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  1. Fiquei arrasado de ter perdido o amigo, o cliente, o companheiro de risadas, suas imensas cultura e generosidade. Talvez muitos de vocês não lembrem dele — ele não estava postando muito –, mas tenham certeza que foi uma grande perda.

  2. Eu tô triste, sem acreditar. A gente, leitor-ouvinte, não conhece vocês, mas se comunica há tanto tempo que… Cada texto aqui, eu brinco de descobrir o autor só lendo… E (quase) sempre acerto. Pelos gostos, pelo layout da postagens, pela seriedade/humor, pela crítica ou pelas informações… Lembro de um álbum que me marcou muito, Música da Renascença para Alaúdes, Vielas e Bandurra, compartilhado pelo Ranulfus. Uma vez fiquei louco porque meu HD queimou e o perdi (o álbum). Nosso monge, gentil e imediatamente o resgatou, com tanto respeito e cordialidade, me deixou tão feliz… Sempre admirei muito seu gosto pela música medieval, a qual considerava sua casa, e me fez contemplar esse mundo aos poucos, um passinho de cada vez, sentindo cada cor, cada espaço, cada ornamento…

    Meus sentimentos aos amigos, à família, a essa comunidade pequepiana. Não sei nada sobre a vida pessoal dele. Mas, aqui, o Ranulfus plantou muitas sementes que cresceram.

  3. Meus mais absolutamente sinceros e fraternos sentimentos para toda a comunidade pequepeana e sobretudo para todos os familiares e amigxs de Ranulfus! Minha gratidão é IMENSA e, mesmo não conhecendo pessoalmente nenhum de vocês, o sentimento de perda é INTENSO, DENSO e proporcional ao tanto de RIQUEZA CULTURAL e ÊXTASE ESTÉTICO que obtive/obtenho à cada generoso e precioso post/download aqui publicado!

    O acúmulo não é meramente “material” (terabytes de música em hds externos): é um somatório imponderável de epifanias e serendipidades ensejadas pela fruição desse maravilhoso acervo sonoro!

    Todo meu respeito, toda a minha GRATIDÃO (reitero!), todo o meu αγάπη!

    Dedico não 1 minuto, mas 4’33” de silêncio pra você, Ranulfus, amigo que nunca conheci!
    E depois, a Missa de Stravinsky (sob a batuta de Lenny Bernstein)

    requiescat in pace !

  4. Gente do PqPBach,

    Estou triste com vocês. Lamento muito a perda de Ranulfus!…
    Revi há instantes uma parte da lista de postagens dele: que delicadeza, que cuidado, que bom gosto!
    Como ele se apresentava monge, retomo a letra da canção monacal: “amarae mortis ne tradas nos” (não nos trague uma morte amarga).
    Com tanta música bela, Ranulfus deixou que nossa vida fosse mais doce e por isso sinto sua falta.
    Meus pêsames!

  5. Meus sentimentos por essa perda. Todos nós nos enriquecemos graças aos comentários, às postagens e generosidade de todos vocês. Perder um Amigo deixa um vazio sem tamanho.

  6. Conheci melhor o Ranulfus nos últimos 3 ou 4 anos, quando moramos na mesma cidade. Estava com uma doença crônica, porém medicado e bem cuidado, então foi realmente um choque difícil de pôr em palavras. Fica na memória sobretudo o último encontro, quando vimos um recital de “Negro Spirituals” por uma excelente cantora e ele, embora já sem postar há uns anos, seguia muito curioso, querendo saber quem eram os compositores de spirituals do repertório, porque a maioria era novidade pra ele, embora ele apreciasse e conhecesse várias obras do gênero… Uma curiosidade ilimitada, aliada à vontade de compartilhar e discutir os assuntos de sua curiosidade gerando ideias novas em grupo. Nesses tempos com tantas repetições de frases feitas e opiniões coisificadas… Como vai fazer falta!

  7. Que perda enorme, deixo aqui meus pêsames a toda a equipe do PQP Bach.

    Seguindo o exemplo de alguns tratei de revisitar as postagens de Ranulfus e vi que entre elas estava a maravilhosa trilha sonora de A Missão por Ennio Morricone, música que se tornou uma das minhas favoritas ao longo do tempo e que vez em quando estou ouvindo. Muito obrigado, Ranulfus, por mesmo sem saber ter contribuído para a minha formação musical.

    Descanse em paz, companheiro.

  8. Isso é profundamente lastimável. Um sujeito de alma grande, enorme cultura, e franca generosidade. Crescemos e aprendemos muito com ele aqui. Suas postagens no PQP são um belo monumento – oxalá perdurem os links por toda a eternidade!

  9. Lamento a perda do generoso senhor. Lhe sou grato pelas muitas vezes que compartilhou sua inteligência e gosto musical conosco. Sou fã de todos vocês e honestamente agradecido pelo trabalho. Ao Ranulfus, paz completa e merecida.

  10. Boa noite…
    ….apenas por educação, pois com essa notícia, que ainda acho que seja fake news, nenhuma noite pode ser boa.
    Não tenho vindo todos os dias ao PQP Bach e apenas hoje fiquei sabendo a triste nota.
    Deixo aqui meus votos de pêsames, expresso também aqui minha tristeza pela morte do Ranulfus. Conversei com ele algumas vezes pelas mensagens postadas aqui. Admirava suas postagens, seu conhecimento sobre música.
    Adeus, Ranulfus…

  11. Eu me encontrei apenas uma vez com o Ralf (Ranulfus). Foi em São Paulo, após longas, copiosas trocas de mensagens. Já éramos grandes amigos, portanto, quando ocorreu aquele jantar com a presença de sua filha Ana Estrella. Havia uma grande identificação: nascêramos no mesmo ano (1957), tínhamos os mesmos vinis e, é claro, gostos muito próximos. Lembro de que ele se irritava com algumas coisas na música e eu também. E, quando eu citava uma admiração ou rejeição minha, ele concordava e acrescentava suas opiniões sempre brilhantemente justificadas.

    Mas, de minha parte, a identificação dava lugar apenas à admiração quando ele mostrava sua enorme cultura, sabedoria e curiosidade. Queria saber tudo de tudo e sabia muito. Aprendi horrores de detalhes de holandês, inglês e alemão com ele. Aprendi muito sobre história, especialmente a africana. Ele não era um afrodescendente na pele, mas o era de fato. Conhecia muito da história negra e foi um militante da causa. Era ateu, mas conhecia tudo sobre religiões. Era de esquerda, estando sempre ao lado das vítimas de injustiças. E rimos muito. Acreditem: eu nem sei do que ele dava aulas, não sei até agora qual era sua especialização. O cara sabia de tudo! Música, linguística, história, ciências sociais, literatura, o que ele não conhecia?

    Passou 4 tristes anos com Bolsonaro, quando até nossas mensagens ficaram abafadas e poucas sob tanta bobagem.

    Porém, o principal era o afeto que sempre nos ligava quando falávamos.

    Eu não acreditei quando recebi a notícia de sua morte. Senti como se o mais próximo dos amigos tivesse ido embora. Como toda aquela usina de movimento, simpatia, afeto, interesse e conhecimento pôde ser desligada? Eu não sei. Ele tinha razão em ser ateu. Deus não deve existir.

    Algumas coisas dele ficaram aqui e aqui, só que nunca, jamais, elas se poderão ser comparadas com o homem que as gerou.

    Tchau, Ralf. Valeu demais a pena te conhecer. Ser teu amigo só me elevou.

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