Piotr Ilich Tchaikovsky – Violin Concerto op. 35, etc. – Skride, CBSO, Andris Nelson

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Considero este Concerto uma das mais belas obras já compostas pelo ser humano, Ele demonstra através de suas notas todas as dores, angústias e lamentos que a alma humana pode expressar. Vai do sublime ao doloroso em apenas alguns compassos, levanta todas as nossas defesas psicológicas, nos demolindo aos poucos, para de repente nos permitir acioná-las novamente. A angústia existencial levada ao extremo, poderia assim defini-la.
Já contei esta história em outra ocasião, mas lembro da primeira vez em ouvi este concerto. Estava viajando com minha mãe e um casal de tios, e no meio do caminho subíamos uma serra, e no meio dessa serra meu tio parou o carro. Estava tocando a cadenza do início do concerto, não lembro quem era o solista, lembro do Karajan na capa da fita cassete, mas a beleza daquela passagem nos deixou sem ação, e ficamos admirando a paisagem ouvindo aquela música maravilhosa, apesar dos perigos do local em que paramos. Minha tia cutucou o marido e disse baixinho, vamos, aqui é perigoso estacionar. Em seguida, prosseguimos viagem. Mas aquela belíssima paisagem de primavera, com a Serra do Mar cheia de ipês roxos e amarelos me comoveram, e a partir daquele momento sempre associo este Concerto com aquela paisagem. Coisas de nosso cérebro.
Baiba Skride novamente nos mostra todo o seu talento, com uma leitura apaixonada, porém centrada, e é acompanhada por Andris Nelsons, seu conterrâneo, que rege a Orquestra Sinfônica da Cidade de Birmingham. Um grande CD, com dois jovens músicos de extraordinário talento. Vale cada minuto da audição, de preferência com um bom fone de ouvido.

P.S. Fui pesquisar qual poderia ser a gravação do Karajan para este concerto é só encontrei duas: com o Christian Ferras e com a Anne-Sophie Mutter. Impossível ser a gravação da Mutter, pois este fato descrito se passou no final dos anos 70, e ela ainda não tinha sido descoberta por Karajan naquela época. Então provavelmente a gravação que meu tio ouvia naquela viagem era com o Christian Ferras. violinista francês que se suicidou com apenas 49 anos de idade. Uma pena.

01. Violin Concerto in D major, Op. 35, Allegro molto
02. Canzonetta. Andante
03. Finale. Allegro vivacissimo
04. Souvenir d’un lieu cher, Meditation
05. Scherzo
06. Mélodie
07. Swan Lake, Pas d’action
08. Swan Lake, Danse russe

Baiba Skride – Violin
City of Birmingham Symphony Orchestra
Andris Nelsons – Conductor

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A Serra do Mar na região de Joinville é conhecida como Serra Dna Francisca. Essa é uma amostra de sua grandiosidade
A Serra do Mar na região de Joinville é conhecida como Serra Dona Francisca. Essa é uma amostra de sua grandiosidade. Lá no alto nos sentimos nas nuvens.

8 comments / Add your comment below

    1. Artur da Távola, o pseudônimo de Paulo Alberto Artur da Tavola Moretzsonh Monteiro de Barros, (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008) foi um advogado, jornalista, radialista, escritor, professor e político brasileiro.
      Távola apresentava o programa Quem tem medo de música clássica?, na TV Senado onde demonstrava sua profunda paixão e conhecimento por música clássica e erudita.(Wikipédia)
      Quer dizer, apesar de político tinha qualidades…

  1. 1975. O motorista para o carro na subida da serra repleta de verde e admira com a família a paisagem enquanto o toca-fitas reproduz a Cadenza da Concerto para violino de Tchaikovsky, para deleite do sobrinho.

    2025. O motorista para o carro na subida da serra desmatada e lamenta com a família a paisagem enquanto o sobrinho tenta sintonizar uma rádio ou serviço de stream que não toque funk, rap, axé ou sertanejo.

    1. Pois é, Igor. O problema dessa Serra atualmente é que ela está ficando conhecida como Rodovia da Morte, pela quantidade de acidentes fatais que ali ocorrem. Nesta semana, foram duas mortes. É de se lamentar, mesmo.

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