Rendezvous in New York é um álbum onde o pianista estadunidense Chick Corea reuniu embros das nove bandas com as quais tocou no passado. Os músicos incluíam Terence Blanchard, Gary Burton, Eddie Gomez, Roy Haynes, Bobby McFerrin, Joshua Redman, Gonzalo Rubalcaba, Michael Brecker e Miroslav Vitous, dentre outros. Um timaço para celebrar sei 60º aniversário. Corea é, sem dúvida, um dos pianistas de jazz mais fluentes em improvisação de todos os tempos, além de ser um compositor talentoso e grande líder de banda. Pode ser um muito exibido, pode ser intrusivo, quebrando momentos mágicos que ele se esforçou muito para construir: às vezes tem uma incapacidade completa de esquecer ou ignorar o público, algo que está amplamente ausente em Jarrett, por exemplo. No entanto, os discípulos de Corea estarão interessados neste notável e educado álbum duplo ao vivo, gravado ao longo de três semanas de apresentações no Blue Note de Nova York. Corea recebeu uma oportunidade que só um artista de sua estatura e poder de atração tem: a chance de tocar em nove conjuntos separados com uma variedade de amigos musicais. Cada banda tocou no Blue Note por duas noites, e o melhor de tudo isso foi capturado aqui. As três peças de dueto de abertura com o vocalista McFerrin são mais brincalhonas do que musicais, e dão ao show um começo esquisito. Mas depois disso, o pianista irrompe de uma forma assustadora em um trio com Roy Haynes e Miroslav Vitous, e continua em sua melhor imprevisibilidade malódica em uma banda expandida celebrando o pianista Bud Powell em Glass Enclosure e Tempus Fugit. Em Crystal Silence, a insensibilidade de Corea à necessidade de abrir espaço está sob sublime controle em um dueto sussurrante com o vibrafonista Gary Burton, e depois o grupo maior Origin exibe as cores ousadas do líder. Mas o dueto de dois pianos com Gonzalo Rubalcaba em um medley de Concierto D’Aranjuez e a própria Espanha de Corea é o destaque deslumbrante – um turbilhão de corridas entrelaçadas brilhantes, acordes latinos percussivos, intensidade e swing jubiloso.
Chick Corea: Rendezvous in New York
1-1 Chick Corea & Bobby McFerrin Duet– Armando’ Rhumba
Piano – Chick Corea
Vocals – Bobby McFerrin
4:56
1-2 Chick Corea & Bobby McFerrin Duet– Blue Monk
Piano – Chick Corea
Vocals – Bobby McFerrin
5:31
1-3 Chick Corea & Bobby McFerrin Duet– Concierto De Aranjuez / Spain
Piano – Chick Corea
Vocals – Bobby McFerrin
8:12
1-4 Now He Sings, Now He Sobs Trio– Matrix
Bass – Miroslav Vitous
Drums – Roy Haynes
Piano – Chick Corea
10:45
1-5 Remembering Bud Powell Band– Glass Enclosure / Temps Fugit
Bass – Christian McBride
Drums – Roy Haynes
Piano – Chick Corea
Tenor Saxophone – Joshua Redman
Trumpet – Terence Blanchard
16:08
1-6 Chick Corea & Gary Burton Duet*– Crystal Silence
Piano – Chick Corea
Vibraphone – Gary Burton
10:02
1-7 Chick Corea Akoustic Band– Bessie’s Blues
Bass – John Patitucci
Drums – Dave Weckl
Piano – Chick Corea
8:38
2-1 Chick Corea Akoustic Band– Autumn Leaves
Bass – John Patitucci
Drums – Dave Weckl
Piano – Chick Corea
11:32
2-2 Origin (12)– Armando’s Tango
Alto Saxophone – Steve Wilson (2)
Bass – Avishai Cohen
Drums – Jeff Ballard
Piano – Chick Corea
Tenor Saxophone – Tim Garland
Trombone – Steve Davis (7)
12:08
2-3 Ckick Corea & Gonzalo Rubalcaba Duet– Concierto De Aranjuez / Spain
Piano – Chick Corea, Gonzalo Rubalcaba
13:23
2-4 Chick Corea New Trio*– Lifeline
Bass – Avishai Cohen
Drums – Jeff Ballard
Piano – Chick Corea
11:59
2-5 Three Quartets Band– Quartet N° 2 Part I
Bass – Eddie Gomez
Drums – Steve Gadd
Piano – Chick Corea
Tenor Saxophone – Michael Brecker
11:42
PQP
Chico Correa huehauehahahaha BOA!!
Coincidência ou não, Lagoa da Canoa (AL) é um dos prováveis lugares onde Hermeto Pascoal nasceu (a dúvida é se teria sido lá ou em Olho-d’Água Grande, também em Alagoas).
Nada de coincidência. Em um Festival de Jazz de São Paulo, fim de noite, o Hermeto estava no palco fazendo uma jam com músicos convidados, quando recebeu um bilhete perguntando se Chick Corea poderia subir ao palco para juntar-se à turma. Hermeto pegou o bilhete tentando descobrir o que estava escrito — ele não enxerga muito bem… — e balbuciou que um tal de Chico Correa queria subir ao palco. Ele disse que não sabia quem era. Foi a plateia quem explicou a ele e Corea foi tocar junto. Foi memorável.
Que história deliciosa!! Muito bom!