. 5 in C sharp minor

Desde hoje cedo, encontrava-me com um desejo enorme de ouvir a Quinta Sinfonia de Mahler. Uma disposição quase que espiritual, fez-me desejar ouvir aquele turbilhão trágico. Aquela carga espiritual e nietzscheniana. Aquele engolfamento de desespero. De profunda cartase filósofica. As minhas sinapses desejaram como nunca a Quinta de Mahler. Enquanto estava no metrô, pensava nela. Ao caminhar para o trabalho nas ruas de Brasília, assobiava o primeiro movimento, as cenas iniciais, que surgem como borrascas avassaladoras. Solfejava aquele som de onda tempestuosa. A poderosa marcha fúnebre que fala mais do homem do que qualquer tese de filosofia. Mahler é assim. Pega-nos por completo. Leva-nos ao chão, com aquela sensação de que já não somos mais os mesmos. Hoje, almocei com um colega professor. Conversamos sobre religião, ateísmo, filosofia, Dawkins, a natureza e o sentido da vida. Parece muita pretensão, mas esses são temas que sempre me pertubam. E, neste instante, chego à conclusão de que o anseio por Mahler, porque hoje eu estou aberto às grandes reflexões. Li ainda pouco um texto do Milton Ribeiro (belíssimo texto!). Aquelas palavras repletas de um senso de segurança. De uma estabilidade que impressiona, deixou-me ainda mais com o senso da agudização do quanto Mahler é importante para eu me entender num mundo no qual as relações, as tragédias, os achaques variados, em suma, para a vida que acontece aqui embaixo sob o regime das leis naturais. Ah! Mahler, como você me faz existencializar a realidade e imaginar coisas grandes e absurdas, quando eu sou pequeno e multifacetado. Mas em ti, a vida é transcendida. Aquela afirmação de Nietzsche de que ‘eu devo tranformar a minha vida numa canção que o mundo precisa escutar’, dá-me forças para continuar. Não ligue para os desvarios e escute esta baita gravação de duas das sinfonias de Mahler com Rodolfo Barshai. Gravação primorosa – ao vivo, primorosa. Uma boa apreciação!

Gustavo Mahler (1860-1911) – Symphony No. 10 in F sharp minor (incomplete) e Symphony No. 5 in C sharp minor

DISCO 01

Symphony No. 10 in F sharp minor (incomplete)
01.Adagio
02. Scherzo
03. Purgatorio
04. Allegro pesante
05. Finale

DISCO 02

Symphony No. 5 in C sharp minor
01.Trauermarsch, in gemessenem Schritt, streng wie ein Kondukt Listen
02. Stürmisch bewegt, mit grösster Vehemenz Listen
03. Scherzo, kräftig, nicht zu schnell Listen
04. Adagietto, sehr langsam Listen
05. Rondo-Finale, allegro giocoso

Junge Deutsche Philharmonie
Rudolf Barshai, regente

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Carlinus

Astor Piazzolla (1921-1992) – Tangazo (LINK REVALIDADO)

Se você é fã do compositor argentino, bon appetit; senão, se aventure a descobrir o universo sonoro do criador do Tango novo, impregnado de batidas fortes, bem marcadas, em compasso quaternário e andamento marcial ou mais vivo, reforçadas com acordes graves e violentos no piano, glissandos súbitos das cordas e um ríspido reco-reco, e fixadas na memória com melodias da melhor e mais peculiar emotividade exacerbada portenha. Não à toa, a primeira música do CD é Adiós Nonino, que reúne todas essas características, mas todo o disco, exceto a melancólica Oblivion, carrega o Piazzolla aqui descrito fugazmente.

***

Tangazo

1. Adíos Nonino (Tango Rapsodia)
2. Milonga del Angel
3. Double Concerto for Bandoneon & Guitar – 1. Introduction
4. Double Concerto for Bandoneon & Guitar – 2. Milonga
5. Double Concerto for Bandoneon & Guitar – 3. Tango
6. Oblivion
7. Tres movimientos tanguisticos portenos – 1. Allegretto
8. Tres movimientos tanguisticos portenos – 2. Moderato
9. Tres movimientos tanguisticos portenos – 3. Vivace
10. Danza Criolla
11. Tangazo

Bandoneão: Daniel Binelli
Violão, no Concerto: Eduardo Isaac
Oboé, em Oblivion: Louise Pellerin
Orquestra Sinfônica de Montreal, regida por Charles Dutoit

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CVL (Revalidado por PQP)

Novidades Musicais

Li, gostei e repasso para os senhores:

Com apoio do Museu Villa-Lobos, quarteto lança obras inéditas do compositor
Quase três anos após a primeira e única interpretação na América do Sul da obra completa para quarteto de cordas de Heitor Villa-Lobos, realizada durante o Festival Villa-Lobos de 2009, o Quarteto Radamés Gnattali, considerado um dos melhores conjuntos de câmara do Brasil, lança em parceria com o Museu Villa-Lobos (Ibram/MinC) todas as 17 obras compostas para quarteto de cordas pelo maestro.
Gravada entre os meses de julho de 2010 e maio de 2011, nos palácios do Catete, Laranjeiras e Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a obra integral para quartetos foi filmada em Full HD e com alta resolução sonora em estéreo e surround. As gravações estão, agora, sendo lançadas nos formatos DVD e Blu-Ray.
Ganhador do XIII Prêmio Carlos Gomes como o melhor conjunto de câmara do Brasil, o Quarteto Radamés Gnatalli contou com a parceria do Museu Villa-Lobos para ter acesso aos manuscritos originais do compositor, o que possibilitou revisões das partituras e a correção de diversos erros de notas e ajustes rítmicos, permitindo ao grupo criar a própria edição dos quartetos.
Um detalhe curioso é que, além das 17 peças acabadas, foi encontrada no acervo do museu uma 18°obra inédita para a qual o maestro Villa-Lobos deixou compostos apenas três compassos, que são executados pelo Quarteto Radamés Gnattalli nesta produção. O lançamento é da gravadora carioca Visom Digital.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) String Quartets – CD 5 de 7

Mais um cd desta estupenda coleção. Desta vez temos a fenomenal Grande Fuga, op.133. E para variar o Amadeus Quartet dá um banho de interpretação.
O calor que tem feito aqui no sul do país está torrando meus neurônios, sem me dar ânimo para fazer o que for no computador. Mas acabar de postar esta coleção é meu objetivo único neste mês de março. Quem viver, verá.

Divirtam-se.

01- String Quartet 11, Op.95 – I. Allegro con brio
02- String Quartet 11, Op.95 – II. Allegretto ma non troppo
03- String Quartet 11, Op.95 – III. Allegro assai vivace ma serioso
04- String Quartet 11, Op.95 – IV. Larghetto espressivo – Allegretto
05- String Quartet 12, Op.127 – I. Maestoso – Allegro
06- String Quartet 12, Op.127 – II. Adagio, ma non troppo
07- String Quartet 12, Op.127 – III. Scherzando vivace – Presto
08- String Quartet 12, Op.127 – IV. Finale
09- Grosse Fuge Op.133 – I. Overtura. Allegro – Fuga
10- Grosse Fuge Op.133 – II. Meno mosso e moderato
11- Grosse Fuge Op.133 – III. Allegro molto e con brio
12- Grosse Fuge Op.133 – IV. Meno mosso e moderato
13- Grosse Fuge Op.133 – V. Allegro molto e con brio
14- Grosse Fuge Op.133 – VI. Allegro

Amadeus Quartet

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 4 de 7 – Amadeus Quartet

Inaugurando nosso novo espaço, trago então o quarto cd da magnífica coleção do Amadeus Quartet tocando os Quartetos de Corda de Beethoven. Este cd completa a série conhecida como “Quartetos Rasumovsky”, e também traz o op. 74.
Para nós do PQPBach, ou de qualquer outro blog especializado em música clássica, ou de qualquer outro estilo musical, o sucesso de uma postagem mede-se pelo número de downloads e claro, pela satisfação dos leitores/ouvintes expressa nos comentários. E quando vejo o número de downloads dos cds desta coleção (média de 350 por cada cd) e os comentários fico muito feliz em saber que de alguma forma estamos contribuindo para que um maior número de pessoas tenham acesso à estes verdadeiros tesouros da cultura humana. No caso destes quartetos, então, nem se fala.E quando se trata do Quarteto Amadeus tocando estes quartetos, aí o pacote de satisfação é completo.
Os problemas de conexão de minha internet continuam, e se depender de minha operadora, OI/Brasil Telecom, continuarão ad infinitum, sem possibilidades de melhoras. Upar um cd de 150 mb numa velocidade de 20 kbp/s tira o tesão de qualquer um, e para piorar a situação, a conexão cai no meio do caminho. Para este quarto cd já foram três tentativas sem sucesso.

Mas vamos ao que interessa.

Ludwig van Beethoven – String Quartets – CD 4 de 7 – Amadeus Quartet

01- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – I. Introduzione
02- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – II. Andante
03- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – III. Menuetto
04- String Quartet 09 ‘Rasumovsky’, Op.59 No.3 – IV. Allegro molto
05- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – I. Poco Adagio – Allegro
06- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – II. Adagio ma non troppo
07- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – III. Presto – attacca-
08- String Quartet 10, Op.74 ‘Harp’ – IV. Allegretto con Variazioni

Amadeus Quartet

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Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – The Complete Ballets – Swan Lake, Sleeping Beauty e The Nutcracker – Ansermet (6 CDs)


Tchaikovsky foi o mago das melodias perfeitas. Poucos compositores foram capazes de tão belas catedrais sonoras como as erigidas por ele. E o que dizer dos seus ballets? Certamente um dos momentos mais sublimes de sua obra. Em seus ballets há ritmo, cadência, mistério, força, beleza, evocação e sonho. Três são os seus ballets: O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra Nozes. O desejo de postar essas obras me instigou há alguns dias atrás quando eu tive a oportunidade de assistir ao filme O Cisne Negro, do diretor americano Darren Aronofsky. A película me causou funda impressão. A bela encenação da atriz Natalie Portman me deixou completamente absorvido pelos ballets de Tchaikovsky. Lembrei que dispunha dessa caixa com seis CDs com o gigante Ernest Ansermet, um dos grandes regentes do século XX. Disponho também de uma bela caixa com esses mesmos ballets sob a direção de Karajan. Mas os ballets de Tachaikovski por Karajan perto dos de Ansermet não passam de folclore. As gravações dos ballets por Ansermet foram realizadas na década de 50 do século passado, dispondo de mais de 60 anos. Mas o interessante é que a qualidade é notável. Os timbres dos sopros causam um efeito especial. Ansermet mostra a sua mestria nesses trabalhos que devem ser revisitados sempre que estivermos em busca de fantasia e beleza. Há alguns cortes nos ballets, mas o conjunto é fabuloso! Uma boa apreciação!

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – The Complete Ballets – Swan Lake, Sleeping Beauty e The Nutcracker – Ansermet (6 CDs)

DISCO 01

Swan Lake

01. Introduction – No. 1 Scene (Allegro giusto)
02. No. 2 Waltz
03. No. 4 Pas de trois
04. No. 7 Subject – no. 8: Dance with Goblets
05. No. 10 Scene
06. No. 11 Scene No. 12 Scene No. 13 Scene
07. I. Tempo di Valse
08. V. Pas d’action: Odette et le prince
09. IV. Dans de petis cygnes
10. VI. Danse generale
11. II. Odette solo
12. VII. Coda
13. No. 15 Scene
14. No. 17 Scene: Entrance and Waltz of the Special Guests
15. No. 18 Scene
16. No. 21 Spanish Dance
17. No. 22 Neapolitan Dance
18. No. 23 Mazurka
19. No. 20 Danse Hongroise
20. No. 5 Pas de deux

DISCO 02

01. No. 28 – Scene (Allegro agitato)
02. No. 29 – Finale

Variations on a Rococo-Theme op. 33
03. Variations on a Rococo-Theme op. 33

Symphony No. 6 op. 74
04. I Adagio – Allegro non troppo
05. II Allegro con gracia
06. III Allegro molto vivace
07. IV Finale

DISCO 03

Sleeping Beauty

01. Introduction
02. No. 2 Dance scene
03. Introduction – adagio
04. Variation I – The Fairy of the Crystal Fountain
05. Variation II – The Fairy of the Enchanted Garden
06. Variation III – The Fairy of the Woodland Glades
07. Variation IV – The Fairy of the Songbirds
08. Variation V – The Fairy of the Golden Vine
09. Variation VI – The Lilac Fairy of the
10. Coda
11. No. 4 – Finale
12. No. 5 – Scene
13. No. 6 – Waltz
14. No. 7 – Scene
15. Rose Adagio
16. Dance of the Maids of Honour and the Pages
17. Aurora’s Variation
18. Coda
19. No. 9

DISCO 04

01. No. 10 – Entr’acte and Scene
02. No. 11 – Blind man’s Buff – No. 12 – Scene: Dances of the Courtiers
03. Scene
04. Dance of the Duchesses
05. Dance of the Baronesses
06. Dance of the Countesses
07. Dance of the marchionesses
08. No. 13 – Farandole: Scene – Dance
09. No. 14 – Scene: Prince Florimund and the Lilac Fairy – no. 15 – Pas d’action
10. Pas d’action: Aurora and Florimund
11. Aurora’s Variation
12. Coda
13. No. 16 – Scene
14. No. 17 – Panorama
15. No. 19 – Symphonic Entr’ acte – No. 20 – Finale: The Awakening
16. No. 21 – March
17. No. 22 – Polonaise: Procession of Fairy Tale Characters – no. 23 – Pas de quatre
18. Introduction
19. Variation I – The Golden Fairy
20. Variation II – The Silver Fairy
21. Variation IV – The Diamond Fairy – Coda
22. No. 24 – Pas de caractere: Puss-in-boots and the White Cat – no. 25 – Pas de quatre
23. Introduction
24. Variation I – Cinderella and Prince Charming
25. Variation II – The Bluebird and Princess Florine
26. Coda
27. No. 26 – Pas de caractere: Red Riding Hood and the Wolf
28. No. 27 – Tom Thumb –
29. No. 28 – Cinderella and Prince Fortune
30. Entree
31. Variation I – Florimund
32. Variation II – Aurora
33. Coda
34. No. 29 – Sarabande – no. 30 – Finale and Apotheosis
35. Finale
36. Apotheosis

DISCO 05

The Nutcracker

01. Miniature Overture
02. No. 1 – The Decoration of the Christmas Tree
03. No. 2 – March
04. No. 3 – Children’s Galop and Entry of the Parents
05. No. 4 – Arrival of Drosselmeyer
06. No. 5 – Grandfather’s Dance
07. No. 6 – Scene: Clara and the Nutcracker
08. No. 7 – Scene: The Battle
09. No. 8 – Scene: In the Pine Forest
10. No. 9 – Waltz of the Snowflakes

Act II

11. No. 10 – Scene: The Kingdom of Sweets
12. No. 11 – Clara and the Prince – No. 12 – Divertissement
13. Chocolate: Spanish Dance
14. Coffee: Arabian Dance
15. Tea: Chinese Dance
16. Trepak: Russian Dance
17. Dance of the Reed Pipes
18. Mother Gigogne
19. No. 13 – Waltz of the Flowers

DISCO 06

01. No. 14 Pas de deux
02. Variation I – Tarantella
03. Variation II – Dance of the Sugar Plum Fairy
04. Coda
05. No. 15 Final Waltz and Apotheosis

Suite for Orchestra No. 3 op. 55
06. I Elegie
07. II Valse melancolique
08. III Scherzo
09. IV Theme et variations

Suite for Orchestra No. 4 op. 61
10. I Gigue
11. II Menuet
12. III Preghiera
13. IV Theme et variations

Orchestre de la Suisse Romande
Ernest Ansermet, regente

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 3 e 4 de 6 – Amadeus Quartet


O terceiro CD desta coleção traz dois dos famosos “Quartetos Razumovsky”, conjunto de três quartetos que Beethoven compôs por encomenda do embaixador russo em Viena. São peças muito executadas em que o compositor continua explorando as possibilidades de um quarteto de cordas. Não preciso dizer que são obras primas do repertório, obrigatórias em qualquer discoteca e que muitos dos senhores já devem conhecer de cor.
Infelizmente a conexão de minha internet não ajuda, senão postaria mais. Mas é preciso ter uma paciência de Jó para esperar quase uma hora e meia para subir um arquivo de 150 mb para o mediafire, rezando para que a conexão não caia.
Espero que apreciem este CD. Os números dos downloads dos dois primeiros cds foram bem animadores.

CD 3
1 String Quartet No.7 in F, Op.59 No.1 – “Rasumovsky No. 1” 1 1. Allegro
2 2. Allegretto vivace e sempre scherzando
3 3. Adagio molto e mesto
4 4. Thème russe (Allegro)
5 String Quartet No.8 in E minor, Op.59 No.2 -“Rasumovsky No. 2” -5 1. Allegro
6 2. Molto adagio
7 3. Allegretto
8 4. Finale (Presto)

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Amadeus Quartet

FDPBach

Phillip Glass (1937-) – Itaipu and Three Songs (LINK REVALIDADO)

Este CD maravilhoso estava comigo há mais de um ano, mas foi somente hoje que eu o escutei.  A Cantata Itaipu foi composta por Glass no ano de 1989 em homenagem à hidrelétrica de mesmo nome, construída sobre o Rio Paraná, entre o Brasil e o Paraguai. O trabalho foi encomendado pela Orquestra Sinfônica de Atlanta. Atualmente, o presidente paraguaio Fernando Lugo, quer “um preço de mercado justo” (palavras dele) pela energia que o Paraguai vende ao Brasil. Mas isso é outra história. O texto da cantata de Glass foi composta em guarani, com tradução feita por Daniela Thomas, por informações não oficiais, parece que ela é filha do cartunista Ziraldo. Corrijam-me se estiver errado. Aproveitem!

Phillip Glass (1937-) – Itaipu and Three Songs

01. Mato Grasso [11:54]
02. Itaipu – The Lake (O Lago) [8:23]
03. Itaipu – The Dam (A Represa) [11:17]
04. Itaipu – To the Sea (Ao Mar) [4:52]

Los Angeles Master Chorale
Grant Gershon, regente

05. There are Some Men (Leonard Cohen) [2:52]
06. Quand les Hommes (Raymond Levesque) [2:59]
07. Pierre de Soleil (Octavio Paz) [4:02]

Crouch End Festival Chorus
David Temple, regente

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Carlinus (Revalidado por PQP)

Michael Daugherty (1954 – ): Metropolis Symphony

Quando um compositor não tem referências culturais em sua infância e junto a isso, uma vida entediante e normal, dificilmente sua obra terá características próprias e originais. Por outro lado, na nossa sociedade descartável, muitos compositores negam suas origens por vergonha mesmo. Que compositor teria coragem de colocar em suas obras traços influenciados pelas bailarinas do chacrinha ou da égua pocotó? Mas ao negar sua origem, o compositor abusa de referências alemãs serialistas e sonoridades stockhausianas. Por isso a música deste tipo de compositor soa travestida, esse mundo ele não viveu.
O compositor americano Daugherty não se acovarda, além de não esconder suas referências culturais, ele as homenageia. Fã do super-homem desde menino, escreveu uma sinfonia em comemoração aos cinquenta anos (1988) da criação deste personagem. Eu já tive a oportunidade de ver está a sinfonia Metropolis ser apresentada na Holanda. Todo o público ficou satisfeito com a riqueza orquestral, mas o melhor de tudo, e o público sabia disso, aquele mundo era nosso. Os movimentos sinfônicos estão nesta ordem: 1 – Lex, referencia ao super vilão Lex Luthor, aqui representado por um violino endiabrado; 2 – Krypton, o planeta destruído do super-homem. O movimento é sombrio, os detalhes percussivos são riquíssimos; 3 Mxyzptlk, o duende da quinta dimensão. Pelas firulas das flautas, este movimento representa o scherzo da sinfonia. 4- Oh Lois! é um movimento alucinante, um pequeno concerto para orquestra em 5 minutos. Referência óbvia à jornalista Lois Lane. 5 – Red Cape Tango, o último movimento, a trágica batalha do super-homem com Doomsday, o canto medieval Dies Irae é desenvolvido, assim como no final da sinfonia fantástica de Berlioz, para dá o tom fúnebre ao destino do super-homem.
Já a outra obra do disco, Deus Ex Machina (2007) para piano e orquestra, é um concerto dedicado aos trens. O concerto tem o padrão rápido-lento-rápido dos concertos clássicos, mas a orquestra e piano estão em pé de igualdade, podemos dizer que está peça está mais para uma sinfonia concertante para piano e orquestra. Muito empolgante.

Faixas:
1. Metropolis Symphony: I. Lex
2. Metropolis Symphony: II. Krypton
3. Metropolis Symphony: III. Mxyzptlk
4. Metropolis Symphony: IV. Oh, Lois!
5. Metropolis Symphony: V. Red Cape Tango
6. Deus ex Machina: I. Fast Forward (Di andata veloce)
7. Deus ex Machina: II. Train of Tears
8. Deus ex Machina: III. Night Steam

Orchestra Nashville Symphony
Conductor by Giancarlo Guerrero

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – String Quartets – CD 2 de 7 – Amadeus Quartet

Antes de mais nada queria agradecer a recepção que o primeiro CD desta coleção teve. Foram 100 downloads em menos de 24 horas. E também quero agradecer a gentileza das pessoas que me mandaram votos de melhoras para a minha saúde. O meu agradecimento vai em forma de postagem do segundo CD desta magnífica coleção. Assim que coloquei para ouvir novamente o CD para preparar o texto já emocionei-me sobremaneira com a sensibilidade e delicadeza dos primeiros acordes do Quarteto n° 4. A cumplicidade dos músicos deste conjunto é algo emocionante. Não sei se os senhores sabem, três deles sairam da Áustria antes da Segunda Guerra Mundial devido à sua origem judia. Ou seja, um tremendo senso de amizade e de cumplicidade os acompanhou durante toda sua longeva carreira.
Este CD traz os três últimos quartetos classicados com o op. 18. O texto abaixo foi retirado da biografia de Beethoven escrita por Maynard Solomom:
“Foi a série de Quartetos de Cordas, op. 18, que Beethoven se dedicou quando quis realizar o mais ambicioso projeto de seus primeiros anos de Viena. Essa coleção foi iniciada em 1798, composta principalmente entre 1799 e 1800 e publicada em 1801 com uma dedicatória para o Príncipe Lobkowitz. O quarteto para cordas era um dos veículos favoritos dos salões vienenses. Viena era o centro mundial da composição dos quartetos para Cordas e Haydn tinha sido o mestre supremo da forma.
(…) Vários foram pacialmente reescritos antes da publicação. Todos eles aceitam essencialmente a usual estrutura em quatro movimentos e todos refletem o estilo clássico vienense, com uma mistura ocasional de melodia italianada – talvez sobre a influência de Salieri (…) (Pg 147)

Citando um outro autor, Solomon coloca: “Beethoven parece ter subitamente posto em dúvida a estrutura clássica. Todas essas peças contém experimentos com diferentes tipos e arranjos de movimentos”. (Pg 147)
Poderia me estender mais na descrição destas obras, mas existem análises mais interessantes na internet. Basta procurá-las. Portanto, vamos ao que interessa… espero que apreciem.

P.S. – Voltei a usar o Mediafire pois mesmo em conta free ele me oferece uma velocidade de upload superior á do Rapidshare.

1 String Quartet No.4 in C minor, Op.18 No.4 1 1. Allegro ma non tanto
2 2. Andante scherzoso, quasi allegretto
3 3. Menuetto (Allegretto)
4 4. Allegro
5 String Quartet No.5 in A, Op.18 No.5 1. Allegro
6 2. Menuetto
7 3. Andante cantabile
8 4. Allegro
9 String Quartet No.6 in B flat, Op.18 No.6 1. Allegro con brio
10 2. Adagio ma non troppo
11 3. Scherzo (Allegro)
12 4. La Malinconia (Adagio – Allegretto quasi allegro – Adagio – Allegretto – Poco adagio – Prestissimo)

Amadeus Quartet

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FDPBach

Paulo Costa Lima (1954) e Wellington Gomes (1960) – Outros ritmos

Um amigo meu que sempre manda CDs para eu postar aqui – isso quando não já tenho a gravação – me perguntou: “Você tem algo contra a Bahia e o Pará? Vejo você postar coisas de compositores do Sul, do Sudeste e de Pernambuco e Paraíba, mas nunca daqueles dois Estados”.

Pois é, faltou mencionar também compositores como o cearense Liduíno Pitombeira (de quem só divulguei uma única peça até hoje no PQP) ou o carioca radicado matogrossense Roberto Victorio, sem falar de um compositor standard [dentre os nacionais] nascido no Amazonas, que foi Claudio Santoro…

Tenho repertório para ficar postando por mais uns três anos, caso eu aparecesse todo dia por aqui [isso para não falar nos vinis que ainda não digitalizei – há coisas raras dos anos 60 e 70 que são espetaculares], mas, pelo contrário, tenho de anunciar hoje meu afastamento deste estimado blog devido a uma nova etapa profissional, que vai me obrigar a deixar o país.

Acabei escolhendo um CD que já estava disponível para download no Música Brasileira de Concerto. Mesmo assim, que é representativo da produção de câmara e orquestral de dois dos mais destacados compositores vivos baianos – alunos dos bambas que integraram a primeira geração do Grupo de Compositores da Bahia há cerca de 50 anos.

Se é verdade que todo grande criador musical brasileiro teve de botar um pé num terreiro, literalmente falando (vide Villa, Guerra, Guarnieri, Siqueira, acho que Mignone também…), em Salvador esse item parece ser estágio obrigatório na Escola de Música da UFBA, pois os baianos – incluindo os compositores mais novos – sabem como ninguém incorporar as matrizes rítmicas africanas a qualquer linguagem instrumental ou estrutural de forma orgânica, fluida.

No presente CD, a faixa que mais sintetiza essa simbiose, desde seu título, é Atotô do l’homme armé, de Paulo Costa Lima. Contudo, prestem atenção na Fantasia para violoncelo e orquestra de câmara, de Wellington Gomes, cuja escrita também é de primeiro nível.

No mais, evito despedidas e espero aparecer fortuitamente por aqui, nem que seja para contribuir com comentários. Quem sabe outro membro do blog ou um futuro novato não pegue meu acervo pra ir dando conta dele. Abraço a todos.

BAIXE AQUI (Não, não baixe aí. O fechamento do Megaupload ferrou tudo. Recorra ao link abaixo mesmo.)

CVL

Vocês também podem baixar o CD no blog parceiro Música Brasileira de Concerto, onde está a lista de faixas e intérpretes.