Grandes Mestres Mexicanos (3 CDs) – Antonio Sarrier (1725-1762), Ricardo Castro (1864-1907), José Rolón (1876-1945), Manuel María Ponce (1882-1948), Candelario Huizar (1883-1970), Silvestre Revueltas (1899-1940), José Pablo Moncayo (1912-1958), Miguel Bernal Jiménez (1910-1956) e Blas Galindo (1910-1993) [link atualizado 2017]

Antes que eu me esqueça: estes três Cds são uma DELÍCIA!!!

Estamos aqui à frente de uma coletânea, com todos aqueles riscos de se postar (e se baixar, e se ouvir) uma coletânea: há sempre que se ter em mente que é um apanhado de execuções, provavelmente boas, mas não as melhores que teremos dessas músicas, que não formam um conjunto pensado por uma orquestra, mas com a importante função de apresentar-nos um novo repertório, do qual somos pouco aprofundados.

E que levante a mão aqui quem é que conhece com relativa profundidade a música erudita mexicana (afora nossos internautas mexicanos, que não são lá tantos assim)! Aí nos damos conta de como desconhecemos a vastíssima música latino-americana, à exceção de uns pontinhos de luz em Brasil, Argentina e México (isso para ficar apenas nos três latinos de maior produção erudita)… Nada! Sabemos muito pouco! E são tantos ritmos, tantas colorações, tantas influências que se entrecruzam nessas músicas…

Abrir essa caixa da música mexicana é como abrir um universo! E um universo belíssimo: temos obras aqui desde o barroco Antonio Sarrier (lindo concerto!), passando pelos românticos/nacionalistas Manoel Maria Ponce, Ricardo Castro  e José Rolón, até chegar aos modernos Candelario Huizar, Silvestre Revueltas, José Pablo Moncayo (que coisa o seu Huapango!), Miguel Bernal Jiménez e Blas Galindo, cobrindo quase 250 anos da música de concerto da Nova Espanha. Uma boa antologia para quem quer conhecer mais da música produzida no teto da Hispano-América.

Em tempo: se quiser conhecer mais, visite o blog do Música Iberoamericana de Concierto (essa coletânea não tem lá). Você vai adorar!

E pra você ter uma noção, a Huapango, que abre o CD1 (no vídeo aqui com Dudamel regendo a Simon Bolívar):

Ouça! Ouça! Deleite-se!

GRANDES MAESTROS MEXICANOS
de la Música Clásica y sus obras.

CD 1
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
01. Huapango
Manuel María Ponce (Fresnillo, 1882 – Ciudad de México, 1948)
02. Romanzetta
03. Estampas Nocturnas, I. La Noche
04. Estampas Nocturnas, II. En Tiempos del Rey Sol
05. Estampas Nocturnas, III. Arrulladora
06. Estampas Nocturnas, IV. Scherzo de Puck
Ricardo Castro (Nazas, 1864 – Ciudad de México, 1907)
07. Minueto en Sol Mayor Op. 23
José Pablo Moncayo (Guadalajara, 1912 – Ciudad de México, 1958)
08 Bosques

CD 2
Blas Galindo (San Gabriel, 1910 – Ciudad de México, 1993)
01. Sones de Mariachi
Silvestre Revueltas (Santiago Papasquiaro, 1899 – Cidade do México, 1940)
02. Sensemaya
03. Redes
04. La Noche de los Mayas, I. Noche de los Mayas
05. La Noche de los Mayas, II. Noche de Jaranas
06. La Noche de los Mayas, III. Noche de Yucatán
07. La Noche de los Mayas, IV. Noche de Encantamiento
08. Janitzio
Antonio Sarrier (Espanha, 1725 – México, 1762)
09. Sinfonía en Re Mayor, I. Obertura (Andante)
10. Sinfonía en Re Mayor, II. Andante
11. Sinfonía en Re Mayor, III. Fuga (Allegro)

CD 3
Candelario Huizar (Jerez de García Salinas, 1883 – Ciudad de México, 1970)
01. Pueblerinas, I. Moderato Flessibile-Allegro
02. Pueblerinas, II. Lento
03. Pueblerinas, III. Allegro Vivo
Miguel Bernal Jiménez (Morelia, 1910 – León, 1956)
04. El Chueco
José Rolón (Zapotlán el Grande, 1876 – Ciudad de México, 1945)
05. Concierto para Piano y Orquesta, I. Allegro Enérgico
06. Concierto para Piano y Orquesta, II. Poco Lento
07. Concierto para Piano y Orquesta, III. Allegro con Fuoco

Créditos:
CD1
Orquesta Sinfónica Nacional / Sergio Cárdenas, regente / Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1980 (Faixas 01 e 08)
Camerata de la Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Samuel Saloma, violín / Sergio Cárdenas
Sala Nezahualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 02 a 07)
CD2
Orquesta Sinfónica Nacional / Luis Herrera de la Fuente / 1969 (Faixa 01)
New Philharmonia Orchestra / Eduardo Mata / 1976 (Faixas 02, 03 e 08)
Orquesta Sinfónica de Xalapa / Luís Herrero de la Fuente / Sala Nezahualcóyotl, Mexico, 1980 (Faixas 04 a 07, e 09 a 11)
CD3
Orquesta Filarmónica de la Ciudad de México / Fernando Lozano / Sala Nezohualcóyotl, Ciudad de México, 1981 (Faixas 01 a 04)
Orquesta Sinfónica Nacional / Miguel García Mora, Piano / Luis Herrero de la Fuente / 1969 (faixas 05 a 07)

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Rai-ai-ai! Y viva México!

Bisnaga

7 comments / Add your comment below

  1. É muito interessante poder ouvir bons compositores que se deram a árdua tarefa de compor música orquestral mas deixando a influência e características de sua cultura mãe bem reconhecíveis em sua obra; até onde eu sei, todos os compositores que fizeram isso se saíram muito bem. Nosso Villa-Lobos é um ótimo exemplo disso, mas temos da europa Sibelius, Grieg, entre outros que tornaram-se imortais por criarem um estilo próprio graças a suas culturas.
    Gosto tanto de ouvir estes tipos de compositores, que conhecendo o estilo estilo musical de algumas culturas pelo mundo, cheguei a procurar compositores japoneses, árabes e indianos entre outros, que fizessem tal incorporação assim como Villa fez, mas não tive muito sucesso. De qualquer forma, por gostar também do estilo musical da cultura mexicana, agradeço à essa bela postagem, que pelo que vi do vídeo, é justamente o que eu procurava (conquanto a cultura mexicana) !

    1. Essa importância que sedá em deixar transparecer os elementos musicais locais na música de concerto é uma das melhores coisas da música do século XX. As músicas “étnicas” estão entre as que mais me agradam, por mostrarem os “sabores” que cada pontinho do globo tem.

      Obrigado pelas visitas.

    1. Obrigado, Eurico

      Continuamos sempre procurando músicas inéditas e compositores ainda desconhecidos para postar aqui. Já chegamos a 1200 compositores.

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