[Restaurado] Johannes Brahms (1833 – 1897) – Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos, Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos, Franz Schubert (1797-1828) – Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos e Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse – Versão para dois pianos

Um CD de rara e delicada beleza. A parceria Nelson Freire – Martha Argerich já é conhecida pelos frutos que têm produzido. Neste registro suave, excelente, extraordinário para aqueles momentos em que a alma quer sossegar e o corpo pede bolachas com chá, este CD torna-se pertinente.  O fato é que após tê-lo ouvido ontem, no final da tarde, próximo do ocaso, percebi que a noite surgiu diferente. Não deixe de ouvir e apreciar a seleção e a transcrição feita para o piano de peças de Brahms, Rachmaninov, Schubert e Ravel por dois músicos que alcançaram a plenitude naquilo que fazem. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833 – 1897) –
Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos

01. Chorale St. Antoni. Andante
02. Var I. Antoni Andante
03. Var II. Vivace
04. Var III. Con moto
05. Var IV. Andante
06. Var V. Poco presto
07. Var VI. Vivace
08. Var VII. Grazioso
09. Var VIII. Poco presto
10. Finale. Andante

Sergei Rachmaninov (1873-1943) –
Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos

11. I Non Allegro
12. II Andante con moto
13. III Lento assai – Allegro vivace

Franz Schubert (1797-1828) –
Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos

14. Rondo in A major D 951 ‘Grand Rondeau’

Maurice Ravel (1875-1937) –
La Valse – Versão para dois pianos

15. La Valse

* Gravado ao vivo no Salzburg Festival

Martha Argerich, piano
Nelson Freire, piano

BAIXAR AQUI – DOWNLOAD HERE

Carlinus

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

André Campra (1660-1744) e François Couperin (1668-1733) por Les Arts Florissants

Nunca mais houve uma postagem de obras do barroco francês, então lá vai um belo CD duplo. Particularmente, prefiro outra versão do Réquiem de Campra, lançada pela Naxos, que é muito mais fervorosa, mas os intérpretes aqui não fazem feio – trata-se de um dos grupos mais conceituados de música barroca francesa.

Já disse isso uma vez, mas repito: não compreendo como a indústria fonográfica internacional joga confetes nos representantes-mor do barroco alemão, italiano e inglês (Bach, Vivaldi e Haendel) e negligencia o barroco francês (quem de vocês cita Lully, Rameau ou Charpentier de bate pronto como os famosos citados dos países vizinhos*?). Acho isso uma distorção histórica que espero que seja corrigida ao longo do tempo.

* Só falta alguém escrever dizendo que a Inglaterra é separada da França pelo Canal da Mancha.

***

Campra – Grands Motets / Les Arts Florissants, Christie

1. Notus in Judea Deus (1729): Notus in Judea Deus (Recit de basse-taille)
2. Notus in Judea Deus (1729): Ibi confregit (Choeur)
3. Notus in Judea Deus (1729): Illuminans tu mirabiliter (Choeur)
4. Notus in Judea Deus (1729): Dormierunt somnum suum ( Recit de dessus)
5. Notus in Judea Deus (1729): Ab increpatione ( Recit de basse-taille & duo de basses-taille)
6. Notus in Judea Deus (1729): De coelo auditum (Choeur)
7. Notus in Judea Deus (1729): Cum exurgeret (Recit de haute-contre)
8. Notus in Judea Deus (1729): Vovete et reddite (Recit de taille)
9. Notus in Judea Deus (1729): Terribili et ei qui aufert (Choeur)
10. De profundis: Symphonie
11. De profundis: De profundis clamavi (Recit de basse-taille)
12. De profundis: Si iniquitates (Recit de haute-contre)
13. De profundis: Quia apus te (Choeur)
14. De profundis: A custodia (Recit de dessus)
15. De profundis: Qui apus te (Trio haute-contre/taille/basse-taille)
16. De profundis: Et ipse rediment (Dialogue haute-contre/taille/basse-taille)
17. De profundis: Requiem (Choeur)
18. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Exaudiat te Dominus (Recit de taille)
19. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Mittat tibi auxilium ( Choeur)
20. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Memor sit omnis sacrificii tui (Dialogue haute-conte/basse-taille)
21. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Lµtabimur in salutari tuo (Choeur & basse-taille)
22. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Impleat Dominus (Duo haute-contre/taille)
23. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Hii in curribus (Duo de basses-tailles)
24. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Ipsi obligate sunt (Choeur)
25. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Domine salvum fac Regem (Trio haute-contre/taille/basse-taille)
26. Exaudiat te Dominus (psaume 19): Et exaudi nos (Choeur)
27. Requiem: Requiem (Choeur)

William Christie (Conductor), Les Arts Florissants (Orchestra), Jael Azzaretti (Performer), Paul Agnew (Performer), Arnaud Marzorati (Performer), Nicolas Rivenq (Performer), Andrew Foster-Williams (Performer), Marie-Ange Petit Hanna Bayodi (Performer), Anne-Marie Lasla Bertrand Cuiller (Performer)

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Salve Regina by Campra . Couprin (Petits motets) / Agnew, Lasla, Les Arts Florissants, Christie

(Disc 2)

1. Salve Regina
2. Audite omnes et expanescite
3. Respice in me
4. Salve Regina
5. Usquequo Domine
6. Insere Domine
7. Quid retribuam tibi Domine
8. Quemadmodum desiderat cervus
9. Florente prata

William Christie (Conductor), Les Arts Florissants (Orchestra), Ruth Unger (Orchestra), Paul Agnew (Performer), Anne-Marie Lasla (Performer), Catherine Girard (Performer), Maia Silberstein (Performer), Charles Zebley (Performer)

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CVL

PS.: Não estranhem os dois links da Amazon: constatei que o CD duplo que comprei é uma reedição daqueles álbuns lançados isoladamente antes.

Anima – Espelho

Aproveitando o recente lançamento de Donzela Guerreira, posto aqui o CD anterior do aclamado e competentíssimo grupo Anima, Espelho. Pra quem gosta de música antiga é nota dez, mas é preciso se acostumar com um diapasão (afinação) diferente do habitual hoje em dia. Leia mais sobre a discografia do Anima aqui.

***

Anima – Espelho

1. Santidade – Mundado
2. Bendito
3. Stella Splendens In Monte
4. Dos Estrellas Le Siguen
5. A Chantar
6. Caleidoscópio
7. Engenho novo
8. Jongo
9. Sereia
10. Beira mar
11. Lamento
12. Casinha Pequenina
13. Chominciamento Di Gioia – Aboio
14. Rosa das Rosas
15. Rorate Caeli Desuper
16. Na Hora das Horas
17. Viva Janeiro
18. Beira mar

Ricardo Matsuda – Viola Caipira, Viola de Cabaça
Dalga Larrondo – Percussão
Luiz Fiaminghi – Rabeca
Patrícia Gatti – Cravo
Isa Taube – Voz

BAIXE AQUI – PARTE 1
BAIXE AQUI – PARTE 2

(Só mais essa vez: junte ambas as partes com o programa HJSplit – opção Join)

CVL

Camille Saint-Säens (1841-1904) – Piano Concertos 1 – 5

Salomão diz no livro de Eclesiastes que há dias para tudo debaixo do céu: Dia para estar alegre e dia para estar triste; dia para chover e dia para fazer sol; dia para se aproximar e dia para se afastar; e assim por diante. Hoje, diferente de outros dias, estou numa morbidez de amargar. Trata-se de uma langor, uma letargia, uma moleza que me priva de interesses. Passei por aqui apenas para postar esse CD muito bom com os cinco concertos para piano e orquestra de Camille Saint-Säens. Apesar de ter motivos para fazer uma arrazoado considerável desses concertos “enxutos”, tecnicamente impecáveis, no que tange à estrutura, deixarei de fazê-lo. Não deixe de ouvir as peças desse francês lisztiano. Uma boa apreciação!

Camille Saint-Säens (1841-1904) – Piano Concertos 1 – 5

CD1

Piano Concerto No.1 in D, Op.17
01. Andante – Allegro assai
02. Andante sostenuto quasi adagio
03. Allegro con fuoco

Piano Concerto No.2 in G minor, Op.22
04. Andante sostenuto
05. Allegro scherzando
06. Presto

Piano Concerto No.3 in E flat major, Op.29
07. Moderato assai – piu mosso (Allegro maestoso)

CD2

Piano Concerto No.3 in E flat major, Op.29
01. Andante
02. Allegro non troppo

Piano Concerto No.4 in C minor, Op.44
03. Allegro moderato – Andante
04. Allegro vivace – Andante – Allegro

Piano Concerto No.5 in F, Op.103 “Egyptian”
05. Allegro animato
06. Andante
07. Molto allegro

London Philharmonic Orquestra
Charles Dutoit, regente
Pascal Rogé, piano

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – 33 Variações em Sol maior sobre uma valsa de Anton Diabelli, Op. 120 e Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Partita No. 4 em Ré maior, BWV 828

Como hoje me encontro bastante “virtuoso”, tomei a resolução de postar este extraordinário CD. Fazia já alguns dias que estava separado. Mas, hoje à noite, depois da chuva torrencial que caiu aqui em Brasília, ele virá à tona. Beethoven e Bach interpretados por Kovacevich. Fatal. Absoluto. Há duas ótimas gravações aqui no blog – Pollini e Anderszewski. Não faz mal que emplaquemos mais esta. Fato interessante é que as 33 Variações sobre um tema de Anton Diabelli foram escritas por Beethoven entre os anos de 1819 e 1823. Acredito que Diabelli tenha se tornado mais conhecido por conta dessa  ação de Beethoven.  Se Beethoven não tivesse escrito esta obra com o nome de Diabelli, ignoraríamos completamente a existência dessa criatura. Beethoven utilizou-se de uma valsa do citado compositor e compôs uma das peças supremas para piano da história da música ocidental. Foi escrita de forma lenta, gradual. Beethoven já se encontrava surdo. Como disse certa vez Hans von Bülow: “As 33 Variações sobre um tema de Diabelli constituem um microcosmo da arte de Beethoven”. Ou seja, é como se suas sinfonias, quartetos de cordas, sonatas, trios e etc estivessem ali condensados. Fantástico. Aparece ainda, neste magnificente CD, a Partita No. 4 de Bach. Ou seja, é para ouvir e ficar sisudo – em silêncio – de queirxo caído. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – 33 Variações em Sol maior sobre uma valsa de Anton Diabelli, Op. 120

01 – Tema- Vivace
02 – I AlIa marcia maestoso
03 – II Poco allegro
04 – III L’istesso tempo
05 – IV Un poco più vivace
06 – V Allegro vivace
07 – VI Allegro ma non troppo e serioso
08 – VII Un poco più allegro
09 – VIII Poco vivace
10 – IX Allegro pesante e risoluto
11 – X Presto
12 – XI Allegretto
13 – XII Un poco più moto
14 – XIII Vivace
15 – XIV Grave e maestoso
16 – XV Presto scherzando
17 – XVI Allegro
18 – XVII Allegro
19 – XVIII Poco moderato
20 – XIX Presto
21 – XX Andante
22 – XXI Allegro con brio – Meno allegro
23 – XXII Allegro molto
24 – XXIII Allegro assai
25 – XXIV Fughetta- Andante
26 – XXV Allegro
27 – XXVI Piacevole
28 – XXVII Vivace
29 – XXVIII Allegro
30 – XXIX Adagio ma non troppo
31 – XXX Andante, sempre cantabile
32 – 32 XXXI Largo, molto espressivo
33 – XXXII Fuga- Allegro
34 – XXXIII Tempo di menuetto moderato

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Partita No. 4 em Ré maior, BWV 828

35 – I Ouverture
36 – II Allemande
37 – III Courante
38 – IV Aria
39 – V Sarabande
40 – VI Menuet
41 – VII Gigue

Stephen Kovacevich, piano

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Carlinus

.: interlúdio: Mariano Otero :.

…E o oscar vai para: Mariano Otero!

(Eu poderia continuar a relação de Otero a Campanella, mas paro; embora seja antigo fã do cinema deste argentino, me parece que seu conterrâneo atinge maior profundidade em sua obra.)

Às apresentações: Otero é um jovem, perspicaz e ambicioso compositor e contrabaixista de jazz. E para bom leitor eu já disse até demais. Descobri por acaso que ganhou um prêmio do Clarín — “La Figura del Jazz Argentino 2009” — e fiquei, basicamente, perplexo ao ouvir seus discos. Porque trazem algo raro e que procuro: jazz contemporâneo feito com jeitão cinquentista. Não é gostar de mofo: é ver o legado seguindo adiante; é o respeito formando novos músicos; é reinventar o reinventado, a síntese do jazz. E com QUE qualidade surge este portenho.

Mariano Otero, com todas as suas funções (onde se inclui (competentíssimo) arranjador e produtor de trilha sonora), evidentemente vai evocar Mingus, e sobre isso só peço que vejam o nome da primeira faixa do disco logo abaixo (e assistam ao vídeo). Mas não se trata de seguir estilo; há, em diversos e muito presente, mas não apenas. Em Três há também um pouco de fusion; Desarreglos, em homenagem ao mítico guitarrista argentino Walter Malosetti, há muitas doses de swing e blues. Otero iniciou carreira com Malosetti (há parcos 10 anos) e seguiu em boas companhias, que incluem Rodrigo Dominguez como sax solo em seus grupos. Aliás, falando em sopros, estes dominam grande parte do espectro sonoro, e com grande eficácia. Otero formou uma big band — hoje um noneto — e algumas passagens levam direto à Miles no período Sketches of Spain. E diferente do que se pode imaginar apressadamente, tudo que não faz é jazz latino. É possível reconhecer alguns grooves mais próximos, mas, de fato e direito, Mariano Otero toca é bop. Vai variar andamentos, como manda a cartilha de boas práticas, mas não deixará o caminho.

A excelência e universalidade de seu jazz renderam um contrato de três discos com a Sony; Desarreglos é o primeiro deles. Mais que ouvinte, passei a torcedor de Otero: que seu talento conquistem o mundo afora. E ele venha logo tocar no Brasil.


Tres /2006 (128)
download [mediafire] 65MB
01 Mingusiana
02 Flor
03 Nudos
04 Las dos Marías (Flow)
05 Hollanda
06 Hacia Un Lugar
07 Hentrane

Desarreglos /2009 (320)
download (mediafire) 146MB *link atualizado
01 El Maestro
02 Ale Blues
03 Mini
04 Grama
05 Walter’s Rithm
06 Avellaneda
07 Madrid
08 Pappo’s Blues
09 Espiritu
10 Blues for Pepi
11 Adios Lala
12 Clifford

Boa audição!
Blue Dog

Philip Glass (1937-) – As Horas (The Hours) – trilha sonora

O disco abaixo é bastante delicioso. É um registro instigante com Philip Glass. Na verdade, trata-se da trilha sonora do filme “As Horas” (2002) do diretor Stephen Daldry. A película em si é um belo poema de cunho existencial baseado no livro homônimo de Michael Cunninghan. Cunninghan, por sua vez, teve por motivo temático, o livro “Mrs. Dalloway” da escritora inglesa Virgínia Woolf . Já vi ao filme “As Horas” algumas vezes. Cada vez que o vejo, fico com aquela impressão de silêncio e embasbacamento. O filme conta a história de três mulheres separadas pelo tempo. Elas estão conectadas pelo livro Mrs. Dalloway. Em 1923 vive Virginia Woolf (Nicole Kidman), autora do livro, que enfrenta uma crise de depressão e ideias de suicídio. Em 1951 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona de casa grávida que mora em Los Angeles, planeja uma festa de aniversário para o marido e não consegue parar de ler o livro. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma editora de livros que vive em Nova York e dá uma festa para Richard (Ed Harris), escritor que fora seu amante no passado e hoje está com AIDS e morrendo. Em suma: a ficção do livro é humanizado pelo drama existencial de cada um dos personagens. As três personagens vivem ao seu modo a angústia, o medo e o desalento das horas que passam a trazer revelações sobre o nada. A vida não é aquilo que se planejou, pois os momentos imparciais que passam trazem aquilo que não pode ser controlado. A música de Glass se encaixa com perfeição neste mosaico com três peças – a massa que liga os elementos do quebra-cabeças é o livro. A trilha sonora possui um tema básico, contínuo, que “caminha” à semelhança de rio. A música evoca a vida e a vida não é nada mais nada menos do que suceções de horas. É um filme muito bonito que deve ser visto e que possui uma trilha sonora muito bem elaborada pela competência de Philip Glass. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Philip Glass (1937-) – As Horas (The Hours) – trilha sonora

01. The Poet Acts
02. Morning Passages
03. Something She Has To Do
04. “For Your Own Benefit”
05. Vanessa And The Changelings
06. “I’n Going To Make a Cake”
07. An Unwelcome Friend
08. Dead Things
09. The Kiss
10. “Why Does Someone Have To Die?”
11. Tearing Herself Away
12. Escape!
13. Choosing Life
14. The Hours

Philip Glass, compositor

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Carlinus

Aaron Copland (1900-1990): Concerto for Clarinet, String, Harp and Piano / Igor Stravinsky (1882-1971): Ebony Concerto / Leonard Bernstein (1918-1990): Prelude, Fugue and Riffs / John Corigliano (1938): Concerto for Clarinet and Orchestra

Chamar este CD de The Essential Clarinet é um certo exagero. Talvez este seja o clarinete essencial dos EUA, pois deixar de fora as Sonatas para clarinete e piano de Brahms, o Quinteto Op. 115 e o também Quinteto K. 581 e o Concerto K. 622 de Mozart é falta grave. Talvez o que una estas peças seja a onipresente figura de Benny Goodman, o cara que encomendou peças para clarinete até para Bartók (e recebeu).

Mas aqui temos, certamente, a melhor peça escrita por Aaron Copland, a célebre incursão jazzística de Stravinsky (Ebony Concerto), uma excelente composição de Bernstein e um bom Concerto de Corigliano (prazer em conhecer). Richard Stoltzman não me pareceu um clarinetista tão essencial, mas seu repertório é de primeira linha, sem dúvida.

Richard Stoltzman · The Essential Clarinet

Aaron Copland (1900-1990): Concerto for Clarinet, String, Harp and Piano
1. Concerto for Clarinet, Strings, Harp and Piano 17:53

Igor Stravinsky (1882-1971): Ebony Concerto
2. Ebony Concerto: Allegro moderato 3:11
3. Ebony Concerto: Andante 2:34
4. Ebony Concerto: Moderato; Con moto 3:41

Leonard Bernstein (1918-1990): Prelude, Fugue and Riffs
5. Prelude, Fugue and Riffs 7:24

John Corigliano (1938): Concerto for Clarinet and Orchestra
6. Concerto for Clarinet and Orchestra: Cadenzas 9:18
7. Concerto for Clarinet and Orchestra: Elegy 11:15
8. Concerto for Clarinet and Orchestra: Antiphonal Toccata 9:33

Richard Stoltzman, clarinete
London Symphony Orchestra
Lawrence Leighton-Smith

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PQP

Frédéric Chopin (1810-1849) – Chopin Gold

Pra fechar bonito as postagens de peso de Carlinus, PQP e moi neste feriadão.

Atolem o pé e façam o maior número de downloads possível. Se houver mais de 500 dentro de uma semana, libero o Nelson Freire tocando os Noturnos.

(Eu disse que não gosto de Chopin, mas com esses intérpretes todos aí, eu reconsidero meus escrúpulos.)

***

Chopin Gold

Disc 1

1. Polonaise No.6 In A Flat, Op.53 -”Heroic” Maurizio Pollini
2. 24 Préludes, Op.28 – 15. In D Flat Major (”Raindrop”) Martha Argerich
3. Waltz No.6 In D Flat, Op.64 No.1 -”Minute” – Molto Vivace Maria João Pires
4. Waltz No.7 In C Sharp Minor, Op.64 No.2 Alice Sara Ott
5. 12 Etudes, Op.10 – Paderewski Edition – No.3 In E Major Nelson Freire
6. 12 Etudes, Op.10 – No. 12 In C Minor ”Revolutionary” Vladimir Ashkenazy
7. 24 Préludes, Op.28 – 4. In E Minor Rafal Blechacz
8. 24 Préludes, Op.28 – 7. In A Major Rafal Blechacz
9. Berceuse In D Flat, Op.57 – Andante Hélène Grimaud
10. Polonaise No.3 In A, Op.40 No.1 – ”Military” – Allegro Con Brio Emil Gilels
11. Impromptu No.4 In C Sharp Minor, Op.66 ”Fantaisie-Impromptu” Maria João Pires
12. Nocturne No.2 In E Flat, Op.9 No.2 Daniel Barenboim
13. Ballade No.1 In G Minor, Op.23 Maurizio Pollini
14. Scherzo No.2 In B Flat Minor, Op.31 – Presto – Sostenuto Arturo Benedetti Michelangeli
15. Waltz No.1 In E Flat, Op.18 -”Grande Valse Brillante” Zoltán Kocsis
16. 12 Etudes, Op.25 – No. 11 In A Minor ”Winter Wind” Vladimir Ashkenazy

BAIXE AQUI

Disc 2

1. Nocturne No.8 In D Flat, Op.27 No.2 Lang Lang
2. 12 Etudes, Op.10 – Paderewski Edition – No.4 In C Sharp Minor Nelson Freire
3. 24 Préludes, Op.28 – 3. In G Major Martha Argerich
4. 24 Préludes, Op.28 – 6. In B Minor Martha Argerich
5. Mazurka No.13 In A Minor Op.17 No.4 Vladimir Horowitz
6. Scherzo No.3 In C Sharp Minor, Op.39 Ivo Pogorelich
7. Piano Sonata No.2 In B Flat Minor, Op.35 – 3. Marche Funèbre (Lento) Hélène Grimaud
8. 24 Préludes, Op.28 – 11. In B Major Friedrich Gulda
9. 24 Préludes, Op.28 – 20. In C Minor Friedrich Gulda
10. Three Ecossaises Op.Post 72, No.3 – 1, 2 + 3 Mikhail Pletnev
11. 12 Etudes, Op.25 – No. 9 In G Flat, ”Butterfly Wings” Vladimir Ashkenazy
12. Nocturne No.10 In A Flat, Op.32 No.2 Maria João Pires
13. Impromptu No.1 In A Flat, Op.29 Mikhail Pletnev
14. Barcarolle In F Sharp, Op.60 Maurizio Pollini
15. Mazurka No.19 In B Minor, Op.30 No.2 – Allegretto Arturo Benedetti Michelangeli
16. Ballade No.3 In A Flat, Op.47 Sviatoslav Richter

BAIXE AQUI

CVL

Richard Strauss (1864-1949) – Vida de Herói (Ein Heldenleben) e Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 6 em Lá menor – "Trágica"

Achei por bem postar o ensaio abaixo sobre Mahler e Richard Strauss – DAQUI. É bastante elucidativo. O CD abaixo, com regência de Barbirolli, é para ouvir e cair de joelhos em preces apaixonadas. É algo que aturde. Vida de Herói de Strauss é uma beleza de profundidade e rigor orquestral a nos provocar os sentidos. FDP havia postado no início do ano passado uma versão da obra de Strauss que parece aqui com Jarvi. Julgo que essa versão com o Barbirolli seja fatal. Tenho uma outra versão com o Carlos Kleiber, gravada ao vivo que qualquer dia surgirá aqui no PQP Bach. Boa apreciação!

PROFETAS DA MODERNIDADE

GUSTAV MAHLER e RICHARD STRAUSS precederam as vanguardas do início do século pontuando os limites da música tonal. Este ensaio exclusivo revela a extrema coerência de suas opções estéticas e revela as faces de heróis psíquicos.

FILIPE W. SALLES


Richard Strauss e Gustav Mahler foram duas personalidades muito próximas. Ambos eram excelentes orquestradores, regentes e produtores de concertos. Foram amigos, eram conterrâneos e pareciam buscar, através de suas músicas, a mesma coisa: o auto-conhecimento. Diferenças, apenas quanto ao estilo e à forma: Strauss optou pelo poema sinfônico e pela ópera; Mahler pela sinfonia e pela canção. Talvez não exista música mais pessoal e intimista que a de Mahler, com a possível exceção de Richard Strauss. O contrário também serve. Os traços que constituem ambos os estilos, épico em Strauss e melodramático em Mahler, são marcados pela presença de um protagonista, explícito em Strauss e implícito em Mahler. Este protagonista, a quem nos dois casos serve a denominação de “herói”, é claramente apresentado na obra de Strauss, sendo ele motivo dos temas e títulos de seus principais poemas sinfônicos, “Don Juan”, “Macbeth”, “Morte e Transfiguração”, “Till Eulenspiegel”, “Don Quixote”, e até mesmo no “Assim Falou Zarathustra”. No caso de Mahler, as referências são menos diretas.

O herói é uma personificação arquetípica (e no caso de Strauss, muitas vezes literária), podendo figurar como “extensão” do ego. Extremamente explícito em Strauss, é levado às últimas conseqüências na “Vida de Herói” e na “Sinfonia Doméstica”. Nos dois casos temos um Strauss experiente e maduro pondo toda a energia de seus anseies num forno – e servindo-os no prato da grande orquestra.

Mahler, talvez até inconscientemente, envereda por caminhos semelhantes no que diz respeito ao uso da grande orquestra romântica, mas de uma forma incontestavelmente mais problemática. Não se contenta em apresentar o problema com uma solução já prevista (como é o caso da música de programa): ele fornece o problema e procura resolvê-lo no próprio processo criador. Por esse motivo, suas sinfonias são colossos modernos, titãs adormecidos que escondem tesouros do inconsciente. Sua mais curta sinfonia tem entre 50 e 54 minutos. Sua mais longa chega a 100 minutos. Se Strauss foi objetivo o suficiente para ir direto ao poema sinfônico descrever suas emoções, Mahler seguiu o caminho oposto, subjetivando a forma – até então “absoluta”- da sinfonia. Mahler nunca explicitou “sinfonia descritiva” ou “absoluta”. “A sinfonia”, segundo Mahler, “deve abranger tudo”.

Sua Primeira Sinfonia, a “Titã”, tem, inegavelmente, um Programa mais ou menos definido, assim como a Segunda e a Terceira, Mas podemos ouvir a “Titã” sem nenhum conhecimento de seu programa. O efeito será o mesmo. Talvez isso não funcione na imensa Terceira, mas trata-se de um caso à parte. Da mesma forma, a “absoluta” Quinta Sinfonia, que dispensa qualquer argumento extra-musical, tem a mais típica estrutura descritiva de Mahler: “Tragédia-Consolação-Triunfo”, presentes de forma clara também na Primeira, Segunda, Terceira, e Sétimas sinfonias. Richard Strauss estabelece parâmetros diametralmente opostos. Em quase todos os seus poemas sinfônicos, o herói começa em plena atividade, a desenvolve de acordo com o argumento, e finalmente morre, numa metáfora da antecipação do inevitável. “Don Juan”, seu primeiro poema sinfônico, já inicia seus acordes num frenético “Triunfo”, onde o desenrolar orquestral gira em torno deste ideal, indo cair na tragédia de forma brusca e incontestável. A estrutura para Strauss seria “Triunfo-Degustação-Tragédia”. Tragédia que, vinda de Strauss, não é idêntica à de Mahler. A tragédia de Mahler está ligada à angústia, ao sofrimento, e aos aspectos Psicológicos que determinam estes estados – fruto de conflitos pessoais e, por este motivo, distantes de uma realidade cotidiana. A tragédia de Strauss tem mais um espírito de realidade, de fatos concretos e consumados. “Till Eulenspiegel” ilustra com maestria esta metáfora, onde a morte de Till nada mais é do que uma conseqüência lógica do contexto na história. Não chega a ser uma “tragédia” propriamente, mas uma conformação com a realidade. “Morte e Transfiguração” vai pelos mesmos caminhos, sendo a morte do protagonista justamente o triunfo da obra, o objetivo final da própria vida.

Mahler está longe de encarar a morte de forma tão otimista, embora procure sempre estabelecer aspectos místicos, como uma, espécie de compensação pelo seu inconformismo – caso, por exemplo, da Segunda Sinfonia, a da Ressurreição. O principal fator que determina esta diferença de enfoque na obra de Mahler e Richard Strauss talvez seja a escolha do herói. É fato que ambos se projetam em suas peças, algo como autobiografias musicais. Mas enquanto Strauss procura resolver-se externamente, enfrentando cara-a-cara a realidade, Mahler trava uma luta constante consigo próprio, subvertendo a realidade através da reação emocional que lhe espelha o mundo. São visões bastante antagônicas: é como se Strauss observasse o mundo e respondesse a ele exatamente como o vê e interpreta, ao passo que Mahler observa, sente, relaciona, interpreta e reage, dando a suas sinfonias uma duração que freqüentemente ultrapassa os 70 minutos de execução. Talvez por isso Strauss tenha dado preferência no poema sinfônico, forma muito mais livre que a sinfonia e de caráter mais sucinto. O mais curto poema sinfônico de Strauss, “Till Eulenspiegel”, tem algo em torno de 15 minutos, e o mais longo, “Vida de Herói”, 45.

Há extrema coerência, em ambos, na escolha de suas formas de expressão. Um poema sinfônico como os de Strauss certamente não comporta tanta informação como as sinfonias de Mahler – e estas nunca conseguiriam ser claras e objetivas como os poemas de Strauss sem cair numa extrema redundância. Ambos contornam facilmente estas possíveis aberrações estéticas numa simples escolha inteligente do meio correto de utilizar a música.
A estrutura de narração de Mahler (tragédia, consolação, triunfo), é visivelmente modificada, sutil ou abruptamente, na Quarta, Sexta, Oitava e Nona sinfonias. Destas, apenas a Sexta e a Oitava são abruptas, a Sexta é inteiramente trágica e angustiante, ao passo que a Oitava é triunfal e otimista do começo ao fim. A Quarta é um meio termo, uma sinfonia que parece não tomar muito partido desta relação, pois está montada sobre um afresco extremamente original de melodias brilhantemente orquestradas, cuja intenção é justamente espelhar uma espécie de ingenuidade infantil. A Nona é indefinível. Pertence a um universo abstrato, místico, transcendente. Um universo de um compositor que esgotou as possibilidades estruturais padronizadas pelo próprio estilo e busca, através dele, vislumbrar outras dimensões. Processo semelhante ao que ocorre no “Das Lied von der Erde”, ciclo de canções sobre poemas chineses onde a estrutura também é subvertida, sendo a última parte um canto de despedida que Mahler interpretou como o de sua própria vida.

Tudo aquilo que é problemático para Mahler parece ser bastante natural para Richard Strauss. Strauss sempre tratou a psicologia do inconsciente através do argumento de suas obras, e não propriamente do material musical. Fez uma música puramente objetiva, de clareza incomparável, que hesita em se estender nos devaneios contrastantes típicos de Mahler. “Also Sprach Zarathustra” talvez seja o melhor exemplo da relação Strauss/Mahler, porque ambos esboçaram gigantescos afrescos sinfônicos sobre o texto de Nietzsche em épocas muito próximas. A intenção de Strauss era clara: não queria transformar filosofia em música, mas tentar exprimir a idéia do conflito homem-natureza e sua evolução até o nascimento do super-homem nietzschiano (“Übermensch”). Mahler já transcende a descrição sonora de um ideal para um problema puramente existencial, não descrevendo-o musicalmente, mas sim traduzindo suas sensações interpretadas e relacionadas em todo o seu esdrúxulo inconsciente. Assim, a Terceira Sinfonia de Mahler, que se utiliza em seu 4o movimento de um trecho para contralto do Zarathustra, possui todo um contexto maior, relacionado também às lembranças da infância (As marchas, as canções do Wunderhorn), à associação com a morte e o amor, sugerindo uma interpretação muito mais pessoal do texto de Nietzsche do que a de Strauss. Strauss pensava de uma forma mais sintética, pois o próprio argumento de seus poemas já traduzia determinada opinião.

Talvez por toda esta série de diferenças, a obra de Strauss é freqüentemente considerada mais superficial. Erro beócio: a obra de Strauss simplesmente narra uma situação psicológica ou uma ação através de uma projeção do ego num herói, ao passo que em Mahler o herói é a própria música. A narração de Strauss é em terceira pessoa, e a de Mahler é em primeira. Uma simples diferença de perspectiva. A música de Mahler é intimista, a de Strauss é pictórica, e dá mais amplitude a diferentes interpretações relacionadas ao mundo das imagens e das palavras. Mahler é mais hermético. Incontestavelmente, Richard Strauss foi um mestre da orquestração que sabia colocar números extraordinariamente grandes de instrumentos e tratá-los com uma naturalidade camerística, ao passo que Mahler custou um pouco a desprender-se da grandiloqüência wagneriana dos efeitos de massa (típicos da Segunda e Terceira sinfonias) até atingir um refinamento que já era nítido no “Don Juan” de Strauss. O caso Mahler/Strauss é particularmente interessante porque ambos tiveram a oportunidade de acompanhar o crescimento um do outro, bebendo em fontes muito próximas (Beethoven, Wagner, Bruckner), mas sem perder suas particularidades.

Mahler morreu em 1911 e Strauss em 1949, mas seu último “poema sinfônico”, (ainda que chamado de sinfonia), a “Sinfonia Alpina”, é de 1914, sendo portanto a produção de poemas tonais (e não de óperas) que vai de encontro à comparação com a obra de Mahler. Estes dois mestres absolutos da forma e da orquestração foram os últimos patamares da música puramente tonal, que logo em seguida seria totalmente desestruturada por Schoenberg e Stravinsky. Talvez seja chegada a hora de reavaliar a importância de Mahler e Strauss, pois foram eles os últimos mestres antes da escola dodecafônica, onde a música erudita perdeu grande parte de seu público, que voltou às origens de Bach e Mozart. Afinal, além da questão tecnológica e social (e claro, considerando o mundo hoje consumido pela comunicação), poucas diferenças existem entre o fim-de-século deles e o nosso. Seria superestimar a arte de ambos considerá-los profetas da modernidade?

Disco 1

Richard Strauss (1864-1949) – Vida de Herói (Ein Heldenleben)

01. Ein Heldenleben – Das Held
02. Ein Heldenleben – Des Helden Widersacher
03. Ein Heldenleben – Des Helden Gefährtin
04. Ein Heldenleben – Thema der Siegesgewissheit
05. Ein Heldenleben – Des Helden Walstatt
06. Ein Heldenleben – Des Helden Walstatt_ Kriegsfanfaren
07. Ein Heldenleben – Des Helden Friedenswerke
08. Ein Heldenleben – Des Helden Weltflucht und Vollendung
09. Ein Heldenleben – Entsagung

London Symphony Orchestra
Sir John Barbirolli

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 6 em Lá menor – “Trágica”

10. I. Allegro Energico, Ma Non Troppo; H

Disco 2

01. II. Andante moderato
02. III. Scherzo. Wuchtig
03. IV. Finale. Allegro moderato – Allegro energico

New Philharmonic Orchestra
Sir John Barbirolli

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Carlinus

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Obras para violão

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Há o que se dizer? São os prelúdios, os estudos e o concerto do Villa. É só baixar e correr pro abraço.

***

Villa-lobos: Guitar Concerto; Etudes; Preludes

Sinfônica de Londres, regida por Garcia Navarro no Concerto
Violão: Narciso Yepes

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Obras para violão

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Há o que se dizer? São os prelúdios, os estudos e o concerto do Villa. É só baixar e correr pro abraço.

(Não, não postei dobrado, seus apressados duma figa. É um presente-surpresa, ou uma dose dupla, como queira: os intérpretes são Juliam Bream aqui e Narciso Yepes acima.)

***

Villa-Lobos: Guitar Concerto; Preludes; Etudes

1. Guitar Concerto, A. 501: [Part 1] Allegro preciso
2. Guitar Concerto, A. 501: [Part 2] Andantino e Andante; Cadenza
3. Guitar Concerto, A. 501: [Part 3] Allegretto non troppo Listen
4. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 1 in E Minor. Andantino espressivo
5. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 5 in E. Andantino
6. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 3 in A Minor. Andante. Molto adagio. Andante
7. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 4 in E Minor. Lento. Animato. Moderato. Lento
8. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 2 in D. Poco animato
9. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 1. Allegro non troppo. Lento
10. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 2. Allegro
11. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 3. Allegro moderato
12. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 4. Poco moderato; A tempo; Grandioso
13. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 5. Andantino
14. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 6. Poco Allegro
15. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 7. Très animé. Piú mosso
16. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 8. Moderato
17. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 9. Très peu animé
18. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 10. Très animé. Vif. Un peu animé. Vif
19. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 11. Lent. Animé
20. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 12. Animé

On this CD:

1. Guitar Concerto, A. 501
Composed by Heitor Villa-Lobos
Performed by London Symphony Orchestra
with Julian Bream
Conducted by Andre Previn

2. Prelúdios (5), for guitar, A. 419
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Julian Bream

3. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Julian Bream

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CVL

Fréderic Chopin (1810-1849) – Noturnos (CDs 3 e 4 de 13)

Por conta de outras postagens acabei adiando a continuidade da série com Vladimir Ashkenazy interpretando Frédéric Chopin. Agora surgem os maravilhosos Noturnos. “Em Chopin, Noturno significa um canto livre da sua intimidade, pôr meio da qual conta uma história íntima que o músico não poderia exprimir de outra forma. Chopin baseou-se num modelo próximo, os noturnos do irlandês Field, mas submeteu-os a tal modificação que apenas poderemos notar um vago parentesco entre os dois músicos. Nos últimos noturnos encontramos sonoridades e uma escrita pianística próximas do impressionismo”. O que há de fato é a certeza de que a música do polonês é docemente infantil. Acerca de Chopin, diz a História que Schumann assim se expressou: “Tirem os chapéus, senhores, um gênio!” E o compositor provou isso. Conquistou a França. Possuía as idiossincrasias requeridas pela burguesia francesa: era gentil, fino, educado, elegante. Tais predicados o ajudaram. Chopin era um jovem de alma triste e canções que silenciavam os ouvintes. Ouvi-lo nos dá uma sensação de quietude triste e reflexiva. Ele era um anjo soturno. Suas peças nos põe impressões melancólicas no coração. Ouça sem moderação!

Alguns dados extraídos DAQUI.

Fréderic Chopin (1810-1849) – Noturnos

DISCO 3

01 – Nocturne No.1 in B flat minor, Op.9 No.1
02 – Nocturne No.2 in E flat, Op.9 No.2
03 – Nocturne No.3 in B, Op.9 No.3
04 – Nocturne No.4 in F, Op.15 No.1
05 – Nocturne No.5 in F sharp, Op.15 No.2
06 – Nocturne No.6 in G minor, Op.15 no.3
07 – Nocturne No.7 in C sharp minor, Op.27 No.1
08 – Nocturne No.8 in D flat, Op.27 No.2
09 – Nocturne No.9 in B, Op.32 No.1
10 – Nocturne No.10 in A flat, Op.32 No.2
11 – Nocturne No.11 in G minor, Op.37 No.1
12 – Nocturne No.12 in G, Op.37 No.2

DISCO 4

01 – Nocturne No.13 in C minor, Op.48 No.1
02 – Nocturne No.14 in F sharp minor, Op.48 No.2
03 – Nocturne No.15 in F minor, Op.55 No.1
04 – Nocturne No.16 in E flat, Op.55 No.2
05 – Nocturne No.17 in B, Op.62 No.1
06 – Nocturne No.18 in E, Op.62 No.2
07 – Nocturne No.19 in E minor, Op.posth.72 No.1 (BI 19)
08 – Nocturne No.20 in C sharp minor, Op.posth.P1 No.16 (BI 49)
09 – Nocturne in C minor, Op.posth.P2 No.8 (BI 108)

Vladimir Ashkenazy, piano

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Carlinus

Bidu Sayão – Arias and Brazilian folksongs

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Esse CD é memorável por conter os melhores registros de Bidu Sayão, incluindo a primeira gravação mundial da Cantilena da quinta Bachianas, em 1945, com regência do compositor – a famosa linha melódica em vocalise iria ser confiada a um violino solo, mas a soprano convenceu Villa-Lobos do contrário.

Pena é constatar que, a despeito de abrir portas ao canto lírico brasileiro nos palcos americanos, sua voz não era tão sublime quanto gostaríamos (no si bemol e no lá agudos da Cantilena, ela se esgoela bonito), mas admiro bastante seu timbre inconfundível e sua interpretação das canções folclóricas arranjadas por Ernani Braga (conforme Harry Crowl me corrigiu, após eu botar Francisco Braga).

Deixo vocês escutarem e tecerem suas considerações, às quais agradeço desde já. Boa audição.

***

Arias and Brazilian folksongs

1. Aria – Cantilena from Bachiana brasileira No. 5
2. Je veux vivre from Roméo et Juliette (Act I)
3. Roi de Thule from Faust (Act III)
4. Jewel Song from Faust (Act III)
5. Je suis encore from Manon (Act I)
6. Restons ici… Voyons, Manon from Manon (Act I)
7. Adieu, notre petite table from Manon (Act II)
8. Obéissons from Manon (Act III)
9. Si mes vers avaient des ailes
10. Chanson triste
11. L’année en vain chasse from L’enfant prodigue
12. De fleurs
13. Toi, le cœur de la rose from L’enfant et les sortiléges
14. Si tu le veux!
15. Le Nelumbo
16. Folk Songs of Brazil: Nigue-nigue-ninhas
17. Folk Songs of Brazil: Capim di Pranta
18. Folk Songs of Brazil: Ó kinimbá
19. Folk Songs of Brazil: São-João da ra-rão
20. Folk Songs of Brazil: Engenho novo
21. Folk Songs of Brazil: A casinha pequenina
22. Folk Songs of Brazil: Meu boi barroso
23. Folk Songs of Brazil: Ogundé uareré

Veja os respectivos intérpretes clicando no link da Amazon

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BAIXE AQUI – PARTE 2

CVL

Restaurada – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65, Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, Missa em C maior, Op. 86

A postagem é homenagem à Sexta Feira Santa dos cristãos. Para não dizerem que somos cínicos e ateus vai este magnífico CD do meu compositor favorito. A Missa em C maior, Op. 86, foi composta em 1807. Ou seja, bem antes da Missa Solemnis, que seria escrita quinze anos depois. A Missa em C foi escrita por encomenda para os Esterhazy, família de nobres, que teve sua gênese ainda na Idade Média. Era comum os Esterházy solicitarem esse tipo de trabalho todos os anos sempre que havia uma data comemorativa que fizesse referência à família. Quem geralmente fazia esse trabalho era o velho Haydn. Todavia, após o ano de 1802, Haydn viu-se gradualmente com o estado de saúde fragilizado, o que impediu o compositor de aceitar o trabalho. A tarefa foi encomendada, assim, a Beethoven, que gozava de grande prestígio. Mas, parece que o trabalho não foi bem aceito pelos Esterhazy, o que gerou sensações inamistosas em Beethoven. Fica aqui a certeza de uma grande obra. Vale a apreciação pela monumental obra que é. Aparece ainda Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65 e Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, de grande beleza e grandeza orquestral.Boa fruição!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65, Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112, Missa em C maior, Op. 86

Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65 – Ária para soprano e orquestra
01. Ah! perfido’ – ‘Per pieta’, Op. 65

Charlotte Margiano, soprano

Meeresstille und gluckliche Fahrt, Cantata, Op. 112
02. Meeresstille und gluckliche Fahrt

Missa em C maior, Op. 86
03. Kyrie
04. Gloria
05. Credo
06. Sanctus-Benedictus
07. Agnus Dei

Orchestre Revolutionnaire et Romantique
The Monteverdi Choir
John Eliot Gardiner, regente
Charlotte Margiono, soprano
Catherine Robin, mezzo-soprano
William Kendall, tenor
Alastair Miles, baixo

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Carlinus

[reativado por Vassily em 1/12/2020]