Prokofiev: Piano Concerto no.3, Rachmaninov: Piano Concerto no.1 etc. Janis [link atualizado 2017]

Norman Lebrecht definiu a indústria da gravação de música clássica como “uma forma de arte”. E devo dizer que este CD é uma das pérolas desta arte.

A história da sua gravação foi uma novela épica: no auge da guerra fria, EUA e URSS procuraram compensar nas artes as dissimulações que viviam na política, e para manter certos protocolos de boa vizinhança, firmaram diversos acordos de cooperação cultural. Uma dessas foi a troca de músicos: solistas russos tocariam com orquestras nos EUA e orquestras americanas fariam tournées pelo soviete supremo. Consta que numa dessas, algum produtor bem louco teve a brilhante idéia de mandar um solista americano tocar Prokofiev e Rachmaninov na União Soviética, sob a batuta e acompanhamento de orquestra russa. De tão descabida, a ideia quase não saiu do papel, mas como as autoridades americanas acharam que seria interessante, e a gravadora iria lucrar com a polêmica, ficaram nada menos que 5 anos negociando quem, quando, onde e como seria feita a gravação. Para encurtar a história, a cortina de ferro finalmente autorizou, em 1962, Byron Janis e uma equipe de técnicos de gravação da Mercury a ir a Moscow gravar com Kirill Kondrashin regendo a filarmônica local. O resultado é surpreendente. Primeiro, como estavam sendo vigiados e não queriam revelar os segredos da gravação moderna aos sovièticos, levaram equipamento de gravação cinematográfico, e fizeram as matrizes em magnéticos perfurados de 35mm para cinema, dando à gravação uma sonoridade superior à qualquer outra da época. Segundo, para competir para ver quem era mais fiel à partitura, travaram uma espécie de disputa velada, e tanto Janis quanto a orquestra de Moscow fizeram uma performance pra lá de precisas. Parece que se ouve uma orquestra de câmara, de tão nítidos os sons dos instrumentos. Janis tinha uma intimidade muito grande com a obra de Prokofiev, e chegou a tocar este mesmo concerto quando veio ao Brasil na década de 80, razão pela qual ele arrancou elogios da crítica musical soviética, coisa quase surreal dado o contexto da situação. E, para mim, esta é a melhor leitura do concerto 3 de Prokofiev. Ever.

O CD ainda vem com outras obras para piano solo de Schumann, Prokofiev, Mendelssohn e Octavio Pinto (outra surpresa: compositor brasileiro, era o marido de Guiomar Novaes!), o que faz dele mais um item IMPERDÍVEL!

Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 1. Andante
Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 2. Theme & Variations
Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 3. Allegro Ma Non Troppo
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 1. Vivace
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 2. Andante
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 3. Allegro Vivace
Prokofiev: Toccata in D Minor, Op. 11
Schumann: Variations on a theme by Clara Wieck (“Quasi Variazioni”), Op. 5
Mendelssohn: Songs Without Words, Vol. 5, Op. 62 – 1. Andante Espressivo
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – Run, Run
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – March
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – Hobby-Horse

Byron Janis, piano
Kirill Kondrashin, Moscow Philharmonic Orchestra

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Tributo a Sir Colin Davis – Parte 1 [link atualizado 2017]

Eu realmente gosto de Colin Davis. Seu estilo honesto e requintado de reger deixou saudades. Sua leitura era sempre muito objetiva e pouco afetada; ademais, um sujeito que conseguia reger bem compositores tão díspares como Mozart e Stravinsky merece um bom crédito. Acho que foi um dos melhores de sua geração, e ela infelizmente está minguando sem deixar substitutos à altura. Uma pena.

De qualquer forma, graças a Deus que alguns loucos visionários do século XIX descobriram técnicas de registro sonoro, e, por conta disso, a gravação conseguiu fazer perpetuar algumas performances musicais que hoje nos enchem de deleite.

Uma delas é essa: a sinfonia Harold en Italie de Berlioz, pela batuta de Davis e o solo de Nobuko Imai. A obra em si já é curiosa: o mega popstar Paganini resolveu mostrar que era bom também na viola, e encomendou a alguns compositores obras com solo para este instrumento, entre eles Berlioz. Para ele, a escolha foi desastrosa; para o mundo da música, um tesouro. Berlioz nunca seria a pessoa mais indicada para escrever um concerto, já que o barato dele era – e sempre foi – escrever para orquestra. Aliás, Berlioz deve ser o único compositor que não tem nenhuma obra de câmara (até Bruckner tem!), e acabou escolhendo uma sinfonia descritiva sobre o personagem Byroniano Haroldo, sendo o dito representado pela viola. Paganini ficou furioso, pq a obra tinha pouco ou

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quase nada de passagens virtuosísticas (aqueles malabarismos musicais) que ele adorava apresentar, e nunca a tocou. E a sinfonia acabou sendo um sucesso berlioziano (se é que existe este termo), uma das mais hábeis e interessantes escritas para orquestra. Afinal, fazer uma grande orquestra berlioziana (gostei do termo) dialogar com uma viola, tem que saber onde se mete.

No mais, Davis gravou esta sinfonia outras vezes, a mais célebre tendo Menuhin como solista, mas eu sinceramente prefiro esta – não pelo solo, mas pela sonoridade da orquestra e da gravação. E Imai é um espetáculo à parte: uma japonesinha de meio metro de altura, mas que toca que é um gigante.

Esta gravação é de 1975, e foi lançada em CD pela Philips no Berlioz Complete Cycle em 1982. Vem, de lambuja, Tristia op.18 e o Preludio do III ato dos Troianos em Cartago. Como diz nosso amigo pqp, IMPERDÍVEL!

Berlioz: Harold en Italie, Tristia, Les Troyens Prélude

1 Harold en Italie, Op.16: 1. Harold aux montagnes (Adagio – Allegro)
2 Harold en Italie, Op.16: 2. Marche des Pèlerins (Allegretto)
3 Harold en Italie, Op.16: 3. Sérénade (Allegro assai – Allegretto)
4 Harold en Italie, Op.16: 4. Orgie des brigands (Allegro frenetico – Adagio – Allegro), Tempo I
5 Tristia, Op.18: 1. Méditation religieuse (after Thomas Moore)
6 Tristia, Op.18: 2. La mort d’Ophélie – Ballade (after Shakespeare)
7 Tristia, Op.18: 3. Marche funèbre pour la dernière scène d’Hamlet (Allegretto moderato)
8 Les Troyens à Carthage: Prélude à l’Acte II

Nobuko Imai, alto
Sir Colin Davis – London Symphony Orchestra

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Antonio Carlos Gomes (1836-1896): Missa de Nossa Senhora da Conceição [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Queridos, para mim essa missa é especial! é que, além da qualidade composítiva do autor e de execução de orquestra, coro e solistas, tem um motivo a mais que a faz tão querida por mim. Explico:
Em 3 de novembro de 2011, ou seja, há quase dois anos, era postada pelo colegão Avicenna outra bela versão desta Missa de Nossa Senhora da Conceição, de Antonio Carlos Gomes, executada pela orquestra e coro do Festival do Centenário de morte do compositor (aqui), com arquivo que eu lhe enviei e que acabaria sendo mote para o convite que recebi pouco tempo depois para participar da equipe do PQPBach. Passei de admirador a membro do clube! (risos). Isso, para mim, é uma honra imensa!

Bom, vamos parar de babação-de-ovo e vamos logo ao que mais interessa: a obra.

A Missa de Nossa Senhora da Conceição é obra emblemática na carreira de Carlos Gomes. Mostra um compositor jovem que já mostrava grande qualidade melódica e apuro compositivo: O rapaz tinha 23 anos quando a compôs.
Além disso, mostra um compositor em transição, que ainda não apresentava todas as características musicais do romantismo, mas que saía do padrão das obras classicistas ainda dominantes no cenário local nesse tempo. Por isso é possível perceber alguma coisa de compositores como André da Silva Gomes, Padre José Maurício Nunes Garcia, Francisco Manoel da Silva e Manoel Dias de Oliveira, autores já consagrados nacionalmente e com cujas obras o Jovem Tonico já tinha travado contato por conta de seu pai ser um importante copista de partituras (e maestro, e compositor, etc.)
Já estava surgindo ali um senhor compositor, acima da média.

A versão que apresentamos neste ensolarado sábado é a executada em Gent, na Bélgica: coisa rara de ver, uma obra de brasileiro executada e gravada no exterior. Se você conheceu a anterior (se não conheceu, vá la e baixe, também), esta é mais corpulenta, mais volumosa e mais pesada, um pouco. A afinação da orquestra é melhor, também, mas a execução é mais plana, um tanto mais neutra que a brasileira (ainda que mais pesada, pelo fato da orquestra ser maior, há menor variação entre fortes e pianos). O coro é fenomenal e os solistas idem. Repete-se, da outra gravação, a doçura da voz da conterrânea Leila Guimarães, que executa os solos mais bonitos.

Obra grande, de artista grande! Brilhante! Ouça! Ouça! Inebrie-se de música!

Palhina: Leila Guimarães canta o Laudamus te (faixa 3)

Antonio Carlos Gomes (1836-1896)
Missa de Nossa Senhora da Conceição (1859)

Missa de Nossa Senhora da Conceição
1. Kyrie
2. Gloria
3. Gloria – Laudamus te
4. Gloria – Domine Deus
5. Gloria – Qui tollis peccata mundi
6. Gloria – Suscipe
7. Gloria – Qui sedes ad dexteram Patris
8. Gloria – Cum sancto Spiritu
9. Gloria

Leila Guimarães, soprano
Lola di Vito, mezzo soprano
Tiemin Wang, tenor
Paul Claus, barítono
Coro Magnificat di Ursel
Coro Sint Martinus di Drongen-Baarle
Orchestra Jeugd en Muziek in Oost-Vlaanderen
Geert Soenen, regente
Gent, Bélgica, 2003

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…Mas comente… Não me deixe apenas com o silêncio…

Bisnaga

Felix Mendelssohn-Bartholdy – Symphonies 4 & 5 – Abbado, LSO

61bTk5JzUIL._SY300_A Quarta Sinfonia de Mendelssohn, também conhecida como “Italiana”, é sem dúvida, a minha favorita entre as sinfonias deste compositor. Ela é alegre, festiva, ideal para se ouvir neste final de inverno, pois também a vejo prenunciando a Primavera, mais ainda que a Primeira Sinfonia, de Schumann, que foi intitulada “Primavera”. Mesmo seu segundo movimento, um “andante con molto” tem este mesmo ar primaveril, e por que não dizer bucólico também, lembrando aquelas longas e preguiçosas tardes de primavera de nossas infâncias. Em minha opinião, Claudio Abbado realizou a melhor gravação desta sinfonia, ainda nos anos 80, frente à perfeita Sinfônica de Londres. Sempre digo que sou suspeito para falar desta gravação, pois comprei este LP naquela época e o ouvia incansavelmente. Devo conhecer cada nuance, cada detalhe dela.

Em seguida temos a 5ª Sinfonia, também um primor nas mãos de Abbado. Nosso mentor, PQPBach, por diversas ocasiões, já declarou sua admiração e paixão por esta sinfonia. E não poderia se diferente.

Um belo CD, para ouvir sem se cansar, neste início de Primavera.

PS – Antes que reclamem, o CD que estou postando pertence à caixa que a DG lançou recentemente, com quarenta cds com gravações do Claudio Abbado, ou seja, não é o mesmo da capa que botei aí em cima, mas a gravação é a mesma.

1. Symphony No.4 In A, Op.90 – ”Italian” – 1. Allegro Vivace
2. Symphony No.4 In A, Op.90 – ”Italian” – 2. Andante Con Moto
3. Symphony No.4 In A, Op.90 – ”Italian” – 3. Con Moto Moderato
4. Symphony No.4 In A, Op.90 – ”Italian” – 4. Saltarello (Presto)

5. Symphony No.5 In D Minor, Op.107 – ”Reformation” – 1. Andante – Allegro Con Fuoco
6. Symphony No.5 In D Minor, Op.107 – ”Reformation” – 2. Allegro Vivace
7. Symphony No.5 In D Minor, Op.107 – ”Reformation” – 3. Andante
8. Symphony No.5 In D Minor, Op.107 – ”Reformation” – 4. Choral ”Ein’ Feste Burg Ist Unser Gott!” (Andante Con Moto – Allegro Vivace – Allegro Maestoso – Più Animato Poco A Poco)

9. Wind Instruments Ov_ Op 24_ Andante con moto_ Allegro vivace

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado – Conductor

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023-claudio-abbado
Claudio Abbado com certeza é um dos maiores regentes de sua geração.

Antonio Carlos Gomes (1836-1896): Minhas Pobres Canções [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Com orgulho anunciamos a QUADRAGÉSIMA postagem de Carlos Gomes aqui no PQPBach! Hoje ele passa a ser o segundo brasileiro mais presente aqui, perdendo só para o genial Padre José Maurício Nunes Garcia (bom, o Villa-Lobos era o primeiro, mas essa é uma longa e triste história…).

Temos hoje os dois CDs que acompanham o livro da figura ao lado. Essa é daquelas obras que se propuseram a ser definitivas: Minhas Pobres Canções é praticamente um tratado sobre a obra de canções de Antonio Carlos Gomes. O livro foi escrito por Niza de Castro Tank que, além de uma das maiores sopranos nascidas neste solo, foi por muito tempo professora do curso de música da Unicamp (até a compulsória…), o que lhe permitiu ser muito mais que intérprete da música de Nhô Tonico: a limeirense Niza é uma importante pesquisadora e divulgadora da obra do compositor campineiro.
Por se tratar de um livro sobre música, ele vem acompanhado por dois CDs com 41 canções gomianas. É uma obra, literária e auditiva, de suma importância para conhecermos melhor a Carlos Gomes.

“Tão longe, de mim distante/ Onde irá, onde irá teu pensamento?” Os versos são de “Quem Sabe?”, já gravada por intérpretes tão distintos como Ney Matogrosso, Agnaldo Timóteo, Nelson Ayres e Cristina Maristany, e item mais célebre entre a porção menos conhecida da produção do compositor campineiro Antônio Carlos Gomes (1836-1896): as canções.
Se, no teatro Municipal do Rio, há uma estátua dele na entrada, no de São Paulo sua efígie mira fixamente o público, acima do palco -e não por acaso. Com uma carreira de sucesso na Itália, Carlos Gomes foi essencialmente um compositor de óperas, e os acordes da abertura de sua criação lírica mais renomada, “Il Guarany”, estreada no Scala de Milão, em 1870, ecoam até hoje no prefixo do noticioso “Voz do Brasil”.
Na Sala São Paulo, o sinal da chamada para o público vem da “Alvorada” de outra ópera de Carlos Gomes, “Lo Schiavo”.
Participante, no papel de Ceci, da primeira gravação do “Guarany”, em 1959, a soprano Niza de Castro Tank, 75, natural de Limeira (cidade próxima a Campinas), e uma das principais intérpretes do compositor, resolveu resgatar sua produção para canto e piano. “Minhas Pobres Canções” traz as partituras das 41 modinhas e canções que compreendem a produção do autor no gênero.

Dialetos
Caprichada, com revisão musical do pianista e compositor Achile Picchi, a edição traz comentários estilísticos, técnicos e musicais de Niza sobre cada uma das obras. Professores de italiano foram consultados para a versão final dos poemas, já que Carlos Gomes chegou a empregar textos em dialeto vêneto e milanês. O livro é acompanhado por um CD duplo, no qual as obras são interpretadas por Tank e mais seis cantores, acompanhados por Picchi, nas tonalidades originais para as quais foram escritas.
“Eu não podia cantar tudo”, diz Niza. “Sou soprano, até posso tentar a linha de mezzo-soprano, mas não dava para encarar as obras para baixo”, brinca. Picchi e ela participaram, em 1986, de iniciativa análoga, que contemplou uma edição “quase completa” do cancioneiro do compositor, pela Funarte.
Para além dos três álbuns publicados pela editora Ricordi, de Milão, nos anos 80 do século 19, as obras encontravam-se dispersas; além de Campinas, cidade natal do compositor, e Belém do Pará, onde ele morreu, elas foram reunidas em pesquisas no Rio de Janeiro e Curitiba.

Barcarola inédita
Com relação à edição da Funarte, a maior novidade é “Eternamente”, barcarola de 1867, em mi bemol maior, sobre texto em italiano de Marco Marcelliano Marcello (1820-1886), que se encontrava inédita. Se Niza ainda é prudente com relação a chamar sua edição atual de completa, prefere dizer que ela, agora, inclui todas as canções de Carlos Gomes “de que se tem notícia”. Estilisticamente, o compositor classificou algumas das obras do livro de modinhas (como “Quem Sabe?”, sobre versos de Bittencourt Sampaio), escritas em português e inseridas na tradição do gênero. As remanescentes são as canções propriamente ditas, divididas em românticas, dramáticas e satíricas.
“Carlos Gomes nasceu para fazer ópera e, nas canções, a gente sente o lírico que existe nele. Muitas delas são trechos de ópera”, explica Niza. “Contudo, nas canções satíricas, a gente vê o espírito brasileiro e irônico que o acompanhou durante a vida toda.” 
(Irineu Franco Perpétuo, para a Folha de São Paulo, quando do lançamento do livro – 11 de setembro de 2006)

Duas notas importantes:
– Todos os intérpretes são de alto nível. Dá muito gosto de ouví-los!
– Não encontrei o selinho do Amazon com imagem, mas você encontra esse livro-CD lá ou no Estante Virtual por preços de 40 a 120 reais.

Por hora, ouça, ouça! Deleite-se!

Antonio Carlos Gomes (1836-1896), in:
TANK, Niza de Castro. Minhas Pobres Canções. São Paulo: Algol Editora, 2006.

01. Bela ninfa de minh’alma;
02. Suspiro d’alma
03. Anália ingrata
04. Quem sabe?
05. Io ti vidi
06. Notturno
07. Eternamente
08. La madamina
09. Lisa, me vos tu bem?
10. Lo sigaretto
11. Beato Lui
12. Giulietta Mia
13. Célia d’Amore
14. Qui pro quo
15. La preghiera dell’orfano
16. Aurora e Tramonto
17. Sul Lago di Como – La regata
18. Mamma dice
19. Realtà
20. Sempre Teço
21. Mon bonheur
22. Spirto gentil
23. Divorzio
24. Rondinella
25. Oblio
26. Il brigante
27. Bella Tosa
28. Cos’è l’amore
29. La piccola mendicante
30. Civettuola
31. Conselhos
32. L’Arcolaio
33. Lontana
34. Povera Bambola
35. Dolce rimprovero
36. Tu m’ami
37. Per me solo
38. Canta ancor
39. Addio
40. Noces d’argent
41. Fra cari genitor

Niza de Castro Tank, soprano (faixas 02, 04, 18, 21, 24, 30, 33, 38, 41)
Márcia Guimarães, soprano (faixas 08, 09, 17, 32, 35, 40)
Vânia Pajares, soprano (faixas 27, 29, 31, 34)
Lenine Santos, tenor (faixas 01, 03, 05, 10, 14, 15, 19, 22, 33, 36)
Amadeu Góis, barítono (faixas 07, 37, 39)
Francisco Frias, barítono (faixas, 11, 12, 13, 16, 20, 23, 25, 28)
Toroh de Souza, baixo (faixas 06, 26)
Achille Picchi, piano
São Paulo, 2006

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Niza de castro Tank e Achille Picchi: dois entusiastas da obra de Carlos Gomes!

Bisnaga

Modest Mussorgsky (1839-1881) – Pictures at an Exhibition – Franz Schubert (1797-1828) – Piano Sonata in D Major, op. 53, D. 850 – Alice Sara Ott

51oNjD0FozLEste recente CD traz duas grandes obras para piano nas jovens mãos de Alice Sara Ott. Foi gravado ao vivo no famoso Teatro Mariinsky, em São Petersburgo, diferentemente do que disse na postagem anterior, quando comentei que tinha sido gravado em Moscou.
Ott não se intimidou com o repertório, ao contrário, podemos senti-la confiante, tentando não se assustar com o fato de que estava sendo gravada, tocando uma das principais peças do repertório pianístico russo em solo russo, em uma das principais salas de concerto russa, e claro, encarando uma platéia russa, e para completar, no principal festival de música clássica russo, as “Noites Brancas”.
Neste verdadeiro tour-de-force, Alice Sara Ott ainda encara a Sonata D. 850 de Schubert, outro peso pesado do repertório pianístico. Dificilmente podemos encontrar elementos em comum entre as duas peças, mas, como diz Alice em texto do booklet:
“The only thing the two works have in common is that both are very contemporary. They look toward the future, and are not just expressions of the rules of the time (…)
Enfim, outro belo cd desta jovem pianista, filha de uma japonesa e de um alemão, uma mistura de culturas pouco comum.

01 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Promenade
02 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Gnomus
03 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – [Promenade]
04 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Il vecchio castello
05 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – [Promenade]
06 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Tuileries (Dispute d’enfants apres j
07 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Bydlo
08 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – [Promenade]
09 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Ballet des poussins dans leurs coques
10 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Samuel Goldenberg und Schmuyle
11 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Promenade
12 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Limoges. Le Marche (La Grande Nouvelle)
13 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Catacombae (Sepulcrum romanum)
14 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – Cum mortuis in lingua mortua
15 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – La Cabane sur des pattes de poule (B
16 – Mussorgski – Pictures at an Exhibition – La Grande Porte (de l’ancienne capit
17 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – I. Allegro vivace
18 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – II. Con moto
19 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – III. Scherzo. Allegro vivace
20 – Schubert – Piano Sonata in D major Op.53 D 850 – IV. Rondo. Allegro moderato

Alice Sara Ott – Piano

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FDPBach

Figurões cantam Carlos Gomes… E outros achados [link atualizado 2017]

Achados ! E que achados !!!

Resgatei do fundo do baú peças de Antonio Carlos Gomes de cujas gravações, algumas delas, eu nem me recordo quem são os intérpretes…

A sensação foi realmente a de encontrar algo muito querido no fundo do baú: depois de acumular tanta música, estava eu faxinando meu HD, pois a gente acumula coisas até no computador… Acabei encontrando ali, jogadinha no canto, uma pastinha que há tempos não ouvia. “Vamos ver se presta, se não prestar, deleto logo esses arquivos” – pensei. “Noooossa! Tem Bidú Sayão, Caruso, Montserrat Caballé e José Carreras aqui!” – exultei, contente como quem encontra fotos antigas de pessoas queridas dentro a um livro esquecido.

Sim, tinha umas porcarias na mesma pasta que eu fiz questão de descartar. Hoje tenho coisa muito melhor, mas dessas daqui foi impossível me despedir. Ouvi tudo, ouvi de novo e fechei este conjunto que estou postando hoje.

Começa com a dulcíssima Ave Maria em duas versões: uma apenas orquestral e uma segunda cantada pela Ruth Staerke, que imprime os mais elevados sentimentos na partitura de Carlos Gomes. Depois tem Nelson Ayres, elegantíssimo, tocando a tão batida Quem Sabe (tão batida porque é belíssima, provavelmente a música mais gravada do Nhô Tonico) em seu piano, acompanhado pelo Sax de Roberto Sion e pela Camerata da OSESP. A essa versão pus na sequência mais duas, dei lugar até para uma audição menos erudita de Francisco Petrônio, acompanhado pelo refinado violão de Dilermando Reis (provavelmente a versão que sua mãe ou sua avó conheceram), e segui com a levíssima voz de Nadja Silva, que canta com harpa: um anjo!

Daí para a frente, foi necessário dar lugar às árias das óperas de Carlos Gomes, cantadas por intérpretes formidáveis: temos Enrico Caruso, por muitos considerado o maior tenor de todos os tempos, cantando Mia Piccirella e Quando Nascesti Tu. Me senti na necessidade de inserir uma intérprete brasileira no meio das árias, e eis que surge Bidú Sayão, cantando a cândida Come Serenamente. Para finalizar de maneira pomposa, Montserrat Caballé e José Carreras cantam, com uma sintonia formidável, Sento una Forza Indomita.

Que delícia! Termino de escrever estas linhas cantarolando a última faixa na frente do computador.

Carlos Gomes, Nhô Tonico, música de primeiríssima categoria para nosso deleite.
Ouça, ouça! E, claro, deleite-se!

Antonio Carlos Gomes (1836-1896)
Figurões cantam Carlos Gomes… E outros achados.

01. Ave Maria
02. Ave Maria
03. Mazurka
04. Tu m’ami
05. Quem Sabe?
06. Quem Sabe?
07. Quem Sabe?
08. Mia piccirella, da ópera Salvator Rosa
09. Quando nascesti tu, da ópera Lo Schiavo (1911)
10. Come serenamente, da ópera Lo Schiavo (1916)
11. Sento una forza indomita, da ópera Il Guarany

Créditos
01. Orquestra não identificada
02. Ruth Staerke (soprano)
03. piano e violino
04. tenor e piano
05. Nelson Ayres (piano), Roberto Sion (sax soprano), Naipe de Cordas da OSESP, Cláudio Cruz (regente)
06. Francisco Petrônio (voz), Dilermando Reis (violão)
07. Nadja Silva (soprano) e harpa
08. Enrico Caruso (tenor), orquestra não identificada
09. Enrico Caruso (tenor), orquestra não identificada
10. Bidú Sayão (soprano), orquestra não identificada
11. Montserrat Caballé (soprano), José Carreras (tenor)

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Belo bigode, heim, Caruso!

Bisnaga

Frederic Chopin – Chopin: The Complete Waltz – Alice Sara Ott

5172St6aWyL (1)Este foi o disco de estréia da gracinha Alice Sara Ott no selo Deutsche Grammophon. Para aqueles que gostam de Chopin e de suas valsas, esta gravação pode ser uma boa introdução para estas lindas peças.
Para os fãs de gigantes do teclado como Rubinstein, um dos maiores intérpretes de Chopin de todos os tempos, soa por vezes até ingênua a leitura de Alice. Mas levemos em consideração a idade e vamos ficar com a música em si. Alice tem um talento imenso, disso não há dúvidas, senão a DG não a teria contratado. Seu cds mais recentes, principalmente o último, em que encara Mussorgsky ao vivo, em Moscou, mostram que ela não tem medo de se arriscar. Para um disco de estréia, as três estrelas e meia da amazon estão muito bem vindas.

Não sei se os senhores gostam tanto destas valsas quanto eu, que cresci ouvindo o velho LP do Rubinstein. Portanto, sou suspeito para falar destas peças, que adoro. E gostei da juventude e impetuosidade de Alice encarando estas obras. Eis o relato dela a respeito desta gravação:

“I’ve always been fascinated by Chopin’s waltzes. He composed them all through his life, from early youth until shortly before his death. His whole life and his personality are reflected in the waltzes…They say that home isn’t a place but a feeling. I can identify with how torn Chopin felt, because I also grew up and live between two cultures. Neither in Germany nor in Japan do I have a proper homeland. In both countries I’m regarded as a foreigner. For me, too, music is the only place where I really feel at home.”–Alice Sara Ott

Bonito isso. Espero que apreciem.

01 Waltz No.1 in E flat, Op.18 – _Gr
02 Waltz No.2 in A flat, Op.34 No.1
03 Waltz No.3 in A minor, Op.34 No.2
04 Waltz No.4 in F, Op.34 No.3
05 Waltz No.5 in A flat, Op.42 – _Gr
06 Waltz No.6 in D flat, Op.64 No.1
07 Waltz No.7 In C Sharp Minor, Op.6
08 Waltz No.8 in A flat, Op.64 No.3
09 Waltz No.9 in A flat, Op.69 No.1
10 Waltz No.10 in B minor, Op.69 No.
11 Waltz No.11 in G flat, Op.70 No.1
12 Waltz No.12 in F minor_A flat, Op
13 Waltz No.13 in D flat, Op.70 No.3
14 Waltz In A Flat Opus Posth. Kk4A
15 Waltz In E Flat Opus Posth. Kk4b
16 Waltz In E Flat Opus Posth. Kk4A
17 Waltz In E Opus Posth. Kk4A No.12
18 Waltz In E Minor Opus Posth. Kk4A
19 Waltz In A Minor Opus Posth. Kk4B

Alice Sara Ott – Piano

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FDPBach

alice-sara-ott

Franz Liszt (1811-1886) – Ungarische Rapsodien – Iván Fischer – Budapest Festival Orchestra

41ZAL5QF7DL._SY300_As rapsódias húngaras de Liszt são talvez as peças mais populares do compositor húngaro. Deliciosas, divertidas, alegres, exigem de todos os músicos da orquestra um grande domínio de seus instrumentos, e consequentemente de seu regente um grande domínio da orquestra. É uma troca, eu diria. Vi certa vez um vídeo de Herbert von Karajan regendo a Segunda Rapsódia, creio que a mais conhecida. O velho Kaiser mal mexia os braços, apenas esboçava movimentos e trocava olhares com seus músicos. Era o suficiente para demonstrar o domínio que tinha da orquestra. Todos sabiam exatamente o que fazer e como.
Nunca iria colocar Iván Fischer no mesmo nível de Karajan, nem a excelente Budapest Festival Orchestra no mesmo nível da Filarmônica de Berlim, mas a cumplicidade entre regente e orquestra é a mesma. Lembrando que Fischer montou esta orquestra a seu gosto, portanto conhece todos os seus músicos muito bem. E estão em seu pleno elemento quando tocam Liszt, talvez por também serem húngaros e conhecerem bem os costumes, tradições e lendas de seu país. E claro, sua música.
Mas chega de falar e vamos ao que importa. Com os senhores, as Rapsódias Hungaras, nas mãos competentes de Iván Fischer regendo a Budapest Festival Orchestra.

1 Ungarische Rhapsodie I f-moll S.359-01
2 Ungarische Rhapsodie II d-moll S.359-02 (12)
3 Ungarische Rhapsodie III D-durl S.359-03 (06)
4 Ungarische Rhapsodie IV d-moll S.359-04 (02)
5 Ungarische Rhapsodie V e-moll S.359-05 (05)
6 Ungarische Rhapsodie VI D-dur S.359-06 (09)

Budapest Festival Orchestra
Iván Fischer – Conductor

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Johann Pachelbel (1653-1706): Hexachordum Apollinis

Pachelbel é conhecido principalmente pelo seu Cânon, que até hoje recebe arranjos e abusos, sempre sobrevivendo aos mesmos. O compositor foi professor do irmão mais velho de meu pai, Johann Sebastian Bach, o qual, por sua vez, ensinou o irmão, que recebeu, assim, sua influência indireta. A música para órgão de Pachelbel é central em sia obra, incluindo 70 corais e 95 fugas.

E este CD é bastante bom, viram?

Johann Pachelbel (1653-1706): Hexachordum Apollinis

1 Chaconne in d
2 Hexachordum Apollinis: Aria Prima, in d
3 Hexachordum Apollinis: Aria Secunda, in e
4 Hexachordum Apollinis: Aria Tertia, in F
5 Hexachordum Apollinis: Aria Quarta, in g
6 Hexachordum Apollinis: Aria Quinta, in a
7 Hexachordum Apollinis: Aria Sexta, in f, ‘Aria Sebaldina’
8 Chaconne in f

John Butt, organ

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Pachelbel
Pachelbel

PQP

Modinhas sem Palavras – Antonio Carlos Gomes (1836-1896) e José Pedro de Sant’Anna Gomes (1834-1908) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Sim, a capa é feia pra dedéu (esse Carlos Gomes desproporcional, mãozudo… tsc, tsc…), mas não se deixe levar pela embalagem: o LP aí em questão é um prazer só! Aqui, quando se retira a letra das músicas e troca-se a voz humana pela flauta, é possível ao ouvinte observar com mais clareza a melodia. E aí então, com certeza, se concluirá após a audição que Antônio Carlos Gomes era um grande melodista: suas árias e suas modinhas são obras de alta beleza.

Modinha, momento musical de emoção. Participar dessa linguagem onde a linha melódica flutua sobre as palavras não poderia ser privilégio exclusivo dos cantores. A voz do instrumento desligada do texto pode nos reconduzir ao sentido oculto da poesia, emoção pura. A alma brasileira lírica tem na modinha uma das suas fontes mais significativas de expressão. A modinha sempre foi uma presença constante nas serenas e nos palcos, anônima ou assinada pelos nomes dos maiores compositores nacionais. Carlos Gomes, ao longo da sua vida, no Brasil e na Itália, confiou à modinha seus sentimentos mais íntimos: amizades, paixões e saudades, numa linguagem melódica original e refinada que apresentamos aqui em versão instrumental.
(Odette Ernest Dias, texto extraído do encarte)

Pra completar o álbum, os músicos ainda executam a cândida “Sonho”, do irmão de Carlos Gomes, José Pedro de Sant’Anna Gomes, compositor de grande qualidade e que hoje conhecemos muito pouco: se a obra do mano Tonico foi bastante olvidada, a música de Juca foi ainda mais negligenciada. É um cara pra se conferir e, ambos, para se apreciar.

Ouça! Ouça! Deleite-se!

Antonio Carlos Gomes (1836-1896)
José Pedro de Sant’Anna Gomes (1834-1908)
Modinhas sem Palavras

Antonio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)
01. Quem sabe
02. Foi meu amor um sonho (da ópera Joanna de Flandres)
03. Noturno
José Pedro de Sant’Ana Gomes (Campinas, SP, 1834 – 1908)
04. Sonho
Antonio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)05. Canta ancor
06. Anália ingrata
07. Suspiros d’alma
08. Lontana
09. Rondinella
10. Conselhos
11. Al chiaro di luna
12. C’era una volta un príncipe (da ópera Il Guarany)

Odette Ernest Dias, flauta
Elza Kazuko Gushiken, piano
Jaime Ernest Dias, violão
1987

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FLAC encartes em 3.0Mpixel (137Mb)
MP3 encartes em 3.0Mpixel (69Mb)

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Bisnaga

Franz Liszt (1811-1886) – The 19 Hungarian Rhapsodies – Roberto Szidon

519JJaCjtyL._SL500_AA280_É um grande orgulho para nós brasileiros que faça parte da Liszt Edition, da prestigiosa gravadora de música clássica Deutsche Grammophon, as gravações que o brasileiríssimo Roberto Szidon realizou das 19 Rapsódias Húngaras, em sua versão para piano. De cabeça, lembro apenas do violoncelista pernambucano Antonio Meneses gravando por esta gravadora, em sua gravação ao lado de Anne-Sophie Mutter e do  próprio Karajan, do Concerto Duplo de Brahms.
Não houve unanimidade entre os clientes da amazon ao comentarem estas gravações de Szidon. Alguns a consideram robotizadas, outros virtuosísticas e elegantes… os senhores podem chegar às suas próprias conclusões após ouvirem este belíssimo CD duplo.
Mas não devemos tirar o mérito deste grande músico brasileiro, infelizmente já falecido. São obras de grande dificuldade e que exigem do pianista uma técnica apuradíssima e um elevado grau de virtuosismo, e isso Szidon esbanjava.

Então vamos ao que viemos. Espero que apreciem.

CD 1
1 Ungarische Rhapsodie Nr. 1 cis-moll
2 Ungarische Rhapsodie Nr. 2 in cis-moll
3 Ungarische Rhapsodie Nr. 3 B-Dur
4 Ungarische Rhapsodie Nr. 4 Es-Dur
5 Ungarische Rhapsodie Nr. 5 e-moll Hero.de-El¨¦giaque
6 Ungarische Rhapsodie Nr. 6 Des-Dur
7 Ungarische Rhapsodie Nr. 7 d-moll
8 Ungarische Rhapsodie Nr. 8 fis-moll
9 Ungarische Rhapsodie Nr. 9 Es-Dur ‘Pester Karneval’
10 Ungarische Rhapsodie Nr. 10 E-Dur ‘Preludio’

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CD 2

01 – Ungarische Rhapsodie no. 11
02 – Ungarische Rhapsodie no. 12
03 – Ungarische Rhapsodie no. 13
04 – Ungarische Rhapsodie no. 14
05 – Ungarische Rhapsodie no. 15
06 – Ungarische Rhapsodie no. 16
07 – Ungarische Rhapsodie no. 17
08 – Ungarische Rhapsodie no. 18
09 – Ungarische Rhapsodie no. 19
10 – Rhapsody espagnole

Roberto Szidon – Piano

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szidon images
Roberto Szidon – 1941-2011

Les Grands Duos d’Amour: Antonio Carlos Gomes (1836-1896), Jules Massenet (1842-1912), Georges Bizet (1838-1875), Gaetano Donizetti (1797-1848) e Riccardo Zandonai (1883-1944) [link atualizado 2017]

Baita CD !!!

Escarafunchei lá em meio aos meus arquivos e me indignei: como pude me esquecer de postar esse álbum? Sei lá o que me deu de falha de memória… É, tô ficando velho…

Esse é daqueles álbuns que exprimem pontos extremos do período romântico da música, daqueles exagerados, de rasgar a camisa… E é belíssimo!

Bom, o que esperar de nomes tão tarimbados e poderosos como Montserrat Caballé e Giuseppe di Stefano interpretando duetos de amor de óperas? Um álbum simplesmente poderoso (assim como os solistas), intenso, sensual, orgasmoplástico! Só ouvindo pra entender! Ah, pra alegrar ainda mais o coração dos nacionalistas, eles cantam Sento una Forza Indómita, de Carlos Gomes.

Então, ouça, ouça! E deleite-se mesmo, sem pudor!

Les Grands Duos d’Amour

Jules Massenet (Montaud, França, 1842 – Paris, França, 1912)
1. Et Je Sais Votre Nom (Manon)
Georges Bizet (Paris, França, 183i8 – Bougival, França, 1875)
2. Ton Coeur N’a Pas Compris (Les Pecheurs De Perles)
Riccardo Zandonai (Rovereto, Itália, 1883 – Pesaro, Itália, 1944)
3. E Cosi Vada (Francesca Da Rimini)
Jules Massenet (Montaud, França, 1842 – Paris, França, 1912)
4.  Il Faut Nous Séparer (Werther)
Antonio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)
5. Sento Una Forza Indomita (Il Guarany)
Gaetano Donizetti (Bérgamo, Itália, 1797 – 1848)
6. Una Parola, O Adina (L’elisir D’amore)

Montserrat Caballé, soprano
Giuseppe di Stefano, tenor
Orquestra Sinfônica de Barcelona
Gianfranco Masini, regente

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O amor é lindo!

Bisnaga

Paul Hindemith (1895-1963): Quinteto, Quarteto, Sonata, todos para Clarinete, e 3 Peças Fáceis

Não pude fazer um bom trabalho de curadoria neste CD. Ouvi-o de longe, durante cerrada conversa com uma amiga no chat do Facebook. Mas, olha, desconheço composições de Hindemith que não sejam contrapontísticas e boas. Na verdade, deveria ouvir melhor o CD, mas como não temos previsão de outra postagem hoje, essa vai assim mesmo. A avaliação da crítica é muito positiva também. As composições são do final dos anos 30, melhor período de Hindemith. Também o Spectrum Concerts Berlin não costuma perder gols. Se fosse você, eu ouviria.

Paul Hindemith (1895-1963): Quinteto, Quarteto, Sonata,
todos para Clarinete, e 3 Peças Fáceis

1. Quartet for Clarinet and Piano Trio*: I. Massig bewegt 7:11
2. Quartet for Clarinet and Piano Trio*: II. Sehr langsam 9:41
3. Quartet for Clarinet and Piano Trio*: III. Massig bewegt 10:46

4. Clarinet Sonata: I. Massig bewegt 5:05
5. Clarinet Sonata: II. Lebhaft 3:01
6. Clarinet Sonata: III. Sehr langsam 7:42
7. Clarinet Sonata: IV. Kleines rondo, gemachlich 2:39

8. 3 Leichte Stucke: No. 1. Massig schnell, munter 1:10
9. 3 Leichte Stucke: No. 2. Langsam 2:48
10. 3 Leichte Stucke: No. 3. Lebhaft 2:07

11. Clarinet Quintet, Op. 30: I. Sehr lebhaft 2:04
12. Clarinet Quintet, Op. 30: II. Ruhig 7:11
13. Clarinet Quintet, Op. 30: III. Schneller Landler 5:48
14. Clarinet Quintet, Op. 30: IV. Arioso, sehr ruhig 3:03
15. Clarinet Quintet, Op. 30: V. Sehr lebhaft 2:14

Spectrum Concerts Berlin

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Hindemith borboleteando nos EUA
Hindemith: borboleteando no exílio norte-americano

PQP

Franz Liszt (1811-1886) – Symphonic Poems – Haitink – LPO

519JJaCjtyL._SL500_AA280_Os cds que estou postando de Liszt fazem parte da “Liszt Collection”, da gravadora Deutsche Grammophon. Ou seja, não são cds normais, como o que causou confusão a um leitor dia destes. A partir de agora, vou colocar apenas a capa da coleção, mas não confundi-los mais.
Existe uma bela coleção da DECCA com 4 cds, que traz todos os poemas sinfônicos de Liszt com a leitura de Bernard Haitink. Lembro aos senhores que o selo DECCA também pertence ao mesmo grupo da DG, por este motivo estes dois que estou postando hoje serão com esse regente. Ou seja, a qualidade das interpretações permanece a mesma. Ah, antes que perguntem, não tenho essa caixa da DECCA, mas se não estou enganado, o Carlinus a possui e acho que já a postou lá em seu blog, “O Ser da Música”.

CD 1
1 – Symphonic Poem No. 8 ‘Heroide funèbre’, S. 102
2 – Symphonic Poem No. 9 ‘Hungaria’, S. 103
3 – Symphonic Poem No. 10 ‘Hamlet’, S. 104
4 – Symphonic Poem No. 11 ‘Hunnenschlacht’, S. 105

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CD 2

1 – Symphonic Poem No. 1 ‘Ce qu’on entend sur la montagne’ (after Victor Hugo), S. 95
2 – Symphonic Poem No. 4 ‘Orpheus’, S. 98
3 – Symphonic Poem No. 12 ‘Die Ideale’ (after Schiller), S. 106

London Philharmonic Orchestra
Bernard Haitink – Conductor

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FDPBach

Robert Schumann (1810-1856), Edvard Grieg (1843-1907) – Piano Concertos – Murray Perahia –

IMG_0037Posso estar enganado, mas acho que faz tempo que estes dois concertos não aparecem por aqui, por isso resolvi trazê-los novamente, mas sem algum motivo especial, talvez apenas por gostar muito deles e também devido ao fato do intérprete ser alguém que estou ouvindo muito nos últimos tempos, Murray Perahia, aqui acompanhado pelo incansável e sempre competente Sir Colin Davis, que dirige a Orquestra da Rádio Bávara.
Lirismo, paixão, emoção elevadas à enésima potência, estes são alguns dos elementos presentes nestas duas obras primas do repertório pianístico romântico. E nas mãos de Murray Perahia, um especialista no repertório romântico, eu diria que o resultado é quase perfeito.
Eu diria que trata-se de um cd para se ouvir em um dia chuvoso e frio, sentado na frente de uma lareira, ao lado da pessoa amada, e apreciando um bom vinho, ou então lendo um bom livro.

P.S. – Novamente trocando de servidor, o rapidshare tem algumas frescuras que me irritam, além de ser o mais caro … o MEGA tem sido bem elogiado pelo pessoal. Rápido, funcional e sem muitas frescuras.
PS 2 – Coloquei uma segunda opção de servidor para download, o UPLOADED.

1 Schumann Piano Concerto in A minor_ I. Allegro affettuoso
2 Schumann Piano Concerto in A minor_ II. Intermezzo. Andantino grazioso
3 Schumann Piano Concerto in A minor_ III. Allegro vivace
4 Grieg Piano Concerto

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in A minor_ I. Allegro molto moderato
5 Grieg Piano Concerto in A minor_ II. Adagio
6 Grieg Piano Concerto in A minor_ III. Allegro moderato molto e marcato

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – MEGA
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – UPLOADED

Murray Perahia – Piano
Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunk
Sir Colin Davis – Conductor

Perahia-Murray-05
Murray Perahia – Retrato do Artista Enquanto Jovem

Franz Liszt (1811-1886) – A Dante Symphony – Staatskapelle Dresden – Sinopolli

519JJaCjtyL._SL500_AA280_O excelente regente italiano Giuseppe Sinopoli continua sua incursão na música de Franz Liszt e nos traz uma sólida versão para a pouquíssima executada e gravada “Sinfonia Dante”, obra baseada em outra obra imortal da literatura universal, a “Divina Comédia”, de Dante Aleghieri, a exemplo de outra sinfonia, recém postada, a Sinfonia Fausto, baseada em Goethe.
Para quem não sabe do que estou falando, eis os famosos primeiros versos:

“Da nossa vida, em meio da jornada,
Achei-me numa selva tenebrosa,
Tendo perdido a verdadeira estrada.

Dizer qual era é cousa tão penosa,
Desta brava espessura a asperidade,
Que a memória ainda a relembra inda cuidadosa.(…)”

E por aí vai o poeta, incursionando no Inferno, Purgatório e Paraíso. Se Franz Liszt conseguiu transmitir suas emoções e impressões diante do gigantismo dessa obra, fica a critério dos senhores analisarem e julgarem.

Espero que apreciem. A Sttatkapelle Dresden é um dos melhores conjuntos orquestrais da Europa, e Sinopoli, como sempre, está impecável em sua leitura.

1. Eine Sym Zu Dantes ‘Divina Commedia’: I. Inferno
2. Eine Sym Zu Dantes ‘Divina Commedia’: II. I Purgatorio
3. Eine Sym Zu Dantes ‘Divina Commedia’: II. Magnificat

Staatsopernchor Dresden
Staatskapelle Dresden
Giuseppe Sinopoli – Conductor

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459px-Gustave_Doré_-_Dante_Alighieri_-_Inferno
Outra imortal criação: a magnifíca ilustração de Gustav Doré para a obra de Dante está entre as mais belas criações do espírito humano.

FDPBach

Música Brasileira: Henrique Oswald (1852-1931), Leopoldo Miguez (1850-1902) e Alberto Nepomuceno (1864-1920) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Esplendoroso !!!

Fonogramas esplendorosamente cedidos pelo maestro e compositor Harry Crowl. Não têm preço!

Estamos diante de um senhor álbum, por isso o guardei para um domingo, dia mais nobre, como nobre este o é.

Queridos, temos aqui três grandes compositores brasileiros que buscaram, com suas obras, produzir uma música de concerto mais séria, mais embasada, com mais corpo no Brasil de então, cuja música erudita estava quase que limitada a obras de salão. Os três foram brilhantes em seus estudos aqui e na Itália, Alemanha e França, conhecendo e convivendo com nomes poderosos como Brahms, Wagner, Mahler, Schoenberg, Grieg, Debussy, Massenet, Saint Saëns e Faurè. Leiam o texto do encarte, abaixo, e entenderão:

Leopoldo Miguez (1850-1902), Henrique Oswald (1852-1931) e Alberto Nepomuceno (1864-1920), cujas obras figuram neste CD, foram três dos cha­mados “grandes” da música brasileira, que em fins do século passado outorga­ram um cunho de “maior seriedade” à nossa música. A eles, se pode juntar também os nomes de Alexandre Levy (1864-1892) e Francisco Braga (1868-1945). Miguez, Oswald e Nepomuceno, foram dos mais prestigiosos diretores do então Instituto Nacional de Música remanescente do antigo Conservatório Imperial de Música e que é hoje, nossa veneranda e benemérita Escola de Músi­ca da UFRJ. Os três, aliás, também lecionaram matérias teóricas nesse, que foi e é ainda em nossos dias, o mais tradicional estabelecimento de ensino musical do país. Necessário registrar-se, que cada qual a seu modo, tentou combater o academicismo asfixiante que sempre imperou nos educandários oficiais. Até o surgimento desses três mestres, a música brasileira, a bem dizer, só pro­duzira dois expoentes — Pe. José Mauricio Nunes Garcia (1767-1830), nosso maior compositor sacro, e Carlos Gomes (1836-1896) o mais genial operista das Américas e o único a ter auferido fama e prestígio no exterior.
Miguez, Oswald e Nepomuceno, surgiram justamente num momento importan­te de transformações sociais e políticas no Brasil, quais sejam, a abolição da es­cravatura e o advento da república (Lo Shiavo, 1888, de C. Gomes, Dança de Negros, 1881, de Nepomuceno e Ave Libertas, 1890, de Miguez, são obras alusivas aos dois movimentos).
O legado desses músicos, indubitavelmente, mais artístico, representou um pas­so avante e trouxe, sem dúvida alguma, um arejamento à nossa cultura musi­cal, que andava por demais submissa ao “italianismo” reinante. O que fazia sucesso na época eram, sobretudo, as fantasias, polcas, paráfrases e galopes do estilo “salão” a la Gottschalk, que encontrava fácil respaldo nas páginas ligeiras de Henrique Alves de Mesquita, Delgado de Carvalho, Abdon Milanez, Carlos de Mesquita e tantos outros.
Frize-se a bem da verdade, que Miguez, Oswald, Nepomuceno, Braga e mesmo Levy, falecido aos 28 anos, eram homens de outra erudição. Falavam fluente­mente o francês, o italiano e o alemão e havia estudado nos melhores conserva­tórios europeus. Incontestavelmente possuíam uma cultura humanística, aliada a um metier artesanal, superior aos músicos em moda.

Alberto Nepomuceno — Sinfonia em Sol Menor
Não há como deixar de reconhecer-se que Alberto Nepomuceno foi a mais im­portante figura musical de seu tempo. Seu imenso prestígio pessoal, alicerçado peia vitoriosa e árdua campanha que encetou em prol do canto em vernáculo, sua condição de líder do movimento nativista e sua notória clarividência admi­nistrativa, já que por duas vezes (1902/1903) e (1906/1916) esteve à frente do Instituto Nacional de Música, além de sua grande atividade como regente, de­ram-lhe uma projeção que só Villa-Lobos depois dele, alcançaria. Porém, ape­sar de haver pugnado para criar um patrimônio musical próprio da nação, Ne­pomuceno nunca deixou de escrever música de cunho universalista e sua mag­nífica Sinfonia em Sol Menor, a única de autor nacional que se mantém no repertório, é um exemplo disso. Iniciada em Berlim, em 1893, foi concluí­da um ano após, em Paris. Sua estréia verificar-se-ia num dos Concertos Popu­lares a 19 de agosto de 1897, sob sua direção, tendo no mesmo programa, a Suíte Antiga, a Série Brasileira e As Uyaras. Todavia, enquanto as duas últimas apresentam características nacionais acentuadas, como salientou muito bem Edino Krieger, a Suíte Antiga e a Sinfonia em Sol Menor se fazem valer por seus méritos puramente musicais expressos numa linguagem específica do classicismo e do romantismo centro-europeus. Na Sinfonia, é como se a prepo­tência da forma e seus problemas inerentes afastassem a possibilidade de uma preocupação temática nacionalista, mais fácil de abordar nas formas livres, de caráter rapsódico, que por sinal, predominam sempre na primeira fase de todas as escolas nacionalistas surgidas dentro do romantismo. De qualquer modo, es­sa experiência de Nepomuceno, reflete uma preocupação de conceder à música sinfônica brasileira um caráter de seriedade e profundidade, adotando uma for­ma sólida como meio de expressão, o que é significativo, sobretudo num mo­mento em que predominava universalmente, a tendência à rapsódia, à fantasia, ao poema sinfônico descritivo e às peças de caráter pitoresco…

O Primeiro Movimento “com entusiasmo” literalmente em português na parti­tura, tem muito elan e uma altivez quase ufanista, com o ataque franco do te­ma principal em sol menor. Outros motivos se sucedem e se entrelaçam com rara habilidade. A harmonia é compacta revelando a mão do organista. A coda final é de grande beleza. O Andante quasi Adágio vem a ser, indubitavelmen­te, o ponto alto da obra. Uma frase larga, generosa, profunda, emerge das cor­das e nos envolve como um hino de louvor à própria música. Uma obra-prima sem mácula que poderia ter sido assinada por qualquer grande músico alemão. Já o Scherzo-Presto tem finuras de filigrana. Tudo aqui é álacre e saltitante. Na parte central insere-se um inspirado intermédio cuja melodia entoada pelos violoncelos tem algo de modinheiro. Já no Finale — Con Fuocco — os episó­dios se sucedem ora em evoluções cromáticas, ora diatônicas, sublinhando o caráter marcial do movimento. A Sinfonia termina brilhantemente.

Henrique Oswald — Elegia
Henrique Oswald descendente de pais suíços, transferiu-se muito cedo ainda para a Itália, matriculando-se no Instituto Musical de Florença, onde com ape­nas 19 anos e apesar de ser estrangeiro, chegou a ocupar o cargo de adjunto de piano. Travou contato direto com Liszt e Brahms e após longos anos de per­manência na Europa, retornou ao Brasil a fim de assumir a direção do Instituto Nacional de Música. Em 1902, sua peça para piano II Niege ganhou por unani­midade o Concurso de Composição promovido pelo Jornal “Le Figaro” de Pa­ris, vencendo nada menos que 600 candidatos! Enfrentou um júri que conti­nha entre outros, nome do porte de Saint Saëns, Faurè e Diemer o que não é dizer pouco. Apesar de haver escrito três óperas – Le Fate, II Neo e La Croce D’Oro – , duas sinfonias, uma suíte orquestral, Oswald identificou-se mais com a música de câmara e o piano, que era o seu instrumento. Nesse aspecto, pode-se afirmar ter sido ele o mais refinado de nossos grandes mestres do passado. Sua música, quase toda ela envolta em meias tintas, caracteriza-se por um acaba­mento minucioso e um lirismo muito “fin de siécle”, lembrando em certos mo­mentos Faurè e, em outros Massenet, na sua transparência orquestral. Sua be­la e sentida Elegia foi escrita em 1896 e se fez notar pela fluência da frase me­lódica principal, envolta numa harmonização sutilíssima que era um dos apa­nágios da arte requintada de Oswald. Sublinhe-se, os belos efeitos que o com­positor extrai das duas harpas na parte central, a primeira desenhando arpejos ondulantes ascendentes e a segunda reforçando em acordes verticais a densida­de harmônica dos sopros e das cordas.

Leopoldo Miguez — Prometheus
Leopoldo Miguez, foi o apóstolo mór entre nós, dos princípios estéticos preco­nizados por Liszt e Wagner. Adepto ardoroso da “música do futuro”, fundou em 1884, no Rio de Janeiro, o Centro Artístico que se tornaria uma filial dos postulados de Bayreuth no Brasil. Em toda sua obra, predominantemente or­questral, bem como seus dramas líricos — Pelo Amor e Os Saldunes — a in­fluência do autor de Tristão é tão evidente quanto a que Verdi exercera sobre Carlos Gomes. Mas, Miguez sabia e orgulhava-se disso, por achar convictamen­te que tais influxos eram benéficos à música de nosso país. Excelente regente e ótimo orquestrador, Miguêz foi o primeiro a introduzir aqui a forma do poema sinfônico. Parisina, Ave Libertas e Prometheus são três esplendidos exemplos da arte maior deste músico sério, que sempre escreveu visando o aprimoramento de uma estética, razão pela qual, ao contrário de seu íntimo amigo Alberto Nepomuceno, nunca se sentiu atraído pelo nacionalismo. Em 1889, Miguez obtivera o primeiro lugar no concurso aberto à composição do Hino à Proclamação da República e foi nomeado primeiro diretor do recém criado Instituto Nacional de Música. Prometheus foi composto nessa épo­ca, ou seja, 1890, e baseia-se num dos titãs da mitologia grega, segundo a qual, este teria roubado o fogo do Olympo e o dera aos homens, ensinando-os a uti­lizá-lo, motivo por que Zeus o castigou acorrentando-o a um rochedo no cimo do Cáucaso. A partitura muito bem disposta para orquestra alterna momen­tos de intenso lirismo e outros de pujante dramaticidade.

(texto do encarte, de autoria de Sérgio Alvim Corrêa)

Harry Crowl ainda nos enviou uma faixa-bônus, a vibrante Ave, Libertas!, de Miguez, que possui as mesmas preocupações composísticas de Prometeu.
As peças estão muito bem executadas pela ORSEM, com Roberto Duarte no comando.

Um Baita CD! IM-PER-DÍ-VEL !!!
Ouça! Ouça! Deleite-se!

Música Brasileira
ORSEM e Roberto Duarte

Alberto Nepomuceno (Fortaleza, CE, 1864 – Rio de Janeiro, RJ, 1920)
Sinfonia em Sol Menor
01. I. Allegro. Com enthusiasmo.
02. II. Andante quasi adagio
03. III. Presto
04. IV. Con fuoco
Henrique Oswald (Rio de Janeiro, RJ, 1852 – 1931)
05. Elegia
Leopoldo Miguez (Niterói, RJ, 1850 – Rio de Janeiro, RJ, 1902)
06. Prometeu
07. (Bônus) Ave, Libertas!

Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ
Roberto Duarte, Regente
Rio de Janeiro, 1991.

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Bisnaga

Franz Liszt (1811-1886) – Eine Faust-Symphonie – Sttatskapelle Dresden – Sinopoli

410SKBTAN4LApós um período de curtas “férias”, resolvendo assuntos particulares, alguns ainda pendentes, trago mais um Liszt, desta vez sua grandiosa Sinfonia “Fausto”, baseada na imortal obra de Goethe. Esta sinfonia apareceu poucas vezes por aqui.
Obra grandiosa, que necessita de um Coral e de um Solista Tenor, reconheço que não é de fácil audição, talvez mesmo por sua grandiosidade, tem mais de uma hora de duração. E curiosamente é pouco executada.
A gravação que ora vos trago é com o Giuseppe Sinopoli, excelente regente italiano, que foi um especialista no repertório alemão. A orquestra é a maravilhosa Sttatskapelle Dresden acompanhada de seu coral. Com esta mesma orquestra Sinopoli também gravou a outra sinfonia de Liszt, “Dante”, que trago para os senhores logo, logo.

Franz Liszt – I. Faust
Franz Liszt – II. Gretchen
Franz Liszt – III. Mephistopheles
Franz Liszt – .Alles Verg.ngliche ist nur ein Gleichnis

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Vinson Cole – Tenor
Sttatsopernchor Dresden
Sttatskapelle Dresden
Giuseppe Sinopoli – Conductor

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Giusepe Sinopoli -(1946-2001)

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 6

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, Op. 6

Ouvi estes bem conhecidos concertos com renovado prazer. A lembrança afetiva das gravações de Karl Richter ficou lá longe, um pouco envergonhada da qualidade desta gravação realizada com instrumentos originais. Andrew Manze e a AAM saem-se maravilhosamente bem neste repertório obrigatório da música barroca. Há muita vida neste álbum duplo. Enjoy!

G. F. Handel (1685-1759): Concerti Grossi, op. 6

Disc 1:

1. Concerto Grosso, Op. 6, No. 05 in D Major (HWV 323): [no marking] 1:39
2. Concerto Grosso, Op. 6, No. 05 in D Major (HWV 323): Allegro 1:57
3. Concerto Grosso, Op. 6, No. 05 in D Major (HWV 323): Presto 3:04
4. Concerto Grosso, Op. 6, No. 05 in D Major (HWV 323): Largo 2:03
5. Concerto Grosso, Op. 6, No. 05 in D Major (HWV 323): Allegro 2:19
6. Concerto Grosso, Op. 6, No. 05 in D Major (HWV 323): Menuet 3:07

7. Concerto Grosso, Op. 6, No. 01 in G Major (HWV 319): A tempo giusto 1:42
8. Concerto Grosso, Op. 6, No. 01 in G Major (HWV 319): Allegro 1:37
9. Concerto Grosso, Op. 6, No. 01 in G Major (HWV 319): Adagio 2:34
10. Concerto Grosso, Op. 6, No. 01 in G Major (HWV 319): Allegro 2:26
11. Concerto Grosso, Op. 6, No. 01 in G Major (HWV 319): Allegro 2:50

12. Concerto Grosso, Op. 6, No. 02 in F Major (HWV 320): Andante larghetto 4:01
13. Concerto Grosso, Op. 6, No. 02 in F Major (HWV 320): Allegro 2:27
14. Concerto Grosso, Op. 6, No. 02 in F Major (HWV 320): Largo 2:19
15. Concerto Grosso, Op. 6, No. 02 in F Major (HWV 320): Allegro, ma non troppo 2:23
16. Concerto Grosso, Op. 6, No. 03 in E Minor (HWV 321): Larghetto 1:18
17. Concerto Grosso, Op. 6, No. 03 in E Minor (HWV 321): Andante 2:05
18. Concerto Grosso, Op. 6, No. 03 in E Minor (HWV 321): Allegro 2:24
19. Concerto Grosso, Op. 6, No. 03 in E Minor (HWV 321): Polonaise 4:40
20. Concerto Grosso, Op. 6, No. 03 in E Minor (HWV 321): Allegro, ma non troppo 1:26

21. Concerto Grosso, Op. 6, No. 10 in D Minor (HWV 328): Ouverture 1:52
22. Concerto Grosso, Op. 6, No. 10 in D Minor (HWV 328): Allegro 2:10
23. Concerto Grosso, Op. 6, No. 10 in D Minor (HWV 328): Lento 3:34
24. Concerto Grosso, Op. 6, No. 10 in D Minor (HWV 328): Allegro 2:06
25. Concerto Grosso, Op. 6, No. 10 in D Minor (HWV 328): Allegro 2:52
26. Concerto Grosso, Op. 6, No. 10 in D Minor (HWV 328): Allegro moderato 2:17

27. Concerto Grosso, Op. 6, No. 11 in A Major (HWV 329): Andante larghetto, e staccato 4:13
28. Concerto Grosso, Op. 6, No. 11 in A Major (HWV 329): Allegro 1:34
29. Concerto Grosso, Op. 6, No. 11 in A Major (HWV 329): Largo, et staccato 0:32
30. Concerto Grosso, Op. 6, No. 11 in A Major (HWV 329): Andante 4:11
31. Concerto Grosso, Op. 6, No. 11 in A Major (HWV 329): Allegro 5:30

Disc 2:

1. Concerto Grosso, Op. 6, No. 07 in B-Flat Major (HWV 325): Largo 1:07
2. Concerto Grosso, Op. 6, No. 07 in B-Flat Major (HWV 325): Allegro 2:41
3. Concerto Grosso, Op. 6, No. 07 in B-Flat Major (HWV 325): Largo, e piano 2:50
4. Concerto Grosso, Op. 6, No. 07 in B-Flat Major (HWV 325): Andante 3:57
5. Concerto Grosso, Op. 6, No. 07 in B-Flat Major (HWV 325): Hornpipe 2:59

6. Concerto Grosso, Op. 6, No. 06 in G Minor (HWV 324): Larghetto e affettuoso 3:16
7. Concerto Grosso, Op. 6, No. 06 in G Minor (HWV 324): Allegro, ma non troppo 1:37
8. Concerto Grosso, Op. 6, No. 06 in G Minor (HWV 324): Musette 4:46
9. Concerto Grosso, Op. 6, No. 06 in G Minor (HWV 324): Allegro 2:51
10. Concerto Grosso, Op. 6, No. 06 in G Minor (HWV 324): Allegro 2:38

11. Concerto Grosso, Op. 6, No. 04 in A Minor (HWV 322): Larghetto affettuoso 2:33
12. Concerto Grosso, Op. 6, No. 04 in A Minor (HWV 322): Allegro 2:53
13. Concerto Grosso, Op. 6, No. 04 in A Minor (HWV 322): Largo, e piano 2:13
14. Concerto Grosso, Op. 6, No. 04 in A Minor (HWV 322): Allegro 2:39

15. Concerto Grosso, Op. 6, No. 09 in F Major (HWV 327): Largo 1:20
16. Concerto Grosso, Op. 6, No. 09 in F Major (HWV 327): Allegro 3:19
17. Concerto Grosso, Op. 6, No. 09 in F Major (HWV 327): Larghetto 3:10
18. Concerto Grosso, Op. 6, No. 09 in F Major (HWV 327): Allegro 1:57
19. Concerto Grosso, Op. 6, No. 09 in F Major (HWV 327): Menuet 1:33
20. Concerto Grosso, Op. 6, No. 09 in F Major (HWV 327): Gigue 1:51

21. Concerto Grosso, Op. 6, No. 08 in C Minor (HWV 326): Allemande 5:39
22. Concerto Grosso, Op. 6, No. 08 in C Minor (HWV 326): Grave 1:23
23. Concerto Grosso, Op. 6, No. 08 in C Minor (HWV 326): Andante allegro 2:00
24. Concerto Grosso, Op. 6, No. 08 in C Minor (HWV 326): Adagio 1:02
25. Concerto Grosso, Op. 6, No. 08 in C Minor (HWV 326): Siciliana 2:52
26. Concerto Grosso, Op. 6, No. 08 in C Minor (HWV 326): Allegro 1:19

27. Concerto Grosso, Op. 6, No. 12 in B Minor (HWV 330): Largo 1:46
28. Concerto Grosso, Op. 6, No. 12 in B Minor (HWV 330): Allegro 2:48
29. Concerto Grosso, Op. 6, No. 12 in B Minor (HWV 330): Larghetto, e piano 3:38
30. Concerto Grosso, Op. 6, No. 12 in B Minor (HWV 330): Largo 0:49
31. Concerto Grosso, Op. 6, No. 12 in B Minor (HWV 330): Allegro 2:09

The Academy of Ancient Music
Andrew Manze

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Manze acertou a mão.
Manze acertou a mão.

PQP

Franz Liszt (1811-1886) – Sonata in B minor, Nuages gris, La notte, La lugubre gondola II, Funérailles – Zimerman

51pNX1kHSFLDepois dos insistentes pedidos feitos pelo próprio PQPBach, resolvi trazer aquela obra que é considerada por muitos, inclusive o próprio PQPBach, a melhor obra de Franz Liszt. E como se tratava de um pedido de nosso mentor, não poderia trazer qualquer gravação, então escolhi a dedo esta gravação do Kristian Zimerman, outro Top Ten da gravadora Deutsche Grammophon. Este CD é, com certeza, IM-PER-DÍ-VEL!!

Esta Sonata tem suas peculiaridades, como o fato de que o pianista tem de tocar de um fôlego só, sem oportunidades de parar para descansar. Ela intercala momentos de tensão, de vibração, de paz de espírito, de lirismo.

Com certeza uma das grandes obras compostas para o piano. E volto a repetir, esta gravação do polonês Kristian Zimerman é IM-PER-DÍ-VEL !!!

1 Klaviersonate in h-moll

2 Nuages gris

3 La notte

4 Llugubre gondola II

5 Funerailles

 

Kristian Zimerman – Piano

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FDPBach

Franz Liszt – Symphonic Poems II & Mephisto Waltz No. 1 – Orchestra de Paris – Solti

51U7PR0XJML._SL500_AA280_Ainda com os Poemas Sinfônicos, agora Sir George Solti continua esbanjando seu talento nos deliciando com dois poemas sinfônicos, de n° 2 e 13, e a magnífica Valsa Mefisto n°1. Aqui ele muda de orquestra e dirige a excelente Orchestra de Paris.

Os números dos downloads estão indo muito bem, significando que o pessoal está interessado mesmo em Liszt. O primeiro cd que postei, com os concertos para piano, já tiveram quase duzentos downloads, e não dá para esquecer que esta mesma gravação já foi postada aqui, há algum tempo atrás.

Como diria nosso colega Carlinus, uma boa apreciação.

1 Symphonic Poem No. 2 (after Byron), S. 96 – Tasso_ Lamento e trionfo
2 Scenes from Lenau’s ‘Faust’, S. 101 – II. The Dance in the Village Inn
3 Symphonic Poem No. 13 ‘Von der Wiege bis zum Grabe’, S.107

Orchestra de Paris
Sir George Solti – Conductor

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FDPBach

.: interlúdio :. Pat Metheny – Unity Band (2012)

Excelente CD do guitarrista e band leader Pat Metheny, que andou apresentando este repertório — muito bom — em São Paulo há dois meses. Este disco ganhou o Grammy de Melhor Disco Instrumental de Jazz em 2013, o que não significa nada, mas vai como informação. Unity band marca o retorno de Metheny a um abandonado lirismo, assim como às belas melodias. Nunca se sabe qual será o próximo passo deste grande artista que muda a cada trabalho. Adoro.

Pat Metheny – Unity Band (2012)

01. New Year 7:37
02. Roofdogs 5:33
03. Come And See 8:28
04. This Belongs To You 5:20
05. Leaving Town 6:24
06. Interval Waltz 6:26
07. Signals (Orchestrion Sketch) 11:26
08. Then And Now 5:57
09. Breakdealer 8:34

Pat Metheny – electric and acoustic guitars, guitar synth, orchestrionics
Chris Potter – tenor sax, bass clarinet, soprano sax
Ben Williams – acoustic bass
Antonio Sanchez – drums

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Metheny e o pessoal da Unity Band
Metheny e o pessoal da Unity Band

PQP

Franz Liszt (1811-1886) – Symphonic Poems – Solti, Karajan – LPO, BPO

51U7PR0XJML._SL500_AA280_Vamos deixar de lado a obra pianística de Liszt para encararmos algumas obras orquestrais. Volto ao repertório pianístico logo, logo.
O texto abaixo foi retirado do New Grove Dictionary of Music and Musicians:

Around 1853 Liszt introduced the term ‘Symphonische Dichtung’ (‘Symphonic Poem’) to describe a growing body of one-movement orchestral compositions, programmatically conceived. ‘New wine demands new bottles’, he once declared. The language of music was changing; it seemed pointless to Liszt to contain it in forms that were almost 100 years old. In the symphonic poems there are shifts in structural emphasis: recapitulations are foreshortened while codas assume developmental proportions and themes are reshuffled into new and unexpected chronologies, with contrasting subjects integrated by means of thematic metamorphosis. He wrote 12 such pieces in Weimar (a 13th, Von der Wiege bis zum Grabe, is a product of his old age). The first group of six was published in 1856, the second between 1857 and 1861. All are dedicated to Princess Carolyne, and bear titles which reveal the source of their inspiration: Tasso, Les préludes, Orpheus, Prometheus, Mazeppa, Festklänge (all published 1856); Héroïde funèbre, Hungaria, Ce qu’on entend sur la montagne (all 1857); Die Ideale (1858); Hamlet, Hunnenschlacht (both 1861).

As gravações que ora vos trago destes poemas sinfônicos estão a cargo de dois grandes regentes que dispensam maiores apresentações: Sir George Solti e Herbert von Karajan.

1 Prometheus, S. 99
2 Les Préludes, S. 97
3 Festklänge, S. 101

London Philharmonic Orchestra
Sir George Solti – Conductor

4 Mazeppa, S. 100

Bernliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Condutor

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Franz Liszt

Franz Liszt (1811-1886) – Fantasy on Hungarian Folk melodies S. 123, Concerto for Piano and Strings ‘Malédiction’ S. 121, Concerto pathétique for two Pianos in e minor S. 258 – Cherkassky – Bolet – Ogdon

519JJaCjtyL._SL500_AA280_Continuo com Liszt,  e desta vez trago obras variadas para piano solo, dois pianos, e piano e cordas, creio que ainda nunca postadas aqui no blog. Um repertório interessantíssimo, para aqueles que admiram o compositor e suas incursões no folclore húngaro. Virtuosismo para tocar estas obras é indispensável, e os pianistas que tocam aqui são de primeira linha.
A primeira obra, uma Fantasia baseada em melodias do folclore húngaro, traz variações baseadas em peças que são conhecidas, principalmente para os que gostam das rapsódias hungaras. Enfim, tratam-se de obras não tão gravadas, mas creio que indispensáveis para os que pretendem conhecer melhor este repertório lisztiniano.
Com relação aos solistas, creio que seja uma rara oportunidade dos senhores conhecerem John Ogdon, excelente pianista inglês, que largou precocemente a carreira devido a uma doença que alguns atribuem à esquizofrenia. Após ficar muitos anos internado, voltou aos palcos e aos estúdios, mas veio a falecer com apenas 52 anos de idade, em 1989, de pneumonia. Uma curiosidade: no Concerto Patético para dois pianos ele toca com sua esposa, Brenda Lucas.
Outro excelente pianista que toca neste CD é Jorge Bolet, pianista cubano, porém naturalizado norte americano, e considerado um dos maiores intérpretes de Liszt.
Obras não tão conhecidas, com certeza, mas que despertam a curiosidade exatamente por serem poucos executadas.

Espero que gostem. Mais Liszt vem aí pela frente.

1 Fantasy on Hungarian Folk melodies S. 123 Andante mesto […]

Shura Cherkassy – Piano
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor

2 Concerto for Piano and Strings ‘Mal¨¦diction’ S. 121
Jorge Bolet – Piano
London Symphony Orchestra
Iván Fischer

3 Concerto pathétique for two Pianos in e minor S. 258 _1 – 1. Allegro energico
4 2. Andante sostenuto
5 3. Allegro agitato assai – Andante quasi Marcia funebre – Allegro trionfante

John Ogdon, Brenda Lucas – Pianos

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John Ogdon e sua esposa Brenda Lucas