Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Mozart Album – Lang Lang, Harnoncourt, Wiener Philharmoniker

folderDefinitivamente esta não é a melhor versão destas obras de Mozart. Mas em respeito a Nikolaus Harnoncourt, faço questão de mostrar aos senhores como se toca Mozart com outra visão, outro olhar, mais romântico, eu diria. Porque definitivamente, Lang Lang toca Mozart como se fosse um compositor do romantismo.

Vou deixar ao critério dos senhores a crítica que poderia ser feita a esse cd duplo. Sugiro que antes ouçam o cd da Maria João Pires postado acima, em que ela toca esse mesmo concerto de nº 24.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Mozart Album –
Lang Lang, Harnoncourt, Wiener Philharmoniker

CD 1
01. Mozart – Piano Concerto No. 24 in C minor – I. Allegro
02. Mozart – Piano Concerto No. 24 in C minor – II. Larghetto
03. Mozart – Piano Concerto No. 24 in C minor – III. Allegretto
04. Mozart – Piano Concerto No. 17 in G major – I. Allegro
05. Mozart – Piano Concerto No. 17 in G major – II. Andante
06. Mozart – Piano Concerto No. 17 in G major – III. Allegretto – Finale. Presto

CD 2
01. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 5 in G major – I. Allegro
02. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 5 in G major – II. Andante
03. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 5 in G major – III. Presto
04. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 4 in E-Flat major – I. Adagio
05. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 4 in E-Flat major – II. Menuetto I – Menuetto II
06. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 4 in E-Flat major – III. Allegro
07. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 8 in A minor – I. Allegro Maestoso
08. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 8 in A minor – II. Andante cantabile con espressione
09. Lang Lang – Mozart – Piano Sonata N. 8 in A minor – III. Presto
10. Lang Lang – Mozart – March in C major
11. Lang Lang – Mozart – Piano Piece in F major
12. Lang Lang – Mozart – Allegro for Piano in F major
13. Lang Lang – Mozart – Rondo Alla Turca. Allegretto

Lang Lang – Piano
Wiener Philharmoniker
Nikolaus Harnoncourt

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FDP

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Concertantes com Karl Böhm

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Concertantes com Karl Böhm

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Espetaculares gravações realizadas por Karl Böhm em Berlim nos anos de 1964 e 1966, republicadas pela DG em sua coleção The Originals. Realmente, registros a serem lembrados, apesar do som de qualidade apenas razoável e da concepção algo estranha a nossos ouvidos pós-revolucionários (falo da revolução dos instrumentos autênticos que virou tudo de ponta cabeça). Mas Böhm conhecia este repertório como ninguém, tinha na mão solistas e orquestra de primeira linha, tinha Mozart e sua espetacular Sinfonia Concertante K. 364 — uma das músicas mais admiradas por mim por sua enorme profundidade, principalmente de seu Andante — e o resultado foi digno de tudo isso, o que fez a DG repor o disco em seu catálogo.

Baita CD.

Mozart – Sinfonie Concertanti

1. Sinfonia Concertante in Eb Major KV 364 – Allegro Maestoso
2. Sinfonia Concertante in Eb Major KV 364 – Andante
3. Sinfonia Concertante in Eb Major KV 364 – Presto

4. Sinfonia Concertante in Eb Major KV 297b – Allegro
5. Sinfonia Concertante in Eb Major KV 297b – Adagio
6. Sinfonia Concertante in Eb Major KV 297b – Andantino convariazioni

Thomas Brandis
Giusto Cappone
Berliner Philharmoniker
Karl Böhm

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Karl Böhm: O vizinho que era muito melhor do que Karajan.
Karl Böhm: O vizinho que era muito melhor do que Karajan.

PQP

.: interlúdio :. Dizzie´s Big 4 – Dizzy Gillespie, Joe Pass, Ray Brown, Mickey Rocker

51vS7kD8scLComo é bom encontrar aquele cd antigo que há muito tempo você não ouvia e que depois de tanto tempo sem ouvi-lo descobre que continua atual !
Mas convenhamos: só Dizzy Gillespie já vale a audição, e o cara ainda monta um super grupo, com a participação do guitarrista Joe Pass, do baixista Ray Brown e do baterista Mickey Rocker… não poderia nunca dar errado. Já desde os primeiros instantes de Frelimo já sentimos que a coisa é muito sério. Dizzy foi um gênio no trompete, a sonoridade e o timbre único o diferenciavam imediatamente.
Recomendo muita paz e tranquilidade para a audição dessa pintura de disco. Estamos diante de quatro ícones do jazz que merecem toda a reverência. Abram uma garrafa de seu melhor vinho, sente-se em sua poltrona favorita e aprecie sem moderação (o disco, não o vinho).

01 – Frelimo
02 – Hurry Home
03 – Russian Lullaby
04 – Be Bop (Dizzy’s Fingers)
05 – Birk’s Works
06 – September Song
07 – Jitterbug Waltz
08 – Russian Lullaby (take 6, alternate) (bonus track)
09 – Jitterbug Waltz (take 3, alternate) (bonus track)

Dizzy Gilespie – Trumpet
Joe Pass – Guitar
Ray Brown – Bass
Mickey Rocker _ Drums

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Moritz Moszkowski (1854-1925): Piano Concerto in E major, Op. 59 / Ignacy Jan Paderewski (1860-1941): Piano Concerto in A Minor, op. 17 – Piers Lane, BBCSSO, Maksymiuk

Moszkowski & Paderewski Piano Concertos - ThumbEsse belo CD da Hyperion é uma prova de que não só de Chopin o piano romântico polonês viveu. A maior parte dos mortais jamais ouviu falar em Moszkowski e Paderewski, e não sabem o que estão perdendo.

A proposta do selo inglês Hyperion foi ousada, mas muito interessante: mostrar com esta coleção intitulada “The Romantic Piano Concerto” que existem diversas obras compostas para piano e orquestra tão belas e interessantes além daquelas tradicionais que estamos um tanto quanto cansados de ouvir, como o primeiro de Tchaikovsky, o de Grieg, o Segundo de Brahms, o Primeiro de Chopin, entre meia dúzia de alguns outros. A idéia é tentar aumentar o repertório dos solistas. Proposta louvável, diga-se de passagem.

Então, neste primeiro de alguns outros cds que pretendo trazer, temos Moszkowski, um alemão de origem polonesa, e Paderewski, outro polonês, que também esteve envolvido outras frentes, pois além de músico também era diplomata, como a causa nacionalista em seu país.

Garanto-lhes que vale a pena conhecer.

01 – [Moszkowski Op. 59] – I. Moderato
02 – [Moszkowski Op. 59] – II. Andante
03 – [Moszkowski Op. 59] – III. Scherzo – Vivace
04 – [Moszkowski Op. 59] – IV. Allegro deciso
05 – [Paderewski Op. 17] – I. Allegro
06 – [Paderewski Op. 17] – II. Romanza – Andante
07 – [Paderewski Op. 17] – III. Allegro molto vivace

Piers Lane – Piano
BBC Scotish Symphony Orchestra
Jerzy Maksymiuk – Condutor

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BACH PAI (1685-1750): integral dos MOTETOS – Camerata Antiqua de Curitiba / Roberto de Regina (1991)

JSBach Motetos CamerataCuritiba RobertoDeRegina CAPAPublicado originalmente em 13.08.2011

Vai pra quase 10 meses que o Monge Ranulfus reduziu drasticamente suas postagens aqui a quase zero por entrar numa fase de peregrinações que um dia há de arregar… mas por enquanto o máximo que começa a aparecer no horizonte é o fim da fase curitibana dessa peregrinação. E com isso veio a vontade de compartilhar algumas coisas garimpadas nesta fase – acima de tudo esta surpreendente integral dos Motetos do patrono maior do blog, gravada em 1991 e lançada em 1993, como parte das celebrações dos 300 anos da cidade.

Bem, o blog já tem outra integral dos motetos, postada pelo nosso Grão-Mestre-Fio-do-Véio em 07/12/2010, na Caixa 7 da série Bach 2000 – e com ninguém menos que Harnoncourt (gravação de 1980). Tem cabimento postar uma realização brasileira depois da de Harnoncourt?

Confesso que fui ouvir cheio dessa dúvida… e tive uma ótima surpresa. Não, não é Harnoncourt – nem deveria ser. Mas ouçam… e verão.

Eu não diria que todos os 64 minutos de música estão perfeitos – especificamente o início da faixa 2 (“Der Geist hilft”) me pareceu um pouco abaixo do restante, e se eu começasse por ali julgaria mal. Mas talvez seja principalmente pelo contraste com o finalzinho da faixa 1, que saiu tão nos trinques que acaba hipertrofiando nossas expectativas.

Mas não quero deixar uma impressão de condescendência – e pra isso digo apenas: o maior dos motetos, o monumental “Jesu Meine Freude”, está muito superior aqui – muito mais lindo – que nas minhas duas honoráveis gravações alemãs em vinil, dos anos 70.

E ainda, pra não dizer que não falei de texto, o encarte traz 9 páginas de comentários substanciosos às obras e a esta realização em particular – e o monge foi patet… ops, bonzinho o suficiente pra escaneá-lo, processá-lo e incluí-lo no pacote pra vocês.

Antes de passar à música, só mais uma observação – esta triste: este CD foi encontrado num sebo, perdido entre caqueiras. A tradicional livraria da fundação mantenedora foi fechada no início de 2010, e sequer na propagandeada sede própria existe a discografia completa da Camerata em arquivo. O custo de prensagem de CDs hoje é irrisório, qualquer turma de moleques de favela produz o seu; manter sempre em exposição e venda na sede alguns exemplares de cada item da discografia honraria o grupo e a cidade, e teria custo irrisório. Será que os responsáveis administrativos (não falo dos artísticos) não percebem o quanto fica feio esse descompasso entre a importância da realização acumulada desse grupo e o pouco respeito concreto que vem sendo mostrado por essa realização?

J.S. Bach: MOTETOS (integral) – Camerata Antiqua de Curitiba
Direção: Roberto de Regina – Gravado em 1991 – Editado em 1993

01 Singet dem Herrn ein neues Lied – BWV 225
[Cantai ao Senhor um cântico novo] – 12min46 (3 movimentos)
02 Der Geist hilft unser Schwachheit auf – BWV 226
[O Espírito ajuda em nossa fraqueza] – 07min52 (4 movimentos)
03 Jesu meine Freude – BWV 227
[Jesus minha alegria] – 20min07 (12 movimentos)
04 Fürchte dich nicht, ich bin bei dir – BWV 228
[Não temas, estou contigo] – 07min41 (seções encadeadas)
05 Komm, Jesu, komm – BWV 229
[Vem, Jesus, vem] – 09min33 (4 movimentos)
06 Lobet den Herrn, alle Heiden – BWV 230
[Louvai ao Senhor todos os pagãos] – 07min06 (seções encadeadas)

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Ranulfus

Erik Satie (1866-1925): 3 Gymnopedies e outras peças para piano

Erik Satie (1866-1925): 3 Gymnopedies e outras peças para piano

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Este é um grande candidato a melhor CD da obra pianística de Satie. Com boa seleção de obras, fraseado perfeito — na medida certa, entre a melancolia, a fragilidade e a ironia típicas do compositor –, Pascal Rogé da um show nesta gravação clássica dos anos 80. As Gymnopedies e Gnossiennes de Rogé são ainda as melhores interpretações disponíveis. Ele tem o espírito de Erik Satie. O mesmo vale para os 4 Prelúdios Flácidos e para os Embriões Dissecados. São 62 minutos perfeitos, você não se arrependerá de conhecê-los.

Erik Satie (1866-1925): 3 Gymnopedies e outras peças para piano

1. Satie: 3 Gymnopédies – No.1 3:10
2. Satie: 3 Gymnopédies – No.2 2:32
3. Satie: 3 Gymnopédies – No.3 2:34
4. Satie: Je te veux 5:14
5. Satie: 4 Préludes flasques 5:21
6. Satie: Prélude en tapisserie 2:57
7. Satie: Nocturnes – 4. No.4 3:00
8. Satie: Vieux sequins et vieilles cuirasses 4:27
9. Satie: Embryons desséchés 6:13
10. Satie: Gnossiennes – No. 1 – Lent 3:44
11. Satie: Gnossiennes – No. 2 – Avec étonnement 2:34
12. Satie: Gnossiennes – No. 3 – Lent 3:13
13. Satie: Gnossiennes – No. 4 3:36
14. Satie: Gnossiennes – No. 5 4:07
15. Satie: Gnossiennes – No. 6 1:57
16. Satie: Sonatine bureaucratique 4:20
17. Satie: Le Piccadilly 1:39

Pascal Rogé, piano

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MP3 | 320 KBPS | 140 MB

Obrigado, Rogé!
Obrigado, Rogé!

PQP

Bach, Hindemith, C.Guarnieri, Fauré, Schubert e mais, na flauta & piano: dois recitais memoráveis

Duo Morozowicz 1 http://i30.tinypic.com/2vke3kg.jpgPublicado originalmente em 23.07.2010

Como vocês devem imaginar, escolhi vinis pelos quais tenho muito carinho para começar minha carreira de digitalizador amador – mas por estes dois o carinho é todo especial.

Tadeusz Morozowicz (pronunciado Morozóvitch) nasceu na Polônia em 1900, e em 1925 se instalou em Curitiba, onde dois anos depois fundaria o que se diz ter sido a segunda escola de balé do país.

Duo Morozowicz 2 http://i28.tinypic.com/6e3hv5.jpgNão sei se a escola foi mesmo a segunda, mas acho que Tadeusz realizou proeza maior: todos os três filhos foram leading figures da vida artística paranaense da segunda metade do século XX: Milena como coreógrafa, professora de dança, diretora de balé; Zbigniew Henrique como pianista, organista, compositor, professor formal e não formal com sua presença sempre questionadora e profunda; Norton, como flautista – aluno de ninguém menos que Aurèle Nicolet – e mais recentemente também como regente e diretor de festivais.

Henrique e Norton http://i27.tinypic.com/2w7274j.jpgAtuando em duo desde 1971, em 1975 Norton e Henrique resolveram transformar em disco um recital que haviam dado na Sala Cecília Meireles, no Rio. Gravadoras, como se sabe, sempre deram menos bola para qualidade que para a vendabilidade dos nomes; pouquíssimos músicos clássicos brasileiros eram gravados na época, sobretudo se não morassem no Rio. Sempre inventivo, Henrique lançou uma lista de venda antecipada – que tive o gosto de assinar -, e com isso levantou a verba para o primeiro destes discos. Com o segundo, três anos depois, não lembro os detalhes, mas também foi produção independente.

Quer dizer: a circulação destas gravações foi muito limitada até hoje – o que me parece um despropósito, dada a qualidade do material. Bom, pelo menos eu sinto assim. E é claro que, como frente a qualquer artista, pode-se discordar desta ou daquela opção – mas depois de ouvirem algumas vezes, duvido que vocês me digam que estou superestimando devido ao afeto por um professor marcante!

Ainda umas poucas observações: tenho certa preferência pela sonoridade do volume 2, onde Norton optou por menos vibrato e Henrique por menos staccato, mas isso não me impede de me deliciar com o volume 1, que começa com a singeleza das Pequenas Peças de Koechlin (que os franceses pronunciam Keklã, embora eu também já tenha ouvido Keshlã. Não conhecem? Bem, aluno de Fauré, professor de Poulenc e do português Lopes-Graça), passa pela consistência de Hindemith e pelo lirismo espantosamente ‘brasileiro’ da Fantasia de Fauré (para mim a faixa mais marcante), chegando a um final que, a despeito de minhas resistências a Bach no piano, me parece não menos que arrebatador.

Mas o ponto alto do conjunto me parecem ser as Variações de Schubert que ocupam todo um lado do volume 2 – e olhem que Schubert nem está entre meus compositores prediletos. Mas essa peça está, sim, entre as minhas prediletas, implantada que foi por ação desta dupla.

É preciso apontar ainda que em cada disco há uma seqüência de três pequenas peças de Henrique de Curitiba – ‘nome de compositor’ do pianista, adotado nos anos 50, ainda antes dos anos em Varsóvia, enquanto estudava com Koellreuter e Henry Jolles na Escola Livre de Música de São Paulo – junto com tantos nomes decisivos da nossa música, no geral bem mais velhos.

Renée Devrainne Frank foi a primeira professora de piano de Henrique. Nascida na França, emigrada para Curitiba com 9 anos, depois formada em Paris na escola de Alfred Cortot, Renée era casada com o flautista Jorge Frank e formava o Trio Paranaense com a cunhada cellista Charlotte Frank e a violinista Bianca Bianchi – tendo composto consideravelmente para as formações que esse grupo proporcionava. Pode-se dizer que sua peça gravada é puro Debussy fora de época, mas… sinceramente, dá para ignorar a beleza e a qualidade da escrita? Fico pensando em quantas donas Renée terão deixado obras de qualidade, Brasil e mundo afora, e permanecem desconhecidas – enquanto se lambem os sapatos de tantas nulidades promovidas pela indústria & mídia!

Enfim, achei que vocês gostariam de ter a seqüência dos dois discos fluindo juntos numa pasta só – espero não ter me enganado!

DUO MOROZOWICZ
Norton Morozowicz, flauta
Henrique Morozowicz, piano

VOLUME 1
Gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles
Rio de Janeiro, 30.05.1975

Charles Koechlin (1867-1950): SEIS PEQUENAS PEÇAS
101 Beau soir (Noite bonita) 1:23
102 Danse (Dança) 0:51
103 Vieille chanson (Velha canção) 0:42
104 Danse printanière (Dança primaveril) 0:53
105 Andantino 1:23
106 Marche funèbre (Marcha Fúnebre) 2:30

Paul Hindemith (1895-1963): SONATA PARA FLAUTA E PIANO (1936)
107 Heiter bewegt (com movimento alegre) 4:51
108 Sehr langsam (muito lento) 4:30
109 Sehr lebhaft (muito vivo) 3:36
110 Marsch (marcha) 1:22

Gabriel Fauré (1845-1924):
111 FANTASIA op.79 5:45

Henrique de Curitiba (1934-2008):
112 TRÊS EPISÓDIOS 3:54

J.S. Bach (1685-1750): SONATA EM SOL MENOR, BWV 1020
113 Allegro 3:40
114 Adagio 2:42
115 Allegro 3:42

VOLUME 2
Gravado ao vivo no Teatro Guaíra
Curitiba, 22.08.1978

Pietro Locatelli (1693-1764): SONATA EM FA
201 Largo 2:31
202 Vivace 2:14
203 Cantabile 4:16
204 Allegro 1:57

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993):
205 IMPROVISO n.º 3 para flauta solo (1949) 3:50

Henrique de Curitiba (1934-2008):
206 TRÊS PEÇAS CONSEQÜENTES para piano solo (1977) 6:19

Renée Devrainne Frank (1902-1979):
207 IMPROVISANDO (1970) 4:15

Franz Schubert (1797-1828):
208 Introdução e variações sobre ‘Ihr Blümlein alle’, op.160 18:34

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Ranulfus

Johann Joachim Quantz (1697-1773): Concertos para Flauta

Johann Joachim Quantz (1697-1773): Concertos para Flauta

Quantz foi um grande flautista. Em 1728, tornou-se flautista na capela de Dresden. Lá, durante um concerto, conheceu o príncipe Frederico da Prússia, mais tarde conhecido como Frederico, o Grande, que logo se tornou seu aluno particular de flauta. Quando o príncipe chega a ser proclamado rei, Quantz passa às ordens diretas do novo monarca e passa a ministrar aulas diárias de flauta e composição. Inclusive, acompanha-o em suas campanhas militares. Quantz permaneceu como compositor da corte e músico de câmara de Frederico II para o resto de sua vida, intepretando suas próprias composições, assim como as do rei. Somente ele tinha o privilégio de criticar o rei, em sentido positivo ou negativo.

E, olha, o cara era bom mesmo! E este CD é uma joia ao trazer excelentes interpretações para a obra do notável Quantz. Seu estilo é o barroco, influenciado pelo estilo italiano, especialmente o de Antonio Vivaldi. Quantz também publicou vários tratados sobre interpretação de flauta no final do período Barroco, entre eles o Versuch einer Anweisung die Flöte traversiere zu spielen (“Tentativa de orientação para tocar flauta transversal”, 1752), que se tornou referência fundamental para conhecer a interpretação musical (e não somente a da flauta do século XVIII). Paralelamente, também fabricou flautas e trouxe melhorias técnicas e sonoras ao instrumento. Johann Sebastian Bach e Georg Philipp Telemann conheceram esses instrumentos e adaptaram algumas de suas composições a suas novas possibilidades técnicas.

Johann Joachim Quantz (1697-1773): Concertos para Flauta

1. Flute Concerto in A major No 256: Allegro di molto
2. Flute Concerto in A major No 256: Arioso ma con tenerezza
3. Flute Concerto in A major No 256: Presto

4. Flute Concerto in B minor No 5: Larghetto
5. Flute Concerto in B minor No 5: Allegro
6. Flute Concerto in B minor No 5: Adagio
7. Flute Concerto in B minor No 5: Allegro

8. Flute Concerto in C minor No 216: Allegro
9. Flute Concerto in C minor No 216: Affetuoso ma un poco lento
10. Flute Concerto in C minor No 216: Presto

11. Flute Concerto in G major No 29: Allegro assai
12. Flute Concerto in G major No 29: Lento – Andante – Lento
13. Flute Concerto in G major No 29: Vivace

14. Flute Concerto in G minor No 290: Allegro di molto
15. Flute Concerto in G minor No 290: Affetuoso
16. Flute Concerto in G minor No 290: Presto

Rachel Brown, flute
The Brandenburg Consort
Roy Goodman

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Quantz: um mestre
Quantz: um mestre

PQP

Kodály e Bach por Aldo Parisot, uma lenda do cello

Kodaly e Bach por Aldo Parisot http://i27.tinypic.com/9a2x38.jpgPublicado originalmente em 09.07.2010 como “uma lenda viva do cello”. Parisot faleceu em 31.12.2018, com 100 anos de idade.

Como os filhos de Bach em relação ao pai, Zoltán Kodály corre o risco de ser tomado por um compositor menor devido à sombra do outro húngaro maior do século 20, o gigante Béla Bartók – mas ainda que não tivesse as outras obras de valor que tem, já seria um pecado considerá-lo “menor” devido a esta Sonata para Cello Solo.

Meu conhecimento do repertório do cello é limitado, mas ainda assim arrisco a aposta de que essa é a maior obra do século 20 para o instrumento. No mínimo porque acho difícil conceber outra maior, ou em que a ousadia de experimentação nas técnicas tanto de composição quanto de execução – e isso em 1915! – tenham tido um resultado musical tão convincente. Arrisco mais: arrisco que essa é uma das poucas obras do repertório cellístico que podem de fato figurar lado a lado com as 6 suítes de Bach (a quinta das quais também comparece neste disco).

Vi-ouvi essa peça ao vivo apenas uma vez. Foi nos anos 70. Eu era um adolescente começando a descobrir com avidez o repertório do meu próprio século, e fiquei embasbacado não só com o poder musical da obra como também com o seu grau de exigência física. Nunca esqueci do cellista levantando ao final, vitorioso porém inteiramente enxarcado de suor… e só muitos anos mais tarde fiquei sabendo que aquele cellista, só três anos mais novo que o Parisot aqui, também tinha entrado para o campo das lendas: János Starker.

(… nome que é uma boa deixa para uma pequena digressão sobre a pronúncia do húngaro: ‘á’ tem o som do nosso ‘a’ e é sempre longo. Sem acento o ‘a’ tem o som do nosso ‘ó’, porém breve – de modo que o nome do gigante é pronunciado bÊÊló bÓrtook (com a tônica nas maiúsculas; o dobramento das vogais indica apenas que são longas). E o nome do cellista é iÁÁ-nosh.

Acontece que os húngaros juram que todas as suas palavras, sem exceção, têm a primeira sílaba como tônica. Mas aí falei ‘kôdali’ para um húngaro, e ele me corrigiu: ‘kodÁÁi’. E eu falei “mas a tônica não é sempre na primeira sílaba?”, e ele “É sim, não está ouvindo? ‘kodÁÁi'”. Continuei ouvindo a tônica no A que ele me dizia ser apenas longo, não tônico, mas achei prudente não discutir com um descendente dos hunos… E de resto aprendi que, pelo menos nesse caso, o L na frente do Y desaparece, como se fosse em francês).

Bom, sobre as suítes de Bach não há necessidade de que eu escreva uma linha que seja, não é mesmo? Então vamos falar do cellista.

Vocês pensam que o Antonio Meneses, nascido no Recife em 1957, foi o primeiro membro da elite mundial do violoncelo a sair do Nordeste brasileiro? Pois o Aldo Parisot nasceu em 1918 em Natal, onde deu seu primeiro concerto com 12 anos.

Parisot com Villa-Lobos 1953 http://i30.tinypic.com/zlyg6g.jpgParisot e James Kim 2006 http://i27.tinypic.com/2w3ties.jpgSegundo a en.wikipedia, em 1941-42 era primeiro cellista da Sinfônica Brasileira, no Rio, quando um diplomata estadunidense lhe ofereceu bolsa para estudar nos EUA com seu ídolo Emanuel Feuermann – o qual porém cometeu a indelicadeza de morrer antes do início das aulas.

Ainda assim o pessoal insistiu (era época da famosa política de sedução dos EUA para que o Brasil entrasse na guerra), e em 1946 Parisot desembarcou em Yale para cursos em Música de Câmara e Teoria Musical – havendo imposto a condição de que ninguém pretendesse dar-lhe aulas de cello. Ah, detalhe: o professor do curso teórico se chamava Paul Hindemith.

Parisot nunca voltou a viver no Brasil. Solou com as principais orquestras dos EUA, estreeou peças dedicadas a ele por um belo punhado de compositores, passou a ensinar nas escolas Peabody, Mannes, Julliard, e em Yale desde 1958. Deu master classes regularmente no Canadá, Israel, Coréia, Taiwan. Dean Parisot, um de seus três filhos com a pintora Ellen James, é respeitado como diretor de cinema e tevê – e ele mesmo, Aldo, também pinta e faz exposições cujos proventos são direcionados a um fundo de bolsas para estudantes de cello.

Tudo isso podemos ler sobre esse cidadão brasileiro em inglês. A wikipedia em português lhe dedica 3 (três) linhas. (Fotos acima: Parisot com Villa-Lobos em 1953; Parisot com o jovem cellista premiado James Kim na Coréia, 2006?)

A presente gravação foi feita não antes de 1956, pois utiliza o ‘Stradivarius De Munck’ que Aldo adquiriu nesse ano, mas provavelmente antes de 58, pois o artigo da capa menciona seu posto de professor em Peabody, mas não em Yale (assumido em 58). Seu Bach é portanto anterior à restauração estilística iniciada nos anos 60. É possivelmente a realização mais introvertida e escura que conheço da Suíte em do menor – respeitável mas não propriamente sedutora. Aliás, parece que em geral, também no Kodály, Parisot parece mais interessado em viajar fundo na música que em mostrá-la com brilho sedutor, mas esse Kodály… não, não vou dizer nada, deixo com vocês!

Zoltán Kodály (1882-1967)
Sonata para cello solo, op.8
(1915)
A1 Allegro maestoso
A2 Adagio
A3 Allegro molto vivace

J.S. Bach (1685-1750)
Suíte em do menor para cello solo
(n.º 5)
B1 Prelude
B2 Allemande
B3 Courante
B4 Sarabande
B5 Gavotte I
B6 Gigue

Violoncello: Aldo Parisot (* Natal, RN, Brasil, 1918)
Instrumento: Stradivarius ‘De Munck’, de 1730
Gravação original Everest (EUA), prov. entre 1956 e 1958
LP brasileiro Fermata: 1971
Digitalizado por Ranulfus, jul.2010

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Ranulfus

Gustav Mahler – Das Lied von der Erde – Bernstein, King, Fischer-Dieskau

71+82fays-L._SL1088_Já discutimos muito aqui no PQPBach sobre as gravações que Bernstein realizou das obras de Mahler, incluindo aí suas sinfonias e outras obras.
O que trago aqui para os senhores creio que já passou por aqui antes, mas não custa reativar o link. Bernstein reuniu-se ao maior de todos os barítonos, Dietrich Fischer-Dieskau e um dos grandes tenores da época (1966), James King, para encarar a obra prima de Mahler, “Das Lied von der Ende” . Um primor de gravação, emocionante, sensível, com um Bernstein mais do que nunca elétrico, regendo a sempre espetacular Filarmônica de Viena como se estivesse ligado em uma tomada de 220 volts.

Nem vou falar muito mais para deixar os senhores apreciarem essa que é uma das grandes gravações do selo DECCA.

01. Das Trinklied von Jammer der Erde
02. Der Einsame im Herbst
03. Von der Jugend
04. Von Der Schönheit
05. Der Trunkene im Frühling
06. Der Abschied

James King – Tenor
Dietrich Fischer-Dieskau – Baritone
Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein – Conductor

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Francis Poulenc (1899-1963): Organ Concerto / Sinfonietta / Suite Francaise

Francis Poulenc (1899-1963): Organ Concerto / Sinfonietta / Suite Francaise

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em 1950, Poulenc foi chamado por um crítico de “meio monge, meio mau rapaz”. Era um artificioso e preconceituoso comentário acerca da homossexualidade do grande compositor francês. Talvez a clareza e a dignidade com que Poulenc ostentava sua sexualidade fosse determinante para este gênero de comentário. Tendo nascido e sido educado na religião católica, Poulenc debatia-se. “Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade. Mas nada disso interessa para nós. Este é um maravilhoso CD com alguma coisa de sua produção sinfônica. O Concerto para Órgão é absolutamente incontornável para alguém de queira conhecer a música do início do Século XX. Isoir, Colomer e sua turma dão-nos uma bela versão da obra.

Francis Poulenc (1899-1963): Organ Concerto / Sinfonietta / Suite Francaise

1. Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93: Andante
2. Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93: Allegro giocoso
3. Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93: Subito andanate moderato
4. Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93: Tempo allegro. Molto agitato
5. Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93: Très calme. Lent
6. Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93: Tempo de l’allegro initial
7. Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93: Tempo introduction. Largo

8. Sinfonietta, for chamber orchestra, FP 141: No. 1, Allegro con fuoco
9. Sinfonietta, for chamber orchestra, FP 141: No. 2, Molto vivace
10. Sinfonietta, for chamber orchestra, FP 141: No. 3, Andante cantabile
11. Sinfonietta, for chamber orchestra, FP 141: No. 4, Final (Prestissimo et tres gai)

12. Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80: No 1, Bransle de Bourgogne
13. Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80: No 2, Pavane
14. Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80: No 3, Petite marche militaire
15. Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80: No 4, Complainte
16. Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80: No 5, Bransle de Champagne
17. Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80: No 6, Sicilienne
18. Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80: No 7, Carillon

André Isoir, orgue Henri Didier (1899) de la cathédrale de Laon
Orchestre de Picardie
Edmon Colomer

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Francis-Poulenc

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Fantasias para Órgão

J. S. Bach (1685-1750): Fantasias para Órgão
Cristina García Banegas
Cristina García Banegas

Este é um CD da organista uruguaia Cristina García Banegas. Apesar de ela ser bastante conhecida na Europa, suas primeiras gravações, realizadas quando jovem — como esta que ora apresento –, eram coisas meio obscuras, não obstante o bom nível artístico. Este disco não está na Amazon e as referências acerca dele foram disponibilizadas por um site russo… Ouvi ontem e gostei bastante. Ela não é um Walcha, nem um Koopman, mas a coisa vai bem. O repertório não é óbvio, como vocês podem conferir abaixo.

J. S. Bach (1685-1750): Fantasias para Órgão

01. Toccata und Fuga d moll BWV 565 9:02

Fantasia Concerto in G BWV 571
02. Allegro 3:36
03. Adagio 1:58
04. Allegro 2:14

05. Fantasia C Dur BWV 570 2:28

06. Fantasia und Fuga a moll BWV 561 8:17

07. Fantasia con imitazione in h BWV 563 3:38

08. Fantasia in c moll BWV 562 6:08

Fantasia und Fuga in c BWV 537
09. Fantasia 5:00
10. Fuga 4:22

11. (Fantasia) Pièce d’orgue BWV 572 9:17

12. Passacaglia und Fuga in c moll BWV 582 13:39

13. Choral ”Liebster Jesu, wir sind hier…” 3:01

Cristina García Banegas, orgel, der grossen Silbermannorgel des Freiberger Doms

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00110352

PQP

RESTAURADA – W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para dois pianos e orquestra No. 10, K. 365 / Chick Corea (1941-2021): Fantasia para dois pianos / Friedrich Gulda (1930-2000): Ping Pong

RESTAURADA – W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para dois pianos e orquestra No. 10, K. 365 / Chick Corea (1941-2021): Fantasia para dois pianos / Friedrich Gulda (1930-2000): Ping Pong


Um CD incrível, diferente, ótimo. Gulda, Chick Corea e Harnoncourt fazem um trio fabuloso nestes concertos de grande magnitude e versatilidade. Clássico e jazzístico se fundem – se é que devemos utilizar esta classificação. Chick Corea é um jazzista americano polivalente. Suas habilidades com o repertório erudito são fato patente desde a mais tenra infância do moço. Dizem que aprendeu a tocar piano aos 4 anos. Suas primeiras lições foram com obras de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven, Scarlatti e outros. Cresceu com propensões para as fusões musicais. Tocou com Miles Davis, Gillespie, Hancock, Burton. Chegou a tocar em bandas de jazz-rock. Como se pode ver, o homem é um excursionista musical. Um David Bowie do jazz. Isso apenas realça o grande músico que é. Neste CD, Chick (apelido que ganhou da tia enquanto era menino ainda – “bochechudo”), está ao lado de Gulda, outra figura da versatilidade. Ao final da obra de Mozart, temos duas peças, uma do Chick e outra do Gulda. Um registro imperdível. A regência na obra de Mozart, como antecipei, é do grande Nikolaus Harnoncourt, maestro que ao meu modo de ver, dispensa maiores apresentações pela competência que lhe é peculiar. Uma boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concertos para dois pianos e orquestra No. 10 em E bemol maior, KV 365 (316a), Chick Corea (1941 -) – Fantasia para dois pianos, Friedrich Gulda (1930-2000) – Ping Pong

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) –
Concertos para dois pianos e orquestra No. 10 em E bemol maior, KV 365 (316a)
01. Allegro [10:15]
02. Andante [8:00]
03. Rondeaux: Allegro [6:48]

Chick Corea (1941-2021) –
Fantasia para dois pianos

04. Fantasia para dois pianos [11:46]

Friedrich Gulda (1930-2000) –
Ping Pong [9:56]

Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
Nikolaus Harnoncourt, regente
Friedrich Gulda, piano
Chick Corea, piano

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Corea e Gulda de mãos dadas. Que coisa mais amada!
Corea e Gulda de mãos dadas. Que coisa mais amada!

Carlinus [restaurado por Vassily em 15.2.2021, em homenagem ao maravilhoso Chick Corea, falecido no dia 9 do mesmo mês]

Beethoven (1770-1827): Os 5 Concertos para Piano com Paul Lewis (revalidado)

Conheci Paul Lewis através de uma gravação ao vivo da última sonata de Beethoven, a Op. 111. Realização extraordinária, cuja aparente simplicidade e profunda verdade cativaram minha atenção ao pianista para sempre.

Não muito tempo depois consegui a gravação integral das sonatas em estúdio, que Paul Lewis realizou entre 2006 e 2008 (disponibilizada aqui), e viciei: confesso que de lá pra cá raramente consigo suportar ouvi-las nas realizações de outros pianistas.

Nada mais natural, portanto que também quisesse disponibilizar os concertos de Beethoven com Lewis – o que fiz aqui originalmente em 16/09/2012 – mas confesso que não senti o mesmo entusiasmo que com as sonatas. Na ocasião levantei a hipótese de que o maestro não estivesse à altura da genialidade interpretativa do pianista –

… mas admito que pode ser um julgamento totalmente injusto. O fato é que qualquer interpretação de Lewis (inclusive as das sonatas) exige algum tempo de convívio, de audição repetida, até chegarmos a reconhecer toda a sua sutil grandeza. E é engraçado como a idade vem me tirando o gosto de ouvir massas orquestrais, me deixando cada vez mais fã da beleza do pequeno… E então simplesmente não parei para ouvir estas gravações por tanto tempo quanto a das sonatas. Quer dizer: ainda não me concedi a chance de me entusiasmar.

Seja como for, a esta altura já não dá pra falar de piano de Beethoven no século XXI sem levar Paul Lewis em conta. No mínimo por isso, estas gravações merecem ser conhecidas. Por isso tratei de incluí-las logo na “campanha de revalidação” dos links das postagens de Ranulfus (iniciada há poucos dias com as duas postagens de Porgy and Bess: na versão original e integral de Gershwin, e na extraordinária releitura de Louis Armstrong e Ella Fitzgerald).

Mas, enfim, falávamos de Beethoven; vamos a ele, então!

BEETHOVEN: OS CINCO CONCERTOS PARA PIANO
BBC Symphony Orchestra regida por Jirí Belohlávek
Piano: Paul Lewis

Concerto No 1, em Do Maior, op.15 (1796-97)
I. Allegro con brio
II. Largo
III. Rondò: Allegro scherzando

Concerto No 2, em Si b Maior, op.19 (1787-89-95)
I. Allegro con brio
II. Adagio
III. Rondò: Molto allegro

Concerto No 3, em Do menor, op.37 (1800)
I. Allegro con brio
II. Largo
III. Rondò: Allegro

Concerto No 4, em Sol Maior, op.58 (1805-06)
I. Allegro moderato
II. Andante con moto in E minor
III. Rondò (Vivace)

Concerto No 5, em Mi b Maior, op. 73, “Imperador” (1809-11)
I. Allegro
II. Adagio un poco mosso
III. Rondò: Allegro ma non troppo

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Ranulfus, com a colaboração de FDP Bach

.:interlúdio:. Reunion Cumbre – Astor Piazzolla, Gerry Mulligan

1Esta foi uma das mais ricas colaborações que já tive a oportunidade de apreciar em 50 anos de vida: o genial Astor Piazzolla e o mestre do sax barítono, Gerry Mulligan.

Em um primeiro momento podemos até pensar que o negócio não iria dar certo. Afinal de contas tratam-se de duas escolas bem diversas, um tocador de bandoneon argentino e um músico de jazz norte-americano. Mas algo mais forte os une: a música. E tudo o mais pode ir para o inferno.

São apenas oito faixas, meros 37 minutos de duração, mas são 37 minutos de pura magia e sedução. Ambos os músicos estavam no apogeu de suas carreiras, e nada tinham a perder, ao contrário, nós, meros mortais, é que ficamos com o privilégio de apreciar a música que estes dois gênios criaram.

01. Hace Veinte Anos
02. Cierra Tus Ojos y Escucha
03. Anos de Soledad
04. Deus Xango
05. Veinte Anos Despues
06. Aire de Buenos Aires
07. Reminiscencia
08. Reunion Cumbre

Astor Piazzolla – Bandoneón
Gerry Mulligan – Baritone Sax
Angel “Pocho” Gatti – Piano
Tullio de Piscopo – Bateria e Percusión
Giuseppe Prestipino – Bajo Eléctrico
Alberto Baldán y Gianni Zilioli – Guitarras Eléctricas
Umberto Benedeti Michelangeli (primer violin)
Renato Riccio – Primera Viola
Ennio Miori – Primer violoncelo

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.: interlúdio :. Klez-Edge: Ancestors Mindreles NaGila Monsters

.: interlúdio :. Klez-Edge: Ancestors Mindreles NaGila Monsters

O Klez-Edge é a versão instrumental do Klezmokum. O grupo foca-se em músicas folclóricas semitas dos Balcãs. A ênfase é em improvisações baseadas em uma ampla variedade de material: arranjos de clássicos atemporais judaicos e originais de Burton Greene baseado no klezmer, sefardita e tradições dos Balcãs. O Klez-Edge também faz arranjos modernos de peças tradicionais do jazz com base em modos judeus (muitas vezes de compositores que desconhecem que estavam usando esses modos em sua músicas). O grupo é internacional, sendo formado por um polonês, um líbio, um sérvio, dois norte-americanos, etc.

Ancestors Mindreles NaGila Monsters

1. Mindrele 8:14
2. Odessa On The Hudson 6:01
3. Ancestral Folk Song 7:34
4. Funk Tashlikh 7:25
5. Prelude In D Minor For Andrzej 4:55
6. Oy Joy 4:45
7. Bagdad 6:36
8. Moldavian Blues 7:55
9. Have Another Nagila Monster 6:21

Klez-Edge

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klezmokum_new

PQP

Vivaldi / Sammartini / Monza / Boccherini / Demachi: Improvisata — Sinfonie con titoli

Vivaldi / Sammartini / Monza / Boccherini / Demachi: Improvisata — Sinfonie con titoli

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um CD alegre, verdadeiramente luminoso, de música barroca italiana. Daquelas coisas para se ouvir e ficar feliz. Vale muito a pena ouvir esta estreia de dois novos compositores no PQP: Monza e Demachi. A participação de Vivaldi não é muito grande, mas talvez fosse importante para dar uma grife ao disco… São 53 minutos de boa e colorida música, com baixos pesados e muito ritmo. A Europa Galante é um tremendo conjunto e você deveria ouvir este Improvisata, principalmente se gostar do barroco italiano.

Antonio Vivaldi (1678-1741)
1. Sinfonia (Improvvisata) in C major: I Allegro 2:40
2. Sinfonia (Improvvisata) in C major: II Menuet – Allegro assai 0:42

Giovanni Battista Sammartini (1700/01-1775)
3. Overture (Sinfonia) in G minor (J-C 57): I Allegro 1:58
4. Overture (Sinfonia) in G minor (J-C 57): II Andante 3:24
5. Overture (Sinfonia) in G minor (J-C 57): III Allegro 3:47

Carlo Monza (c.1735-1801)
6. Sinfonia in D major (detta La tempesta di mare) (Ed. Biondi): I Allegro 2:31
7. Sinfonia in D major (detta La tempesta di mare) (Ed. Biondi): II Andante 1:54
8. Sinfonia in D major (detta La tempesta di mare) (Ed. Biondi): III Allegro assai 1:18

Luigi Boccherini (1743-1805)
9. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: I Andante sostenuto 1:25
10. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: II Allegro assai 4:24
11. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: III Andantino con moto 5:27
12. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: IV Andante sostenuto 1:20
13. Sinfonia No.6 in D minor, G 506 (La Casa del Diavolo)/rev. Antonio de Almeida: V Allegro con molto 6:37

Giuseppe Demachi (1732-af.1791)
14. Sinfonia in F major (Le campane di Roma): I Allegro assai 7:05
15. Sinfonia in F major (Le campane di Roma): II Andante 5:20
16. Sinfonia in F major (Le campane di Roma): III Presto 3:35

Europa Galante
Fabio Biondi

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A turma do Europa Galante
A turma do Europa Galante

PQP

Kyung Wha Chung – Con Amore

coverKyung Wha Chung é uma violinista coreana, que foi uma criança prodígio, encantando a todos com seu talento, e conquistando os Estados Unidos antes dos vinte anos e depois disso, o mundo. Suas gravações pelo selo DECCA venderam milhões de cópias, elevando-a ao topo dos grandes músicos do século XX.

Esse CD que ora vos trago é uma coletânea de peças de diversos autores, como Brahms, Elgar, Kreisler, entre outros. É uma excelente amostra do talento e do virtuosismo da pequena coreana, pequena no tamanho mas gigante no talento. Ouçam o Noturno de Chopin, faixa 11, e depois me digam se não tenho razão.

1  Kreisler – La Gitana
2 Kreisler – Liebesleid
3 Poldini – Dancing Doll
4 Wieniawski – Scherzo-Tarantella
5 Elgar – Salut d’amour
6 Elgar – La Capricieuse
7 Tchaikovsky – Valse sentimentale
8 Kreisler – Praeludium und Allegro
9  Novacek – Moto perpetuo
10 Debussy – Beau soir.
11 Chopin – Nocturne in C sharp minor
12 Wieniawski – Caprice in A minor
13 Gossec – Gavotte
14  Kreisler – Liebesfreud
15 Chaminade – Serenade espagnole
16  Saint-Saens – Caprice
17 Brahms – Hungarian Dance No.1

Kyung Wha Chung – Violin
Phillip Moll – Piano

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George Gershwin (1898-1937): PORGY AND BESS – ópera completa (Simon Rattle)

Postado inicialmente em 16.10.2010

Ouve-se muito Porgy and Bess em mil releituras e adaptações – nem todas tão grandiosas como a de Louis Armstrong & Ella Fitzgerald, postada pelo colega FDP em 2008, e que acabo de revalidar.

Mas já não é com tanta freqüência que se ouve a ópera completa, com todos os seus 3 atos, e da forma como Gershwin a escreveu. Então, pra compensar sua longa ausência, o monge Ranulfus traz logo esse pacotaço para vocês.

Mas, como disse o Mestre PQP há pouco em seu post das sinfonias de Brahms… “Comentar as obras? Mas pra quê, cara pálida?” Tem coisas que são clássicos dos quais todo mundo devia saber, e se não sabe taí a wikipedia e o resto da net pra procurar, sem falar dos livros!

Ainda assim, como sou bonzinho, incluí no pacote de download um “guia de estudo de Porgy and Bess” em PDF, de alguma instituição de ensino dos USA. Divirtam-se!

De resto aproveito pra dar meu “alô” a toda a cambada que freqüenta o blog, de quem estou morrendo de saudades, mas ainda vai demorar um pouco pra eu voltar à plena atividade: em outubro provavelmente será este pacotaço e nada mais. Aliás, passemos a ele:

George Gershwin (1898-1937): PORGY AND BESS, ópera em 3 atos (1935)
Gravação lançada em 1997, com base em produção de palco de 1989

London Philharmonic Orchestra e The Glyndenbourne Chorus
regidos por Sir Simon Rattle

Com Harolyn Blackwell, Ted Maynard, William Johnson, Mervin Wallace, Willard White, Marietta Simpson, Maureen Braithwaite, Cynthia Clarey, Damon Evans, Raemond Martin, Wayne Marshall, Autris Paige, Gregg Baker, Curtis Watson, Colenton Freeman, Bruce Hubbard, Camellia Johnson, Linda Thompson, Paula Ingram, Alan Tilvern, Billy J. Mitchell, Ron Travis, Johnny Worthy, Michael Forest, Cynthia Haymon

ATO I
01 Introduction, Jasbo Brown solo, chorus 04:19
02 Summertime 03:28
03 Oh, nobody knows when the Lawd id goin’ to call 06:20
04 Give him to me / Lissen to yo’ daddy warn you: a woman is a sometime thing 03:28
05 Here’s the ol’ crap shark! No, no, brudder 04:17
06 Here comes Big Boy! 07:09
07 Six to make! 04:06
08 Jesus, he’s killed him! That you, Sportin’ Life? 05:05
09 Where is brudder Robbins? Come on, sister! 04:53
10 Overflow, overflow 00:59
11 A saucer-burying set-up, I see 03:50
12 My man’s gone now 03:59
13 How the saucer stan’ now, my sister? 02:06
14 Oh, the train is at the station 04:04

ATO II
15 Oh, I’m agoin’ out to the Blackfish Banks 03:30
16 Mus’be you mens forgot about de picnic / Oh I got plnety o’ nuttin’ 03:26
17 Lissen there, what I tells you… I hates yo’ struttin’ style 02:28
18 Mornin’, Lawyer, looking for somebody?
19 Boy! Come here, boy! 02:41
20 Buzzerd keep on flyin’ over 03:03
21 ‘Lo Bess, goin’ to picnic? 02:58
22 Honey, we are [sure?] strut our stuff today! Bess, you is my woman now 06:15
23 Oh, I can’t sit down 04:16
24 I ain’t got no shame 02:33
25 It ain’t necessarily so… Shame on all you sinners 05:06
26 Crown! 04:07
27 Oh, what you want wid Bess? 04:11
28 Honey, dat’s all de breakfast I got time for 02:06
29 Take yo’ han’s off me 02:28
30 Oh doctor Jesus 02:14
31 Oh dey’s so fresh an’ fine 04:60
32 Porgy, Porgy, dat you there, ain’t it? 02:44
33 I wants to stay here 03:53
34 Why you been out on that wharf so long, Clara? 02:49
35 Oh, Doctor Jesus 03:47
36 One of dese mornings you goin’ to rise up singin 01:52
37 Oh, dere’s somebody knockin’ at de do’ 01:23
38 You is a nice parcel of Christians 04:06
39 A red-headed woman make a choo-choo jump its track 02:18
40 All right, I’m goin’ out to get Clara / Oh Doctor Jesus 02:20

Ato III
41 Clara, Clara, don’t you be downhearted
/ You low-life skunk, ain’t you got no s… 06:35
42 Summertime 04:20
43 Wait for us at the corner 03:45
44 Come out here, both of you 02:26
45 Oh, Lawd, what I goin’ do?
Oh, Gawd! They goin’ make him look on Crown’s face 03:42
46 Listen: there’s a boat dat’s leavin’ soon for New York 04:28
47 Introduction 02:26
48 Good mornin’, sistuh! It’s Porgy comin’ home 03:30
49 Dem white folks sure ain’t put nuttin’ over on this baby 04:01
50 Here Mingo, what’s de matter wid you all? 01:49
51 Where’s Bess? 03:06
52 Bess is gone 02:02
53 Oh Lawd, I’m on my way 01:22

Arquivo único 420 MB
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Ranulfus

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943) – Trio Elégiaque No.1 in G Minor for Piano, Violin and Cello, Peter Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893) – Piano Trio in A Minor, Op.50 – Maisky, Repin, Lang

4778099Esse é daqueles cds que se espremer saem lágrimas, é romantismo ao extremo, interpretado por três excepcionais músicos: o pianista Lang Lang, o violinista Vadim Repin e o lendário violoncelista Mischa Maisky.

O CD abre com o idílico Trio Elégiaque de Rachmaninov, que já de cara mostra as intenções do trio e conclui com um belíssimo Trio de Tchaikovsky. Podem pegar um lenço pois são muitas emoções a flor da pele, e creio que os mais sensíveis deixarão cair algumas lágrimas dos olhos. Sim, o negócio é sério, Tchaikovsky e Rachmaninov juntos é certeza de emoções extremas.

1. 1. Trio élégiaque No. 1 in G minor
2. 1. Pezzo elegiaco (Moderato assai – Allegro giusto)
3. 2. (A) Tema con variazioni: Andante con moto
4. Var. I: L’istesso tempo
5. Var. II: Più mosso
6. Var. III: Allegro moderato
7. Var. IV: L’istesso tempo
8. Var. V: L’istesso tempo
9. Var. VI: Tempo di valse
10. Var. VII: Allegro moderato
11. Var. VIII: Fuga (Allegro moderato)
12. Var. IX: Andante flebile, ma non tanto
13. Var. X: Tempo di mazurka
14. Var. XI: Moderato
15. 2. (B) Variazione finale e Coda (Allegretto risoluto e con fuoco

Mischa Maisky – Piano
Lang Lang – Piano
Vadim Repin – Violin

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Friedrich der Grosse (1712-1786): Sonatas para Flauta

Friedrich der Grosse (1712-1786): Sonatas para Flauta

Frederico IIFrederico II foi um rei da Prússia (1740-1786). Ele ficou conhecido como Frederico, o Grande (Friedrich der Große). Quando não estava matando seus inimigos em guerras, era um músico talentoso que tocava flauta transversa. Ele compôs 100 sonatas para flauta, bem como quatro sinfonias. Não era grande coisa, mas mantinha a dignidade. Ao mesmo tempo em que se ocupava de seus interesses na literatura e na arte da guerra, Frederico também foi capaz de transformar a Prússia em uma potência econômica. Por esse vasto leque de sucessos dentro e fora dos campos de batalha, Frederico foi apelidado de “o Grande”. Amigo das letras, culto, grande colecionador de arte francesa, escritor com prosápias de filósofo, atraiu Voltaire à Prússia, além de numerosos sábios franceses. Foi o tipo perfeito do déspota esclarecido do século XVIII. Deixou Memórias, em francês.

Friedrich der Grosse (1712-1786): Sonatas para Flauta (15 faixas)

1. Sonate n.2 c-moll
2. Sonate n.117 A-Dur
3. Sonate n.9 e-moll
4. Sonate n.11 d-moll
5. Sonate n.14 Es-Dur

Marianne Steffen, flauta
Stanislav Heller, cravo

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Frederico: bom de guerra, mais ou menos na múisca
Frederico: bom de guerra, mais ou menos na música

PQP

Alfred Deller: Portrait of a voice

Alfred Deller: Portrait of a voice

Alfred Deller foi o dono de uma das belas vozes que já existiram. O extraordinário contra-tenor inglês foi, praticamente sozinho, o responsável pelo renascimento da música para contra-tenor no século XX . Também foi um pioneiro na popularização da prática da música antiga com instrumentos originais. Durante os primeiros anos de sua carreira, Deller concentrou-se sobre o barroco inglês, principalmente em Purcell (de quem foi o maior divulgador) e Dowland. Sua enorme erudição e musicalidade trouxeram-lhe muitos admiradores. Em 1950, Deller formou seu próprio conjunto vocal e instrumental, o Deller Consort. De 1955 a 1979, o grupo trouxe a música da Renascença e do Barroco a um novo público que simplesmente desconhecia aquele gênero. Durante este período, Deller e seu grupo fizeram mais de 50 gravações para a Harmonia Mundi. Graças a estas gravações, sua voz excepcionalmente expressiva ainda pode ser apreciada.

Alfred Deller, Solo Songs

Anon.: Twelfth night, V, 1
1 The Wind and the Rain (When that I was)

Thomas Morley: As you like it, V, 3
2 It was a lover and his lass

Thomas Morley: Twelfth night or what you will, II,3
3 O mistress mine

Anon.: Othello, IV, 3
4 Willow song

Anon.: Henry V, mentioned at IV, 4
5 Caleno custure me

Anon., 17th c.:
6 Miserere my Maker

Thomas Campion:
7 I care not for these ladies

John Bartlett:
8 Of all the birds

Philip Rosseter:
9 What then is love

John Blow:
10 The Self-banished

Jeremiah Clarke:
11 The glory of the Arcadian groves

John Dowland:
12 Fine knacks for ladies
13 Flow my tears

Henry Purcell
14 If music be the food of love (Z 379a)

Henry Purcell: The Comical History of Don Quixote (Z 578)
15 (Act V) From rosy bow’rs

Henry Purcell:
16 O Solitude (Z 406, 1685)

Alessandro Scarlatti/Giulio Caccini:
17 Pien d’amoroso affetto

Alessandro Scarlatti/Saracini:
18 Pallidetto qual viola

Giulio Caccini:
19 Amarilli mia bella

Alessandro Scarlatti:
20 Infirmata vulnerata

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Alfred Deller: grande voz e grande pioneiro!
Alfred Deller: grande voz e grande pioneiro!

CVL

Giuseppe Verdi (1813-1901) – Chöre – Abbado, Coro e Orchestra del Teatro alla Scala

coverJá que não é muito comum trazermos óperas, trago alguns corais verdianos nas mãos de um especialista, Claudio Abbado, regendo a excepcional Orquestra e Coro do Teatro alla Scala. Definitivamente, trata-se de um CD com fortes emoções, como não poderia deixar de ser.
Esse repertório é bem conhecido dos fãs de Verdi, e algumas faixas, como “Va pensiero, sull´ali dorate” são passagens ainda mais conhecidas. Abbado está perfeito, com um perfeito domínio da orquestra e do coral, dos quais foi diretor.

01. Nabucco Gli arredi festivi
02. Nabucco Va’, pensiero, sull’ali dorate
03. Il trovatore Vedi, le fosche notturne
04. Otello Fuoco di gioia
05. Ernani Si ridesti il Leon de Castiglia
06. Aida Gloria all’Egito
07. Aida O tu che sei d’Osiride
08. Macbeth Che faceste dite su!
09. Macbeth S’allontanarono!
10. Macbeth Patria oppressa
11. I lombardi Gerusalem
12. I lombardi O Signore, dal tetto nation
13. Don Carlo Spuntato ecco in di d’esultanza
14. Un ballo in maschera Posa in pace
15. Simon Boccanegra Maria! Maria!  Viva Simon
16. Requiem Dies Irae
17. Requiem Tuba mirum
18. Requiem Sanctus

Coro e Orchestra del Teatro alla Scala
Claudio Abbado

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Ignaz Moscheles (1794-1870) e Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Sonatas para Violoncelo e Piano

Ignaz Moscheles (1794-1870) e Johann Nepomuk Hummel (1778-1837): Sonatas para Violoncelo e Piano

A Sonata de Moscheles é muito boa, mas a verdadeira surpresa deste CD são os Estudos Melódicos e Contrapontísticos do mesmo Moscheles sobre Prelúdios de Bach nas faixas 5, 6 e 7. Já a Sonata de Hummel é rotineira, ainda mais se considerarmos sua luminosa obra, especialmente as Sonatas de nosso próximo e excelente post (PQP o postará na terça pela manhã). Para variar, a Hyperion nos brinda com um disco com repertório raro e que vale a pena conhecer. Serve bem a uma tarde preguiçosa de domingo.

Moscheles (1794-1870) e Hummel (1778-1837): Sonatas para Violoncelo

Cello Sonata in E major, Op 121 [Moscheles]
1. Movement 1: Allegro espressivo e appassionato
2. Movement 2: Scherzo ‘ballabile’. Allegretto quasi allegro
3. Movement 3: Ballade ‘in böhmische Weise’. Andantino
4. Movement 4: Allegro vivace, ma non troppo

Melodisch-contrapunktische Studien, Op 137 [Bach & Moscheles]
5. No 4: Andante con moto espressivo ‘Well-tempered Klavier II Prelude No 7 in E flat major’
6. No 8: Allegro maestoso ‘Well-tempered Klavier II Prelude No 6 in D minor’
7. No 9: Andante espressivo ‘Well-tempered Klavier I Prelude No 4 in C sharp minor’

Cello Sonata in A major, Op 104 [Hummel]
8. Movement 1: Allegro amabile e grazioso
9. Movement 2: Romanze. Un poco adagio e con espressione
10. Movement 3: Rondo. Allegro vivace un poco

Jiří Bárta, violoncelo
Hamish Milne, piano

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Bartá
Jiří Bárta: esse sujeito dá um banho neste CD

PQP