Edvard Grieg (1843-1907) – Piano Concerto in A Minor, op. 16, Robert Schumann (1810-1856) – Piano Concerto in A Minor, op. 54

Atendo agora a um pedido antigo, e reforçado nos últimos tempos. O concerto de Schumann já tem duas outras opções, com a Martha Argerich e com o Murray Perahia, mas esta versão que agora posto tem o Concerto de Grieg, um dos mais belos do repertório pianístico. E o intérprete é outro grande especialista nos românticos, o chileno Claudio Arrau.
Já tive oportunidade de ouvir diversas versões destes dois concertos, mas Arrau é um grande especialista em ambos. Seu fraseado é claro, e é muito contido, Extrai da melodia toda a beleza nela contida, sem cair em tentações maiores. Aqui é ajudado pelo grande Christoph von Dohnanyi, que dirige a excecpional Royal Concertgebouw Orchestra, Amsterdam.
Com certeza, um grande momento do piano romântico.

Edvard Grieg (1843-1907) – Piano Concerto in A Minor, op. 16, Robert Schumann (1810-1856) – Piano Concerto in A Minor, op. 54

01 Grieg – Piano Concerto in A Minor, op. 16 – 1 – Allegro molto moderato
02 Grieg – Piano Concerto in A Minor, op. 16 – 2 – Adagio
03 Grieg – Piano Concerto in A Minor, op. 16 – 3 – Allegro moderato molto e marcato
04 Schumann – Piano Concerto in A Minor, op. 54 – 1 – Allegro affetuoso
05 Schumann – Piano Concerto in A Minor, op. 54 – 2 – Intermezzo
06 Schumann – Piano Concerto in A Minor, op. 54 – 3 – Allegro vivace

Claudio Arrau – Piano
Royal Concertgebouw Orchestra, Amsterdam
Christoph von Dohnányi – Conductor

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE – MP3 320kbps

Mussorgsky / Ravel – Quadros de uma Exposição e Borodin – Sinfonia Nº 2 e Danças Polovetsianas

CD novíssimo. Foi gravado em 29 e 31 de dezembro de 2007 em Berlim e lançado em fevereiro na Europa. Mas P.Q.P. não pode esperar e fez sua compra na Amazon. Uma bela compra de um CD que nasceu clássico. Não vou ficar escrevendo sobre as qualidades – notáveis – que vejo em Rattle e nem que a Orquestra Filarmônica de Berlim permanece a mesma, vou falar de outra coisa: a EMI ficou repentinamente inteligente. Colocando o CD original no micro, podemos ver na Internet os ensaios da Filarmônica de Berlim antes do concerto (gravado ao vivo), depoimentos de Rattle, imagens e entrevistas com os músicos, etc. Isso é agregar inteligentemente valor a um produto qua circula anda por aí gratuitamente. E é um material bem produzido, esclarecedor e longo. Nada como pensar um pouquinho.

Mussorgsky: Pictures at an Exhibition
Borodin: Symphony No. 2,
Borodin: Polowetzer Dances

1. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
2. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Gnomus
3. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
4. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – The Old Castle
5. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
6. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Tuileries
7. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Bydlo
8. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Promenade
9. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Ballet of the Unhatched Chicks
10. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Samuel Goldenberg & Schmuyle
11. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – The Market at Limoges
12. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Catacombae
13. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – Cum mortuis in lingua mortua
14. Mussorgsky: Pictures At An Exhibition – The Hut on Fowl’s Legs
15. Mussorgsky: Pictures At An Exhibtion – The Great Gate of Kiev

16. Borodin: Symphony #2 in B minor – I. Allegro
17. Borodin: Symphony #2 in B minor – II. Scherzo: Prestissimo – Allegretto
18. Borodin: Symphony #2 in B minor – III. Andante
19. Borodin: Symphony #2 in B minor – IV. Finale: Allegro

20. Borodin: Polvetsian Dances (from ‘Prince Igor’)

Simon Rattle (Conductor),
Berliner Philharmoniker (Orchestra)

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.: interlúdio :.

Referências.

1. “Hell, just listen to what he writes and how he plays. If you’re talking psychologically, the man is all screwed up inside.” – Miles Davis, 1959
2. The Grafton Alto and Tenor were first produced in the UK just after WW2, when brass was in short supply and very expensive. (…) The saxophone was made out of bakelite, an early easily mouldable, but brittle plastic. The keys, rods and springs were made out of metal. (…) The sound was quite good considering the technology of the period. It lacked something in resonance and had a very short vibration period, so sounds were more damped.

Agosto de 1959: Miles Davis lança a maior (ou ao menos a mais popular entre as maiores) obra-prima do jazz, Kind of Blue.
Alguns meses depois: a atenção de Kind of Blue é obnubilada por uma verdadeira revolução no jazz – um disco gravado por um quarteto sem piano, apresentando músicas de estrutura sem acordes, onde todos os artistas improvisavam ao mesmo tempo e o líder tocava em um saxofone de plástico! (Diga-se de passagem, Charlie Parker já havia tocado com um desses também.)

Miles, óbvio, ficou enciumado e possesso. Mas diante da criação do avant-garde jazz e do free jazz por um homem que não tinha dinheiro para um instrumento decente, teve de resignar-se. E roubar seus músicos nos anos seguintes. Esse homem era uma ameaça – Max Roach chegou a acertar-lhe um soco na boca, em um de seus shows no Five Spot, à época -, mas desbravou com obstinação o mundo (então e ainda) desconhecido da música livre.

Shapeofjazztocome

Ornette Coleman – The Shape of Jazz to Come (128)
Ornette Coleman: alto saxophone
Don Cherry: cornet
Charlie Haden: double bass
Billy Higgins: drums

Produzido por Nesuhi Ertegün para a Atlantic

download – 46MB
01 Lonely Woman 5’02
02 Eventually 4’22
03 Peace 9’04
04 Focus on Sanity 6’52
05 Congeniality 6’48
06 Chronology 6’03
[bonus tracks da edição japonesa de 2006]
07 Monk and the Nun 5’55
08 Just for You 3’50

Boa audição!

Béla Bartók (1881-1945) – O Castelo do Barba Azul

Hoje é o aniversário de Béla Bartók. Não poderia deixar passar em branco a data de nascimento de meu segundo compositor preferido. O Castelo do Barba Azul é única ópera de Bartók. É uma versão moderna da lenda européia sobre o cruel príncipe Barba Azul e suas esposas desaparecidas. Aqui, trata-se de uma metáfora para a impossibilidade de amor entre homens e mulheres. A crítica portuguesa Marta Neves publicou um esclarecedor artigo sobre uma apresentação da ópera ocorrida naquele país. Transcrevo-a aqui:

Ópera de Béla Bartók abre hoje o ciclo “Novas Músicas”

Sete portas escondem os mais recônditos e obscuros segredos do Duque Barba Azul. A sua quarta mulher, Judite, chega ao seu castelo e pretende desvendar esses mistérios. Para isso terá que abrir cada uma das portas, dando início a um drama psicológico fascinante, com encenação de João Henriques e cenografia de Pedro Cabrita Reis .

“O Castelo do Duque Barba Azul”, do húngaro Béla Bartók (ver texto ao lado) – considerada a mais impressionante ópera escrita no início do século XX -, dá hoje início, às 21 horas, ao ciclo “Novas Músicas”, na Casa da Música (CM), no Porto. O bilhete para a ópera em um acto – protagonizada pela meio-soprano Sally Burgess e pelo barítono Andrea Silvestrelli, acompanhados pela Orquestra Nacional do Porto -, e legendada em português, custa 15 euros.

João Henriques – que se sente perante “uma obra lírica sinfónica por excelência” – confessou que este trabalho foi um “grande desafio”. Sobretudo porque o jovem encenador teve de contar com “uma condicionante muito especial”, que foi a instalação de Pedro Cabrita Reis, colocada por cima do palco da Sala Suggia.

Nesta “versão semi-cénica”, João Henriques confessou que o seu “dispositivo foi muito inspirado no painel de Pedro Cabrita Reis”. E, por sua vez, o artista plástico foi encontrar estímulo à própria ópera de Béla Bartók.

O resultado “da viagem desta quarta mulher ao inconsciente do Barba Azul” é uma combinação perfeita de estímulo aos sentidos, onde toda a geometria cénica, criada a partir de sete portas que se vão abrindo, comunica com a policromia do painel.

O segredo das sete portas

Na narrativa, este encontro é notório quando Judite, acabada de chegar ao castelo de Barba Azul, fica intrigada com sete portas fechadas à chave. Dominada pela curiosidade sobre o segredo que esconde cada uma das áreas, exige que o marido lhe dê as chaves.

A partir do momento que Judite começa por abrir a primeira porta, onde encontra a câmara da tortura, o jogo de luzes vai projectando para o espaço aberto de cada porta as cores sequenciais do painel de Pedro Cabrita Reis. Por esta altura, o vermelho garrido vai desenhando na atmosfera “as paredes do castelo manchadas de sangue”.

Depois de descoberta a armadura do Duque, com “milhares de armas bárbaras e horripilantes”, Judite vê-se perante o brilho amarelo do tesouro do Duque, repleto de “moedas douradas, preciosos diamantes, esmeraldas, rubis e mantos de veludo”.

Balada sobre a vida interior

O suspense sobre o que está por detrás de cada porta sobrepõe-se à rotina da acção. No entanto, só depois da revelação de um jardim”, do reino que está por detrás da quinta porta, e de um lago feito de lágrimas, é que a narrativa intensa e profunda explode de forma angustiante.

Béla Balázs, autor do libreto que deu origem à ópera de Béla Bartók proferiu esta curiosa afirmação “A minha balada é sobre a vida interior. O castelo do Barba Azul não é um castelo de pedras. O castelo é a sua alma. É solitário, escuro e secreto: o castelo de portas fechadas”.

Ao interesse exclusivo de Balázs no drama psicológico, o encenador João Henriques acrescentou a sua visão pessoal à ópera. “Para mim, o Duque Barba Azul passou por todo o tipo de experiências nas suas múltiplas vivências”. E acrescentou “Por isso, é que as três mulheres (meras figurantes) são uma criança, uma mulher normal e um homem”.

Fechando o círculo que envolve o drama, a orquestração – sob direcção de Christoph König – confere a cada momento em que se desvenda cada mistério um significado específico com tratamento harmónico correspondente. A cada porta aberta, uma reacção ao que se vê reflectido por detrás dela.

Observação importante: nesta gravação da Naxos, os locais que o Barba Azul e Judith ocupam na imagem estereofônica do CD são correspondentes a seus movimentos entre as sete portas. Som nas caixas!

Béla Bartók – A Kekszakallu herceg vara (Bluebeard’s Castle), BB 62

1. Megerkeztunk (We have arrived) (Bluebeard, Judith) 00:03:59
2. Ez a Kekszekallu vara! (This is Bluebeard’s castle!) (Judith, Bluebeard) 00:05:25
3. Nagy csukott ajtokat latok (I see large closed doors) (Judith, Bluebeard) 00:05:23
4. Jaj! (1. Ajto) (Oh! (Door 1)) (Judith, Bluebeard) 00:04:13
5. Mit latsz? (2. Ajto) (What do you see? (Door 2)) (Bluebeard, Judith) 00:04:23
6. O be sok kincs! (3. Ajto) (Oh, how much treasure! (Door 3)) (Judith, Bluebeard) 00:02:23
7. Oh! Viragok! (4. Ajto) (Oh, flowers! (Door 4)) (Judith, Bluebeard) 00:04:39
8. Nezd, hogy derul mar a varam (5. Ajto) (See how my castle brightens (Door 5)) (Bluebeard, Judith) 00:06:14
9. Csendes feher tavat latok (6. Ajto) (I see a silent white lake (Door 6)) (Judith, Bluebeard) 00:04:42
10. Az utolsot nem nyitom ki (I won’t open the last one) (Bluebeard, Judith) 00:04:05
11. Tudom, tudom, Kekszakallu (I know, I know, Bluebeard) (Judith, Bluebeard) 00:03:32
12. Lasd a regi asszonyokat (7. Ajto) (Look at the women of the past (Door 7)) (Bluebeard, Judith) 00:08:46

Gustav Belacek, bass
Andrea Melath, mezzo-soprano
Bournemouth Symphony Orchestra
Marin Alsop, Conductor

Total Playing Time: 00:57:44

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Resultados dos Concursos

Ou deveria escrever resultado, assim no singular?

Bom, aconteceu algo que eu não tinha imaginado: tivemos 47 respostas ao Quiz; conferi tudo duas vezes; o vencedor foi o primeiro e-mail que chegou, à 1h21 do dia 21/03, com 17 acertos dentre as 21 questões. O segundo colocado fez 15. O nome do vencedor é RAFAEL ALENCAR, alguém que nunca vi mais gordo.

Então recebi este e-mail de F.D.P. Bach:

PQP,

Recebi seis capas. Sem dúvida, a vencedora é a que está em anexo. O vencedor se chama RAFAEL ALENCAR, e tem jeito pra coisa. Você já escreveu o post com os vencedores?

FDP.

Capa Bach 323

Entrei no MSN para falar com FDP, conferimos o e-mail e, sim, era a mesma pessoa.

Só nos resta parabenizar o único vencedor dos dois prêmios e aguardar que ele se manifeste nos comentários. Já sei que vão falar em marmelada, mas vejam o IP dele quando ele comentar! Só falta o cara ser de Porto Alegre…

Rafael, poderias me mandar um e-mail com teu endereço? Ah, e diga-nos quem você é. Deve ser um estudante de música, não esperava alguém com mais de 13, 14 acertos. Estava muito difícil. O incrível é que erraste uma das mais fáceis, aquela sobre a característica física marcante de Goldberg (O carisma, Rafael? Enlouqueceste?) Em compensação, acertaste as iniciais de minhas namoradas. Que chute, hein? No ângulo!

As respostas do Quiz:

Obs.: Houve questões que eram realmente controversas, nestes casos, considerei mais de uma resposta correta. Clara Schumann, se tivesse participado, venceria. Fiz-lhe algumas perguntas pelo MSN e ela matou a pau.

1. Qual é a atriz principal do filme em que Gerard Depardieu diz, repetidamemte, detestar o compositor preferido de Clara Schumann?

a. Anne Brochet
b. Catherine Deneuve
c. Britney Spears
d. Carole Bouquet
e. Fanny Ardant

2. Quais desses compositores chegaram à nona sinfonia e logo bateram as botas?

a. Schubert, Beethoven, Dvorak, Bruckner, Mahler
b. Monteverdi, Beethoven, Ginastera, Dvorak
c. Spohr, Beethoven, Bruckner, Dvorak, Schubert
d. Schubert, Mahler, Beethoven, Dvorak
e. Mozart, Haydn, Shostakovich, Beethoven

3. Quantas vezes Glenn Gould gravou as Variações Goldberg?

a. Uma
b. Duas
c. Três
d. Quatro
e. Ele nunca gravou as Goldberg

4. Quem dedicou uma obra a uma mulher com essas palavras: “Hoje escrevi uma peça na qual a terra começa a tremer. Aqui pude encontrar lugar para colocar as minhas mais belas melodias. Exprimirá o medo que sinto de você”.

a. Richard Strauss
b. Stravinski
c. Sibelius
d. Janácek
e. Debussy

5. “He had some good moments but some dreadful quarter-hours”. A respeito de quem Rossini disse a frase anterior?

a. Handel
b. Offenbach
c. Pixinguinha
d. Wagner
e. Beethoven

6. Quais são os instrumentos combinados na quinta vez em que o tema do Bolero de Ravel é introduzido?

a. Dois flautins, uma trompa e uma celesta
b. Dois cornes ingleses, uma flauta e tímpano
c. Um clarinete, um oboé e um vibrafone
d. Um piano, um violino e um sintetizador
e. Dois oboés, um trombone e uma harpa

7. Quantos anos tinha Johann Gottlieb Goldberg quando recebeu as Variações?

a. 15
b. 20
c. 25
d. 30
e. 35

8. Qual era a característica física de Johann Gottlieb Goldberg que impressionava aos que o conheciam?

a. O vitiligo
b. O carisma
c. A genitália avantajada
d. O tamanho de suas mãos
e. A bela voz

9. Quantos filhos de Bach morreram durante sua existência?

a. 9
b. 10
c. 11

d. 12
e. 13

10. Quem foi o autor do poema da Sinfonia Nº 13 de Shostakovich?

a. Boris Pasternak
b. Anna Akhmátova
c. Stalin
d. Ievguêni Ievtuschenko
e. Andrei Jdanov

11. No disco Fragile, do Yes,é interpretado um movimento de uma sinfonia de Brahms. Qual?

a. O quarto da quinta
b. O segundo da primeira
c. O terceiro da quarta
d. O terceiro da segunda
e. O quarto de Clara

12. Qual era o compositor preferido de Stendhal?

a. Rossini
b. Cimarosa
c. J.S. Bach
d. Berlioz
e. Chico Buarque

13. As pessoas mais chatas do mundo são também conhecidas como:

a. Gremistas
b. Direitistas
c. Wagnerianas
d. Evangélicas
e. Todas as opções acima

14. Qual é o Concerto de Brandenburgo que pode ser considerado um Concerto para Cravo?

a. O segundo
b. O quarto
c. O primeiro, claro
d. O quinto
e. O sexto

15. Qual foi o grande escritor contemporâneo que transformou Glenn Gould em personagem de romance?

a. Philip Roth
b. Thomas Bernhard
c. Thomas Mann
d. Saul Bellow
e. Paulo Coelho

16. Qual foi o extraordinário cravista que viveu Johann Sebastian Bach no cinema?

a. Karl Richter
b. Pierre Hantaï
c. Andreas Staier
d. Gustav Leonhardt
e. Liberace

17. PQP Bach namorou uma mulher nascida em 21 de março, mas cometeu o enorme erro de trocá-la por outra nascida dia 20 do mesmo mês. Respectivamente, quais são as iniciais das duas?

a. M e L
b. L e M
c. M e N
d. C e V
e. X e Y

18. Que instrumento toca o protagonista da segunda e última parte do romance “As Intermitências da Morte” de José Saramago?

a. Violino
b. Viola
c. Violoncelo
d. Contrabaixo
e. Piano

19. Nasceram no mesmo ano que meu pai:

a. Haydn e Domenico Scarlatti
b. Handel e Vivaldi
c. Dmítri Shostakovitch e Serguei Eisenstein
d. Handel e Alessandro Scarlatti
e. Domenico Scarlatti e Handel

20. Qual foi o ator que fez o papel de Richard Wagner em “Ludwig, a Paixão de um Rei”, de Luchino Visconti?

a. Woody Allen
b. Grande Otelo
c. Charlie Chan
d. Trevor Howard
e. Klaus Kinski

21. Respectivamente, de quem são essas citações cheias de indiscutível sabedoria e experiência?

– A música de Wagner parece melhor quando narrada do que quando ouvida.
– Ópera é quando alguém é esfaqueado em cena e, em vez de sangrar, canta.
– Parsifal é aquele tipo de ópera que começa às seis da tarde e, depois de passar três horas, a gente olha o relógio e são seis e vinte.

a. Mark Twain, Ed Gardner, David Randolph
b. Mark Twain, Eddy Murphy, Bernard Shaw
c. Mark Twain, Ed Gardner, Bernard Shaw
d. Peter Gammond, Mark Twain, PQP Bach
e. Bernard Shaw, Peter Gammond, PQP Bach

F.J. Haydn (1732- 1809) – Mais 4 sinfonias com apelidos: 22, 63, 69, 73

Não conheço quem desgoste de Haydn. Pode ser que fiquemos indiferentes, mas detestar o gentil, talentoso e simpático Haydn? Nunca! Um autor muito inteligente e cômico – será que eu já não escrevi isso aqui antes? -, Peter Gammond, disse que Haydn teria sido tão grande quanto Mozart se não houvesse sido tão feliz. Faltava-lhe uma pitada de drama e só alguém absolutamente sem problemas teria escrito tanta coisa… incondicionalmente feliz. Talvez Gammond tenha razão. Haydn escreveu, por exemplo, missas maravilhosas, só que de religiosidade pra lá de duvidosa. Sua verdadeira religião era a música. Não acho convincente o Haydn dos oratórios e missas, mas acho convincente o compositor. Por que escrevo isso? Sei lá.

Essas são sinfonias que posto sem maior lógica. São boas, muito boas; principalmemente “O Filósofo”.

Symphony No. 22 in E flat major (“Philosopher”), H. 1/22
1. Adagio
2. Presto
3. Minueto
4. Finale: Presto

Symphony No.63 in C major ‘La Roxelane’
5. Allegro
6. La Roxelane, allegretto (o piu tosto allegro)
7. Menuet & trio
8. Finale, presto

Symphony No.69 in C major ‘Laudon’
9. Vivace
10. Un poco adagio piu tosto andante
11. Menuetto & trio
12. Finale, presto

Symphony No.73 in D major ‘La Chasse’
13. Adagio-allegro
14. Andante
15. Menuetto & trio, allegretto
16. Finale, allegro assai

Austro-Hungarian Haydn Orchestra
Conductor: Adam Fischer

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F.J. Haydn (1732- 1809) – Os 6 Concertos para Órgão

Obras difíceis de se ver por aí, não? Tentei unir nesta postagem o órgão de Bach e as sinfonias de Haydn postadas ontem, mas não deu muito certo. Haydn é grande, mas às vezes é apressado. Se estes concertos não são ruins também não chegam a seu nível habitual. É um álbum duplo da Philips que busquei na rede. Não encontrei a listagem dos movimentos faixa por faixa, porém vocês, meus caríssimos e informadíssimos leitores-ouvintes, sabem que absolutamente todos os concertos de Haydn obedecem à clássico modelo dos três movimentos rápido-lento-rápido. Vale a pena conhecer, mesmo não sendo o melhor Haydn. Vamos lá:

Upgrade das 10h15, com os movimentos dos concertos, by C.D.F. Bach (obrigado!):

The 6 Organ Concertos

CD1

Concerto em Dó maior, para órgão e orquestra, Hob.XVIII-1
1. Moderato
2. Andante
3. Allegro

Concerto em Dó maior, para órgão e orquestra, Hob.XVIII-10
4. (Moderato)
5. Adagio
6. Allegro

BAIXE AQUI (CD1) – DOWNLOAD HERE (CD1)

CD2

Concerto em Dó maior, para órgão e orquestra, Hob.XVIII-5
1. Allegro moderato
2. Andante
3. Allegro

Concerto em Dó maior, para órgão e orquestra, Hob.XVIII-8
4. Moderato
5. Adagio
6. Finale (Allegro)

Concerto em Fá maior, para órgão e orquestra, Hob.XVIII-7
7. Moderato
8. Adagio
9. Allegro

Concerto em Ré maior, para órgão e orquestra, Hob.XVIII-2
10. Allegro moderato
11. Adagio
12. Allegro

BAIXE AQUI (CD2) – DOWNLOAD HERE (CD2)

Ton Koopman, órgão e regência
Amsterdam Baroque Orchestra

F.J. Haydn (1732- 1809) – Sinfonias 6, 7, 8 (Le Matin, Le Midi, Le Soir)

(O CD ao lado tem as 20 primeiras sinfonias de Haydn, OK?) Chega um momento em que o homem deve confessar que andou sambando errado. Tenho que confessar a vocês que, antes desta madrugada, não tinha ainda ouvido essas três maravilhosas sinfonias de Haydn. Achava-as muito iniciais… Precoces, não podiam ser boas. Mas que erro, meus amigos, que erro! São obras lindíssimas e muito originais, pois a instrumentação é estranhamente “concertante”, com solos de diversos instrumentos. E é aquela luminosidade do menos neurótico e mais feliz dos autores. Estou absolutamente desarmado por Haydn. Um CD perfeito para sua manhã de domingo, enquanto eu estiver dormindo. Que seja bela! Ouça-o num volume bem alto, por favor. Só então você notará a qualidade e a inventividade do jovem Haydn. Desculpe, Franz Josef.

1. Symphony No.6 In D Major ‘Le Matin’: I. Adagio – Allegro
2. Symphony No.6 In D Major ‘Le Matin’: II. Adagio – Andante – Adagio
3. Symphony No.6 In D Major ‘Le Matin’: III. Menuet & Trio
4. Symphony No.6 In D Major ‘Le Matin’: IV. Finale: Allegro

5. Symphony No.7 In C Major ‘Le Midi’: I. Adagio – Allegro
6. Symphony No.7 In C Major ‘Le Midi’: II. Recitativo: Adagio – Adagio
7. Symphony No.7 In C Major ‘Le Midi’: III. Menuet & Trio
8. Symphony No.7 In C Major ‘Le Midi’: IV. Finale: Allegro

9. Symphony No.8 In G Major ‘Le Soir’: I. Allegro molto
10. Symphony No.8 In G Major ‘Le Soir’: II. Andante
11. Symphony No.8 In G Major ‘Le Soir’: III. Menuetto & Trio
12. Symphony No.8 In G Major ‘Le Soir’: IV. La Tempesta: Presto

Austro-Hungarian Haydn Orchestra
Conductor: Adam Fischer

BAIXE AQUI (Parte 1) – DOWNLOAD HERE (Part 1)

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J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 11 de 12)

Neste CD estão os célebres 6 Prelúdios Corais
Schübler. Porém, também está aquela que é, na minha opinião, uma das maiores obras não só de Bach mas universais: a Coral Partita “Sei gegrüßet, Jesu gutig”, BWV 768. Por motivos que só minha psiquê poderia explicar, sinto enorme vontade de chorar quando a ouço. Não o faço, mas sei que poderia a qualquer momento. São vinte minutos de beleza indescritível. Para variar, trata-se de uma obra de variações.

Neste CD, inicia-se “A Arte da Fuga”, a qual será finalizada no 12º.

CD 11

1-4. Chorales (18) for Organ, BWV 655-668 “Leipzig”
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 05/1971

– Jesus Christus, unser Heiland (II), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 14), BWV 665 (BC K88)
– Jesus Christus, unser Heiland (IV), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 15), BWV 666 (BC K89)
– Komm, Gott Schöpfer, heiliger Geist (III), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 17), BWV 667 (BC K90)
– Vor deinen Thron tret ich hiermit (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 18), BWV 668 (BC K91)

5-10. Chorale Preludes (6) BWV 645-650 “Schubler” (17:51)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written circa 1748-1749
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 05/1971

– Wachet auf, ruft uns die Stimme, chorale prelude for organ (Schübler Chorale No. 1), BWV 645 (BC K22)
– Wo soll ich fliehen hin (I), chorale prelude for organ (Schübler Chorale No. 2), BWV 646 (BC K23)
– Wer nur den lieben Gott lässt walten (II), chorale prelude for organ (Schübler Chorale No. 3), BWV 647 (BC K24)
– Meine Seele erhebet den Herren, chorale prelude for organ (Schübler Chorale No. 4), BWV 648 (BC K25)
– Ach bleib’ bei uns, Herr Jesu Christ, chorale prelude for organ (“Schübler No. 5”), BWV 649 (BC K26)
– Kommst du nun, Jesu, vom Himmel herunter, chorale prelude for organ (Schübler Chorale No. 6), BWV 650 (BC K27)

11. Partite sopra “Sei gegrusset, Jesu gutig”, BWV 768 (20:41)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written circa 1700
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

12-16. Art of the Fugue, BWV 1080 (86:44)
Contrapunctus 1-5
Performer Helmut Walcha (Organ – Frans Caspar Schnitger – 1723)
Date Written circa 1745-1750
Recording Studio
Venue St. Lauren’s Church, Alkmaar, Holland
Recording Date 09/1956

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J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 10 de 12)

Os 18 Corais para órgão fazem parte daquelas obras de minha preferência nesta coleção. Não chega a ser música apaixonada ou de grande imposição, são antes tranqüilas e melodiosas como costumava ser o Johann Sebastian jovem. Talvez sejam apenas muito religiosos. Têm uma indiscutível cara de coisa escrita entre seus 20 e 25 anos e custo a acreditar que estes Corais sejam pós-1710. No entanto, a Archiv nos informa que foram escritos entre 1708 e 1717. Para mim, é uma surpresa. Mas estou com sono e não consultar meus livros, OK? Boa audição.

CD 10

1-14. Chorales (18) for Organ, BWV 651-664 “Leipzig”
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 05/1971

– Fantasia super Komm, Heiliger Geist, chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. “0”), BWV 651 (BC K74)
– Komm, heiliger Geist (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 1), BWV 652 (BC K75)
– An Wasserflüssen Babylon (I), chorale prelude for organ, BWV 653a (BC K76)
– Schmücke dich, o liebe Seele (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 4), BWV 654 (BC K77)
– Trio super Herr Jesu Christ, dich zu uns wend (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 4), BWV 655 (BC K78)
– O Lamm Gottes unschuldig (II), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 5), BWV 656 (BC K79)
– Nun danket alle Gott, chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 6), BWV 657 (BC K80)
– Von Gott will ich nicht lassen, chorale prelude for organ (Vehrzehn Choräle No. 7), BWV 658 (BC K81)
– Nun komm der Heiden Heiland (II), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 8), BWV 659 (BC K82)
– Trio super Nun komm der Heiden Heiland (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 9), BWV 660 (BC K83)
– Nun komm der Heiden Heiland (IV), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 10), BWV 661 (BC K84)
– Allein Gott in der Höh sei Ehr (I), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 11), BWV 662 (BC K85)
– Allein Gott in der Höh sei Ehr (III), chorale prelude for organ (Achtzehn Choräle No. 12), BWV 663 (BC K86)
– Trio super Allein Gott in der Höh sei Ehr, chorale prelude for organ, BWV 664 (BC K87)

BAIXE AQUI (Parte 1) – DOWNLOAD HERE (Parte 1)

BAIXE AQUI (Parte 2) – DOWNLOAD HERE (Parte 2)

W.A. Mozart (1756 – 1791) – Divertimentos 136-138 – Duas aberturas de Óperas, Leopold Mozart (1719-1787) – Sinfonia

O nome deste CD é Ci divertiamo…! (Nos divertimos…!) e está correto. É puro ludus e alegria o jovem Mozart empilhando Divertimenti sobre Divertimenti e escrevendo aberturas de óperas. Não entendi muito bem a presença de Leopold por aqui, mas tudo bem. É novamente extraordinária a atuação do Salzburg Chamber Soloists sob a direção do – não, não fiquei louco – portoalegrense Lavard Skou-Larsen. Se fôssemos um povo culto, deveríamos convidá-lo a toda hora para se apresentar aqui. A última vez que o vi no Teatro São Pedro, ele esteve interpretando o Quarteto para Piano Op. 25 de Brahms. Tirou-me lágrimas dos olhos, o desgraçado. Vocês não imaginam, foi lindo.

Também da orquestra de Skou-Larsen é aquele CD Eight Seasons com as Quatro Estações de Vivaldi mais as Quatro Porteñas de Piazzolla. O cara é bom mesmo. Também é deles o CD da morte: A Morte e a Donzela de Schubert e o oitavo quarto de Shosta transcrito para orquestra. Tudo já foi postado aqui. O homem, além de bom, escolhe bem seu repertório.

W. A. Mozart: Divertimento K. 136
1. Allegro
2. Andante
3. Presto

W. A. Mozart: Divertimento K. 137
4. Allegro
5. Andante
6. Presto

W. A. Mozart: Divertimento K. 138
7. Allegro
8. Andante
9. Presto

10. W. A. Mozart: Abertura de Cosi fan tutte

11. W. A. Mozart: Abertura de La Clemenza di Tito

Leopold Mozart: Sinfonia in B
12. Allegro
13. Andante
14. Presto

Salzburg Chamber Soloists
Lavard Skou-Larsen

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Papai faz 323 anos – Sensacional Quiz e Concurso de Capas!

VALENDO PARA O QUIZ E CAPAS: Enviar respostas e/ou “.jpg” impreterivelmente até às 12h do dia 24 de março, segunda-feira. O resultado será divulgado durante o dia 25, aniversário de Béla Bartók. Nada melhor do que unir dois gênios.

PARTE I – O Quiz, por P.Q.P. Bach

Regulamento: Quem acertar mais questões leva o prêmio; em caso de empate, ganha o e-mail que chegou primeiro. Para evitar protestos, preventivamente mando todos os concorrentes indistintamente tomarem em seus respectivos cus.

Prêmio: a obra Uma Noite no Palácio da Razão, de James R. Gaines, que narra a visita de J.S. Bach à corte do iluminista Frederico, o Grande, onde trabalhava nosso irnão C.P.E. Bach. Papai saiu de lá emputecido, mas escreveu e dedicou A Oferenda Musical ao rei, pela qual recebeu um bom punhado de ouro.

Hoje é 21 de março, são 21 questões. Boa sorte!

1. Qual é a atriz principal do filme em que Gerard Depardieu diz, repetidamemte, detestar o compositor preferido de Clara Schumann?

a. Anne Brochet
b. Catherine Deneuve
c. Britney Spears
d. Carole Bouquet
e. Fanny Ardant

2. Quais desses compositores chegaram à nona sinfonia e logo bateram as botas?

a. Schubert, Beethoven, Dvorak, Bruckner, Mahler
b. Monteverdi, Beethoven, Ginastera, Dvorak
c. Spohr, Beethoven, Bruckner, Dvorak, Schubert
d. Schubert, Mahler, Beethoven, Dvorak
e. Mozart, Haydn, Shostakovich, Beethoven

3. Quantas vezes Glenn Gould gravou as Variações Goldberg?

a. Uma
b. Duas
c. Três
d. Quatro
e. Ele nunca gravou as Goldberg

4. Quem dedicou uma obra a uma mulher com essas palavras: “Hoje escrevi uma peça na qual a terra começa a tremer. Aqui pude encontrar lugar para colocar as minhas mais belas melodias. Exprimirá o medo que sinto de você”.

a. Richard Strauss
b. Stravinski
c. Sibelius
d. Janácek
e. Debussy

5. “He had some good moments but some dreadful quarter-hours”. A respeito de quem Rossini disse a frase anterior?

a. Handel
b. Offenbach
c. Pixinguinha
d. Wagner
e. Beethoven

6. Quais são os instrumentos combinados na quinta vez em que o tema do Bolero de Ravel é introduzido?

a. Dois flautins, uma trompa e uma celesta
b. Dois cornes ingleses, uma flauta e tímpano
c. Um clarinete, um oboé e um vibrafone
d. Um piano, um violino e um sintetizador
e. Dois oboés, um trombone e uma harpa

7. Quantos anos tinha Johann Gottlieb Goldberg quando recebeu as Variações?

a. 15
b. 20
c. 25
d. 30
e. 35

8. Qual era a característica física de Johann Gottlieb Goldberg que impressionava aos que o conheciam?

a. O vitiligo
b. O carisma
c. A genitália avantajada
d. O tamanho de suas mãos
e. A bela voz

9. Quantos filhos de Bach morreram durante sua existência?

a. 9
b. 10
c. 11
d. 12
e. 13

10. Quem foi o autor do poema da Sinfonia Nº 13 de Shostakovich?

a. Boris Pasternak
b. Anna Akhmátova
c. Stalin
d. Ievguêni Ievtuschenko
e. Andrei Jdanov

11. No disco Fragile, do Yes,é interpretado um movimento de uma sinfonia de Brahms. Qual?

a. O quarto da quinta
b. O segundo da primeira
c. O terceiro da quarta
d. O terceiro da segunda
e. O quarto de Clara

12. Qual era o compositor preferido de Stendhal?

a. Rossini
b. Cimarosa
c. J.S. Bach
d. Berlioz
e. Chico Buarque

13. As pessoas mais chatas do mundo são também conhecidas como:

a. Gremistas
b. Direitistas
c. Wagnerianas
d. Evangélicas
e. Todas as opções acima

14. Qual é o Concerto de Brandenburgo que pode ser considerado um Concerto para Cravo?

a. O segundo
b. O quarto
c. O primeiro, claro
d. O quinto
e. O sexto

15. Qual foi o grande escritor contemporâneo que transformou Glenn Gould em personagem de romance?

a. Philip Roth
b. Thomas Bernhard
c. Thomas Mann
d. Saul Bellow
e. Paulo Coelho

16. Qual foi o extraordinário cravista que viveu Johann Sebastian Bach no cinema?

a. Karl Richter
b. Pierre Hantaï
c. Andreas Staier
d. Gustav Leonhardt
e. Liberace

17. PQP Bach namorou uma mulher nascida em 21 de março, mas cometeu o enorme erro de trocá-la por outra nascida dia 20 do mesmo mês. Respectivamente, quais são as iniciais das duas?

a. M e L
b. L e M
c. M e N
d. C e V
e. X e Y

18. Que instrumento toca o protagonista da segunda e última parte do romance “As Intermitências da Morte” de José Saramago?

a. Violino
b. Viola
c. Violoncelo
d. Contrabaixo
e. Piano

19. Nasceram no mesmo ano que meu pai:

a. Haydn e Domenico Scarlatti
b. Handel e Vivaldi
c. Dmítri Shostakovitch e Serguei Eisenstein
d. Handel e Alessandro Scarlatti
e. Domenico Scarlatti e Handel

20. Qual foi o ator que fez o papel de Richard Wagner em “Ludwig, a Paixão de um Rei”, de Luchino Visconti?

a. Woody Allen
b. Grande Otelo
c. Charlie Chan
d. Trevor Howard
e. Klaus Kinski

21. Respectivamente, de quem são essas citações cheias de indiscutível sabedoria e experiência?

– A música de Wagner parece melhor quando narrada do que quando ouvida.
– Ópera é quando alguém é esfaqueado em cena e, em vez de sangrar, canta.
– Parsifal é aquele tipo de ópera que começa às seis da tarde e, depois de passar três horas, a gente olha o relógio e são seis e vinte.

a. Mark Twain, Ed Gardner, David Randolph
b. Mark Twain, Eddy Murphy, Bernard Shaw
c. Mark Twain, Ed Gardner, Bernard Shaw
d. Peter Gammond, Mark Twain, PQP Bach
e. Bernard Shaw, Peter Gammond, PQP Bach

RESPOSTAS DO QUIZ: Enviar para [email protected].

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PARTE II – O Concurso de Capas de CDs, por F.D.P. Bach

Regulamento: De acordo com as obras e intérpretes escolhidos, ganha a melhor capa. F.D.P. Bach também utiliza a mesma profilaxia de P.Q.P. Não me obriguem a repetir aquele horrível palavrão, ainda mais no plural. Eu escolho o vencedor e ponto final.

Prêmio: a obra 48 Variações sobre Bach, de Franz Rueb. São 48 textos longos sobre 48 facetas da obra de meu pai. Muito bom este livro da Cia. das Letras.

A seguir, o CD para baixar, a relação de obras e intérpretes escolhidos:

Papai era foda. Além de ter uma obra gigantesca, ainda resolvia adaptar algumas obras para outros instrumentos diferentes daqueles em que eram originalmente pensados. Sem contar os casos em que usava as mesmas melodias de uma obra em outra. Assim, descaradamente, ele se autoplagiava. Esta postagem em homenagem a seus 323 anos de idade traz algumas destas curiosidades, tiradas da edição da “Edição Completa de Bach”, dirigida por Helmuth Rilling.

O texto abaixo, de Andreas Bomba, foi tirado de um dos booklet que acompanham essa série:

Con un organismo vital y un pronunciado carácter

Los conciertos rescatados de Bach para violín

Bach compuso siete conciertos para clave, cuerdas y bajo continuo entre 1735 y 1744. El octavo quedó trunco a los pocos compases. La partitura manuscrita (P 234) se conserva en la Biblioteca Estatal de Berlín.La concepción del manuscrito revela que Bach, desde un principio, no tuvo en mente composiciones sueltas, sino una colección completa de conciertos para clave, puesto que cuando le quedaba suficiente espacio sobrante en el papel, empezaba a anotar el siguiente concierto debajo del último pentagrama del anterior. Esta colección pone de manifiesto la necesidad que tenía Bach de este género de obras. De 1729 y 1737 y nuevamente de 1739 a la década de 1740, Bach dirigió el »Collegium Musicum« que fundara Johann Balthasar Schott en la Iglesia Nueva de Leipzig,una formación instrumental integrada por lo que hoy llamaríamos profesionales y aficionados, mayoritariamente miembros (estudiantes) de la Universidad de esa misma ciudad. Con esta orquesta solía ofrecer conciertos regulares: en invierno los viernes de 8 a 10 p.m. en el Café que regentaba Gottfried Zimmermann en la Catharinenstrasse; en verano, los miércoles de 4 y 6 p.m. en el Café al aire libre del mismo dueño»frente a la Puerta de Grimma«, es decir, en un local para excursionistas en los extramuros de dicha ciudad ferial.Esta actividad de Bach no estaba reñida de modo alguno con sus obligaciones de abastecer de música a las iglesias mayores del lugar. Tampoco tenía visos de ser una amable ocupación colateral o una música para amenizar comidas y banquetes, como se solía pensar hasta la publicación de la obra fundamental de Werner Neumann (Bach-Jahrbuch 1960, p. 5 ss.). Al contrario: se trataba de las primeros conciertos »serios« que marcaron el inicio de los conciertos organizados por y para la naciente burguesía en Leipzig, los cuales no tardaron en hallar feliz continuidad en el »Grand Concert«, precursor de los conciertos en la Sala Gewandhaus.

El Collegium musicum de Bach

Del estilo de las crónicas que la prensa de la época empezó a dedicar en 1733 a esos conciertos se deduce que el término »Collegium musicum« se aplicaba para designar tanto la actividad en sí como el conjunto instrumental. Picander, muy apreciado por Bach como libretista de la Pasión según San Mateo y otras muchas piezas musicales, se vale habilidosamente de esta ambigüedad para comparar el quehacer musical con el flirteo en unos versos nupciales que escribió en 1730:

»Quien busca mujer casadera
Que haga como nosotros
En el Collegium Musicum
Cuando al subir al proscenio
Vemos una partitura en al atril
Y afanosos la hojeamos
Para ver si es difícil de tocar;
Lo mismo hará el pretendiente
Mirando a la novia con suma atención
Hasta el fondo de su corazón.«

Aparte de los colllegiums »ordinarios« los había »extraordinarios«, en los que se dejaban oír generalmente los »Dramme per musica«, serenatas y otras músicas para la corte sajona. Bach se sentía de lo más contento de conciliar a través de ellas el interés político de los burgueses de Leipzig en ensalzar la Casa Real con el interés personal de prestigiarse aún más ante la corte de cuya orquesta aspiraba a ser director tras dedicarle su »Missa « en julio de 1733. Del programa de los conciertos semanales »ordinarios« no se tiene casi la menor idea.

Werner Neumann hace coonjeturas: »El Collegium bachiano, además de presentar obras orquestales contemporáneas cultivaba como es natural las composiciones de Bach. Sobre todo sus oberturas, sinfonías, grupos y conciertos para violín y clave solistas, incluidos sus arreglos de conciertos de terceros compositores, así como algunas sonatas para dúo o para trío….Los hijos de Bach, que seguían los pasos de supadre, debieron de tener allí un vasto campo de acción.

Estos conciertos semanales organizados que incluían no sólo la composición y la interpretación, sino también los ensayos parecen haber ocupado a Bach mucho más de lo que se suponía hasta la fecha« (Bach-Jahrbuch 1960, p. 25).

Transposición, arreglo, préstamo

Ello explica suficientemente la necesidad sentida por Bach de componer una serie de conciertos para clave. El propio Wilhelm Rust, editor de los conciertos de las ediciones completas anteriores (BG) se percató de que los »Siete conciertos para clave con acompañamiento de orquesta« eran a todas luces arreglos.
Se dio cuenta de que el Concierto para clave en Re mayor BWV 1054 estaba muy emparentado con el Concierto para violín en Mi mayor BWV 1042, lo mismo que el Concierto para clave en sol menor BWV 1058 con el Concierto para violín en la menor BWV 1041 así como el Concierto para clave en fa mayor BWV 1057 con el Concierto de Brandemburgo N° 4 BWV 1049. Para definir esas similitudes se valía de palabras como »transposición«, »arreglo«,»lecturas anteriores« y »préstamos«. Rust se imaginó a Bach en trance de componer y advirtió que éste sacaba primero de la partitura fuente la parte del instrumento solista, en este caso del clave, recogiendo las voces de contralto y de bajo y verificando a continuación la viabilidad de la voz solista concertante en el nuevo instrumento. Este estilo de trabajo está documentado por las numerosas correcciones que presenta la partitura manuscrita. Rust llegó incluso a examinar con ojo crítico la calidad de los arreglos que hizo de Bach con sus propias composiciones. »¡En efecto! Si contemplamos los siete conciertos desde ese punto de vista, resulta que solamente los escritos en Re mayor y Fa mayor alcanzaron la perfección necesaria para que el lenguaje del teclado no hiciera sentir demasiado la pérdida del lenguaje original.« (BG 17, p. XIV).

El hecho comprobado de que Bach hizo arreglos de sus propias composiciones para presentarlas de una forma diferente de la original debió de ser chocante para las audiencias del siglo XIX que creían en la originalidad,la singularidad y la autenticidad de la obra artístico-musical. Las obras sindicadas como música de segunda mano parecían víctimas de un anatema, entre ellas las »Misas Luteranas« BWV 233 – 236 (vol. 71/72). Con el descubrimiento paulatino de las cantatas religiosas de Bach, esas composiciones queson las piezas vocales más tempranas del compositor (¡surgidas mucho antes que la Misa en si menor o las Pasiones!) se revelaron todas como »parodias«, re-escrituras y arreglos, desapareciendo de la escena musical con consecuencias que se extienden hasta nuestros días. Audiencias y críticos, no obstante, se hacían la vista gorda ante la Misa en si menor y al Oratorio de Navidad que en gran parte carecen de música »original «, es decir, compuesta expresamente para ellas; en el caso de la segunda se solía mencionar que muchas de sus piezas componentes procedían de cantatas »profanas« a las que se les negaba cualquier probabilidad de supervivencia por ser »música utilitaria«.

Renacimiento o resurrección

Uno percibe hasta cierto punto el desconcierto de Wilhem Rust a la hora de explicar esta circunstancia a los usuarios de las Obras Completas de Bach con el ejemplo de los conciertos para clave sin perjudicar en términos artísticos los procedimientos usuales en la época del compositor y los resultados de allí derivados: »Si quisiéramos acercar al profano el arte excelso que Bach creó en el terreno de la música, ninguna de las demás artes o ciencias serviría para hacer comparaciones certeras en este caso. La obra original es algo muy diferente de un boceto, un borrador, un tema, un armazón, un modelo, una maqueta, un embrión o de demás los términos aplicables a tal efecto. Su primera versión se nos presenta como la expresión acabada de un Yo también acabado, con un organismo vital, con un carácter pronunciado. El todo permanece.

La metamorfosis, como ocurre en la teología, nos pone al descubierto el renacimiento o la resurrección de forma que el Yo irrepetible aparece incólume, pero llevado a la perfección transfigurada. Se le ha insuflado un nuevo espíritu, nuevo sentidos y nuevos órganos que modelan su presencia hasta la perfección más absoluta.« (BG 17, S. XV).

Uno de los suscriptores de la Edición Completa de Bach fue por cierto Johannes Brahms. ¡Qué interesante hubiera sido conocer su reacción ante la publicación del tomo 17 de dicha edición el año 1869 después de que este compositor había sacado a luz suprimer concierto para piano y orquesta cuyo proceso de composición atravesó por varias etapas, desde una sonata para dos pianos hasta al concierto definitivo, pasando por unos bocetos para orquestra! Pero volvamos a los conciertos de Bach. El »reciclaje« de su música para nuevos fines, que se puede probar en tres casos con partituras de su puño y letra, obliga a preguntarse a más tardar durante la preparación de la Nueva Edición Bach (NBA) si los demás conciertos no debieron también su origen a modelos similares. Una posición completamente sobria y acorde con la estética de la época es la que formula Ulrich Siegele en el prólogo de su obra fundamental »Estilo de composición y técnica de arreglos en la música instrumental de Johann Sebastian Bach«, Neuhausen 1975: »La elección de una obra propia o ajena, su arreglo con nuevas vestiduras musicales ocupa un gran espacio en la obra bachiana y en la de su tiempo, sin que ello tuviera nada que ver con el plagio o la falsificación de nada original. Es que una pieza musical jamás se percibe como lista y acabada, pues alberga la posibilidad permanente de perfilarse aún mejor, de asumir contornos más nítidos, de ser más perfecta que antes. Y siempre, o casi siempre, está vinculada a un motivo exterior determinado, a ciertas circunstancias externas, a una situación bien definida: si éstos cambian, la música de adapta a los cambios y permanece adscrita de tal manera a un contexto vital dado« (v.10).

Los límites del procedimiento

Todas estas reflexiones desembocaron en los denominados Conciertos »R« (»R« significaba »reconstrucción«), que salieron a luz bajo el título de »Reconstrucciones de conciertos perdidos para instrumentos solistas« como suplemento en la Serie VII, volumen 7 de las NBA de Wilfried Fischer. Se trata del Concierto BWV 1052 R para violín solista, BWV 1055 R para oboe d’amore, BWB 1056 para violín, BWV 1060 para oboe y violín, así como BWV 1064 para tres violines. Otros intentos de reconstrucción atañen a los conciertos BWV 1053 R, 1056 R y 1060 R para oboe u oboe d’amore que se han grabado en el marco de la Edición Bachakademie como vol. 131 bajo el respetuoso título de »Conciertos rescatados«. El procedimiento de transposición y de arreglo que practicaba el propio Bach se puede analizar en el ejemplo de los tres conciertos BWV 1054/1042, BWV 1058/1041 y BWV 1057/1049 ya mencionados. Queda pendiente de estudio el establecer si este procedimiento es extensible a los demás conciertos.En el informe crítico adjunto al citado volumen de la NBA, Wilfried Fischer define los límites de la reconstrucción: »Téngase en cuenta que ni siquiera una reconstrucciónsobre bases metodológicas serias es capaz de rescatar nota por nota las versiones originales.Las naturales limitaciones del procedimiento residen en la posibilidad latente de que Bach se haya apartado de forma espontánea del texto original durante el arreglo sin dejar el menor rastro de tal alteración« (p.34).

La puesta en práctica de la partitura rescatada plantea cuestiones adicionales. En la presente grabación, que se basa en la NBA, los intérpretes han hallado siempre soluciones individuales en términos de línea vocal, fraseo y articulación.

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Estes CDs não existem no mercado, ao menos na forma em que estão montados. Portanto, não há link da amazon. Fiz esta montagem a partir da integral de Hellmut Rilling:

CD 1

(01) Cembalokonzert d-Moll BWV 1052, 1._Allegro
(02) Cembalokonzert d-Moll BWV 1052, 2.Adagio
(03) Cembalokonzert d-Moll BWV 1052, 3.Allegro
(04) Concerto d-Moll BWV 1052R – 1.Allegro
(05) Concerto_d-Moll BWV 1052R – 2.Adagio
(06) Concerto d-Moll BWV 1052R – 3.Allegro
(07) Cembalokonzert f-Moll BWV 1056, 1.(ohne_Bezeichnung)
(08) Cembalokonzert f-Moll BWV 1056, 2. Largo
(09) Cembalokonzert f-Moll BWV 1056, 3. Presto
(10) Concerto g-Moll BWV 1056R – 1. (Allegro)
(11) Concerto g-Moll BWV 1056R – 2. Largo
(12) Concerto g-Moll BWV 1056R – 3. Presto

Robert Levin – Cembalo
Isabelle Faust – Violin
Bach-Collegium Stuttgart
Helmut Rilling – Direktor

CD 2

(01) Concerto für drei Cembali C-Dur BWV 1064, 1.(ohne_Bezeichnung)
(02) Concerto für drei Cembali C-Dur BWV 1064, 2.Adagio –
(03) Concerto für drei Cembali C-Dur BWV 1064, 3.Allegro
(04) Concerto D-Dur BWV 1064R – 1.(Allegro)
(05) Concerto D-Dur BWV 1064R – 2.Adagio –
(06) Concerto D-Dur BWV 1064R – 3. Allegro
(07) Cembalokonzert D-Dur BWV 1054, 1.(ohne_Bezeichnung)
(08) Cembalokonzert D-Dur BWV 1054, 2.Adagio e piano sempre
(09) Cembalokonzert D-Dur BWV 1054, 3.Allegro
(10) Violinkonzert E-Dur BWV 1042 – 1.Allegro
(11) Violinkonzert_E-Dur_BWV_1042 – 2._Adagio
(12) Violinkonzert E-Dur BWV 1042 – 3. Allegro assai

Robert Levin, Mario Videla, Boris Kleiner – Cembalos
Isabelle Faust, Muriel Cantoreggi & Christoph Poppen – Violin

Pois bem, aí está. FAÇAM A CAPA DO CD! APENAS A CAPA, NADA DE CONTRACAPAS.

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CAPAS DO CD EM “.jpg”: Enviar para [email protected].

Interlúdio

Aproveitando a deixa de Blue Dog, que nos trouxe o clássico álbum “An evening with Herbie Hancock & Chick Corea”, resolvi trazer outro clássico dos anos 70. Trata-se do antológico “V.S.O.P.”,que reúne uma das maiores formações que já foram reunidas na história do Jazz. Não é a toa que recebeu 5 estrelas na amazon, na allmusic, entre outros sites especializados. Herbie Hancock, Freedie Hubbard, Wayne Shorter, Ron Carter e Tony Williams… é brincadeira… o que podemos falar deste quinteto, além do fato de todos terem tocado com Miles Davis, e todos serem considerados gênios em seus respectivos instrumentos? Reconheço que raríssimas vezes vi tanta energia desprendida em um disco, a cada minuto, a cada solo… é tudo perfeito demais, com o perdão da redundância. Não tenho faixa favorita, em minha opinião este cd é impecável do começo ao fim. Cito abaixo o comentário de Conrad Silvert, que consta no encarte do CD: “What the audience applauds on this album transcends mere form, technique and instrumentation. They were thrilled by the charisma generated by five masters who listened to another´s inner ears, spoke to each other at multiple levels, and, no matter how dense the musical content, conveyed their messages to the audience with amazing clarity.”

Sou suspeito para falar deste cd. Deixo a critério de vocês…

Enjoy it.

V.S.O.P. – The Quintet (1977)

1 – One of a Kind (Hubcap)
2 – Third Plane (R. Carter)
3 – Jessica (H. Hancock)
4 – Lawra (T. Williams)
5 – Introduction of Players/Darts
6 – Dolores (W. Shorter)
7 – Little Waltz (R. Carter)
8 – Byrdlike (Hubcap)

Herbie Hancock – Piano
Wayne Shorter – Saxophones
Freedie Hubbard – Trumpets & Flugelhorn
Ron Carter – bass
Tony Williams – Drums

PARTE 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PARTE 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Mouret (1682 – 1738), de Lalande (1732 – 1807), Philidor (1726 – 1795), Lully (1632 – 1687), Charpentier ( 1643 – 1704) – Música Barroca Francesa para Trompete e Orquestra

Como é que os franceses podem viver sem reis e rainhas? O que eles fazem com esse repertório que ouvimos em filmes que querem mostrar a nobreza e grandiosidade dos monarcas? Eu tenho algum respeito por Adolf Scherbaum, mas este CD… Tem umas músicas famosíssimas que são usadas quando o filme tem reis e rainhas ou quando queremos fazer alguma caricatura da nobreza. Sabe aqueles toques de trompete bem famosos? São todos franceses e estão neste disco. Ah, os franceses e a música, a música e os franceses…

Adolf Scherbaum têm gravações estupendas de música para trompete a órgão. Mas este aqui é dureza. Esse Mouret é o compositor que 10 entre 10 reis absolutistas escolheriam. Um saco. Ah, a faixa 32 de Monsieur de Lalande é plágio de uma suíte orquestral de papai. Fuja deste CD! É péssimo!

Sinfonias e Fanfarras!

01 – Fanfares – Première suite – J.J. Mouret
02 – Fanfares – Première suite – J.J. Mouret
03 – Fanfares – Première suite – J.J. Mouret
04 – Fanfares – Première suite – J.J. Mouret
05 – Symphonies – Seconde suite – J.J. Mouret
06 – Symphonies – Seconde suite – J.J. Mouret
07 – Symphonies – Seconde suite – J.J. Mouret
08 – Symphonies – Seconde suite – J.J. Mouret
09 – Symphonies – Seconde suite – J.J. Mouret
10 – Symphonies – Seconde suite – J.J. Mouret
11 – Symphonies – Seconde suite – J.J. Mouret
12 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
13 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
14 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
15 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
16 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
17 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
18 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
19 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
20 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
21 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
22 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
23 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
24 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
25 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
26 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
27 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
28 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
29 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
30 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
31 – Symphonies Quatrième suite – M.R. De Lalande
32 – Symphonies Sixième suite – M.R. De Lalande
33 – Symphonies Sixième suite – M.R. De Lalande
34 – Symphonies Sixième suite – M.R. De Lalande
35 – Symphonies Sixième suite – M.R. De Lalande
36 – Marche à quatre Timbales – A. D. Philidor
37 – Airs de trompettes – J.B. Lully
38 – Airs de trompettes – J.B. Lully
39 – Airs de trompettes – J.B. Lully
40 – Airs de trompettes – J.B. Lully
41 – Prélude du Te Deum – M. A. Charpentier

Adolf Scherbaum, trumpet
Orchestre de Chambre Paul Kuentz
Paul Kuentz, director

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Faltam 38 horas para o Quiz e Concurso de Capas

FDP Bach me adianta que o repertório do CD resultará num álbum duplo! Só queremos a frente, nada de contracapas.

Meu Quiz terá 21 perguntas cujas respostas serão difícilmente encontradas no Google. O grau de complexidade será altíssimo! Muitas questões sobre Bach e Wagner. Muita diversão… Estudem, meninos!

Aguarde-nos. Será no primeiro minuto do dia 21 de março! Vocês poderão enviar suas respostas e imagens até às 12h do dia 24 de março, segunda-feira. O resultado será divulgado dia 25, terça-feira, data no aniversário de Béla Bartók.

Prêmios:

Para o melhor do Quiz… Ah, olhem lá embaixo.

Grieg (1843-1907), Nielsen (1865-1931), Sibelius (1865-1957) – Intimate Voices (Voces Intimae)

Dentro as novidades que ouvi em 2007, esta foi o melhor CD de todas. Quando ganhei de presente o excelente calhamaço “1001 Classical Recordings You Must Hear Before You Die”, fiquei impressionado com a beleza do livro e, de forma um tanto sacana, resolvi procurar um grande CD que não estivesse ali. Fui direto atrás do Intimate Voices do Emerson String Quartet e ele estava lá, na página 575… (o livro é de 2008). Passei e respeitar o livro que, depois vi, tinha textos extraordinários e é muito informativo. Aliás, virou meu livro de cabeceira.

Pois bem, o assunto principal do CD é o quarteto de Sibelius, mas quem rouba a cena é Grieg.

Seu quarteto é o melhor do disco e o Emerson resolveu colocá-lo em primeiro lugar para tivéssemos logo o choque. Mas a história da composição de Sibelius é mais interessante. Situado cronologicamemente entre a terceira e quarta sinfonias, marca um período em que o compositor lutava contra um câncer na garganta (1909). Sibelius venceu o câncer através de várias operações. Durante aquele difícil período, produziu obras bem fechadas. Os quartetos preferem ignorar a existência deste estranho e íntimo quarteto, mas o Emerson abraça a causa e demonstra não ser ela perdida. A interpretação, grave e respeitosa, está como deve ser.

Já o único quarteto de Grieg nos deixa encantado com seu início raivoso, interrompido com episódios melodiosos. Aliás, estes os únicos quartetos de cordas de ambos. Sibelius tinha mais dois, mas destruiu-os. A peça de Grieg é fácil de assimilar e é estranho que seja em tom menor, tal sua alegria. A dança do segundo movimento e o vivaz final valem várias audições, mas nada como o belíssimo primeiro movimento. O Nielsen deste disco não compromete o trabalho, mas é apenas simpático.

Edvard Grieg – Quarteto de Cordas, Op. 27
1. I. Un Poco Andante-Allegro Molto Ed Agitato
2. II. Romanze: Andantino
3. III. Intermezzo: Allegro Molto Marcato-Piu Vivo Scherzando
4. IV. Finale: Lento-Presto Al Saltarello

Carl Nielsen – Ved en ung kunstners baare, Op. 58
5. Ved En Ung Kunstners Baare, Op.58

Jean Sibelius – Quarteto de Cordas, Op. 56 “Voces Intimae”
6. I. Andante-Allegro Molto Moderato
7. II. Vivace
8. III. Adagio Di Molto
9. IV. Allegretto (Ma Pesante)
10. V. Allegro

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J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 9 de 12)

Acabo de ouvir o nono CD e ele não me impressionou demais. É bom, claro, mas não como será o 12º, que traz uma versão da Arte da Fuga, nem como o 11º que vem com o BWV 768 e com os seis Corais Schübler. Mas não adiantemos as coisas. Creio que o ponto alto deste CD sejam as cinco faixas das variações canônicas Vom Himmel hoch, da komm’ ich her, BWV 769.

CD9

1-6. Klavierubung Volume 3, BWV 684-689 (69:55)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1739
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

– Christ, unser Herr, zum Jordan kam (I), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/16), BWV 684 (BC K16)
– Christ, unser Herr, zum Jordan kam (II), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/17), BWV 685 (BC K17)
– Aus tiefer Not schrei ich zu dir (I), chorale prelude for organ á 6 (Clavier-Übung III/18), BWV 686 (BC K18)
– Aus tiefer Not schrei ich zu dir (II), chorale prelude for organ á 4 (Clavier-Übung III/19), BWV 687 (BC K19)
– Jesus Christus, unser Heiland (VI), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/20), BWV 688 (BC K20)
– Fuga super Jesus Christus unser Heiland, fugue for organ (Clavier-Übung III/21), BWV 689 (BC K21)

7. Prelude and Fugue in E flat major, BWV 552 “St Anne”: Fugue (7:25)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1739
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

8. Fugue on the Magnificat “Meine Seele erhebt den Herren”, BWV 733 (4:36)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

9. Nun freut euch, liebe Christen, BWV 734 (2:22)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

10. Vom Himmel hoch, da komm’ ich her, BWV 700 (2:23)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written by 1708
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

11-15. Vom Himmel hoch, da komm’ ich her, BWV 769 (11:06)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1747
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 05/1971

16. An Wasserflussen Babylon, BWV 653b (4:51)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written by 1723
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

17. Valet will ich dir geben, BWV 736 (4:09)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

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Quiz e Concurso de 323 anos!

Vamos brincar no dia 21 de março? Ora, meu pai faria 323 anos e vou propor um Quiz e um Concurso para nossos queridos visitantes.

Penso em colocá-lo no ar ao primeiro minuto do dia 21. Serão vinte questões objetivas. Quem acertar mais, ganha. Se houver empate, ganha quem responder primeiro. No dia, informo o endereço de e-mail para onde as respostas deverão ser endereçadas.

Haverá uma comissão julgadora formada por mim e meus fantasmas. Ela dirimirá as dúvidas e suas decisões serão absolutamente irrecorríveis.

1º Lugar – Receberá o livro Uma Noite no Palácio da Razão, de James R. Gaines.
2º Lugar – Receberá nossos cumprimentos, assim como o terceiro, quarto, etc.

E o concurso será o seguinte: quem fizer a melhor capa de CD para uma seleção de obras quaisquer que FDP Bach escolherá, ganha. FDP também deverá postar a relação de obras (máximo de 80 minutos) no primeiro minuto do dia 21. Ah, ele informará obras E intérpretes. Mandem em “.jpg”. A comissão julgadora do concurso será formada por FDP Bach e sua consciência. Sua decisão será ainda mais irrecorrível.

1º Lugar – Receberá o livro 48 Variações sobre Bach, de Franz Rueb.
2º Lugar – Receberá nossos cumprimentos, assim como o terceiro, quarto, etc.

Hans Werner Henze (1926- ) – Barcarola para Grande Orquestra e Sinfonia Nº 7

A música nos comunica o quê? Como eu sabia que, ao ouvir suas sinfonias na Rádio da UFRGS, Shostakovich estava sendo profundamente confessional? Como é que eu gostava de Henze, sabendo que sua música era sobre revolução, sem ter lido nada a respeito? Que estranhos subtextos nossos ouvidos recebem, que informações processamos? Que referencial? Não sei. Um dia, disse que ia postar minhas dez jóias da coroa, aqueles discos que não empresto nem que me torturem. Aí está um deles.

O CD vale pela notável Sinfonia Nº 7. Ela veio após um longo período sem compor sinfonias – a sexta data de 1969. Ela procura um meio termo entre a tradição clássica e a modernidade. É sua maior obra no gênero. Rattle é um admirador de Henze e aqui consegue dar-lhe grandiosidade e dramatismo adequados. A Barcarola é boa, mas não chega aos pés da Sinfonia. Só o radicalismo idiota pode negar-se a ouvir Henze, rejeitando o importante lugar na música que merece.

Lembrem o que disse Steve Reich:

Todos os músicos do passado, começando na Idade Média, estavam interessados na música popular e na de seus antecessores. A música de Béla Bartók se fez inteiramente com fontes de música tradicional húngara. E Igor Stravinsky, ainda que gostasse de nos enganar, utilizou toda a sorte de fontes russas para seus primeros balés. A grande obra-prima Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill, utiliza o estilo de cabaret da República de Weimar. Arnold Schoenberg e seus seguidores criaram um muro artificial, que nunca existiu antes. Minha geração atirou o muro abaixo e agora estamos novamente numa situação normal. Por exemplo, se Brian Eno ou David Bowie recorrem a mim e se músicos populares reutilizam minha música, como The Orb ou DJ Spooky, é uma coisa boa. Este é um procedimento histórico habitual, normal, natural.

Concordo com Reich. A escola de Viena e seus seguidores foram talvez naturais dentro da evolução da música, mas foram excrescências na história da música com seus grupinhos de iniciados e outros tribalismos chiques. Há quase dois anos, ao completar 80 anos, a Deustche Welle publicou o artigo de Augusto Valente que reproduzo a seguir:

Um dos compositores alemães mais bem-sucedidos completa 80 anos. Moderno demais para a burguesia, “liberal de limusine” para a vanguarda, Henze permanece uma figura que desafia definições sumárias.

A menos que se aceite sem questionar a sentença sumária da intelligentsia musical – “epígono”, “reacionário”, “anacrônico” – não é fácil definir em uma palavra a personagem Hans Werner Henze.

Para começar, uma das habilidades mais admiráveis do compositor é a de combinar técnicas e elementos musicais os mais díspares, da melodia lírica ao complexo sonoro eletroacústico, do leitmotiv wagneriano ao serialismo estrito e os dispositivos aleatórios. Uma liberdade que, por outro lado, oferece flanco a críticas ainda mais ferinas: “oportunista”, “inconseqüente”, “eclético”.

Henze, portanto, um reacionário oportunista? Então, onde se encaixa o ativismo político, suas idôneas tentativas de usar a música contemporânea como instrumento de resistência, seus anos de “terror da burguesia” e o conseqüente preço que pagou em sua carreira?

É preciso mais do que uma palavra para definir essa personagem.

Povo de assassinos

Hans Werner Henze nasce em 1º de julho de 1926 em Gütersloh, no Estado alemão de Vestfália. Um entre seis filhos, resolve estudar música contra a vontade dos pais. Ainda adolescente, sente-se atraído pelas composições modernas, então condenadas pelo regime nazista como “degeneradas”.

A identificação do pai com o nazismo faz com que as crianças se afastem deste (“Ele era um estranho para nós, nunca falava conosco”) e se aproximem da figura materna (“Nunca encontrei tanta ética, tanta musicalidade e sentimento de justiça como em minha mãe”).

Outsider precoce, Hans Werner “sabia que havia campos de concentração e conhecia gente que fora internada”, graças aos contatos de sua família tanto com a direita como com a esquerda. “Desde então acho os alemães suspeitos e horríveis. Até hoje”, revelou numa entrevista recente.

É recrutado aos 18 anos para lutar na guerra, como “soldado alemão, pertencente a uma nação cheia de assassinos e racistas”. Após ser transferido para o setor de cinema de propaganda e ficar preso num campo inglês, retoma em 1946 os estudos de música.

Being German

Seu professor, Wolfgang Fortner, o apresenta naquele mesmo ano como aluno-sensação nos Cursos de Férias de Darmstadt. Entretanto, nos anos seguintes, a linha desse foro da música nova se radicaliza. Um furor ideológico se sobrepõe à estética, o serialismo integral é a única linguagem aceitável.

Com suas “concessões” ao passado, à eufonia, à tonalidade, Henze é persona non grata nos meios da vanguarda. Anos mais tarde, acentuará a importância de se opor às “prescrições dos papas e regras dos monges”, que se atiravam “jubilosos nos braços da era da tecnologia”.

Não excetuada a própria aversão à condição de alemão, Henze corporifica de forma exemplar alguns dos principais vícios, virtudes e paradoxos germânicos. E, com freqüência, ele os leva até à conseqüência última.

Isto se aplica à crônica nostalgia dos alemães pela Itália – já celebrada nos diários italianos de Goethe. Esse anseio explica a brisa mediterrânea que permeia toda a música henziana. Mas também é um dos motivos por que, já em 1953, o músico troca definitivamente a Alemanha pela “terra onde florescem os limoeiros”.

Ânsia de palco

A mudança para a Itália coincide com a explosão de Henze no meio mais propício a seu talento: o palco teatral. À ópera Il Re Cervo (1953-62) segue-se o sucesso de Der Prinz von Homburg, Der junge Lord – textos adaptados pela autora austríaca Ingeborg Bachmann–, Elegy for young lovers e The Bassarids (encomendada pelo Festival de Salzburgo de 1964) – ambas com libreto de W.H. Auden, também colaborador de Igor Stravinsky.

Num escrito de 1975, Henze definia assim sua arte: “O teatro foi e é o meu território, tenho sempre que voltar a ele. Minha música anseia pelo gesto, a corporalidade e a plasticidade. Ela se entende como drama, algo que pertence intimamente à vida, e que não poderia existir na abstinência higiênica ou no particular, no doméstico”.

Tamanha paixão permitiu ao compositor se arvorar, não apenas em próprio regente, como em diretor de cena e cenógrafo, “não sem ocasionalmente resultar em duvidosos diletantismos”, comenta o musicólogo Hans Vogt.

Henze permanece dos poucos compositores contemporâneos com presença assídua nos programas das casas de ópera tradicionais. Sua – declaradamente última – obra do gênero foi L’upupa, que estreou com êxito em 2003, em Salzburgo. O compositor também escreveu para o cinema, notadamente O jovem Toerless (1966) e A honra perdida de Katharina Blum (1975), ambos do alemão Volker Schlöndorff.

De herói romântico a comunista irado

A biografia de Hans Werner Henze nos recorda que a era do Romantismo foi também a era das revoluções sociais, e a Alemanha um dos berços de ambos os movimentos. Henze descreveu todo o arco psicológico que vai do herói romântico – introvertido e solipsista – ao ativista irado.

A absoluta incompatibilidade com a vanguarda européia ficara selada quando, em 1957, Luigi Nono, Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen abandonaram a sala de concertos de Donaueschingen após os primeiros compassos de sua Nachtstücke und Arien.

Deslocado desde sempre, na família, no país, em seu meio profissional, o fato de ser homossexual contribuiu para a sensação de exclusão de Henze. Parte desta, ele projetou tanto nos heróis de suas óperas como em seus numerosos concertos para solista, caracterizados pelo embate do indivíduo contra a massa.

Porém, identificando-se com as minorias deste mundo, o compositor conseguiu transcender a autopiedade egocêntrica, canalizando sua indignação pessoal para a luta política. O autor Paul Griffiths descreve assim sua transformação em terror antiburguês: “O queridinho do Festival de Salzburgo tornou-se um revolucionário; o poeta da alma começou a bradar contra as iniqüidades sociais. Era 1968”.

Abismo entre a teoria e a prática

O banimento de sua música da Alemanha, após o escândalo de uma apresentação de Der Floss der Medusa em 1968; o abrigo dado, no mesmo ano, ao líder estudantil Rudi Dutschke, depois que este sofreu um atentado; o engajamento por Cuba: não há como duvidar da sinceridade do ativista Henze. Ele definitivamente não foi um mero “liberal de limusine”, como queriam seus detratores.

Contudo, permanece insatisfatória sua tradução da contundência política para a linguagem da arte inovadora. Um exemplo são suas obras cênicas El Cimarrón e La Cubana: por melhor que compreendesse intelectualmente a situação do Terceiro Mundo e dos oprimidos, a Cuba musical de Henze não é a de Fidel Castro, mas sim a das florestas tropicais, das palmeiras, dos ritmos exóticos e da sensualidade mulata.

Da mesma forma, a indignação e as palavras de ordem no ciclo de canções Voices – Stimmen, de 1973, não soam muito distantes de fórmulas exploradas com mais pertinência por um Kurt Weill ou Hanns Eisler a serviço de Bertolt Brecht.

Posteridade

Hans Werner Henze completa 80 anos. O que a posteridade terá a dizer sobre ele?

Sua vaga na história da música do século 20 está assegurada, não há dúvida. Se não fosse por outros motivos, a lista de suas associações – artísticas, pessoais, políticas – é um verdadeiro who’s who da arte e cultura européia do pós-guerra: Edward Bond, W.H. Auden, Jean Genet, Pier Paolo Pasolini, Hans Magnus Enzensberger, Rudi Dutschke, Ingeborg Bachmann, sem falar em várias gerações de cantores, instrumentistas e regentes.

Virtuose das técnicas de composição, Henze é um desses artistas que pecaram pelo excesso de fertilidade: boa parte de sua obra é francamente dispensável. Mas não há como excluir a possibilidade de que gerações vindouras descubram uma série de obras-primas incontornáveis em meio a esse palheiro. Talvez seu monumental terceiro concerto para piano, Tristan; ou a delicada cantata Being beauteous, sobre poema de Arthur Rimbaud? Quem sabe, uma das óperas? Não seria a primeira vez que a história da música é forçada a se rever.

O octogenário vive agora em sua vila em Marino, nas cercanias de Roma, com seu companheiro Fausto Moroni, “em meio a gente que nunca seria capaz de fazer o que meus compatriotas fizeram naquela época”.

Hans Werner Henze – Barcarola per Grande Orchestra e Sinfonia Nº 7

1. Barcarola Per Grande Orchestra – In Memoriam Paul Dessau – 1979

Sinfonia Nº 7 (1983-84)
2. I: Tanz – Lebhaft Und Beseelt
3. II: Ruhig Bewegt
4. III: Unablassig In Bewegung
5. IV: Ruhig, Verhalten

City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

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Chaconne – Recital do Musica Antiqua de Köln

Vamos novamente falar a sério. Aproxime-se, caro leitor-ouvinte do PQP. Sente-se. Os grupos de música barroca inventaram um novo e interessante gênero de CD. Eles selecionam uma série de obras afins – mesmo que secretamente afins… – e as interpretam como num recital. Sim, um recital com lógica e não como a maioria dos concertos que assistimos, meras livres e esquizofrênicas associações. Nesta categoria de CDs, há um grande campeão: o Musica Antiqua de Colônia. Reinhard Goebel é insuperável em conhecimento, descoberta e escolha de obras. Vocês não imaginam a incrível qualidade do CD que ora postamos e diria que a grande estrela dele é… Pezel. Hum… claro, mas quem é Johann Christoph Pezel? Amigos, não faço a menor idéia. Pesquisem e depois me informem.

Já a definição de chacona é fácil. Do italiano ciaccona, é uma forma musical baseada na variação de uma pequena progressão harmônica repetida. Originalmente, foi uma rápida dança-canção da Espanha, com um texto muitas vezes grosseiro, mas tornou-se uma dança lenta, às vezes muito lenta, em compasso ternário e que surgiu, inicialmente, no século XVI . Atualmente, a chacona é entendida, de uma maneira um tanto ou quanto arbitrária, como um conjunto de variações numa progressão harmônica em contraposição à variação baseada num padrão melódico do baixo, ao qual foi, da mesma forma, identificado artificialmente como uma passacaglia). Na história da música, considerando a maneira em que uma peça musical é construída, a razão para a escolha dos compositores entre os termos “chaconne” e “passacaglia” não é tão claramente distinguível. (Parágrafo copiado da Wikipedia; fiz alterações.)

Altamente recomendado. É um trabalho esplêndido do MAK.

Chaconne ~ Blow, Corelli, Muffat, Pezel, Purcell, Lully, Marini

1. Lully: Chanconne in G
2. Marini: Passacaglio in g
3. Corelli: Ciacona in G
4. Purcell: Chacony in g, Z 730
5. Purcell: Chacony in g, Z 807
6. Blow: Chacony in G
7. Mayr: Passacalia-Grave in B
8. Pezel: Sonata-Ciacona in B
9. Muffat: Chaconne in G

Reinhard Goebel
Musica Antiqua Köln

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Hello, Puta!

Quando vocês mandarem e-mails para P.Q.P. Bach, por favor, deixem um comentário aqui.

Eu tenho um nome real, outros e-mails, sou casado, tenho filhos, dois cachorros e duas calopsitas. Ou seja, não fico revisando a toda hora o conteúdo que chegou no pqpb@[email protected]. Raramente vou lá. Cadastrei no Yahoo meu nome completo à brasileira: Puta Que Pariu Bach. Então, cada vez que faço login, o Yahoo vem alegremente e me saúda: “Hello, Puta!”.

Sóstenes, amanhã eu leio teu e-mail, OK? Não se ofenda, meu amigo.

William Byrd (1543 – 1623), Orlando Gibbons (1583 – 1625), Jan Pieterszoon Sweelinck (1562-1621)

Dentre as esquisitices do grande Glenn Gould, gosto muitíssimo deste CD. Interpretando obras que gritam e suplicam por um cravo, ele realiza belo trabalho de adestramento. Adestramento de ouvintes, bem entendido. No final, já achamos tudo natural como se Sweelinck, Gibbons e Byrd tivessem ficado 400 anos apenas esperando a irrupção deste gênio do teclado. Sabemos que Gould à vezes fazia disco-tese ou discos-conceito. Não sei da história deste que posto hoje, mas não duvido de nada quando há Gould envolvido. De nada. Ouvi várias vezes sua interpretação destes elisabetanos e acho que identifico algumas magias de estúdio. Ele, além de cantar junto com o piano, adorava brincar com tecnologia… Enjoy!

Consort of Musicke by William Byrd & Orlando Gibbons; Sweelinck: Fantasia in D (The Glenn Gould Edition)

1. William Byrd – First Pavan and Galliard 7:13
2. Orlando Gibbons – Fantasy in C Major 3:38
3. Orlando Gibbons – Allemande (Italian Ground) 1:56
4. William Byrd – Hughe Ashton’s Ground 9:56
5. William Byrd – Sixth Pavan and Galliard 5:20
6. Orlando Gibbons – Lord of Salisbury Pavan and Galliard 5:50
7. William Byrd – A Voluntary 3:33
8. William Byrd – Sellinger’s Round 5:45
9. Jan Pieterszoon Sweenlinck – Fantasia in D 7:22

Glenn Gould, piano

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J. S. Bach (1685-1750) – Obras Completas para Órgão (CD 8 de 12)

Pessoal, não consegui ouvir este CD. Então, vai assim de qualquer jeito, sem texto. Abraços.

CD8

1-5. Orgelbuchlein, BWV 640-644 (7:26)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written circa 1714-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1969

– Ich dich hab ich gehoffet, Herr, chorale prelude for organ (Orgel-Büchlein No. 41), BWV 640 (BC K69)
– Wenn wir in höchsten Nöten sein, chorale prelude for organ (Orgel-Büchlein No. 43), BWV 641 (BC K70)
– Wer nur den lieben Gott lässt walten (I), chorale prelude for organ (Orgel-Büchlein No. 44), BWV 642 (BC K71)
– Alle Menschen müssen sterben (I), chorale prelude for organ (Orgel-Büchlein No. 44), BWV 643 (BC K72)
– Ach wie nichtig, ach wie flüchtig, chorale prelude for organ (Orgel-Büchlein No. 45), BWV 644 (BC K73)

6. Herr Jesu Christ, dich zu uns wend’, BWV 709 (2:53)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

7. Herzlich tut mich verlangen, BWV 727 (2:18)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1708-1717
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

8. Prelude and Fugue in E flat major, BWV 552 “St Anne”: Prelude (9:26)
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1739
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

9-23. Klavierubung Volume 3, BWV 669-683
Performer Helmut Walcha (Organ – Silbermann, Strasbourg – 1780)
Date Written 1739
Recording Studio
Venue St. Pierre-le-Jeune’s Church, Strasbourg
Recording Date 09/1970

– Kyrie, Gott Vater in Ewigkeit (I), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/1), BWV 669 (BC K1)
– Christe, aller Welt Trost (I), chorale prelude for organ (Clavier-Übung No. 2), BWV 670 (BC K2)
– Kyrie, Gott heiliger Geist (I), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/3), BWV 671 (BC K3)
– Kyrie, Gott Vater in Ewigkeit (II), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/4), BWV 672 (BC K4)
– Christe, aller Welt Trost (II), chorale prelude for organ (Clavier-Übung No. 5), BWV 673 (BC K5)
– Kyrie, Gott heiliger Geist (II), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/6), BWV 674 (BC K6)
– Allein Gott in der Höh sei Ehr (V), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/7), BWV 675 (BC K7)
– Allein Gott in der Höh sei Ehr (VI), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III/8), BWV 676 (BC K8)
– Fughetta super Allein Gott in der Höh sei Ehr, for organ (Clavier-Ubung III/9), BWV 677 (BC K9)
– Dies sind die heilgen zehn Gebot (II), chorale prelude for organ (Clavier-Übung III No. 11), BWV 678 (BC K10)
– Fughetta super Dies sind die heilgen zehn Gebot, for organ (Clavier-Übung III/11), BWV 679 (BC K11)
– Wir glauben all an einen Gott (I), chorale prelude for organ, BWV 680 (BC K12)
– Fughetta super Wir glauben all an einen Gott, for organ (Clavier-Übung III/13), BWV 681 (BC K13)
– Vater unser im Himmelreich (II), chorale prelude for organ (Clavier-Übung No. 14), BWV 682 (BC K14)
– Vater unser im Himmelreich (III), chorale prelude for organ (Clavier-Übung No. 145), BWV 683 (BC K15)

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Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music (CD 11 de 11) – String Sextet No.1 in B flat, Op.18, String Sextet No.2 in G, Op.36

Li, gostei e repasso para vocês o comentário de McDonald sobre a fase da vida de Brahms em que foram compostos estes sextetos:

A música de Brahms não se agrupa facilmente em períodos. Os contornos de seu estilo se prenunciaram nos primeiros anos de atividade de composição e não estavam sujeitos a alteração abrupta. Mesmo a sua música inicial possui tal intensidade de caráter e domínio técnico que é difícil falar em imaturidade dando lugar à maturidade. Existe, sem dúvida, um desenvolvimento gradativo pelo qual um domínio sempre mais completo dos pontos essenciais de sua arte levou a uma união sempre mais estreita de meio e forma com expressão, a uma intensidade que se aprofunda e à capacidade de dizer cada vez mais com cada vez menos notas.”

McDonald novamente sintetiza de maneira brilhante a evolução do gênio brahmsiano. Estes sextetos são obras de um compositor já ciente de seu talento e capacidade criativa.  Meu destaque vai para o magnífico segundo movimento do op. 18, um notável conjunto de variações sobre um tema original desenvolvido, e que tem, segundo McDonald, “um débito para com a grande Chacone em ré menor de Bach”.

Demorou, mas consegui concluir esta série. Alguns leitores me pediram outras versões destas peças, o que estarei fazendo na medida do possível (e também já o fiz em outras ocasiões). Brahms é um compositor muito especial para FDP Bach,  e continuará presente no blog.

Ah, a interpretação está a cargo de membros do Berliner Philarmoniker Oktet.

 Johannes Brahms (1833-1897) – Complete Chamber Music (CD 11 de 11) – String Sextet No.1 in B flat, Op.18, String Sextet No.2 in G, Op.36

01 String Sextet No.1 in B flat, Op.18 – I. Allegro ma non troppo
02 String Sextet No.1 in B flat, Op.18 – II. Andante ma moderato
03 String Sextet No.1 in B flat, Op.18 – III. Scherzo. Allegro molto
04 String Sextet No.1 in B flat, Op.18 – IV. Rondo. Poco allegretto e grazioso
05 String Sextet No.2 in G, Op.36 – I. Allegro non troppo
06 String Sextet No.2 in G, Op.36 – II. Scherzo. Allegro non troppo
07 String Sextet No.2 in G, Op.36 – III. Poco Adagio
08 String Sextet No.2 in G, Op.36 – IV. Poco Allegro

Berliner Philarmoniker Oktet

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