Ludwig van Beethoven (1770-1827) – As 32 Sonatas para piano – John O’Conor (3/9)

51glGJs6IrLMais Beethoven, mais O’Conor, mais sonatas com apelidos, e poucos deles me parecem mais incompreensíveis do que “A Caça” para a Op. 31 no. 3, que é notável pelo fato de não ter movimentos lentos. A primeira do Op. 31, que abre este disco, é das minhas preferidas: composta em 1801, em meio a uma guirlanda de obras-primas, mostra com todas as garrinhas o Beethoven ácido e inventivo das décadas seguintes. Da “Pastoral”, em Ré maior, nada se precisa dizer, até porque eu já escrevi “obra-prima” logo acima, e não pretendo ser repetitivo.

LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827)

SONATAS PARA PIANO, VOL. III – JOHN O’CONOR

Sonata no. 15 em Ré maior, Op. 28, “Pastoral”

01 – Allegro
02 – Andante
03 – Scherzo: Allegro vivace
04 – Rondo: Allegro ma non troppo

Sonata no. 16 em Sol maior, Op. 31 no. 1

05 – Allegro vivace
06 – Adagio grazioso
07 – Rondo: Allegretto

Sonata no. 18 em Mi bemol maior, Op. 31 no. 3, “A Caça”

08 – Allegro
09 – Scherzo: Allegretto vivace
10 – Menuetto: Moderato e grazioso
11 – Presto con fuoco

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Vassily Genrikhovich

8 comments / Add your comment below

  1. A Op. 28, pastoral, é uma estranha nesse conjunto de sonatas, tem uma leveza raramente associada a Beethoven. Minha gravação de referência dessa sonata é a de Arrau (que eu não aprecio nas últimas sonatas, mas nessa soa perfeitamente leve e cuidadoso). Meus outros dois preferidos em Beethoven, sobretudo nas últimas sonatas, são Pollini e Gilels.

    Comparando a sonata pastoral por O’Conor, Gilels e Arrau:
    I. Allegro: O’Conor e Arrau tocam em andamentos muito parecidos, o movimento dura cerca de 9 minutos e é absolutamente alegre. Bem diferente de Gilels, que demora 12 minutos e dá um pathos exagerado.
    II. Andante: O’Conor (5:26) toca depressa, talvez dando a esse movimento o caráter geral da obra (Pastoral). Gilels (8:40) toca mais lento, mais andante, e Arrau (7:54) fica no meio termo: nem tão lento assim, mas bem mais lento que o resto da sonata.
    III. Scherzo: Os andamentos de Arrau, Gilels e O’Conor são quase iguais mas O’Conor usa mais dinâmica: os fortes são mais fortes e os pianos, mais fracos.
    IV. Rondo, Allegro ma non troppo: Arrau (4:58) pra variar soa perfeito aos meus ouvidos. Gilels (5:51) é lento, O’Conor (5:08) toca num andamento perfeito, com alguns trechos mais brincalhões e outros mais sérios, quase bachianos… uma expressividade talvez maior que a de Arrau neste movimento.

    A Sonata de Arrau é a mais pastoral (com exceção do Andante), a de O’Conor tem um pouco mais de seriedade (mas o Andante é rápido demais) e a de Gilels não é nada pastoral.

  2. Na verdade, usamos o termo CD como usávamos o termo disco, no passado. As sonatas de Beethoven, interpretadas pelo Paul Lewis, foram lançadas em quatro volumes, cada um deles com um ou mais CDs… A coleção toda ocupa 10 CDs…
    Quando digitalizamos as músicas colocamos os arquivos em pastas que podem conter um ou mais CDs. O formato de pastas, por ser virtual, não fica limitada ao tamanho de 80 (+ou-) minutos do CD. Por isso você achou que a coleção do Lewis tem apenas quatro CDs.
    Abraços!
    Mário

  3. Oi Mário – não te achei mais pelo blog, talvez não tenha ainda me acostumado com ele. Obrigado mais uma vez pela explicação. Tenho muito que aprender ainda. Mas, como se diz por aí, devagar se vai ao longe…
    abraços
    manuel

  4. Andei escrevendo umas mensagens… Parece que você passou uns dias sem que as novas postagens chegassem… certo? Espero que tudo já esteja funcionando novamente. Eu vejo as novas mensagens no alto da página, à direita…
    Abraços
    Mário

  5. Foi exatamente isso, como se tudo estivesse parado, sem postagens novas nem nada. Houve outro caso igual ao meu mas agora esta normalizado. Se entendi bem, um volume pode conter um CD ou 2 Cds etc. No caso do Lewis temos 4 volumes com um CD em cada um…Eu estou entendendo agora a importancia de se conhecer uma obra interpretada por varias orquestras, varios maestros, varios solistas, para ficar com o melhor possivel. Para mim, sempre me contentei com a Berliner, com o von Karajan… tem que haver riqueza de pontos de vista. Obrigado Mario.
    manuel

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