Esta é, para muitos, uma das melhores gravações da Segunda Sinfonia de Mahler, intitulada “Ressurreição”. É uma grande obra, com grande orquestra, coro e solistas, e solidamente construída.
Nunca morri de amores por Zubin Mehta, mas esta sua gravação é sensacional. A impressão que me passa é que tudo conspirou a seu favor: uma orquestra espetacular, um coral magnífico e duas solistas no apogeu de suas carreiras. Alguns comentários dos clientes da amazon:
“A pinnacle for Mehta”,
“Desert Island version of the Mahler 2nd.”
“The Absolute Creme of the Creme”
“The best all around Resurrection ever recorded.”
Os comentários acima mostram a importância desta gravação que recomendo ser ouvida com atenção, sem maiores interrupções, sentados em suas melhores poltronas, de preferência usando um bom fone de ouvido, pois ela está cheia de detalhes, ricamente explorados por esta, repito e não temo em ser redundante, espetacular orquestra. E provavelmente foi o grande momento da vida de Zubin Mehta.
1 Symphony No.2 in C minor – “Resurrection” – 1. Allegro maestoso. Mit durchaus ernstem und feierlichem Ausdruck
2 Symphony No.2 In C Minor – “Resurrection” – 2. Andante Moderato. Sehr Gemächlich
3 Symphony No.2 In C Minor – “Resurrection” – 3. Scherzo: In Ruhig Fliessender Bewegung
4 Symphony No.2 in C minor – “Resurrection” – 4. “O Röschen rot! Der Mensch liegt in grösster Not!”
5 Symphony No.2 In C Minor – “Resurrection” – 5a. Im Tempo Des Scherzos. Wild Herausfahrend
6 Symphony No.2 in C minor – “Resurrection” – 5b. Maestoso. Sehr zurückhaltend – Wieder zurückhaltend –
7 Symphony No.2 in C minor – “Resurrection” – 5c. Sehr langsam und gedehnt –
8 Symphony No.2 in C minor – “Resurrection” – 5d. “Aufersteh’n, ja aufersteh’n wirst du” (Langsam. Misterioso) – “Auferstehung”
9 Symphony No.2 in C minor – “Resurrection” – 5e. “O glaube, mein Herz, o glaube”
Ileana Cotrubas – Soprano
Christa Ludwig – Contralto
Wiener Staatsopernchor
Wiener Philharmoniker
Zubin Mehta – Conductor
Um belíssimo disco de música romântica russa. Tugan Sokhiev é um craque absoluto e este CD é um primor. Sokhiev pode ser lírico sem açúcar, grandioso sem ser chato, apaixonado sem verbosidade. Sim, sei que há quilos de gravações deste repertório, mas o pessoal da revista Gramophone acertou ao colocar este CD como Editor`s Choice Award. Ouçam porque vale a pena. E é uma gravação de compositores russos concebida por um russo. Não tem erro. A coisa é de primeira linha mesmo.
Mussorgsky: Quadros de uma Exposição / Tchaikovsky: Sinfonia No. 4
Mussorgsky: Quadros de uma Exposição
1. Promenade
2. I. Gnomus
3. Promenade
4. II. Il Vecchio Castello
5. Promenade
6. III. Les Tuileries
7. IV. Bydlo
8. Promenade
9. V. Ballet Of The Unhatched Chicks
10. VI. ‘Samuel’ Goldenberg Und ‘Schmuyle’
11. VII. The Marketplace At Limoges
12. VIII. Catacombae, Sepulchrum Romanum
13. Cum Mortuis In Lingua Mortua
14. IX. The Hut On Fowls’ Legs
15. X. The Great Gate Of Kiev
Tchaikovsky: Sinfonia No. 4
16. Andante Sostenuto. Moderato Con Anima
17. Andantino In Modo Di Canzona
18. Scherzo. Pizzicato Ostinato: Allegro
19. Finale. Allegro Coon Fuoco
Orchestre National Capitol de Toulouse
Tugan Sokhiev
Ainda dia destes pensava em postar alguma coisa de Rimsky-Korsákov que não fosse ‘Sherazade’ ou o ‘Capricho Espanhol’. Eis que fuçando meus HDs externos encontro esta bela caixa de três CDs, onde o incansável maestro Neeme Järvi nos traz diversas aberturas e suítes de óperas do russo, gravadas com a excelente Scottish National Orchestra. Opa, é isso aí, pensei. Vamos apresentar algo diferente, que seja inédito por aqui. Falar em inédito talvez seja exagero, mas creio que algumas destas peças sejam realmente inéditas por aqui.
Então vamos ao que viemos.
CD 1
01. May Night – Overture. Rimsky-Korsakov
02. The Snow Maiden- I – Beautiful Spring. Rimsky-Korsakov
03. The Snow Maiden- II – Dance of the Birds. Rimsky-Korsakov
04. The Snow Maiden- III – The Procession of Tsar Berendey. Rimsky-Korsakov
05. The Snow Maiden- IV – Dance of the Tumblers. Rimsky-Korsakov
06. Christmas Eve. Rimsky-Korsakov
CD 2
01. Mlada- I – Introduction. Rimsky-Korsakov
02. Mlada- II – Redowa- A Bohemian Dance. Rimsky-Korsakov
03. Mlada- III – Lithuanian Dance. Rimsky-Korsakov
04. Mlada- IV – Indian Dance. Rimsky-Korsakov
05. Mlada- V – Procession of the Nobles. Rimsky-Korsakov
06. The Invisible City of Kitezh- I – Prelude- A Hymn to Nature. Rimsky-Korsakov
07. The Invisible City of Kitezh- II – Wedding Procession. Rimsky-Korsakov
08. The Invisible City of Kitezh- III – Tartar invasion and Battle of Kerzhenets. Rimsky-Korsakov
09. The Invisible City of Kitezh- IV – Death of Fevroniya and apotheosis of the Invisible City. Rimsky-Korsakov
CD 3
01. The Golden Cockerel (Le Coq d’Or)- I – Introduction and Dodon’s sleep. Rimsky-Korsakov
02. The Golden Cockerel- II – King Dodon on the battlefield. Rimsky-Korsakov
03. The Golden Cockerel- III – Queen of Shemakha’s Dance; King Dodon’s Dance. Rimsky-Korsakov
04. The Golden Cockerel- IV – Wedding Feast; Death of King Dodon; Finale. Rimsky-Korsakov
05. The Tale of Tsar Saltan- I – Tsar’s departure and farewell. Rimsky-Korsakov
06. The Tale of Tsar Saltan- II – Tsarina adrift at sea in a barrel. Rimsky-Korsakov
07. The Tale of Tsar Saltan- III – The three wonders. Rimsky-Korsakov
08. The Flight of the Bumble Bee (from The Tale of Tsar Saltan). Rimsky-Korsakov
National Scottisch Orchestra
Neeme Järvi – Conductor
Uma confissão: as obras para piano e as de câmara de Schubert, tocadas em instrumentos modernos, me dão uma mistura de contemplação e sono. Se eu ouvir no domingo depois do almoço, normalmente o sono vence. Este disco, gravado com instrumentos antigos, foi uma grande surpresa para mim: o som do piano austríaco fabricado em 1835, suas nuances, seu pedal um tanto frágil, seus agudos amadeirados, tudo isso tornou o drama Schubertiano muito mais presente, como se estivéssemos na sua sala de jantar.
São falsos os boatos de que o austríaco Jörg Demus comprou este piano ainda cheirando a novo. Mesmo assim, trata-se de um pianista veterano com muitas décadas de experiência e que já tocou em centenas de pianos antigos, pelos quais já tinha interesse ‘before it was cool’.
Os outros instrumentos também são antigos e se combinam com o “sotaque” local dos músicos austríacos em um Schubert autêntico, um CD que dá pra ouvir até o final sem terminar roncando.
Franz Schubert (1797-1828): Quinteto para piano e cordas em lá maior, D667 “A Truta” (“Forellenquintett”)
1. I. Allegro vivace
2. II. Andante
3. III. Scherzo: Presto – Trio
4. IV. Theme – Variationi – Allegretto
5. V. Allegro giusto Adagio e Rondo em fá maior para quarteto com piano, D487
6. I. Adagio
7. II. Rondo: Allegro vivace
8. Klavierstucke, D. 946: No. 2 em mi bemol maior
Jörg Demus, fortepiano (Schweighofer, Viena, 1835)
Thomas Albertus Irnberger, violino (Stainer, 1656)
Martin Ortner, viola (Stainer 1660)
Heidi Litschauer, cello (Stoss 1824)
Brita Bürgschwendtner, double bass (Krahmer-Pöllmann, 1971)
Entre 1680 e 1695, Henry Purcell compôs uma série de canções de boas-vindas e Odes para a celebração de ocasiões reais. Este programa, mostra a variedade e diversidade de Purcell, um compositor que aos seus 30 anos produziu muitas obras magníficas, e contará com um pequeno grupo de cantores e instrumentistas.
A Restauração formal da monarquia, com Charles II em 1660, marcou tanto um fim quanto um começo: o fim do experimento republicano da Inglaterra e o início de um longo processo de reconstrução monárquica e, com um rei politicamente propenso a acidentes no trono, a máquina de relações públicas de Charles II nunca poderia descansar.
Purcell juntou-se à sua pequena equipe de compositores no momento em que a onda de propaganda dos Stuart aumentava enormemente, e ele surfou nessa onda como uma pluma de tirar o fôlego, desde sua primeira ode à corte – o simples mas empolgante Welcome, Vicegerent of the mighty King ao ambicioso Fly, bold rebellion, envolvendo versos em sete partes e seis partes em coro.
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Royal Welcome Songs for King Charles II.
Henry Purcell (Inglaterra, 1659-1695)
01. Catch – Since the Duke is Return’d, Z. 271 02. Welcome, Vicegerent of the Mighty King, Z. 340: Welcome, Vicegerent of the Mighty King 03. Welcome, Vicegerent of the Mighty King, Z. 340: Ah! Mighty Sir 04. Welcome, Vicegerent of the Mighty King, Z. 340: When the Summer in His Glory 05. Welcome, Vicegerent of the Mighty King, Z. 340: Music the Food of Love 06. Let Mine Eyes Run Down With Tears, Z. 24 07. Sleep, Adam, Sleep and Take Thy Rest, Z. 195 08. Beati omnes qui timent Dominum, Z. 131 09. O Sing unto the Lord, Z. 44: Symphony / O Sing unto the Lord a New Song 10. O Sing unto the Lord, Z. 44: Sing unto the Lord, and Praise His Name 11. O Sing unto the Lord, Z. 44: The Lord is Great 12. O Sing unto the Lord, Z. 44: O Worship the Lord 13. O Sing unto the Lord, Z. 44: Tell it Out Among the Heathen 14. Great God, and Just, Z. 186 15. Fly, Bold Rebellion, Z. 324: SymphonyThe Sixteen 16. Fly, Bold Rebellion, Z. 324: Fly, Bold Rebellion 17. Fly, Bold Rebellion, Z. 324: Rivers From Their Channels Turn’d 18. Fly, Bold Rebellion, Z. 324: If Then We’ve Found 19. Fly, Bold Rebellion, Z. 324: Come Then, Change Your Notes 20. Fly, Bold Rebellion, Z. 324: Be Welcome Then, Great Sir 21. Fly, Bold Rebellion, Z. 324: Welcome to all Those Wishes Fulfill’d
Purcell: Royal Welcome Songs for King Charles II – 2018 The Sixteen, Harry Christophers, dir.
Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos. . When you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.
FDP resolveu postar outro álbum da Harmonia Mundi, e outra gravação de cantatas de nosso pai à cargo do Collegium Vocale de Philippe Herreweghe. Desta vez, ele tem uma presença ilustríssima, Andreas Scholl, o maior contra-tenor da atualidade. E são exatamente cantatas para esse raríssimo registro vocal. Alguns regentes, entre eles Helmuth Rilling e Tom Koopman, deixaram a interpretação destas cantatas à cargo de uma contralto, enquanto outros, como é o caso de Harnoncourt e de Herreweghe, se utilizam desse registro masculino.
Eis o texto da própria Harmonia Mundi que apresenta essa gravação em seu site: “The voice of the Holy Ghost? According to German theological tradition, which Bach knew very well, the alto voice was the very symbol of that of the Holy Ghost. These three solo cantatas do not contradict the rule, although we do not always know for whom Bach wrote them: it was neither a woman nor a castrato, so it could only be a falsetto or an extremely accomplished boy. These works demand enormous vocal virtuosity. Their extraordinary musical variety embraces sublime consolatory lullabies, a faithful echo of an organ concerto (BWV 170), and the dramatic qualities of an oratorio.”
A voz de Andreas Scholl é de uma beleza única, diria até um dom divino. Creio que seja uma bela postagem para inaugurar nosso novo endereço.
P.S. – Sempre gosto de recomendar o site http://www.bach-cantatas-com como referência para as cantatas. Lá se encontra o texto da cantata, traduzido para diversas línguas, em alguns casos o próprio português, além de diversos textos que as analisam em profundidade.
Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Cantates Pour Alto BWV 35, 54, 170
01 – BWV 170.1 Aria; Vergnügte Ruh! beliebte Seelenlust!
02 – BWV 170.2 Rec; Die Welt, das Sündenhaus
03 – BWV 170.3 Aria; Wie jammern mich doch die verkehrten Herzen
04 – BWV 170.4 Rec; Wer sollte sich demnach
05 – BWV 170.5 Aria; Mir ekelt mehr zu leben
06 – BWV 54.1 Aria Wilderstehe doch der Sünde
07 – BWV 54.2 Rec; Die Art verruchter Sünden
08 – BWV 54.3 Aria; Wer Sünde tut, der ist vom Teufel
09 – BWV 35.1 Concerto
10 – BWV 35.2 Aria; Geist und Seele wird verwirret
11 – BWV 35.3 Rec; Ich wundre mich
12 – BWV 35.4 Aria; Gott hat alles wohlgemacht!
13 – BWV 35.5 Sinfonia
14 – BWV 35.6 Rec; Ach, starker Gott, lass mich
15 – BWV 35.7 Aria; Ich wünsche nur bei Gott zu leben
Collegium Vocale
Phillipe Herreweghe – Director
Andreas Scholl – Alto
PQPBach é doido por essa moça nascida na Letônia há pouco mais de trinta e sete anos, Baiba Skride. Postou dois cds dela no começo do ano tecendo altos elogios. Resolvi então trazer para os senhores um pouco mais do talento dessa moça, tocando um dos monumentos violinísticos do romantismo, o belíssimo concerto de Sibelius. A moça sua sangue e tira leite de pedra aqui. Vale cada minuto da audição. Como comentei em postagem anterior, vamos dar voz à nova geração, pois ela tem muito a dizer. Pelo menos aqui na música.
Bem, não estou trazendo apenas o Concerto de Sibelius, mas também o de Nielsen, com o qual não mantenho uma relação muito amistosa, mas deve ser alguma mania minha. Talvez se o ouvir mais, com atenção, possa vir a admirá-lo. Então, um sueco e um finlandês, direto das terras geladas, e tocados com uma paixão que poucas vezes ouvi nestas obras, principalmente no Sibelius. Lembro de Viktoria Mullova em começo de carreira, lá nos anos 80, encarando-o com Seiji Ozawa, mas Baiba Skride também bate um bolão aqui. Vale conferir.
CD 1
01. Violin Concerto in D minor, Op.47 – I. Allegro moderato
02. Violin Concerto in D minor, Op.47 – II. Adagio di molto
03. Violin Concerto in D minor, Op.47 – III. Allegro, ma non tanto
04. Serenade in D major
05. Serenade in G minor
CD 2
01. Violin Concerto – I. Präludium Largo
02. Violin Concerto – II. Allegro cavalleresco
03. Violin Concerto – III. Poco Adagio
04. Violin Concerto – IV. Rondo Allegretto scherzando
“A última vez que vi Paris” é o título de um filme famoso, com aquela diva de olhos violáceos, Miss Taylor. Hemingway alegou que “Paris é uma Festa”. Paris, enfim, não tem fim. Mas depende. Depende de quem viu Paris da última vez (ou pela última vez), e também para quem Paris signifique algo mais que ir ao Louvre tirar um selfie com a Gioconda. Para mim Paris é um espetáculo de beleza e história. Uma festa de beleza e história. À parte os sanitários imundos sem portas dos bistrôs nas áreas mais turísticas e a falta de hábitos higiênicos dos atendentes das pâtisseries, entre outras coisas básicas dessa natureza, Paris é tudo de bom. Seu cheiro de rosas e crepes, de pedras medievais e frio, suas sombras que são azuis e que inspiraram os impressionistas. Francamente, não vivi os odores que alguns me alardearam. Montaigne dizia que as cidades mais fétidas do mundo seriam Veneza e Paris. Em seu tempo acredito plenamente. Balzac dizia da dureza do chão de Paris. Como para quem a visita o melhor é andar, de fato, seu solo é coriáceo. Distâncias imensas que vencemos hipnotizados pela beleza, nos deixando na lona, com febre de cansaço; todavia, inebriados. Balzac também falou da qualidade da comida – ora, existem os turistas e os peregrinos. Me enquadro entre estes últimos. Caminhante, peregrino da arte e da beleza (quase um Goliardo) e portanto não abastado o suficiente para ‘nouvelles cuisines’. Lembro que num bistrô nas imediações des Invalides nos serviram uma carne dos cavalos de Napoleão, de 1812; e no Marais uma sopa cuja acidez acionaria as lâmpadas de toda a Torre Eiffel. Confesso meu necro-turismo, habitué dos campos santos, que me levou à honra de estar ao pé do túmulo do grande Debussy – atenção, não é no Père Lachaise, mas no cemitério de Passy. Estou parecendo uma dondoca de Caras se pavoneando. Falo de Paris porque o presente registro é uma ‘caminhada sentimental’ pela Lutécia – antigo nome da cidade luz (pela qual rezo aos antigos deuses para que não soçobre às invasões bárbaras, fanáticas, obscurantistas, assassinas e desertícolas).
Este disco traz um grande encontro ‘romântico’ entre o fabuloso Chet Baker e o maestro compositor romeno Vladimir Cosma (não confundir com Joseph Kosma, húngaro autor da melodia de Les feuilles mortes). Cosma, advindo de Bucareste para Paris para ser aluno de Nadia Boulanger. A sacerdotisa suprema da chamada música moderna, que em sua sabedoria sempre conduziu seus discípulos para os seus reais talentos, ao invés de encarcera-los nas mofadas fórmulas chamadas eruditas: entre muitos, Piazzolla e Gershwin. Todos os temas do disco são de Cosma. Variam entre lindos e deliciosos. Arranjos que lembram as escolas de Henry Mancini e Elmer Bernstein. Cosma é o que chamaríamos de um velho macaco em seu métier. Compositor de boas fórmulas melódicas, maestro e arranjador cativante, com um currículo vasto e admirável. Baker…
Alguém disse que nada havia a mais que se falar sobre ele? Sim, aquele drogadito do trompete, bafejado pelo sopro da beleza eterna em sua arte. Destacaria a faixa 5, Two Much. Baker era um camaleão que se adaptava aos mais diversos idiomas com a mesma verve. Sua atuação nesta faixa é tão bela e cativante quanto nas outras, todavia em seu arremate ele mostra por que seu nome se inscreve entre as constelações.
Esta colaboração entre o grande compositor de trilhas sonoras e maestro romeno Vladimir Cosma e o genialíssimo Chet Baker rendeu um dos mais belos discos de ambas as carreiras. Quando Cosma decidiu convidar Baker neste projeto, ele foi desencorajado por todos os tipos de negativas. Disseram: “não chame Chet Baker, ele vai aparecer chapado ou nem vai aparecer. Você não pode confiar nele ”. O maestro ficou apreensivo. Mesmo assim, Cosma rastreou o trompetista, que na época trabalhava na Itália. Os dois passaram horas ao telefone. Cosma teve o cuidado de dizer a Baker para trazer o trompete e o flugelhorn, já que ele tinha diferentes melodias que ele pensava ser mais adequadas para tais timbres, e Baker teve o cuidado de dizer a Cosma para não escrever nada onde ele tivesse que tocar mais alto do que um G ou F, já que seus dentes poderiam causar problemas. A música seria toda escrita para Baker, e o trompetista concordou em vir a Paris dois dias antes da sessão, a fim de ensaiar com o compositor, em seu apartamento em Paris. O encontro deles era para as duas horas. Nada de Chet. Horas vêm e vão sem nenhum sinal de Baker. Finalmente, depois das quatro, o telefone toca e é Chet. “Desculpe, cara, ainda estou na Itália. Meu carro quebrou e tenho que consertá-lo. Com certeza estarei aí amanhã a essa hora.” No dia seguinte, aconteceu a mesma coisa: Chet não apareceu, mas novamente ele ligou: “Ei cara, demorou mais do que eu pensava para consertar meu carro, mas estou a caminho agora e estarei lá a tempo.” A essa altura, Cosma estava muito nervoso. Ele tinha prazos para gravar e contratou nada menos que 40 músicos, incluindo uma orquestra de cordas completa, e mais um baixista de Copenhage – ninguém menos que o grande NHOP; e um baterista da Califórnia. Como reforço, Cosma ligou para o melhor trompetista de jazz de Paris e diz a ele para estar lá caso Chet não aparecesse ou, pior, não estivesse em condições de tocar. No entanto, tarde daquela noite a campainha toca no apartamento de Cosma, e lá está Chet. Ele tem uma linda jovem com ele, a quem Cosma reconhece como a filha de um famoso saxofonista belga, seu amigo Jacques Pelzer. O que Baker não tem, entretanto, é um trompete; ele teve de vendê-lo para subsidiar o conserto do carro. Os planos cuidadosamente discutidos de Cosma para fazer certas músicas no trompete e outras no flugelhorn foram jogados pela janela. No entanto, Baker promete alugar um trompete e garantiu que tudo ficaria bem. Ele também pediu a Cosma para gravar algumas das músicas para ele em uma fita cassete, para que ele pudesse ouvi-la em seu hotel naquela noite. Cosma não achou boa ideia, mas concordou, não com muita confiança. A sessão está marcada para as 9h; assim que Cosma chegou às 8h30, ele ouviu um dos mais familiares sons do jazz moderno – o trompete de Chet Baker. Não apenas Chet está adiantado para o encontro, mas ele já aprendera todas as melodias. Na lata, como se diz. Cosma tocava cada música com a orquestra, mas Baker insistiu em não tocar durante o ensaio – ele não colocaria o trompete nos lábios até que a fita estivesse realmente rolando. E então – pura magia. “Eu não posso te dizer o quão bonito ele tocou”. Diz Cosma. “Foi magnífico. Cada tomada foi literalmente perfeita, lindamente executada, com sentimento e alma e sem erros. Quando terminamos, era quase impossível escolher o melhor take de cada música, porque eram todas tão maravilhosas quanto diferentes umas das outras ”. Apesar de suas saídas para se ‘abastecer’, a sua inspiração não diminuiu. Dessa forma, eles conseguiram gravar todas as faixas que precisavam em um único dia. Cosma e Baker nunca mais trabalharam juntos, mas mantiveram contato, e Cosma ia ver Baker todas as vezes que ele tocava em Paris nos quatro anos restantes de sua vida. Gênio é gênio.
Mas este texto não poderia ter uma Coda tão prosaica, afinal, falamos de Paris e de Paris há o que se dizer – e não caberia aqui (nem alhures). Evoco um ilustre de quem poucos lembram ou que poucos conhecem. O poeta e trompetista de jazz Boris Vian, de curta e intensa vida; a quem poderemos voltar a encontrar em outra esquina de Paris, noutra caminhada como esta. Segue um pequeno frasco com fragmentos de sua poesia:
Não queria morrer
Sem que tenham inventado as rosas eternas
A jornada de duas horas
O mar na montanha
A montanha no mar
O fim das dores
Os jornais em cores
A felicidade das crianças
E tantas coisas mais
Que dormem nos crânios
Dos geniais engenheiros
Dos joviais jardineiros
Dos solícitos socialistas
Dos urbanos urbanistas
E dos pensativos pensadores
Tantas coisas para ver
Para ver e ouvir
Tanto tempo esperando
Procurando no escuro.
Por fim, talvez a presença mais marcante de Paris nas telas (excetuando ‘Aristogatas’), esteja em Casablanca, 1942. Quando Rick (Bogart) relembra seus felizes dias de amor ao lado de sua bela Ilsa Lund Laszlo (Ingrid Bergman). Recorda o dia em que os nazis ocuparam Paris: “Eu me lembro de todos os detalhes. Os alemães vestiam cinza e você azul”. E na célebre despedida ao final da película: “Nós sempre teremos Paris”.
Chet Baker – Sentimental Walk in Paris, 1985.
12 + 12
Sentimental Walk
Hobbylog
B. Blues
Two Much
Douceurs Ternaires
Yves Et Jeun
Pintade A Jeun
Douceurs Ternaires (alt. Take)
B. Blues (alt. Take)
Pardon, Mon Affaire
Chet Baker – Trompete
Vladimir Cosma – Composições, arranjos e regência
Considero este Concerto uma das mais belas obras já compostas pelo ser humano, Ele demonstra através de suas notas todas as dores, angústias e lamentos que a alma humana pode expressar. Vai do sublime ao doloroso em apenas alguns compassos, levanta todas as nossas defesas psicológicas, nos demolindo aos poucos, para de repente nos permitir acioná-las novamente. A angústia existencial levada ao extremo, poderia assim defini-la.
Já contei esta história em outra ocasião, mas lembro da primeira vez em ouvi este concerto. Estava viajando com minha mãe e um casal de tios, e no meio do caminho subíamos uma serra, e no meio dessa serra meu tio parou o carro. Estava tocando a cadenza do início do concerto, não lembro quem era o solista, lembro do Karajan na capa da fita cassete, mas a beleza daquela passagem nos deixou sem ação, e ficamos admirando a paisagem ouvindo aquela música maravilhosa, apesar dos perigos do local em que paramos. Minha tia cutucou o marido e disse baixinho, vamos, aqui é perigoso estacionar. Em seguida, prosseguimos viagem. Mas aquela belíssima paisagem de primavera, com a Serra do Mar cheia de ipês roxos e amarelos me comoveram, e a partir daquele momento sempre associo este Concerto com aquela paisagem. Coisas de nosso cérebro.
Baiba Skride novamente nos mostra todo o seu talento, com uma leitura apaixonada, porém centrada, e é acompanhada por Andris Nelsons, seu conterrâneo, que rege a Orquestra Sinfônica da Cidade de Birmingham. Um grande CD, com dois jovens músicos de extraordinário talento. Vale cada minuto da audição, de preferência com um bom fone de ouvido.
P.S. Fui pesquisar qual poderia ser a gravação do Karajan para este concerto é só encontrei duas: com o Christian Ferras e com a Anne-Sophie Mutter. Impossível ser a gravação da Mutter, pois este fato descrito se passou no final dos anos 70, e ela ainda não tinha sido descoberta por Karajan naquela época. Então provavelmente a gravação que meu tio ouvia naquela viagem era com o Christian Ferras. violinista francês que se suicidou com apenas 49 anos de idade. Uma pena.
01. Violin Concerto in D major, Op. 35, Allegro molto
02. Canzonetta. Andante
03. Finale. Allegro vivacissimo
04. Souvenir d’un lieu cher, Meditation
05. Scherzo
06. Mélodie
07. Swan Lake, Pas d’action
08. Swan Lake, Danse russe
Baiba Skride – Violin
City of Birmingham Symphony Orchestra
Andris Nelsons – Conductor
Sim, é Mahler. E sim, é jazz contemporâneo e experimental. Trata-se de um disco de 1999 onde o The Uri Caine Ensemble toca temas de Mahler com imensa liberdade. Uri Caine iniciou seus estudos de piano aos sete anos de idade e teve lições com o pianista francês de jazz Bernard Peiffer aos 12. Estudou na Universidade da Pensilvânia tendo por tutor George Crumb. Com ele, adquiriu familiaridade com a música clássica, mas iniciou sua carreira como pianista de jazz em Filadélfia. Na década de 1980 foi viver em Nova Iorque. Caine, que tem gravados 16 álbuns, é muito apreciado pelas suas ecléticas e inventivas interpretações do repertório clássico. Este seu tributo em versão jazz para Gustav Mahler, gravado em 1999, recebeu um prêmio da Sociedade Alemã Mahleriana, embora tenha havido polêmica devido ao conservadorismo de alguns membros do júri. Caine também trabalhou nas Variações Goldberg de Bach, nas Variações Diabelli de Beethoven, bem como reinterpretou diversas obras de Wagner e Mozart. É um álbum certamente muito original, daqueles para se amar ou odiar. Eu estou no primeiro grupo.
The Uri Caine Ensemble: Gustav Mahler In Toblach
CD 1
1-1 Symphonie Nr. 5, Trauermarsch = Symphony No. 5, Funeral March 7:06
1-2 Oft Denk’ Ich, Sie Sind Nur Ausgegangen! Aus »Kindertotenlieder« = I Often Think They Have Merely Gone Out! From »Songs Of The Death Of Children« 10:24
1-3 Nun Will Die Sonn So Hell Aufgehn Aus »Kindertotenlieder« = Now Will The Sun Rise As Brightly »From Songs Of The Death Of Children« 5:35
1-4 Der Tamboursg’sell Aus »Des Knaben Wunderhorn« = The Drummer Boy From »The Boy’s Magic Horn« 14:03
1-5 Einleitung Zur Symphonie Nr. 5, Adagietto = Introduction To Symphony No. 5, Adagietto 1:53
1-6 Symphonie Nr. 5, Adagietto = Symphony No. 5, Adagietto 12:42
CD 2
2-1 Symphonie Nr. 1 »Titan« 3. Satz = Symphony No. 1 »Titan«, 3rd Movement 13:22
2-2 Ging Heut’ Morgen Übers Feld Aus »Lieder Eines Fahrenden Gesellen«, Symphonie Nr. 2 »Auferstehungs-Symphonie«, Andante Moderato = I Went Out This Morning Over The Countryside From »Songs Of A Wayfarer«, Symphony No. 2 »Resurrection«, Andante Moderato 13:26
2-3 Symphonie Nr. 2 »Auferstehungs-Symphonie«, Urlicht = Symphony No. 2 »Resurrection«, Primal Light 2:34
2-4 Interlude Zu »Der Abschied« = Interlude To »The Farewell« From »The Song Of The Earth« 1:49
2-5 Der Abschied Aus »Das Lied Von Der Erde« = The Farewell From »The Song Of The Earth« 26:25
Acoustic Bass – Michael Formanek
Alto Saxophone – David Binney
Arranged By [All Compositions Arranged By], Adapted By [All Compositions Adapted By] – Uri Caine
Drums – Jim Black
Piano, Keyboards – Uri Caine
Trumpet – Ralph Alessi
Turntables, Electronics [Live Electronics] – DJ Olive
Violin – Mark Feldman
Vocals, Oud – Aaron Bensoussan
Dando continuidade a esta bela caixa da gravadora tcheca Supraphon trazemos mais três sinfonias de Antonin Dvorák, as de nº 6, 7 e 8, sempre nas mãos competentes de Václav Neumann regendo a Filarmônica Tcheca. Música de primeira interpretada por músicos de primeira.
Difícil isso dar errado, não acham?
1. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 I. Allegro non tanto
2. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 II. Adagio
3. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 III. Scherzo (Furiant) Presto
4. Symfonie č. 6 D-dur, Op. 60 IV. Finale Allegro con spirito
5. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 I. Allegro maestoso
6. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 II. Poco adagio
7. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 III. Scherzo Vivace. — Poco meno mosso
8. Symfonie č. 7 d-moll, Op. 70 IV. Finale Allegro
CD 6
1. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 I. Allegro con brio
2. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 II. Adagio
3. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 III. Allegretto grazioso
4. Symfonie č. 8 G-dur, Op. 88 IV. Allegro ma non troppo
5. «V přírodě» (In Nature’s Realm), koncertní ouvertura, Op. 91 (B 168)
6. «Karneval» (Carnival), koncertní ouvertura, Op. 92 (B 169)
07 – ”Othello”, koncertni ouvertura
Czech Philharmonic Orchestra
Václav Neumann – Conductor
Estes dois concertos demonstram a crescente importância dos violões nos palcos do mundo. O cubano Leo Brouwer, um dos principais compositores latino-americanos, escreveu muitos concertos para violão, mas The Book of Signs (2003) é o primeiro para uma dupla deles. É um concerto de temas majestosos, muito musicais e de grande virtuosismo. O primeiro movimento é baseado no tema das 32 Variações em Dó menor de Beethoven. Importante figura da música brasileira, Paulo Bellinati emprega harmonias luxuosas para homenagear a música do interior do estado de São Paulo em Concerto Caboclo (2011). Seu concerto é belo e delicado. Gostei muito. Este CD é extraordinário sob qualquer perspectiva que se ouça: excelente orquestra e regência, espetacular dupla de solista e tals.
The Book of Signs
1. I. The Signs of Memory: Theme and Variations 00:15:40
2. II. Variaciones sobre un tema sentimental 00:13:49
3. III. Allegro 00:15:21
Concerto Caboclo
4. I. Toada: Andante, quasi andantino 00:08:03
5. II. Moda di Viola: Adagio 00:05:49
6. III. Ponteado: Vivo 00:05:22
Brasil Guitar Duo
Delaware Symphony Orchestra
David Amado
Estou dedicando esta semana aos tchecos, principalmente a Dvorák, como já podem ter percebido. Comecei com as sinfonias de Dvorák e um de seus principais intérpretes (calma, a coleção vai vir completa), Václav Neumann, depois tivemos um Josef Suk impecável tocando obras de seu bisavô e de seu avô (leiam as postagens para entenderem do que estou falando) e agora trago mais obras de Suk e de Dvorák, mas desta vez estou dando voz a nova geração, e que geração, senhores: Christian Tetzlaff está impossível aqui, sendo dirigido por orquestra e maestros finlandeses. Mais uma excelente gravação do Selo Ondine.
Começamos com uma Fantasia para Violino e Orquestra, composta por Josef Suk, um dos maiores violinistas do início do século XX, e que foi genro de Dvorák. Em seguida, Tetzlaff encara o Concerto para Violino, de Dvorák e um Romance, também composto para violino e orquestra. São obras pouco gravadas, por isso creio que seja interessante para quem não conhece, conhecer.
01. Suk Fantasy in G minor, Op.24
02. Dvorak Violin Concerto in A minor, Op.53 – I. Allegro ma non troppo
03. Dvorak Violin Concerto in A minor, Op.53 – II. Adagio ma non troppo
04. Dvorak Violin Concerto in A minor, Op.53 – III. Allegro giocoso, ma non troppo
05. Dvorak Romance in F minor, Op.11
Christian Tetzlaff – Violin
Helsinki Philharmonic Orchestra
John Stogards – Conductor
Eis uma curiosa gravação histórica e realizada em família. O grande pianista russo Emil Gilels e sua filha Elena encaram duas obras primas, o Concerto para 2 Pianos de Mozart e a maravilhosa Fantasia in Fá menor para dois pianos de Schubert. Um CD obrigatório, com certeza. Posso estar enganado, mas lembro desse LP na casa de um amigo, e deve ter sido um de meus primeiros contatos com esse pianista.
Para alguns, o Mozart de Gilels pode parecer meio lento, acostumados que estamos com as leituras mais atuais. Gilels pertencia a escola de piano russa da primeira metade do século XX, uma das mais importantes do século XX, de onde veio gente como Richter, Horowitz, entre tantos outros. Sua leitura obviamente será mais romantizada que as que pianistas como Christian Zacharias realizou, ou Van Immerseel, historicamente pesquisadas e interpretadas.
Enfim, detalhes pequenos que não desmerecem esse grande encontro de Gilels e Böhm, meu regente mozartiano favorito. Um CD delicioso, volto a reforçar, e obrigatório. Dois dos maiores nomes dos palcos século XX juntos, em mais um CD que leva o selo de garantia “Originals” da Deutsche Grammophon.
Ah, estava esquecendo de comentar a Fantasia schubertiana, um primor de execução. A verve romântica de Emil Gilels vêm a tona com toda força, e poderia dizer que ali sim o encontramos em seu elemento. A parceria com a filha revela uma cumplicidade única que poderia haver entre os dois. Elena teve como professor um dos maiores pianistas do século XX e aprendeu bem a lição.
Wolfgang Amadeus Mozart: Concerto para Piano Nº 27 e Duplo Nº 10 / Franz Schubert: Fantasia D 940
01 – Concerto for Piano and Orchestra No. 27 in B flat major, K 595 1. Allegro
02 – Concerto for Piano and Orchestra No. 27 in B flat major, K 595 2. Larghetto
03 – Concerto for Piano and Orchestra No. 27 in B flat major, K 595 3. Allegro
04 – Concerto for Two Pianos and Orchestra in E flat major, K 365 (316a), 1. Allegro
05 – Concerto for Two Pianos and Orchestra in E flat major, K 365 (316a), 2. Andante
06 – Concerto for Two Pianos and Orchestra in E flat major, K 365 (316a), 3 Rondea
07 – Fantasia in F minor for Piano duet, D 940. Allegro molto moderato – Largo – Allegro
Emil & Elena Gilels – Piano
Wiener Philharmoniker
Karl Böhm – Conductor
Este delicioso CD traz obras desconhecidas de Dvorák (ao menos para mim) interpretadas por um bisneto do compositor. Explico: este Josef Suk é neto do compositor Josef Suk, que era genro de Dvorák. Que fofo, né? Tudo em família. E de quebra ele ainda toca algumas peças do avô e a belissima Sonatina de Schubert. Repertório de primeira.
Brincadeiras a parte, tratam-se de peças curtas, mas muito expressivas, e que são tocadas com muita propriedade e sensibilidade pelo Joseph Suk neto. Creio que os senhores irão gostar bastante. Eu gostei. Ah, algumas destas gravações ainda são da década de 50, ou seja, ainda foram realizadas em mono.
1. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75I. Allegro moderato
2. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75II. Allegro maestoso
3. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75III. Allegro appassionato
4. Romantic Pieces for Violin and Piano, Op. 75IV. Larghetto
5. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100I. Allegro risoluto
6. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100II. Larghetto
7. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100III. Scherzo. Molto vivace att
8. Sonatina for Violin and Piano in G major, Op. 100IV. Finale. Allegro
9. Sonata for Violin and Piano in F major, Op. 57I. Allegro, ma non troppo
10. Sonata for Violin and Piano in F major, Op. 57II. Poco sostenuto
11. Sonata for Violin and Piano in F major, Op. 57III. Allegro molto
12. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17I. Quasi ballata
13. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17II. Appassionato
14. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17III. Un poco triste
15. 4 Pieces for Violin and Piano, Op. 17IV. Burlesque
Josef Suk – Violino
Josef Hála – Piano (1 – 4)
Jan Panenka (5 – 15)
Recentemente, postamos mais duas versões das Mystery Sonatas de Biber. A versão apresentada na segunda postagem é inferior a esta. Já a primeiraé tão boa quanto. As Sonatas do Rosário de Heinrich Biber — 15 sonatas para violino e contínuo, retratando os 15 Mistérios do Rosário, e uma extensa passacaglia para violino solo — constituem um dos pontos mais altos na música virtuosa de violino barroco. O violinista Daniel Sepec apresenta uma bela interpretação autêntica do famoso ciclo sonata de Biber sobre violinos originais do célebre fabricante de violinos tirolês Jakob Stainer (c. 1617-1683), com luxuoso acompanhamento contínuo de Hille Perl, Lee Santana e Michael Behringer.
Heinrich Ignaz Franz von Biber (1644-1704): The Mystery Sonatas
Disc 1
1 Der freudenreiche Rosenkranz: No. 1 in D Minor, Die Verkündigung Mariae 5:43
2 Der freudenreiche Rosenkranz: No. 2 in A Major, Marias Besuch bei Elisabeth 4:20
3 Der freudenreiche Rosenkranz: No. 3 in B Minor, Christi Geburt, Anbetung der Hirten 6:36
4 Der freudenreiche Rosenkranz: No. 4 in D Minor, Christi Darstellung im Tempel 8:00
5 Der freudenreiche Rosenkranz: No. 5 in A Major, Der zwölfjährige Jesus im Tempel 7:29
6 Der schmerzensreiche Rosenkranz: No. 6 in C Minor, Leiden Christi am Ölberg 7:49
7 Der schmerzensreiche Rosenkranz: No. 7 in F Major, Christi Geißelung 8:03
8 Der schmerzensreiche Rosenkranz: No. 8 in B-Flat Major, Die Dornenkrönung 5:41
9 Der schmerzensreiche Rosenkranz: No. 9 in A Minor, Der Kreuzgang 6:58
10 Der schmerzensreiche Rosenkranz: No. 10 in G Minor, Die Kreuzigung 9:06
Disc 2
1 Der glorreiche Rosenkranz: No. 11 in G Major, Die Auferstehung 9:00
2 Der glorreiche Rosenkranz: No. 12 in C Major, Christi Himmelfahrt 6:53
3 Der glorreiche Rosenkranz: No. 13 in D Minor, Ausgießung des Heiligen Geistes 6:59
4 Der glorreiche Rosenkranz: No. 14 in D Major, Mariä Himmelfahrt 9:14
5 Der glorreiche Rosenkranz: No. 15 in C Major, Die Krönung der Jungfrau Maria 13:48
6 Der glorreiche Rosenkranz: No. 16 in G Minor, Passacaglia, Schutzengel-Sonate 8:46
Daniel Sepec, violino
Hille Perl, viola da gamba
Lee Santana, tiorba
Michael Behringer, cravo
Começamos a semana com uma belíssima caixa da gravadora tcheca Supraphon com as obras orquestrais de Antonin Dvorák interpretadas pela excelente Filarmônica Tcheca, e com um grande regente, também tcheco, Vacláv Neuman. Material de primeira, com certeza. Os fãs da cultura daquele país vão ficar contentes, e os fãs de Dvorák mais ainda, pois vão ter acesso a uma das melhores gravações destas sinfonias que já tive a oportunidade de ouvir.
CD 1
1. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) I. (Allegro)
2. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) II. Adagio di molto
3. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) III. Allegretto
4. Symfonie č. 1 c-moll «Zlonické zvony» (Die Glocken von Zlonice) IV. Finale Allegro animato
CD 2
1. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 I. Allegro con moto
2. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 II. Poco adagio
3. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 III. Scherzo Allegro con brio
4. Symfonie č. 2 B-dur, Op. 4 IV. Finale Allegro con fuoco
CD 3
1. Symfonie č. 3 Es-dur, Op. 10 I. Allegro moderato
2. Symfonie č. 3 Es-dur, Op. 10 II. Adagio molto, tempo di marcia
3. Symfonie č. 3 Es-dur, Op. 10 III. Finale Allegro vivace
4. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 I. Allegro
5. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 II. Andante sostenuto e molto cantabile
6. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 III. Allegro feroce
7. Symfonie č. 4 d-moll, Op. 13 IV. Allegro con brio
CD 4
1. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 I. Allegro ma non troppo
2. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 II. Andante con moto
3. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 III. Andante con moto, quasi l’istesso tempo. — Allegro scherzando
4. Symfonie č. 5 F-dur, Op. 76 IV. Finale Allegro molto
5. Symfonické variace (Symphonic Variations), Op. 78 (B 70)
Czech Philharmonic Orchestra
Václav Neumann – Conductor
Brahms compôs três quartetos para piano, os Op. 25 e 26, escritos em 1861, e o Op. 60, escrito em parte em 1855 e concluído em 1875. Os dois melhores são, de forma disparada, os que estão neste CD do Fauré Quartett. São obras de absoluta preferência minha e de FDP. É Brahms, isto é: é música profunda, de primeiríssima qualidade e merecidamente conhecidos, ouvidos, reouvidos e louvados. Estou com o Rondo alla Zingarese do Op. 25 e sinto certa taquicardia. Que bom! O Fauré sabe cantar e tocar coletivamente, o que torna maravilhoso este CD. Minha performance preferida destes quartetos ainda é a do Beaux Arts Trio, feira em 1973 e com Walter Trampler como violinista convidado. Mas o Fauré vai muito bem nelas.
Johannes Brahms (1833-1897): Quartetos para Piano Op. 25 e 60
1. Allegro [Brahms: Piano Quartet No.1 in G minor, Op.25]
2. Intermezzo (Allegro ma non troppo) [Brahms: Piano Quartet No.1 in G minor, Op.25]
3. Andante con moto [Brahms: Piano Quartet No.1 in G minor, Op.25]
4. Rondo alla Zingarese [Brahms: Piano Quartet No.1 in G minor, Op.25]
5. Allegro ma non troppo [Brahms: Piano Quartet No.3 in C minor, Op.60]
6. Scherzo (Allegro) [Brahms: Piano Quartet No.3 in C minor, Op.60]
7. Andante [Brahms: Piano Quartet No.3 in C minor, Op.60]
8. Finale (Allegro) [Brahms: Piano Quartet No.3 in C minor, Op.60]
Hoje trago para os senhores mais uma pérola de nossa musa eterna, Martha Argerich. O repertório agora é dedicado inteiramente a Prokofiev, em obras originalmente escritas para grande orquestra, porém aqui foram brilhantemente transcritas para dois piano pelo pianista armênio Sergei Babayan. Reconheço que até o momento em que vi este CD nunca havia ouvido falar desse pianista. Mas o nome de Martha me chamou a atenção, e claro que não pensei duas vezes, se a Martha está envolvida no projeto então a coisa é boa.
Na verdade, já poderia ter trazido este CD há mais tempo, porém a correria do dia a dia, e o envolvimento com os projetos das coleções de Vivaldi e de Beethoven me tiraram todo o tempo disponível. Agora que estou mais relaxado, vou trazer outras novidades importantes que consegui nos últimos meses. Espero que gostem, eu gostei muito.
01. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-1. Juliet’s Death
02. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-2. Montagues And Capulets
03. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-3. Morning Dance
04. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-4. Quarrel
05. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-5. Gavotte
06. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-6. The Young Juliet-The Nurse And Romeo
07. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-7. Folk Dance
08. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-8. Dance With Mandolines
09. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-9. Aubade
10. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-10. Dance Of Five Couples
11. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-11. Romeo And Juliet Before Departure
12. Prokofiev- 12 Movements From Romeo And Juliet, Op. 64-12. Death Of Tybalt
13. Prokofiev- Incidental Music To Hamlet, Op. 77-The Ghost Of Hamlet’s Father
14. Prokofiev- Incidental Music To Eugene Onegin, Op. 71-Mazurka
15. Prokofiev- Incidental Music To Eugene Onegin, Op. 71-Polka
16. Prokofiev- The Queen Of Spades, Op. 70-Polonaise
17. Prokofiev- Pushkin Waltzes, Op. 120-Waltz No.2 In C Sharp Minor
18. Prokofiev- War And Peace, Op. 91-Natasha’s And Andrei’s Valse
19. Prokofiev- The Queen Of Spades, Op. 70-Idée fixe
Segundo filho de papai e Maria Barbara, Carl é considerado o fundador do estilo clássico na música erudita. É uma baita responsa. Sua música é excelente e tem curiosos episódios onde pode-se ouvir os vagidos de um pequeno Beethoven. Os motivos curtos e afirmativos são os mesmos, mas sem nem sombra da qualidade do mestre de Bonn. Gosto muito deste irmão que foi muitíssimo admirado na segunda metade de do século XVIII e que recebeu grandes elogios de Mozart e Haydn, que levaram seu estilo, digamos, às últimas consequências. Robert Schumann desprezava sua música, mas Brahms, muito menos trouxa, o admirava e costumava tocar suas obras.
Este álbum de Hogwood nos mostra sua Academy no auge e é, talvez, o mais importante registro das sinfonias de CPE, ao lado do realizado pela Orquestra de Freiburg.
Excelente!
Carl Philipp Emanuel Bach – 8 Symphonies, 3 Quartets
01 – Allegro Di Molto – Symphony In G Major Wq 182 No.1
02 – Poco Adagio
03 – Presto
04 – Allegro Di Molto – Symphony In B Flat Major Wq 182 No.2
05 – Poco Adagio
06 – Presto
07 – Allegro Assai – Symphony In C Major Wq 182 No.3
08 – Adagio
09 – Allegretto
10 – Allegro Ma Non Troppo – Symphony In A Major Wq 182 No.4
11 – Largo Ed Innocentemente
12 – Allegro Assai
13 – Allegretto- Symphony In B Minor Wq 182 No.5
14 – Larghetto
15 – Presto
16 – Allegro Di Molto – Symphony In E Major Wq 182 No.6
17 – Poco Andante
18 – Allegro Spiritoso
19 – Symphony in C major Wq 174, H649. Allegro assai
20 – Symphony in C major Wq 174, H649. Andante
21 – Symphony in C major Wq 174, H649. Allegro
22 – Symphony in D major Wq 176, H651. Allegro assai
23 – Symphony in D major Wq 176, H651. Andante
24 – Symphony in D major Wq 176, H651. Presto
25 – Quartet in A minor Wq 93, H537. Andantino
26 – Quartet in A minor Wq 93, H537. Largo e sostenuto
27 – Quartet in A minor Wq 93, H537. Allegro assai
28 – Quartet in D major Wq 94, H538. Allegretto
29 – Quartet in D major Wq 94, H538. Sehr langsam und ausgehalten
30 – Quartet in D major Wq 94, H538. Allegro di molto
31 – Fantasy in C major Wq 59,6, H284
32 – Quartet in G major Wq 95, H539. Allegretto
33 – Quartet in G major Wq 95, H539. Adagio
34 – Quartet in G major Wq 95, H539. Presto
Catherine Mackintosh
Nicholas McGegan
Anthony Pleeth
The Academy of Ancient Music
Christopher Hogwood
E já que comecei a semana com grandes gravações de concertos para violino, vou continuar a série, desta vez trazendo o grande Itzhak Perlman, um dos maiores violinistas das últimas quatro décadas.
E neste CD ele encara dois dificilimos desafios: Paganini e Sarasate. O talento, a versatilidade e o virtuosismo de Perlman tornam a audição desse CD obrigatória. Aliás, esse CD já me foi cobrado há alguns anos atrás, mas na época eu ainda não o tinha.
Para os fãs de Salvatore Accardo, nos quais me incluo, é uma ótima oportunidade para se comparar o estilo e a técnica destes dois excepcionais músicos. Espero que apreciem. Eu gostei, e muito.09
1-01 Violin Concerto No.1 in D, Op.6_ I. Allegro maestoso
1-02 Violin Concerto No.1 in D, Op.6_ II. Adagio espressivo
1-03 Violin Concerto No.1 in D, Op.6_ III. Rondo (Allegro spiritoso)
1-04 Carmen Fantasy, Op.25
Itzhak Perlman – Violin
Royal Philharmonic Orchestra
Lawrence Foster – Conductor
200 Anos de Música em Versailles Uma viagem ao coração do Barroco Francês.
CD20/20: O Crepúsculo em Versailhes sob Luis XVI: Novos Aspectos da Música Sacra nos Tempos de Louis XVI.
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CD20/20: Novos Aspectos da Música Sacra nos Tempos de Louis XVI.
François-Joseph Gossec (Bélgica, 1734 – França, 1829) 01. Terribilis est: 1. Terribilis est 02. Terribilis est: 2. TQuam dilecta 03. Terribilis est: 3. Te enim passer 04. Terribilis est: 4. Beati qui habitant François Giroust (França, 1737 – 1799) 05. Benedic anima mea: 1. Benedic anima mea 06. Benedic anima mea: 2. Qui fundasti terram 07. Benedic anima mea: 3. Qui emitis fontes 08. Benedic anima mea: 4. Jucudum sit ei 09. Benedic anima mea: 5. Cantabo Domino 10. Benedic anima mea: 6. Sit gloria Domini Henri-Joseph Rigel (Alemanha, 1741 – França, 1799) 11. La Sortie d’Egypte: 1. Quel changement soudain 12. La Sortie d’Egypte: 2. Qui, Peuple! tu verras 13. La Sortie d’Egypte: 3. Arrete! Dieu des Juifs 14. La Sortie d’Egypte: 4. Israel! De ton Dieu reconnais 15. La Sortie d’Egypte: 5. O prodige inoui 16. La Sortie d’Egypte: 6 Je reconnais ton bras Nicolas Séjean (França, 1745 – 1819) 17. Noël suisse Guillaime Lasceaux (França, 1740 – 1831) 18. Morceau pour les Flûtes Claude-Bénigne Balbastre (França, 1724 – 1799) 19. Marche des Marseillois et l’air ça ira
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200 Anos de Música em Versailles CD20/20: O Crepúsculo em Versailhes sob Luis XVI: Novos Aspectos da Música Sacra nos Tempos de Louis XVI.
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É curioso. A esmagadora maioria dos grupos atuais que se dedicam a releituras de Piazzolla tratam de amenizá-lo. Alguns comentaristas chegam a dizer que o executante mais selvagem de Piazzolla é o próprio. Tal conceito não pode ser atribuído ao Isabelle van Keulen Ensemble. O grupo da violinista é um dos que mais se aproximam das concepções do autor. Eu curti demais. Em 1961, o escritor Alberto Rodriguez Muñoz se aproximou de Piazzolla com um pedido para que ele escrevesse música para sua peça Tango del angel, sobre um anjo que aparece em um bloco de apartamentos em Buenos Aires para limpar as almas de seus habitantes. Foram criadas as peças Introducción al ángel, Milonga del ángel e Muerte del ángel. Esta última, uma fuga de quatro partes com harmonias e ritmos duros, mostra de forma impressionante até que ponto Piazzolla forçaram as fronteiras do tango tradicional. A coisa surpreende até hoje. Eu acho outras peças — como Romance Del Diablo e Milonga del Angel — ultra sensuais, nossa. Mas eu tenho cruza com o Diabo, não adianta. E o que dizer das maravilhosas e Fuga y Misterio e Muerte Del Ángel?
Astor Piazzolla: Angeles Y Diablos
1 Allegro Tangabile 3:04
2 La Camorra I 9:10
3 Romance Del Diablo 5:58
4 Vayamos Al Diablo 2:52
5 Tango Del Diablo 4:16
6 Poema Valseado 3:18
7 Fuga Y Misterio 4:49
8 Introducción Al Ángel 4:42
9 Milonga Del Ángel 6:11
10 Muerte Del Ángel 2:57
11 Resurrección Del Ángel 6:52
Isabelle van Keulen Ensemble
Bandoneon – Christian Gerber
Double Bass – Rüdiger Ludwig
Piano – Ulrike Payer
Violin – Isabelle van Keulen
200 Anos de Música em Versailles Uma viagem ao coração do Barroco Francês.
CD19/20: O Crepúsculo em Versailhes sob Luis XVI: Os Salões de Versailles nos Tempos do Iluminismo.
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Embora o quarteto tenha provado ser um gênero favorito entre os compositores franceses do chamado período clássico, o duo, trio e quinteto, que ainda eram comumente praticados, também eram muito populares nos círculos amadores.
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A flauta, como os outros instrumentos de sopro, era frequentemente tocada com as cordas e as últimas melhorias feitas pelos fabricantes de instrumentos no final do século permitiram que ela brilhasse como solista. Devienne, que foi o primeiro professor de flauta no Conservatório de Paris, coroou a escola francesa de flauta – até então representada por Philidor, Hotteterre e Blavet – treinando toda uma nova geração de músicos virtuosos.
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CD19/20: Os Salões de Versailles nos Tempos do Iluminismo. François Devienne (França, 1759 – 1803) 01. Quatuor pour flûte op.66 nº 1: 1. Allegro amabile 02. Quatuor pour flûte op.66 nº 1: 2. Adagio 03. Quatuor pour flûte op.66 nº 1: 3. Presto Pierre Vachon (França, 1731 – Alemanha, 1803) 04. Quatuor à cordes op.5 nº 3: 1. Allegro non tanto 05. Quatuor à cordes op.5 nº 3: 2. Andante 06. Quatuor à cordes op.5 nº 3: 3. Rondeau : Allegro non tanto Giuseppe Maria Cambini (Itália, 1746 – França, 1825) 07. Quatuor à cordes op.18 nº 2: 1. Allegro affetuoso 08. Quatuor à cordes op.18 nº 2: 2. Adagio 09. Quatuor à cordes op.18 nº 2: 3. Presto Luigi Boccherini (Luca, Itália, 1743 – Madri, Espanha, 1805) 10. Quintetto pour flûte op.21 nº 6: 1. Larghetto 11. Quintetto pour flûte op.21 nº 6: 2. Allegro con molto
Quatuor Cambini & Alexis Kossenko, flûte
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200 Anos de Música em Versailles CD19/20: O Crepúsculo em Versailhes sob Luis XVI: Os Salões de Versailles nos Tempos do Iluminismo.
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Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos. . When you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.
Falemos sério, por favor. O acervo de Vivaldi de nosso blog é arrasador. Eu e FDP nos alternamos divulgando CDs uns melhores que os outros. Hoje, agrego mais um campeão. A Academy for Ancient Music Berlin ou Akademie Für Alte Musik Berlin realiza um trabalho impecável nestes Concertos Duplos de Vivaldi. É uma manhã dominical numa Veneza cheia de luz e amizade. Esqueça todas as iniquidades, todos as buzinas, a falta de grana e o resto, pois todos têm seus dramas, mesmo que seja um iate com vazamento ou um amigo drogado que vendeu o Mercedez que ganhou de você e agora anda de Chevette. Ouça o CD, depois pegue seu filho, cachorro, dê um beijo em sua mulher e leve todos para passear pensando que o mundo é perfeito.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Double Concertos
Concerto grosso RV 156 en sol mineur / G minor / g-moll
1 Allegro 2’47
2 Adagio 1’52
3 Allegro 1’37
Double Concerto RV 535 en ré mineur / D minor / d-moll
4 Largo – Allegro 3’16
5 Largo 2’36
6 Allegro molto 2’29
Concerto pour violon RV 265 en Mi majeur / E major / E-dur
(“L’Estro armonico” op.3 n°12)
7 Allegro 3’10
8 Largo 4’02
9 Allegro 2’18
Double Concerto RV 531 en sol mineur / G minor / g-moll
10 Allegro 3’30
11 Largo 4’11
12 Allegro 3’08
Double Concerto RV 522 en la mineur / A minor / a-moll
13 Allegro 3’09
14 Larghetto e spiritoso 3’39
15 Allegro 2’48
Concerto grosso RV 574B en Fa majeur / F major / F-dur
16 Allegro 4’20
17 Grave 3’41
18 Allegro 3’39