.: interlúdio :. John Zorn – Nova Express

.: interlúdio :. John Zorn – Nova Express

John Zorn nasceu em Nova Iorque e, ainda criança, aprendeu a tocar piano, violão e flauta. Sua família possuía gostos musicais variados e ele ouvia música clássica e world music através de sua mãe, uma professora. Através de seu pai, um cabeleireiro, conheceu o jazz, as chansons francesas, e a música country. E o irmão  trouxe-lhe o rock dos anos 50. Zorn relembra um episódio de sua vida: após comprar uma gravação de Mauricio Kagel em 1968 — tinha 15 anos — o choque foi enorme, criando nele um grande interesse pela música experimental e a avant-garde. Nova Express traz de volta o lirismo atonal peculiar da música de Zorn. Interpretadas por um quarteto de jazz moderno formado por vibrafone, piano, baixo e bateria, essas composições episódicas, dinâmicas e temperamentais apresentam algumas das composições mais fortes de Zorn. O grupo é sensacional, são mestres a trazerem o som emocionante do estranho mundo do compositor. É jazz de câmara, moderno e repleto de belos detalhes e paixões dramáticas compostas e conduzidas por nosso alquimista do East Village.

.: interlúdio :. John Zorn – Nova Express

1. Chemical Garden
2. Port of Saints
3. Rain Flowers
4. The Outer Half
5. Dead Fingers Talk
6. The Ticket that Exploded
7. Blue Veil
8. IC 2118
9. Lost Words
10. Between Two Worlds

Personnel:

Nova Quartet:
Joey Baron: Drums
Trevor Dunn: Bass
John Medeski: Piano
Kenny Wollesen: Vibes

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O Nova Quartet merece todos os aplausos.

PQP

Chopin (1810-1849): Noturnos – Maria João Pires

A portuguesa Maria João Pires é frequentadora assídua do PQP Bach. Ela já esteve por aqui com Mozart e Beethoven (Sonatas e Concertos dos dois), Schumann (Cenas Infantis, Cenas da Floresta), Chopin (Concertos, Prelúdios, Fantasia). Vocês também já viram Pires fazendo música de câmara com o violinista Dumay (Beethoven, Mozart) e com os violoncelistas Meneses (Beethoven, Schubert, Brahms) e Gomziakov (Chopin, Lugubre Gondola de Liszt).

Mas faltavam os Noturnos de Chopin, talvez o CD mais aplaudido e lembrado de toda sua discografia. O que falar dessa gravação da década de 1990, além de dizer que combina a maturidade de uma artista já com uma carreira de sucesso e a naturalidade de uma pianista que evita arroubos performáticos? Há um documentário sobre Maria João – cito de memória – em que a origem desse disco é assim narrada: a gravadora perguntou se ela tocava todos os noturnos de Chopin, ela puxa pela memória e percebe que sim, que tocava todos… Uma constatação casual como a de uma jardineira que percebe que seu jardim tem – por acaso! – flores das sete cores do arco-íris. Maria João vive em Belgais, no interior de Portugal, onde ela cria galinhas, colhe azeitonas e assa pão.

Estou tateando a admirável personalidade de Maria João Pires, ao invés de falar dos Noturnos de Chopin, mas o fato é que ela e os noturnos parecem feitos um para o outro. O toque delicado, a preocupação com os detalhes, os ornamentos e cantabile reminiscentes da música vocal e ao mesmo tempo a polifonia discreta mas sempre presente… Tudo isso combina com Maria João, da mesma forma que a dramaticidade mais pesada e trágica dos Scherzos combina com Richter.

Outra gravação muito aplaudida e premiada dos Noturnos foi a de Maurizio Pollini nos anos 2000. Mais do que Maria João, ele costuma dar peso igual às duas mãos, enfatizando a escrita polifônica de Chopin que, como sabemos, era um grande conhecedor do Cravo Bem Temperado de Bach. Em 2009, PQP postou esse disco de Pollini sem economizar nos elogios: “Abaixo os pianistas mela-cuecas! Aqui temos técnica, sabedoria, musicalidade e sentimento, não temos um lacrimoso deprimido fingindo-se de apaixonado com a bunda colada na frente do piano.”

O link para download dos Noturnos com Pollini estava fora do ar e recebemos pedidos de repostagem desde 2010. Vocês sabem que nossa fila de espera é mais longa e mais lenta do que a do judiciário brasileiro, mas hoje finalmente estou reativando os links dos Noturnos com Pollini, assim como a gravação de Nikita Magaloff, outro pianista cuja personalidade se encaixa como uma luva nessas obras.

F. Chopin (1810 – 1849): Noturnos, com o Deus do piano

Um Chopin franjudo no Parque Łazienki de Varsóvia

Frédéric Chopin – Noturnos – Nikita Magaloff

Magaloff tem uma tendência a tocar mais devagar, mostrando alguns detalhes escondidos em cada ornamento e cada mudança de pianissimo para forte, cada crescendo e cada diminuendo. Pollini, também enfatiza essas diferenças de forma bem marcada, mas com andamentos mais rápidos e em um sentido mais racional, mais de forma a mostrar a genialidade do compositor. O Chopin de Pires parece mais improvisado, menos deliberado e mais liberado. Em resumo, são três excelentes gravações dos Noturnos para vocês compararem e apreciarem em uma noite à luz das estrelas.

Frédéric Chopin (1810-1849)
Noturnos no.1 a 21
Maria João Pires – piano
Gravado em 1995-1996

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Maria João de quarentena em Belgais, Portugal (março de 2020)

Pleyel

Beethoven: Sonata “Kreutzer”; Debussy: Sonata para violino e piano; Bartók: Sonata Nº 2, Rapsódia Nº 1 (Piano – Bartók, Violino – Szigeti) #BRTK140

A sonata para violino e piano é um gênero que muitos grandes compositores cultivaram. Mozart compôs 36 sonatas para essa formação, Beethoven compôs 10… No auge do Romantismo, alguns compuseram grandiosas sonatas com um pé na emoção e um outro na razão: estou pensando em Cesar Franck e Brahms. Outros românticos se destacaram por suas obras para violino e orquestra, como os sentimentais e dramáticos concertos de Mendelssohn, Glazunov e Sibelius.

Essa tradição do violino romântico com seus lamentos agudos, é claro, era tudo que os modernistas do século XX queriam evitar. Debussy (Sonata – 1917), Prokofiev (Concerto n. 1 – 1917), Stravinsky (L’Histoire du Soldat – 1918) e Ravel (Tzigane – 1924) conseguiram, com muito sucesso, imaginar sonoridades não românticas para o violino. Mas Bartók… como dizer? O violino de Bartók parece um instrumento novo.

Novo é relativo, vocês sabem que nada se cria, tudo se copia: ele criou um mundo novo se baseando em sua pesquisa de campo na Hungria e países vizinhos. Como ele mesmo escreveu sobre a sua música e a de seu amigo Kodály: “sua arte, como a minha, tem raízes gêmeas: ela cresce a partir do solo camponês húngaro e da música moderna francesa.” São muitos aspectos de ritmo, de timbre, de melodias que soam inspirados por danças folclóricas, tanto nas duas sonatas para violino e piano (1921 e 1922), como nos dois concertos para violino (1908 e 1938) e também nas duas rapsódias, publicadas em versões para violino com piano ou com orquestra (1928).

As obras de Bartók que ouvimos neste recital com o compositor tocando piano, portanto, são da década de 1920. O recital tem também a sonata de Debussy (que Bartók provalmente já conhecia na década de 20) e a Sonata Kreutzer de Beethoven. Ou seja, e não por acaso, duas sonatas para piano que se situam fora do sentimentalismo romântico – uma logo antes e uma logo depois da chamada “era romântica” na música, embora essas periodizações sejam sempre imprecisas porque Beethoven já tem traços românticos, e porque houve compositores mais conservadores no século XX. O fato é que o programa do recital foge do romantismo exagerado, mas ao mesmo tempo são utilizados recursos tipicamente românticos, como o rubato, aqui reinventado a partir das melodias húngaras que os dois músicos conheciam muito bem.

O violinista Joseph Szigeti, que passou a infância em uma cidadezinha da Transilvânia e estudou violino em Budapeste, certamente tem um sotaque muito apropriado para tocar essas obras. A Rapsódia de 1928, aliás, foi dedicada a Szigeti. Em 1940, ele se reencontrou com Bartók, que havia acabado de chegar aos EUA para fugir dos horrores da guerra. Então o que ouvimos nesse recital é ao mesmo tempo o reencontro de dois amigos e a música como antídoto à violência e à xenofobia, pois dificilmente na Alemanha de Hitler se ouviriam dois húngaros (um deles, judeu) tocando Beethoven seguido de uma rapsódia húngara e de um compositor francês.

Ludwig van Beethoven: Sonata No. 9 in A Major, Op.47, “Kreutzer”
1. I. Adagio sostenuto; Presto
2. II. Andante con variazoni
3. III. Finale – Presto

Claude Debussy (1862-1918): Sonata For Violin And Piano In G Minor
4. I. Allegro vivo
5. II. Intermède [Fantastique et Leger]
6. III. Finale

Béla Bartók (1881-1945):
7. Second Sonata For Violin And Piano: Molto Moderato; Allegretto
8. Rhapsody No. 1 For Violin And Piano: Lassu; Friss

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Pleyel

G. P. Telemann (1681-1767): Oden 1741 (Mertens / Rémy)

G. P. Telemann (1681-1767): Oden 1741 (Mertens / Rémy)

Telemann é frequentemente colocado como um compositor de segunda linha. É que ele teve a infelicidade de pertencer à mesma geração de Bach e Handel e de ser mais moderninho. (Na verdade, ele estava alinhado com sua contemporaneidade. Estas canções são de 1741, quando o barroco já estava se despedindo). O fato de ele ser tão prolífico também fez com que alguns considerassem sua produção fácil e superficial. Mas sua música muitas vezes é profundamente comovente, e ele foi certamente um dos melhores compositores dos atuais países de língua alemã.

Este CD deixa claro o quão maravilhoso ele era. Na verdade, tendemos a pensar que o lieder alemão não começou antes de Beethoven e Mozart. (A canções avulsas não são um dos pontos fortes de Moz e de Beeth, certo?). É apenas quando chegamos a Schubert que os lieder assumem uma importância central na música alemã. Mas aqui temos Telemann cujo ‘Oden’ — ‘Odes’, uma palavra alemã sinônima à palavra ‘Lieder’, ‘Canções’ — não são apenas competentes, mas também belas e necessárias para a nossa compreensão do desenvolvimento posterior do lied.

As canções de arte, é claro, surgiram das canções folclóricas. Nas “24 canções de 1741” de Telemann, podemos sentir uma ascensão tanto em termos de qualidade como de textos. Os textos são fornecidos por poetas como Friedrich von Hagedorn, Daniel Stoppe, Johann Matthias Dreyer e Johann Arnold Ebert. Eles são principalmente anacreônticos, ou seja, escrevem letras que celebram a juventude, o prazer, a amizade.

Os acompanhamentos de cravo são pouco contrapontísticos. A voz é o importante, o acompanhamento fica em segundo plano. Se alguém ouvir com atenção, no entanto, descobrirá todos os tipos de sentimentos bem expressos. A execução de Ludger Rémy ao cravo é magistral. Minha única reclamação é que o som do cravo talvez esteja um pouco discreto demais. Por outro lado, Klaus Mertens é perfeito. Atrevo-me a dizer que ele é uma espécie de Fischer-Dieskau jovem. Ele é perfeito para essas canções despretensiosas, projetando seus significados com clareza.

Sobre minha comparação com Schubert: as melodias memoráveis ​​vêm uma após a outra. Fiquei muito impressionado com o parentesco entre as melodias de Telemann e as de seu santo sucessor, o Rei dos Lieder, Schubert. Se você ama Schubert, vai adorar essas canções. Confiram.

G. P. Telemann (1681-1767): Oden 1741 (Mertens / Rémy)

Odes (24), For Voice & Continuo, Twv 25:86-109
1 Indoctum Se Dulce Bibenti, Ode, Twv 25:86 3:37
2 Die Vergnügung, Ode, Twv 25:87 2:31
3 Die Tugend, Ode, Twv 25:88 2:20
4 Der Schäfer, ode, Twv 25:89 2:42
5 An Den Schlaf, Ode, Twv 25:90 3:21
6 Der Fröhliche Ausgeber, Ode, Twv 25:91 2:13
7 Wahre Vorzüge, Ode, Twv 25:92 2:08
8 Das Lachen, Ode, Twv 25:93 2:26
9 Trinklied, Ode, Twv 25:94 2:40
10 Der Mittelstand Zwischen Reichtum Und Armut, Ode, Twv 25:95 2:47
11 Vernünftige Lust, Ode, Twv 25:96 2:26
12 Der Wein, Ode, Twv 25:97 2:16
13 Jugendlust, Ode, Twv 25:98 3:13
14 Die Schlechte Mahlzeit, Ode, Twv 25:99 2:19
15 An Doris, Ode, Twv 25:100 4:00
16 Ein Guter Mut, Ode, Twv 25:101 3:30
17 Lob Des Weins, Ode, Twv 25:102 1:45
18 Das Vergnügte Schäferleben, Ode, Twv 25:103 2:14
19 Die Zufriedenheit, Ode, Twv 25:104 3:13
20 Die Gnügsamkeit, Ode, Twv 25:105 3:12
21 Das Gesundheittrinken, Ode, Twv 25:106 2:53
22 Der Freund, Ode, Twv 25:107 4:50
23 Das Landleben, Ode, Twv 25:108 1:29
24 Der Sonderling, Ode, Twv 25:109 4:38

Baritone Vocals – Klaus Mertens
Harpsichord – Ludger Rémy

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O autógrafo que Telemann deixou aqui no PQP Bach Museum.

PQP

Mozart (1756-1791): As Bodas de Fígaro (Highlights) – Die Hochzeit des Figaro (Höhepunkte) – Solistas – Berliner Philharmoniker – Ferdinand Leitner ֎

Mozart (1756-1791): As Bodas de Fígaro (Highlights) – Die Hochzeit des Figaro (Höhepunkte) – Solistas – Berliner Philharmoniker – Ferdinand Leitner ֎

MOZART

Die Hochzeit des Figaro

Grosser Opernquerschnitt in deutscher Sproche

Solisten

Berliner Philharmoniker

Ferdinand Leitner

Mozart era um compositor genial e profissional – podia compor obras primas em qualquer gênero musical vigente em seus dias. Música sacra, instrumental, de concerto, Lieder, sinfonias e óperas. Em minha opinião, seus maiores êxitos foram os concertos para piano e as óperas. Ele compôs óperas sérias, óperas alemãs e cômicas.

As Bodas de Fígaro, de 1786, foi a primeira das três colaborações com o libretista Lorenzo Da Ponte e tem como base uma peça de Beaumarchais. Esta peça estava proibida em Viena, por ridicularizar a nobreza. Dá para ver que a dupla gostava de desafios. Mas o libreto de Da Ponte ameniza as situações e explora exatamente o lado cômico – a buffonerie – da trama. A ópera foi apresentada nove vezes desde a estreia em 1 de maio de 1786 no Burgtheater de Viena, tendo o compositor como regente, desde o piano.

Apesar do pequeno número de apresentações, para os nossos padrões, o Fígaro foi um sucesso, pelo menos de público. Sabemos disso devido ao número de vezes que as partes da ópera tiveram que ser repetidas durante as apresentações. Tantas que o imperador decretou que apenas as árias poderiam ser bisadas. Pois que o Fígaro se destaca não apenas por suas árias, mas também pelos números nos quais grupos de cantores atuam.

Outra evidência de seu sucesso foi a sua tradução para o alemão, aproximando-a do outro gênero no qual Mozart era excelente, o Singspiel.

A postagem deste disco ilustra essa tradução, apresenta uma coletânea de árias além da abertura de Die Hochzeit des Figaro.

A gravação feita no início da década de 1960 é anterior a moda dos grupos que usam instrumentos de época com prática historicamente informada e reúne um elenco especialíssimo, acompanhados de uma das melhores orquestras da época, regida por um experiente regente, apesar de seu perfil bastante discreto. Não tenho certeza, mas presumo que a coleção foi extraída de uma gravação completa. De qualquer forma, essencialmente alguns recitativos não foram incluídos.

A abertura não cita qualquer tema das árias, mas revela a efervescência, o bom humor e os maravilhosos momentos que seguirão.

A seguir, farei uma lista dos números apresentados na gravação com os correspondentes originais em italiano, com eventuais breves comentários.

2 – Fünfe, zehne – Cinque… dieci…

Susana!

3 – Sollt’ einst die Gräfin – Se a caso madama (Fígaro e Susana)

Nestes dois números que seguem a abertura da ópera, a dupla Mozart-Da Ponte deixa claro como homens e mulheres são diferentes (grazie Dio). Fígaro está encantado com as ‘facilidades’ do quarto onde ele e Susana viverão após o casamento. Ele explica o quão perto ela estará do quarto da Condessa, caso ela precise de seus serviços – in due passi. Mas, em sua sagacidade, Susana alerta que, no caso em que o Conde envie Fígaro a uma tarefa distante – tre miglia lontan – ela ficará sozinha e o capiroto poderá colocar o Conde bem à sua porta. Die Teufel, em alemão parece até mais assustador. Assim se apresenta o enredo. O Conde tentando manter seus ‘direitos’ de prima notte, dos quais havia aberto mão, em jogada para a plateia. A revolta dos servos se monta, estabelecendo uma aliança com a Condessa. As mulheres, mesmo na nobreza, precisam lutar por seus direitos. E entre os próprios servos há os que estão prontos para tramar contra seus pares, visando proveitos próprios. Velha esta história.

Walter Berry, o Fígaro

4 – Will der Herr Graf – Se vuol ballare Signor Contino (Fígaro)

Nesta ária, Fígaro mostra sua frustração com o Conde. Na peça anterior, ele o ajudara ganhar o amor de Rosina, que tornar-se-ia Condessa. Conclui que o fará dançar segundo sua música.

5 – Ich weiß nicht – Non so più cosa son, cosa faccio…

Hanny Steffek, o Cherubino

Esta é a primeira de duas árias de Cherubino, um adolescente que se apaixona incessantemente por todas as mulheres a volta – Susana, Condessa… e acaba com Barberina, a filha do jardineiro. Tudo para apimentar ainda mais os jogos de ciúmes e traições.

6 –  Nun vergiß leises Fleh’n – Non più andrai, farfallone amoroso

Esta ária de Fígaro, cheia de toques militares, encerra o primeiro ato. Afinal, Cherubino tantas fez que é mandado de castigo a juntar-se ao regimento. Só assim deixará as mulheres e o Conde em paz. É claro que ele não irá e será disfarçado de mulher, para atiçar ainda mais a trama. Mais uma subversão ao Conde.

Maria Stader, a Condessa

7 – Hör mein Fleh’n – Porgi, amor, qualche ristoro

Esta belíssima ária da Condessa, que expressa sua tristeza pela mudança de atitude do Conde. Ele era muito mais dedicado antes do casamento, quando ela era ainda Rosina. Esta parte da história está na ópera escrita posteriormente, por Rossini.

8 – Sagt, holde Frauen – Voi che sapete che cosa è amor

Outra ária de Cherubino, papel destinado a um contralto. Era moda estes travestimentos nas óperas. Outro famoso papel deste tipo é o de Otaviano, no Cavaleiro da Rosa, de Richard Strauss. Richard sabia tudo sobre as óperas de Mozart.

9 – Warum gabst du bis heute – Crudel! Perche finora farmi languir cosi?

Neste delicioso dueto Susana e o Conde travam um diálogo de sedução e negação… tutto embromação!

Fischer-Dieskau, o Conde

10 – Der Prozeß schon gewonnen… Ich soll ein Glück entbehren – Hai gia vinto la causa…

Nesta ária o Conde se gaba de ter descoberta as tramas contra ele. Acredita que poderá manipular tudo e sair vencedor… Veremos!

11 – Und Susanna kommt nicht… Wohin flohen die Wonnestunden – E Susanna non vien… Dove sono i bei momenti

Outra bela ária da Condessa. Serve também para informar dos planos de travestimentos, dela com Susana, que causará enormes confusões…

12 – Wenn die sanften Abendwinde – Canzoneta sul’aria… Che soave zeffiretto

Este é um momento especial da ópera. Um dueto de sopranos – Condessa e Susana. Uma dita para a outra uma cançãozinha que servirá aos planos de engabelar o Conde e desmascará-lo. Em uma postagem da ópera inteira em italiano eu menciono essas coisas.

Ferdinand, espantado com a beleza da Susana

13- Alles ist richtig… Ach, öffnet eure Augen – Tutto è disposto. […] Aprite un po’ quegli’ occhi

Neste recitativo seguido de ária, Figaro acredita ter descoberto a traição de Susana e alerta a todos os homens – Abram os olhos! Cuidado com as mulheres… Apesar da confusão, que será esclarecida, Figaro afirma: fica a dica!

Rita Streich, a Susana

14 – Endlich naht sich die Stunde… O säume länger nicht – Giunse alfin il momento… Deh, vieni, non tardar, oh gioia bella

Aria de Susana, que anseia pelo fim das confusões.

Os cantores são excelentes. Maria Stader e Rita Streich fazem a Condessa e Susana, respectivamente. Hanny Steffek é Cherubino. Os papéis de Fígaro e do Conde têm os ótimos Walter Berry e Dietrich Fischer-Dieskau. Ferdinand Leitner rege a (lendária) Berliner Philharmoniker. Assim, espero que este disco desperte seu maior interesse pela ópera completa e também para os outros trabalhos de Mozart!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Die Hochzeit des Figaro (Höhepunkte)

Dietrich Fischer-Dieskau, Graf Almaviva

Maria Stader, Gräfin Almaviva

Hanny Steffek, Cherubin

Walter Berry, Figaro

Rita Streich, Susanne

Berliner Philharmoniker

Ferdinand Leitner, Dir

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FLAC | 221 MB

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MP3 | 320 KBPS | 121 MB

Ferdinand Leitner, combinando as tretas com os cantores…

Aproveite!

René Denon

Se você gostou, pode tentar esta postagem:

Mozart (1756-1791): Le Nozze di Figaro – Carlo Maria Giulini

Béla Bartók (1881-1945): Rapsódia para Piano e Orq. / Scherzo para Piano e Orq. / Rapsódias Nº 1 e 2 para Violino e Orq. (Tusa / Németh / Lehel / Kovács / Ferencsik) #BRTK140 Vol. 16 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Rapsódia para Piano e Orq. / Scherzo para Piano e Orq. / Rapsódias Nº 1 e 2 para Violino e Orq. (Tusa / Németh / Lehel / Kovács / Ferencsik) #BRTK140 Vol. 16 de 29

Aqui, toda a coleção.

Eu não sou apaixonado por esta versão orquestral da Rapsódia para Piano. Ela foi escrita em 1904 e dedicada a Emma Gruber, que mais tarde se tornaria esposa de Zoltán Kodály. Tem seus momentos, mas são momentos. Também há uma versão para dois pianos. Bartók revisou e revisou esta Rapsódia para Piano. Em 1907, já na quarta versão, ele tratou de encurtá-la bastante.

O Scherzo, de 1905, é a peça mais fraca deste disco, em minha opinião.

Já o papo sobre as Rapsódias para Violino é totalmente outro. Bartók compôs ambas as Rapsódias como um gesto puramente pessoal, sem receber encomenda, e o fez sem contar a ninguém até que ambas estivessem concluídas. De acordo com o violinista Zoltán Székely, ele e o compositor se conheceram num dia em 1928 e, depois de conversarem por um tempo, Bartók repentinamente anunciou que tinha uma surpresa para ele. E mostrou-lhe os manuscritos das duas rapsódias, que ninguém antes tinha visto. “Uma é para você; a outra é para Szigeti”, Bartók disse a ele. “Você pode escolher a que quiser, eu escrevo a dedicatória para você na escolhida.” Székely escolheu a Segunda, mas acrescentou, “Isso não significa que eu esteja doando a Primeira Rapsódia para Szigeti! Gosto das duas!” Mas a outra foi para a concorrência… Ambas as Rapsódias têm o mesmo estilo de composição. Bartók pega fontes de música camponesa, adiciona uma orquestração sensacional junto com algum material próprio para servir de introdução ou desfecho — de forma que o material do compositor seja estritamente secundário –, nunca competindo com os temas folclóricos em destaque. A coisa ficou esplêndida, dançável, coisa de louco, adoro!

Béla Bartók (1881-1945): Rapsódia para Piano e Orq. / Scherzo para PIano e Orq. / Rapsódias Nº 1 e 2 para Violino e Orq. (Tusa / Németh / Lehel / Kovács / Ferencsik) #BRTK140 Vol. 16 de 29

1 Rhapsody for piano & orchestra, Sz. 27, BB 36/b (Op. 1)
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
Gyula Németh (conductor)
recording of:
Rhapsody for Piano and Orchester, op. 1, Sz. 27
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1905)
premiered at:
[concert] (1909-11-15)
part of:
Bartók Béla válogatott zenei írásai (number: Sz. 27)
22:48

2 Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): I. Adagio ma non troppo
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): I. Adagio ma non troppo
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Scherzo (Burlesque), DD 68, Sz. 28, BB 25, op. 2
7:28

3 Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): II. Allegro. Scherzo
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): II. Allegro. Scherzo
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Scherzo (Burlesque), DD 68, Sz. 28, BB 25, op. 2
9:58

4 Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): III. Andante. Trio
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): III. Andante. Trio
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Scherzo (Burlesque), DD 68, Sz. 28, BB 25, op. 2
4:51

5 Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): IV. Scherzo de Capo
piano:
Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): IV. Scherzo de Capo
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Scherzo (Burlesque), DD 68, Sz. 28, BB 25, op. 2
8:17

6 Rhapsody for violin & orchestra No. 1, Sz. 87, BB 94/b: I. Moderato. Lassú
violin:
Dénes Kovács
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
János Ferencsik (conductor)
recording of:
Rhapsody no. 1 for Violin and Orchestra, Sz. 87: I. Prima parte “lassú”. Moderato
orchestrator and composer:
Béla Bartók (composer)
version of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86: I. Prima parte “lassú”. Moderatopart of:
Rhapsody no. 1 for Violin and Orchestra, Sz. 87
4:07

7 Rhapsody for violin & orchestra No. 1, Sz. 87, BB 94/b: II. Allegretto moderato. Friss
violin:
Dénes Kovács
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
János Ferencsik (conductor)
recording of:
Rhapsody no. 1 for Violin and Orchestra, Sz. 87: II. Seconda parte “friss”. Allegretto moderato
orchestrator and composer:
Béla Bartók (composer)
version of:
Rhapsody no. 1 for violin and piano, Sz. 86: II. Seconda parte “friss”. Allegretto moderatopart of:
Rhapsody no. 1 for Violin and Orchestra, Sz. 87
5:22

8 Rhapsody for violin & orchestra No. 2, Sz. 90, BB 96/b: I. Moderato. Lassú
violin:
Dénes Kovács
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
János Ferencsik (conductor)
recording of:
Rhapsody no. 2 for Violin and Orchestra, Sz. 90: I. Prima parte “lassú”. Moderato
orchestrator and composer:
Béla Bartók (composer)
version of:
Rhapsody no. 2 for violin and piano, Sz. 89: I. Prima parte “lassú”. Moderatopart of:
Rhapsody no. 2 for Violin and Orchestra, Sz. 90
4:03

9 Rhapsody for violin & orchestra No. 2, Sz. 90, BB 96/b: II. Allegro moderato. Friss
violin:
Dénes Kovács
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
János Ferencsik (conductor)
recording of:
Rhapsody no. 2 for Violin and Orchestra, Sz. 90: II. Seconda parte “friss”. Allegro moderato
orchestrator and composer:
Béla Bartók (composer)
version of:
Rhapsody no. 2 for violin and piano, Sz. 89: II. Seconda parte “friss”. Allegro moderatopart of:
Rhapsody no. 2 for Violin and Orchestra, Sz. 90
6:23

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Bartók em 1939

PQP

.: interlúdio :. The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble: From The Stairwell

.: interlúdio :. The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble: From The Stairwell

Um disco muito bom! Eu curti bastante as improvisações livres do grupão de dark jazz, se este gênero existe. Faixas como Cocaine e Celladoor fizeram com que eu ouvisse e reouvisse o CD. From The Stairwell é uma surpresa. É uma surpresa porque as músicas são muito menos guiadas pelo ritmo em comparação com os trabalhos anteriores de The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble, e até contêm alguns tons de esperança aqui e ali. Às vezes, From The Stairwell faz você pensar em trilhas sonoras de filmes dos anos 60. Cada um dos numerosos detalhes presentes nas novas músicas de TKDE parecem estar no lugar certo e você pode apenas mergulhar no clima ou escolher um dos muitos aspectos e apreciá-lo por conta própria — sejam as batidas de Gideon Kiers, o baixo e o piano de Jason Köhnen, o trombone de Hilary Jeffery, a voz e o piano de Charlotte Cegarra, a guitarra de Eelco Bosman, o violoncelo de Nina Hitz, o violino de Sarah Anderson ou — aparecendo aqui como músicos convidados — o trompete de Eiríkur Óli Ólafsson e o saxofone e clarinete baixo de Coen Kaldeway. Um disco muito bom, repito.

The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble: From The Stairwell

Tracklist:

1. All is One [5:22]
2. Giallo [6:02]
3. White Eyes [8:28]
4. Cocaine [11:28]
5. Celladoor [7:17]
6. Cotard Delusion [5:46]
7. Les Etoiles Mutantes [6:17]
8. Past Midnight [12:03]

Credits:

Bass, Piano – Jason Köhnen
Cello – Nina Hitz
Drums, Effects [Fx], Electronics [Beats] – Gideon Kiers
Guitar – Eelco Bosman
Saxophone [Guest], Bass Clarinet [Guest] – Coen Kaldeway
Trombone – Hilary Jeffery
Trumpet [Guest] – Eiríkur Óli Ólafsson
Violin – Sarah Anderson
Vocals, Piano – Charlotte Cegarra

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TKJE em ação no PQP Jazz Theatre de Jericoacoara

PQP

O Mestre Esquecido, Epílogo (Chopin – Mazurcas (1983) – Antonio Guedes Barbosa)

Teria já encerrado esta série – e não sem tempo, pois há já seis anos que a comecei – se não me tivesse dado conta de que a emblemática integral das mazurcas de Chopin que Antonio lançou, sob aclamação, no final da década de 80, fora antecedida por outra gravação completa, bem mais obscura e que ora lhes alcanço.

Talvez tenha sido o último fã de Barbosa a descobri-lo, pois jurava que o álbum de 1987 fosse tão só um relançamento desse aqui. Talvez, também, devesse me constranger por isso, mas me foi pura felicidade descobrir que, lá em 1983, a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro resolveu dar um tempo nas sidras e nas frutas cristalizadas e presentear seus investidores no final do ano com a fina papa das cinquenta e uma mazurcas, servidas pelas mãos de seu maior intérprete brasileiro.

Embora fossem tempos (ou, pelo menos, assim os imagino) de maior prestígio para nossos grandes pianistas – Arthur Moreira Lima tinha até um programa semanal na TV aberta -, a quantidade de exemplares desse álbum triplo à venda nos sebos, alguns inclusive envoltos no celofane original, faz pensar que os investidores talvez tivessem preferido arrotar frisante. Pior para eles: apesar do som medíocre, e de eu nunca ter encontrado um exemplar desse álbum em boas condições, o registro de Barbosa para a Bolsa tem a mesma qualidade artística daquele de 1987, à qual se soma uma irresistível espontaneidade que nos traz, mais do que qualquer outra gravação dele, a impressão de estarmos num de seus magníficos recitais.

A maestria de nosso herói na complicada agógica das mazurcas – calcanhar de Aquiles de tantos grandes pianistas – foi efusivamente elogiada por Horowitz, com quem Antonio conviveu estreitamente na última década do velho mestre, ídolo seu e o de tantos outros. Em minha desimportante opinião, estas duas séries das cinquenta e tantas elusivas miniaturas colocam nosso Mestre Esquecido num rol só seu entre os pianistas brasileiros, e no primeiro lugar entre os “mazurqueiros” do mundo todo.

E era isso, leitores-ouvintes – ou quase isso, se não houver um posfácio.

Fryderyk Francyszek CHOPIN (1810-1849)

LP 1

A1 – Quatro Mazurcas, Op. 6 – No. 1 em Fá sustenido menor
A2 – Quatro Mazurcas, Op. 6 – No. 2 em Dó sustenido menor
A3 – Quatro Mazurcas, Op. 6 – No. 3 em Mi maior
A4 – Quatro Mazurcas, Op. 6 – No. 4 em Mi bemol menor
A5 – Cinco Mazurcas, Op. 7 – No. 1 em Si maior
A6 – Cinco Mazurcas, Op. 7 – No. 2 em Lá menor
A7 – Cinco Mazurcas, Op. 7 – No. 3 em Fá menor
A8 – Cinco Mazurcas, Op. 7 – No. 4 em Lá bemol maior
A9 – Cinco Mazurcas, Op. 7 – No. 5 em Dó Maior
A10 – Quatro Mazurcas, Op. 17 – No. 1 em Si maior
B1 – Quatro Mazurcas, Op. 17 – No. 2 em Mi menor
B2 – Quatro Mazurcas, Op. 17 – No. 3 em Lá bemol maior
B3 – Quatro Mazurcas, Op. 17 – No. 4 em Lá menor
B4 – Quatro Mazurcas, Op. 24 – No. 1 em Sol menor
B5 – Quatro Mazurcas, Op. 24 – No. 2 em Dó maior
B6 – Quatro Mazurcas, Op. 24 – No. 3 em Lá bemol maior
B7 – Quatro Mazurcas, Op. 24 – No. 4 em Si bemol menor

LP 2

C1 – Quatro Mazurcas, Op. 30 – No. 1 em Dó menor
C2 – Quatro Mazurcas, Op. 30 – No. 2 em Si menor
C3 – Quatro Mazurcas, Op. 30 – No. 3 em Ré bemol maior
C4 – Quatro Mazurcas, Op. 30 – No. 4 em Dó sustenido menor
C5 – Quatro Mazurcas, Op. 33 – No. 1 em Sol sustenido menor
C6 – Quatro Mazurcas, Op. 33 – No. 2 em Dó maior
C7 – Quatro Mazurcas, Op. 33 – No. 3 em Ré maior
C8 – Quatro Mazurcas, Op. 33 – No. 4 em Si menor
D1 – Quatro Mazurcas, Op. 41 – No. 1 em Mi menor
D2 – Quatro Mazurcas, Op. 41 – No. 2 em Si maior
D3 – Quatro Mazurcas, Op. 41 – No. 3 em Lá bemol maior
D4 – Quatro Mazurcas, Op. 41 – No. 4 em Dó sustenido menor
D5 – Três Mazurcas, Op. 50 – No. 1 em Sol maior
D6 – Três Mazurcas, Op. 50 – No. 2 em Lá bemol maior
D7 – Três Mazurcas, Op. 50 – No. 3 em Sol sustenido menor
D8 – Três Mazurcas, Op. 56 – No. 1 em Si maior

LP 3

D1 – Três Mazurcas, Op. 56 – No. 2 em Dó maior
D2 – Três Mazurcas, Op. 56 – No. 3 em Dó menor
D3 – Três Mazurcas, Op. 59 – No. 1 em Lá menor
D4 – Três Mazurcas, Op. 59 – No. 2 em Lá bemol maior
D5 – Três Mazurcas, Op. 59 – No. 3 em Fá sustenido menor
D6 – Três Mazurcas, Op. 63 – No. 1 em Si maior
D7 – Três Mazurcas, Op. 63 – No. 2 em Fá menor
D8 – Três Mazurcas, Op. 63 – No. 3 em Dó sustenido menor
E1 – Mazurca em Lá menor, Op. póstumo
E2 – Mazurca em Lá menor, ‘Notre Temps’
E3 – Quatro Mazurcas, Op. 67 – No. 1 em Sol maior
E4 – Quatro Mazurcas, Op. 67 – No. 2 em Sol menor
E5 – Quatro Mazurcas, Op. 67 – No. 3 em Dó maior
E6 – Quatro Mazurcas, Op. 67 – No. 4 em Lá menor
E7– Quatro Mazurcas, Op. 68 – No. 1 em Dó maior
E8 – Quatro Mazurcas, Op. 68 – No. 2 em Lá menor
E9 – Quatro Mazurcas, Op. 68 – No. 3 em Fá maior
E10 – Quatro Mazurcas, Op. 68 – No. 4 em Fá maior

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Antônio Guedes Barbosa, piano
Gravações feitas no Estúdio Intersom (São Paulo), em 1983
LPs distribuídos em 1983, em circulação limitada
Como vingança é um prato que se come frio, e como cansamos de ver gravações de Barbosa serem lançadas lá fora sem nunca darem as caras por aqui, essa aqui – MUAHAHAHA – essa aqui nunca foi lançada nos Estados Unidos 😀

 


O Instituto Piano Brasileiro fez mais das suas: publicou esse recital incrível de AGB, magistralmente gravado por Frank Justo Acker, cujo inestimável acervo o IPB tem digitalizado e disponibilizado ao mundo. Você ainda não apoia o IPB? Pois DEVERIA.

 

PQP Bach, pelo saudoso Ammiratore (1970-2021)

Vassily

Brahms / Debussy / Schumann / Shostakovich: Duo (Gabetta e Grimaud)

Brahms / Debussy / Schumann / Shostakovich: Duo (Gabetta e Grimaud)

IM-PER-DÍ-VEL !!

O coro de elogios — alguns deles histéricos — que este CD vem recebendo dá até vontade de destoar, mas tal intenção morre à audição dos primeiros acordes. A argentina Gabetta e a francesa Grimaud fizeram um disco de indiscutível musicalidade, perfeito, irretocável. O repertório ajuda muito, claro, mas leiam abaixo o tom dos elogios:

“Put on your headphones, close the door and soak in these direct-connection performances of Schumann, Brahms, Debussy and Shostakovich by pianist Grimaud and cellist Gabetta. This is terrific.” –Mercury News, September 2012

e assim:

An inspiring, enjoyable, powerhouse meeting between two award-winning highly-individualistic classical music superstars who consider their initial meeting as fateful, not coincidence. Hélène Grimaud (who is called “the earth” in their interview), one of the greatest interpretative classical pianists who experiences sound as colors, and star cello virtuoso Sol Gabetta (“the air”), famed for the nuanced, singing quality of her instrumental interpretations and her highly emotional playing, meld their ‘earth and air’ talents and personae into a marvelous musical duo. It began in 2011 in a joyful, fateful musical encounter that ‘clicked’ immediately. In a wide spectrum of musical tastes, they cover the duo compositions of Robert Schumann, Johannes Brahms, Claude Debussy, and Dmitri Shostakovich, and this diverse program works wonderfully and has toured to great success. All performances are excellent and the ‘best of the best’ begins with the ‘storm to calm’ of the ‘Finale’ of Debussy’s Sonata for Violoncello and Piano in D Minor; the awesome beauty and virtuosity of the spellbinding 12 minute Shostakovich Allegro non troppo from the Sonata for Violoncello and Piano in D minor, Opus 40; the fiery third movement of Schumann’s ‘Drei Fantasiestücke’ (Three Fantasies), Opus 73 and the overpowering beauty of the familiar 14 minute Allegro non troppo and the 6 minute Allegro-Più presto movements of Brahms Sonata for Piano and Violoncello No 1 in E minor, Opus 38. Awesome performances by two great artists who form a dynamic duo of singular musical purpose. My Highest Recommendation! Five OUTSTANDING Stars! Independent, October 2012

Duo, com Sol Gabetta e Helene Grimaud

Drei Fantasiestücke op. 73
Composed By – Robert Schumann
1 I. Zart Und Mit Ausdruck 3:13
2 II. Lebhaft, Leicht 3:13
3 III. Rasch Und Mit Feuer 3:53

Sonata For Piano And Violoncello No. 1 in E minor op. 38
Composed By – Johannes Brahms
4 I. Allegro Non Troppo 14:27
5 II. Allegretto Quasi Minuetto – Trio 5:26
6 III. Allegro – Più Presto 6:22

Sonata For Violoncello And Piano In D Minor
Composed By – Claude Debussy
7 I. Prologue. Lent, Sostenuto E Molto Risoluto 4:36
8 II. Sérénade. Modérément Animé 3:13
9 III. Final. Animé, Léger Et Nerveux 3:40

Sonata For Violoncello And Piano In D Minor Op. 40
Composed By – Dmitri Shostakovich
10 I. Allegro Non Troppo 11:56
11 II. Allegro 2:50
12 III. Largo 8:21
13 IV. Allegro 3:58

Sol Gabetta, violoncelo
Helene Grimaud, piano

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PQP

P.S. —  Um pouquinho mais de Gabetta para os pequepianos. A música é Oblivion de Astor Piazzolla:

 

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano (Kocsis, Lehel, Dezső, Ferencsik) #BRTK140 Vol. 15 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano (Kocsis, Lehel, Dezső, Ferencsik) #BRTK140 Vol. 15 de 29

Aqui, toda a coleção.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os textos abaixo foram retirados do site da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e são de autoria do grande Paulo Sérgio Malheiros dos Santos.

Aos dezoito anos, Bartók começou a estudar metodicamente as manifestações musicais populares de seu país. Estendeu suas pesquisas pelo Leste europeu, chegando ao Norte da África e à Turquia. Seu método de trabalho implicava uma ética – o respeito pelas diferentes etnias e a superioridade do humanismo sobre o nacionalismo. O compositor recolheu, classificou e analisou milhares de canções, em busca de procedimentos musicais comuns às diversas culturas camponesas. Assimilou a surpreendente riqueza rítmica do folclore (em seus compassos inusitados) e libertou-se da hegemonia do sistema tonal pelo uso sistemático de modos e escalas seculares.

Paralelamente às pesquisas de etnomusicologia, Bartók elaborou uma síntese original de certos aspectos do cânone da música ocidental. Reconhecia-se tributário, sobretudo, da influência de três grandes compositores: Debussy, Beethoven e Bach. Ao recuperar e incorporar elementos primitivistas à melhor tradição erudita europeia, Bartók contribuiu decisivamente para a renovação da linguagem musical contemporânea, tornando-se, incontestavelmente, um dos compositores mais inovadores e influentes do século XX.

Além da obra pianística, a produção de Béla Bartók (incontestavelmente um dos compositores mais originais, inovadores e influentes do século XX) abrange variados gêneros, incluindo obras orquestrais, música para teatro (ópera, balé e pantomima), importantes combinações de câmara, música vocal e coral. Sua arte atingiu um ponto culminante nos seis Quartetos de Cordas, associados em linha direta aos quartetos da última fase de Beethoven e que fazem de Bartók o principal mestre moderno dessa modalidade camerística.

Grande pianista, Béla Bartók atuou sob a direção de célebres regentes, convidado por orquestras europeias e americanas. Fez seu primeiro recital aos dez anos, quando ainda estudava com sua mãe, competente professora de piano. Depois, aperfeiçoou-se com Istvan Thoman, aluno de Liszt. Durante trinta anos, Bartók lecionou piano no Conservatório de Budapeste, consolidando a fama de excelente pedagogo. Dos três concertos que escreveu para o instrumento, estreou os dois primeiros, sendo o nº 1 sob a regência do célebre Wilhelm Furtwängler. Com o grande êxito do Segundo Concerto, despediu-se do público alemão. O Concerto nº 3, escrito no exílio norte-americano, foi sua obra derradeira.

O Concerto Nº 1:

No Concerto nº 1 triunfam os aspectos percussivos do pianismo de Bartók: sonoridades violentas, agregações de ásperos blocos substituindo os acordes tradicionais e um mecanicismo insistente. No todo, trata-se de uma resposta bastante pessoal – e ainda hoje muito impactante – aos apelos neoclássicos e construtivistas de sua época.

No primeiro movimento, Allegro moderato, o uso do ostinato torna-se fonte de enorme energia propulsora. Em vários momentos o piano se inclui entre os demais instrumentos de percussão, formando com eles um todo bem distinto.

No Andante central, em forma A-B-A, as cordas se calam. Trata-se de uma meditação sóbria e profunda. O piano, de início, dialoga com a percussão. Na seção B central, o solista repete um desenho obstinado que serve de fundo ao crescendo dos sopros, libertos em extraordinária politonalidade. Sem transição, grotescos glissandos dos trombones introduzem o terceiro movimento.

Allegro molto final apresenta seu primeiro tema sobre um ostinato das cordas. As outras ideias se relacionam com o material temático do primeiro movimento. Os motivos são breves, descontínuos e episódicos. Repleta de élan rítmico, a atmosfera é viva e animada.

O Concerto Nº 2:

O êxito do Concerto para piano nº 2 em Frankfurt, no dia 23 de janeiro de 1933, marcou a última apresentação pública de Béla Bartók na Alemanha. O compositor estava no auge de sua carreira pianística – a obra fora elaborada nos intervalos de uma longa turnê europeia e terminada na Suíça. Dos três concertos que escreveu para piano, Béla Bartók pôde estrear os dois primeiros. O último, escrito no exílio americano, simultaneamente ao Concerto para viola, foi sua obra derradeira (os compassos finais foram orquestrados por Tibor Serly, seu discípulo predileto).

Como Bach, Béla Bartók conscientemente cultivou conceitos matemáticos para atingir o equilíbrio entre a expressividade musical e a realização formal. Esse rigor bachiano domina, por exemplo, o tratamento temático do primeiro Allegro do Concerto para piano nº 2. Sua arquitetura divide-se nas seções clássicas – exposição, desenvolvimento, recapitulação e coda. Os temas da exposição são de caráter principalmente rítmico (stravinskyanos), o primeiro deles abrindo a partitura com a energia dos trompetes sobre o piano. Na recapitulação, todos esses temas aparecem invertidos e, na coda, o tema inicial será utilizado em movimento retrógrado. A estrutura do Concerto apresenta uma admirável simetria entre suas três partes. O Segundo Movimento é um dos mais belos de toda a obra orquestral de Bartók. A inclusão de um Presto central articula esse “noturno” em uma divisão também ternária (Adagio-Presto-Adagio). Emoldurado pelos dois adágios e pelos movimentos extremos, o Presto serve, assim, de núcleo para todo o Concerto que resulta em uma construção espelhada (rápido – lento/rápido/lento – rápido).

O Terceiro movimento possui uma agressiva aceleração (do Allegro molto ao Presto) e o piano liberta-se de qualquer vestígio romântico, executando traços de bravura e vigor inusitados.

A escrita orquestral do Concerto visa, sobretudo, a variedade das cores. O colorido diferenciado é nitidamente desenhado pela alternância dos naipes – no primeiro movimento dominam os instrumentos de sopro e a percussão, enquanto as cordas se calam. No segundo, os sopros só aparecem na seção central. O terceiro movimento é o único em que toda a orquestra é valorizada.

Obra da plena maturidade de Béla Bartók, o Concerto para piano nº 2 apresenta algumas das características mais marcantes de sua linguagem: a simetria formal matematicamente calculada, a animação dançante de matriz folclórica, o contraste dinâmico dos ritmos alternados e da irregularidade métrica, a indefinição tonal e o intenso lirismo.

O Concerto Nº 3: 

Durante três décadas, Bartók lecionou piano no Conservatório de Budapeste, consolidando a fama de excelente pedagogo. Dedicou a seu instrumento predileto obras didáticas de inegável valor artístico e um repertório fundamental para a música moderna.

Dedicado à esposa de Bartók, Ditta Pásztory, o Concerto nº 3 mantém um clima basicamente cantabile, notável pela flexibilidade e transparência melódica. A orquestração é fluida, leve. A linguagem emotiva e misteriosa tem algo de mágico, quase místico. O piano não é tratado de maneira percussiva, como na técnica predominantemente contrapontística do Primeiro Concerto; nem com a verve rítmica do Segundo.

No Allegretto inicial, em forma sonata, os violinos e as violas preparam a entrada do piano, que expõe o cantante primeiro tema, acentuadamente magiar. O segundo tema, com caráter scherzando, liga-se ao precedente por uma passagem das madeiras. O curto desenvolvimento utiliza, sobretudo, elementos do primeiro tema. O refinamento extraordinário da partitura culmina na sutileza dos compassos finais, destinados à flauta e ao piano.

Adagio religioso central tem forma ternária (A-B-A), com os diferentes períodos ligados pelas cordas. Estas iniciam a introdução – motivo pentatônico, tratado polifonicamente. O Coral (parte A), de grande simplicidade e serenidade atemporal, é enunciado pelo piano. O episódio central (parte B) mantém o clima reflexivo, apesar do virtuosismo dos arabescos pianísticos. O colorido orquestral se enriquece pelos trinados nas cordas e pelas breves interferências dos metais. O retorno do Coral (parte A) faz-se apenas nas madeiras, em torno das quais o piano tece delicadas figurações.

Na transição para o Allegro vivace final, após introdução de caráter húngaro, os tímpanos preparam a entrada de um fugato iniciado pelo piano. O movimento tem forma de rondó, com os trechos melódicos alternando-se com danças de ritmos sincopados. Esses elementos constituintes apresentam-se entrecortados de fugati. No final, o tema do rondó aparece nos violinos e uma figuração virtuosística do piano colore a conclusão.

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano (Kocsis, Lehel, Dezső, Ferencsik) #BRTK140 Vol. 15 de 29

1 Piano concerto No. 1 in A major, Sz. 83, BB 91: I. Allegro
piano:
Zoltán Kocsis (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 1, Sz. 83, BB 91: I. Allegro moderato
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1926)
part of:
Piano Concerto no. 1, Sz. 83, BB 91
8:46

2 Piano concerto No. 1 in A major, Sz. 83, BB 91: II. Andante
piano:
Zoltán Kocsis (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 1, Sz. 83, BB 91: II. Andante
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1926)
part of:
Piano Concerto no. 1, Sz. 83, BB 91
6:50

3 Piano concerto No. 1 in A major, Sz. 83, BB 91: III. Allegro
piano:
Zoltán Kocsis (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 1, Sz. 83, BB 91: III. Allegro molto
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1926)
part of:
Piano Concerto no. 1, Sz. 83, BB 91
6:51

4 Piano concerto No. 2 in G major, Sz. 95, BB 101: I. Allegro
piano:
Zoltán Kocsis (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 2 in G major, Sz. 95, BB 101: I. Allegro
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1930 until 1931)
part of:
Piano Concerto no. 2 in G major, Sz. 95, BB 101
9:46

5 Piano concerto No. 2 in G major, Sz. 95, BB 101: II. Adagio – presto – adagio
piano:
Zoltán Kocsis (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 2 in G major, Sz. 95, BB 101: II. Adagio – Più adagio – Presto
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1930 until 1931)
part of:
Piano Concerto no. 2 in G major, Sz. 95, BB 101
12:51

6 Piano concerto No. 2 in G major, Sz. 95, BB 101: III. Allegro molto
piano:
Zoltán Kocsis (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 2 in G major, Sz. 95, BB 101: III. Allegro molto
composer:
Béla Bartók (composer) (from 1930 until 1931)
part of:
Piano Concerto no. 2 in G major, Sz. 95, BB 101
6:25

7 Piano concerto No. 3 in E major, Sz. 119, BB 127 (Tibor Serly completion): I. Allegretto
piano:
Ránki Dezső
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
János Ferencsik (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 3 in E major, Sz. 119, BB 127: I. Allegretto
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1945)
part of:
Piano Concerto no. 3 in E major, Sz. 119, BB 127
7:14

8 Piano concerto No. 3 in E major, Sz. 119, BB 127 (Tibor Serly completion): II. Adagio reglioso – poco piu mosso – tempo I
piano:
Ránki Dezső
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
János Ferencsik (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 3 in E major, Sz. 119, BB 127: II. Adagio religioso
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1945)
part of:
Piano Concerto no. 3 in E major, Sz. 119, BB 127
9:36

9 Piano concerto No. 3 in E major, Sz. 119, BB 127 (Tibor Serly completion): III. Allegro vivace
piano:
Ránki Dezső
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
János Ferencsik (conductor)
recording of:
Piano Concerto no. 3 in E major, Sz. 119, BB 127: III. Allegro vivace
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1945)
part of:
Piano Concerto no. 3 in E major, Sz. 119, BB 127
6:25

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Concerto de despedida de Béla Bartók em Budapeste, dirigido por János Ferencsik. É uma loucura. Logo depois ele emigraria para os EUA a fim de fugir do nazismo.

PQP

Fauré / Debussy / Poulenc: Nuit d’étoiles — Mélodies françaises (Gens)

Fauré / Debussy / Poulenc: Nuit d’étoiles — Mélodies françaises (Gens)

Véronique Gens (1966) é uma linda e extraordinária soprano francesa. Ela passou grande parte de sua carreira gravando e executando música barroca. Sua estreia em 1986 foi com William Christie e seu Les Arts Florissants. Desde então, ela trabalhou com Marc Minkowski, René Jacobs, Christophe Rousset, Philippe Herreweghe, Jean-Claude Malgoire, ou seja, só com gente nada desprezível. Embora tenha começado como especialista em barroco, Gens também se tornou requisitada para papéis em óperas de Mozart e como intérprete de canções de Berlioz, Debussy, Fauré e outros. Suas numerosas gravações incluem muito Mozart e Purcel.

O repertório deste CD é desta época não barroca, trata-se de autores franceses, exclusivamente da virada da primeira metade do século XX. O disco é muito bom. O grande destaque são as canções de Poulenc, mais alegres e melodiosas que as de seus colegas Fauré e Debussy.

(suspiro)
(suspiro)

Fauré, Debussy, Poulenc: Nuit d’étoiles (Mélodies française)

Gabriel Fauré (1845 – 1924)
1. Après un rêve Op. 7 No. 1
2. Sylvie Op. 6 No. 3
3. Au bord de l’eau Op. 8 No. 1
4. Lydia Op. 4 No. 2
5. Le papillon et la fleur Op. 1 No. 1
6. Mandoline Op. 58 No. 1
7. Clair de lune Op. 46 No. 2
8. Les berceaux Op. 23 No. 1

Claude Debussy (1862 – 1918)
Trois Chansons de Bilitis
9) I. La flûte de Pan
10) II. La chevelure
11) III. Le tombeau des Naïades

Fêtes galantes, Set 1
12) I. En sourdine
13) II. Fantoches
14) III. Clair de lune
15) Nuit d’étoiles
16) Beau soir
17) Fleur des blés
18) La Belle au bois dormant
19) Noël des enfants qui n’ont plus de maison

Francis Poulenc (1899 – 1963)
Banalités FP 107 (Guillaume Apollinaire)
20) I. Chanson d’Orkenise
21) II. Hôtel
22) III. Fâgnes de Wallonie
23) IV. Voyage à Paris
24) V. Sanglots

Deux Mélodies de Guillaume Apollinaire FP 127
25) Montparnasse
26) Hyde Park

27) Les chemins de l’amour, valse chantée FP 106

Véronique Gens, soprano
Roger Vignoles, piano

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ffs
A bela Véronique Gens

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.: interlúdio :. Eric Dolphy with Booker Little Live at the Five Spot 1 e 2

.: interlúdio :. Eric Dolphy with Booker Little Live at the Five Spot 1 e 2

Live at the Five Spot são dois álbuns de jazz que documentam a noite de 16 de julho de 1961, a qual marca o final da série de shows que Eric Dolphy e Booker Little fizeram no Five Spot em Nova York. Este dia não consta dos livros de história (aliás, talvez conste neste aqui), mas deveria, pois naquela noite havia uma eletricidade inédita nos ares novaiorquinos.

No tempo do vinil, havia um terceiro disco chamado Memorial Album onde estavam Number Eight (Potsa Lotsa) e Booker`s Waltz. Essas duas faixas agora estão nestes dois CDs que documentam a noite. A expressão “documentam a noite” é uma espetacular besteira de inspiração cartorial, pois não caracteriza nem a loucura criativa cubista e dissonante, nem a vivacidade dos solos de Dolphy. Quando Dolphy sola, é algo tão incomum que a gente pensa que possam surgir jacarés nos esgotos ou legumes em nossas cabeças.

Aliás, os enfermeiros berlinenses devem ter pensado em algo semelhante na tarde de 18 de junho de 1964, quando Dolphy caiu na rua e foi levado ao hospital. Eles não sabiam que ele era diabético e supuseram que ele estava apenas vivenciando uma overdose (é músico de jazz, não?). Então, deixaram-no deitadinho num leito até que passasse o efeito das drogas. Era um coma diabético. A insulina foi-lhe administrada tarde demais.

Eric Dolphy Live at the Five Spot 1

1. Fire Waltz 13:44
2. Bee Vamp (Live) 12:27
3. The Prophet 21:25
4. Bee Vamp (Alternate Take) 9:45

Recorded live at The Five Spot in New York, N Y on July 16, 1961.

Eric Dolphy – alto saxophone, flute, bass clarinet
Booker Little – trumpet
Mal Waldron – piano
Richard Davis – bass
Ed Blackwell – drums

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Eric Dolphy Live at the Five Spot 2

1. Aggression 17:16
2. Like Someone In Love 19:50
3. Number Eight (Potsa Lotsa) 15:31
4. Booker’s Waltz 14:34

Recorded live at The Five Spot in New York, N Y on July 16, 1961.

Eric Dolphy – alto saxophone, flute, bass clarinet
Booker Little – trumpet
Mal Waldron – piano
Richard Davis – bass
Ed Blackwell – drums

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Eric Dolphy: mais gênio impossível

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Camille Saint-Saëns (1841-1904): Integral dos Concertos para Piano

Achei que ia ser um saco ouvir estes concertos — afinal, eles estão normalmente ausentes do repertório sinfônico das grandes orquestras! –, mas me enganei totalmente. Na verdade, adorei ouvi-los. Na verdade, me entusiasmei e achei SENSACIONAL ouvi-los. Os movimentos lentos são belíssimos; os rápidos são atléticos e exatos; a gravação do trio Rogé – Dutoit – LSO é esplendorosa.

E não dá para falar mal do altamente erudito e grande viajante tiozão que CS-S foi. Imaginem que ele tinha impulsos súbitos de viajar e viajava para os lugares mais malucos de um dia para outro, isso numa época em que fazê-lo era complicado. Ele conheceu o Sri Lanka, a Indochina, o Egito e lugares tão exóticos e bisonhos quanto Rio de Janeiro e São Paulo. E isso em 1899! Pior, vocês não acreditar, mas ele foi aos Estados Unidos! Morreu em Argel numa dessas viagens.

Camille Saint-Säens (1841-1904): Integral dos Concertos para Piano

1. Saint-Saëns: Piano Concerto No.1 in D, Op.17 – 1. Andante – Allegro assai 12:25
2. Saint-Saëns: Piano Concerto No.1 in D, Op.17 – 2. Andante sostenuto quasi adagio 10:27
3. Saint-Saëns: Piano Concerto No.1 in D, Op.17 – 3. Allegro con fuoco 5:36

4. Saint-Saëns: Piano Concerto No.2 in G minor, Op.22 – 1. Andante sostenuto 11:26
5. Saint-Saëns: Piano Concerto No.2 in G minor, Op.22 – 2. Allegro scherzando 5:51
6. Saint-Saëns: Piano Concerto No.2 in G minor, Op.22 – 3. Presto 6:50

7. Saint-Saëns: Piano Concerto No.3 in E flat major, Op.29 – 1. Moderato assai – piu mosso (Allegro maestoso) 14:27
8. Saint-Saëns: Piano Concerto No.3 in E flat major, Op.29 – 2. Andante 8:01
9. Saint-Saëns: Piano Concerto No.3 in E flat major, Op.29 – 3. Allegro non troppo 7:39

10. Saint-Saëns: Piano Concerto No.4 in C minor, Op.44 – 1. Allegro moderato – Andante 12:37
11. Saint-Saëns: Piano Concerto No.4 in C minor, Op.44 – 2. Allegro vivace – Andante – Allegro 13:40

12. Saint-Saëns: Piano Concerto No.5 in F, Op.103 “Egyptian” – 1. Allegro animato 11:25
13. Saint-Saëns: Piano Concerto No.5 in F, Op.103 “Egyptian” – 2. Andante 11:48
14. Saint-Saëns: Piano Concerto No.5 in F, Op.103 “Egyptian” – 3. Molto allegro 5:44

Pascal Rogé, piano
London Philharmonic Orquestra
Charles Dutoit

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Vais viajar, Camille?
Vais viajar, Camille?

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Béla Bartók (1881-1945): Suíte de Danças para Orq. / Música para Cordas, Percussão e Celesta / Concerto para 2 Pianos, Percussão e Orq. (Sándor, Lehel, Pásztory-Bartók, Tusa) #BRTK140 Vol. 14 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Suíte de Danças para Orq. / Música para Cordas, Percussão e Celesta / Concerto para 2 Pianos, Percussão e Orq. (Sándor, Lehel, Pásztory-Bartók, Tusa) #BRTK140 Vol. 14 de 29

Aqui, toda a coleção.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gosto muito das obras deste CD. Talvez a Música seja uma das tantas “melhores obras” de Bartók. E a Suíte foi minha porta de entrada para o compositor. É, portanto, uma obra que amo. Já o Concerto para 2 Pianos e Percussão é uma transcrição da já comentada Sonata para 2 Pianos e Percussão que segue o original.

Suíte de Danças (1923) foi a primeira obra de Bartók oficialmente encomendada. A encomenda era para comemorar o cinquentenário da união das cidades de Buda e Peste. Apesar do caráter patriótico da celebração, as cinco danças (interligadas por um refrão de caráter húngaro) apresentam também elementos árabes e romenos. A Suíte tem seis movimentos, embora algumas gravações a concebam como um único movimento de corpo inteiro.

Em 1934, o maestro suíço Paul Sacher casou-se com a herdeira da indústria farmacêutica Roche. Agora um dos homens mais ricos do mundo, o maestro aplicou seu dinheiro em uma de suas paixões: a música nova. Para celebrar o décimo aniversário da Orquestra de Câmara de Basel, que havia fundado, Sacher encomendou uma obra de um dos compositores de vanguarda da época. A peça escrita por Bartók – Música para cordas, Percussão e Celesta – seria reconhecida como uma de suas obras-primas. “É uma das mais puras e mais bem proporcionadas produções de seu estilo maduro. A música envolve muitas das contradições que fazem sua arte tão fascinante, ao mesmo tempo primitiva e sofisticada, selvagem e controlada, serena e aterrorizante, séria e cômica.” (Calvin Dotsey, autor das notas de programa da Sinfônica de Houston). Sua instrumentação é sui generis: duas orquestras de cordas, uma de cada lado; ao centro e mais afastado, um conjunto de instrumentos de percussão e teclado (xilofone, caixa, pratos, tam-tam, bumbo, tímpanos, celesta e piano).

São quatro os seus movimentos:

O primeiro é um Andante tranquilo, uma fuga meditativa no início. Aos poucos a tensão se eleva inexoravelmente, a música fica mais alta, até um clímax que é uma série de mi bemóis repetidos.

“O segundo movimento é um Allegro enérgico que combina os ritmos animados da música de rabeca húngara com os padrões estruturais que Mozart ou Beethoven teriam usado.” (Calvin Dotsey)

O terceiro movimento, Adagio, é um exemplo do que é chamado música de noite de Bartók. Apresenta uma parte importante para o xilofone, que abre o movimento. Para os que gostam de matemática, é comum a interpretação de que este solo é baseado na Sequência de Fibonacci: acelerando/retardando, usa o ritmo 1: 1: 2: 3: 5: 8: 5: 3: 2: 1: 1.

No último movimento, Allegro Molto, os violinos começam em pizzicato (dedilhado), imitando as cítaras e os címbalos tradicionais húngaros. O movimento tem assim o caráter de uma animada dança camponesa.

Fonte: Clássicos dos Clássicos.

E esses húngaros são foda mesmo. Ditta, a viúva de Bartók, faz um dos pianos no Concerto para 2 Pianos e Percussão. E quando eles tocam, mesmo eu achando a Sonata análoga ainda melhor, é sensacional. Sen. Sa. Cio. Nal.

Béla Bartók (1881-1945): Suíte de Danças para Orq. / Música para Cordas, Percussão e Celesta / Concerto para 2 Pianos, Percussão e Orq. #BRTK140 Vol. 14 de 29

1 Dance suite for orchestra, Sz. 77, BB 86/a: I. Moderato
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
recording of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a: I. Moderato (for orchestra)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a (for orchestra)
3:30

2 Dance suite for orchestra, Sz. 77, BB 86/a: II. Allegro molto
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
recording of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a: II. Allegro molto (for orchestra)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a (for orchestra)
2:23

3 Dance suite for orchestra, Sz. 77, BB 86/a: III. Allegro vivace
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
recording of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a: III. Allegro vivace (for orchestra)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a (for orchestra)
2:58

4 Dance suite for orchestra, Sz. 77, BB 86/a: IV. Molto tranquillo
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
recording of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a: IV. Molto tranquillo (for orchestra)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a (for orchestra)
4:01

5 Dance suite for orchestra, Sz. 77, BB 86/a: V. Comodo
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
recording of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a: V. Comodo (for orchestra)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a (for orchestra)
1:01

6 Dance suite for orchestra, Sz. 77, BB 86/a: VI. Finale
orchestra:
Budapest Philharmonic Orchestra
conductor:
János Sándor
recording of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a: VI. Finale. Allegro (for orchestra)
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1923)
part of:
Dance Suite, Sz. 77, BB 86a (for orchestra)
4:08

7 Music for strings, percussion & celesta, Sz. 106, BB 114: I. Andante tranquillo
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114: I. Andante tranquillo
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114
7:30

8 Music for strings, percussion & celesta, Sz. 106, BB 114: II. Allegro
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114: II. Allegro
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114
7:38

9 Music for strings, percussion & celesta, Sz. 106, BB 114: III. Adagio
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114: III. Adagio
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114
7:11

10 Music for strings, percussion & celesta, Sz. 106, BB 114: IV. Allegro molto
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114: IV. Allegro molto
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Music for Strings, Percussion and Celesta, Sz. 106, BB 114
7:42

11 Concerto for 2 pianos, percussion & orchestra, Sz. 115, BB 121: I. Assai lento – allegro molto
percussion:
Jószef Marton and Ferenc Petz
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
János Sándor
phonographic copyright by:
Hungaroton (in 1988)
recording of:
Concerto for Two Pianos, Percussion and Orchestra, Sz. 115, BB 121: I. Assai lento
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Concerto for Two Pianos, Percussion and Orchestra, Sz. 115, BB 121
13:55

12 Concerto for 2 pianos, percussion & orchestra, Sz. 115, BB 121: II. Lento ma non troppo
percussion:
Jószef Marton and Ferenc Petz
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
János Sándor
phonographic copyright by:
Hungaroton (in 1988)
recording of:
Concerto for Two Pianos, Percussion and Orchestra, Sz. 115, BB 121: II. Lento, ma non troppo
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Concerto for Two Pianos, Percussion and Orchestra, Sz. 115, BB 121
6:21

13 Concerto for 2 pianos, percussion & orchestra, Sz. 115, BB 121: III. Allegro ma non troppo
percussion:
Jószef Marton and Ferenc Petz
piano:
Ditta Pásztory-Bartók and Erzsébet Tusa (pianist)
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
János Sándor
phonographic copyright by:
Hungaroton (in 1988)
recording of:
Concerto for Two Pianos, Percussion and Orchestra, Sz. 115, BB 121: III. Allegro non troppo
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Concerto for Two Pianos, Percussion and Orchestra, Sz. 115, BB 121

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Bartók com sua esposa, Edith (Ditta) Pásztory em 1939

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Richard Wagner (1813-1883): Das Rheingold – Fischer-Dieskau, Stolze, etc., Karajan, BPO

NOVOS LINKS, HOSPEDADOS NO ONEDRIVE. E TAMBÉM PARA NOS LEMBRARMOS DO COLEGA AMIRATTORE, QUE PARTIU TÃO PRECOCEMENTE. LEMBRO COMO ELE ESTAVA NERVOSO ENQUANTO PREPARAVA O TEXTO.  

Por um incrível capricho do destino, hoje comemoram-se os 136 anos da morte de Richard Wagner. Confesso que só fui me aperceber disso depois da postagem concluída e agendada. 

Este projeto de postar as óperas wagnerianas do ciclo do ‘Anel dos Nibelungos’ está sendo feito a quatro mãos: eu, FDPBach, e Ammiratore, uma grata aquisição para o blog, um apaixonado por ópera e dono de um acervo considerável. E digo grata aquisição tanto no sentido de conhecimento e paixão pela música, quanto pela amizade que já desenvolvemos, mesmo estando a 800 quilômetros de distância um do outro e conversando apenas por email e Whattsapp.

Sempre temi postar Wagner, não apenas pela complexidade de botar no ar quatorze CDs, mas também pela paixão que o compositor suscita entre seus admiradores. Eu fazia parte de uma comunidade no antigo Orkut formada por estes wagnerianos. E os caras eram peso pesado, alguns inclusive já tinham ido a Bayreuth algumas vezes para assistir a apresentações destas óperas, e eram profundos conhecedores da obra. Devo muito a alguns destes participantes, aprendi muito com eles, infelizmente com o fim daquela rede social, perdi contato com eles.

A escolha da versão que Herbert von Karajan gravou entre 1967 e 1968 foi mais por uma questão de praticidade de minha parte, pois estes arquivos estavam mais facilmente ao alcance. Na verdade, desde o começo a opção foi por ele. Cogitamos George Solti e Karl Böhm, até mesmo uma ‘obscura’ versão do Giuseppe Sinopoli foi cogitada, gravada ao vivo em Bayreuth, mas no final das contas, o nome do velho Kaiser falou mais alto.

O texto de apresentação é do nosso especialista em Ópera, Ammiratore.

“Adoro Wagner, achei importante antes de comentar as obras da tetralogia citar algumas nuances para compreender a excelência do trabalho do compositor. Então vamos lá: “O Anel do Nibelungo”, drama musical que Richard Wagner (1813 – 1883) escreveu durante 26 anos (1848 a 1874), constitui um ciclo de quatro óperas épicas, com cerca de 15 horas de duração. A primeira apresentação de todo o ciclo aconteceu em Bayreuth em 13 de agosto de 1876. Das Rheingold já havia estreado em Munique em 1869, a contragosto do autor.
Wagner criou a história do anel ao fundir elementos de diversas histórias e mitos das mitologias germânica e escandinávia. Em 1851 Wagner escrevia aos amigos: “os meus estudos levaram-me através da Idade-Média até aos antigos Mitos Germânicos fundadores…Aí descobri o Homem Verdadeiro (der wahre Mensch)”. Os Eddas (nome dado a duas coletâneas distintas de textos do séc. XIII, encontradas na Islândia, e que permitiram iniciar o estudo e a compilação das histórias referentes aos deuses e heróis da mitologia nórdica e germânica) forneceram material para Das Rheingold, enquanto Die Walküre é amplamente baseada na Saga dos Volsungos (saga islandesa, escrita por volta de 1300, com base na tradição germânica, os eventos reais que inspiraram a narração fantasiosa da saga ocorreram na Europa Central nos séculos V e VI dC). Siegfried contém elementos dos Eddas, da Saga dos Volsungos e da Saga Thidreks (saga nórdica.) A ópera final, Götterdämmerung, é baseada no poema do século XII Nibelungenlied (poema épico escrito na Idade Média por volta de 1200, baseada em motivos heróicos germânicos pré-cristãos) que foi a inspiração original para o Anel. O ciclo é modelado assim como os dramas do teatro grego em que eram apresentadas três tragédias e uma peça satírica. A história do Anel propriamente dita começa com Die Walküre e termina com Götterdämmerung, de forma que Das Rheingold serve como um prólogo. Ao agregar tais fontes numa história concisa, Wagner também acrescentou diversos conceitos modernos. Um dos principais temas do ciclo é a luta do amor, associada à natureza, e liberdade, contra o poder, que está associada à civilização e à lei.
Para realizar a montagem desta saga épica, seria também necessário inovar, Wagner concebeu um arrojado projeto: a construção de um teatro dotado de características imprescindíveis para a apresentação das suas óperas; o teatro da ópera de Bayreuth, na Alemanha. Favoreceu as circunstâncias e os fatores que facultassem ao público uma completa submersão ao tema do espetáculo. Utilizou efeitos sonoros, escureceu a sala de espetáculo, tornou a orquestra invisível ao espectador e realinhou a plateia para que o espectador melhor se envolvesse na performance. Vale lembrar que até meados do séc. XIX, o comportamento do espectador durante um espetáculo de ópera era completamente distinto do dos dias de hoje: entrava-se e saía-se da sala arbitrariamente para comer, ler jornais ou revistas, conversar, jogar às cartas ou falar de política. Só as famosas árias cantadas por artistas de renome eram escutadas com atenção. Wagner pretendia que a arte passasse por um processo de reeducação do público através dos modelos da Grécia antiga. Isto não seria feito através de uma transposição da tragédia grega para o século XIX, mas sim, através de uma releitura do passado. Consciente desta realidade, inspirado na estrutura da tragédia grega e defendendo valores intrinsecamente românticos, o compositor propunha a junção entre diferentes formas ou linguagens artísticas, pretendendo produzir um espetáculo abrangente, pleno e absoluto. A ópera de Wagner requer uma atitude específica por parte do espectador que terá que mergulhar na obra para que a mágica se complete e tenha efeito. Foram transformações invulgares para a época. Atualmente, porém, são lugar comum nos espetáculos de ópera e de bailado contemporâneos, possibilitando uma unificação entre o público, a orquestra e a cena propriamente dita. O impacto das ideias de Wagner ainda pode ser sentido em muitas manifestações artísticas ao longo de todo o século XX (sobretudo no cinema com “leitmotiv” caracterizando personagens na telona).
Vamos tentar deixar a política e as tretas envolvidas de lado e focar na arte; na noite de 13 de agosto de 1876 inaugurava-se em Bayreuth, na Baviera, um teatro sem similar no mundo. Havia, além do imenso auditório, cercado de colunas em estilo grego, um extraordinário conjunto de recursos técnicos que permitiam encenações muito mais ricas e complexas. Para alicerçar a grandiosidade do Anel, Wagner empregou uma orquestra gigantesca. E porque pretendia obter certos efeitos especiais, abriu lugar, na orquestração, a instrumentos que ele próprio inventou: as tubas wagnerianas ou tubas de Bayreuth – como são hoje conhecidos esses produtos híbridos da trompa tradicional e do trombone. Wagner julgava seu timbre ideal para certos momentos bem específicos, como os temas principais do Walhalla e o tema dos Walsungos. Então ali, entre monarcas e demais convidados ilustres, Wilhelm Richard Wagner, realiza o velho sonho: finalmente,
seria levado à cena, por completo, o ciclo de quatro dramas musicais que formava a sua maior obra – O Anel do Nibelungo. A 17 de agosto, encerrava-se com êxito a primeira apresentação integral, sob a regência de Hans Richter; e o espetáculo iria repetir-se por mais duas vezes consecutivas. Diversas são as opiniões sobre a monumental tetralogia, a que gostei mais foi dada pelo compositor e viajante inveterado o francês Saint – Saens: “Mil críticos, escrevendo cada qual mil linhas, durante dez anos, danificaram esta obra tanto quanto a respiração de uma criança poria em risco a estabilidade das pirâmides do Egito”.

Resumo: O ouro do Reno (Das Rheingold)
Nas águas serenas do Reno, três moças nadam com movimentos ágeis. As ondinas, filhas do velho rio, parecem apenas divertir-se – seu canto alegre assim faz crer – mas ali estão com tarefa bem precisa: são as guardiãs do ouro oculto e protegido no fundo da corrente. Woglinde, Wellgunde e Flosshilde surpreendem-se com o aparecimento de Alberich, o anão que vive com seus iguais em Nibelheim, lugar de escuras cavernas. Chegam a assustar-se, ao se verem perseguidas pelo anão, cujos olhos as cobiçam e desejam. Mas a apreensão dos primeiros momentos logo acalma e passam a rir-se, entre acenos de estímulo e rápidas esquivas, enquanto Alherich vocifera por não realizar seus intentos. Exasperado, êle as maldiz, e as ondinas tornam a afastar-se por entre as rochas. E quando intensa, fulgurante luminosidade se insinua por entre as águas, fazendo o anão deter-se em tensa expectativa. Que significaria aquele clarão? Respondem-lhe as jovens que é o ouro do Reno a refulgir. “E para que serve esse ouro?” pergunta ainda Alberich. Fica sabendo, então, que o valioso metal é fonte de todo poder: será senhor do mundo quem com ele fundir um anel, adorno que imediatamente concentrará incomensurável força de sortilégio. Há um pormenor, porém: somente será capaz de moldar o anel aquele que renunciar ao amor. E isso tranquiliza as ondinas, que fazem a sedutora revelação sem recear pela segurança do tesouro. Afinal, parece-lhes evidente que Alberich não optaria jamais por aquela hipótese. Enganavam-se: ele, agora, deseja ardentemente o poder sem medida. E, com um grito, expressa a escolha inesperada – “Eu maldigo o amor!” -, enquanto se lança em direção ao ouro, do qual se apossa, para desaparecer em seguida nas profundezas que o levariam de volta a Nibelheim. Em vão as filhas do Reno clamam por socorro. Esvai-se a luz. Desce uma névoa cinzenta, que se transforma depois em nuvens sempre mais claras. Ao dissolver-se, permite ver uma região montanhosa. Ao fundo, domina majestosa construção, de contornos cintilantes, a cujos pés corre o Reno, num vale profundo. Há pouco despertados, Wotan, pai dos deuses, e sua mulher, Fricka, deusa da virtude e da fecundidade, extasiam-se com a visão da morada divina, levantada pelos gigantes Fasolt e Fafner. Dura pouco, no entanto, este despreocupado embevecimento. Fricka lembra a Wotan o preço que devem pagar aos construtores: a virgem Freia. Que farão os deuses quando,sem ela, que é a deusa do amor e da eterna juventude, começarem a envelhecer e se forem aproximando irremediavelmente da hora extrema? Wotan responde-lhe com palavras de otimismo: que não se aflija, pois, na verdade nunca pensou realmente em entregar Fréia e está certo de poder convencer os gigantes a aceitarem outra recompensa qualquer. Para tanto, conta sobretudo com a astuciosa inventividade de Loge, deus do fogo. Mas Fasolt e Fafner já cuidam de apossar-se da virgem. Perseguida por ambos, ela corre espavorida junto: de Wotan. Este tenta ganhar tempo,mas apenas enfurece os gigantes quando diz, a princípio, não se lembrar da promessa, argumentando depois que nela consentira apenas por brincadeira. Providencialmente, aparecem Donner, deus da tempestade e do trovão, e Froh, deus do sol, que arremetem contra os irados gigantes. É o próprio Wotan, todavia, quem se empenha em apartar os contendores, curvando-se, finalmente, à evidência de que, sendo também o deus dos tratados, não lhe resta alternativa senão cumprir o acordo. Eis então que chega o astuto Loge; mas sua presença, para desencanto de Wotan, em nada contribui para tirá-lo da difícil situação. Bem pelo contrário: o deus do fogo admite que os giganta realmente merecem Fréia, tão portentosa é a obra que concluíram. Procurou muito – diz – nada encontrou que, em substituição a virgem, pudesse servir de recompensa à altura do empreendimento. E, aparentando indiferença relata a Wotan o roubo do ouro pelo anão Alberich, agora dotado de infinitos poderes, já que deve ter moldado o anel mágico. Fasolt e Fafner mostram-se interessados, pedem detalhes, principalmente porque sempre temeram os homenzinhos de Nibelheim. Wotan, por sua vez ouve, imerso em sonhos de grandeza inspirados pela possibilidade de ficar de posse do anel fabuloso. Não concorda, por isso, quando os gigantes exigem que o anel lhes seja entregue, para desistirem de Fréia. Além do mais, como pode dispor de algo que não possui? Ante a relutância de Wotan, Fasolt agarra a virgem e declara-se disposto a aguardar somente até a noite por uma decisão. Wotan que escolha:
conseguir o anel e entregá-lo, ou perder para sempre a juventude. Os gigantes se afastam, arrastando Fréia. A medida que se distanciam, os deuses vão-se transfigurando, para ganharem aparencia de velhos cansados. Wotan não pode perder sequer outro minuto: descerá com Loge ao reino de Nibelheim.
Dono do ouro, Alberich é agora senhor de todos os anões que vivem em Nibelheim, servos que devem entregar-lhe os objetos preciosos que fabricam. Nas profundezas da Terra, o reino dos anões vive em terror, sob o jugo daquele que se apossou do ouro do Reno e moldou o anel mágico. É Mime, irmão de Alberich, quem retrata a Wotan e Loge a desdita de seu povo. E mais: usando um elmo (o Tarnhelm), que lhe ordenara fabricar com o mesmo ouro, Alberich ganhou ainda o poder de tornar-se invisível ou transformar-se no que bem entender, para mais facilmente exercer seu domínio. Nesse momento surge Alberich. Pergunta aos deuses o que fazem ali. Tem uma resposta que mexe com sua vaidade: diz Wotan que vieram apreciar de perto as maravilhas que, ouviram falar, vêm-se processando em Nibelheim sob seu comando. O anão desfia seguidas bravatas, escarnece mesmo da condição inferior dos interlocutores ante seus poderes. Loge prossegue no jogo: e como faz Alberich para se precaver contra possíveis tentativas de lhe tomarem o anel, quando está dormindo? O anão explica que, graças ao elmo, pode tornar-se invisível. Por isso, adormece tranquilo. Loge pede-lhe uma prova concreta dessa capacidade. Alberich o atende de imediato, transformando-se em dragão. E seria ele capaz de transmudar-se num ser de tamanho bem pequeno para, se fosse o caso, mais facilmente escapar numa emergência? Ainda uma vez Alberich se deixa ludibriar e comprova a versatilidade do poder mágico: em segundos, é apenas um sapo. Imediatamente, Wotan o prende sob o pé, enquanto Loge lhe arrebata o elmo. Voltando à sua forma natural, Alberich procura resistir, mas é amarrado e levado para a superfície. Ali, os deuses obrigam-no a entregar todo o tesouro, se quiser reaver a liberdade. Sem alternativa, Alberich lhes faz a vontade e, sob ameaças, abre mão também do anel, que Wotan coloca no próprio dedo. Lança, no entanto, tanto, feroz maldição:” Assim como o anel deu a mim poder ilimitado, do mesmo modo vitime pela sua magia aqueles que o possuírem!”
Chegam os gigantes, que renovam a oferta de acordo. Exigem, porém – é Fasolt quem fala -, tanto ouro quanto seja necessário para ocultar de suas vistas toda a formosura da virgem. Os deuses atendem, vendo-se por fim privados do próprio anel e até do elmo, apesar dos protestos de Wotan.
Os gigantes libertam Fréia, que, jubilosa, se reúne a seus pares, de novo jovens e imortais. Agora, porém, os dois discutem, Fafner querendo a parte maior do tesouro. Termina por matar Fasolt. Ouvem-se trovoadas ensurdecedoras, relâmpagos cortam o céu. Não demora a surgir esplêndido arco-íris, verdadeira ponte que se estende do altiplano, onde se encontram os deuses, ao rochedo, no qual se ergue o castelo deslumbrante. Guiados por Wotan, todos se dirigem para o Walhalla, magnífica morada.”

Após esta breve descrição da ópera, Ammiratore faz uma análise mais detalhadas dos solistas envolvidos:

Como poderíamos esperar, Karajan interpreta “ O ouro do Reno “ como música de um cosmos lírico, com uma clareza radiante, virtuosidade de som, contrastes altamente eficazes, beleza vocal e instrumental. O que se destaca especialmente é o cuidado que Karajan leva para ser sempre mais atencioso com seus cantores, e isso ele certamente é. Para assegurar a beleza vocal e instrumental da tetralogia é necessário invocar as forças dos deuses da música e Karajan as possui. Karajan sempre em sinergia com a Orquestra Filarmônica de Berlim e seu admirável elenco de cantores. Um ótimo exemplo da unidade orquestral está no início do Preludio, o som que Karajan tira dos contrabaixos é envolvente, imergimos imediatamente na atmosfera do drama musical. Os “efeitos” usados na gravação como o som dos martelos e dos gritos dos Nibelungos estão na medida certa, sem exageros. Fischer-Dieskau, um barítono leve é um Wotan que nos leva a sua origem divina, voz muito bonita e Karajan dá um tratamento em que podemos apreciar plenamente sua performance verdadeiramente distinta. Gerhard Stolze interpreta Loge e da um relato malicioso e astucioso do desprezo pelos outros deuses. Como Martin Cooper diz no livreto desta gravação, Loge é “o único ser claro e racional em todas as personagens do Anel, os outros são os escravos de suas paixões, suas ambições ou emoções”. Stolze usa uma extraordinária variedade de tom de um mero sussurro – às vezes quase inaudível – para a denúncia, e gerencia as frases líricas que lhe são dadas muito bem. Este é um desempenho virtuoso. Zoltan Kelemen é um Alberich que preenche os seus momentos de ódio e indignação muito bem. Erwin Wohlfahrt é um Mime bem cantado. O baixo enorme de Martti Talvela como Fasolt é vocalmente extraordinário e sua abordagem romântica sugere um jovem gigante romântico mais interessado em Freia do que no ouro. Karl Ridderbusch como Fafner, também uma bela voz, demosntra frieza convincente. Entre as cantoras Josephine Veasey se destaca como Fricka e dá outro excelente desempenho nesta gravação.
Em suma, esta série do Anel que postaremos com o Karajan e sua turma é soberbo, interpretação extraordinariamente fiel, nunca excêntrica, nunca intrusiva, lírica, sem nunca tornar-se frouxa ou lenta, dramática sem nunca ser arrogante, uma abordagem sutil, sem ser agressiva – elegante. Gravações esplêndidas.

Dietrich Fischer-Dieskau barítono – Wotan
Zoltán Kelemen baixo – Alberich
Josephine Veasey mezzo – Fricka
Gerhard Stolze tenor – Loge
Erwin Wohlfahrt tenor – Mime
Martti Talvela baixo – Fasolt
Karl Ridderbusch baixo – Fafner
Donald Grobe tenor Froh
Simone Mangelsdorff soprano – Freia
Helen Donath soprano – Woglinde
Edda Moser soprano – Wellgunde
Anna Reynolds mezzo – Flosshilde
Berlin Philharmonic Orchestra / Herbert von Karajan

CD 1

1 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A – Vorspiel
2 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Erste Szene – “Weia! Waga! Woge du Welle!”
3 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Erste Szene – “He he! Ihr Nicker!”
4 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Erste Szene – “Garstig glatter glitschriger Glimmer!”
5 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Erste Szene – “Lugt, Schwestern! Die Weckerin lacht in den Grund”
6 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Erste Szene – “Nur wer der Minne Macht entsagt”
7 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Erste Szene – “Der Welt Erbe gewänn’ ich zu eigen durch dich?”
8 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Erste Szene – “Haltet den Räuber!”
9 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – Einleitung
10 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Wotan! Gemahl! Erwache!”
11 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “So schirme sie jetzt”
12 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Sanft schloss Schlaf dein Aug'”
13 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Was sagst du? Ha, sinnst du Verrat?”
14 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Du da, folge uns!”
15 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Endlich, Loge! Eiltest du so”
16 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Immer ist Undank Loges Lohn!”
17 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Ein Runenzauber zwingt das Gold zum Reif”
18 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Hör’, Wotan, der Harrenden Wort!”
19 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Schwester! Brüder! Rettet! Helft!”
20 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – “Wotan, Gemahl, unsel’ger Mann!”
21 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Zweite Szene – Verwandlungsmusik
22 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Dritte Szene – “Hehe! hehe! hieher! hieher! Tückischer Zwerg!”
23 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Dritte Szene – “Nibelheim hier”
24 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Dritte Szene – “Nehmt euch in acht! Alberich naht!”

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Disc 2
1 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Dritte Szene – “Zittre und zage, gezähmtes Heer”
2 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Dritte Szene – “Die in linder Lüfte Wehn da oben ihr lebt”
3 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Dritte Szene – “Ohe! Ohe! Schreckliche Schlange”
4 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Dritte Szene – “Dort die Kröte! Greife sie rasch!”
5 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Da, Vetter, sitze du fest!”
6 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Wohlan, die Niblungen rief ich mir nah”
7 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Gezahlt hab’ ich, nun lasst mich ziehn”
8 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Ist er gelöst?”
9 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Lauschtest du seinem Liebesgruß?”
10 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Lieblichste Schwester, süsseste Lust!”
11 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Gepflanzt sind die Pfähle nach Pfandes Mass”
12 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Weiche, Wotan, weiche! Flieh des Ringes Fluch!”
13 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Soll ich sorgen und fürchten”
14 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Halt, du Gieriger! Gönne mir auch was!”
15 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Nun blinzle nach Freias Blick”
16 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “He da! He da! He do! Zu mir, du Gedüft!”
17 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Bruder, hieher! Weise der Brücke den Weg! … Zur Burg führt die Brücke”
18 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Abendlich strahlt der Sonne Auge”
19 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “So grüss’ ich die Burg”
20 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A / Vierte Szene – “Rheingold! Rheingold!”
21 Wagner: Das Rheingold, WWV 86A – Vorspiel

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Ammiratore e FDPBach

Béla Bartók (1881-1945) / Alberto Ginastera (1916-1983) / John Ogdon (1937-1989): 20th Century Piano Sonatas, Vol. 2 ֎

Béla Bartók (1881-1945) / Alberto Ginastera (1916-1983) / John Ogdon (1937-1989): 20th Century Piano Sonatas, Vol. 2 ֎

Bartók – Ginastera – Ogdon

Sonatas para Piano

Klára Würtz

Mariangela Vocatello

Tyler Hay

 

Eu costumava considerar o título ’20th Century Piano Sonatas’ como uma alusão a uma música nova, ‘moderna’. Eu mesmo costumava a me considerar uma pessoa do Século 20… Pois bem, o tempo passa, a fila anda, e é melhor rever as nossas considerações.

Eu já me considero alguém do Século 21 com boas lembranças do século passado. Quanto a música, provavelmente seguirei pelo que me resta de Século 21 explorando a música que foi escrita no Século 20 e nos anteriores também…

Alberto pronto para sacar uma foto dos entrevistadores do PQP Bach, quando ele visitou a sede do blog em POA.

Foi mais ou menos assim que me interessei pela série de discos do selo Brilliant – 20TH Century Piano Sonatas. Com um acervo enorme, mesmo que gravado por artistas menos conhecidos, o selo pode levar avante um projeto reunindo várias obras escritas por compositores que viveram a maior parte de suas vidas no Século 20. Já postamos o Volume 3 da série, motivado pela Sonata do Kapustin. Uma coisa puxa outra e hoje vamos de Volume 2, que inicia com uma Sonata de Bartók. Com isso, reforçamos o projeto #BRTK140. Mas as belezuras deste disco são as outras duas sonatas, uma do compositor hermano, Alberto Ginastera, a outra do pianista e compositor (nas poucas horas vagas que lhe restavam…) John Ogdon.

Klára…

A Sonata de Bartók é aqui interpretada pela pianista Klára Würtz que aqui tem comparecido, inclusive com a Integral das Sonatas para Piano de Mozart (muito boa essa aqui, BB, vale o descarrego do blog seguido de presta auditiva…). Sobre a Sonata foi dito que é tonal, mas dissonante, percussiva e cheia de notas repetidas e com clusters, o que lhe dá um certo ar folclórico, coisa do Béla.

Mariangela…

A Sonata No. 1, Op. 22, de Ginastera é aqui interpretada pela pianista italiana Mariangela Vacatello e descrita da seguinte forma: ‘Composta em 1952, a sonata para piano Op. 22 reflete essa integração mais complexa da identidade nacional e do método de composição por meio de uma fusão de vivas figurações rítmicas derivadas de danças, texturas evocativas e formas e idiomas musicais modernos’. Você poderá ler a descrição completa acessando o próprio site aqui.

John Ogdon

Para terminar, a Sonata do gentil gigante John Ogdon, que foi ‘Dedicada ao amigo Stephen Bishop’. Ganha um doce se adivinhar quem seria este tal Estevão. Pois a sonata é de 1961 e convencionalmente estruturada em três movimentos, com o mais longo sendo o segundo deles. A peça tem uma enorme variedade de efeitos pianísticos e texturas assim como uma inventividade melódica que a percorre do começo ao fim. Claro, resultado de uma mente que sabia tudo sobre pianos e sonatas. Aqui o intérprete é o relativamente jovem Tyler Hay.

Tyler…

Espero que este disco desperte a sua curiosidade pelas outras obras desses compositores, assim como pelos outros discos da série.

 

Béla Bartók (1881–1945)

Sonata para Piano, BB 88, Sz. 80

  1. Allegro moderato
  2. Sostenuto e pesante
  3. Allegro molto

Klára Würtz, piano

–\oOo/–

Alberto Ginastera (1916–83)

Sonata para Piano No. 1, Op. 22

  1. Allegro marcato
  2. Presto misterioso
  3. Adagio molto appassionato
  4. Ruvido ed ostinato

Mariangela Vacatello, piano

–\oOo/–

John Ogdon (1937–89)

Sonata para Piano ‘Dedicada ao amigo Stephen Bishop’

  1. Allegro
  2. Andante
  3. Allegro

Tyler Hay, piano

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FLAC | 158 MB

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MP3 | 320 KBPS | 120 MB

Sobre John Ogdon: He won first prize at the London Liszt Competition in 1961 and consolidated his growing international reputation by winning another first prize at the International Tchaikovsky Competition in Moscow in 1962, jointly with Vladimir Ashkenazy.

Aproveite!

René Denon

Matthias Weckmann (1616-1674): Cantatas Barrocas Alemãs (IX) (Ricercar Consort)

Matthias Weckmann (1616-1674): Cantatas Barrocas Alemãs (IX) (Ricercar Consort)

Eu não sei quantos discos desta série já postei. Sei que foram vários, o que é uma inexatidão, mas uma inexatidão plural. Com o passar dos anos, deixei de ser “completista”, ouço o que me cai nas mãos de forma menos sistemática do que fazia anos atrás. Então “vários” destes CDs fantásticos do Ricercar Consort estão pelo PQP. Nenhum deles é sensacional, mas também nenhum é esquecível. Este aqui é ótimo. Trata-se de Cantatas de um certo Matthias Weckmann, que já tem duas aparições  no PQP.

Matthias aprendeu música em Dresden com o grande Heinrich Schütz, depois foi para Hamburgo onde trabalhou com o famoso organista Praetorius na Igreja de São Pedro. Ele foi apresentado ao concertato italiano por Schütz, que lhe mostrou Giovanni Gabrieli e Monteverdi, mas foi o fundamental Sweelinck quem o influenciou ainda mais. Em 1655, após uma competição, foi nomeado organista titular da igreja de Saint James (Jakobkirche) em Hamburgo, onde passou o resto de sua vida. Ele fundou um renomado conjunto orquestral chamado Collegium Musicum em Hamburgo. Foi o período mais produtivo de sua vida: suas composições desta época incluem uma coleção de 1663, que contém textos que mencionam a terrível praga que matou sua primeira esposa e muitos de seus colegas em Hamburgo naquele ano. Ele morreu em Hamburgo e foi enterrado em um túmulo de família na Igreja de St. James, sob o órgão.

Matthias Weckmann (1616-1674): Cantatas Barrocas Alemãs (IX) (Ricercar Consort)

CD1
1-1 Weine Nicht 13:32
1-2 Zion Spricht 8:03
1-3 Herr Wenn Ich Nur Dich Habe 7:26
1-4 Wie Liegt Die Stadt So Wüste
Organ – Guy Penson
Violin [❘❘] – Ryo Terakado
16:00
1-5 Dialogo Von Tobias Und Raguel 11:45

CD2
2-1 Kommet Her
Viol [❘❘❘] – Kaori Uemura
7:59
2-2 Wenn Der Herr
Viol [❘❘❘] – Piet Strijkers*
10:56
2-3 Angelicus Coeli Chorus
Organ – Guy Penson
Violin [❘❘] – Ryo Terakado
7:18
2-4 Gegrüsset Seist Du 6:25
2-5 Rex Virtutum 5:31
2-6 Der Tod Ist Verschlungen 4:16
2-7 Es Erhub Sich Ein Streit
Choir – Capella Sancti Michaelis
Conductor – Erik Van Nevel
Organ – Johan Huys
Soprano Vocals – Jill Feldman
Tenor Vocals – Guy De Mey
Violin [❘❘] – Mihoko Kimura

Bass Trombone – Jean-Marie Xhonneux
Bass Vocals – Max Van Egmond
Cello – Hidemi Suzuki
Countertenor Vocals – James Bowman (2)
Double Bass – Eric Mathot
Dulcian – Jean-Louis Fiat
Ensemble – Ricercar Consort
Organ – Willem Jansen*
Recorder [❘] – Frédéric De Roos
Recorder [❘❘] – Patrick Denecker
Soprano Vocals – Greta De Reyghere
Tenor Vocals – Ian Honeyman
Theorbo – Philippe Malfeyt
Trombone [Alto] – Alain Pire
Trombone [Tenor] – Sébastien Jadot
Viol [❘], Viol [Dessus De Gambe] – Philippe Pierlot (2)
Viol [❘❘] – Sophie Watillon
Viol [❘❘❘] – Rainer Zipperling
Violin [❘] – François Fernandez
Violin [❘❘] – Enrico Gatti
Violin [❘❘❘] – Ghislaine Wauters

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“O anjo deixando a família de Tobias”, de Rembrandt (1641)

PQP

DESAFIO PQP! -> Beethoven (1770-1827): Famosas Sonatas para Piano ֎

DESAFIO PQP! -> Beethoven (1770-1827): Famosas Sonatas para Piano ֎

BTHVN

Sonatas Famosas

Desafio revelado: A pianista é Dubravka Tomšič, nascida na linda cidade de Dubrovnik, na Croácia. O disco é uma dessas pequenas joias escondidas nos balaios de ofertas das lojas de disco ou nas franjas das páginas do tipo ML.

 

Luar sobre a Lagoa de Piratininga…

Três sonatas para piano que se destacaram por receberem apelidos: Patética, Ao Luar e Waldstein. Além da numeração ou da tonalidade, essas sonatas ganharam tanto a predileção do público que são conhecidas pelo nome. E realmente, se você quiser dar a alguém uma ideia de como a música de Beethoven é magistral, estas três sonatas serão um excelente ponto de partida. No conjunto há aqueles momentos de suspense, de enternecimento, nos quais os lencinhos vão aos olhos, também aqueles eloquentes silêncios e, principalmente, aquelas irrupções tempestuosas de acordes e de emoções que, se não destroem os pianos, podiam arrebentar uma corda ou duas.

Conde Waldstein

Aqueles entre nós que já ouvem música há mais tempo têm suas preferidas versões, suas escolhas já feitas. De qualquer forma, percorrer as prateleiras de CDs buscando aquela versão especial para ouvir no momento ou para mostrar a alguma companhia enquanto se bate um animado papo sobre música é uma boa antecipação do prazer. Se bem que CDs e prateleiras são cringe e o que é in agora é escolher o arquivo certo no aplicativo estiloso.

Eu tinha um amigo que gostava de adivinhações. Ele selecionava uns dois ou três discos (não tínhamos tantos naqueles dias) com música de um mesmo compositor e fazíamos audições às cegas – mais ou menos como se fazem nos cursos de degustação de vinhos – e depois tentávamos adivinhar as peças e os intérpretes. As peças era a parte mais fácil, mas adivinhar o intérprete era mais complicado e em muitos casos tínhamos interessantes surpresas.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sonata No. 8 em dó menor, Op. 13 – Pathetique

  1. Grave – Allegro di molto e con brio
  2. Adagio cantabile
  3. Rondo (Allegro)

Sonata  No. 14 em dó sustenido menor, Op. 27, 2 – Ao Luar

  1. Adagio sostenuto
  2. Allegretto
  3. Presto agitato

Sonata No. 21 em dó maior, Op. 53 – Waldstein

  1. Allegro con brio
  2. Introduzione. Adagio molto
  3. Rondo. Allegretto moderato – Prestissimo

Dubravka Tomšič, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 129 MB

A surpresa da Dubravka quando lhe contamos do desafio feito aos nossos seguidores…

Assim, proponho essa brincadeira para nossos seguidores, de adivinhar o intérprete destas três lindas sonatas. Se você se divertir ouvindo os arquivos, já ficarei muito feliz. Se adivinhar quem está por trás das teclas, mais ainda. Aquele que enviar uma mensagem fazendo uma tentativa de acertar, terá acesso livre a tantos downloads quanto conseguir e, se além disso, acertar o nome, ganhará uma cocada (virtual)! Não deixe de participar da brincadeira e mantenha contato com o blog para quando houver a grande revelação!

Aproveite!

René Denon

Quem tem majestade…

Béla Bartók (1881-1945): Concerto para Orquestra / Divertimento para Cordas / Scherzo para Orquestra (Doráti, Lehel) #BRTK140 Vol. 13 de 29

Béla Bartók (1881-1945): Concerto para Orquestra / Divertimento para Cordas / Scherzo para Orquestra (Doráti, Lehel) #BRTK140 Vol. 13 de 29

Aqui, toda a coleção.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O extraordinário Concerto para Orquestra é uma obra-prima em cinco movimentos composta por Béla Bartók em 1943. É uma de suas obras mais conhecidas e populares. Na partitura está escrito “15 de agosto – 8 de outubro de 1943”. Foi estreado em 1º de dezembro de 1944 pela Orquestra Sinfônica de Boston regida por Serge Koussevitzky. Foi um enorme êxito. Este Concerto é o mais conhecido da série de peças que têm o título aparentemente contraditório de Concerto para Orquestra. Isso contrasta com a forma convencional de concerto, que apresenta um instrumento solo com acompanhamento orquestral. Bartók disse que chamou a peça de concerto em vez de sinfonia, devido à forma como cada seção dos instrumentos é tratada — sempre de forma solista e virtuosística. A obra foi escrita em resposta a uma encomenda da Fundação Koussevitzky (dirigida pelo maestro Serge Koussevitzky) após a mudança de Bartók da sua Hungria natal — de onde ele fugiu por causa da Segunda Guerra Mundial — para os Estados Unidos. Especulou-se que a obra anterior de Bartók, o Quarteto de Cordas nº 6 (1939), poderia muito bem ter sido a última se não fosse por esta encomenda, que deu origem a um pequeno número de outras composições, incluindo sua Sonata para Violino Solo e o igualmente belíssimo Concerto para Piano No. 3. Bartók revisou seu Concerto para Orquestra em fevereiro de 1945. A maior mudança ocorreu no último movimento, que ficou mais longo. Ambas as versões do finale foram publicadas, mas o finale revisado é quase universalmente o executado.

Bartók escreveu a seguinte nota no programa de estreia da obra:

O clima geral da obra representa uma transição gradual da severidade do primeiro movimento e da lúgubre canção de morte do terceiro, para uma afirmação de vida do último. (…) O título desta obra orquestral sinfônica é explicada por sua tendência a tratar os instrumentos orquestrais individuais de uma maneira concertante ou solística. O tratamento “virtuoso” aparece, por exemplo, nas seções fugato do desenvolvimento do primeiro movimento (instrumentos de sopro) , ou na passagem perpetuum mobile do tema principal no último movimento (cordas), e especialmente no segundo movimento, em que duplas de instrumentos aparecem consecutivamente com passagens brilhantes.

Uma história encantadora e raramente citada sobre esse segundo movimento é relatada pelo maestro Antal Dorati — regente desta gravação –, que estudou piano e composição com Bartók em Budapeste e que ocasionalmente visitava seu antigo professor em Nova York:

Uma vez, quando estávamos sozinhos, Bartók me perguntou:

— Você sabe qual é a interrupção no interrotto do intermezzo [do Concerto]?

— Claro que sim, professor. É da Viúva Alegre.

–Da Viúva Alegre?

A música de Lehár era totalmente desconhecida para ele… Ele simplesmente não havia entendido a que eu estava me referindo.

Então, evidentemente, não era uma citação de lá.

— O que é então?

Tendo extraído minha promessa solene de que não contaria a ninguém enquanto ele ainda estivesse vivo, ele  confidenciou que estava caricaturando uma melodia da Sétima Sinfonia de Shostakovich, a “Leningrado”, que então gozava de grande popularidade na América e, na opinião de Bartók, mais do que merecida, pela luta contra o fascismo

— Então, dei vazão à minha raiva — completou ele.

Voltando, o Concerto para Orquestra segue o palíndromo empregado por Bartók em seu Quarto Quarteto de Cordas (1928), em que o movimento central lento é circundado por dois scherzos, que por sua vez são circundados por dois movimentos maiores.

É uma música linda, virtuosística e de conteúdo. É o trabalho mais popular do compositor e termina numa fuga espetacularmente complexa, antes da conclusão deliciosamente empolgante. No quarto movimento, o segundo scherzo, a orquestra parece rir duas vezes, coisa que Doráti consegue realizar esplendidamente nesta gravação.

Tamanha obra-prima veio acompanhada do Divertimento para Cordas, uma peça bem mais ou menos…

Mais interessante é o Scherzo para Orquestra. Em 1902, aos 21 anos, Bartók começou a trabalhar numa Sinfonia. Depois de tocar partes dela para professores e amigos, o compositor ficou inseguro de seu valor e, no final, decidiu orquestrar apenas o Scherzo. Para aqueles que estão familiarizados com as obras mais conhecidas dos últimos anos de Bartók, esta primeira peça de dez minutos será uma surpresa, principalmente por seu som típico de Richard Strauss. O Scherzo começa com um clima ensolarado, um ostinato animado que leva ao tema principal, uma valsa rápida de caráter um tanto brahmsiano. Alguns notaram sua semelhança com o segundo tema do primeiro movimento da Segunda Sinfonia de Brahms. Outros trechos de valsa aparecem ao longo do movimento. A orquestração de Bartók é bastante colorida, lembrando a música orquestral do Sibelius jovem. Na época, Bartók ainda não tinha desenvolvido a paixão pela música folclórica, o que explica  motivo de este Scherzo ser livre de qualquer indício de sabores húngaros. Aqueles que ouvem esta pequena joia pela primeira vez, provavelmente não suspeitarão que seu compositor é o jovem Béla Bartók.

Béla Bartók (1881-1945): Concerto para Orquestra / Divertimento para Cordas / Scherzo para Orquestra (Doráti, Lehel) #BRTK140 Vol. 13 de 29

1 Concerto for orchestra, Sz. 116, BB 123: I. Introduzione
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123: I. Introduzione. Andante non troppo – Allegro vivace
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1943)
part of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123
9:40

2 Concerto for orchestra, Sz. 116, BB 123: II. Giuoco delle coppie
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123: II. Giuoco delle coppie. Allegretto scherzando
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1943)
part of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123
6:37

3 Concerto for orchestra, Sz. 116, BB 123: III. Elegia
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123: III. Elegia. Andante non troppo
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1943)
part of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123
6:43

4 Concerto for orchestra, Sz. 116, BB 123: IV. Intermezzo interrotto
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123: IV. Intermezzo interrotto. Allegretto
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1943)
part of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123
4:33

5 Concerto for orchestra, Sz. 116, BB 123: V. Finale
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123: V. Finale. Pesante – Presto
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1943)
part of:
Concerto for Orchestra, Sz. 116, BB 123
9:34

6 Divertimento for string orchestra, Sz. 113, BB 118: I. Allegro non troppo
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Divertimento for String Orchestra, Sz. 113, BB 118: I. Allegro non troppo
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1939)
part of:
Divertimento for String Orchestra, Sz. 113, BB 118
9:40

7 Divertimento for string orchestra, Sz. 113, BB 118: II. Molto adagio
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Divertimento for String Orchestra, Sz. 113, BB 118: II. Molto adagio
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1939)
part of:
Divertimento for String Orchestra, Sz. 113, BB 118
9:20

8 Divertimento for string orchestra, Sz. 113, BB 118: III. Allegro assai
orchestra:
Hungarian State Orchestra (Hungarian National Philharmonic Orchestra)
conductor:
Antal Doráti (conductor)
recording of:
Divertimento for String Orchestra, Sz. 113, BB 118: III. Allegro assai
composer:
Béla Bartók (composer) (in 1939)
part of:
Divertimento for String Orchestra, Sz. 113, BB 118
7:39

9 Scherzo from symphony in E-flat major, BB 25, DD 68 for orchestra in C major: Scherzo
orchestra:
Budapest Symphony Orchestra (a.k.a. Budapest Symphony)
conductor:
György Lehel (conductor)
recording of:
Scherzo for piano & orchestra, DD 68, Sz. 28, BB 25 (Op. 2): II. Allegro. Scherzo
composer:
Béla Bartók (composer)
part of:
Scherzo (Burlesque), DD 68, Sz. 28, BB 25, op. 2

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Béla Bartók em Basel no anos de 1936

PQP

Yuliana Avdeeva – Chopin – 16th International Fryderyck Chopin Piano Competition in Warsaw 2010

A pianista russa Yulianna Avdeeva nasceu em 1985, em Moscou. Já aos cinco anos de idade sentava-se ao piano, e com vinte e cinco anos vencia o prestigioso Concurso Chopin de Varsóvia. As gravações destes Cds que trarei para os senhores são registros daquelas apresentações do Concurso. As consegui em algum antigo blog já há alguns anos. Detalhe: Yulianna foi a primeira mulher a ganhar este Concurso desde Martha Argerich, que foi a vencedora em 1965 (trinta e cinco anos antes !!!).
Considerando o nível altíssimo destas competições, não é de admirar a qualidade destas interpretações. Avdeeva é uma pianista perfeccionista, como venho observando quase que semanalmente em suas lives no Facebook. Ali, durante algumas semanas, ela analisou e interpretou os dois Cadernos do Cravo Bem Temperado de Bach, peça por peça. Um trabalho minucioso, que demonstra a total dedicação e respeito da artista tanto à obra quanto ao compositor.
Mas aqui tratamos de Chopin, senhores. E Avdeeva se encontra totalmente a vontade quando interpreta petardos como a Fantasia, op. 49, ou a imensa Balada em Fá Menor, op. 52, ou o meu amado Concerto nº 1 para piano, acompanhado pelo experiente maestro Antoni Witt, três obras extremamente difíceis onde a entrega do músico tem de ser total.
Vou trazer alguns cds desta incrível pianista para os senhores. É com imenso prazer que apresento Yulianna Avdeeva para quem não a conhece, para poderem desfrutar do talento de um artista em formação, mas já completamente ciente de sua capacidade e talento.  Não foi apenas pela sua beleza que o grande maestro belga Frans Brüggen gravou com ela os dois Concertos para Piano de Chopin, que vou trazer para os senhores assim que possível.

01 – Fantasy in F minor Op.49
02 – Nocturne in D-flat major Op.27 No.2
03 – Ballade in F minor Op.52
04 – Piano Concerto No.1 in E Minor Op.11 I – Allegro Maestoso
05 – Piano Concerto No.1 in E Minor Op.11 II – Romance. Larghetto
06 – Piano Concerto No.1 in E Minor Op.11 III – Rondo. Vivace

Yulianna Avdeeva – Piano
Warsaw Philharmonic Orchestra
Antoni Witt – Conductor

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Robert Schumann (1810-1856): Einsam – Peças para Piano – Nino Gvetadze ֎

Robert Schumann (1810-1856): Einsam – Peças para Piano – Nino Gvetadze ֎

Einsam

Peças para Piano

Nino Gvetadze

 

Schumann é um dos compositores de música para piano que eu ouço menos frequentemente, mas não porque não goste de suas peças, muito ao contrário. Ainda não sei bem o porquê disto, talvez seja simples falta de tempo. Tenho particular predileção pelo Carnaval, op. 9, e pelos chamados Estudos Sinfônicos. Assim, logo que vi este disco, com seu interessante repertório, decidi que deveria investir algumas horas nele. Em particular pelas Kreislerianas, ciclo de peças relevantes na obra do compositor. Pois o tempo investido rendeu muitos momentos de prazer, adorei o disco e, portanto, trago aqui para o blog.

Se você é novo neste repertório, note que nas duas obras nas quais se apresentam uma série de peças – Kinderszenen e Kreisleriana – se alternam movimentos mais intimistas, como o celebrado Traumerei, com outros mais extrovertidos. Como num caminho entre um bosque onde se alternam trechos ensolarados com outros sombreados. São os aspectos Eusebius (mais reflexivo) e Florestan (mais apaixonado e impulsivo) da personalidade do compositor. Bem, mais ou menos isso, que eu não sou especialista nestas coisas, se queres saber mais, há muito que ler por aí. De qualquer forma, espero que a ideia ajude a ouvir e gostar do disco.

A pianista Nino Gvetadze nasceu em Tbilisi e teve sua carreira deslanchada entre 2008 e 2010, quando se destacou em importantes concursos para piano. O título do disco – Einsam – reflete um pouco da melancolia de certos momentos do disco, que vale a pena conferir.

Robert Schumann (1810 – 1856)

Arabeske, Op. 18

  1. Arabeske

Kinderszenen, Op. 15

  1. Von fremden Landern und Menschen
  2. Curiose Geschichte
  3. Hasche-Mann
  4. Bittendes Kind
  5. Gluckes genug
  6. Wichtige Begebenheit
  7. Traumerei
  8. Am Camin
  9. Ritter vom Steckenpferd
  10. Fast zu ernst
  11. Furchtenmachen
  12. Kind im Einschlummern
  13. Der Dichter spricht

Kreisleriana, Op. 16

  1. Außerst bewegt
  2. Sehr innig und nicht zu rasch
  3. Sehr aufgeregt
  4. Sehr langsam
  5. Sehr lebhaft
  6. Sehr langsam
  7. Sehr rasch
  8. Schnell und spielend

Waldszenen, Op. 82

  1. Vogel als Prophet

3 Romanzen, Op.28

  1. Einfach

Nino Gvetadze, piano

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FLAC | 210 MB

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MP3 | 320 KBPS | 153 MB

Nino ouvindo os bem-te-vis nos jardins da sede do PQP Bach Corp de Piratininga…

Crítica da Gramophone: ‘Filled with robust contrasts and with exquisitely sculpted phrasing throughout, Gvetadze’s sensitivity to Schumann’s vaunted ‘inner voices’ is unsurpassed. […]

Gvetadze’s focus is unerring and, if the expressive content of the music is always front and centre, she also has an uncanny ability to elucidate the overall structure with immense subtlety. If you don’t yet know her playing, great pleasures await.

Aproveite!

René Denon

Antonio Vivaldi (1678-1741): Amor Profano / Amor Sacro (Kermes)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Amor Profano / Amor Sacro (Kermes)

IM-PER-DÍ-VEL !!! 

Um par de CDs de excelentes árias de Vivaldi. Um dedicado às profanas, outro às sacras. O álbum inclui uma série de gravações inéditas e, assim, contribui para a descoberta do compositor. Mas o que interessa é que as gravações são alegria pura, levadas com grande competência. A música tem ritmo, belas melodias e extrema energia. Kermes, Marcon e a Orquestra Barroca de Veneza são bons amigos dos melômanos.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Amor Profano / Amor Sacro


Amor Profano

1. L’Olimpiade / Act 2 – Siam navi all’onde 6:46
2. La fede tradita e vendicata (RV 712) – Sin nel placido soggiorno 7:43
3. Vivaldi: Orlando furioso RV 728 / Act 2 – Ah fuggi rapido 2:28
4. Tito Manlio / Act 3 – Non m’afflige il tormento di morte 4:06
5. Semiramide (RV 733) – Quegl’ occhi luminosi 5:06
6. Il Tigrane / Act 2 – Squarciami pure il seno 3:21
7. Catone in Utica / Act 1 – Se in campo armato 6:28
8. Il Bajazet (Il Tamerlano) / Sinfonia – 1. [without tempo indication] 2:22
9. Il Bajazet (Il Tamerlano) / Sinfonia – 2. Andante molto 2:39
10. Il Bajazet (Il Tamerlano) / Sinfonia – 3. Allegro 0:56
11. Griselda – dramma per musica – Agitata da due venti 5:31
12. Tito Manlio / Act 3 – Dopo sì rei disastri 1:39
13. La verità in cimento / Act 1 – Amato ben tu sei la mia speranza 7:25
14. Tito Manlio / Act 2 – Combatta un gentil cor 4:34
15. La farfalletta 6:47
16. Il Giustino / Act 3 – Or che cinto ho il crin d’alloro 3:36

Simone Kermes
Venice Baroque Orchestra
Andrea Marcon

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Amor sacro

1. 1. In furore iustissimae (Allegro) – 1. In furore iustissimae (Allegro) 5:10
2. 2. Miserationum Pater (Recitativo) – 2. Miserationum Pater (Recitativo) 0:59
3. 3. Tunc meus fletus (Largo) – 3. Tunc meus fletus (Largo) 7:42
4. 4. Alleluia (Allegro) – 4. Alleluia (Allegro) 1:31
5. Larghetto “Nulla in mundo pax sincera” – Larghetto “Nulla in mundo pax sincera” 7:25
6. Recitativo “Blando colore oculos mundus decepit” – Recitativo “Blando colore oculos mundus decepit” 1:14
7. Allegro (Aria) “Spirat anguis inter flores” – Allegro (Aria) “Spirat anguis inter flores” 3:10
8. Allegro “Alleluia” – Allegro “Alleluia” 1:59
9. Allegro (Aria) “In turbato mare irato” – Allegro (Aria) “In turbato mare irato” 6:49
10. Recitativo “Splende serena, o lux amata” – Recitativo “Splende serena, o lux amata” 0:56
11. Largetto (Aria) “Resplende, bella divina stella” – Largetto (Aria) “Resplende, bella divina stella” 7:44
12. Allegro “Alleluia” – Allegro “Alleluia” 2:12
13. Allegro non molto (Aria) “Sum in medio tempestatum” – Allegro non molto (Aria) “Sum in medio tempestatum” 7:37
14. Recitativo “Quid ergo faciam, infelix anima” – Recitativo “Quid ergo faciam, infelix anima” 1:02
15. Largo (Aria) “Semper maesta, sconsolata” – Largo (Aria) “Semper maesta, sconsolata” 8:21
16. Allegro “Alleluia” – Allegro “Alleluia” 3:02

Simone Kermes
Venice Baroque Orchestra
Andrea Marcon

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Simone Kermes
Simone Kermes

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Serenatas para Sopros K. 361 (Gran Partita) e K. 375 (Akademie für Alte Musik Berlin)

W. A. Mozart (1756-1791): Serenatas para Sopros K. 361 (Gran Partita) e K. 375 (Akademie für Alte Musik Berlin)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu costumo citar sempre a mesma coisa quando posto a Gran Partita: a famosa cena do filme Amadeus onde Salieri fala do lindíssimo Adágio da obra:

Na página não parecia nada! O princípio simples, quase cômico. Só uma pulsação. Trompas, fagotes… Como uma sanfona enferrujada. E depois, subitamente… Lá bem no alto… Um oboé. Uma única nota, ali pendurada, decidida. Até que um clarinete a substitui, adoçando-a numa frase  voluptuosa… Isto não era uma composição de um macaco amestrado. Era música como eu nunca tinha ouvido. Cheia de uma saudade, de uma saudade não realizada. Parecia-me que estava a ouvir a voz de Deus.

Este é o texto de uma das mais belas cenas de Amadeus (1984), de Milos Forman. Quem o diz é F. Murray Abraham no papel de Salieri. Ele recebeu o Oscar de Melhor Ator.

A Serenata Nº 10 para sopros, K. 361, foi escrita para treze instrumentos: 2 oboés, 2 clarinetes, 2 corni di bassetto (os mesmos do Réquiem), 2 fagotes, 4 trompas e um contrabaixo. Foi composta em 1781 ou 1782 e é conhecida pelo apelido de Gran Partita, embora o título não tenha vindo da mão de Mozart. É enorme, tem sete movimentos. O K. 375 que abre este CD também é muito bom, mas fala sério, a Gran Partita é disparado a estrela do disco.

Esta gravação de duas das Serenatas de Mozart é uma joia que você deve ouvir. São duas obras-primas interpretadas com extremo bom gosto e senso do estilo mozartiano. A Akademie für Alte Musik Berlin é sinônimo de muito alta qualidade. Sempre!

W. A. Mozart (1756-1791): Serenatas para Sopros K. 361 (Gran Partita) e K. 375 (Akademie für Alte Musik Berlin)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791): Serenade No. 11 in E -Flat Major, K. 375
1 Serenade No. 11 in E-Flat Major, K. 375: I. Allegro maestoso 07:39
2 Serenade No. 11 in E-Flat Major, K. 375: II. Menuetto – Trio 03:36
3 Serenade No. 11 in E-Flat Major, K. 375: III. Adagio 05:45
4 Serenade No. 11 in E-Flat Major, K. 375: IV. Menuetto – Trio 02:21
5 Serenade No. 11 in E-Flat Major, K. 375: V. Finale. Allegro 03:40

Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran partita”
6 Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran partita”: I. Largo – Molto allegro 09:49
7 Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran Partita”: II. Menuetto – Trio I – Trio II 08:56
8 Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran partita”: III. Adagio 05:19
9 Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran Partita”: IV. Menuetto. Allegretto – Trio I – Trio II 04:55
10 Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran partita”: V. Romance. Adagio 06:31
11 Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran Partita”: VI. Tema con variazioni. Andante 09:38
12 Serenade No. 10 in B-Flat Major, K. 361 “Gran partita”: VII. Finale. Molto allegro 03:31

Akademie für Alte Musik Berlin

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Pobre do Salieri original. O filme faz-lhe a maior das sacanagens póstumas, mas é tão bom que deixa assim.

PQP

 

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 7 (Petrenko)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 7 (Petrenko)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A Sinfonia Nº 7 de Mahler é a mais problemática e possivelmente uma das menos populares das nove (ou dez) do compositor. Pois é, mas é uma de suas melhores sinfonias, na minha opinião sempre equivocada… Com mais de uma hora de duração, entrando e saindo de vários reinos tonais e terminando de um modo estranhamente ensolarado, a obra tem três movimentos centrais que alguns consideram incoerentes. No entanto, o maestro Kirill Petrenko , liderando o Bayerisches Staatsorchester, tem tudo sob controle. Não é  que Petrenko faça algo revolucionário, embora seu finale, de 16min18, seja extraordinariamente rápido (compare com os 18min42 de Bernard Haitink). É que ele tem um conceito diferente para cada movimento e molda a orquestra com eficácia incomum. Em sua leitura, os dois movimentos “Nachtmusik” enquadram o Scherzo, que retoma o som inquietante e muitas vezes dissonante do movimento de abertura. Embora mais longos que o Scherzo, os noturnos são, nas mãos de Petrenko , interlúdios de um drama que só se resolve com o final. Apesar de sua extensão, a obra segue em uma única varredura coerente, como raramente acontece, e a energia ao vivo dessas apresentações de 2018 em Munique é palpável. Esperamos por mais Mahler de Petrenko. Bem, eu realmente pensei que conhecesse esse trabalho — todas as facetas dele. Mas Kirill Petrenko tem uma maneira de ouvir profundamente as texturas e harmonias que às vezes é realmente surpreendente. Ele nos dá ouvidos de raio-X. Esta peça foi talvez o maior salto que Mahler já deu em direção a um tipo de “música pura” que se apoiava menos na alta emoção e mais em uma uma gama quase alucinatória de cores em termos de textura e linguagem harmônica. E se ele consegue fazer mahlerianos experientes, mesmo por um momento, imaginar que esta é uma experiência inédita, então…  Este é um primeiro lançamento auspicioso para a própria gravadora da Bayerisches Staatsorchester e qualquer versão favorita desta sinfonia que você possa ter em sua coleção — seja Bernstein, seja MTT ou um dos Fischers –, mesmo assim Petrenko exige ser ouvido com atenção.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 7 (Petrenko)

1 Symphony No. 7 in E Minor: I. Langsam – Allegro risoluto, ma non troppo (Live) 20:47
2 Symphony No. 7 in E Minor: II. Nachtmusik. Allegro moderato (Live) 14:19
3 Symphony No. 7 in E Minor: III. Scherzo. Schattenhaft (Live) 9:22
4 Symphony No. 7 in E Minor: IV. Nachtmusik. Andante amoroso (Live) 11:45
5 Symphony No. 7 in E Minor: V. Rondo finale (Live) 16:18

Bayerisches Staatsorchester
Kirill Petrenko

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Kirill Petrenko pede para a gente manter a calma e esperar até o Boçalnato ir embora. Que vá logo e não retorne nunca mais!

PQP

Nikolai Kapustin (1937-2020): Peças para Piano – Yoel Eum Son ֍

Nikolai Kapustin (1937-2020): Peças para Piano – Yoel Eum Son ֍

Nikolai Kapustin

Peças para Piano

Yeol Eum Son

 

 

Dia destes fiz a postagem de um disco com Sonatas para Piano compostas no século 20. O destaque da postagem foi uma sonata do compositor Nikolai Kapustin, de quem até aquela data não havia ouvido qualquer peça. Pois a partir daí, acabei me deparando com várias outras peças dele. Pois chegou a hora de postar um disco só com obras dele.

A escolha do disco foi também motivada pela vontade de apresentar aos seguidores do blog esta linda e excelente pianista coreana, Yoel Eum Son. Ela tem sido medalha de prata em algumas das mais importantes competições de piano – atividade que pode ser injusta e certamente é acirradíssima. Só para ilustrar o que eu quero dizer, Daniil Trifonov, Igor Levit e Nobuyuki Tsujii são nomes que apareceram ao lado do dela nestas tais competições. O que importa mesmo são os resultados posteriores e a carreira dela está certamente bem estabelecida com ótimos discos lançados e recitais muito concorridos.

Por falar nisso, ela tem apresentado nestes recitais músicas de Kapustin, de quem foi amiga. Veja um trechinho de uma crítica de um destes recitais que poderá ser lida na integra aqui. ‘Para fechar a primeira parte do recital, ela tocou uma raridade: as Variações, op. 41, de Nikolai Kapustin, um compositor ucraniano nascido em 1937. Ele compôs as Variações em 1984, uma peça de jazz. Teria Orwell imaginado que esta música pudesse ser escrita atrás da Cortina de Ferro em 1984? Ele poderia imaginar qualquer coisa. Em sua interpretação, Son fez o jazz-equivalente a “rockin’ out”. Havia muita alegria na maneira como ela tocou assim como na música’.

Nikolai Kapustin (1937 – 2020)

Oito Estudos de Concerto, Op. 40

  1. Prelude. Allegro assai
  2. Reverie. Moderato
  3. Toccatina. Allegro
  4. Remembrance. Larghetto
  5. Raillary. Vivace
  6. Pastorale. Allegro moderato
  7. Intermezzo. Allegretto
  8. Final. Prestissimo

Variações Op. 41

  1. Variações

Moon Rainbow, Op. 161

  1. Moon Rainbow

Sonatina Op. 100

  1. Sonatina

Sonata No. 2, Op. 54

  1. Allegro molto
  2. Scherzo. Allegro assai
  3. Largo
  4. Perpetuum mobile. Allegro vivace

Yoel Eum Son, piano

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FLAC | 221 MB

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MP3 | 320 KBPS | 161 MB

Yoel Eum Son

Sobre a música que ouviremos no disco, a apresentação do álbum a seguir antecipa um pouco, mas você precisa ouvir para crer. ‘There are many great contemporary composers of our time but few write music that we can relate to so easily and closely as Nikolai Kapustin. His exquisite use of techniques and musical languages of classical and jazz ensures that his music appeals to a wide range of listeners. To those who love classical music but know little about jazz it does not sound too unfamiliar and vice versa. Indeed, it gives great pleasure to even the most untrained ears of either genre of music.

The Korean pianist Yeol Eum Son has long been a champion of the composer and became friends with him. This album is therefore a personal and affectionate tribute to this unique genius and a wonderful introduction to his music’.

Aproveite!

René Denon

Kapustin testando um dos pianos da sede do PQP Bach de Gorlivka…

Os dez primeiros seguidores que enviarem mensagens contando suas impressões da música de Kasputin ganharão cópias da receita do borsch, tradicional prato da gastronomia ucraniana…