J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Pianos – Anna Vinnitskaya & Kammerakademie Potsdam

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Pianos – Anna Vinnitskaya & Kammerakademie Potsdam

 

J.S. Bach

Concertos para Pianos

 

O piano é o instrumento que melhor realiza a música, na minha opinião. É o instrumento que produz o som que eu mais gosto de ouvir. Depois, o piano e outro instrumento, o piano e ainda mais alguns instrumentos, e também o piano e muitos instrumentos, enfim o piano e vozes. Bem, vocês devem ter pego a ideia.

Os concertos para piano são as peças que eu mais frequentemente escolho para ouvir, aquelas que normalmente preenchem meus CDs preferidos assim como meus pendrives.

Bruckner, Mahler, Debussy, Schubert não escreveram concertos para piano, mas ninguém é perfeito.

Os concertos, estes começaram com ELE, o grande, João Sebastião Ribeiro. Bach em sua genialidade e simplicidade (há algum tipo de genialidade que não seja simples?) adaptou concertos que já funcionavam bem com outros instrumentos para instrumentos de teclas como solistas.

Adaptou o concerto para quatro violinos do Padre Vermelho, depois suas próprias obras, concertos para violino ou dois violinos. Tão genial que escreveu para piano (claro, para piano, ouça as peças deste disco se não acreditas) antes mesmo deste instrumento estar completamente desenvolvido.

Anna Vinnitskaya

Ouvir uma seleção como a que está neste álbum é uma fonte de prazer. Para realizar este álbum, reuniu-se um time de pianistas vindo do frio. Os solistas são eslavos – Anna Vinnitskaya, Evgeni Koroliov e Ljupka Hadzi-Georgieva – e se conhecem muito bem. Anna Vinnitskaya foi aluna de Evgeni Koroliov na Hochschule für Musik und Theater, em Hamburgo, e Evgeni é casado com a Ljupka.

A orquestra é a Kammerakademie Potsdam e é excelente também na música de Bach.

O álbum começa com o mais famoso e mais robusto dos concertos para piano, em ré menor, BWV 1052, tendo como solista Evgeni Koroliov. Na sequência temos os concertos para dois ou três pianos, intercalados eventualmente por um concerto para piano solo. Os solistas também vão se alternando.

Ljupka e Evgeni

NÃO é uma postagem com TODOS os concertos, não é uma INTEGRAL dos concertos, mas é uma coleção ainda mais adorável por isso. Parece que os concertos foram escolhidos pelos músicos devido as suas próprias predileções.

Fechando o cortejo temos o maravilhoso e já mencionado Concerto para Quatro Pianos em lá menor, BWV 1065, mas adaptado para três pianos, uma vez que temos apenas três solistas. Não tem por isto, caro seguidor do blog, com o que preocupar-se. Lembremos, o próprio concerto é uma transcrição feita por Bach do maravilhoso concerto de Vivaldi!

KAP

A gravação é excelente, as interpretações balanceadas entre a excelência técnica e a sensibilidade dos intérpretes, especialmente nos movimentos lentos. Para se ter uma ideia, basta ouvir o Alla siciliana do Concerto para Três Pianos em ré menor, BWV 1063.

Enfim, prepare-se para uma festa, um banquete de boa música. Difícil ficar melhor…

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

CD1

Concerto para piano No. 1 em ré menor, BWV 1052
  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro
Concerto para dois pianos em dó menor, BWV 1060
  1. Allegro
  2. Largo ovvero adagio
  3. Adagio
Concerto para piano No. 7 em sol menor, BWV 1058
  1. […]
  2. Andante
  3. Allegro assai
Concerto para dois pianos em dó menor, BWV 1062
  1. […]
  2. Andante e plano
  3. Allegro assai
Concerto para três pianos em dó maior, BWV 1064
  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro assai

CD2

Concerto No. 4 em lá maior, BWV 1055
  1. Allegro
  2. Larghette
  3. Allegro ma non tanto
Concerto No. 5 em fá menor, BWV 1056
  1. […]
  2. Largo
  3. Presto
Concerto para dois pianos em dó maior, BWV 1061
  1. […]
  2. Largo ovvero adagio
  3. Vivace
Concerto para três pianos em ré menor, BWV 1063
  1. […]
  2. Alla siciliana
  3. Allegro
Concerto para quatro pianos (arranjado para três pianos) em lá menor, BWV 1065
  1. […]
  2. Adagio
  3. Allegro assai

Emil Koroliov, piano

[1053, 1060, 1058, 1064, 1061, 1063, 1065]

Anna Vinnitskaya, piano

[1062, 1064, 1055, 1056, 1061, 1063, 1065]

Ljupka Hadzi-Georgieva, piano

[1060, 1062, 1064, 1063, 1065]

Kammerakademie Potsdam

Concertmaster: Suyeon Kang

Gravado na Jesus-Christus-Kirche, Berlim

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 469 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 330 MB

Aqui um pequeno vídeo com os intérpretes. Não é necessário saber alemão para entender tudo. Aproveite!

René Denon

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (3/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatas

PUBLICADO POR FDP BACH EM 23/6/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 18/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: Gulda segue sua série, e a Amadeo segue com seu expediente de encaixar as sonatas de Beethoven nos discos, do jeito que couberem, como melancias numeradas talhadas a facão, na ordem de publicação. Prometo que reclamarei menos do selo, até porque há muito aqui o que elogiar, mas não sem antes, entre resmungos, dizer que acho estranho abrir um recital com algo da estirpe da Op. 10 no. 3 e encerrá-lo com algo levinho como a quase-sonatina Op. 14 no. 2. Gulda, sempre meio alheio a todos e a tudo, exceto ao teclado, encerra a tríade das Op. 10 com brilho e nos entrega uma “Patética”  sensacional.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Mais um cd da série que traz o grande pianista austríaco Friedrich Gulda tocando as sonatas para piano de Beethoven. E este cd traz pelo menos dois monumentos da literatura pianística, as sonatas de n° 7 e 8. Creio que depois da sonata ao luar, que conheço desde que me conheço por gente, a sonata de n° 8 também me é conhecida há incontáveis eras, graças a um velho Lp do grande Alfred Brendel que trazia algumas destas sonatas. Coisa finíssima. E curiosamente ainda devo ter o LP, em uma edição da Philips alemã.
Mas aqui temos Gulda, outro mito do piano. E se preparem pois ele não deixa pedra sobre pedra, já desde o Presto inicial da Sonata de n°7.

Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 1. Presto
Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 2. Largo e maesto
Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 3. Menuetto – Allegro
Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 4. Rondo – Allegro
Sonata No.08 in C minor Op.13 ”Pathétique” (1798-1799) – 1. Grave – Allegro di molto e con brio
Sonata No.08 in C minor Op.13 ”Pathétique” (1798-1799) – 2. Adagio cantabile
Sonata No.08 in C minor Op.13 ”Pathétique” (1798-1799) – 3. Rondo – Allegro
Sonata No.09 in E major Op.14-1 (1798-99) – 1. Allegro
Sonata No.09 in E major Op.14-1 (1798-99) – 2. Allegretto
Sonata No.09 in E major Op.14-1 (1798-99) – 3. Rondo – Allegro commondo
Sonata No.10 in G major Op.14-2 (1798-99) – 1. Allegro
Sonata No.10 in G major Op.14-2 (1798-99) – 2. Andante
Sonata No.10 in G major Op.14-2 (1798-99) – 3. Scherzo – Allegro assai

Friedrich Gulda – Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

#BTHVN250, por René Denon

C.P.E. Bach (1714-1788) – Symphonies, Cello Concertos – Leonhardt – Bylsma

coverMais uma vez tenho o maior prazer em repostar este CD duplo, que já me proporcionou momentos muito prazerosos.

Emprestei do blog do aliomodo o seguinte texto, que ele tirou da conceituada revista Gramophone:

Preciso dizer mais alguma coisa? Ah sim, podem apreciar sem moderação.

C.P.E. Bach – Symphonies, Cello Concertos – Leonhardt – Bylsma

CD 1

1. Symphony No. 1 in D Wq 183 (H663): I. Allegro di molto
2. Symphony No. 1 in D Wq 183 (H663): II. Largo
3. Symphony No. 1 in D Wq 183 (H663): III. Presto
4. Symphony No. 2 in E flat Wq183 (H664): I. Allegro di molto
5. Symphony No. 2 in E flat Wq183 (H664): II. Larghetto
6. Symphony No. 2 in E flat Wq183 (H664): III. Allegretto
7. Symphony No. 3 in F Wq183 (H665): I. Allegro di molto
8. Symphony No. 3 in F Wq183 (H665): II. Larghetto
9. Symphony No. 3 in F Wq183 (H665): III. Presto
10. Symphony No. 4 in G Wq183 (H666): I. Allegro assai
11. Symphony No. 4 in G Wq183 (H666): II. Poco andante
12. Symphony No. 4 in G Wq183 (H666): III. Presto
13. Symphony No.5 in B minor Wq182 (H661): Allegretto
14. Symphony No.5 in B minor Wq182 (H661): Larghetto
15. Symphony No.5 in B minor Wq182 (H661): Presto

Cd 2

1. Cello Concerto in A major Wq.172 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): I. Allegro
2. Cello Concerto in A major Wq.172 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): II. Largo con sordini, mesto
3. Cello Concerto in A major Wq.172 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): III. Allegro assai
4. Cello Concerto in A minor, Wq.170 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): I. Allegro assai
5. Cello Concerto in A minor, Wq.170 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): II. Andante
6. Cello Concerto in A minor, Wq.170 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): III. Allegro assai
7. Cello Concerto in B flat major, Wq.171 / H.436 (cadenzas: Anner Bylsma): I. Allegretto
8. Cello Concerto in B flat major, Wq.171 / H.436 (cadenzas: Anner Bylsma): II. Adagio
9. Cello Concerto in B flat major, Wq.171 / H.436 (cadenzas: Anner Bylsma): III. Allegro assai

Anner Bylsma – Cello
Orchestra Of The Age Of Enlightenment
Gustav Leonhardt – Conductor

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (2/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatas

PUBLICADO POR FDP BACH EM 15/6/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 17/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: segue a série do genial bicho-grilo Gulda tocando a integral das sonatas de Lud Van. O selo Amadeo, cujo dístico em alemão só pode ser “Fick dich, lausige Zuhörer“, atocha de maneira que lhe é muito típica as sonatas, todas em faixa única, e em ordem crescente de numeração, sem qualquer consideração ao pútrido ouvinte. Assim, a peculiar Sonata Op. 7 abre o disco só porque veio antes das Op. 10, e deixa o coeso trio das Op. 10 incompleta, por ficar de fora justamente a melhor delas, a Op. 10 no. 3, a primeira das grandes sonatas de Beethoven. Gulda, que não estava nem aí para isso (porque “Fick dich” também era decerto seu lema), dá-nos a ótima leitura que poderíamos esperar dele.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Fiquei contente com a repercussão que essa postagem do Gulda tocando Beethoven trouxe. Realmente trata-se de um excelente pianista, com muitos recursos, e sua leitura destas sonatas são muito conceituadas. Pena que não a postei antes, mas antes tarde que nunca, não é mesmo?

Lembro que já foram postados outros cds dele aqui no PQPBach, mas não sei se os links estão ativos. E não lembro se em algum destes cds ele incursiona pelo jazz, outro terreno em que também se notabilizou. Seria a praia do velho cão sarnento, bluedog, mas ele ainda está escondido em algum canto, sem nos dar o prazer de seu retorno, curtindo seu acervo …

Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 1. Allegro molto e con brio
Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 2. Largo- con gran espressione
Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 3. Allegro
Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 4. Rondo – Poco allegretto e grazioso

Sonata No.05 in C minor Op.10-1 (1796-98) – 1. Allegro molto e con brio
Sonata No.05 in C minor Op.10-1 (1796-98) – 2. Adagio molto
Sonata No.05 in C minor Op.10-1 (1796-98) – 3. Finale – Prestissimo

Sonata No.06 in F major Op.10-2 (1796-98) – 1. Allegro
Sonata No.06 in F major Op.10-2 (1796-98) – 2. Allegretto
Sonata No.06 in F major Op.10-2 (1796-98) – 3. Presto

Friedrich Gulda – Piano

CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Friedrich Gulda
Friedrich Gulda
#BTHVN250, por René Denon

François Couperin (1668-1733) e Claude Debussy (1862-1918): Les ondes – Amandine Habib, piano

François Couperin (1668-1733) e Claude Debussy (1862-1918): Les ondes – Amandine Habib, piano

Couperin  ֎  Debussy

Músicos Franceses

 

Um álbum reunindo obras de Couperin e Debussy não é algo com o que nos deparamos a todo o instante. Assim, este aqui chamou-me a atenção no momento que o notei em meio a vários outros. A capa de fundo escuro com uma flor dente-de-leão estilizada, letras dispostas na vertical e estilo minimalista, como o belíssimo nome – Les ondes – deram o empurrão final.

Você deve estar se perguntando: o que há em comum entre estes dois compositores que viveram duzentos anos um do outro, além de serem franceses?

Pois há várias coisas, como nos adianta e explica no interessante texto do livreto, incluído nos arquivos, a ótima pianista Amandine Habib. Para começar, ambos foram inovadores e dedicaram-se à música para o teclado. Couperin foi deixando o formalismo das danças que predominava nos seus dias – minuetos, gavotas e outras  – mantendo seus ritmos em suas músicas, mas cobrindo-as com mais poesia. Os nomes de suas peças dão-nos um prazer e um estímulo a mais. Poesia e imaginação também estão presentes nas peças de Debussy, assim como a arte de escolher os nomes – que não se impõem, mais se insinuam.

No disco, Amandine intercala Couperin e Debussy e disto eu muito gostei. Percebemos nas obras de Couperin uma faixa tonal mais estreita, afinal suas peças não foram compostas para grande piano. Mas não lhes faltam vivacidade e cores. Podemos perceber certos ecos destes ritmos nas peças de Debussy, que teve o privilégio de conhecer bem as peças do mestre mais antigo.

A escolha das peças também é enorme mérito da pianista e dos produtores, e eleva este disco bem acima da média dos que tenho ouvido.

Amandine nasceu em Marseille em uma família que ama a música, de maneira eclética, e estudou em Marseille e Lyons. Tem já uma carreira de concertista e de atuação em música de câmera bem estabelecida, além de fazer duo com Raphaël Imbert, um saxofonista de jazz.

Gostei muitíssimo de suas interpretações neste disco, que já ouvi muitas vezes. Espero que isso aconteça também com você.

François Couperin (1668-1733)

Claude Debussy (1862-1918)

  1. L’Étincelante ou la Bontemps (Couperin)
  2. Doctor Gradus ad Parnassum (Debussy)
  3. La Flore (Couperin)
  4. Bruyères (Debussy)
  5. Les lis naissans (Couperin)
  6. Les colliens d’Anacapri (Debussy)
  7. Le dodo ou L’amour au berceau (Couperin)
  8. Toccata (Debussy)
  9. Le tic-toc-choc ou Les maillontins (Couperin)
  10. Les Jumèles (Couperin)
  11. La Cathédrale engloutie (Debussy)
  12. Les ondes (Couperin)
  13. Poissons d’or (Debussy)
  14. Les Ombres errantes (Couperin)
  15. Les tierces alternées (Debussy)
  16. Les Tricoteuses (Couperin)
  17. Les rozeaux (Couperin)
  18. L’Isle joyeuse (Debussy)

Amandine Habib, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 207 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 150 MB

Para explorar mais o tema da influência sobre Debussy e sua relação com a música de Couperin e Rameau, sugiro a leitura deste texto, que é proveniente da página de Jeffrey La Deur.

Aproveite!

René Denon

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Violin Concertos – Shunske Sato, Il Pomo D´oro, Zefira Valova

Já há algum tempo que ensaio postar este CD, mas enfim, ei-lo. Mais uma sensacional gravação do Conjunto Barroco Il Pomo D´Oro, com um excelente solista japonês, um especialista no violino barroco, Shunske Sato.
Temos diversas gravações destes concertos aqui mesmo no PQPBach, mas não canso de postar outras versões, que saem às dezenas anualmente. Tratam-se de obras fundamentais no repertório violinístico, obrigatórias no currículo de qualquer violinista que queira se destacar. Já ouvi estas obras dezenas, quiçá centenas de vezes e nunca canso de ouvir as novas gravações para exatamente indentificar as novidades que podem ser extraídas da partitura. São obras que nunca irão se esgotar.
Shunske Sato me era um total desconhecido até ter acesso a esse CD. Aí fui pesquisar a biografia do rapaz e me supreendi pelo seu currículo. Possui uma carreira estável já há duas décadas, e vem se apresentando com as mais diversas orquestras e maestros ao redor do planeta. Atualmente é o Diretor Artístico do prestigiada Netherlands Bach Society.
Um belo CD, sem dúvida, para quem admira o violino barroco. Rachel Podger e Amandine Beyer já tem seu sucessor.

1 Violin Concerto No. 1 in A Minor, BWV 1041- I. Allegro moderato
2 Violin Concerto No. 1 in A Minor, BWV 1041- II. Andante
3 Violin Concerto No. 1 in A Minor, BWV 1041- III. Allegro assai
4 Violin Concerto No. 2 in E Major, BWV 1042- I. Allegro
5 Violin Concerto No. 2 in E Major, BWV 1042- II. Adagio
6 Violin Concerto No. 2 in E Major, BWV 1042- III. Allegro assai
7 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043- I. Vivace
8 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043- II. Largo ma non tanto
9 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043- III. Allegro
10 Violin Concerto No. 5 in G Minor, BWV 1056R- I. Allegro (Arr. Forkel)
11 Violin Concerto No. 5 in G Minor, BWV 1056R- II. Largo (Arr. Forkel)
12 Violin Concerto No. 5 in G Minor, BWV 1056R- III. Presto (Arr. Forkel)

Shunske Sato, Zefira Valova – Violins
Il Pomo D´Oro

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (1/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatas

PUBLICADO POR FDP BACH EM 12/6/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 16/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: Lud Van merece, e por isso celebraremos seu jubileu de maneira que, até o dia de seu 250° aniversário, a integral de suas obras esteja disponível em nosso acervo – das obras de infância até os sublimes, derradeiros quartetos de cordas -, alcançando-lhes novas interpretações, particularmente do ciclo das sonatas para piano, bem como restaurando gravações importantes de suas obras que se perderam no “internéter”. Começamos por esta leitura do notável maluco-beleza vienense, repleta do inconfundível “toque Gulda”, talvez por demais frenética para alguns ouvidos, mas sem dúvidas indispensável a qualquer acervo fonográfico. A qualidade do som não é o forte do selo Amadeo, que também não se dá ao trabalho de separar os movimentos entre faixas, atochando-nos obras inteiras em faixas simples. Ainda assim, e particularmente nestas sonatas da juventude do compositor, Gulda faz a amolação valer a pena.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Em um primeiro momento pensei em postar a coleção toda de uma só vez, mas pensei melhor e decidir postar um por um, para ser melhor degustado, afinal trata-se de Friedrich Gulda tocando Beethoven, e isso definitivamente não é pouca coisa. Tenho essa coleção há algum tempo e a ouço também de vez em quando. Como se tratam-se de gravações da década de 60, esta caixa fica numa pasta chamada gravações históricas, à qual volto de vez em quando. Ultimamente tenho ouvindo os pianistas mais novos, como Lewis e Brautigam, ou Angela Hewitt, mas de vez em quando preciso ouvir esses caras da velha, pero non mucho, guarda.

Este primeiro cd traz, é claro, as três primeiras sonatas, de op. 2. Deleitem-se.

Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 1. Allegro
Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 2. Adagio
Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 3. Menuetto – Allegretto
Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 4. Prestissimo
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 1. Allegro vivace
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 2. Largo apassionato
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 3. Scherzo – Allegretto
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 4. Rondo – Grazioso
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 1. Allegreo con brio
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 2. Adagio
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 3. Scherzo – Allegro
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 4. Allegro assai

Friedrich Gulda – Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

#BTVHN250, por René Denon

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vi Sebastian Bohren em ação no Piano Salon Christophori, em Berlim. (Como se pode descrever este lugar? O Piano Salon Christophori é uma espécie de garagem, na verdade uma ex-fábrica de pianos. Imagine uma garagem semi-abandonada, imagine que ela seja utilizada como sala de concertos e centro cultural, decorada com parte de pianos penduradas nas paredes, quadros, cadeiras, velhos sofás e lustres pendurados por correntes. E que tenha uma bela acústica. É mais ou menos isso). Bem, foi uma apresentação impressionante de Bohren. Trata-se de um extraordinário violinista de habilidade, musicalidade e sonoridade espetaculares. Esta versão da sonata para violino solo, orquestra de cordas e percussão foi uma iniciativa dele. A transcrição do Op. 80 de Prokofiev foi encomendada a Andrei Pushkarev, percussionista da “Kremerata Baltica” de Gidon Kremer, um arranjador talentoso cujos arranjos podem ser encontrados no repertório de inúmeros músicos. Esta Sonata é absolutamente esplêndida, ficando entre o sublime, a tristeza e o agressivo. Ela foi escrita entre 1938 e 1946 e completada dois anos após a Sonata para Violino Nº 2. É uma das obras mais sombrias do compositor e Prokofiev recebeu o prêmio Stalin de 1947 por ela. O disco é, sim, imperdível.

Violin Sonata No. 1 in F Minor, Op 80 (Sonata for Violin, Percussion and String Orchestra (Live)
I. Andante assai (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:10
II. Allegro brusco (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:12
III. Andante (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:45
4 IV. Allegrissimo (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:57

Sebastian Bohren
Georgian Chamber Orchestra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O excelente Sebastian Bohren

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Complete Cantatas – Volume 16 de 22 – Sandrine Piau, Annette Markert James Gilchrist, etc., Amsterdam Baroque Orchestra, Ton Kopman

COMPACT DISC 1
Ich habe genung BWV 82
Festo Purificationis Mariae

1. Aria: “Ich habe genung”
2. Recitative: “Ich habe genung! Mein Trost ist nur allein”
3. Aria: “Schlummert ein, ihr matten Augen”
4. Recitative: “Mein Gott! wenn kömmt das schöne: Nun!”
5. Aria: “Ich freue mich auf meinen Tod”

Wer weiß, wie nahe mir mein Ende BWV 27
Dominica 16 post Trinitatis
6. Chorale and Recitative (S, A, T): “Wer weiß, wie nahe mir mein Ende”
7. Recitative (Tenor): “Mein Leben hat kein ander Ziel”
8. Aria (Alto): “Willkommen! will ich sagen”
9. Recitative (Soprano): “Ach, wer doch schon im Himmel war!”
10. Aria (Bass): “Gute Nacht, du Weltgetümmel!”
11. Chorale: “Welt, ade! ich bin dein müde”

Herr Gott, dich loben wir BWV 16
Festo Circumcisionis Christi
12. Chorus: “Herr Gott, dich loben wir”
13. Recitative (Bass): “So stimmen wir bei dieser frohen Zeit”
14. Aria (Bass) and Chorus: “Laßt uns jauchzen”
15. Recitative (Alto): “Ach treuer Hort”
16. Aria (Tenor): “Geliebter Jesu, du allein”
17. Chorale: “All solch dein Gut wir preisen”

Appendix:
Herr Gott, dich loben wir BWV 16
18. Aria (Tenor): “Geliebter Jesu, du allein” 8’55

Ich habe genung BWV 82
19. Aria (Bass): “Schlummert ein, ihr matten Augen”

COMPACT DISC 2

Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust BWV 170
Dominica 6 post Trinitatis
1. Aria: “Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust”
2. Recitative: “Die Welt, das Sündenhaus”
3. Aria: “Wie jammern mich doch die verkehrten Herzen”
4. Recitative: “Wer sollte sich demnach”
5. Aria: “Mir ekelt mehr zu leben”

Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben BWV 102
Dominica 10 post Trinitatis
Prima parte
6. Chorus: “Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben”
7. Recitative (Bass): “Wo ist das Ebenbild”
8. Aria (Alto): “Weh der Seele, die den Schaden nicht mehr kennt”
9. Arioso (Bass): “Verachtest du den Reichtum seiner Gnade”

Seconda parte 10. Aria (Tenor): “Erschrecke doch, du allzu sichre Seele”
11. Recitative (Alto): “Beim Warten ist Gefahr”
12. Chorale: “Heut lebst du, heut bekehre dich”

Gott der Herr ist Sonn und Schild BWV 79
Festo Reformationis
13. Chorus: “Gott der Herr ist Sonn und Schild”
4. Aria (Alto): “Gott ist unsre Sonn und Schild!”
15. Chorale: “Nun danket alle Gott” 2’05
16. Recitative (Bass): “Gottlob, wir wissen den rechten Weg zur Seligkeit”
17. Aria (Soprano, Bass): “Gott, ach Gott, verlaß die Deinen nimmermehr”
18. Chorale: “Erhalt uns in der Wahrheit”

COMPACT DISC 3

Ich geh und suche mit Verlangen (Dialogus) BWV 49
Dominica 20 post Trinitatis

1. Sinfonia
2. Aria (Bass): “Ich geh und suche mit Verlangen”
3. Recitative (Soprano, Bass): “Mein Mahl ist zubereit”
4. Aria (Soprano): “Ich bin herrlich, ich bin schön”
5. Recitative (Soprano, Bass): “Mein Glaube hat mich selbst so angezogen”
6. Aria and Chorale (Soprano, Bass): “Dich hab ich je und je geliebet”

Gott fähret auf mit Jauchzen BWV 43
1737 Festo Ascensionis Christi

Prima parte
7. Chorus: “Gott fähret auf mit Jauchzen”
8. Recitative (Tenor): “Es will der Höchste sich ein Siegsgepräng bereiten”
9. Aria (Tenor): “Ja tausend mal tausend begleiten den Wagen”
10. Recitative (Soprano): “Und der Herr, nachdem er mit ihnen geredet hatte”
11. Aria (Soprano): “Mein Jesus hat nunmehr”

Seconda parte

12. Recitative (Bass): “Es kommt der Helden Held”
13. Aria (Bass): “Er ists, der ganz allein die Kelter hat getreten”
14. Recitative (Alto): “Der Vater hat ihm ja ein ewig Reich bestimmet”
15. Aria (Alto): “Ich sehe schon im Geist”
16. Recitative (Soprano): “Er will mir neben sich”
17. Chorale: “Du Lebensfürst, Herr Jesu Christ”

Brich dem hungrigen dein Brot BWV 39
Dominica 1 post Trinitatis

Prima parte
18. Chorus: “Brich dem hungrigen dein Brot”
19. Recitative (Bass): “Der reiche Gott wirft seinen Überfluß auf uns”
20. Aria (Alto): “Seinem Schöpfer noch auf Erden”

Seconda parte
21. Aria (Bass): “Wohlzutun und mitzuteilen”
22. Aria (Soprano): “Höchster, was ich habe”
23. Recitative (Alto): “Wie soll ich dir, o Herr, denn sattsamlich vergelten”
24. Chorale: “Selig sind, die aus Erbarmen”

Appendix:
Gott fähret auf mit Jauchzen BWV 43

13. Aria (Bass): “Er ists, der ganz allein”

Johannette Zomer, Sandrine Piau, Sibylla Rubens soprano
Bogna Bartosz, Annette Markert alto
James Gilchrist, Paul Agnew, Christoph Prégardien tenor
Klaus Mertens bass

THE AMSTERDAM BAROQUE ORCHESTRA & CHOIR
TON KOOPMAN

BAIXE AQU – DOWNLOAD HERE

 

O Mestre Esquecido, capítulo IX (Liszt – Sonata Dante – Consolação no. 3 – Transcrições de Lieder de Schubert – Antonio Guedes Barbosa)

O Mestre Esquecido, capítulo IX (Liszt – Sonata Dante – Consolação no. 3 – Transcrições de Lieder de Schubert – Antonio Guedes Barbosa)

Depois de mais de quatro anos, e por mea maxima culpa, retomamos com uma postagem inédita a série dedicada ao Mestre Esquecido, enquanto esperamos concluí-la antes de 2023, ano em que Antonio completaria 80 anos, e no qual lamentaremos os 30 anos de sua morte.

As obras que ora apresentamos foram gravadas nos Estados Unidos em dois momentos distintos da carreira de Barbosa. Os arranjos de Liszt para os Lieder de Schubert foram gravados em 1979, e são as mais belas leituras que conheço dessas partituras que, convenhamos, são bem mais Liszt do que Schubert, e que sob mãos menos hábeis acabam soando como pichações sonoras das sublimes melodias inventadas pelo Franz mais velho. Já a Consolação e a Sonata Dante, gravadas em abril de 1993, mostram o Mestre no auge de sua forma e, salvo melhor juízo, foram seu canto de cisne fonográfico – as últimas gravações que faria antes de sucumbir, no setembro seguinte, a um infarto fulminante.

LISZT – SONATA DANTE – 9 TRANSCRIÇÕES DE LIEDER DE SCHUBERT – CONSOLAÇÃO NO. 3 – ANTONIO GUEDES BARBOSA

Franz LISZT (1811-1886)

1 – Années de pèlerinage, deuxième année, S, 161,”Italie” – no. 7: Après une lecture du Dante
2 – Six Consolations pour piano, S. 172: no. 3 em Ré bemol maior – Lento placido

Franz Peter SCHUBERT (1797-1828), transcrições de Franz LISZT

3 – Die Forelle, S. 564
4 – Erlkönig, S. 558
5 – Auf dem Wasser zu singen, S. 558 no. 2
6 – Du bist die Ruh’, S, 558 no. 3
7 – Ständchen, S. 558 no. 9
8 – Wohin?, S. 565 no. 5
9 – Frühlingsglaube, S. 558 no. 7
10 – Gretchen am Spinnrade, S. 558 no. 8
11. – Ellens Dritter Gesang  (“Ave Maria”), S. 558 no. 12

Antonio Guedes Barbosa, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Abaixo, o registro da participação de Antonio no programa “Espaço Livre” da Rádio MEC, em 1987:

Capa do mesmo álbum nos Estados Unidos, onde foi lançado pela Connoisseur Society. Barbosa faleceria poucos dias depois do lançamento brasileiro, pela saudosa Kuarup

Vassily [revalidado em 15/1/2021]

François Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

François Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

Não é um grande disco, é um bom disco. Jean-Féry Rebel é um dos compositores barrocos franceses mais fascinantes. Sua suíte Les elements inclui um acorde dissonante e pioneiro de 12 notas. Nenhuma dissonância atonal ocorre aqui em seu mais educado Les caractères de la danse, uma suíte de danças populares que fazem alusões a canções favorita da época. A música é leve em comparação com a riqueza das suítes elaboradas por Couperin em Les Nations, representando os gostos francês e espanhol em uma sequência de movimentos de dança, cada um incluindo uma fina e nobre Passacaille. Mas, sabem?, prefiro os 9 minutinhos de Rebel à quase uma hora de Couperin. O Florilegium é ótimo, com duas flautas particularmente bem equilibradas.

Francois Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

Francois Couperin
1. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Sonate – Couperin 07:08
2. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Suite – Couperin 03:45
3. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Courante – Couperin 01:35
4. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Seconde courante – Couperin 02:14
5. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Sarabande – Couperin 02:19
6. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Gigue – Couperin 01:16
7. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Chacone ou Passacaille – Couperin 02:52
8. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Gavotte – Couperin 00:58
9. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Menuet – Couperin 01:12

10. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Sonate – Couperin 08:47
11. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Suite – Couperin 02:51
12. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Courante – Couperin 03:23
13. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Seconde Courante – Couperin 01:44
14. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Sarabande – Couperin 02:45
15. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Gigue Louree – Couperin 02:21
16. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Gavotte – Couperin 01:01
17. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Rondeau – Couperin 02:39
18. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Bouree – Couperin 00:50
19. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Double de la Bouree prededente – Couperin 01:37
20. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Passacaille – Couperin 04:47

Jean-Féry Rebel
21. Les Caracteres de la danse – Rebel 09:12

Florilegium Chamber Ensemble

Total time: 65:24

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

As danças muito gentis e estudadas da Corte Francesa pré-corte… de cabeças.

PQP

Beethoven (1770-1827): Sinfonia nº 3, “Eroica” – Monteux/Concertgebouw #BTHVN250

Este ano, vocês sabem, as orquestras por todo o mundo vão homenagear os 250 anos de Beethoven. No Brasil, teremos sinfonias em todas as grandes cidades (se as salas e teatros não fecharem até lá), além de grandes solistas tocando os cinco concertos para piano até cansar: Arnaldo Cohen, Linda Bustani e convidados estrangeiros como Paul Lewis e Alexander Melnikov.

Aqui no P.Q.P.Bach também teremos grandes homenagens com integrais de peso. Mas vamos com calma! Afinal, ainda faltam muitos meses para o aniversário do sagitariano Ludwig… Vamos começar o ano com algumas pérolas do passado: dias atrás foi o trio Michelangeli/Giulini/Filarmônica de Viena. Hoje, uma dupla igualmente notável: Monteux/Concertgebouw de Amsterdam.

Pierre Benjamin Monteux (1875-1964) foi um dos grandes nome da regências no século XX. Ele forma, com o suíço Ansermet (amigo de Debussy) e o alemão Klemperer (discípulo de Mahler), uma tríade de maestros que conheceram a tradição sinfônica europeia pré-primeira-guerra e, como viveram mais de 80 anos, deixaram gravações em stereo com qualidade de som muito superior à dos registros deixados por Furtwängler ou Mengelberg.

O currículo de Monteux é extenso: tocou viola em formações de câmara com Saint-Saëns e Fauré ao piano, foi membro de um quarteto de cordas até 1911, com o qual tocou para Brahms em Viena. Segundo Monteux, o compositor teria dito: “Os franceses tocam minha música corretamente. Os alemães a tocam de forma muito pesada.”

Mas a parte mais famosa da biografia de Monteux foi quando estreou, como maestro dos Ballets Russes em Paris, os Jeux de Debussy e em seguida a Sagração da Primavera de Stravinsky, ambos na mesma primavera de 1913.

A primeira reação, ao ler a partitura com Stravinsky ao piano, foi de espanto: “Eu decidi que as sinfonias de Beethoven e Brahms eram a minha música, não a música daquele russo maluco… Meu desejo era fugir daquela sala e achar um canto para ver se passava minha dor de cabeça. Então [o coreógrafo Diaghilev] virou para mim e disse: Essa é uma obra-prima, Monteux, que vai revolucionar a música e torná-lo famoso, porque você vai regê-la. E, claro, eu regi”. Apesar da reação inicial, Monteux trabalhou longos meses com Stravinsky, dando sugestões sobre a orquestração. Para fazer a orquestra dos Champs-Élysées tocar aquela música difícil e diferente, foram nada menos que dezessete ensaios.

Depois, em sua longa carreira, Monteux se associou a orquestras em Nova York, Boston, Amsterdam, Paris, San Francisco e Londres – peregrinação comum naquelas décadas com duas grandes guerras e uma crise do capitalismo global. Cavalheiro à moda antiga, ele não gostava de gravações em estúdio, mas deixou como legado uma parte razoável do seu repertório, especialmente Beethoven, Schubert, Brahms, Debussy e Stravinsky.

Gravada em 1962, em stereo, com os naipes da orquestra divididos como nos mais clássicos discos dos anos 60 (me vem à cabeça: Argerich/Abbado e Lennon/McCartney), esta Heróica tem como bônus a gravação do ensaio da Marcha Fúnebre. Em um francês de senhor idoso, Monteux trabalha cuidadosamente o som da orquestra de Amsterdam: “O difícil são as duas primeiras notas: PAN-pan-pan…”, corrige o maestro, com o mesmo cuidado meticuloso que ele tinha com a inovadora orquestração de Stravinsky. Ese ensaio nos mostra que não bastam os nomes famosos do maestro, da orquestra e do compositor: é preciso muito esforço e muita autocrítica para se fazer uma gravação histórica de Beethoven.

Ludwig van Beethoven – Symphony No. 3 In E Flat major, Op. 55 “Eroica”
1. Allegro con Brio
2. Marcia Funebre (Adagio Assai)
3. Scherzo (Allegro Vivace)
4. Finale (Allegro Molto)

5. Rehearsal: Marcia Funebre
Pierre Monteux, Concertgebouworkest
Recorded in Amsterdam 7/1962

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Pleyel

Gabriel Yared (1949) – Trilha Sonora Original para “Camille Claudel”, de Bruno Nuytten (1988)

Gabriel Yared - Camille Claudel front and backLongo, belo e seriíssimo, Camille Claudel parece muito mais antigo do que seus meros trinta e um anos fazem parecer. Claro que não nos debruçaremos aqui sobre suas virtudes e problemas. Limitar-nos-emos a uma menção à interpretação maiúscula de Gérard Dépardieu como Auguste Rodin e ao papel da vida de Isabelle Adjani, absurdamente bela e transcendentemente imbuída da personagem-título dessa obra que também produziu. Camille Claudel interessa-nos, dentro do escopo deste blogue, pela grande música que lhe compõs o libanês Gabriel Yared, que se inspirou escarradamente em Mahler, Schönberg e Richard Strauss para criar uma trilha que, acredito, se sustenta sozinha. E aos tantos fãs do filme que a gente sempre encontra pelos caminhos do planeta, e que estavam desesperados à cata de sua “bande originale”, a busca acabou: ei-la, direto de um sebo de Bonn!

CAMILLE CLAUDEL – BANDE SONORE ORIGINALE DU FILM – GABRIEL YARED

01 – Camille
02 – Rodin
03 – Danande
04 – Folie Neubourg
05 – Portrait
06 – Lettre
07 – Camille et Rodin
08 – Banquet
09 – Camille et Paul
10 – Rupture
11 – Seule
12 – Enterrement
13 – Internement

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE — TELECHARGER ICI 

Isabelle Adjani como Camille Claudel: visceral e transcendente
Isabelle Adjani como Camille Claudel: bela e transcendente

 

 

 

 

 

 

 

Vassily

G. F. Handel (1685-1759): Suítes para Teclado – /|\ – D. Scarlatti (1685-1757): Sonatas – \|/ – Murray Perahia, piano

G. F. Handel (1685-1759): Suítes para Teclado – /|\ – D. Scarlatti (1685-1757): Sonatas – \|/ – Murray Perahia, piano

Handel – Suítes Nos. 2, 3 e 5

&

Chaconne

Scarlatti – 7 Sonatas

 

O que torna um disco avassaladoramente bom? Qual é a medida? Quais são os ingredientes ou as circunstâncias? A norma atual são discos tecnicamente bem produzidos com ótimos intérpretes, não há muito espaço para amadores. Mas há circunstâncias que permitem um disco quebrar, de longe, todas as possíveis graduações de bom, muito bom, ótimo, excelente…

Pois é o caso deste disco, um caso bem acima da curva. É certamente um dos meus dez melhores discos, talvez fique entre os cinco melhores…

Sei, estou um pouco eufórico, mas este disco faz isto comigo. Portanto, peço-vos, ouçam a música!

Mr. Handel

Vamos às circunstâncias do disco. Imagine um pianista renomado, no auge de sua carreira, sofre um corte em um de seus polegares, feito por uma folha de papel. O corte inflama e a coisa toda torna-se um pesadelo. Antibióticos, complicações diversas, até cirurgias. Como resultado, o pianista é forçado a um sabático de suas atividades. Mas música é a sua vida e ele precisa viver. Ouvir música, estudar música, talvez um pouco de regência.

Foi isso o que aconteceu com Murray Perahia no início da década de 1990. As complicações realmente o deixaram sem poder tocar por anos. Talvez para variar de suas principais escolhas musicais: Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms, um pouco de música barroca. Afinal, na juventude convivera em Vermont com Pablo Casals e CIA. Bach, é claro, mas também os outros dois fenomenais compositores que nasceram no ano de 1685. Deve ter havido um grande alinhamento de planetas!

Diz a lenda que em um passeio qualquer, Perahia entrou em um sebo de livros e saiu de lá com uma partitura das Grandes Suítes de Handel. As sonatas de Scarlatti ele certamente conhecia de sua amizade e convivência com Horowitz. Se bem que suas interpretações são diferentes das do Volodya. Pois foi assim que, ao recobrar-se, Perahia gravou uma série de discos excepcionais com música de Bach, além deste aqui, com algumas das Suítes de Handel e umas Sonatas de Scarlatti.

Don Domenico

Entre as oito Grandes Suítes de Handel, escolheu as de Nos. 5, 3 e 2. A Suíte No. 5 termina com o mais famoso de todos os movimentos, as variações chamadas “The Harmonious Blacksmith” – “O Ferreiro Harmonioso”. Estas e a belíssima Chaconne.

A música de Handel, se comparada à música de Bach, parece mais simples, mais fácil, para não dizer mundana (a comparação me faz pensar em Tamino e Papageno). Mas a interpretação de Perahia realiza esta simplicidade, naturalidade, mas também um aspecto de solenidade que é fundamental. A fluidez desta música é irresistível. Se você não conseguir parar de ouvir a Chaconne, vez e de novo, não se preocupe, isto ocorre com frequência entre os ouvintes deste disco. Lembre-se que Handel era muito admirado por Mozart, Beethoven e Brahms.

No disco, a transição de Handel para Scarlatti é impactante. Saímos da solene Inglaterra para a estonteante Espanha, com suas procissões e igrejas, cavalheiros, guitarras e lindas damas. Preste atenção, está tudo aí na música. Se não perceberes, é só ouvir novamente.

Ande, baixe o disco e prepare-se para um período puro deleite musical.

George Frideric Handel (1685-1759)

Suíte No. 5 em mi maior, HWV 430

  1. Preludio
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Air con Variazioni – ‘The Harmonious Blacksmith’

Chaconne em sol maior, HWV 435

  1. Chaconne

Suíte No. 3 em ré menor, HWV 428

  1. Preludio – Presto
  2. Allegro
  3. Allemande
  4. Courante
  5. Air con Variazioni
  6. Presto

Suíte No. 2 em fá maior, HWV 427

  1. Adagio
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro [Fugue]

Domenico Scarlatti (1685-1757)

  1. Sonata em ré maior, K. 491
  2. Sonata em si menor, K. 27
  3. Sonata em dó sustenido menor, K. 247
  4. Sonata em ré maior, K. 29
  5. Sonata em lá maior, K. 537
  6. Sonata em mi maior, K. 206
  7. Sonata em lá maior, K. 212

Murray Perahia, piano

Produção: Andreas Neubronner
Gravado em 1996

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC |210 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 158 MB

Murray Perahia

Você poderá ler uma interessante entrevista com Murray Perahia aqui. Lamentavelmente há notícias que ele passa novamente por um período de dificuldades com a saúde. Que seja rápida a recuperação!

Enquanto isso, aproveite! Este disco merece o nosso selo altíssima qualidade!René Denon

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Complete Cantatas – Volume 15 de 22 – Sandrine Piau, Paul Agnew, Christoph Pregardién, James Gilchrist, etc, Amsterdam Baroque Orquestra, Ton Koopman

“Unser Mund sei voll Lachens” BWV 110
Feria Nativitatis Christi At the 1st day of Christmas
1. Chorus (Solo S, A, T, B): “Unser Mund sei voll Lachens”
2. Aria (Tenor): “Ihr Gedanken und ihr Sinnen”
3. Recitative (Bass): “Dir, Herr, ist niemand gleich”
4. Aria (Alto): “Ach Herr, was ist ein Menschenkind”
5. Aria (Duet Soprano, Tenor): “Ehre sei Gott in der Höhe”
6. Aria (Bass): “Wacht auf, ihr Adern und ihr Glieder”
7. Chorale: “Alleluia! Gelobt sei Gott”

“Wir müssen durch viel Trübsal” BWV 146
Dominica Jubilate
8. Sinfonia
9. Chorus: “Wir müssen durch viel Trübsal in das Reich Gottes eingehen”
10. Aria (Alto): “Ich will nach dem Himmel zu”
11. Recitative (Soprano): “Ach! Wer doch schon im Himmel war”
12. Aria (Soprano): “Ich säe meine Zähren”
13. Recitative (Tenor): “Ich bin bereit”
14. Aria (Duet Tenor, Bass): “Wie will ich mich freuen, wie will ich mich laben”
15. Chorale: “Freu dich sehr, o meine Seele”

“Gottlob! nun geht das Jahr zu Ende” BWV 28
Dominica post Nativitatis Christi

16. Aria (Soprano): “Gottlob! nun geht das Jahr zu Ende”
17. Chorus: “Nun lob, mein Seel, den Herren”
18. Recitative • Arioso (Bass): “So spricht der Herr”
19. Recitative (Tenor): “Gott ist ein Quell, wo lauter Güte fleußt”
20. Aria (Duet Alto, Tenor): “Gott hat uns im heurigen Jahr gesegnet”
21. Chorale: “All solch dein Gut wir preisen”

COMPACT DISC 2

“Tue Rechnung! Donnerwort” BWV 168
Dominica 9 post Epiphanias
1. Aria (Bass): “Tue Rechnung! Donnerwort”
2. Recitative (Tenor): “Es ist nur fremdes Gut”
3. Aria (Tenor): “Kapital und Interessen”
4. Recitative (Bass): “Jedoch, erschrocknes Herz”
5. Aria (Duet Soprano, Alto): “Herz, zerreiß des Mammons Kette”
6. Chorale: “Stärk mich mit deinem Freudengeist”

“Er rufet seinen Schafen mit Namen” BWV 175
Feria 3 Pentecostes bass
7. Recitative (Tenor): “Er rufet seinen Schafen mit Namen”
8. Aria (Alto): “Komm, leite mich”
9. Recitative (Tenor): “Wo find ich dich?”
10. Aria (Tenor): “Es dünket mich, ich seh dich kommen”
11. Recitative (Alto, Bass): “Sie vernahmen aber nicht”
12. Aria (Bass): “Öffnet euch, ihr beiden Ohren”
13. Chorale: “Nun, werter Geist, ich folg dir”

“Bisher habt ihr nichts gebeten in meinem Namen” BWV 87
Dominica Rogate At Rogation Sunday
14. Aria (Bass): “Bisher habt ihr nichts gebeten in meinem Namen”
15. Recitative (Alto): “O Wort, das Geist und Seel erschreckt”
6. Aria (Alto): “Vergib, O Vater, unsre Schuld”
7. Recitative (Tenor): “Wenn unsre Schuld bis an den Himmel steigt”
18. Aria (Bass): “In der Welt habt ihr Angst”
19. Aria (Tenor): “Ich will leiden, ich will schweigen”
20. Chorale: “Muß ich sein betrübet?”

“Ach Gott, wie manches Herzeleid” BWV 3
Dominica 2 post Epiphanias
21. Chorus: “Ach Gott, wie manches Herzeleid”
22. Chorale and Recitative (S, A, T, B; Choir): “Wie schwerlich läßt sich Fleisch und Blut”
23. Aria (Bass): “Empfind ich Höllenangst und Pein”
24. Recitative (Tenor): “Es mag mir Leib und Geist verschmachten”
25. Aria (Duet Soprano, Alto): “Wenn Sorgen auf mich dringen”
26. Chorale: “Erhalt mein Herz im Glauben rein”

COMPACT DISC 3

“Es ist ein trotzig und verzagt Ding” BWV 176
Festo Trinitatis At Trinity
1. Chorus: “Es ist ein trotzig und verzagt Ding”
2. Recitative (Alto): “Ich meine, recht verzagt”
3. Aria (Soprano): “Dein sonst hell beliebter Schein”
4. Recitative (Bass): “So wundre dich, o Meister, nicht”
5. Aria (Alto): “Ermuntert euch, furchtsam und schüchterne Sinne”
6. Chorale: “Auf daß wir also allzugleich”

“Es ist euch gut, daß ich hingehe” BWV 108
Dominica Cantate At the Sunday
7. Aria (Bass): “Es ist euch gut, daß ich hingehe”
8. Aria (Tenor): “Mich kann kein Zweifel stören”
9. Recitative (Tenor): “Dein Geist wird mich also regieren”
10. Chorus: “Wenn aber jener, der Geist der Wahrheit, kommen wird”
11. Aria (Alto): “Was mein Herz von dir begehrt”
12. Chorale: “Dein Geist, den Gott vom Himmel gibt”

“Ich bin ein guter Hirt” BWV 85
Dominica Misericordias Domini A

13. Aria (Bass): “Ich bin ein guter Hirt”
14. Aria (Alto): “Jesus ist ein guter Hirt”
15. Chorale (Soprano): “Der Herr ist mein getreuer Hirt”
16. Recitative (Tenor): “Wenn die Mietlinge schlafen”
17. Aria (Tenor): “Seht, was die Liebe tut”
18. Chorale: “Ist Gott mein Schutz und treuer Hirt”

“Auf Christi Himmelfahrt allein” BWV 128
Festo Ascensionis Christi

19. Chorus: “Auf Christi Himmelfahrt allein”
20. Recitative (Tenor): “Ich bin bereit, komm, hole mich”
21. Aria (Bass): “Auf, auf, mit hellem Schall”
22. Aria (Duet Alto, Tenor): “Sein Allmacht zu ergründen”
23. Chorale: “Alsdenn so wirst du mich”

“Sie werden euch in den Bann tun” BWV 183
Dominica Exaudi
24. Recitative (Bass): “Sie werden euch in den Bann tun”
25. Aria (Tenor): “Ich fürchte nicht des Todes Schrecken”
26. Recitative (Alto): “Ich bin bereit, mein Blut und armes Leben”
27. Aria (Soprano): “Höchster Tröster, heiiger Geist”
28. Chorale: “Du bist ein Geist, der lehret”

Deborah York, Sandrine Piau, Johannette Zomer, Sibylla Rubens soprano
Bogna Bartosz alto
Jörg Dürmüller, Paul Agnew, Christoph Prégardien, James Gilchrist tenor
Klaus Mertens bass

THE AMSTERDAM BAROQUE ORCHESTRA & CHOIR
TON KOOPMAN

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 

.: interlúdio :. Tributo a Marcus Pereira

 

Capa esbodegada, álbum fora de catálogo
Capa esbodegada, álbum fora de catálogo

Quando postei aqui e ali, com excelente repercussão, as gravações que Arthur Moreira Lima fez das obras de Ernesto Nazareth, um de nossos leitores-ouvintes comentou o seguinte:

“Excelente postagem! Agradecido. Queremos mais Arthur e Ernesto e muitos outros!
Gostaria de perguntar (ou acrescentar) se a iniciativa dessas gravações são obra de um sujeito genial chamado Marcus Pereira, a quem muito devemos pela sua coragem de construir um grande e excelente painel de nossas raízes musicais. E muito mais!
Se for o caso, os créditos seriam bem-vindos, pois muitos ainda não o conhecem e nem sua magnifica obra”

Nosso leitor-ouvinte está certíssimo: não só essas gravações foram lançadas pelo notável selo Discos Marcus Pereira, como realmente fiquei devendo não só o reconhecimento, mas também a homenagem ao construtor do que muito bem chamou de “grande e excelente painel de nossas raízes musicais”.

Com algum atraso, reparo meu erro e presto o devido tributo a este importante incentivador da música brasileira, através deste álbum que, assim como TODA a coleção dos Discos Marcus Pereira, está lamentavelmente fora de catálogo. Lançado em 1982, um ano após a morte de Marcus, ele reúne alguns dos pontos altos da rica discografia do selo (à qual voltaremos no final da postagem).

A reportagem seguinte, publicada n’O Globo, dá ideia da coragem do cidadão:

“Por Helena Aragão
20/12/2014

RIO — Marcus Pereira não compunha, não tocava instrumentos e não cantava, mas foi um personagem importante para a música brasileira em uma de suas décadas mais frutíferas: a de 1970. Para muitos, era um empresário quixotesco que quis transformar a produção musical regional brasileira em sucesso de mercado e que, com a mesma disposição, atacava as grandes gravadoras e os hits de televisão. Na lembrança dos amigos, sobressai a imagem de um sujeito de coração grande, capaz de empregar gente ameaçada pelo regime militar e “adotar” artistas que considerava talentosos. Todas essas versões se misturam numa personalidade heterogênea, motor de uma empresa que lançou alguns dos mais interessantes discos brasileiros entre 1974 e 1981. De Cartola à Banda de Pífanos de Caruaru, de Ernesto Nazareth (pelas mãos do pianista Arthur Moreira Lima) a Paulo Vanzolini, do Quinteto Armorial a Elomar, a Discos Marcus Pereira abriu espaço para compositores e intérpretes que transbordavam em criatividade, mas encontravam pouco espaço nos escaninhos das majors.

Advogado de formação, Marcus migrou logo cedo para a área de publicidade e abriu sua própria agência na década de 1960. Foi lá que começou a flertar com a produção musical: passou a fazer discos para dar como brinde aos clientes. Mais tarde, em 1973, apostou todas as fichas em uma gravadora independente. Aquele ano foi para arrumar a casa, e apenas cinco discos foram lançados comercialmente (todos feitos como brindes nos anos anteriores: os quatro volumes da coleção “Música popular do Nordeste” e “Brasil, flauta, cavaquinho e violão”). Em 1974, ela apareceu de fato para o mundo, lançando mais de 20 discos em 12 meses. A Discos Marcus Pereira não levava o nome do dono à toa: a empresa vivia, de fato, em função de seus humores e sonhos.

Sonhos que deram origem a discos pioneiros. A robusta coleção “Música Popular do Brasil”, que começou pelo Nordeste e depois teve mais 12 discos destinados às outras regiões, é um exemplo. A aposta em Cartola é outro, mas guarda um detalhe curioso: relutante no primeiro momento, o empresário acabou convencido por seu sócio Aluizio Falcão e pelo produtor musical Pelão a fazer o disco, que acabou sendo saudado como um dos melhores de 1974. Com cerca de 140 lançamentos em nove anos, o catálogo impressiona em quantidade e variedade. E, para defendê-lo em suas convicções culturais e empresariais, Marcus se armou com tudo que podia, lutando contra um mercado já dominado e elegendo inimigos complicados.

Com convicções fomentadas por movimentos da época, como o Centro Popular de Cultura (CPC), por polêmicas como as da MPB contra as guitarras elétricas e por discussões folcloristas, ele ficou ainda mais determinado a se dedicar apenas ao mercado fonográfico após uma viagem a Recife, em 1963, quando conheceu o frevo de perto. Para Marcus, a “legítima” música brasileira devia fazer parte dos números grandiosos daquela indústria.

Enquanto isso, o trabalho com publicidade o desinteressava cada vez mais. No livro sobre O Jogral, bar “de resistência cultural” que frequentava em São Paulo, escreveu: “É difícil gostar de ser cúmplice de interesses que vivem de estimular, ao delírio, o consumo numa sociedade onde apenas uma minoria tem condições de consumir”.

Quando a coleção do Nordeste ganhou os prêmios Noel Rosa (da crítica paulista) e Estácio de Sá (do Museu da Imagem e do Som carioca), ele teve certeza de que a mudança de rumos era acertada. Anos mais tarde, no lançamento da coleção Centro-Oeste/Sudeste, escreveu no encarte: “Essa repercussão, na verdade, deve-se à beleza e comunicatividade de uma riqueza enorme que estava enterrada, neste país de tantas riquezas enterradas, e da qual nós colhemos pequena amostra, que é a cultura de nosso povo”. Os discos da coleção “Música Popular do Brasil” alternavam gravações documentais com as de artistas consagrados, como Elis Regina (Sul) e Martinho da Vila (Sudeste/Centro-Oeste). Este último, aliás, deixou o exército para se dedicar apenas ao samba graças ao estímulo de Pereira.

Ao apostar todas as fichas em discos “de conceito”, sem ter um elenco fixo ou coletâneas de sucesso, Marcus Pereira tentou criar um nicho de mercado, mas logo viu que não seria fácil. Ao longo dos anos seguintes, começou a ter problemas de distribuição e nas parcerias com gravadoras de maior porte para fabricação dos vinis. Seus esforços, em geral louvados pela imprensa, muitas vezes eram também questionados em relação a práticas paternalistas — e ele não se furtava em entrar em discussões por meio dos jornais. Aos poucos, as dívidas foram aumentando e saindo do controle. Além disso, Marcus enfrentava problemas pessoais. Em 1981, depois de voltar de uma viagem de férias, deu fim à vida com um tiro.

Em 1982, a Discos Marcus Pereira encerrou suas atividades. O catálogo foi absorvido pela Copacabana, empresa que também não resistiria muito tempo, passando o material em seguida para a ABW, que relançou “Música Popular do Brasil” (em 1994), entre outros, em CD (tiragens logo esgotadas). Hoje o acervo pertence à EMI, que por sua vez foi comprada por um consórcio liderado pela Sony.

A gravadora foi uma das precursoras na busca da “independência” fonográfica no Brasil — ainda que esse termo ainda não fosse usado. Nos anos 1980, os mercados internacionais começam a atentar mais para as músicas locais. O termo world music, criado no fim da década, passou a reunir todo tipo de canção folclórica ou étnica. Quatro décadas depois do início da aventura de Pereira, se o que ecoa de seu discurso pode soar um tanto datado para alguns, o impacto dos discos que lançou segue reverberando nos ouvidos das novas gerações”

Infelizmente, o extenso catálogo dos Discos Marcus Pereira está numa gaveta de gravadora, da qual, no que depender da vontade do público e do senso de lucro da empresa, não sairá tão cedo. Para piorar, é difícil até de achar a maior parte dos discos na rede… MAS É AÍ que é a minha deixa para lhes dizer que eu tenho a discografia completa do selo digitalizada. São mais de cento e oitenta álbuns, o que significa mais .: interlúdios :. do que aqueles que teremos até o final dos tempos. Por isso, postarei, aos poucos, aqueles que eu achar melhores. Ah, e para que vocês se manifestem e me ajudem a pinçar e sugerir alguns itens para publicação, o catálogo está aqui.

TRIBUTO A MARCUS PEREIRA (1982)

01 – Papete – Engenho de Flores (Josias Silva Sobrinho)

02 – Cartola – As Rosas não Falam (Cartola)

03 – Irene Portela – De Teresina a São Luís (João do Vale & Helena Gonzaga)

04 – Leci Brandão – Antes Que Eu Volte a Ser Nada (Leci Brandão)

05 – Renato Teixeira – Moreninha, Se Eu Te Pedisse (Rossini Tavares De Lima)

06 – Dércio Marques – O Menino (El Niño) (Atahualpa Yupanqui & Dércio Marques)

07 – Nara Leão – Cuitelinho (Tradicional)

08 – Doroty Marques – Eterno Como Areia (José Maria Giroldo)

09 – Léo Karan – Jesuína (Léo Karan & Gilberto Karan)

10 – Chico Maranhão – A Vida de Seu Raimundo (Chico Maranhão)

11 – Adauto Santos – De Amor Ou Paz (Luis Carlos Paraná & Adauto Santos)

12 – Luis Carlos Paraná – Vou Morrer De Amor (Luis Carlos Paraná)

BAIXAR AQUI — DOWNLOAD HERE

Marcus Pereira (1930-1981)
Marcus Pereira (1930-1981)

Vassily Genrikhovich

 

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

As atraentes Sonatas para Violino Op. 2 de Vivaldi eram extremamente populares em sua época. Foram muito publicadas e rearranjadas para outras combinações de instrumentos. As seis primeiras são apresentados aqui em sua forma original pela excelente Elizabeth Wallfisch, elegantemente apoiada por Richard Tunnicliffe e Malcolm Proud. O disco é bom em razão dos excelentes instrumentistas. Não fiquei muito entusiasmado pelo repertório.

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

1. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Preludio: Andante
2. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Giga: Allegro
3. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Sarabanda: Largo
4. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Corrente: Presto

5. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Preludio a capriccio – Presto
6. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Corrente: Allegro
7. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Adagio
8. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Giga: Allegro
9. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Pastorale ad libitum

10. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Preludio: Andante
11. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Corrente: Allegro
12. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Adagio
13. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Giga: Allegro

14. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Andante
15. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Allemanda: Allegro
16. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Sarabanda: Andante
17. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Corrente: Presto

18. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Preludio: Andante
19. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Corrente: Allegro
20. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Giga: Presto

21. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Preludio: Andante
22. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Allemanda: Presto
23. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Giga: Allegro

Elizabeth Wallfisch (violin)
Richard Tunnicliffe (cello)
Malcolm Proud (harpsichord)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Elizabeth Wallfisch exibe seu belo sorriso na Sala de Imanência e Transcendência da Sede de Gala da PQP Bach Corporation

PQP

Richard Wagner – Orchestral Music II – Otto Klemperer, Philharmonia Orchestra

Dando sequência a esta proposta de trazer mais um gostinho de Wagner, principalmente suas aberturas, neste Segundo CD Klemperer nos brinda com outros petardos, como a abertura do “Der Fliegende Holländer”, o maravilhos “Siegfried Idyll”, e principalmente, uma das mais belas melodias criadas por Wagner, o “Prelude and Liebestod” de Tristan und Isolde. É de chorar de lindo. Lembro da primeira vez que ouvi essa obra. Estava ajudando minha irmã a enxugar a louça, e quando começou a tocar, parei e perguntei: o que é isso que está tocando? Minha irmã respondeu que era Wagner. Desde então, não tem uma vez que não me emociono quando ouço essa passagem.

1. Der Fliegende Holländer – Overture
2. Das Rheingold – Entry of the Gods into Valhalla
3. Die Walküre – Ride of the Valkyries
4. Siegfried Idyll
5. Siegfried – Forest Murmurs
6. Götterdämmerung – Siegfried’s Rhine Journey
7. Götterdämmerung – Siegfried’s Funeral March, Act III
8. Tristan und Isolde – Prelude and Liebstod

Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (versão de Karl Richter)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (versão de Karl Richter)

Eu estava no Rio de Janeiro em fevereiro de 1981 quando abri o Jornal do Brasil e dei de cara com a manchete do Caderno B: “Morre o mensageiro de Bach”. Como eu, PQP, estava ali, lendo o jornal, o morto só podia ser Karl Richter ou Gustav Leonhardt. Era Karl Richter (1926-1981) e a manchete era justa. Para os de minha geração, Karl Richter e sua Orquestra Bach de Munique eram a garantia do melhor Bach. Ele morreu quando as performances com instrumentos históricos estavam engatinhando. Tinha uma forma excessivamente romântica de dirigir seus músicos absolutamente fantásticos e eu já tinha comprado em 1975 a gravação decisiva em meu amor pelas interpretações autênticas: os Concertos de Brandenburgo pelo Collegium Aureum com direção de Franzjosef Maier (violinista) e que tinha um cravista que vou contar para vocês… Era apenas Gustav Leonhardt. Eu estava sendo apresentado a ele naquela gravação e ele fazia misérias no Concerto Nº 5. Mas, voltando a Karl Richter, ele ainda era em 1981 o mais bachiano de todos os músicos vivos e tinha sido vitimado por um reles ataque cardíaco aos 54 anos. Hoje, ouvindo novamente sua gravação da Missa, realizada em 1962 porém com som que parece ter sido gravado ontem, a emoção do primeiro Bach que ouvi retornou mais ou menos como se fosse o primeiro sutiã da propaganda.

Uma das maiores burrices que um ser humano pode cometer é a de não mudar de opinião. Hoje, eu acho esta versão muito ruim. Ela é patchy, uma colcha de retalhos às vezes estranhos um ao outro, mas há a excepcional participação de Hertha Töpper no Agnus Dei e o melhor Cum Sancto Spiritu que já ouvi. Algo arrebatador.

Johann Sebastian Bach – Missa em Si Menor – BWV 232

CD1

1-01 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-02 Missa: Kyrie: Christe eleison
1-03 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-04 Missa: Gloria: Gloria in excelsis Deo
1-05 Et in terra pax
1-06 Missa: Gloria: Laudamus te
1-07 Missa: Gloria: Gratias agimus tibi
1-08 Missa: Gloria: Domine Deus
1-09 Missa: Gloria: Qui tollis
1-10 Missa: Gloria: Qui Sedes
1-11 Missa: Gloria: Quoniam tu solus
1-12 Missa: Gloria: Cum Sancto Spiritu

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD 1

CD2

2-01 Symbolum Nicenum: Credo: Credo in unum Deum
2-02 Symbolum Nicenum: Credo: Patrem omnipotentem
2-03 Symbolum Nicenum: Credo: Et in unum Dominum
2-04 Symbolum Nicenum: Credo: Et incarnatus est
2-05 Symbolum Nicenum: Credo: Crucifixus
2-06 Symbolum Nicenum: Credo: Et resurrexit
2-07 Symbolum Nicenum: Credo: Et in Spiritum
2-08 Symbolum Nicenum: Credo: Confiteor
2-09 Symbolum Nicenum: Credo: Ex expecto
2-10 Sanctus: Sanctus
2-11 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Osanna
2-12 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem Benedictus
2-13 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Osanna
2-14 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Agnus Dei
2-15 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Dona nobis pacem

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD 2

Maria Stader, soprano
Hertha Töpper, contralto
Ernst Haefliger, tenor
Dietrich Fischer-Dieskau, baixo
Kieth Engen, baixo
Coro Bach de Munique
Orquestra Bach de Munique
Karl Richter

PQP

Richard Wagner – Orchestral Music I – Otto Klemperer, Philharmonia Orchestra

Desde a interrupção do nosso projeto wagneriano, tocado por mim, FDPBach e pelo colega Ammitore, Wagner sumiu do blog. Lamentável, eu diria.
Para matar a vontade dos wagnerianos de plantão, estou trazendo este belo CD com algumas peças orquestrais mais famosas, e sob e sempre competente direção de Otto Klemperer, frente a Philarmonia Orchestra.
A famosas Aberturas das óperas Rienzi, Tanhäuser, Lohengrin, Die Meistersinger von Nürnberg, Parsifal,enfim, estão todas aí.
Um dia eu e Ammiratore retornaremos ao projeto de postar todas as óperas de Wagner. Acho.

1. Rienzi – Overture
2. Tannhäuser – Overture
3. Tannhäuser – Prelude, Act III
4. Lohengrin – Prelude, Act I
5. Lohengrin – Prelude, Act III
6. Die Meistersinger von Nürnberg – Overture
7. Die Meistersinger von Nürnberg – Dance of the Apprentices & Entry of the Masters,
8. Parsifal – Prelude

Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “The Secret Garden”, de Agnieszka Holland

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “The Secret Garden”, de Agnieszka Holland

Um filme visualmente suntuoso como “O Jardim Secreto”, baseado no romance homônimo de Frances Hodgson Burnett e sensivelmente realizado por Agnieszka Holland, não poderia ter uma música que causasse menor impressão. Preisner, compatriota de Holland, caprichou e legou-nos uma trilha sonora que, talvez, seja entre as suas a que melhor se sustente sem as imagens. A agitada abertura, com toda sua percussão, soa pouco “preisneriana”, mas em seguida todos os gestos tão caros ao compositor – os temas singelos, a preferência pelos sopros (especialmente o oboé e as flautas-doces) e pelo piano, o uso econômico da instrumentação, com diálogos instrumentais como que em prosa – vão surgindo, entremeados por todos os melífluos clichês que imaginaríamos num filme sobre crianças – violinos trinando, glockenspiele, coros angélicos. Quando nos damos conta, depois de uma que outra sugestão de Dvořák, já se foram, muito belos, seus trinta e poucos minutinhos.

THE SECRET GARDEN – ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK
MUSIC COMPOSED BY ZBIGNIEW PREISNER

1 – Main Title
2 – Leaving The Docks
3 – Mary Downstairs
4 – First Time Outside
5 – Skipping Rope
6 – Entering The Garden
7 – Walking Through The Garden
8 – Mary And Robin Together
9 – Shows Dickon Garden
10 – Awakening Of Spring
11 – Craven Leaves
12 – Taking Colin To The Garden
13 – Colin Opens His Eyes
14 – Colin Tries Standing
15 – Colin Loves Mary
16 – Craven’s Return
17 – Looking At Photos
18 – Craven To The Garden
19 – Colin Senses Craven
20 – Happily Ever After

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Não: eu jamais perderia a chance de postar mais uma foto de Irène Jacob ♡

Vassily

John Blow (1649-1708): Ode pela morte do Sr. Henry Purcell / Venus & Adonis

John Blow (1649-1708): Ode pela morte do Sr. Henry Purcell / Venus & Adonis

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É, amigo. His name is Blow, John Blow Job. Um excelente compositor. Os dois CDs que postamos são dignos dos maiores elogios, mas meu amor maior vai para a pequena ópera em três atos Venus & Adonis. Um Blow job de primeira realizado por René Jacobs, a extraordinária Orchestra of the Age of Enlightenment e um time supimpa de solistas.

O coral infantil — sem piadas aqui, a fim de evitar a pedofilia — tem maravilhosa participação. Mas cá para nós, os dois CDs são maravilhosos. É daquelas coisas que a gente ouve e sai feliz, entendem? Pois é, amigo. His name is Blow, John Blow.

.oOo.

John Blow – An Ode on the Death of Mr. Henry Purcell

Purcell:
1. Sweetness of nature (countertenors I & II) from Love’s goddess sure: Birthday ode for Queen Mary, 1692  3:18
Blow:
2. Sonata a 2 in A major   6:07
Purcell:
3. Here let my life  2:44
Blow:
4. Ground a 2 in D major  3:10
Purcell:
5. Orpheus Britannicus – Music for a while Z583  4:00
Blow:
6. Suite in G major for Harpsichord : Fugue  3:11
Purcell:
7. In vain the am’rous flute from St Cecilia’s Day Ode, ‘Hail, bright Cecilia’ Z328 5:30
Blow:
8. Suite in G major for Harpsichord : Prelude  0:56
9. Suite in G major for Harpsichord : Almand 3:13
10. Suite in G major for Harpsichord : Gavot 1:08
11. Morlake Ground  4:08
12. A Ground in D 4:12
13. An Ode on the death of Mr. Henry Purcell 22:34

Gerard Lesne, alto
Steve Dugardin, alto
La Canzona:
Pierre Hamon, flute a bec
Sebastien Marq, flute a bec
Elisabeth Joyé, clavecin & orgue
Philippe Pierlot, viole de gambe
Vincent Dumestre, theorbe

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.oOo.

John Blow – Venus & Adonis

A Masque for the Entertainment of the King
Un Masque pour le divertissement du Roi
Ein unterhaltsames Maskenspiel fur den Konig

1. Venus and Adonis, masque: Overture
2. Venus and Adonis, masque: Prologue. Behold my arrows and my bow
3. Venus and Adonis, masque: Prologue. Come shepherds all
4. Venus and Adonis, masque: Prologue. Courtiers there is no faith in you
5. Venus and Adonis, masque: Prologue. In these sweet groves
6. Venus and Adonis, masque: Prologue. Cupid’s Entry
7. Venus and Adonis, masque: Act 1. The Act tune
8. Venus and Adonis, masque: Act 1. Venus! Adonis!
9. Venus and Adonis, masque: Act 1. Hark, hark the rural music sounds
10. Venus and Adonis, masque: Act 1. Adonis will not hunt today
11. Venus and Adonis, masque: Act 1. Come, follow the noblest game
12. Venus and Adonis, masque: Act 1. Entry: A dance by a Huntsman
13. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Act tune
14. Venus and Adonis, masque: Act 2. You place with such delightful care
15. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Cupid’s lesson: The insolent, the arrogant
16. Venus and Adonis, masque: Act 2. Choose for the formal fool
17. Venus and Adonis, masque: Act 2. A dance of Cupids
18. Venus and Adonis, masque: Act 2. Call the Graces
19. Venus and Adonis, masque: Act 2. Mortals below, Cupids above
20. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Graces’ Dance
21. Venus and Adonis, masque: Act 2. Gavatt
22. Venus and Adonis, masque: Act 2. Sarabrand for the Graces
23. Venus and Adonis, masque: Act 2. A Ground
24. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Act tune
25. Venus and Adonis, masque: Act 3. Adonis, uncall’d for sighs
26. Venus and Adonis, masque: Act 3. With solemn pomp let mourning Cupids bear
27. Venus and Adonis, masque: Act 3. Mourn for thy servant

Venus: Rosemary Joshua (Soprano)
Adonis: Gerald Finley (Baritone)
Cupid: Robin Blaze (Countertenor)
Shepherdess: Maria Cristina Kiehr (Soprano)
Shepherds:
Christopher Josey (Countertenor)
John Bowen (Tenor)
Jonathan Brown (Basse)

Clare College Chapel Choir
dir. Timothy Brown

Orchestra of the Age of Enlightenment
dir. René Jacobs

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “La Double Vie de Véronique”, de Krzysztof Kieślowski

“A Dupla Vida de Véronique” é um dos filmes mais belos e estranhos que conheço. Belo pela luz dourada, por seus suaves verdes e vermelhos, pelos imensos silêncios entremeados pela música de Zbigniew Preisner, e sobretudo pelo rosto da divina Irène Jacob – no papel de sua vida -, iluminado maravilhosamente por Sławomir Idziak e seguido com discrição e sensibilidade por Krzysztof Kieślowski. Estranho porque, entre outros motivos, muito pouco acontece em “Véronique” e, no entanto, nada nele é tedioso. Poucas vezes vi a introspecção, que me é tão cara, retratada na tela assim, vivamente. É um filme, talvez, sobre a sensação de não estarmos sozinhos, de que há algo ou alguém a viver paralelamente conosco; uma experiência tão bela quanto estranhíssima, que abre mais questões do que as responde, e inda mais a cada revisita.

ZBIGNIEW PREISNER – LA DOUBLE VIE DE VERONIQUE – BANDE SONORE ORIGINALE DU FILM

1 – Weronika
2 – Véronique
3 – Tu Viendras
4 – L’Enfance
5 – Van den Budenmayer: Concerto en Mi Mineur, Version de 1798
6 – Véronique
7 – Solitude
8 – Les Marionnettes
9 – Theme: Première Transcription
10 – L’Enfance II
11 – Alexandre
12 – Alexandre II
13 – Theme: Deuxième Transcription
14 – Concerto en Mi  (Instrumentation Contemporaine No. 1)
15 – Concerto en Mi (Instrumentation Contemporaine No. 2)
16 – Concerto en Mi (Instrumentation Contemporaine No. 3)
17 – Van den Budenmayer: Concerto en Mi Mineur, Version de 1802
18 – Générique de Fin

Jacek Ostaszewski, flauta
Elzbieta Towarnicka, soprano
Coro Filarmônico da Silésia
Orquestra Filarmônica de Katowice
Antoni Wit, regência

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vassily

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Dekalog: Muzyka Filmowa – Trilha sonora original para o “Decálogo”, de Krzysztof Kieślowski

O “Decálogo” – uma guirlanda de, bem, dez brilhantes filmes de 55 minutos, cada qual uma pequena obra-prima – constitui o opus magnum de Kieślowski. Produzido pela televisão polonesa e de distribuição modesta quando de seu lançamento, repercutiu enormemente mundo afora, em especial junto aos cineastas – até mesmo o mui recluso e extremamente crítico Stanley Kubrick teceu loas ao roteiro -, e abrindo caminho no exterior para a carreira do diretor. Apesar de algumas semelhanças, como o entrelaçamento de tramas e os personagens demiúrgicos recorrentes, Kieślowski – que iniciou a carreira como documentarista – não lança mão aqui do virtuosismo que exibiria em sua muito mais famosa Trilogia das Cores, iniciada cinco anos depois. A despeito do título, a alusão aos Dez Mandamentos é, para o dizer o mínimo, bastante oblíqua. Pouquíssimo há de bíblico ou religioso nessas histórias que se desenrolam num austero e feiíssimo conjunto habitacional em Varsóvia. O estilo é muito enxuto, a atmosfera é quase árida, e os longos silêncios e ênfase nos closeups exigem um protagonismo da música, que Zbigniew Preisner garante com uma trilha sonora extraordinária, que depois adaptaria para os dois longa-metragens feitos a partir de episódios da série: “Não Matarás” (Krótki film o zabijaniu) e “Não Amarás” (Krótki film o miłości), ambos de 1988. Digna de nota, também, é a primeira menção a Van den Budenmayer, compositor neerlandês fictício, criatura de Kieślowski e Preisner, a quem se atribuem temas e composições que apareceriam também em “A Dupla Vida de Véronique”, “Azul” e “Vermelho”.

DEKALOG – MUZYKA FILMOWA – ZBIGNIEW PREISNER

1 – Dekalog I Part 6
2 – Dekalog I Part 5
3 – Dekalog II Part 1
4 – Dekalog II Part 2
5 – Dekalog III Part 2
6 – Dekalog III Part 3
7 – Dekalog IV Part 1
8 – Dekalog IV Part 2
9 -Dekalog V Part 1
10 – Dekalog V Part 6
11 – Dekalog V Part 9
12 – Dekalog V Part 12
13 – Dekalog VI Part 1
14 – Dekalog VI Part 2
15 – Dekalog VI Part 3
16 – Dekalog VI Part 4
17 – Dekalog VII Part 6
18 – Dekalog VII Part 8
19 – Dekalog VIII Part 1
20 – Dekalog VIII Part 4
21 – Dekalog VIII Part 7
22 – Dekalog IX Part 3
23 – Dekalog IX Part 7
24 – Dekalog IX Part 12
25 – Dekalog IX Part 13

Grande Orquestra Sinfônica da Rádio e Televisão Polonesa em Katowice
Zdzisław Szostak, regência

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Grażyna Szapołowska e seu olhar penetrante no episódio VI

Vassily

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O cabeludo maestro finlandês Santtu-Matias Rouvali vem ganhando reconhecimento na Escandinávia e na Grã-Bretanha por grandes leituras dramáticas que muitas vezes trazem algo de novo a trabalhos familiares, como a dupla de peças orquestrais de Sibelius ouvidas neste disco da Alpha. A Sinfonia Nº 1 em Mi menor, op. 39 é obviamente descrita como tchaikovskiana e, de fato, há uma abundância de músicas amplas e levemente melancólicas que lembram o compositor. Mas Rouvali, líder da Sinfônica de Gotemburgo (da qual ele foi recentemente nomeado maestro titular), concentra-se em elementos mais finlandeses do que russos. Prova é o primeiro movimento, onde o lirismo tchaikovskiano dá lugar a uma passagem tumultuada, onde cada harmonia parece arrancada da anterior de uma maneira muito característica de Sibelius. A leitura de Rouvali é emocionante. O poema sinfônico En saga, Op. 9, é uma obra-prima que, em mãos inferiores, poderia tornar-se uma porcaria, mas que ficou enérgico e envolvente nas mãos de Rouvali. É para prestar atenção a este Santtu-Matias Rouvali. Ele sabe o que faz.

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

Symphony No. 1 in E minor, Op. 39
1 I. Andante Ma Non Troppo – Allegro Energico 11:27
2 II. Andante (Ma Non Troppo Lento) 09:13
3 III. Scherzo: Allegro 05:28
4 IV. Finale: Andante – Allegro Molto – Andante Assai – Allegro Molto Come Prima – Andante 13:32

5 En Saga, Op. 9 19:01

Gothenburg Symphony Orchestra
Santtu-Matias Rouvali

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Com esses cabelos, Santtu está mais para Anjju.

PQP