Sonata 2ª (Sabará): Antonio Carlos de Magalhães, cravo (Acervo PQPBach)

307ssnqSonata 2ª – Sabará:
Antonio Carlos de Magalhães

Provém de Sabará a primeira informação sobre a presença de cravos e cravistas no Estado de Minas Gerais: em 1739, o músico José Soares tocou cravo na Matriz de Nossa Senhora da Conceição para festejar o dia de Nossa Senhora do Amparo. Não sabemos o que e como ele tocou, e muito menos a reação do público. Infelizmente, a escassez de informações desse tipo nos impede de reconstituir satisfatoriamente a trajetória dos instrumentos de teclado no Brasil Colonial, a fim de podermos avaliar o impacto de um repertório tecladístico na nascente musicalidade brasileira.

Cresce, assim, em importância o desvelamento de uma peça instrumental, única até o momento, de música colonial mineira, encontrada nos arquivos da Sociedade Musical Santa Cecília de Sabará. Trata-se da Sonata 2º para teclado, de autor anônimo, composta pelos seguintes movimentos: a) Allegro, com estrutura muito próxima dos esquemas da forma sonata bitemática, textura típica do classicismo musical do século XVIII; b) Adagio, com estrutura formal do lied instrumental, atendendo aos padrões de andamentos lentos do século XVIII; c) Rondó, com textura típica do estilo rococó cravístico.

A existência desta sonata nos conduz a uma série de exercícios analíticos, pelos quais tentamos, através de associações de ordem estilística, filosófica e sociológica, situá-la no tempo e no espaço. Acreditamos, no entanto, que tais exercícios seriam inúteis se faltasse à obra a oportunidade de ser em si mesma, isto é, realizar- se enquanto experiência musical. Surge, então, a figura do intérprete, que, com a dimensão transcendental de sua subjetividade, nos oferece o ser da obra.

Neste trabalho, o cravista Antonio Carlos de Magalhães cria um espaço possível de realização da Sonata 2ª – “Sabará”-, ao inseri-la em um universo que se caracteriza pela pluralidade de composições, no qual ocorrem relações de alteridade. Esse universo se constitui a partir de uma lógica historiográfica que nos permite supor, para a música colonial brasileira, vínculos com a música praticada por povos que de alguma forma participaram de nossa colonização. Atendendo a esta lógica, Antonio Carlos de Magalhães imagina o contexto sonoro daquele cravista do século XVIII e reúne em um só objeto peças de doze compositores – a saber: Frescobaldi, Cabezon, Sweelink, Couperin, Purcell, Zipolli, Scarlatti, Carlos Seixas, Rameau, Francisco Xavier Baptista, Padre José Maurício e o anônimo sabarense. Resulta disso que o CD Sabará foi concebido em duas dimensões – uma estética, quando ele exercita a ação reflexiva de nossos sentidos, e outra histórica, no momento em que ele presentifica a intuição de um passado.

Ressaltamos o belo jogo de cores a que Antonio Carlos de Magalhães procede ao alternar as sonoridades de dois cravos – o primeiro, um raro exemplar dobrável, que possui sons mais ásperos e rústicos, e o segundo, um Taskin, que produz sons mais aveludados. Esse procedimento revela urna sensibilidade fragmentadora, típica do fazer musical contemporâneo, que tensifica a sensibilidade unificadora característica das músicas do sistema tonal, realçada pelo respeito uniforme às convenções de dinâmica, agógica e ornamentação inerentes aos períodos de composição das peças.

(José Eduardo Costa Silva, extraído do encarte)

Girolamo Frescobaldi (Italy, 1583-1643)
01. Toccatta prima
Antonio de Cabezón (Spain, 1510-1566)
02. Diferencias cavallero
Jan Pieterszoon Sweelinck (Netherlands, 1562-1621)
03. More palatino
François Couperin (France, 1668-1733)
04. Quatrième prélude (L’art du toucher clavecin)
05. La superbe ou la Forqueray (Dixseptième ordre)
Henry Purcell (England, 1659-1695)
06. Ground (z.D221)
Domenico Zipoli (Prato, Itália,1688 – Córdoba, Argentina 1726)
07. Corrente
Giuseppe Domenico Scarlatti (Italy, 1685-1757)
08. Sonata XXX
José António Carlos de Seixas, (Coimbra, 1704 – Lisboa, 1742)
09. Sonata em Sol m
Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764)
10. Allemande (Pieces de clavecin, avec une table pour les agrémens)
Francisco Xavier Baptista (Portugal, ? – 1797)
11. Sonata IV – 1. Allegro
12. Sonata IV – 2. Allegro
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
13. Fantasia 6ª (Método do pianoforte)
Anônimo (Sabará, MG, final do séc. XVIII)
14. Sonata 2ª (Sabará) – 1. Allegro
15. Sonata 2ª (Sabará) – 2. Adágio
16. Sonata 2ª (Sabará) – 3. Rondó

Sabará – 1999
Antonio Carlos de Magalhães
2jcbrls

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 470,0 MB | HQ Scans 13,2 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbpm – 252,0 MB – 1,1 hr
powered by iTunes 10.7

.

.

Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.Avicenna

G.F. Handel (1685-1759): Ah! Mio Cor (Handel Arias)

G.F. Handel (1685-1759): Ah! Mio Cor (Handel Arias)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta é a primeira colaboração (2008) de Magdalena Kožená com a sensacional Venice Baroque Orchestra de Andrea Marcon, um grupo superlativo. É um álbum imprescindível aos fans de Händel, Handel ou Haendel, como queiram. Aqui, Kožená retorna ao local onde sempre é feliz: o canto barroco dramático. Assim como no álbum Lamento, anterior a este, Kožená combina árias conhecidas e desconhecidas para criar uma antologia pessoal de momentos dramáticos de amor, ódio, esperança e desespero. O programa inclui arias de Rinaldo, Giulio Cesare, Alcina e Joshua, entre outros. Os personagens e a escrita apaixonada são veículos perfeitos para o talento lírico único de Kožená. O que ela consegue é realmente muito bonito, vai direto ao coração.

G.F. Handel (1685-1759): Ah! Mio Cor (Handel Arias)

1 Alcina: “Ah! Mio Cor! Schernito Sei!” 10:48
2 Hercules: “Where Shall I Fly?” 6:30
3 Agrippina: “Pensieri, Voi Mi Tormentate” 7:30
4 Giulio Cesare In Egitto: “Cara Speme, Questo Coro Tu Comincia Lusingar” 6:02
5 Joshua: “Oh! Had I Jubal’s Lyre” 2:38
6 Ariodante: “Scherza Infida In Grembo Al Drudo” 11:39
7 Theodora: “O Thou Bright Sun! … With Darkness Deep” 6:00
8 Amadigi Di Gaula: “Destorò Dall’empia Dite” 5:49
9 Orlando: “Ah! Stigie Larve! … Già Latra Cerbero … Vaghe Pupille, No, Non Piangete, No” 7:45
10 Ariodante: “Dopo Notte, Atra E Funesta” 6:52
11 Rinaldo: “Lascia Ch’io Pianga Mia Cruda Sorte” 4:58

Mezzo-soprano – Magdalena Kožená
Orchestra – Venice Baroque Orchestra
Conductor – Andrea Marcon

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Magdalena Kožená com parte da Venice Baroque Orchestra de Andrea Marcon
Magdalena Kožená com parte da Venice Baroque Orchestra de Andrea Marcon

PQP

Georg Friedrich Haendel (1685-1759) – Duetti e terzetti italiani – Invernizzi, Frigato, Adam, Bauer, La Rizonanza

booklet-cover

Queridos, hoje vos trago mais uma pintura de gravação realizada pela gravadora Glossa, e estrelada pela magnífica soprano Roberta Invernizzi. São obras para duas ou três vozes, com acompanhamento instrumental.
Estas obras foram compostas quando o jovem Haendel viajou para a Itália, viagem esta que o influenciou profundamente. Sugiro a leitura do booklet que segue em anexo para maiores informações.
Então vamos ao que viemos. Para se deleitar, degustar, apreciar sem moderação.

1 Quel fior che all’alba ride (hwv 200)
2 Giù nei tartarei regni (hwv 187)
3 Quando in calma ride il mare (hwv 191)
4 Amor gioie mi porge (hwv 180)
5 Caro autor di mia doglia (hwv 182)
6 Che vai pensando (hwv 184)
7 Va, speme infida (hwv 199)
8 Tacete, ohimè, tacete (hwv 196)
9 Se tu non lasci amore (hwv 201)

Roberta Invernizzi, soprano
silvia frigato, mezzo-soprano
krystian adam, tenor
thomas bauer, baritone

La Risonanza
Caterina Dell’Agnello – violoncello
Evangelina Mascardi – theorbo
Fabio Bonizzoni – harpsichord

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: Interlúdio :. Zequinha de Abreu interpretado por Jacques Klein e Ezequiel Moreira

11gkj2tZequinha de Abreu
Interpretado por Jacques Klein e Ezequiel Moreira

Jacques Klein (1930 – 1982), o pianista do toque dourado.

Nascido em Aracati, no Ceará, foi no Rio de Janeiro que viveu plenamente a sua carreira e a sua vida. Desde muito cedo, manifestou seu gosto pela música, e, até os dezoito anos, dedicou-se ao jazz, uma de suas grandes paixões, inclusive fazendo algumas gravações no gênero.

Foi para os Estados Unidos estudar música clássica, mas logo conheceu o célebre Art Tatum, que ficou muito impressionado ao ouvir Jacques tocar o seu amado jazz em Nova York. Apesar de ter sido convidado para tocar na banda do grande jazzista americano, seguiu sua verdadeira vocação – a música clássica

Seguiu depois para a Áustria, onde foi aluno do célebre professor Bruno Seidhofer, na Academia de Música de Viena, mas foi exatamente em 1953 que o artista começou sua grande carreira ao conquistar o 1º lugar no Concurso Internacional de Genebra, que era na época considerado o mais importante concurso no mundo.

Klein era um músico admirado por todos, e em todos os continentes. Tinha um toque lindo e um som dourado, difícil de se encontrar. Seus concertos eram de sonhos, célebres e iluminados. Uma vez, tocando a Sonata de J.Brahms nº3, a luz da Sala Cecília Meireles apagou e Jacques continuou tocando no escuro para delírio de seus ouvintes. Claro que foi ovacionado quando acabou a obra, já com a luz acesa.

Também ficou conhecido pelo seu ciclo das Sonatas de Beethoven, tocando as 32, também na Sala. Foi solista das mais importantes orquestras do mundo, assim como teve o duo com o grande violinista italiano Salvatore Accardo, que, por várias vezes, deslumbrou o Théâtre des Champs Elysées, em Paris. Grande professor de piano, tem como seu mais importante discípulo o pianista Arnaldo Cohen. Na parte burocrática, foi diretor da Sala Cecília Meireles e fez parte da direção da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Era casado com a também pianista Cesarina Riso, e eles formavam um dos mais queridos casais no Rio – tiveram uma filha, Daniela.

Sem dúvida, o querido Jacques Klein foi o maior pianista brasileiro de sua geração encantando a todos com sua arte e seu talento. Fica a nossa homenagem.

(Maria Luiza Nobre)

Imagine um excelente pianista, do tipo que é referência mundial, tocando com as maiores orquestras do planeta. Dê a ele bom humor, gênio impulsivo e, de quebra, um talento especial para se comunicar com plateias das mais esnobes às mais simplórias. Hoje pode ser difícil imaginar, mas o produto dessa mistura existiu, sim, veio de Aracati, no Ceará, e se chamava Jacques Klein.

Consumido por um câncer quando ainda estava no auge da carreira, aos 52 anos, Klein era um tipo raro de músico clássico. Era popular. Amava interpretar Beethoven, Mozart e Chopin. Mas também compôs com Dorival Caymmi, teve um grupo de jazz e aparecia com tanta naturalidade na TV que chegava a dar autógrafo na rua.

(O Globo, 11/10/2009)

Zequinha de Abreu & Eurico Barreiros
01. Os Pintinhos no Terreiro – Chorinho Sapeca (fá menor)
Zequinha de Abreu & Dino Castello
02. Rosa Desfolhada – Flores Milagrosas – Valsa (mi menor)
Zequinha de Abreu & Rui Borba
03. Longe dos Olhos – Valsa sentimental (mi menor)
Zequinha de Abreu
04. Não Me Toques – Chorinho (lá menor)
Zequinha de Abreu & Príncipe dos Sonhos
05. Último Beijo – Valsa sentimental (dó menor)
Zequinha de Abreu & Duque de Abramonte
06. Branca – Valsa lenta (mi menor)
Zequinha de Abreu
07. Levanta Poeira – Choro sapeca (mi menor)
Zequinha de Abreu & Arlindo Marques Jr.
08. Amando Sobre o Mar – Valsa sentimental (fá maior)
Zequinha de Abreu & Pinto Martins
09. Tardes em Lindóia – Valsa lenta (mi bemol menor)
Zequinha de Abreu
10. Tico-tico no Fubá – Choro sapeca (lá menor)

Zequinha de Abreu interpretado por Jacques Klein e Ezequiel Moreira – 1979

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 136,4 MB | HQ Scans 0,9 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 90,9 MB + 0,9 MB
powered by iTunes 11.1.3

Boa audição.

macaco pensante

 

 

 

 

.

.

Avicenna

Brésil: Amérindiens d’Amazonie: Asurini et Araras (Acervo PQPBach)

eq71x4Mundos sonoros dos índios Asurinis: música da guerra, da aliança e dos espíritos.

Contactados em 1971 pelos karai (isto é, os brasileiros não-índios, os brancos), os Asurinis formam uma sociedade, ou antes, uma civilização, de cerca de 60 pessoas, localizada no estado do Pará, às margens do rio Xingu. São de língua tupi, como outros grupos ameríndios desta região isolada, onde os contatos pacíficos com os brancos foram tardios. Como a maior parte dos ameríndios da Amazônia, possuem uma economia baseada na agricultura (milho, mandioca, feijão), na caça e na pesca. Do ponto de vista sociológico, trata-se de uma sociedade sem instituições hierárquicas. O sistema de parentesco desempenha um papel central num jogo político complexo onde a prática musical aparece com frequência. Até o contato com os brancos, os Assurinis moravam em grupos separados, gozando de grande autonomia territorial; depois, foram agrupados numa só aldeia.

Desde então, dizimados pelas epidemias (gripe, tuberculose) que causaram sua fragilidade demográfica atual, os Asurinis reagiram incrementando suas práticas rituais tradicionais e em particular as xamânicas, e ao mesmo tempo integrando alguns artefatos dos brancos (utensílios, fuzis etc.) à sua cultura material. Cerca da metade dos homens adultos são puje (a palavra tupi de onde veio o português “pajé”) — isto é, curandeiros, mas também especialistas das dimensões cosmológicas da cultura asurini; os puje desempenham também com frequência papel político importante.

De maneira geral podemos dizer, como P. Menget no seu disco dedicado às músicas do Alto Xingu (Ocora C 580022), que nessas sociedades amazônicas a música não é autônoma: toca- se, canta-se e dança-se para organizar as interações sociais (evidenciando o importante papel político da prática musical), e/ou as interações entre homens e espíritos. A um tempo carregadas de sentido e cheias de humor, as práticas musicais coletivas, executadas muitas vezes entre os Asurinis sem nenhum espectador humano, constituem um elemento fundamental destas minúsculas civilizações.

Para os Asurinis, as produções musicais são centradas em três rituais principais : Inaraka, pajelança onde o canto desempenha um papel fundamental, tule, grande e complexo ritual centrado num conjunto de instrumentos do tipo do clarinete (cujo nome também é tule), e tiwagawa, dança cantada cujos temas são em parte ligados à guerra.

35c3q1dMundos sonoros dos índios Araras: músicas do ritual de retorno da caça.

Os Araras são um povo de língua caraíba que vive às margens do rio Iriri, afluente do Xingu, no estado do Pará. Em 1987, sua população era de 84 pessoas. A construção da rodovia Transamazônica (1970-71) e a chegada concomitante da “fronteira de expansão” da sociedade brasileira provovou uma dramática situação de guerra que iria durar dez anos. Esta se concluiu com a “pacificação”, pela FUNAI, da maioria dos Araras em 1981, 1984 e 1987. Como seus vizinhos, os Araras tem como atividades econômicas a caça, a pesca e a agricultura. A caça é extremamente valorizada entre os Araras, mesmo se sua importancia quantitativa na alimentação é menor que a dos vegetais. Como os Asurinis, estes formam uma sociedade sem instituições, onde o parentesco e os grupos residenciais organizam uma vida política complexa e movimentada ao sabor das alianças e querelas.

O ritual de volta da caça, do qual apresentamos aqui um “resumo sonoro”, participa deste jogo político, pois, como o tule assurini, opõe dois grupos : convidados e anfitriões. Os primeiros trazem a cerveja, os segundos a carne defumada, resultado de uma expedição de caça itinerante na floresta durante quinze dias. Uns e outros produzem músicas próprias, tocadas em instrumentos diferentes. Estes últimos são feitos de bambu, com a exceção dos tsingule, feitos de osso de aves.

Depois da preparação dos instrumentos na aldeia — fabricação dos tubos das erewepipo (flautas de Pã) e das palhetas dos tagat tagat (clarinetes), os participantes começam durante a tarde a primeira fase do ritual. As mulheres prepararam o pito (cerveja de mandioca doce) e os músicos começam a tocar tranquilamente alternando as pecas de tagat lagar (faixa 8), o consumo de pito e as peças de erewepipo (faixa 9). A noite chega e, pouco a pouco, homens, mulheres e crianças se reúnem em torno dos músicos, sem prestar real atenção à execução das peças – muito repetitivas, pois toca-se uma só forma de lagar togar e uma de erewepipo – mas aproveitando este momento de convívio para beber, rir e conversar. E a noite passa, com alguns momentos de repouso e um estado de ebriedade que não cessa de crescer…

De repente, exatamente ao nascer do sol, às últimas notas de uma peça de tagat tagat bem regada a pita, os caçadores invadem a aldeia, simulando um ataque e flechando as casas. A cena (faixa 10) é impressionante e muito rápida : os caçadores se reúnem na praça central e começam uma dança circular (fotografia da capa), gritando, batendo com os pés no chão e soprando seus tsingule (apitos). A gravação desta sequência se fêz inicialmente sem a presença do etnólogo, pois este, certo de que se tratava de um ataque real, dera com o pé na tábua, deixando atrás de si o gravador…

Um grande repasto coletivo, onde se consome a carne defumada trazida pelos caçadores, reúne em seguida o conjunto da aldeia, anfitriões e convidados. Aqueles executam em seguida suas músicas, com trompas tereret (faixa 12) e cantos aremule (faixa 11). O pita rola à vontade e o ritual termina pouco a pouco na tarde.

Amerindiens d’Amazonie
Índios Asurini do Xingu
01. Tiwamaraka
02. Tiwagawa – a dança do povo-onça
03. Ritual Tule 4. Kaui Tule
04. Ritual Tule 3. Itu Tule
05. Ritual Tule 2. Urukuku Tule
06. Ritual Tule 1. Warape Tule
Índios Asurini do Trocara
07. Musique Instrumentale
Índios Araras do Xingu
08. Música do ritual de retorno da caça 1. Tagat Tagat
09. Música do ritual de retorno da caça 2. Erewepipo
10. Música do ritual de retorno da caça 3. Arrivée des Chasseurs
11. Música do ritual de retorno da caça 4. Aremule
12. Música do ritual de retorno da caça 5. Tereret

Amerindiens d’Amazonie – 1990

CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

acervo-1BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 396,5 MB | HQ Scans 33,3 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 kbpm |192,6 MB – 1,1 h
powered by iTunes 10.7

Partituras e outros que tais? Clique aqui

.

Boa audição.

Avicenna

Antonio e Francesco Salieri: Concerto Pour Pianoforte et Orchestre / Concerto Pour Flute, Hautbois et Orchestre / La Tempesta di Mare

Antonio e Francesco Salieri: Concerto Pour Pianoforte et Orchestre / Concerto Pour Flute, Hautbois et Orchestre / La Tempesta di Mare

A lenda de que Antonio Salieri era péssimo compositor e que tinha um caráter pra lá de invejoso ainda persiste. É uma inverdade. Claro que ele não merece o Olimpo, mas as lendas a respeito do seu relacionamento com Wolfgang Amadeus Mozart, com quem conviveu em Viena, foram criadas pela peça de teatro de Peter Shaffer, adaptada para o cinema, sob direção de Milos Forman, com o título Amadeus. O filme, vencedor de oito Óscares, em 1984, retrata um Salieri invejoso do gênio de Mozart, ao mesmo tempo admirador e que possui um bom talento musical. Tal imagem é resultante da liberdade ficcional dos realizadores, não correspondendo à figura histórica do compositor. Mas grudou. Este disco é muito agradável e cumpridor. Podem baixar sem medo de estarem traindo Mozart.

Antonio Salieri (1750-1825):
Concerto Pour Pianoforte et Orchestre /
Concerto Pour Flute, Hautbois et Orchestre /
La Tempesta di Mare

Concerto For Fortepiano In B Flat Major (23:59), de Antonio Salieri
1.1 Allegro Moderato 11:02
1.2 Adagio 5:45
1.3 Tempo Di Minuetto 7:06

Concerto For Flute And Oboe In C Major (18:41), de Antonio Salieri
2.1 Allegro Spirituoso 6:54
2.2 Largo 6:54
2.3 Allegretto 4:42

Sinfonia La Tempesta Di Mare In B Flat Major (10:23), de Francesco Salieri
3.1 Allegro 4:13
3.2 Andante 3:42
3.3 Allegro Assai 2:20

Flute – Clementine Hoogendoorn* (tracks: 4 to 6)
Fortepiano – Paul Badura-Skoda (tracks: 1 to 3)
Oboe – Pietro Borgonovo (tracks: 4 to 6)
Conductor – Claudio Scimone
Orchestra – I Solisti Veneti

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Salieri: não era tão mau assim, até pelo contrário | Pintura de Joseph Willibrord Mähler
Salieri: não era tão mau assim, até pelo contrário | Pintura de Joseph Willibrord Mähler

PQP

Cesar Franck – Sonata in A Major for Violin & Piano, Claude Debussy – Sonata for Violin & Piano – Kyung Wha Chung and Radu Lupu

912pJ6Yea7L._SL1418_

NOVO LINK !!! IMPERDÍVEL !!!

Uma violinista sul coreana e um pianista romeno interpretando um repertório exclusivamente francês pode soar estranho, mas quando se trata de músicos deste nível não podia dar errado. Radu Lupu e Kyung-Wha Chung quase atingiram a perfeição, em um repertório impecável, em que se destaca a belíssima sonata de Cesar Franck, um primor do romantismo francês.
O Ravel e o Debussy só confirmam a qualidade, mesmo sendo obras pouco gravadas. A cumplicidade entre os dois músicos está presente em todos os momentos, e o destaque novamente fica para a sonata de Franck, uma das melhores gravações que já ouvi desta obra.
Trata-se de um CD de altíssima qualidade, e não sou apenas eu que assim o considero. As cinco estrelas são quase unânimes dentre os clientes da amazon. Sugiro abrirem uma garrafa de um bom vinho, sentarem-se em suas melhores poltronas para melhor apreciarem a beleza destas obras.

01. Cesar Franck – Sonata for Violin and Piano in A 1. Allegretto ben moderato
02. Sonata for Violin and Piano in A 2. Allegro- Quasi lento- Tempo 1 (Allegro)
03. Sonata for Violin and Piano in A 3. Recitativo – Fantasia (Ben moderato – Largamente – Molto vivace)
04. Sonata for Violin and Piano in A 4. Allegretto poco mosso
05. Claude Debussy – Sonata for Violin and Piano in G minor, L.140 1. Allegro vivo
06. Sonata for Violin and Piano in G minor, L.140 2. Intermede (Fantasque et leger)
07. Sonata for Violin and Piano in G minor, L.140 3. Finale (Tres anime)

Kyung-Wha Chung – Violin
Radu Lupu – Piano

08. Maurice Ravel – Introduction and Allegro
09. Claude Debussy – Sonata for Flute, Viola, and Harp, L. 137 1. Pastorale
10. Sonata for Flute, Viola, and Harp, L. 137 2. Interlude
11. Sonata for Flute, Viola, and Harp, L. 137 3. Finale

Melos Essemble

BAIXE AQUI – -DOWNLOAD HERE

Alma Latina: Esteban Salas (Cuba, 1725-1803) – Cantvs in Honore Beatæ Mariæ Virginis

10ia328Cantvs in Honore Beatæ Mariæ Virginis
Esteban Salas (Cuba, 1725-1803)

Ars Longa de La Havane
Maîtrise de la Cathédrale de Metz

Según refiere Alejo Carpentier, «en 1509, poco después de que Sebastián de Ocampo realizara el primer bojeo de la isla cuya colonización no se había iniciado todavía, varios náufragos eran arrojados a la costa de Cuba por una tempestad. Uno de ellos, enfermo, no pudo proseguir el viaje a Santo Domingo, y se acogió a la hospitalidad de los indios del pueblo de Macaca.

Pronto aprendió algo de la lengua nativa y como era muy piadoso convenció al cacique de que se dejara bautizar. […] Animado por la mansedumbre de la población, el náufrago exhibió entonces una estampa de la Virgen que llevaba consigo, logrando que en su honor se levantase un bohío. Les anunció (a los indios) que aquella estampa representaba una Señora muy hermosa, benigna y rica, llamada María, madre de Dios, y poco tiempo después los buenos salvajes le cantaban una salutación angélica al alba y al crepúsculo.»

Ave María, gratia plena… quizás fuese el primer canto entonado por los moradores autóctonos de la Isla a María, culto que desde los inicios de la práctica religiosa católica en Cuba tuvo una relevante importancia. (Miriam Escudero – extraído do encarte)

                          2ptnpmd

Esteban Salas (Cuba, 1725-1803)
01. Salve Regina III
02. ¿Quien ha visto que en invierno? Villancico a quatre avec violons. Noël 1787
03. Letania
04. Los bronces se enternezcan. Villancico en duo avec violons, à la Vierge Douloureuse, s/f
05. Magnificat
06. Pues la fábrica de un templo. Villancico a 4 con violines. Navidad 1783
07. Salve Regina
08. Assumpta est Maria
09. Ave Maris Stella
10. Guerra viene declarando. Villancico (à double choeur) à six avec violons. Noël 1798

Cantvs in Honore Beatæ Mariæ Virginis – 2002
Esteban Salas (Cuba, 1725-1803)
Ensemble Ars Longa de La Havane & Maîtrise de la Cathédrale de Metz
Maestrina Teresa Paz

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 295,8 MB | HQ Scans 12,0 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 138,7 + 212,0 MB – 57,0 min
powered by iTunes 11.1.5

Encarte: textes en Français/Español/English

Mais outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

biv0hg

 

 

 

 

 

 

 

 

.

.

.

 

.

Boa audição.

Avicenna

Hume: Musicall Humors, London 1605 – Jordi Savall

capaTobias Hume
Escócia, ca.1569 – 1645

Jordi Savall
Viola da gamba Barak Norman, Londres, 1697

Como diz nosso amigo catalão David: É hora para um Savall em “estado puro”: Hume, Savall e a Barak Norman.

O compositor inglês e violista Tobias Hume (ca.1569-1645) provavelmente foi introduzido na composição musical um pouco tarde. Embora ele tenha sido um dos melhores violinistas do seu tempo, Hume continua a ser um personagem real em um romance, uma personalidade truculenta, forte, irregular e excêntrica. Esta característica de personalidade pode ser que o fez ocupar um lugar especial no mundo dos músicos da Renascença, mas mantido longe da Royal Courts.

1.-Castelo-topo

Mas o capitão Tobias Hume foi principalmente um oficial que dedicou sua vida à carreira militar; ele foi contratado pelo Rei da Suécia e pelo Imperador da Rússia, e vamos encontrá-lo na guerra da Polônia antes de retornar a Londres em 1629, procurando ser contratado pelo rei para combater a rebelião na Irlanda. Com cerca de 60 anos de idade encontrou refúgio no Chartreuse ( “Charterhouse”) de Londres, hospício e mosteiro para servir aos senhores, oficiais, membros do clero necessitados. Arruinado morre ali, amargo e quase louco, em 16 de abril de 1645. 2.-Collegiata

Hume foi o primeiro compositor a escrever música para solo de viola da gamba, num momento em que o alaúde era o instrumento que dominava a vida musical. Foi também o primeiro a usar técnicas muito inovadoras para a prática de seu instrumento, incluindo o “legno col” (as cordas são atingidas com a madeira do arco), e o pizzicato.

Suas duas principais obras foram publicadas em Londres em 1605 (Musicall Humors ou A primeira parte de Ayres, apenas para viola da gamba) e em 1607 (Musicke Poeticall).

Sua coleção Musicall Humors é um manuscrito de uma centena de peças cada uma mais extraordinária que a outra, com uma característica certamente autobiográfica, e algumas estão diretamente relacionadas à sua carreira no exército (A Souldiers Resolution, A Souldiers March, A Souldiers Gaillard…). Além disso, Hume utiliza todos os recursos do instrumento para produzir efeitos sonoros originais (batalhas, trompetes, tambores). Finalmente, a maioria de suas composições é inegavelmente ligada à arte da improvisação.

3.-on-grava

Tobias Hume é um amigo de longa data de Jordi Savall, que descobriu seu trabalho há mais de 40 anos. O gambista catalão já dedicou duas gravações a Hume no início dos anos 80 (incluindo um para Musicall Humors em 1982). Temos aqui um retorno ansiosamente aguardado para esta nova gravação de 2004, para a qual Jordi Savall decidiu regravar certas partes de seu primeiro disco, bem como incluir peças inéditas como Soldat de profession, Mercenaire par nécessité, Mourant pauvre e Presque fou.

Finalmente, Tobias Hume foi uma personalidade musical essencial para a viola da gamba, como compositor e como intérprete. Jordi Savall faz a ele as mais belas homenagens neste disco soberbo que, sem dúvida, vai marcar a discografia.

Tobias Hume. (Escócia, ca.1569 – 1645)
01. A humorous Pavin (núm.43 a ‘Musical Humors’)
02. Capitane Humes Galliard (núm.50 a ‘Musical Humors’)
03. My hope is decayed (núm.7 a ‘Musical Humors’)
04. Capitane Humes Pavin (núm.46 a ‘Musical Humors’)
05. Harke, harke (núm.10 a ‘Musical Humors’)
06. A Souliders Galliard (núm.48 a ‘Musical Humors’)
07. The Spirit of Gambo (núm.4 a ‘Musical Humors’)
08. A Pavin (núm.42 a ‘Musical Humors’)
09. Touch me lightly (núm.38 a ‘Musical Humors’)
10. Beccus an Hungarian Lord (núm.95 a ‘Musical Humors’)
11. The Second part (núm.96 a ‘Musical Humors’)
12. Loves farewell (núm.47 a ‘Musical Humors’)
13. The Duke of Holstones Almaine (núm.6 a ‘Musical Humors’)
14. Death (núm.12 a ‘Musical Humors’)
15. Life (núm.13 a ‘Musical Humors’)
16. A Question (núm.25 a ‘Musical Humors’)
17. An Answere (núm.26 a ‘Musical Humors’)
18. The new Cut (núm.27 a ‘Musical Humors’)
19. A Souliders Resolution (núm.11 a ‘Musical Humors’)
20. Good againe (núm.14 a ‘Musical Humors’)

Hume: Musicall Humors, London 1605 – Savall – 2004
Jordi Savall (viola da gamba Barak Norman, Londres 1697)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 kbps | 169,6 MB | 1 h 10 min

 Boa audição!

4.--Savall

.

.

.

.

.

.

.

.

Avicenna

Olivier Messiaen (1908-1992): Sinfonia Turangalîla

Olivier Messiaen (1908-1992): Sinfonia Turangalîla
1.90.3-HSVAMIHMDPPSXE36HKXL2LKDW4.0.1-5

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sem dúvida, Messiaen foi um dos maiores compositores do século XX. Seu Quarteto para o Fim dos Tempos, a imensa obra para órgão, o Catálogo dos Pássaros, tudo é incontornável. E também a Sinfonia Turangalîla. Ela foi escrita no período entre os anos de 1946 e 1948, por encomenda de Serge Koussevitzky para a Boston Symphony Orchestra, e estreada pela mesma em 1949, sob direção de Leonard Bernstein. É uma das várias peças de Messiaen que utiliza Ondas Martenot. Também tem um solo sensacional para piano. Messiaen afirmou que o título da peça provém de duas palavras de sânscrito, turanga e lîla, que em conjunto significam algo como “canção de amor e hino de alegria, tempo, movimento, ritmo, vida e morte”.

É a mais colossal e a mais longa (dez movimentos) de todas as sinfonias francesas, da qual diz seu autor: “É um canto de amor e um hino à alegria. É ainda um vasto contraponto de ritmos. Ela usa, particularmente, dois procedimentos rítmicos que foram inovações quando de sua criação: os ritmos não retroativos e as personagens rítmicas.” Na altura da composição, Messiaen estava fascinado pelo mito de Tristão e Isolda, e a Sinfonia Turangalîla forma o trabalho nuclear na sua trilogia de composições relativas a temas de amor e morte, a primeira das quais é o ciclo de canções Harawi (poème d’amour et de mort) e a terceira Cinq rechants para coro sem acompanhamento instrumental.

A Turangalîla tem partitura para 12 madeiras, 4 trompas, 5 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, piano solo, Ondas Martenot solo, glockenspiel, celesta, vibrafone e outras percussões (total de 10 percussionistas) e instrumentos de corda.

“Bem, a minha referência em Turangalîla sempre foi a gravação de Myung-Whun-Chung a frente da orquestra da ópera da Bastilha com simplesmente ninguém menos do que Yvonne Loriod ao piano e Jeanne Loriod nas Ondas Martenot.
O pessoal é a cara do Messiaen! Para encerrar , no booklet , ninguém menos do que o próprio Messiaen subscreve, dizendo que a gravação para ele é a definitiva”.

Olivier Messiaen (1908-1992): Sinfonia Turangalîla

Turangalîla-Symphonie Pour Piano Principal Et Grand Orchestre (78:32)
1 I. Introduction: Modéré, Un Peu Vif 6:25
2 II. Chant D’Amour 1: Modéré, Lourd 8:14
3 III. Turangalîla 1: Presque Lent, Rêveur 5:26
4 IV. Chant D’Amour 2: Bien Modéré 11:03
5 V. Joie Du Sang Des Étoiles: Vif, Passionné, Avec Joie 6:42
6 VI. Jardin Du Sommeil D’Amour: Très Modéré, Très Tendre 12:39
7 VII. Turangalîla 2: Un Peu Vif – Bien Modéré 4:11
8 VIII. Développement De L’Amour: Bien Modéré 11:41
9 IX. Turangalîla 3: Bien Modéré 4:27
10 X. Final: Modéré, Presque Vif, Avec Une Grande Joie 7:44

Yvonne Loriod, piano
Jeanne Loriod, ondes martenot
Orchestre de la Bastille
Myung-Whun Chung

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Messiaen: gênio total
Messiaen: gênio total

PQP

Giuseppe Tartini (1692-1770): 4 Sonate per Violino. “Il Trillo del Diavolo” – “Didone Abbandonata”

Giuseppe Tartini (1692-1770): 4 Sonate per Violino. “Il Trillo del Diavolo” – “Didone Abbandonata”

2jbw1vb “Sim, sou o Diabo, repetia ele; não o Diabo das noites sulfúreas, dos contos soníferos, terror das crianças, mas o Diabo verdadeiro e único, o próprio gênio da natureza, a que se deu aquele nome para arredá-lo do coração dos homens. Vede-me gentil e airoso. Sou o vosso verdadeiro pai. Vamos lá: tomai daquele nome, inventado para meu desdouro, fazei dele um troféu e um lábaro, e eu vos darei tudo, tudo, tudo, tudo, tudo, tudo…” Assim se apresenta o Diabo através da pena de Machado de Assis no seu formidável conto A Igreja do Diabo. Satã, Arcano 15 do Tarot, o capeta, o cramunhão, o capiroto, o merda de galinha choca – como dizia minha avô Dona Nenê (que deus a tenha); eis a figura de maior destaque na cultura humana. Exagero? Mesmo os mais dados às crenças o citam de hora em hora e quanto mais devotos (ou fanáticos) mais assíduos em suas invocações. O nome mais comentado em toda Idade Média, que perpassa ao longo das eras através das penas dos literatos, dos compositores, dos pinceis dos artistas. Sempre renovado, desde o Pazuzu mesopotâmico que andou pintando o 7 em Nova York e virando a cabeça da Linda Blair; desde Arimã, gêmeo nefastíssimo do Ahura Mazda de Zoroastro. Asmodeus, Astarot, Azazel, Baphomet. Belial, Belzebu, Belphegor, Demogorgon, Íblis – para os árabes, Lúcifer, Legião – uma galera de chifrudos, Mephistofeles – compadre do Doutor Fausto, Moloch, Orobas, Samael, Súcubos e Íncubos, Brasinha (quem se lembra dele das HQs?), Xesbeth e Zulu-bango (pra completar a ordem semi alfabética). No mundo popularesco, o tinhoso, o rabudo, o coisa ruim, o tranca ruas, espírito de porco (único espírito no qual acredito), Marvi Talarica, Tio do Churrasco (sério!), Tutu de Gaianases, Inês Brasil (tá na pesquisa que fiz); Azelelé, Estácio de Padoka, Mãe de Pantanha, Rabo de Seta. No cordel “A chegada de Lampião no inferno” do cordelista José Pachêco temos três nomes sugestivos: Pilão Virado, Tromba Suja e Boca Insossa. Sem esquecer o Diabolus in música, na verdade o trítono proscrito dos ideais teóricos pitagóricos medievais e contrapontísticos posteriores, chamando-se diabolus o elemento de cisão entre dois extremos – no caso, a oitava. Ufa, é demônio demais para uma página só, embora todos juntos jamais conseguiriam sobrepujar em asco e iniquidade qualquer dos nossos políticos. Ah, faltou o nome de certo ex-presidente, mas todos sabem. A figura diabólica, a princípio bela no angélico Lúcifer, depois esculhambada pelos cristãos (estes também diabos terríveis), que para proscreverem o culto ao doce Pã, nos primórdios da Igreja, trataram de emprestar-lhe os chifres, cascos e rabo de bode. O Diabo se encontra em profusão tal nas artes ao longo da história que seria impossível nesta singela postagem amealhar tantas citações; imaginemos que ele aparece até mesmo numa versão de Doutor Fausto nos programas do Chapolim Colorado, tendo por Fausto o Professor Girafales e por Margarida a Dona Clorinda. Demonologia é coisa seríssima, enfim. No presente caso, dos mais famosos dos bastidores da música, temos o celebérrimo encontro de Giuseppe Tartini (1692-1770) com o Príncipe das Trevas (não o Drácula, mas o Diabo mesmo, em pessoa). Tartini nos conta sobre este fascinante episódio:

“Uma noite sonhei que tinha feito um pacto com o diabo, o qual se dispôs a me obedecer, em troca de minha alma. Meu novo servo antecipava meus desejos e os satisfazia. Tive a ideia de entregar-lhe meu violino para ver se ele sabia tocá-lo. Qual não foi meu espanto ao ouvir uma Sonata tão bela e insuperável, executada com tanta arte. Senti-me extasiado, transportado, encantado; a respiração falhou-me e despertei. Tomando meu violino, tentei reproduzir os sons que ouvira, mas foi tudo em vão. Pus-me então a compor uma peça – Il Trillo del Diavolo – que, embora seja a melhor que jamais escrevi, é muito inferior à que ouvi no sonho”.

5tcab

Claro que naqueles tempos não se podia andar por aí falando que se trocou figurinhas com o Cão sem problemas, assim, Tartini primeiro se confidenciou com o amigo astrônomo francês Jerôme Lalande. O diabo teria chegado a desafiá-lo: “Esta nem você é capaz de tocar! He He He”. Ok, a risada foi ideia minha, mas não imagino de outra forma. A coisa não ficou por aí, dois anos depois o capeta retornou trazendo o resto da peça e Tartini completou a obra, que atipicamente para seu momento histórico em matéria de sonatas para violino, traz quatro seções; também, sutilmente e ousadamente faz soar o trítono acima mencionado. Esta narrativa atravessou os tempos e dizem que até mesmo a patalógica Madame Blavatsky a citou em seus abstrusos escritos esotéricos. Se alguém teria de carregar por alter ego a figura do Tinhoso seria o próprio Tartini – um prato cheio para os analista junguianos. Dizem até que o grande Alexandre Dumas teria nele se inspirado para criar seus heróis capa espada, pois que Tartini teve uma vida aventuresca, entre românticos raptos noturnos, duelos nas sombras, esgrimindo tão bem seu florete quanto o arco do seu violino. Um casamento secreto e uma perseguição que o levou a disfarçar-se de frade em Assis. Tartini nasceu em Pirano, que era um povoado de Veneza, porém uma recente mudança de fronteiras fez com que a cidade passasse a ser considerada eslovena e isso gerou uma rusga entre os países que passaram a disputar-lhe a nacionalidade, esquecendo-se de que o planeta é o mesmo e que a música, que é de todos, é o que importa de fato. Tendo as suas tropelias perdoadas por um cardeal, o compositor foi para Pádua, onde reencontrou sua esposa e lá permaneceu até que o seu velho companheiro de virtuosismos oníricos viesse carrega-lo deste mundo. Ali se dedicou à composição, ao ensino de sua arte e à escrita de tratados.

2hn5qxj

Mas não é somente Tartini que seria o diabo em pessoa ao seu instrumento. Numa esquina do futuro outro endiabrado violinista esperava para executar com inusitada perfeição a obra diabólica: Roberto Michelucci. Soberbo artista, que foi durante anos solista no hierático I Musici; assim como Felix Ayo, Salvatore Accardo, Pina Carmirelli e outros. Conheci Tartini no vinil da Editora Abril, da série Mestres da Música, capa verde! Este disco trazia a deliciosa Sonata em Fá maior de opus 1 número 12, e um concerto para violoncelo também belíssimo. O violinista era Franco Gulli. Fiquei pasmo com o frescor daquela música, a riqueza melódica, a generosidade de um compositor que não sonega beleza em nome de ideias estéticas vigentes ou teóricas – uma das desgraças da música. Tartini é um compositor fronteiriço, não somente entre Itália e Eslovênia, mas entre o barroco e o clássico. Traz a leveza e a galanteria, mas não perdera ainda o sentido retórico e profundo do barroco. Rico em melodias surpreendentes e expressivas, pura beleza que na época só pude comparar com o magnífico Padre Ruivo, embora com audíveis diferenças. Uma música que para ser devidamente executada e compreendida exige um total comprometimento, entendimento e intensidade por parte do solista; e é precisamente isso que temos no formidável Roberto Michelucci. Além da sonata mefistofélica, o disco traz outra linda obra do mesmo gênero, a patética (no melhor sentido) Sonata Didone Abbandonata, evocação dos lamentos da princesa Dido, largada pelo ingrato Enéas (nada a ver com o Prona), literalmente a ver navios. As duas outras obras não ficam para trás como a pobre Dido. São também soberbas e de grande beleza. Até onde sei este disco não saiu em CD, e me parece que a explicação para isso só obteríamos junto ao amigo chifrudo de Tartini. Mas seja como for, por obra e graça seja de Deus ou do presente comensal, aqui temos Tartini por Michelucci. Um espetáculo que encantaria céus e infernos, sem dúvida.

Giuseppe Tartini – 4 Sonate per Violino

1 Sonata em Sol menor – Il trillo del Diavolo – Larghetto Affettuoso, Allegro, Andante e Presto.
2 Sonata em Sol menor – Didone Abbandonata – Affettuoso, Presto, Allegro.
3 Sonata em Lá menor – Andante Cantabile, Allegro, Allegro Assai.
4 Sonata em Lá maior – Largo, Allegro, Presto.

Roberto Michelucci – Violino
Marijke Smit Sibinga – Cravo
Franz Walter – Cello

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Tartini, antes e depois da possessão demoníaca.
Tartini, antes e depois da possessão demoníaca.

Wellbach

Alma Latina: Primer Festival de Música Barroca y Renacentista Americana, Misiones de Chiquitos – (Acervo PQPBach)

i5d7a1Primer Festival de Música Barroca y Renacentista Americana
Misiones de Chiquitos
1996

Reducciones Jesuíticas de Chiquitos

El actual territorio chiquitano fue incorporado al mundo moderno con el nombre de Provincia de Chiquitos, que fue el primer escenario del encuentro entre indios y españoles en el Oriente Boliviano.

Se trata de una extensa y bella región, verde esmeralda y salpicada de palmeras, que se ondula por efectos del Macizo chiquitano, que forma parte del Escudo brasileño. La Población indígena de Chiquitos puede ser clasificada en el grupo de los agricultores de las aldeas de los bosques tropicales. Se trata de diversos grupos: el más conocido es el chiquitano, y dentro de éstos los chiquitos propiamente dichos.

El período jesuítico les dio unidad a estas etinias dispersas, sobre todo al haber adoptado la lengua chiquita como general, lo que actuó como factor aglutinante. La Provincia de Chiquitos forma parte de la Gobernación de Santa Cruz de la Sierra, creada en 1560. La capital de esta gobernación, la ciudad de Santa Cruz de la Sierra, fue fundada en el corazón de Chiquitania (1561).

El traslado de esta ciudad – que estaba lejos de cualquier parte – a un punto más cercano del eje Charcas – Potosí, hizo que se abandonara a su suerte la Provincia de Chuiquitos.

A fines del siglo XVII una serie de circunstancias convergieron para hacer que la Compañía de Jesús se hiciera cargo de la evangelización de la Chiquitania. El 31 de diciembre de 1691 se fundaba San Francisco Javier, la primera reducción, a la que siguieron San Rafael, San José, San Juan Bautista, San Ignacio de Zamucos (de vida efímera), Concepción, San Miguel, San Ignacio (actual de Velasco), Santiago, Santa Ana y Santo Corazón.

Los jesuitas trajeron a Chuiquitos la experiencia de casi un siglo de funcionamiento en el Paraguay. La organización de Chiquitos siguió en términos generales lo sancionado por una larga y fructífera experiencia, y giró en torno a la reducción, que es algo más que un pueblo creado para la evangelización de los indios: representa la estructura espacial sobre la cual y en la cual se desenvuelve la cultura y el espíritu de una comunidad.

(Alcides Parejas Moreno, extraído parcialmente do encarte)

DISCO 1
Coral Nova y Orquesta de Camara de La Paz, dir. Ramiro Soriano Arce
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
01. ¡Silencio! ¡Pasito!
Anónimo
02. Tota Pulchra
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
03. Credo (Misa Encarnación)
Lírica Colonial Boliviana, dir. Carlos Seoane
Anónimo
04. A Quien no mueve A Dolor
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
05. Exurgens Joseph
Coro Polifónico Universitário, dir. Vito Modesto Guzmán
¿ M. Schimidt ? Archivo Musical de Chiquitos
06. Sanctus & Benedictus (Misa Mo Fiesta)
Gutierre Fernandez Hidalgo (b ?Talavera de la Reina, c1547; d La Plata [now Sucre], Bolivia, 1623)
07. Magnificat Quarti Toni
Coro Juvenil del Instituto de Bellas Artes y Orquesta de Cuerdas Santa Cruz, dir. Franz Terceros
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
08. Agnus Dei (Misa Mo Fiesta)
Anónimo
09. Jessu Corona Virginum
Coro y Orquesta Juvenil Urubichá, dir. Rubén Dario-Arana
Anónimo. Archivo Musical de Chiquitos
10. Kyrie (Misa 1 Mo Sábado)
11. Sanctus & Benedictus (Misa 1 Mo Sábado)
Sociedad Coral Boliviana, dir. José Lanza Salazar
Barroco Boliviano, s.XVIII
12. Sub Tuum Presidium
13. O Vos Omnes
Fr. Juan Pérez de Bocanegra (Cusco, ca. 1631)


14. Hanac Pachap Cussi Cuinin (Himno procesional a la Virgen en lengua quechua)
Juan de Lienas (attivo c.1617-54)
15. Salve Regina
Coro Santa Cecilia, dir. Julio Barragan
Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726). Archivo Musical de Chiquitos


16. Misa en Fa Mayor – 1. Gloria (Misa Zipoli 001)
17. Misa en Fa Mayor – 2. Credo (Misa Zipoli 001)
18. Misa en Fa Mayor – 3. Sanctus (Misa Zipoli 001)
19. Misa en Fa Mayor – 4. Benedictus (Misa Zipoli 001)

DISCO 2


De Profundis (Uruguay), dir. Cristina García Banegas
Gutierre Fernandez Hidalgo (b ?Talavera de la Reina, c1547; d La Plata [now Sucre], Bolivia, 1623)
01. Magnificat secundus tonus (1585)
Francisco Lópes Capillas (México, c1605-1674)
02. Alleluia, Alleluia, dic nobis Maria
Pro Música Colonial Brasileira, dir. André Luis Pires
Ignacio Parreiras Neves (Vila Rica, atual Ouro Preto, 1736-1790)
03. Antífona de Nossa Senhora
04. Credo – 4. Sanctus
05. Credo – 5. Benedictus
06. Credo – 6. Agnus Dei
Syntagma Musicum (Chile)
Anónimo, c. 1790
07. Sonata del Palomar


Juan Capistrano Coley (Chile), Libro de órgano de María Antonia Palacios c.1790
08. Divertimento VIII
Anónimo, Archivo Musical de Chiquitos, Bolivia
09. Beatus ille servus
10. Serve bone
Aqua Viva (Alemania), dir. Patricia Rojas-Schubert
Anónimo, Archivo Musical de Chiquitos, Bolivia
11. Dixit Dominus
Norberto Broggini (Argentina), clave
Manuscritos de San Rafael de Chiquitos,Bolivia, (D. Zipoli, M. Schmid, Anónimos)
12. Música para teclado 5to. tono (Alemanda I&II) – Al nacimiento del Archeduz
Ensamble Louis Berger (Argentina), dir. Ricarddo Massun
Tomás de Torrejón y Velasco (España 1664 – Perú 1728), Archido del Seminario San António Abad, Cuzco
13. A este Sol Peregrino, Bailete al Santissimo Sacramento
Anónimo, S. XVIII
14. Nisi Dominus
Ensamble Elyma (Argentina), dir. Gabriel Garrido
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
15. Aquí, aquí, valientes. Xacara para S. Francisco de Assis
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760)
16. En la rama frondosa

Primer Festival de Música Barroca y Renacentista Americana, Misiones de Chiquitos – 1996

DISCO 1
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 317,2 MB | HQ Scans 17,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 142,0 + 17,7 MB – 1 h 01 min
powered by iTunes 12.0.1

.DISCO 2
.
2jcbrlsBAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 334,9 MB | HQ Scans 17,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 152,0 + 17,7 MB – 1 h
powered by iTunes 12.0.1

..

.

Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Valeu !!!

Boa audição.

14nmyvd

 

 

 

 

 

 

..

.

.

Avicenna

The Phoenix Rising: The Carnegie UK Trust & the revival of Tudor church music

zlolywThe Phoenix Rising: The Carnegie UK Trust & the revival of Tudor church music

• Diapason d’Or, September 2013
• IRR Outstanding, September 2013
• CHOC du Classica, September 2013

Na comemoração do centenário do Carnegie UK Trust (http://www.carnegieuktrust.org.uk), o qual tornou possível o lançamento pioneiro do Tudor Church Music Edition, o Stile Antico interpreta a gloriosa música dessa publicação, inclusive a Mass de Byrd de 5 partes e obras de Tallis, Taverner, White, Morley e Gibbons.

Stile Antico’s shaping of the music is sublime, its knitting of the counterpoint mellifluous… Poised and polished though the performances are, there is always the sense that this is living music with a powerfully expressive sacred message. (GN, The Telegraph, 22.8.13

An ideal single-volume compendium of Tudor music… whether the music is early or late Stile Antico presents it with a glorious and compelling freshness… a powerful reappraisal of repertoire which has become so popular we now almost take it for granted. (Marc Rochester, International Record Review, September 2013)

The Phoenix Rising is a programme of works collated in the 1920s publication of Tudor Church Music by the Carnegie UK Society… Exquisitely rendered by the Stile Antico consort. (Andy Gill, The Independent, 26.7.13)

There’s a forthright quality to the voices of Stile Antico, and especially its sopranos, that suits this English repertoire, balancing beauty with an intensity that reminds us that this is the music of protest and oppression as well as faith. (Alexandra Coghlan, Gramophone, September 2013)

The Phoenix Rising
Stile Antico
William Byrd (England, 1540 – 1623)
01. Ave verum corpus
Thomas Tallis (England,c.1505-1585)
02. Salvator mundi (14th-century Eucharistic Hymn, attributed to Pope Innocent VI)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
03. Mass for 5 voices: 1. Kyrie eleison
04. Mass for 5 voices: 2. Gloria in excelsis Deo
John Redford (1540), perhaps after Medieval original & Thomas Morley (England, 1557-1602)
05. Nolo mortem peccatoris
Orlando Gibbons (England, 1583-1625)
06. O clap your hands together (Psalm 47, Book of Common Prayer+Gloria)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
07. Mass for 5 voices: 3. Credo
Robert White (England, c. 1538-1574)
08. Portio mea (Psalm 119, 57-64)
09. Hymn: Christe, qui lux es et dies, (Complete hymn, 4th setting)
Orlando Gibbons (England, 1583-1625)
10. Almighty and everlastig God (Book of Common Prayer, Collect, 3d Sunday after Epiphany)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
11. Mass for 5 voices: 4. Sanctus & Benedictus
Thomas Tallis (England,c.1505-1585)
12. In ieiunio et fletu (Matin Responsory, first Sunday in Lent (after Joel 2,17)
William Byrd (England, 1540 – 1623)
13. Mass for 5 voices: 5. Agnus Dei
John Taverner (England, c.1490-1545)
14. O splendor gloriae (Anonym (afger Geb 1,3; 2,8, Ps. 145,5, 1 Pet. 2,24 etc.)

The Phoenix Rising – 2012
Stile Antico

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 322,6 MB | HQ Scans 1,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 228,4 + 1,7 MB – 1 h 15 min
powered by iTunes 11.1.3

.Boa audição.

1znpxjl

 

 

 

 

.

.

.

Avicenna

G. F. Handel (1685-1757): Opera Arias and Duets

G. F. Handel (1685-1757): Opera Arias and Duets

Handel escreveu muitíssimas óperas e, como ela não são tudo isso para serem ouvidas completas, há inúmeros bons discos de highlights. Este é excelente. Boas cantoras, boa orquestra e direção. Ouvi com extremo interesse e prazer. As árias e duetos deste CD foram cuidadosamente selecionadas de dez óperas menos conhecidas de Handel. Alessandrini explica: “Tivemos o cuidado de evitar os títulos mais conhecidos e manter o contraste de um número para outro. E mantivemos os recitativos, de modo a colocar os personagens no contexto dramático da ópera e definir o humor dominante de cada ária”. Valeu a pena.

G. F. Handel (1685-1757): Opera Arias and Duets

Poro, Re Dell’Indie, HWV 28 (Excerpts)
1 Ouverture 3:21
2 Duetto: Caro! Dolce! Amico Amplesso 2:47

Orlando, HWV 31 (Excerpts)
3 Recitativo (III, 8) 0:38
4 Duetto: Finche Prendi Ancor Il Sangue 3:07

Radamisto, HWV 12 (Excerpts)
5 Recitativo (II, 13) 0:42
6 Duetto: Se Teco Vive Il Cor 3:16

Flavio, Re Di Longobardi, HWV 16 (Excerpts)
7 Recitativo (II, 11) 0:42
8 Aria: Mà Chi Punir Desio 6:58

Tamerlano, HWV 18 (Excerpts)
9 Recitativo (II, 8) 0:26
10 Aria: Più D’una Tigre Altero 4:08
11 Duetto: Vivo In Te Mio Caro Bene 7:51

Ezio, HWV 29 (Excerpts)
12 Recitativo (III, 12) 0:53
13 Aria: Ah, Non Son Io Che Parlo 7:13

Rinaldo, HWV 7 (Excerpts)
14 Recitativo (I, 6) 1:07
15 Duetto: Scherzano Sul Tuo Volto 3:26

Alessandro, HWV 21 (Excerpts)
16 Ouverture 5:37
17 Recitativo (I, 6) 0:15
18 Aria: Ah, Lisaura Tradita! 3:43
19 Recitativo (I, 9) 0:23
20 Aria: Da Un Breve Riposo 4:47

Amadigi Di Gaula, HWV 11 (Excerpts)
21 Recitativo (II, 5) 0:32
22 Aria: Pena Tiranna 6:00

Ottone, Re Di Germania, HWV 15 (Excerpts)
23 Recitativo (III, 9) 0:31
24 Duetto: A’ Teneri Affetti 3:55

Sara Mingardo
Sandrine Piau
Concerto Italiano
Rinaldo Alessandrini

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Pouco a ver com o disco mas vale. Esta é Hana Smejkalova numa versão da ópera Rinaldo. Hana não está neste CD...
Pouco a ver com o disco mas vale. Esta é Hana Smejkalova numa versão da ópera Rinaldo. Hana não está neste CD…

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Piano Quartets KV 478 & KV 493 – Beaux Arts Trio, Bruno Giuranna

51Bk076yzfLEsta vai ser mais uma postagem feita a toque de caixa, contra o relógio. Mas nem preciso apresentar, pois trata-se do Beaux Arts Trio interpretando os Quartetos para Piano de Mozart. Preciso falar mais? Não, né?

Espero que apreciem. Isso aqui é papa finíssima.

01. Piano Quartet g-moll KV 478 – 1. Allegro
02. Piano Quartet g-moll KV 478 – 2. Andante
03. Piano Quartet g-moll KV 478 – 3. Rondo (Allegro moderato)
04. Piano Quartet Es-dur KV 493 – 1. Allegro
05. Piano Quartet Es-dur KV 493 – 2. Larghetto
06. Piano Quartet Es-dur KV 493 – 3. Allegretto

Beaux Arts Trio
Bruno Giuranna – Viola

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Alma Latina: The Jesuit Operas by Kapsberger & Zipoli – Ensemble Abendmusik

1zmnyiaThe Jesuit Operas
.
Apotheosis of Saints Ignatius Loyola and Francis Xavier
by Johannes Hieronymus Kapsberger
(Italy, 1580-1651)

San Ignacio de Loyola
by Domenico Zipoli
(Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726)

As canonizações dos Santos Inácio de Loyola e Francisco Xavier, em Roma, em 12 de março de 1622, foram comemorados com cerimônias e música extremamente elaboradas. Um marco na curta história da Companhia de Jesus (que tinha sido fundada em 1540), as canonizações também deram origem à alegria do público em um nível universal, sendo observada sempre que uma província jesuíta era estabelecida, consequentemente, em todos os continentes, exceto a Austrália habitável.

Até que movimentos começaram a desmantelar a Companhia em meados do século 18, resultando na expulsão dos jesuítas de muitos territórios, porém seus membros continuaram a exaltar as virtudes de Loyola e Xavier, tanto na música como nas artes plásticas.

As óperas jesuítas: óperas de Kapsberger & Zipoli são bem diferenciadas em suas composições, tanto em ordem cronológica como geograficamente. A Apoteose sive consecractio SS. Ignatii et Francisci Xaverii por Kapsberger estreou em Roma em 1622, e a ópera San Ignacio de Loyola foi produzida nas missões jesuíticas da Bolívia em meados do século 18. Juntos, elas são, em qualquer caso, uma homenagem às contribuições feitas pela ordem jesuíta por todo o mundo, nas artes e nas ciências. A sua revitalização é um desenvolvimento interessante no estudo do globalismo da música no início do período moderno.

Esta produção foi realizada em Boston pelo Ensemble Abendmusik sob James David Christie durante a primeira conferência dos Jesuítas em culturas, ciências e artes em 1998, e, posteriormente, registrada por Dorian. Parece notável, no entanto, que a Apoteose em cinco atos por Kapsberger, uma das produções mais importantes em Roma antes das óperas Barberini da década de 1630, não foi editada nem executada até os anos 1990. A edição desta realização foi feita por Frank T. Kennedy, SJ, de um manuscrito da Bibliothèque Nationale em Paris, e a gravação comentada aqui é a única disponível da Apoteose, enquanto San Ignacio de Loyola, editado e reconstruído por Bernardo Illari , já foi gravado pelo Ensemble Elyma sob Gabriel Garrido.

Uma fascinante mistura de referências pagãs, alegorias orientais e virtudes cristãs, a Apoteose fica a meio caminho entre teatro e ópera jesuítas. Embora o prólogo é inteiramente falado, os cinco atos consistem em recitativo, coros e música instrumental. Os únicos personagens que não são alegorias nacionais são Metagenes e Pythis, junto com uma série de gladiadores que fazem muito breves entradas para o final da obra.

O primeiro ato situa Roma como o locus da celebração, enquanto os personagens alegóricos da Espanha e Portugal (esses países estavam unidos sob uma única coroa no momento da composição) honravam os santos e suas origens. Índia e Palestina estão acopladas no segundo ato: Índia e sua comitiva como personagens exóticos e maravilhosos, e a Palestina representada como uma nação abatida que, no entanto, comemora Inácio, com todos os protagonistas orando para ajudar seu povo.

Nos Atos 3 e 4 surgem os engates ocidental-oriental da França, do Japão, daItália e da China, os quais fazem oferendas, realizando jogos e invocando os novos santos. Este Orientalismo binário do sexo masculino e feminino Occident Orient, aliás, antecipa em um século as origens do final do século 18, citados por Edward W. Said, como discutido por Victor Coelho em “apoteose” da Kapsberger de Francis Xavier (1622) e a conquista of India “, na obra de uma ópera: gênero, nacionalidade e diferença sexual, eds. R.Dellamora e D.Fischlin (1997).

Finalmente, o Ato 5 envolve Roma sendo responsável por reunir todas as nações em um único conjunto para executar os atos finais da consagração, das comemorações que incluem jogos e lutas de gladiadores. Apesar da concentração do enredo nas civilizações orientais procuradas por Xavier em sua vida e nas suas viagens (Japão, China e Índia), deve-se notar que em nenhum momento há qualquer menção de expansão colonial nas Américas e nas Filipinas, que forneceram à ordem dos jesuítas meios materiais de acesso para todo o mundo.

A ópera San Ignacio de Loyola, perdida na região amazônica, foi encontrada há alguns anos nas Missões Jesuíticas de Chiquitos boliviano. Como no filme Missão, a história da ópera retrata a incrível história do trabalho realizado pelos Missionários e os povos da Amazônia.

A ópera mostra o clássico combate entre o bem e o mal no meio de anjos, demônios e jesuítas. A parte mais incrível de tudo isso é que é provável que a maior parte da ópera e algumas músicas extras registradas neste CD tinham sido compostas e executadas pelos índios Chiquitanos e Moxos após a expulsão dos jesuítas das Américas em 1767. Incrivelmente, a papelada que continha milhares de obras musicais foram copiadas durante 200 anos pelos bolivianos, a quem pertence agora este tesouro. (textos acima obtidos na internet e livremente traduzidos por Avicenna)


The Jesuit Operas
Apotheosis of Saints Ignatius Loyola and Francis Xavier
Johannes Hieronymus Kapsberger (Italy,1622)
Performer: Ellen Hargis (Soprano), Roberta Anderson (Soprano), Donald Wilkinson (Bass),
Ryan Turner (Tenor), Steven Rickards (Countertenor), Randall K Wong (Countertenor),
Terrance Barber (Countertenor), Anne Harley (Soprano), John Elwes (Tenor),
Mark McSweeney (Baritone), Michael Collver (Countertenor)
Conductor: James David Christie
Orchestra/Ensemble: Ensemble Abendmusik
Period: Renaissance
Written: 1622; Rome, Italy
Date of Recording: 1998-99
Venue: Campion Center, Boston, Massachusetts
Length: 88 Minutes 14 Secs.
Language: Latin
Disc 1 = Act I, II, III, IV
Disc 2 = Act V


The Jesuit Operas
San Ignacio de Loyola
Domenico Zipoli/Martin Schmidt/Anonymous Indigenous Composers (Bolívia, ca. 1755)
Performer: Steven Rickards (Countertenor), Pamela Murray (Soprano), Randall K Wong (Countertenor),
John Elwes (Tenor)
Conductor: James David Christie
Orchestra/Ensemble: Ensemble Abendmusik
Period: Baroque
Written: ca. 1755: Chiquitos, Bolívia
Date of Recording: 1998-99
Venue: Campion Center, Boston, Massachusetts
Length: 41 Minutes 34 Secs.
Notes: Arranged: Bernardo Illari (1997)
This selection is performed in Spanish and Chiquitano.
Disc 2 = Act I, II

The Jesuit Operas – 1999
Ensemble Abendmusik
Director: James David Christie

DISCO 1
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 284,9 MB | HQ Scans 14,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 167,3 + 14,7 MB – 1 h 06 min
powered by iTunes 12.0.1

DISCO 2
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 269,5 MB | HQ Scans 14,7 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 158,4 + 14,7 MB – 1 h 02 min
powered by iTunes 12.0.1

Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Obrigado !!!

Boa audição.

148g22b

 

 

 

 

.

..

..

..

Avicenna

Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704): Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise

2lsfo6xMarc-Antonie Charpentier
Litanies de la Vierge
Motets pour la Maison de Guise
Ensemble Correspondances

Motets for the House of Guise

For nearly twenty years, Charpentier lived at the Hôtel de Guise in the rue de la Chaume (now rue des Archives) in Paris. He arrived there in the early 1670s, shortly after his stay in Rome, and left only on the death of Mademoiselle de Guise in 1688. Marie de Lorraine, Princesse de Joinville, Duchesse de Joyeuse and Duchesse de Guise, was the last family member to bear the Guise name. she was the granddaughter of Henri de Lorraine, Duc de Guise, known as ‘le Balafré’ (Scarface), one of the organisers of the Catholic League, who was murdered in 1588 on the orders of King Henri III. Suspected of conspiracy by Richelieu, his son Charles de Lorraine was forced into exile. From 1631 to 1643 he lived in Florence with his family. As a guest at the sumptuous receptions given by the Medici, young Marie formed her musical tastes through listening to the oratorios of Giovanni Battista Gagliano and Silvestro Angolo di Conti, the Medici household musicians. Born on August 15,2 she was deeply devoted to the Virgin Mary, an attachment strengthened by the pilgrimage she made to Loreto, near Ancona, before returning to Paris. The singing of the Litany of the Blessed Virgin made a strong impression on her, an emotion she must have felt once more on hearing the setting Charpentier presented to her some forty years later.

Motets pour la Maison de Guise

Pendant près de vingt ans, Charpentier habita à l’hôtel de Guise de la rue du Chaume (l’actuelle rue des Archives) à Paris. Arrivé au début des années 1670 peu après son séjour à Rome, il n’en partit qu’à la mort de Mademoiselle de Guise en 1688. Dernière descendante du nom, Marie de Lorraine, princesse de Joinville, duchesse de Joyeuse et duchesse de Guise, était la petite-fille d’Henri de Lorraine, duc de Guise, dit le “Balafré”, organisateur de la Ligue et assassiné sur l’ordre d’Henri III en 1588. Soupçonné de conspiration par Richelieu, son fils Charles de Lorraine fut contraint à l’exil. De 1631 à 1643, il vécut à Florence avec toute sa famille. Témoin des grandes réceptions données par les Médicis, la jeune Marie forma son goût musical à l’audition des oratorios de Giovanni Battista Gagliano ou d’Angolo di Silvestro Conti, musiciens de la maison. Née un 15 août, elle vouait une profonde dévotion à la Vierge affermie par le pèlerinage qu’elle fit à Loreto, près d’Ancône, avant de retrouver Paris. Le chant des Litanies de la Vierge fit une forte impression sur elle, émotion qu’elle dut retrouver lorsqu’elle entendit la version que Charpentier lui offrit quelque quarante années plus tard.

Motetten für das Haus Guise

Annähernd zwanzig Jahre lang lebte Charpentier im Palais der Guise in der Rue du Chaume (heute Rue des Archives) in Paris. Kurz nach seiner Rückkehr aus Rom nahm er Anfang der 1670er Jahre dort Wohnung und blieb bis zum Tod von Mademoiselle de Guise im Jahr 1688. Marie de Lorraine, Prinzessin von Joinville, Herzogin von Joyeuse und Herzogin von Guise, die letzte Nachfahrin dieses Namens, war die Enkelin von Henri de Lorraine, Herzog von Guise, genannt Le Balafré, der die Heilige Liga gegründet hatte und der 1588 auf Anordnung von Henri III. ermordet wurde. Sein Sohn Charles de Lorraine wurde von Richelieu verdächtigt, eine Verschwörung angezettelt zu haben, und war gezwungen, ins Exil zu gehen. Von 1631 bis 1643 lebte er mit seiner ganzen Familie in Florenz. Als junges Mädchen erlebte Marie die prächtigen Empfänge im Hause der Medici, und Aufführungen der Oratorien von Giovanni Battista Gagliano oder Angolo di Silvestro Conti, beide Musiker in Diensten der Medici, prägten ihren musikalischen Geschmack. Sie ist an einem 15. August geboren, und das war für sie der Anstoß zu einer tiefempfundenen Marienverehrung, die sie durch eine Wallfahrt nach Loreto nahe Ancona bekräftigte, bevor sie nach Paris zurückkehrte. Der Gesang der Lauretanischen Litanei machte großen Eindruck auf sie, und diese Empfindungen wurden sicherlich wieder lebendig, als sie die Fassung Charpentiers hörte, die er ihr mehr als vierzig Jahre später zum Geschenk machte.

Marc-Antonie Charpentier (France, 1643-1704)
Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise
01. Miserere H.193 – I. Miserere mei Deus
02. Miserere H.193 – II. Auditui meo dabis gaudiam
03. Miserere H.193 – III. Ne projicias me
04. Miserere H.193 – IV. Libera me
05. Miserere H.193 – V. Sacrificium Deo spiritus contribulatus
06. Antienne H.526
07. Annunciate superi H.333 – I. Annunciate superi
08. Annunciate superi H.333 – II. Hæc enim Virgo
09. Annunciate superi H.333 – III. Psallite ergo populi
10. Ouverture H.536
11. Litanies de la Vierge H.83 – I. Kyrie eleison
12. Litanies de la Vierge H.83 – II. Speculum justitiæ
13. Litanies de la Vierge H.83 – III. Salus infirmorum
14. Litanies de la Vierge H.83 – IV. Agnus Dei

Litanies de la Vierge – Motets pour la Maison de Guise – 2013
Ensemble Correspondances
Clavecin, orgue & direction, Sébastien Daucé

.
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 146,3 + 1,9 MB – 1 h
powered by iTunes 11.1.3
.
.Boa audição.

2hhdukg

Avicenna, one of the ‘Happy Few’

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº2 – Sviatoslav Richter, Erich Leinsdorf, Chicago Symphony Orchestra

Cover

NOVO LINK !!! IMPERDÍVEL !!!

Sviatoslav Richter foi um dos gigantes do piano do Século XX, isto é fato incontestável. Outros gigantes do mesmo quilate, como Emil Gilels, comentavam, puxa, que bom que vocês gostam de como toco, mas esperem até ouvirem Richter. Este comentário foi feito por Gilels quando apresentava-se nos Estados Unidos, ainda no final dos anos 50, ou início de 1960. O curioso disso tudo é que o próprio Richter não se achava lá grandes coisas. Era apenas alguém que gostava de tocar piano. Em sua timidez, achava exagero quando o exaltavam tanto.

Pois então, um belo dia o ucraniano Richter atravessou o Atlântico para tocar nos Estados Unidos. Os produtores da RCA Victor, um dos principais selos de música clássica da época, não mediram esforços para contratar o pianista. Um dos discos que ele gravou foi essa gravação que ora vos trago, do Concerto para Piano nº 2 de Johannes Brahms.

Classificar como IM-PER-DÍ-VEL ! uma gravação considerada histórica é meio redundante, diria até mesmo desnecessária. A dupla Richter / Leisdorf está impecável. Prestem atenção ao magnífico terceiro movimento, uma das mais belas páginas da história da música. A sensibilidade de alguém que não se achava lá grandes coisas como pianista é mais que aguçada. O diálogo com o violoncelo é emocionante, nos deixa arrepiados.

01 – [Brahms] Piano Concerto No. 2 in B-flat, Op. 83, I. Allegro non troppo
02 – II. Allegro appassionato
03 – III. Andante
04 – IV. Allegretto grazioso

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Sviatoslav Richter – Piano
Chicago Symphony Orchestra
Erich Leinsdorf – Conductor

1423226700400

Alma Latina: Música sacra en La Habana colonial – Conjunto de Música Antiqua Ars Longa

ojjujkMúsica sacra en La Habana colonial
Obras de los siglos XVIII y XIX para la Catedral de La Habana y la Iglesia de la Merced

Premio Cubadisco 2000
Premio de Musicología Casa de las Américas, 1997

Producido por la Oficina del Historiador de la Ciudad de La Habana y la Universidad de Valladolid, España, en 1999, el presente disco del Conjunto de Música Antigua Ars Longa y músicos invitados, dirigidos por Teresa Paz, presenta una selección de obras hasta entonces inéditas de compositores vinculados a la Catedral de La Habana y la capitalina iglesia de Nuestra Señora de la Merced, de los siglos XVIII y XIX (hasta entonces inédita) que toma como punto de partida las investigaciones de la musicóloga Miriam Escudero resumidas en su libro El archivo de música de la iglesia habanera de la Merced.

Cayetano Pagueras (Barcelona, 1778 – La Habana, 1814)
Misa de Requiem (1801)
1. Introito y Kyrie
2. Gradual y Sequentia
3. Ofertorio
4. Sanctus
5. Benedictus
6. Agnus Dei
7. Communio

Francisco de Asís Martínez (España, s. XIX-Cuba?, s. XIX)
Responsos para la procesión de ánimas el dia de la conmemoración de los Fieles Difunctos (1871)

8. Credo
9. Qui Lazarum
10. Domine quando veneris
11. Memento mei
12. Libera Me

José Rosario Pacheco (Cuba, s. XIX)
13. Salve Regina (1870)
14. Stabat Mater (1871)

Cayetano Pagueras (Barcelona, 1778 – La Habana, 1814)
Responsorios para los Maitines de Resurrección (1798)

15. Angelus Domini
16. Cum transisset

Música sacra en La Habana colonial – 1999
Conjunto de Música Antiqua Ars Longa
Conductor Teresa Paz

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 192,5 MB | HQ Scans 10,4 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 95,8 + 10,4 MB – 36,2 min
powered by iTunes 12.0.1

Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Valeu !!!

Boa audição.

16090nb

 

 

.

.

.

Avicenna

Veneno de Agradar: Luiza Sawaya (soprano) & Achille Picchi (piano) (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2018-01-09 às 22.58.51“Já me vai calando nas veias
Teu veneno de agradar;
E gostando eu de morrer,
Vou morrendo devagar”

Domingos Caldas Barbosa, em “Vou morrendo devagar”
.
.

Ultrapassadas as vicissitudes da perda do domínio dos mares em favor dos holandeses e ingleses, e terminado o domínio espanhol, Portugal retomou definitivamente o seu equilíbrio, sob D. João V, nos cinquenta primeiros anos do século XVIII. Durante o seu reinado, empreendeu um vigoroso processo de modernização, abrangendo as áreas política, econômica e cultural. A descoberta do ouro nas Minas Gerais alavancou o extraordinário intercâmbio com a Colônia do Brasil que, captando as transformações por que passava a Metrópole, tornava-se alvo de interesses os mais diversos. A Música e seus intérpretes sempre estiveram na proa das muitas caravelas que, num incessante leva-e-traz transatlântico, determinou um incrível processo de mútua absorção de novidades.

Adepto da ostentação sacra do Barroco, D. João V trouxe do Vaticano artistas do porte de um Domenico Scarlatti, ao mesmo tempo em que promovia o aperfeiçoamento de músicos portugueses em Roma. Seu sucessor, D. José I, preferia a Ópera enquanto que, depois dele, D.Maria I recuperou o repertório litúrgico.

O Brasil sempre constituiu terreno fértil onde a semeadura de influências portuguesas e estrangeiras medraram em fartas colheitas. O substrato econômico-social de Minas Gerais, por exemplo, região de maior importância no século XVIII no Brasil, era formado por gente de diversos ofícios, membros do clero, escravos. Aí estavam incluídos também os músicos que vinham de outras regiões do Brasil e do exterior, sempre pisando os calcanhares dos mineradores desde os primeiros assentamentos de arraiais e vilas. Já existia nessa época, portanto, um ambiente bastante desenvolvido, irradiador de uma importante cultura musical para o restante do país. A grande maioria desses músicos era composta de mulatos, portanto, nativos, podendo-se afirmar que entre eles houve muitos músicos brasileiros.

A cidade do Rio de Janeiro passou a capital do país em 1763 em razão de estratégias de defesa territorial e econômica, por ser um porto mais acessível e mais seguro que o da baía de Todos os Santos (Bahia) para o escoamento do produto vindo das minas. Estes dois fatores estão na raiz do marcante desenvolvimento dessa cidade que chegou a ser o mais importante centro urbano do país.

Em 1763, aportou em Lisboa o mulato brasileiro Domingos Caldas Barbosa. Protegido pela aristocracia, Caldas Barbosa passou a frequentar a melhor sociedade da época, conquistando-a rapidamente graças à maneira particular de compor e de cantar seus versos. A isso acrescia não apenas o fato de cantar a solo, acompanhando- se à viola, mas também por dirigir seus versos diretamente às amadas com uma intimidade chocante para a sociedade pudica daquela época.

Caldas Barbosa constitui uma referência concreta dentro do ainda impreciso universo da canção do final do século XVIII, tanto no Brasil como em Portugal. São frequentes os testemunhos de seus contemporâneos sobre a maneira diferenciada com que cantava, em oposição ao que habitualmente se fazia em Portugal. Com Caldas Barbosa, virou moda cantar-se a “nova moda da modinha”.

Alexandre José Pires (1ª metade XIX)
01. Finalmente, as leis do fado (modinha)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
02. Chula carioca (chula)
José Francisco Édolo (Porto, 1792 – ?)
03. Tranquiliza, doce amiga (modinha)
Antonio José do Rego (Lisboa, ? – c1822)
04. As paixões d’amor nascidas (modinha)
05. Frescas praias do barreiro (modinha)
Joze Mauricio (Coimbra, 1752- Figueira da Foz, 1815)
06. De que serve ter sem tí (modinha)
07. Mandei um terno suspiro (modinha)
Manuel Telles (? – ?) / Pedro Anselmo Marchal França, ? – ?)
08. Yayazinha, por que chora? (lundu)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
09. Raivas gostosas (modinha)
Cândido Ignácio da Silva (Rio de Janeiro, 1800-1838)
10. Quando as glórias que gozei (modinha)
11. Minha Marília (modinha)
Elias Álvares Lobo (Itú, SP, 1834 – S. Paulo, 1901)
12. Chá preto, Sinhá? (lundu)
Gabriel Fernandes da Trindade (Portugal ,c.1790-Rio de Janeiro, 1854)
13. Vai, terno suspiro meu (modinha)
José Francisco Leal (Rio de Janeiro, 1792 – 4 de julho de 1829)
14. Delírio e suspiro (modinha)
15. Esta noite (lundu)
Joseph Fachinetti (Itália c.1800 – c1880) / Pe. José M. F. Padilha (Recife, PE 1787 – 1849)
16. Já fui a Lisboa (lundu)
José Amat (Espanha, ?/viveu no Rio de Janeiro de 1848 a 1855) / Gonçalves Dias (Caxias, MA, 1823 – Maranhão, 1864)
17. A canção do exílio (canção)
18. Seus olhos (canção)
Padre Telles (Bahia, c.1800 – Rio de Janeiro, c.1860)
19. Eu tenho no peito (modinha)
20. Querem ver esta menina? (lundu)
Francisco Manuel da Silva (Rio de Janeiro, 1795-1865) / Dr. Antonio José de Araujo (? – ?)
21. Sou eu! (romance)
Francisco Manuel da Silva ( Rio de Janeiro, 1795-1865) / Francisco de Paula Brito (Rio de Janeiro, 1809 – 1861)
22. Lundu da marrequinha (lundu)

Veneno de Agradar – 1998
Luiza Sawaya, soprano
Achille Picchi, piano

Mais um CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
.
memoriaBAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 379,4 MB | HQ Scans 18,8 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 211,32 MB – 1,1 h
powered by iTunes 10.6.3

.

Boa audição.

Captura de Tela 2018-01-09 às 23.07.06

 

 

 

 

 

 

.

.

Avicenna

Edvard Grieg (1843-1907): Música para Orquestra de Cordas

Edvard Grieg (1843-1907): Música para Orquestra de Cordas

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gosto muito dessas obras de Grieg para orquestra de cordas. É claro que uma versão norueguesa tem mais valor, tanto que o disco está com 5 estrelas em várias publicações. A qualidade do som é de primeira linha, e os músicos (Barratt-Due e Oslo Camerata) são extraordinários. Grieg era um nacionalista dos bons e promoveu a música norueguesa através de concertos e aulas. Como curiosidade, ele tem uma relação de parentesco com Glenn Gould. Grieg é um tio afastado do pianista canadense. O parentesco vem por parte de mãe.

Edvard Grieg (1843-1907): Música para Orquestra de Cordas

Holberg Suite, Op. 40 (From Holberg’s Time: Suite in the Olden Style)
1. I. Prelude: Allegro vivace 00:02:35
2. II. Sarabande: Andante 00:03:24
3. III. Gavotte: Allegretto – Musette: Poco più mosso 00:03:15
4. IV. Air: Andante religioso 00:05:28
5. V. Rigaudon: Allegro con brio – Poco meno mosso 00:03:53

2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 2. Varen (Last Spring)
6. 2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 2. Varen (Last Spring) 00:04:21

Melodies, Op. 53
7. No. 1. Norsk (Norwegian) 00:03:42
8. No. 2. De forste Mode (The First Meeting) 00:03:43

2 Lyric Pieces, Op. 68: No. 2. Badnlat (At the Cradle)
9. 2 Lyric Pieces, Op. 68: No. 2. Badnlat (At the Cradle) 00:03:07

2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 1. Hjertesar (The Wounded Heart)
10. 2 Elegiac Melodies, Op. 34: No. 1. Hjertesar (The Wounded Heart) 00:03:18

2 Nordic Melodies, Op. 63
11. No. 1. Folketonestil (In Folk Stye) 00:06:51
12. No. 2a. Kulok (Cow Call) 00:01:56
13. No. 2b. Stabbelaten (Peasant Dance) 00:02:04

Peer Gynt, Suite No. 1, Op. 46: II. Ases dod (The Death of Ase)
14. Peer Gynt, Suite No. 1, Op. 46: II. Ases dod (The Death of Ase) 00:04:20

Total Playing Time: 00:51:57

Oslo Camerata
Stephan Barratt-Due

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Vista de Bergen, onde nasceu Grieg e Karl Ove Knausgård
Vista de Bergen, onde nasceu Grieg e Karl Ove Knausgård

PQP

Ludwig van Beethoven – Beethoven Complete Masterpieces – Cds 1 -5 de 60 – Symphonies 1 – 9

81qUOSQaXZL._SL1500_Começo aqui a segunda mais longa postagem da história do PQPBach. Vou pedir paciência para os senhores, pois tem muito serviço envolvido, subir 61 cds não vai ser fácil. Os senhores terão de ter paciência, um dia concluo o projeto. Pode demorar um mês, dois meses, um ano, dois anos, pode não ser concluído … enfim, temos de seguir a maré.
Como não estou tendo mais problemas com baixa velocidade de upload, tentarei postar por série, ou seja, integral dos concertos para piano, integral das sonatas, integral dos quartetos, trios, etc. Não sei como vai funcionar.
Após a conclusão desta jornada épica teremos um panorama geral da música de Ludwig van Beethoven, e muitas obras desconhecidas poderão ser apreciadas por aqueles que ainda não as conhecem. Sei que existem blogs especializados em fornecer este material no ‘atacado’, porém também tenho ciência de que muita gente não tem acesso a uma boa internet para baixar tudo de uma só vez. Conheço bem a sensação, a vivenciei por anos. Agora, após mudar—me para outro endereço, estou podendo desfrutar de uma internet de altíssima velocidade.
Pelo tamanho da empreitada, e pelo trabalho que vai dar postá-la, em alguns casos me absterei de tecer algum comentário. A música vai falar por si só.
Certo?
Então começamos pelas sinfonias. A orquestra é a excelente Tonhalle Orchestra Zurich e o regente é o ótimo David Zinman.

CD 1

01. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Adagio molto
02. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Andante cantabile con moto
03. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Menuetto
04. Symphony No.1 in C Major Op.21 – Adagio – Allegro molto e vivace
05. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Adagio molto
06. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Larghetto
07. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Scherzo. Allegro
08. Symphony No.2 in D Major Op.36 – Allegro molto

CD 2

01. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Allegro con brio
02. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Marcia funebre
03. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Scherzo
04. Symphony No.3 in E-flat Major Op.55 ‘Eroica’ – Finale – Allegro molto
05. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Adagio – Allegro vivace
06. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Adagio
07. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Allegro vivace
08. Symphony No.4 in B-flat Major Op.60 – Allegro ma non troppo

CD 3

01. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Allegro con brio
02. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Andante con moto
03. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Allegro
04. Symphony No.5 in C minor Op.67 – Allegro
05. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegro ma non troppo
06. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Andante molto moto
07. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegro
08. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegro
09. Symphony No.6 in F Major Op.68 ‘Pastorale’ – Allegretto

CD 4

01. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Poco sostenuto – Vivace
02. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Allegretto
03. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Presto
04. Symphony No.7 in A Major Op.92 – Allegro con brio
05. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Allegro vivace e con brio
06. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Allegretto scherzando
07. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Tempo di Menuetto
08. Symphony No.8 in F Major Op.93 – Allegro vivace

Tonhale Orchestra Zurich
David Zinman – Conductor

CD 5

01. Symphony No.9 in D minor Op.125 – I. Allegro ma non troppo
02. Symphony No.9 in D minor Op.125 – II. Molto vivace
03. Symphony No.9 in D minor Op.125 – III. Adagio molto e cantabile
04. Symphony No.9 in D minor Op.125 – IV. Presto
05. Symphony No.9 in D minor Op.125 – Allegro assai vivace alla Marcia-end
06. Symphony No.9 – Allegro assai vivace alla Marcia-end (with General Pause in bar 747)

Ruth Ziesak – Soprano
Birgit Remmert – Alto
Steve Davislim – Tenor
Detlef Roth – Bass
Schweizer Kammerchor – Fritz Näf – Choirmaster
Tonhale Orchestra Zurich
David Zinman – Conductor

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Alma Latina: Música del Pasado de América Vol. 7/7: Bolivia, Música del Siglo XVIII

27yzo9fBaroque Music of Latin America
Música del Pasado de América – Vol 7/7

Música en las Misiones Jesuíticas y en la Catedral de Sucre

Camerata Renacentista de Caracas
Camerata Barroca de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morván.
Maestrina Isabel Palacios

En el disco Bolivia, Música del Siglo XVIII, la Camerata Renacentista de Caracas y la Camerata Barroca de Caracas recogen la obra de Doménico Zipoli, Roque Ceruti y otros autores anónimos que dejaron constancia de la riqueza de la música producida en las Misiones Jesuíticas y en la Catedral de Sucre en Bolivia.

Roque Ceruti, nacido en Milán en fecha desconocida y residenciado en Lima en 1707 para ejercer el cargo de Director Musical del Palacio de Gobierno, al servicio del Virrey del Perú, es el compositor que marca el inicio del estilo italiano en la música de América, poniéndo fin de esta manera a la hegemonía del estilo español instaurado por Tomás de Torrejón y Velasco. De Roque Ceruti se puede apreciar en este CD el Magnificat obra transcrita por el musicólogo Piotr Nawrot.

Doménico Zipoli, nacido en Prato en 1688, fue un compositor formado en Florencia y Roma a quien su profunda vocación religiosa lo llevó a realizar estudios de Teología en la Universidad de Córdoba, institución en la cual conoció la labor de las Misiones Jesuíticas en Bolivia. Zipoli, impresionado por los extraordinarios resultados obtenidos por la Compañía de Jesús en el ejercico de la música entre miles de indios incorporados a la civilización, escribió numerosas composiciones religiosas para los conjuntos musicales de dichas Misiones. De Doménico Zipoli se destacan su Misa en Fa, obra transcrita por el Dr. Robert Stevenson y corregida por Curt Lange y Zuipaqui, obra transcrita por Piotr Nawrot.
(http://www.cameratadecaracas.com)

.Bolivia: Música del Siglo XVIII
1. Misa en Fa
Doménico Zipoli (1688-1726)
Encontrada y transcrita en la Catedral de Sucre por el Dr. Robert Stevenson y corregida por el profesor Curt Lange.

2. Dulce Jesús Mio
Villancico a cuatro voces
Anónimo

3. Zuipaqui (Ad Mariam)
Doménico Zipoli (1688 – 1726)

4. La Salve para la Virgen
Letanía
Anónimo

5. Anaustia
Anónimo

6. Requiem Chiquitano
Missa pro Defúnctis
Anónimo (c. 1749)

7. Magnificat
Roque Ceruti (c. 1686 – 1760)

Bolivia,  Música del Siglo XVIII – 2002
Camerata Renacentista de Caracas
Camerata Barroca de Caracas
Collegium Musicum Fernando Silva-Morván
Isabel Palacios, Directora

Producción: Fundación Camerata de Caracas
Patrocinante de la primera edición: Banco Mercantil
Lugar: Capilla de la Escuela Experimental de Enfermería de la UCV y en Estudios Fidelis, Caracas.
Octubre y Noviembre de 2002

Com esta postagem chegamos ao fim desta coletânea de músicas latino-americanas do século XVIII interpretadas pelas Camerata Renacentista de Caracas, Camerata Barroca de Caracas e pelo Collegium Musicum Fernando Silva-Morván, magnificamente regidos pela Maestrina Isabel Palacios.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 396,3 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 160,6 MB – 1 h 17 min
powered by iTunes 11.2.2

Encarte completo e único da coleção
PDF – 29,6 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

11hw4xz

 

 

 

.

.

.

.

Boa audição.

Avicenna

Alma Latina: Manuel de Sumaya & Ignacio de Jerusalem – Mexican Baroque

23wrz3c Texto do Prof. Paulo Castagna, retirado da página do Facebook do Museu da Música de Mariana

14 de janeiro de 1680: batismo de Manuel de Sumaya, um dos mais sofisticados compositores latino-americanos do século XVIII!

Mesmo para quem está acostumado à música antiga brasileira, o patrimônio histórico-musical mexicano é estonteante, a começar pelos números: se no Brasil temos em torno de 15 órgãos da fase colonial, no México existem mais de mil… As obras mais antigas aqui encontradas são de meados do século XVIII – e assim mesmo bem raras – enquanto no México há um grande acervo de obras musicais lá compostas durante o século XVI, incluindo compositores nascidos no México e lá atuantes, já no início do século XVII… E a quantidade de obras disponíveis nos acervos musicais mexicanos nos deixa boquiabertos…

De fato, o México foi a região da mais intensa e sofisticada produção musical do continente americano, até meados do século XIX, somente nessa época começando a ser alcançado pelo Brasil. E a divulgação desse imenso patrimônio musical tem ocorrido também por conta de um enorme e bem preparado time de musicólogos, apoiados por instituições de renome e atuação internacional, como o CENIDIM – Centro Nacional de Investigación, Documentación e Información Musical “Carlos Chávez” e a UNAM – Universidad Nacional Autónoma de México.

Manuel de Sumaya nasceu em data incerta em fins de 1679, sabendo-se apenas a data de seu batismo (14 de janeiro de 1680), portanto há  exatos 335 anos. Contemporâneo 9039side Bach e Vivaldi, Sumaya é o mais prolífico compositor americano da fase colonial e autor da primeira ópera mexicana (e segunda na América), “La Parténope”, de 1711, com o mesmo libreto utilizado em 1730 por Händel. Dentre suas funções profissionais, destacam-se os cargos de mestre da capela da Catedral do México entre 1715-1738 e, entre 1738-1750, da Catedral de Oaxaca, que aqui vemos pintada em 1887 por José María Velasco (1840-1912).

Com seu catálogo de obras publicado por Aurélio Tello, e com um extraordinário time de musicólogos, Manuel de Sumaya tem sido estudado, editado e gravado, circulando em todo o mundo, apesar de ainda pouquíssimo conhecido no Brasil. Apenas para dar uma palinha, deixamos aqui a gravação norteamericana de seu vilancico “Celebren, publiquen”, com o Chanticleer Sinfonia, sob a direção de Joseph Jennings:

Grande trabalho, colegas do México!
Paulo Castagna

Ignacio de Jerusalem (itália, 1707 – Cidade do México, 1769)
01. Responsorio Segundo De S. S. José
02. Dixit Dominus – 1. Dixit Dominus Domino Meo
03. Dixit Dominus – 2. Virgam Virtutis Tuae
04. Dixit Dominus – 3. Judicabit In Nationibus
05. Dixit Dominus – 4. De Torrente In Via Bibet
06. Dixit Dominus – 5. Gloria Patri, Et Filio
07. Dixit Dominus – 6. Amen
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (Mexico, c.1679-1755)
08. Sol-Fa De Pedro
Ignacio de Jerusalem (itália, 1707 – Cidade do México, 1769)
09. Mass In D – 1. Kyrie
10. Mass In D – 2. Gloria: Gloria In Excelsis Deo
11. Mass In D – 3. Gloria: Gratias Agimus Tibi
12. Mass In D – 4. Gloria: Qui Tollis Peccata Mundi
13. Mass In D – 5. Gloria: Quoniam Tu Solus
14. Mass In D – 6. Gloria: Cum Sancto Spiritu
15. Mass In D – 7. Gloria: Amen
16. Mass In D – 8. Credo: Credo In Unum Deum
17. Mass In D – 9. Credo: Et Incarnatus Est
18. Mass In D – 10. Credo: Crucifixus Etiam Pro Nobis
19. Mass In D – 11. Credo: Et Resurrexit Tertia Die
20. Mass In D – 12. Sanctus
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (Mexico, c.1679-1755)
21. Hieremiae Prophetae Lamentationes
22. Celebren, Publiquen

Mexican Baroque – 1994
Chanticleer Sinfonia.
Maestro Joseph Jennings

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC 273,2 MB | HQ Scans 13,2 MB |

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 320 kbps – 143,3 + 13,2 MB – 57,3 min
powered by iTunes 12.0.1

Curiosidade: O ‘libretto’ é uma palavra italiana para o que hoje chamamos de roteiro ou script, ou seja, a versão do texto a ser efetivamente musicada, que geralmente era produzida por escritores profissionais a partir de um livro maior, história, lenda ou mito, e desde o século XVIII começou a ser produzido por escritores (como Metastasio) já em formato destinado à partituração. Essa Partenope foi um desses textos que começou a circular dessa forma e alguns compositores o ‘pegaram’ para compor óperas, entre eles o Sumaya e o Handel. (Prof. Paulo Castagna)

Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Obrigado !!!

Boa audição.

30vnpkn

 

 

 

 

 

 

.

..

Avicenna

Juan Crisóstomo de Arriaga (1806-1826): L’Oeuvre Orchestrale

Juan Crisóstomo de Arriaga (1806-1826): L’Oeuvre Orchestrale

O basco Juan Crisóstomo de Arriaga não chegou a completar 20 anos. Morreu alguns dias antes de fazê-lo. Era chamado de o “Mozart Basco” ou “Mozart Espanhol” em razão de sua precocidade. Sua música não é lá tão esplêndida assim. Estilisticamente, está entre a tradição clássica de Haydn e Mozart e o romantismo de Rossini e Schubert. Como sempre, Savall e suas orquestras dão um show de competência. O moço era violinista, como pode-se notar em alguns solos, principalmente na Abertura-Nonetto. Imaginem que sua ópera Os Escravos Felizes (?) foi escrita e produzida quando Arriaga tinha apenas 14 anos!

Juan Crisóstomo de Arriaga (1806-1826): L’Oeuvre Orchestrale

Symphonie à Grand Orchestre En Ré:
1. Adagio-Allegro Vivace-Presto
2. Sym in D: Andante
3. Sym in D: Minuetto: Allegro-Trio
4. Sym in D: Allegro Con Moto

5 Los Esclavos Felices, Ouverture Pastorale

6 Ouverture Opus 1 “Nonetto”

La Capella Reial de Catalunya
Le Concert des Nations
Jordi Savall

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Juan Crisostomo Arriaga: precocidade e vida breve
Juan Crisostomo Arriaga: precocidade e vida breve

PQP