Adoro estas sonatas. São de um lirismo profundo, elas calam fundo na alma. Dentro da produção musical de Brahms, talvez estas obras sejam as que mais me emocionam. Brahms tinha uma incrível capacidade de extrair o máximo do mínimo, e nunca sobram notas, elas são exatas, perfeitas, estão exatamente onde deveriam estar.
Fiz uma brincadeira há alguns anos atrás, postando duas versões com duas das grandes violinistas da atualidade, Mutter e Mullova. Depois disso, meio que me recolhi, e não trouxe mais outras versões, até agora.
Sempre digo que para se tocar Brahms é preciso suar sangue, se jogar totalmente de corpo e alma,não apenas seguir as notas na partitura. Talvez seja isso que falte nesta gravação da dupla Kavakos & Wang, excelentes instrumentistas desta nova geração que começa a despontar, mas que ainda precisam de longos anos de estrada para mostrar efetivamente a força necessária para se tocar estas obras. Com isso não quero dizer que o CD não seja excelente, talvez seja a abordagem feita que tenha me deixado um pouco perturbado, talvez sua delicadeza excessiva em determinadas passagens que creio que precisem efetivamente de mais sangue, suor e lágrimas o que tenha me deixado incomodado. Ou talvez seja assim mesmo que se deva tocar, não sei.
Espero que esta gravação seja do agrado dos senhores.
1. Scherzo from F-A-E Sonata
2. I. Vivace ma non troppo
3. II. Adagio
4. III. Allegro molto moderato
5. I. Allegro amabile
6. II. Andante tranquillo Vivace Andante Vivace di più Andante – Vivace
7. III. Allegretto grazioso
8. I. Allegro
9. II. Adagio
10. III. Un poco presto e con sentiment
11. IV. Presto agitato
12. Wiegenlied: Lullaby
Na minha opinião, é difícil encontrar obra mais perfeita do que o adágio da décima sinfonia de Mahler. Aqui, Bernstein dá um banho na interpretação desta música que amo talvez mais do que toda a oitava sinfonia. Abaixo, o texto que publiquei quando da minha primeira postagem da oitava de Mahler:
Mahler não gostava que chamassem sua oitava sinfonia de “Sinfonia dos Mil”, mas não é nenhum absurdo. Para ser executada, ela precisa de um contingente apenas 4 vezes menor do que o número de soldados americanos mortos no Iraque e é bom que o palco esteja mais firme que o governo Bush.
É uma obra mais impressionante do que bela e nem é bem uma sinfonia, mas uma gigantesca cantata. Sua execução exige, entre orquestra e coro, mais de mil figuras. Servem como textos o hino Veni creator spiritus e o coro final da segunda parte do Fausto de Goethe. Nem todos acham que o resultado justifica os colossais recursos exigidos. Dentre estes estou eu, P.Q.P. Bach.
O que me interessa nesta sinfonia é a rica polifonia empregada, um tributo a meu pai e às estruturas criadas por ele. Abaixo, em itálico, copiado daqui, está o detalhamento do exército empregado.
SINFONIA No.8
(para 8 solistas – 3 sopranos, 2 contraltos, tenor, barítono e baixo – 2 coros mistos, coro infantil, órgão e orquestra)
Apelido: ‘Dos Mil’
Tonalidade principal: Mi bemol Maior
Composição: 1906-1907
Revisão: não houve
Estréia: Munique, 12 de setembro de 1910 (solistas: Gertrud Förstel, Marta Winternitz-Dorda, Irma Koboth, Otillie Meyzger, Tilly Koenen, Felix Senius, Nicolo Geisse-Winkel, Richard Mayr. Leipzig Riedelverein, Viena Singverein, Coro Infantil da Escola Central de Munique, Orquestra do festival, regência de Mahler)
1a.Publicação: 1911 (Viena, Universal Editions)
Instrumentação:
2 piccolos
4 flautas
4 oboés
Corne-Inglês
Clarinete em Mib
3 clarinetes em Sib e La
Clarone
4 fagotes
Contrafagote
8 trompas
8 trompetes (4 fora do palco)
7 trombones (3 fora do palco)
Tuba
Tímpanos
Triângulo
3 pares de pratos
Bombo
Tam-Tam
Sinos grandes
Glockenspiel
Celesta
Piano
Harmônica
Órgão
2 harpas
Mandolim
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda C grave)
Soprano I (Magna Peccatrix)
Soprano II (Una poenitentium)
Soprano III (Mater Gloriosa)
Contralto I (Mulier samaritana)
Contralto II (Maria Aegyptiaca)
Tenor (Doctor Marianus)
Barítono (Pater ecstaticus)
Baixo (Pater profundus)
Coro infantil
Coro Misto SCTB I
Coro Misto SCTB II
Duração: aprox. 85-90 minutos
Movimentos:
I- Hymnus: Veni, Creator Spiritus
II- Final scene from Goethe’s ‘Faust’ part II
Texto:
1) ‘Veni, creator spiritus’, atribuído ao monge medieval Hrabanus Maurus
2) Cena final do Segundo Fausto de Goethe
Programa:
É um dos mais interessantes de Mahler, uma sinfonia muito significativa em termos filosóficos e espirituais para o compositor. O primeiro movimento é um hino medieval que evoca o espírito criador, e o segundo movimento é a redenção humana através do Amor cristão, que Mahler achou, muito propriamente, nas palavras de Goethe.
Comentários:
O subtítulo ‘Dos Mil’ foi colocado contra a vontade de Mahler, por razões comerciais, já que sua estréia realmente contava com um contingente instrumental de 1023 músicos. É a única sinfonia de Mahler inteiramente cantada, como uma grande cantata sinfônica, e que transparece um grande otimismo espiritual em seus únicos 2 movimentos. No último, entretanto, há subdivisões que indicam certa ordenação próxima à forma-sonata, ainda que bastante diluída. Somente o primeiro movimento e o final do segundo (o maior de Mahler, de aprox. 50 minutos) contém grandes efeitos de massa dignos da enorme instrumentação exigida, o que lhe valeram severas críticas e também raras execuções, apesar de poder ser executada com metade deste número (na estréia a orquestra e o coro estavam duplicados).
E FDP Bach escreveu:
Meu irmão PQP já andou postando esta sinfonia aqui, com um belo texto explicativo, por este motivo não irei perder muito tempo com detalhes. A única coisa que tenho a falar é que esta versão de Bernstein é no mínimo exuberante, com o coral inicial “Veni Creator spiritus” capaz de levantar defuntos de seus túmulos. Absolutamente magnífico.
Meu sonho de consumo é assistir a uma apresentação desta sinfonia em um ambiente com uma acústica impecável, e claro, com uma orquestra de grande porte, como a Wiener Philharmoniker. Não há como não se impactar com a grandiosidade de seu início. É de arrepiar os cabelos.
Mahler – Sinfonias Nº 10 e Nº 8
Disc: 1
Sinfonia Nº 10: Adagio
1. Andante – Adagio
Sinfonia Nº 8
2. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. Allegro impetuoso “Veni, creator spiritus”
3. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. A tempo. Etwas (aber unmerklich) gemäßigter; immer sehr fl
4. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. Tempo 1. (Allegro impetuoso) “Infirma nostri corporis”
5. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. Tempo 1. (Allegro, etwas hastig)
6. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. Sehr fließend – N
7. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. Plötzlich sehr breit und leidenschaftlichen Ausdrucks – Mi
8. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. “Veni, creator spiritus”
9. Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. a tempo. “Gloria sit Patri Domino”
Disc: 2
1. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Poco adagio
2. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Poco adagio
3. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Più mosso. (Allegro moderato)
4. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Moderato. Pater ecstaticus: “Ewiger Wonnebrand”
5. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Allegro – (Allegro appassionato) Pater profundu
6. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Allegro deciso. (Im Anfang noch nicht eilen). C
7. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Molto leggiero. Chor der jüngeren Engel: “Jene
8. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Schon etwas langsamer und immer noch mäßiger. D
9. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Im Anfang (die ersten vier Takte) noch etwas ge
10. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Sempre l’istesso tempo. Doctor Marianus: “Höchs
11. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Äußerst langsam. Adagissimo. “Dir, der Unberühr
12. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Fließend. Magna Peccatrix: “Bei der Liebe, die
13. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Una poenitentium: “Neige, neige, du Ohnegleiche
14. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Unmerklich frischer. Selige Knaben: “Er überwäc
15. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Sehr langsam. Mater gloriosa: “Komm! hebe dich
16. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Hymnenartig (Ungefähr im selben Zeitmaß weiter)
17. Part 2. Finale Scene from Goethe’s “Faust”, Part 2. Sehr langsam beginnend. Chorus mysticus
Gossec pode ser justamente considerado o “pai da sinfonia em França”. Este CD com as Sinfonias Op. 8, gritam a modernidade de Gossec através da utilização de clarinetes e de minuetos e trios, raridades em Paris naquele tempo. Gossec, nascido na Bélgica, também brinca com os estilos de sua terra adotada — os ballets em sua tragédia lírica Sabinus podem ser colocados diretamente da tradição orquestral de um Jean-Philippe Rameau. Algumas de suas loucuras e exageros anteciparam as inovações da era romântica: ele escreveu seu Te Deum para 1200 cantores e 300 instrumentos de sopro… Vários de seus oratórios exigiam a separação física dos vários coros, incluindo alguns invisíveis atrás do palco. Puro pioneirismo. Chegou antes de quase todo mundo à época mais boba da história da música. Guy van Waas conduz com segurança a excelente Les Agremens.
1. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/3: Allegro
2. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/3: Larghetto tempo di romanza
3. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/3: Minuetto 1- Minuetto 2
4. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/3: Allegro ma non presto
5. Grande Symphonie in F major, Op. 8/2, Br. 44: Largo
6. Grande Symphonie in F major, Op. 8/2, Br. 44: Allegro non troppo
7. Grande Symphonie in F major, Op. 8/2, Br. 44: Adagio poco andante
8. Grande Symphonie in F major, Op. 8/2, Br. 44: Moderato
9. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/1: Allegro
10. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/1: Adagio
11. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/1: Minuetto 1 – Minuetto 2
12. Grande Symphonie in E flat major, Op. 8/1: Allegro non presto
13. Sabinus, ballet suite: Pantomime
14. Sabinus, ballet suite: Air en passacaille
15. Sabinus, ballet suite: Gigue pour les enfants
16. Sabinus, ballet suite: Air des vieillards
17. Sabinus, ballet suite: Tambourin 1/2
18. Sabinus, ballet suite: Chaconne – Pas espagnol – Un peu lent – tempo 1
Eis um CD um tanto quanto inusitado, que faz parte da mesma caixa de outros CDs que trouxe do Katsaris. Já tinha lido em algum lugar que este pianista era um especialista neste tipo de repertório, e pude confirmar após ouvir este discaço.
Claro que é estranho. Os que estão acostumados com a orquestração wagneriana vão sentir falta das cordas, principalmente na abertura de Tanhäuser, por sinal transcrita para piano pelo próprio Wagner.
Espero que apreciem. Eu gostei.
01 Tannhäuser – Ouvertüre (Transcription by Richard Wagner)
02 Tannhäuser – Albumblatt – Ankunft bei den schwarzen Schwänen (Original work by Richard_Wagner)
03 Die Walküre – Erste szene – Siegmund und Sieglinde (Free arrangement by Joseph Rubinstein)
04 Die Walküre – Siegmunds Liebesgesang (Transcription by Heinrich Rupp)
05 Die Walküre – Walkürenritt (Free arrangement by Louis Brassin)
06 Die Walküre – Feuerzauber (Free arrangement by Louis Brassin)
07 Götterdämmerung – Trauermarsch (Transcription by Ferruccio_Busoni)
08 Wagner – Die Meistersinger von Nürnberg – Reminiscenz_Nr.4 – Walthers Preislied (Joachim_Raff)
09 Wagner – Die Meistersinger von_Nürnberg – Reminiscenz_Nr.4 – Aufzug der Zünfte (Joachim Raff)
10 Wagner – Tristan und Isolde – Vorspiel (Transcription by Richard Wagner – Hans von Bülow)
Excelente disco! Franz Benda nasceu na Boêmia na povoação de Altbenatky. Tornou-se o fundador da escola alemã de tocar violino. Na sua juventude, ao mesmo tempo que começou a estudar o violino, juntou-se a um grupo de músicos que tocavam em festas e feiras. Aos dezoito anos de idade, Benda abandonou a vida errante e foi para Praga e depois para Viena, onde estudou com Heinrich Graun, um aluno de Tartini. Dois anos depois foi nomeado mestre de capela em Varsóvia.
Benda foi um mestre na arte de tocar violino. Tinha muitos alunos e escreveu uma série de obras, principalmente exercícios e estudos para violino. Um de seus descendentes, Jean Sebastian Benda, aclamado pianista suíço, viveu no Brasil e casou-se com a pianista Luzia Benda.
Gosto muito dos concertos para cravo de Benda, e ouvi com expectativa esta gravação de seis (6 ) sonatas para violino de Benda com acompanhamento de cravo. E fiquei feliz. São quase 70 minutos de prazer. As sonatas são bem interpretadas por Anton Steck e Christian Rieger no cravo. As obras seguem as “formas do dia” habituais: dois movimentos rápidos e um lento, tudo muito melódico e rítmico.
Franz Benda (1709–1786): Violin Sonatas
1. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-2: Largo
2. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-2: Allegro non molto
3. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-2: Presto e scherzando
4. Sonata for flute (or violin) & continuo in A minor, L. III-121 (Op. 1/4): Larghetto
5. Sonata for flute (or violin) & continuo in A minor, L. III-121 (Op. 1/4): Vivace
6. Sonata for flute (or violin) & continuo in A minor, L. III-121 (Op. 1/4): Tempo di menuet
7. Sonata for violin & continuo in F major, L. III-63: Un poco allegro
8. Sonata for violin & continuo in F major, L. III-63: Adagio
9. Sonata for violin & continuo in F major, L. III-63: Allegretto
10. Sonata for violin & continuo in E major, L. III-47 (Op. 1/1): Adagio
11. Sonata for violin & continuo in E major, L. III-47 (Op. 1/1): Allegro ma non molto
12. Sonata for violin & continuo in E major, L. III-47 (Op. 1/1): Allegro
13. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-1 (Op. 1/3): Adagio
14. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-1 (Op. 1/3): Allegro
15. Sonata for violin & continuo in C major, L. III-1 (Op. 1/3): Presto
16. Sonata for violin & continuo in E flat major, L. III-40: Allegro
17. Sonata for violin & continuo in E flat major, L. III-40: Adagio
18. Sonata for violin & continuo in E flat major, L. III-40: Andante con variazioni
Um dos grandes sonhos e desejos de minha vida era conseguir os songbooks da Ella Fitzgerald. Comecei há alguns anos atrás, uns vinte e cinco, mais ou menos, quando ganhei de um grande amigo uma fita cassete com o Songbook do Cole Porter, talvez o mais conhecido. Foi paixão a primeira audição. Viciei tanto naquela velha fita cassete que ela até arrebentou de tanto que ouvi. Era, e é divina. Já trouxe este CD uma vez, e foi um sucesso, como não poderia deixar de ser. Junte-se à divina voz de Ella Fitzgerald os arranjos da Orquestra de Nelson Ridlle e o resultado não poderia deixar de ser outro: em minha modesta opinião um dos melhores discos de jazz de todos os tempos.
Mas aqui o negócio é outro. Ainda temos a divina Ella e a orquestra de Nelson Riddle mas os compositores são os irmãos Gershwin, outra fascinação minha. Quem não ama e adora suas canções, que não é doido por “Porgy & Bess”, ” ‘S Wonderful’ “, ” The Man I Love”, ainda mais na voz de Ella?
Então preparem-se. São três CDs absolutamente imperdíveis, obrigatórios. Dependendo da demanda, trago outros songbooks.
CD 1
01. Ambulatory Suite
02. The Preludes
03. Sam and Delilah
04. But Not for Me
05. My One and Only
06. Let’s Call the Whole Thing Off
07. (I’ve Got) Beginner’s Luck
08. Oh, Lady Be Good
09. Nice Work if You Can Get It
10. Things Are Looking Up
11. Just Another Rhumba
12. How Long Has This Been Going On
13. ‘S Wonderful
14. The Man I Love
15. That Certain Feeling
16. By Strauss
17. Someone to Watch over Me
18. The Real American Folk Song
19. Who Cares
CD 2
01. Looking for a Boy
02. They All Laughed
03. My Cousin in Milwaukee
04. Somebody from Somewhere
05. A Foggy Day
06. Clap Yo’ Hands
07. For You, for Me, for Evermore
08. Stiff Upper Lip
09. Boy Wanted
10. Strike Up the Band
11. Soon
12. I’ve Got a Crush on You
13. Bidin’ My Time
14. Aren’t You Kind of Glad We Did
15. Of Thee I Sing (Baby)
16. ”The Half of It, Dearie” Blues
17. I Was Doing All Right
18. He Loves and She Loves
CD 3
01. Love Is Sweeping the Country
02. Treat Me Rough
03. Love Is Here to Stay
04. Slap That Bass
05. Isn’t It a Pity
06. Shall We Dance
07. Love Walked In
08. You’ve Got What Gets Me
09. They Can’t Take That Away from Me
10. Embraceable You
11. I Can’t Be Bothered Now
12. Boy! What Love Has Done to Me!
13. Fascinating Rhythm
14. Funny Face
15. Lorelei
16. Oh, So Nice
17. Let’s Kiss and Make Up
18. I Got Rhythm
19. Somebody Loves Me
20. Cheerful Little Earful
21. Oh, Lady Be Good (alternate take)
22. But Not for Me
Ella Fitzgerald – Vocals
The Nelson Riddle Orchestra
Dia destes trouxe outro cd deste excelente pianista tocando Chopin.
No CD que estou trazendo hoje Katsaris dedica-se a Bach, mas curiosamente, apenas as peças que Bach transcreveu de compositores italianos, mais especificamente Vivaldi. Li em algum lugar que o objetivo de Bach ao transcrever estas obras era mais didático-educativo.
Qualquer que seja o motivo, é curioso ouvirmos essas peças, compostas originalmente para violino e orquestra de cordas. Podemos admirar ainda mais o velho Johann pela sua incrível capacidade criativa e claro, pela genialidade ao transcrevê-las para o teclado.
Katsaris é um músico completo, que respeita muito o que toca. Tenho certeza de que os senhores irão aprovar a experiência.
01 Bach BWV971 Italian Concerto – I. Allegro
02 II. Andante
03 III. Presto
04 Bach – BWV972 Concerto in D (after Vivaldi) – I
05 II. Larghetto
06 III. Allegro
07 Bach – BWV973 Concerto in G (after Vivaldi) – 1
08 II. Largo
09 III. Allegro
10 Bach – BWV975 Concerto in g minor (after Vivaldi) – 1
11 II. Largo
12 III. Giga. Presto
13 Bach – BWV976 Concerto in C (after Vivaldi) – 1
14 II. Largo
15 III. Allegro
16 Bach – BWV977 Concerto in C (after Vivaldi) – 1
17 II. Adagio
18 III. Giga
19 Bach – BWV978 Concerto in F (after Vivaldi) – 1
20 II. Largo
21 III. Allegro
22 Bach – BWV980 Concerto in G (after Vivaldi) – 1
23 II. Largo
24 III. Allegro
25 Bach – BWV916 Toccata in G – I. Presto
26 II. Adagio
27 III. Allegro
Estreante no PQP Bach, Fortunato Chelleri talvez devesse ter ficado silencioso em sua tumba, mas a excelente orquestra Atalanta Fugiens resolveu mostrar seu trabalho. O trabalho de Chelleri ou da orquestra? Boa pergunta. O trabalho da orquestra foi mostrado e é magnífico, fiquei entusiasmado com o som e o tesão dos caras. Já o trabalho de Chelleri… Papai Keller saiu da Alemanha e foi morar na ensolada Itália. Seu filho Fortunato ganhou um sobrenome esquisito e tornou-se compositor de óperas. Por favor, espero nunca ouvir uma ópera de Chelleri!
Fortunato Chelleri (1690-1757): Six Simphonies Nouvelles
1. Sinfonia Nº1 en Ré Majeur : Allegro
2. Sinfonia Nº1 en Ré Majeur : Andante
3. Sinfonia Nº1 en Ré Majeur : Presto
4. Sinfonia Nº2 en Ut Majeur : Allegro
5. Sinfonia Nº2 en Ut Majeur : Andante
6. Sinfonia Nº2 en Ut Majeur : Allegro
7. Sinfonia Nº3 en Si Bémol Majeur : Allegro
8. Sinfonia Nº3 en Si Bémol Majeur : Affettuoso
9. Sinfonia Nº3 en Si Bémol Majeur : Allegro
10. Sinfonia Nº4 en la Majeur : Allegro
11. Sinfonia Nº4 en la Majeur : Andante
12. Sinfonia Nº4 en la Majeur : Allegro
13. Sinfonia Nº5 en Ré Majeur : Allegro
14. Sinfonia Nº5 en Ré Majeur : Affettuoso
15. Sinfonia Nº5 en Ré Majeur : Allegro
16. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Allegro
17. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Andante
18. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Allegro
19. Sinfonia Nº6 en Si Bémol Majeur : Non Tanto Allegro
20. Sinfonia en Si Bémol Majeur : Allegro
21. Sinfonia en Si Bémol Majeur : Adagio Con Amore
22. Sinfonia en Si Bémol Majeur : Presto
23. The Brussels Symphony en la Majeur : Polonaise
O grande compositor, maestro, pianista, arranjador, etc., etc.etc., apareceu pouco aqui no PQPBach, e isso é lamentável. Por este motivo estou trazendo hoje essa belezura de CD chamado “The Ellington Suites”, e lhes garanto que é a música ideal para se ouvir num final de feriadão, em uma noite agradável, ao lado de quem se ama e degustando um bom vinho. Mas não precisam esperar outro feriadão para ouvi-lo. Podem transferir para um mp3 player para ouvir no ônibus enquanto estão indo trabalhar, ou caminhar no parque, gravar em um CD para tocar no carro, enfim os senhores mesmos podem fazer a ocasião.
The Queen´s Suite (A Suite Dedicated to Her Majesty Queen Elisabeth II
01 – Sunset And The Mocking Bird
02 – Lightning Bugs And Frogs
03 – Le Sucrier Velours
04 – Northern Lights
05 – The Single Petal Of A Rose
06 – Apes And Peacocks
The Goutelas Suite
07 – Fanfare
08 – Goutelas
09 – Get-With-Itness
10 – Something
11 – Having At It
12 – Fanfare
The Uwis Suite
13 – Uwis
14 – Klop
15 – Loco Madi
16 – The Kiss (bonus track) (previously unreleased)
Eis um disco letal para quem por desventura for alérgico a beleza (e olhe que há quem seja). Este disco é um gravíssimo atentado à feiura. Sob a direção da teoerbista austríaca Christina Pluhar (também alaudista e harpista), o grupo L’Arpeggiata vem realizando gravações de extrema excelência e beleza, com rica instrumentação, sobre um repertório de princípios do barroco, mais temas e estilos tradicionais. Explorando bastante o gênero chaconne (caracterizado pelas variações sobre a repetição de uma breve sequência harmônica, com um baixo ostinato). Aqui o L’Arpeggiata conta com uma verdadeira constelação de artistas, a exemplo do impressionante grupo vocal Barbara Furtuna da Corsega (liderado pelo expressivo cantor Maxime Merlandi); também a soprano Nuria Rial, o consagradíssimo Philippe Jaroussky, o barítono Fulvio Bettini e o tenorino napoletano Vincenzo Capezzuto (este, se não é um anjo, canta como tal. Ouçam para crer – faixa 18 ‘Stù Criatu). Como evidencia o título, é um disco no qual se reuniram peças com uma finalidade conceitual e sacra: VIA CRUCIS – Rappresentazzione della Gloriosa Passione de Cristo, à maneira de um Intermedi sacro renascentista. Peças do século XVII se mesclam a temas da Corsega e do Sul da Itália. Um dos arrebatadores momentos do disco é a faixa 3 – Maria, canção composta sobre uma canção tradicional dos pastores de Carpino, La Carpinese – destaque para o cornetto do virtuosíssimo Doron David Scherwin. Assim como também são impressionantes as outras faixas de canto corso nas quais atua o grupo Barbara Furtuna: Suda Sangre, Stabat Mater e Lamentu di Ghjesusopra La Follia. O disco se divide em três segmentos: Maria – La Visione (faixas 1 a 5), La Morte de Xsto – O diu, tante suffranze (faixas 6 a 13) e Ci vedrem in paradiso (faixas 14 a 18). Tive a felicidade de encontrar esta beleza na Fnac do Chiado, em Lisboa, numa promoção inacreditável, na qual discos da Harmonia Mundi, por exemplo, variavam entre 2 e 9 euros. Este custou 5! Em nosso desventurado país não custaria menos de 80 contos. Como escreveu Tennessee Williams, “às vezes Deus aparece tão de repente…” rs
L’Annociation – H. I. F. Von Biber
Ninna nanna alla Napoletana – Ann. – P. Jaroussky
Maria (sopra La Carpinese, trad.) – Barbara Furtuna.
Hor ch’è tempo di dormire – Tarquinio Merula – Nuria Rial
L’Aria – H. I. F. Von Biber
Lumi, potete piangere – Giovanni Legrenzi – Nuria Rial, P. Jaroussky
Suda Sangre – Trad. corso – Barbara Furtuna
Queste pungente spine – Benedetto Ferrari – P. Jaroussky
Voglio morire – Luigi Rossi
Stabat Mater – Trad. corso – Barbara Furtuna
Stabat Mater – Giovanni Felice Sances – Nuria Rial
Passacaglia – Maurizio Cazzati
Lamentu di Ghjesu (sopra La Follia) – Roccu Mambrini e L’ensemble Tavagna
Ciaconna – Tarquinio Merula
Laudate Dominum – C. Monteverdi – Nuria Rial
Canario – Lorenzo Allegri
Ciaccona di Paradiso e dell’Inferno – Ann. – P. Jaroussky, Fulvio Bettini
Minha vida com Mahler foi inaugurada por esta sinfonia, a qual cheguei da forma mais estranha. Fui atrás da música que havia sob o segundo movimento da Sinfonia de Luciano Berio e este era o belíssimo terceiro movimento da Ressurreição. De resto, foi amor à primeira ouvida. É obra grandiosa: 10 trompas, 8 contrabaixos, 8 trompetes, 6 trombones, 4 percussionistas, cantores solistas, coral, etc. Um primeiro movimento enorme, seguido pela comovente cantilena do segundo e o eufórico terceiro. Depois, os últimos movimentos propõem-se a fazer uma representação exterior (se bem que, como Mahler dizia, tudo era representação interior…) do Dia do Juízo Final e da Ressurreição dos mortos. O compositor manda alguns instrumentistas (trompetes, trompas, percussão) para fora do palco. É de lá, dos bastidores, que eles iniciarão um conflito fantasmagórico com a orquestra que está no palco. Quando a orquestra do palco executar o suave tema da redenção, dos bastidores virá o som das trompas e da percussão executando o que Mahler disse representar “as vozes daqueles que clamam inutilmente no deserto”. Obra-prima!
O registro de Kaplan com a Filarmônica de Viena faz inteira justiça a esta grande música. Vale muito a pena ouvir.
P.S. — O disco da DG dividiu os movimentos em infinitas pecinhas, como para mostrar que Mahler amava os contrastes ou mudava de humor com muita facilidade…
Gustav Mahler (1860-1911): Symphony No. 2 “Resurrection”
1. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Allegro Maestoso 2:31
2. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Im Tempo Nachgeben 1:03
3. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Wie Zu Anfang 2:42
4. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Sehr Mässig Und Zurückhaltend 0:48
5. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – (English Horn) 1:19
6. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Ausdrucksvoll (English Horn & Bass Clarinet) 2:18
7. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Etwas Drängend 1:15
8. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Schnell 0:34
9. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Sehr Langsam Beginnend 0:28
10. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Sehr Getragen (Trumpet & Trombone) 2:32
11. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Molto Pesante 0:23
12. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Tempo I 1:40
13. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Zurückhalten 2:20
14. 1st Movement – Allegro Maestoso (Totenfeier) – Tempo Sostenuto 3:23
1. 2nd Movement – Andante Moderato – Andante Moderato 1:24
2. 2nd Movement – Andante Moderato – Nicht Eilen. Sehr Gemächlich 1:36
3. 2nd Movement – Andante Moderato – In Tempo I Zurückkehren 1:47
4. 2nd Movement – Andante Moderato – Tempo I. Energisch Bewegt 2:42
5. 2nd Movement – Andante Moderato – 3 Bars Before Wieder Ins Tempo Zurückgehen. Tempo I 3:39
6. 3rd Movement – (Scherzo) – In Ruhig Fliessender Bewegung 1:47
7. 3rd Movement – (Scherzo) – (Bassoon & Violas) 0:49
8. 3rd Movement – (Scherzo) – (Piccolo) 0:40
9. 3rd Movement – (Scherzo) – (Cellos & Basses) 0:24
10. 3rd Movement – (Scherzo) – Vorwärts 1:01
11. 3rd Movement – (Scherzo) – Sehr Getragen Und Gesangvoll 1:13
12. 3rd Movement – (Scherzo) – Zum Tempo I. Zurückkehren 2:08
13. 3rd Movement – (Scherzo) – (Trumpets & Trombones) 1:26
14. 3rd Movement – (Scherzo) – (Violas, Cellos & Basses) 1:20
15. 4th Movement – ”Urlicht” – Sehr Feierlich, Aber Schlicht (Choralmässig) Nadja Michael 5:29
16. 5th Movement – Im Tempo Des Scherzos. Wild Herausfahrend 1:38
17. 5th Movement – Langsam 1:20
18. 5th Movement – Langsam 0:24
19. 5th Movement – (Trombone) 1:41
20. 5th Movement – Im Anfang Sehr Zurückgehalten 1:10
21. 5th Movement – Wieder Sehr Breit 3:04
22. 5th Movement – Ritenuto 4:36
23. 5th Movement – Wieder Zurückhaltend 3:43
24. 5th Movement – Sehr Langsam Und Gedehnt (”Der Grosse Appell”) 2:27
25. 5th Movement – Langsam. Misterioso (Chorus: ”Aufersteh’n”) 6:42
26. 5th Movement – Etwas Bewegter (Solo: ”O Glaube”) 3:24
27. 5th Movement – Mit Aufschwung, Aber Nicht Eilen (Duet: ”O Schmerz”) 2:25
28. 5th Movement – Pesante 2:23
Nadja Michael
Latonia Moore
Vienna Philharmonic Orchestra
Gilbert Kaplan
Mais uma sinfonia de menor expressão dentre as sinfonias de Tchaikovsky. Algumas curiosidades sobre esta sinfonia:
– È a única escrita em tom maior entre as sinfonias do russo(Ré Maior);
– Única a ter cinco movimentos;
– è conhecida como “Polonesa” devido a presença de temas de danças folclóricas polonesas inseridas no último movimento.
– O famoso coreógrafo Georges Balanchine a usou na coreografia de seu Balé “Diamonds”.
– Foi estreada em fevereiro de 1875 em Moscou;
Karajan, para variar, dá um banho de regência. Diria que ele consegue tirar leite de pedra desta obra. O momento que eu destacaria é seu terceiro movimento, um andante elegiaco claramente romântico. Boa trilha sonora para corações apaixonados.
A outra obra do CD também é peça manjadíssima do repertório tchaikovskyano, o Capricho Italiano, acho que a primeira obra que ouvi do compositor russo.
Piotr Illich Tchaikovsky (1840-183) – Karajan Conducts Tchaykovsky – CD 3 de 8 – Symphony nº 3 in D Major, op. 29, “Polish”, Capriccio Italien, op. 45
01 – Symphony no. 3 in D major, op. 29 ‘Polish’ – 1 Introduzione e Allegro. Moderato assai
02 – 2. Alla tedesca. Allegro moderato e semplice
03 – 3. Andante elegiaco
04 – 4. Scherzo. Allegro vivo
05 – 5. Finale. Allegro con fuoco (Tempo di Polacca)
06 – Capriccio Italien op. 45 – Andante un poco rubato – Allegro moderato – Andante
A gente pensa que não tem mais como se surpreender, né? Mas tem, sempre tem. Acho que esta gravação vai para o pódio ao lado da de Tilson Thomas, Abbado e Bernstein. Sim, meu pódio é diferente, tem quatro vagas. É melhor ouvir. A gravação é ao vivo e Jansons, junto com a orquestra do Concertgebouw, estavam em estado de graça, inexplicável. Ouvi-lo é satisfação garantida. Experimente.
Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 1
1. Symphony No. 1 in D Major: Langsam, schleppend – wie ein Naturlaut – Im Anfang sehr gemächlich 16:00
2. Symphony No. 1 in D Major: Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell – Trio: Recht gemächlich 8:04
3. Symphony No. 1 in D Major: Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen 10:40
4. Symphony No. 1 in D Major: Stürmisch bewegt 19:59
Dando prosseguimento à postagem desta excelente caixa da DG, Karajan Conducts Tchaikovsky, trago o segundo CD, que tem a Segunda Sinfonia, e a manjadíssima Abertura 1812, que todo mundo conhece. A Segunda Sinfonia não é das que mais me atraem entre as sinfonias do compositor russo, mas tem seus bons momentos. Ainda tem aquela temática nacionalista, que tanto empolgou o jovem Tchaikovsky, que a compôs com o auxílio de Glinka, o grande compositor russo de sua época. Essa sinfonia é também conhecida como “Pequena Rússia”. Para não alongar a postagem, sugiro o interessante verbete da Wikipedia para esta sinfonia: http://en.wikipedia.org/wiki/Symphony_No._2_%28Tchaikovsky%29 .
Este CD é uma excelente introdução ao mundo de Marais. Na verdade, não sou assim tão tarado pelo compositor francês, porém há uma importante variável: Savall tem tanto talento que consegue deixar tudo o que toca interessante. Ou seja, é um encontro do compositor com seu maior intérprete. Sei lá, eu acho que se Savall se dedicasse a dar aulas de química ou a nos convencer de que a Veja é uma revista equilibrada… talvez fosse bem sucedido. Grande Savall!
Marin Marais (1656-1728): Alcione – Suite Des Airs À Joüer (1706)
1. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Ouverture 3:43
2. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Marche Pour Les Bergers Et Les Bergères 1:33
3. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Air Pour Les Faunes Et Les Driades 1:03
4. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Menuet Pour Les Bergers Et Les Bergères 1:52
5. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – 2Ème Menuet Pour Les Mêmes 1:29
6. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Bourée Pour Les Bergers Et Les Bergères 1:37
7. Alcione – 1Ère Suite – Airs Pour Les Driades Et Les Bergers – Passepied I & Ii Pour Les Mêmes 1:53
8. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Air 2:40
9. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Menuet 2:06
10. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – 2Ème Air 1:09
11. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Menuet Da Capo 1:07
12. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Sarabandes 4:07
13. Alcione – 2Ème Suite – Airs Pour Les Eoliens Et Les Eoliennes – Gigue 1:24
14. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Prélude De L’Acte Second 1:15
15. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Sarabande Pour Les Prêtresses De Junon 2:11
16. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Prélude Pour La Prêtresse De Junon 1:34
17. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Gigues Pour Les Mêmes 0:53
18. Alcione – 3Ème Suite – Airs Pour Les Prêtresse Et Les Magiciens – Airs I & Ii Pour Les Magiciens 2:28
19. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Prélude De L’Acte Troisième 2:00
20. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Marche Pour Les Matelots 1:21
21. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – 2Ème Air Pour Les Mêmes 1:16
22. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – 3Ème Air “Tambourin” Pour Les Mêmes 1:08
23. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Symphonie Pour Le Sommeil 1:48
24. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Tempête 1:33
25. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Ritournelle 1:32
26. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Entract’ Menuet 1:02
27. Alcione – 4Ème Suite – Airs Pour Les Matelots Et Les Tritons – Chaconne Pour Les Tritons 6:42
NOVOS LINKS !!! Já foram várias as solicitações para que esta caixa voltasse. Hoje estou realizando o desejo destes fiéis leitores – ouvintes. E Karajan continua reinando soberano neste repertório, claro que ao lado de Mravinsky, Svetlanov, Silvestri, entre alguns outros. Como se trata apenas de subir novamente os arquivos, creio que será mais rápido. Não sei qual a opinião dos senhores a respeito de Tchaikovsky, mas ele ainda é fundamental para mim, depois de mais de quarenta anos ouvindo sua música. Uma curiosidade: há exatos quatro anos, isso mesmo, no dia 4 de setembro de 2011, eu iniciava a postagem desta caixa.
Já foram inúmeras as tentativas de postar essa caixa, mas sempre aparecia alguma coisa para impedir. Ainda não sei quanto tempo vai demorar para postar os oito cds, mas vou no meu ritmo. Um dia acaba, ainda mais que tem outras caixas sendo preparadas.
Esta caixa que irei postar tem grandes momentos. Não vem ao caso elogiar algum cd e criticar outros, apenas fica a opção para os senhores escolherem o que acharem melhor.
Este primeiro CD tem a pouco gravada Primeira Sinfonia, “Winter Dreams”, Sonhos de Inverno. Seu segundo movimento é uma das mais belas páginas escritas por Tchaikovsky. Triste, lânguida, com um tema absurdamente belo e triste. Não há como não imaginarmos aquelas imensas planícies geladas russas, as estepes. O que vemos é apenas desolação, silêncio… Tchaikovsky consegue traduzir em notas toda aquela beleza.
Após duas peças do “Eugen Oneguin” o cd conclui com a conhecida Marcha Eslava, uma das peças mais conhecidas do compositor.
Belo CD, para se apreciar com calma e moderação, de preferência acompanhado de um bom livro e um bom vinho nestes frios dias aqui no Sul.
1- Symphonie no.1 in G minor, Op. 13 Winter Dreams – 1. Dreams of a winter journey – Allegro tranquillo)
2 – 2. Land of Desolation Land of Mists – Andante cantabile ma non tanto)
3 – 3. Scherzo. Allegro scherzando giocoso)
4 – 4. Finale. Andante lugubre – Allegro moderato – Allegro maestoso – Allegro vivo)
5 – Eugen Onegin – Polonaise
6 – Eugen Onegin – Walzer
Marche Slave op.31 – Moderato in modo di marcia funebre
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor
Mais um disco extraordinário que reúne Mahler, o Concertgebouw de Amsterdam e Mariss Jansons, agora com a companhia de Hans Werner Henze, um grande e pouco ouvido compositor. E novamente a química funciona em outra gravação ao vivo. O Traum de Henze é mais um pesadelo que um sonho, mas é grande música, vale a pena conhecer. Para quem não conhece Henze: Hans Werner Henze foi um compositor alemão residente na Itália, conhecido por suas opiniões políticas marxistas que influenciaram sua obra. Trocou a Alemanha pela Itália em 1953, em razão da intolerância as suas posições políticas e a sua homossexualidade. Membro do antigo Partido Comunista Italiano, Henze produziu composições em homenagem a Ho Chi Min e a Che Guevara — o requiem intitulado Das Floss der Medusa (A balsa da Medusa), cuja estreia foi vetada em Hamburgo, em 1968. Henze compõe em vários estilos, tendo sido influenciado pela música atonal, Stravinsky, pela técnica dodecafônica, pelo estruturalismo e por alguns elementos da música popular, do rock e do jazz.
Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 6 /
Hans Werner Henze (1926-2012): Sebastian im Traum
1. Symphony No. 6 In A Minor: Allegro energico, ma non troppo 23:50
2. Symphony No. 6 In A Minor: Andante moderato 15:41
3. Symphony No. 6 In A Minor: Scherzo: Wuchtig 13:15
4. Symphony No. 6: Finale: Allegretto moderato 31:28
5. Sebastian Im Traum: I. BPM = Circa 80 4:45
6. Sebastian Im Traum: II. Ruhig fliessend 6:19
7. Sebastian Im Traum: III. BPM = 66 3:18
E quando vocês achavam que já tinham ouvido de tudo, eis que vos trago este cd incrível, com dois violonistas extremamente virtuoses, tocando simplesmente a obra imortal de Vivaldi em uma versão para dois violões. É no mínimo curioso como os dois conseguem resolver algumas dificuldades técnicas inerentes à obra. Claro que fica a sensação de que fala algo. Mas dois músicos deste nível não se importam em se arriscar. Coryell é um especialista nestas loucuras. Ele já fez transcrições incríveis de Stravinsky, Ravel, entre outros, para o violão. Tive oportunidade de vê-lo tocando ao vivo há alguns anos atrás, e se já era fã do cara na época, aquela apresentação serviu para ver que o cara realmente é um músico excepcional.
01 – ‘Spring’ I Allegro
02 – ‘Spring’ II Largo
03 – ‘Spring’ III Allegro
04 – ‘Summer’ I Allegro non molto – Allegro
05 – ‘Summer’ II Adagio – Presto – Adagio
06 – ‘Summer’ III Presto
07 – ‘Autumn’ I Allegro
08 – ‘Autumn’ II Adagio molto
09 – ‘Autumn’ III Allegro
10 – ‘Winter’ I Allegro non molto
11 – ‘Winter’ II Largo
12 – ‘Winter’ III Allegro – Lento – Allegro
Como prometido, aqui está o outro CD de Larry Coryell e suas adaptações stravinskyanas. As peças desta vez são “O Pássaro de Fogo” e “Petrouchka”. .
Essa incursão de Larry Coryell pelo universo da chamada música clássica, adaptando peças extremamente difíceis e complexas, com orquestrações também altamente complexas, mostram toda a versatilidade e virtuosismo de um músico completo. Como comentei em postagem anterior, tive a grata oportunidade de ver este incrível guitarrista ao vivo e pude comprovar esta versatilidade e virtuosismo. Seja variando em cima do tema do “Bolero” de Ravel, seja elaborando incríveis solos em sua guitarra Ibanez semi acústica, ou nos deixando embasbacados em uma versão “a capella” de “Roun´ Midnight”, a clássica composição de Thelonius Monk, Coryell mostrou o porque é um dos maiores guitarristas de jazz de todos os tempos.
Pense num encontro entre monstros. À escolha: ciclopes e dragões, Godzilla e King Kong… pense em monstros muito maiores. Sim, como o pianista americano Bill Evans e o gaitista (harmônica cromática) belga Toots Thielemans. Eis um dos mais belos e intensos discos desses artistas e de todo o Jazz, gravado em 1979. Evans utiliza em algumas faixas, para além do piano acústico, um teclado Fender Rhodes; seria a última vez que ele utilizaria um teclado elétrico em estúdio. Outra peculiaridade desse registro é que nele, pela primeira vez, Evans grava ao lado de Marc Johnson, baixista que o acompanhava desde o ano anterior, 1978, em trio e outras formações, até a morte do pianista no ano seguinte, em 1980. À bateria temos Eliot Zigmund e o disco também conta com a participação do saxofonista Larry Schneider. O resultado dispensa comentários, todavia destaco dentre as preciosas faixas três momentos de altíssima ‘radioatividade’: Days of wine and roses, tema do grande Henry Mancini para um conhecido filme no qual Jack Lemmon entorna todas – Vício Maldito, de 1962. Também Blue in Green, tema atribuído a Miles Davis, porém na verdade de Evans (assim como Nardis). O outro, e para mim o mais espantoso, é o clássico Body and soul. Posso falar apenas por intuição, jamais asseverar, que Toots toca de tal forma nesta faixa que o pianista teria ficado pasmo e pensando “como toca este homem, no que fui me meter!… rs, mas é apenas uma impressão. O disco é sublime. Verdadeiros gênios do Jazz, dois dos maiores músicos de todos os tempos, na mais intensa ‘afinidade’ musical. Durante muito tempo, antes que o milagre da tecnologia utilizada para o bem me trouxesse a oportunidade de consegui-lo, era um disco raríssimo; um músico daqui do meu contexto era o único na cidade que o possuía e não o copiava pra ninguém, o sacana. Isso não o fez tocar melhor rs. Agora aí está esse maravilhoso registro, para todos nós que amamos música da melhor.
Affinity – Toots Thielemans & Bill Evans
“I Do It for Your Love” (Paul simon) – 7:16
“Sno’ Peas” (Phil Markowitz) – 5:51
“This Is All I Ask” (Gordon Jenkins) – 4:14
“Days of wine and roses” (Henry Mancini, Johnny Mercer) – 6:40
“Jesus’ Last Ballad” (Gianni Bedori) – 5:52
“Tomato Kiss” (Larry Schneider) – 5:17
“The Other Side of Midnight (Noelle’s Theme)” (Michel Legrand) – 3:17
“Blue in green” (Bill Evans) – 4:09
“Body and soul” (Edward Heyman, Roberto Sour, Frank Eyton,Johnny Green) – 6:16
Mais um lindo disco arrancado do barroco sem fim. Alessandro Scarlatti, cujo nome de batismo era Pietro Alessandro Gaspari Scarlata, foi um compositor italiano de grande importância para a música lírica do período barroco. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento da ópera séria e da ópera bufa de seu tempo. O pessoal do Modo Antiquo e o soprano Elisabeth Scholl realizam um convincente trabalho neste CD há anos fora de catálogo que foca 4 das 500 Cantatas de Câmara compostas pelo pai de Domenico. Como diz o título nada enganador do CD são Cantate Drammatiche, mas estão longe do também prometido Inferno. É música de alto nível. Se eu fosse você, conferiria.
Già lusingato appieno, chamber cantata for soprano, 2 violins & continuo
1. Sinfonia
2. Recitativo: Gia Lusingato Appieno
3. Aria: Cara Sposa
4. Recitativo: Cada Su L’empire Schiere
5. Aria: Sento L’aura
6. Recitativo: Al Trono
7. Aria: Se V’ E Mai
8. Recitativo/Arioso: Disse E Bacio La Sposa
Notte ch’in carro d’ombre, chamber cantata for soprano, 2 violins & continuo
9. Sinfonia: Grave – Allegro
10. Recitativo Accompagnato: Notte, Ch’in Carro D’ombre
11. Aria (Largo E Piano): Vieni, O Notte, In Questo Petto
12. Recitativo: E Tu Ch’ Ognor Ti Vanti
13. Aria (Allegro): Veloce E Labile Fugge E Dileguasi
14. Recitativo: Ma Parmi Ch’esaudite
15. Aria (Largo): Con L’idea D’ Un Bel Gioire
16. Recitativo: Ma Voi Non Vi Chiudete
17. Aria (Allegrissimo): Si, Che Priva Di Contento
Io son Nerone l’imperator del mondo, chamber cantata for soprano & continuo (“Il Nerone”)
18. Recitativo: Lo Son Neron, L’imperator Del Mondo
19. Aria (Andante): Vuo, Che Trema Giove Ancora
20. Recitativo: Il Tirannico Cor Io NOn Ascondo
21. Aria (Allegro): Non Stabilisce, No
22. Recitativo: Or Coll’abisso Istesso
23. Aria: Veder Chi Pena
24. Recitativo: Coi Furibondi Sguardi
Dall’oscura magion dell’arsa Dite, chamber cantata for soprano, 2 violins & continuo (“L’Orfeo”)
25. Introduzione (Allegro-Grave)
26. Recitativo: Dall’oscura Magion
27. Aria (Adagio): Chi M’invola La Cara Euridice
28. Recitativo: Ma Di Che Mi Querelo
29. Aria (Allegro): Se Mirando, Occchi Perversi
30. Recitativo: Hor, Poiche Mi Tradir
31. Aria (Adagio): Sordo Il Tronco
32. Recitativo: Ah, Voi M’abbandonate
33. Aria (Adagio): Il Vanto Del Canto
34. Recitativo: Cosi Dicendo
35. Aria (Streeta): Si, Pieta De Miei Martiri
Elisabeth Scholl
Modo Antiquo
Federico Maria Sardelli
Uma bela aquisição para sua coleção de obras de Bach. Trata-se de interpretações sensíveis e virtuosísticas para este diálogo entre a viola da gamba e o cravo, uma conversa musical do mais alto conteúdo. O resultado é de elegância ímpar. Uma delícia total ouvir este CD e, de cada vez, descobrir novas sutilezas e revelações sob as estruturas magníficas criadas por Bach. A colocação de duas árias cujos temas são apresentados pela viola da gamba — uma da São Mateus e outra da São João — ,separando as três sonatas, também foi uma grande ideia.
Um feliz 31 de agosto para todos!
J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e Cravo
1. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Adagio
2. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Allegro, ma non tanto
3. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Andante
4. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 1 in G major, BWV 1027: Allegro moderato
5. Preludio, improvisation for viola da gamba
6. St. Matthew Passion (Matthäuspassion), for soloists, double chorus & double orchestra, BWV 244 (BC D3b): Komm, süßes Kreuz
7. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Adagio
8. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Allegro
9. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Andante
10. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 2 in D major, BWV 1028: Allegro
11. St. John Passion (Johannespassion), BWV 245 (BC D2): Es ist vollbracht
12. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 3 in G minor, BWV 1029: Vivace
13. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 3 in G minor, BWV 1029: Adagio
14. Sonata for viola da gamba & keyboard No. 3 in G minor, BWV 1029: Allegro
Paolo Pandolfo, viola da gamba
Markus Hünninger, cravo
Khatia Buniatishvili pode ser jovem, mas não teme desafios. Se não estou enganado, esse foi seu primeiro CD, e um grande CD, diga-se de passagem, todo dedicado a Liszt, incluindo a imponente Sonata in B Minor, que, curiosamente, apareceu pouco por aqui, até onde me lembro.
Os grandes artistas não podem temer desafios, ainda mais se você tem meros 23 anos de idade e quer ser reconhecido como um grande artista. E está era a idade que Khatia tinha quando sentou-se ao piano e gravou a gigantesca Sonata em B Minor, um monumento da literatura pianística, uma obra de difícil execução, que exige até a alma do músico. E o resultado é primoroso. Frente ás adversidades, a jovem Khatia encarou como gente grande o desafio. E convenhamos, Liszt é para ouvidos experientes e treinados. Essa sonata assusta no começo. Apenas depois de muitas audições é que conseguimos começar a entendê-la.
Enfim, espero que gostem. Eu gostei muito.
01 – Liebestraum in A flat major Op.62 S 541-3 Notturno
02 – Sonata in B minor S 178 I. Lento assai-Allegro energico
03 – Sonata in B minor S 178 II. Andante sostenuto
04 – Sonata in B minor S 178 III. Allegro energico
05 – Mephisto Waltz No.1 (The Dance in the Village Inn) S 514
06 – La lugubre gondola S 200-2
07 – Prelude in A minor S 462-1
08 – Fugue in A minor S 462-1
O Concerto para Piano de Dvorák não é uma das mais populares obras do compositor tcheco, talvez por ser pouco interpretado, mas tem seus bons momentos. Soa por vezes monótono, burocrático, mesmo quando interpretado por um músico do quilate de Sviatoslav Richter. Curioso, pois no mínimo esperamos uma obra no nível de seu Concerto para Cello, mas infelizmente não é bem assim. Nem Carlos Kleiber consegue desamarrar os nós que atam essa obra. Mas volto a repetir que tem seus bons momentos. Sujeito a levar pedradas, diria que a dupla Kleiber/Richter tira leite de pedra com sua leitura precisa e coesa, bem balanceada.
Para compensar, a outra obra presente no CD é um dos monumentos da literatura pianística, a Fantasia in Dó Maior, também conhecida como “Wanderer”, de Franz Schubert. Aqui Richter está em seus domínios, não por acaso é considerado um dos maiores intérpretes schubertianos do século XX. Papa finíssima …!!
01 – Piano Concerto in G Minor, Op. 33 – I. Allegro agitato
02 – Piano Concerto in G Minor, Op. 33 – II. Andante sostenuto
03 – Piano Concerto in G Minor, Op. 33 – III. Allegro con fuoco
04 – Fantasy in C Major, D.760 ‘Wanderer’ – I. Allegro con fuoco ma non troppo
05 – Fantasy in C Major, D.760 ‘Wanderer’ – II. Adagio
06 – Fantasy in C Major, D.760 ‘Wanderer’ – III. Presto
07 – Fantasy in C Major, D.760 ‘Wanderer’ – IV. Allegro
Sviatoslav Richter – Piano
Bayerisches Staatsorchester München
Carlos Kleiber – Conductor
De 1928, o Concerto para Clarinete de Nielsen foi dedicado ao clarinetista dinamarquês Aage Oxenvad. Dizem que este Oxenvad era um doido varrido, mas não temos nada a ver com isso. O compositor tinha prometido escrever um concerto para cada membro do quinteto de sopros do qual Oxenvad fazia parte. Em 1922, Nielsen compusera seu espetacular Quinteto, Op. 43, para o mesmo grupo. O concerto é uma obra importante na literatura do instrumento do século XX. É a última obra de grande porte da vida de Nieelsen, que morreu em 1931. Ele estava sofrendo uma série de ataques cardíacos que acabaram por vitimá-lo em 1931. O Concerto foi escrito em um movimento sem pausas, mas nem sempre uma coisa é o que parece. Nielsen fez uma divisão em suas cartas. Haveria um primeiro movimento Allegretto un poco, Allegro non tropo, Più Allegro e Tempo I, um segundo movimento Poco Adagio, um terceiro Allegro non tropo, Poco più mosso e um quarto Allegro Vivace, Poco adagio e Allegro. O CD é completado por outras obras orquestrais. Gostei muito da pastoral Pan & Syrinx. Ah, o belga Walter Boeykens é um baita instrumentista e não nega fogo neste CD da Harmonia Mundi.
Nielsen: Clarinet Concerto & Works for Clarinet & Orchestra.
1 Clarinet Concerto, Op. 57 25:15
2 Pan & Syrinx. Pastorale, Op. 49 8:18
3 Amor & Digteren. Love and the Poet, overture, Op. 54 4:47
4 Little Suite for strings, Op. 1: I. Präludium. Andante con moto 3:30
5 Little Suite for strings, Op. 1: II. Intermezzo. Allegro moderato 5:24
6 Little Suite for strings, Op. 1: III. Finale. Andante con moto 6:57