Guia dos Instrumentos antigos 8/8 – Classicismo + LIVRO 200 pág. [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

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Chegamos, após uma semana toda de deleites arcaicizantes, à última, derradeira e gloriosa postagem desta série!

Espero que para vocês, nossos estimados usuários-ouvintes, esse passeio pela música com instrumentos de época tenha sido tão prazeroso quanto o foi para mim.

E hoje, neste ensolarado dia das mães (pelo menos aqui na cidade da minha, no pujante interior de paulista – aliás, previsão de sol, porque eu escrevi o texto na véspera), brindemos a completude desta pequena mas valorosa coleção com mais pesos-pesados como Haydn, Mozart e Beethoven, primorosamente escolhidos e executados por instrumentistas dos mais gabaritados.

E, como prometido inicialmente, sege, logo após o link para o 8º CD, o enlace para o riquíssimo livro dos instrumentos, uma pesquisa minuciosa e de uma qualidade inquestionável.

Esquema do funcionamento de um órgão de foles na página 152.
Na página 114, uma iluminura com uma gaita de foles e uma Musette de Cour, utilizada na faixa 14 deste CD.

Essa sequência de superlativações não é à toa: estamos diante de um material estupendo, que auxiliará muitos profissionais e amantes da música a conhecerem e ensinarem outras pessoas a se apaixonarem ainda mais por esse universo maravilhoso!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se, sem medida!!!

Guide des Instruments Anciens – CD8
Classicismo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (CD8) 184Mb

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Pronto! Finalmente toda a coleção está aqui: CD1CD2, CD3, CD4, CD5, CD6 e CD7. Ouça!

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Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Ó, disse pra eu ficar à vontade, já fui ficando, tá?

Avicenna & Bisnaga

Guiomar Novaes – Guiomar Novaes (1974) [link atualizado 2017]

Sem meias-palavras:
IM-PER-DÍ-VEL !!!

(postado inicialmente no dia 7 de setembro, Independência do Brasil !)

Estamos falando hoje, dia da Independência do Brasil, de uma postagem antológica com uma música especial que exalta nosso país: a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, executada por uma brasileira que é considerada uma das maiores pianistas do século XX em todo o mundo: Guiomar Novaes! É daquelas pra largar tudo que estiver fazendo, fazer o mundo parar só para ouvir!

Guiomar, mocinha de São João da Boa Vista (SP), era tão poderosa que, quando prestou a prova para ingressar no Conservatório de Paris, fez com que a banca examinadora pedisse que ela bisar 3ª Balada de Chopin! Na banca estava nada menos que Claude Debussy, diretor da instituição e também exímio pianista. Ele escreveu a um amigo:

Eu estava voltado para o aperfeiçoamento da raça pianística na França…; a ironia habitual do destino quis que o candidato artisticamente mais dotado fosse uma jovem brasileira de treze anos. Ela não é bela, mas tem os olhos ‘ébrios da música’ e aquele poder de isolar-se de tudo que a cerca – faculdade raríssima – que é a marca bem característica do artista” (Claude Debussy)

Antes disso, logo que chegou a Paris, Guiomar foi à casa da Princesa Isabel, que desejava vê-la, e recebeu das mãos da princesa a partitura da Grande Fantasia Triunfal, dedicada a Isabel por Gottschalk, peça que disponibilizamos nesse belo e ensolarado Dia da Independência do Brasil e que Guiomar executa com primor, limpeza de notas e “dicção pianística” impressionantes. E com alma, muita alma…

Agora, nesta repostagem, concedemos a todos a dádiva de ouvirem outras músicas além da Fantasia Triunfal, numa seleção muito boa, a  maior parte delas baseadas em delicados temas infantis, e ainda com momentos de melodias cativantes, como o Velho Tema, de Mignone, ou peças regionais, como o Samba Matuto de Marlos Nobre  e o Ponteio de Guarnieri. Coisa linda de ver/ouvir!

Por fim, um álbum belíssimo, de uma pianista brilhante e versátil. Estupenda! Não a deixe de ouvir. Deleite-se a cada toque que Guiomar dá nas teclas de seu piano!

Guiomar Novaes (1894-1979)
Guiomar Novaes

01. Velho Tema – Francisco Mignone (1897-1986)
02. Cenas Infantis- I. Corre, Corre – Otávio Pinto (1890-1950)
03. Cenas Infantis- II. Roda, Roda
04. Cenas Infantis- III. Marcha, Soldadinho
05. Cenas Infantis- IV. Dorme, Nenê
06. Cenas Infantis- V. Salta, Salta
07. Samba Matuto (do 1º Ciclo Nordestino) – Marlos Nobre (1939)
08. Pregão – Arnaldo Ribeiro Pinto
09. Improvisação Nº 1 – João de Souza Lima (1898-1982)
10. Ponteio Nº 30 – Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993)
11. Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro – Louis Moreau Gottschalk (1829-1869)

Guiomar Novaes, piano
1974

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…Mas comente… O álbum é tão bom, merece umas palavrinhas…

Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 7/8 – Estilo concertante / Nos tempos de Luís XV [link atualizado 2017]

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Amados, o sono e o adiantado da hora não me permitirão tecer todos os elogios que esse volume merece, então serei breve.

O CD com as música do estilo concertante é de uma elegância ímpar. E desta vez temos como figurões os compositores Händel e Rameau e uma pequena constelação de artistas primorosos, assim como os músicos que executam as peças. Lindo!

O archiluth e a teorba na página 54 do livro.

AGUARDEM! Amanhã, o último Cd e o Livro completo.

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD7
Estilo concertante / Nos tempos de Luís XV

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 182b

Como assim você ainda não viu os outros Cds desse livro? Veja aqui, entre nas páginas e aproveite: CD1CD2, CD3, CD4, CD5 e CD6. Ouça!

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Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Engraçado que eu só sinto frio na frente, mas só de encostar essa alaúde já esquenta…

Avicenna & Bisnaga

Campinas de Todos os Sons – Ricardo Matsuda (1965), José Eduardo Gramani (1944-1998) e Antônio Carlos Gomes (1836-1896) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este CD é especial. Aqui a Sinfônica de Campinas procurou fazer um lampejo do que alguns compositores campineiros ou radicados na cidade fizeram de música interessante em quase 150 anos. Poderia até parecer um álbum desigual, uma vez que há peças do período romântico e contemporâneas, mas essa imagem se vai quando percebemos que o que se pretende é exatamente formar um panorama e contrapor esses períodos. Foram contemplados Carlos Gomes (lógico, em Campinas…), José Eduardo Gramani e Ricardo Matsuda.

Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836 – Belém, 1896) é o grande nome da cidade, provavelmente o campineiro mais famoso que há. Filho do mestre de capela e regente de banda Manoel José Gomes, fez grande carreia em Milão e foi o compositor erudito das Américas mais executado na Europa do século XIX. Um gênio que inspirou muitos outros compositores de seu tempo, tanto na Itália como no Brasil.

José Eduardo Gramani (Itapira, 1944 – Campinas, 1998) foi importante compositor (ainda que muito pouco conhecido), professor e pesquisador de música antiga e tradicional brasileira. Docente da Unicamp, lá fez extensas pesquisas sobre a nossa música colonial e um dos maiores estudos sobre a rabeca brasileira. Tocava violino barroco e integrou grupos consagrados como o Armonico Tributo (há obras executadas por eles aqui), a Kamerata Philarmonia e a Orquestra Villa-Lobos (onde foi spalla e diretor artístico). Como rabequista, foi membro do Trio Bem Temperado e do Grupo Anima, que executa as duas últimas músicas do álbum.

Ricardo Matsuda (Marília, 1965) é músico, compositor e arranjador. Violonista, dedica-se às cordas dedilhadas e faz aqui uma interessante ponte entre música de concerto e MPB.

O CD já começa bem, trazendo um Carlos Gomes sem precisar se apoiar n’O Guarani. Inicia com a abertura de Maria Tudor, talvez a sua abertura mais densa e elaborada. Segue com aberturas de óperas menos propaladas (ou cujas únicas gravações eram ruins): Joanna de Flandres, Salvator Rosa e Lo Schiavo. Há ainda três árias cantadas pela divina Niza de Castro Tank (aos 73 anos, uau!) que são ou inéditas (Mamma dice e Foram-me os anos da infância) ou pouco conhecidas (Nelle Regno delle Rose). Vêm, então, as obras vibrantes, movimentadas e criativas de Gramani: a orquestra ganha solos de rabeca com o acompanhamento do Trio Carcoarco, que, literalmente, “carca” o arco com gosto! Lembram até peças armoriais, regionais, executadas pelas corporações musicais do nordeste, mas estamos em plena “metrópole caipira” (os campineiros odeiam quando dizem isso)! Depois da bela A Lua Girou, o concerto encerra-se com o divertido Forrobodó de Ricardo Matsuda, junto com o Grupo Anima, que mantém as rebecas e traz ainda outros instrumentos brasileiros.

Se você não estiver a fim de ouvir Carlos Gomes de novo (“ah, mas já ouvi essas músicas”, ou “tá, a voz da Niza é linda, mas já tenho gravações dessas árias”), primeiro saiba que a Sinfônica de Campinas é uma senhora orquestra e que capricha quando se trata de executar obras do pupilo da cidade. E se, ainda assim, der aquela preguiça, comece pelo Forró da Ferdinanda, do Gramani: a música é uma delícia só! Depois passe para as demais. Você vai adorar.

No todo, o CD é uma grande celebração, um encontro de várias gerações e de homenagens do pessoal competente da Unicamp, reunindo professores (Gramani e Niza Tank, por exemplo), alunos e pesquisadores de pós-graduação (como Luiz Fiaminghi), mostrando quantos sons há em Campinas, essa Campinas de Todos os Sons…

Pra você ter uma ideia, o Forró da Ferdinanda, de Gramani, executado por Raquel Aranha, Paula Ferrão e Dalgalarrondo:

Agora imagine isso com orquestra! Muito bom! Ouça que vale muito a pena!

Antônio Carlos Gomes (1836-1896), José Eduardo Gramani (1944-1998) e Ricardo Matsuda (1965)
Campinas de Todos os Sons

ANTONIO CARLOS GOMES
01. Maria Tudor – Prelúdio
02. Joanna de Flandres – Prelúdio
03. Salvador Rosa – Abertura
04. Lo Schiavo – Prelúdio
05. Mamma Dice (com Niza de Castro Tank)
06. Nelle Regno delle Rose, Ária de Adin – Condor, Ato I (com Niza de Castro Tank)
07. Foram-me os anos da Infância, 
Cavatina Joanna – Joanna de Flandres, Ato I  (com Niza de Castro Tank)
JOSÉ EDUADO GRAMANI (Arr. Rafael dos Santos)
08. Calanguinho
09. Lundu
10. Madrugada (com Trio Carcoarco)
11. Forró da Ferdinanda (com Trio Carcoarco)

ANÔNIMO (tradição oral brasileira)
12. A Lua Girou (com Grupo Anima)

RICARDO MATSUDA
13. Forrobodó (com Grupo Anima)

Niza de Castro Tank, soprano
Trio CarcoArco
Esdras Rodrigues, rabeca e violino
Luiz Fiaminghi, rabeca e violino
Roberto Peres (Magrão), percussão

Grupo Anima
Gisela Nogueira, viola de arame, violão
Luiz Fiaminghi, rabeca, violino barroco
Marília Vargas, soprano
Marlui Miranda, voz, percussão, flautas-indígenas brasileiras
Paulo Dias, percussão, organeto, cravo
Sílvia Ricardino, harpa trovadoresca
Valeria Bittar, flautas indígenas brasileiras

Orquestra Sinfônica de Campinas
Cláudio Cruz, regente

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (94Mb)

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Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…

Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 6/8 – Nos tempos de Bach / Os filhos de Bach [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

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Hoje o Guia dos Instrumentos Antigos atinge o cerne do barroco! Aí estão o pai/chefe/inspiração deste blog Johann Sebastian Bach e seu colega Telemann, além de outros menos afamados que os mestres acima. O final do Cd já anuncia o caminho pra o classicismo com os filhotes de Bach Pai.

Aqui, o destaque é para os sopros: clarinetes, chalumeaus, oboés e flautas desfilam seus belos timbres por todo o álbum. Está um primor!

página 98 livro, note que, quando o instrumento é utilizado em alguma faixa dos áudios, ficam assinalados o CD e a faixa em frente ao seu nome.
Fotos e desenhos da família do oboé na página 112.

Já passamos da metade. Desde domingo passado, iremos até o domingo que vem com uma postagem deste conjunto ao dia, e disponibilizaremos o livro escaneado integralmente na última postagem.

IM-PER-DÍ-VEL!!!
Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD6
Nos tempos de Bach / Os filhos de Bach

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – PQPShare 183Mb

Caso você tenha perdido algum dos CDs anteriores desta coletânea IM-PER-DÍ-VEL, aqui estão as postagens anteriores: CD1CD2, CD3, CD4 e CD5.

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Coleção supimpa, heim! Então deixe umas palavrinhas pra gente. Comente!

— Meu bem, vira pra cá, por favor, porque não tô escutando o alaúde!

Avicenna & Bisnaga

Kathleen Battle e Christopher Parkening – Pleasures of Their Company: John Downland (1563-1626), Charles Gounod (1818-1893), Enrique Granados (1867-1916), Waldemar Henrique (1905-1995), Jayme Ovalle (1894-1955), Francisco Paurillo Barroso (1894-1968) e Manuel de Falla (1876-1946) [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!
fonogramas maravilhosamente fornecidos por Raphael Soares.

Pessoal, olhem (ouçam) como esses americanos mandam bem, especialmente nas músicas brasileiras!

A voz de límpido timbre de Kathleen Battle une-se ao corretíssimo violão de Christopher Parkening para executar 19 canções de muita qualidade. Raphael Soares, que nos enviou o álbum no afã de divulgarmos a música do paraense Waldemar Henrique, afirmou sabiamente sobre este trabalho:

A Kathleen Battle e o Christopher Parkening dispensam apresentações: ambos estão entre os mais renomados músicos americanos da atualidade. É um tanto vergonhoso afirmar que, apesar de ser paraense, só conheci Waldemar Henrique propriamente dito com esse CD e nessa interpretação, o que faz ela ficar na minha cabeça eternamente, e me faz ter um carinho muito especial por essa gravação, apesar do português carregado de sotaque de Battle. A canção Boi-Bumbá é das mais famosas do compositor, e data de 1934, e o arranjo para violão foi feito pelo próprio Parkening. Outras interpretações são destaque no disco, como a Ave Maria de Gounod e o Azulão de Jayme Ovalle.

Bem, é verdade que o álbum é uma grande miscelânea: além de não focar em um autor ou período, há músicas de caracteres bem distintos, desde música renascentista a negros spirituals, passando por ritmos brasileiros… Ainda assim, mesmo que em uma reunião no mínimo inusitada, o repertório é muito bonito: as melodias são, de um modo geral, de grande beleza, muito bem escolhidas levando-se em conta o aspecto puramente belo.

O motivo de postarmos esse álbum, sua razão de estar aqui no P.Q.P.Bach, são as canções brasileiras, e nelas Kathleen Battle, apesar de não pronunciar bem o português (convenhamos: nosso idioma é difícil; belíssimo, porém, difícil…), desenvolve seu canto com muita propriedade: há sentimento nessas faixas, assim como em todo o CD. Vale conferir!

Ouça, ouça! Deleite-se!


Kathleen Battle e Christopher Parkening

Pleasures of Their Company

John Downland (1563-1626)
01. Come again! Sweet love doth now invite
02. Allemande Christopher Parkening
03. What if I never speed?
04. Galliard
05. Fine knacks for ladies
Charles Gounod (1818-1893)
06. Ave Maria
Enrique Granados (1867-1916)
07. La Maja de Goya (from Coleccion de Tonadillas)
Waldemar Henrique (1905-1995)
08. Boi-Bumbá
Jayme Ovalle (1894-1955)
09. Azulão
Francisco Paurillo Barroso (1894-1968)
10. Para ninar
Manuel de Falla (1876-1946)
11. Canción
12. Nana
13. Seguidilla murciana
Negro Spiritual (Tradicional)
14. Ain’t Got Time To Die
15. Lord, I Couldn’t Hear Nobody Pray
16. Ain’t That Good News! (Arr. Russ)
17. Sweet Little Jesus Boy
18. This Little Light Of Mine
19. Ride On, King Jesus!

Kathleen Battle
Christopher Parkening
1990

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (93Mb)

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Bisnaga

Pavel Grigorievich Chesnokov (1877-1944) – Panitchida (Requiem) [link atualizado 2017]

SHOW DE BOLA !!!

Tem na Amazon: aqui.

Ah, como os sons da Igreja Ortodoxa são transcendentes! A característica marcante de suas melodias – os coros com aquela pesada base, com poderosos baixos profundos – é coisa que parece que só a Rússia consegue proporcionar com categoria aos ávidos ouvidos do ocidente, que parecem se ressentir do excesso de agudos vocais e de uma base, muitas vezes, tênue (pelo menos se a gente compara com a russa).

Mas como este Panikhida, ou Requiem, do Pavel Chesnokov é arrepiante! Não é pungente como seria tradicional a uma obra latina. É mais contido, mais profundo… Pesado, até. E essas características que o tornam transcendente! Ah, é bem difícil de descrever. Só ouvindo, mesmo!

(Amanhã postarei um álbum de baixos profundos da Rússia.)

Mas muito bom, mesmo! Ouça! Ouça! Deleite-se!

Resolvi colocar aqui na palhinha a faixa 3, “Thou Art Blessed, O Lord”, da qual o Avicenna afirmou abaixo, nos comentários: “não tenho palavras”. É bem isso:

Pavel Grigorievich Chesnokov (1877-1944)
Panitchida (Requiem)

Pavel Grigorievich Chesnokov (1877-1944)
01. Requiem No 2, Op. 39: The Great Litany
02. Requiem No 2, Op. 39: Alleluia
03. Requiem No 2, Op. 39: Troparion “Thou Art Blessed, O Lord”
04. Requiem No 2, Op. 39: The Small Litany
05. Requiem No 2, Op. 39: Psalms and Prayers to the Mother of God
06. Requiem No 2, Op. 39: Give Peace, O Lord
07. Requiem No 2, Op. 39: Irmos, Chant 3
08. Requiem No 2, Op. 39: The Small Litany
09. Requiem No 2, Op. 39: Give Peace, O Lord
10. Requiem No 2, Op. 39: Irmos, Chant 6
11. Requiem No 2, Op. 39: The Small Litany
12. Requiem No 2, Op. 39: Soul of Thy Servant
13. Requiem No 2, Op. 39: Troparion “Spirits of the Righteous”
14. Requiem No 2, Op. 39: The Augmented Litany
15. Requiem No 2, Op. 39: Eternal Memory
Anônimos
16. Selected Orthodox Chants: The Lord’s Prayer
17. Selected Orthodox Chants: The Good Thief
18. Selected Orthodox Chants: Troparion “Thou Art Blessed, O Lord”
19. Selected Orthodox Chants: Eternal Remembrance
20. Selected Orthodox Chants: Let All Flesh Be Silen, Op.27

Padre Alexei Godunov
Padre Konstantin Semyonov
Olga Slovesnova (faixas 3, 13, 14)
Mikhail Falkov (2, 3, 6, 9 13, 14)
Cantus Sacred Music Ensemble
Ludmila Arshavskaya, regente
Rússia, 2004

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 139Mb

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Sabe aquela coisa de fazer um comentário? Eu ainda gosto. Pode comentar, pessoal!

Coisa de louco essa sonzeira que os baixos russos fazem!

Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Piano Nº 23 e para Violino Nº 3

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Piano Nº 23 e para Violino Nº 3

Mozart_(unfinished)_by_Lange_1782Post publicado originalmente em 1º de janeiro de 2012

Um bom modo de começar o ano. Sem exageros e já fazendo a desintoxicação pós-festa. Uns russos que tocam muito bem fazem um repertório bastante conhecido dos pequepianos. Um disco consistente para que deve ser baixado e ouvido tranquilamente neste começo de 2012, ano em que o Internacional vencerá mais uma Copa Libertadores da América. Peço sinceras desculpas aos gremistas e corintianos. Sei que o mundo vai acabar este ano e, como parece que o mundo acaba cedo em dezembro, espero não ter que enfrentar o Barcelona. Menos um problema.

Ah, não esqueçam que, se o mundo acabar, o Michel Teló acaba junto.

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Piano Nº 23 e para Violino Nº 3

Piano Concerto No.23 in A major, K 488
I.Allegro
II.Adagio
III.Allegro assai

Violin Concerto No.3 in G major, K 216
I.Allegro
II.Adagio
III.Rondo

Veronika Reznikovskaya, piano
Mikhail Gantvarg, violin
Solist of St.Petersburg Chamber Ensemble
Artistic director Mikhail Gantvarg
Recorded by Petersburg Recording Studio, 1994

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

wolfgang-amadeus-mozart

PQP

Guia dos Instrumentos antigos 5/8 – O século de Luís XIV / A Alemanha Luterana [link atualizado 2017]

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Amados, o adiantado da hora não permite que eu me delongue muito nem que floreie demais essa postagem.

O que posso dizer é que este quinto Cd está lindo: um desfile de trompetes e metais de vários modelos e timbres incríveis, junto a teorbas e órgãos dos mais variados tipos, soando músicas de caras bons como Charpentier, Lully e Couperin! Muito Bom!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD5
O século de Luís XIV / A Alemanha Luterana

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 184Mb

“Como assim, quinto CD?”
Calma, temos uma coleção pelo meio aqui. aproveite e baixe os quatro primeiros: CD1, CD2, CD3, e CD4.

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Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

– Moooor, cê acha que eu tô gorda?

Avicenna & Bisnaga

Alma Brasileira: Francisco Mignone (1897-1986), Glauco Velásquez (1884-1914), Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), Luciano Gallet (1893-19031) e Francisco Braga (1868-1945) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Fonogramas espetaculosamente enviados por Robson Leitão, autor do completo texto que apresenta as obras, via Strava.

Este CD foi o escolhido para lançar oficialmente o Acervo P.Q.P.Bach de Música Clássica Brasileira porque sua qualidade é muito, mas muito alta, com obras e compositores da mais alta importância para nossa história musical.

.oOo.

Seguindo-se a Aurora Luminosa [postada aqui no PQPBach], Alma Brasileira traz obras dos principais compositores da nossa primeira e segunda geração nacionalista, atendo-se ao período que vai de 1913 ao fim da década de 20. O título do CD reporta-se ao discurso proferido por Graça Aranha na abertura da Semana de 22, onde o escritor prognostica que “da libertação do nosso espírito sairá a arte vitoriosa”, arte cujo apanágio consistirá em plasmar a “progressão infinita da alma brasileira”. Francisco Braga representa o elo entre os compositores impregnados da estética romântica européia e a geração que busca uma linguagem nova, representativa da individualidade artística nacional. Dele aqui incluímos A Paz – Cortejo, obra composta em 1919 para comemorar o fim da Primeira Grande Guerra, e que aliás serviu, em 1939, de protesto contra a eclosão da Segunda Grande Guerra. De Glauco Velásquez, que forte fascínio exerceu sobre os jovens compositores de sua época, apresentamos a canção Alma minha gentil, composta sobre um dos mais célebres sonetos de Camões. Vivamente influenciado por Velásquez foi Luciano Gallet, de quem interpretamos o Tango-Batuque.
Oscar Lorenzo Fernândez e Francisco Mignone tornaram-se os mais notáveis representantes da nossa segunda geração nacionalista. Do primeiro optamos por gravar a Suíte Reisado do Pastoreio, que compreende sua peça instrumental mais famosa: o Batuque. Trata-se, dentro do período em pauta, da obra que melhor representa o compositor. Quanto a Francisco Mignone, pudemos dar vida a uma de suas composições de juventude, que sem dúvida não merece o silêncio que a mantinha afastada do público: o poema sinfônico Caramuru, inspirado na obra homônima de Santa Rita Durão.
Apresentação: Ligia Amadio

COMPOSITORES E OBRAS

Francisco Braga (1868 — 1945) é mais lembrado nacionalmente como autor da música do Hino à Bandeira que por sua trajetória de glórias. Depois da infância humilde no Asilo dos Meninos Desvalidos, no Rio de Janeiro, e da adolescência como aluno brilhante do Imperial Conservatório de Música (atual Escola de Música da UFRJ), Braga se destacou como regente, compositor e professor de composição, contraponto, fuga e instrumentação, tendo entre seus alunos mais ilustres Glauco Velásquez, Luciano Gallet e Lorenzo Fernândez. Era tão famoso no início do século XX que em 1909, na inauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi o maestro convidado para o concerto de abertura, quando regeu, entre outras peças, seu poema sinfônico Insônia. Além do consagrado hino ao pavilhão nacional, composto para os versos de Olavo Bilac, Braga foi autor de ópera, concertos, poemas sinfônicos, música de câmara e canções que o projetaram internacionalmente. No final de sua vida, criou o Sindicato dos Músicos Profissionais, do qual foi o primeiro presidente.

A obra — A Primeira Guerra Mundial, que durou de 1914 a 1918 e causou a morte de 10 milhões de pessoas na Europa, abalou as estruturas do mundo todo. Temendo a continuidade dos conflitos, artistas, intelectuais e políticos se uniam em prol da paz. Em 1919, o então presidente da República Epitácio Pessoa participou da Conferência de Paris, em que diversos governantes mundiais discutiram o processo de paz entre as nações. Quando regressou ao Brasil, foi realizado um concerto em sua homenagem, para o qual três compositores foram convidados a criar, cada um, uma sinfonia sobre o fim da guerra. Segundo o pesquisador e antropólogo Paulo Renato Guérios, a Heitor Villa-Lobos coube A guerra; A vitória foi composta por J. Otaviano Gonçalves e A paz por Francisco Braga. Braga se inspirou diretamente no poema escrito por Escragnolle Dória e compôs um poema sinfônico para coro e orquestra, inserindo na composição o clamor pela paz dos versos de Dona.

Glauco Velásquez (1884 — 1914) nasceu em Nápoles, Itália, filho da brasileira Adelina Alambary e do barítono português Eduardo Medina Ribas, mas foi criado por família italiana, vindo para o Brasil ao completar 13 anos de idade. Em Nápoles descobriu a música, cantando em coros de igrejas. Aos 18 anos, o maestro Francisco Braga aprova suas partituras e o faz ingressar no Instituto Nacional de Música. Ali, Frederico Nascimento contribuiu decisivamente para seu aprimoramento, sem falar no próprio Braga, seu professor de contraponto, fuga e composição. Sua evolução é rápida e suas composições dessa época têm traços de um modernismo, ou pré-modernismo, que logo seria alcançado no Brasil, principalmente a partir de Villa-Lobos. Curiosamente, sua estréia pública só aconteceu aos 27 anos, em concerto no salão do Jornal do Commercio. Apresentou composições suas e foi muito elogiado pelos críticos. Mas o sucesso tardio o encontrou com tuberculose, e ele definhava rapidamente. Ao falecer, Velásquez deixou inacabada a partitura da ópera Soeur Béatrice, terminada por Francisco Braga, e o Quarto trio, concluído pelo francês Darius Milhaud.

A obra – A canção Alma minha gentil foi ouvida pela primeira vez em 19 de julho de 1913, no Rio de Janeiro, com solo da cantora Stella Parodi. Velásquez compôs a música sobre os versos do Soneto 48, escrito pelo português Luís de Camões no século XVI. Segundo historiadores, este soneto aproxima-se do soneto XXXVII de Petrarca, sendo o de Camões “de mais pura espiritualidade e mais penetrante melodia”. De acordo com o manuscrito da VIII Década de Couto, de posse da Biblioteca Municipal do Porto, em Portugal, ele foi inspirado por sua amada Dinamene, que naufragou com o poeta na foz do rio Mécon e morreu afogada. O poema, escolhido por Velásquez, revela sua própria angústia diante da iminente aproximação da morte, em decorrência da tuberculose, que ocorreria onze meses depois da estréia desta canção. O compositor tinha apenas 30 anos.

Luciano Gallet (1893 — 1931), descendente de franceses, nasceu no Rio e freqüentou o Colégio Salesiano, em Niterói (RN onde integrou o coral e estudou harmônio e piano como autodidata. Estudou arquitetura, mas a música seria seu caminho. Junto com Villa-Lobos, tocou em orquestras de baile. Em 1913, orientado pelos amigos Henrique Oswald e Glauco Velásquez, passou a se dedicar à música com seriedade. Matriculou-se no Instituto Nacional de Música para estudar piano e conquistou Medalha de Ouro. Empenhou-se em divulgar a obra de Velásquez, falecido em 1914, ajudando a fundar a Sociedade Glauco Velásquez. Além deste, Gallet sofreu influências do francês Milhaud, seu professor de harmonia. Suas primeiras obras tinham características dos dois, sempre com sonoridade afrancesada. Mas voltou-se para o folclore. Sua primeira suíte, Turuna (1926), para orquestra de câmara, traz resultados desse trabalho. Três anos depois compõe a Suíte sobre temas negro-brasileiros. Além de compositor e intérprete, foi professor, e no INM implantou a linha de ensino que vigora hoje, além de criar a cadeira de Folclore.

A obra — Assim como o Batuque da Suíte brasileira (1897), de Alberto Nepomuceno, e o Batuque do Reisado do pastoreio (1929), de Lorenzo Fernândez, o Tango-Batuque de Gallet, situado cronologicamente entre aquelas peças, apresenta elementos rítmicos afro-brasileiros. Entretanto, sua composição tem também elementos da música urbana carioca, no caso o “tango brasileiro”, que, distante das harmonias típicas argentinas, estava bem mais próximo do maxixe, cujos maiores representantes foram Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga. Gallet considerava seu Tango-Batuque o primeiro passo de sua obra na exibição de uma brasilidade profunda, preocupação sua desde 1918, quando deu inicio às pesquisas folclóricas. Ainda assim, os aspectos urbanos e populares encontrados na composição do Tango-Batuque são mesclados à musicalidade erudita, principalmente da escola francesa, tão em voga na época.

Oscar Lorenzo Fernândez (1897 — 1948), filho de espanhóis e fundador, com Villa-Lobos, da Academia Brasileira de Música, nasceu no Rio no mesmo ano em que o cearense Alberto Nepomuceno, um dos precursores do nacionalismo, compôs a Suíte brasileira. Sinal premonitório para uma carreira de muito empenho pela consolidação do nacionalismo na música erudita no Brasil. Aprendeu piano de ouvido e recebeu da irmã as primeiras noções de teoria. Tocava em bailes e compunha. Aos 20 anos, ingressou no Instituto Nacional de Música, onde aprendeu com Henrique Oswald, Francisco Braga e Frederico Nascimento, seu mentor. Teve composições premiadas em concurso internacional de 1922, e estreou no nacionalismo em 1924, com o Trio brasileiro. A consagração chega com a suíte Reisado do pastoreio. Instigado pelos manifestos modernistas de Mário de Andrade, Fernândez se inspirava em temas afro-brasileiros, ameríndios e caboclos, e criou, entre outras, a Valsa suburbana e a ópera Malazarte, baseada no texto de Graça Aranha, principal mentor da Semana de Arte Moderna. Também regente e professor, fundou o Conservatório Brasileiro de Música, em atividade até hoje no Rio.

A obra — Após o enorme sucesso de seu poema sinfônico ameríndio lmbapara, a estréia do Reisado do pastoreio se dá em 29 de agosto de 1929, no Rio, com a Orquestra do Instituto Nacional de Música, regida por Francisco Braga. Suíte orquestral dividida em três partes, teve grande êxito devido principalmente à última parte, o Batuque, muitas vezes executada separadamente e que se tornou um clássico. O Batuque se destacou, como a Congada de Mignone, pela força rítmica e estética tirada da cultura negra. Ganhou público, fama internacional e atenção de regentes estrangeiros que o interpretaram em inúmeros concertos e gravações. Sua intensa brasilidade encantou, entre outros, o lendário italiano Toscanini, o americano Leonard Bernstein e o russo Koussevitsky. Esta é uma das raras oportunidades de se ouvir o Batuque inserido na obra original.

Francisco Mignone (1897 — 1986) dedicou-se a todos os gêneros musicais, colorindo grande parte de sua obra com os matizes culturais brasileiros. Filho de imigrantes, viveu até a juventude nos bairros italianos de São Paulo. Recebeu cedo do pai lições de flauta, trompa e piano, estudando este instrumento com professor particular, mas, aos 13 anos, para custear as aulas tocava em pequenos conjuntos e acompanhava sessões de cinema mudo. Assinava suas músicas como Chico Bororó, nome de um jogador de futebol, pois fazer música popular era transgressão social. No Conservatório Dramático e Musical São Paulo conheceu Mário de Andrade, que teria imensa influência em sua música nacionalista. Em 1918, sua Suíte campestre e o poema sinfônico Caramuru foram apresentados ao público, o que lhe rendeu bolsa do governo paulista para aperfeiçoamento na Europa. Mignone ficou por lá de 1920 a 1929 mas foi tocado pela Semana de Arte Moderna e suas conseqüências. Admirava muito Villa-Lobos e estudava suas obras com afinco. De volta ao Brasil, escreveu dezenas de peças com influência afro-brasileira, e foi considerado o maior compositor erudito de música negra no Brasil.

A obra — A primeira composição orquestral de Mignone foi o poema sinfônico Caramuru, inspirado no poema épico escrito em 1781 por Frei José de Santa Rita Durão que descreve a lenda do naufrágio de Diogo Álvares Correia (o “Caramuru”), ocorrido no século XVI no Recôncavo Baiano. A estréia da obra aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, em 18 de setembro de 1918, sob a regência de seu pai, Alfério Mignone, mas com supervisão direta de Francisco, que tinha 21 anos. Caramuru já apresenta características que seriam comuns na sua obra e sonoridades brasileiras que tanto o atraiam. Para o musicólogo Mario Tavares, “a melhor música de Mignone é toda ela impregnada de um brilho orquestral impetuoso e singular, bem como do desejo incontido de expressar todo o seu comprometimento com a brasilidade”.

textos: Robson Leitão

Trata-se de um disco antológico, com compositores e obras que queriam dar uma cara mais brasileira à música que aqui se fazia, afastar-se dos estrangeirismos, fazer uma arte genuinamente nacional.

Ouça, ouça! Deleite-se sem a menor moderação!

Alma Brasileira
Nacionalismo e modernismo brasileiros

Francisco Mignone (1897-1986)
01. Caramuru – Poema Sinfônico
Glauco Velásquez (1884-1914)
02. Alma Minha Gentil, op. 107, para canto e orquestra de câmara
Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948)
Reisado do Pastoreio
03. Reisado
04. Toada
05. Batuque
Luciano Gallet (1893-19031)
06. Tango-Batuque
Francisco Braga (1868-1945)
07 e 08. A Paz – Cortejo para coro e orquestra

Orquestra Sinfônica Nacional – UFF
Ligia Amadio, regente

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FLAC (322Mb) encartes a 5.0 Mpixel
MP3 (178Mb) encartes a 5.0 Mpixel

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Strava & Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 4/8 – A Arte de Diminuir / Os tempos de Monteverdi / Pássaros e Flautas [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Os arquivos foram todos renomeados e o livro tem o texto reconhecível graças ao trabalho do Igor Freiberger! Mais uma contribuição impagável!

Tem na Amazon: aqui.

Bom, baixando hoje você já chega na metade da coleção, heim!
Já estamos entrando nos começos do barroco: Monteverdi dá as caras no quarto volume, com seu estilo que ainda mescla os trovadores e o canto gregoriano com inúmeras inovações. Novos tempos, outros sons, outros instrumentos.

Quarta postagem! Começamos domingo passado e nos estenderemos até o domingo que vem, brindando-vos com o livro escaneado todinho!

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD4
A Arte de Diminuir / Os tempos de Monteverdi / Pássaros e Flautas

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 182Mb

Chegou agora e tem que pegar o bonde andando? a gente te ajuda: Os CDs anteriores estão aqui: CD1, CD2, CD3.

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Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

Gordurinhas! Que beleza!

Avicenna & Bisnaga

A Música e o Pará, Vol. 10: Bernardino Belém de Souza, Jayme Ovalle (1894-1955), Gentil Puget (1912-1948), Ernesto Dias (1857-1908) e Henrique Eulálio Gurjão (1834-1885) [link atualizado 2017]

Pano de cena, com alegoria da República, no Theatro da Paz

Mais um belíssimo álbum de composições do estado do Pará!

Belém, como grande centro financeiro que é, e com importância ainda maior de que gozou durante ciclo da borracha, foi capaz de criar ambiente para uma produção artística e musical de alta qualidade, como acontece sempre na história: grandes períodos econômicos coincidem com fases de muito vigor cultural. Uma partezinha disso pode ser conferida nesse A música e o Pará, vol. 10.

Este trabalho valoriza e enaltece os compositores daquelas quentes e pluviosas terras e seu rico folclore. As canções, de compositores consagrados e de vários anônimos, abordam vários aspectos da vida urbana das lendas amazônicas. Coisa Linda!

Ouça, ouça! Deleite-se!

A Música e o Pará, Vol. 10
Lucinha Bastos e João Augusto Ó de Almeida

Anônimos (séculos XIX e XX)
01. Chiquinha
02. Teu desprezo
03. Ao Luar
04. Madrugada
05. Recordações de uma flor
06. Valsa Paraoara
Jayme Ovalle (1894-1955)
07. Modinha
Gentil Puget (1912-1948)
08. Modinha
Henrique Eulálio Gurjão (1834-1885)
09. Presente e passado
sem informação
10. Esperança, doce amiga
11. Sob a fronte da virgem
Bernardino Belém de Souza (séc. XIX)
12. Casinha Pequenina
Ernesto Dias (1857-1908)
13. Minha Esperança
Henrique Eulálio Gurjão (1834-1885)
14. A Laranjeira

Lucinha Bastos, mezzo-soprano
Conjunto
João Augusto Ó de Almeida, tenor
Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (93Mb)

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Ilustração artística do Curupira.

Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 3/8 – Fantasias & Ricercare / Chansons & Madrigais / Música eclesiástica / Variações [link atualizado 2017]

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Continuamos a saga pelos fantásticos instrumentos antigos!
Uns que deixaram de existir, outros foram mudando tanto ao longo dos anos que hoje possuem timbres já bastante distintos de seus originais.
.

Também continuo sacana e estou esperando a última postagem, no domingo, para disponibilizar o livro completinho. Aqui vou deixando algumas imagens e trechos a cada dia, para que vocês tenham cada vez mais vontade de possuí-lo (ui!).

Hoje começam a aparecer alguns nomes de compositores mais famosos, como William Byrd e Orlando de Lasso (Roland de Lassus) e há também música vocal, mas o CD é uma verdadeira aula da família da viola! Tem composições com vários membros diferentes da família, além das aparições de bombardas, flautas de vários tipos e harpa cromática, entre outros. Muita informação num Cd só.

O baixo de viola figura na página 18 do livro, executada na “Divisions in Sol”, faixa 32 de hoje .

AGUARDEM! Já estamos no terceiro dos oito CDs, um por dia, de domingo passado até o domingo que vem, coroando com o livro de 200 páginas escaneado integralmente ao final.

Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD3
Fantasias & Ricercare / Chansons & Madrigais / Música eclesiástica / Variações

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 175Mb

Perdeu o Primeiro? Está AQUI.
Não tomou conhecimento do Segundo? Pode deixar: AQUI.
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Tão bom quando vocês comentam… Pode comentar, pessoal!

O mundo para para ver as fofinhas!

Avicenna & Bisnaga

Waldemar Henrique (1905-1995) por Isabela Figueiredo [link atualizado 2017]

MUITO BOM !!!

Fonogramas fornecidos com dedicação por Raphael Soares e recebidos com apreço e entusiasmo por Bisnaga.

Que belezinha esse CD! É mais um daqueles álbuns sem pretensões e que consegue ser um prazer só.

Isabela Figueiredo dos Santos, essa mocinha de verde na imagem, com esse ar tão singelo, imprime com sua voz límpida muito sentimento e muita personalidade às canções de Waldemar Henrique.

Na verdade, isso nem é um CD: é o recital de mestrado da jovem e bela Isabela. A qualidade da gravação, já aviso, é baixa e a captação não é boa. No entanto, talvez seja o único trabalho que reuniu todas as Lendas Amazônicas de Waldemar – por isso é legal tê-las na biblioteca – mas das quais (outro senão) perdemos as duas últimas…

Mas não esmoreça! Aproveite que o arquivo é minúsculo (tem somente 8Mb), baixe sem receios e curta a música de Waldemar Henrique com a candura de Isabela. Lindo!

Ouça, ouça! Deleite-se!

Waldemar Henrique (1905-1995)
Lendas Amazônicas

01. Foi o Boto, Sinhá!
02. cobra Grande
03. Tamba-Tajá
04. Matintaperêra
05. Uirapuru
06. Curupira
07. Manha-Nungára
08. Nayá
09. Japiim
10. Uiara (perdido)
11. Pay- Tuna (perdido)

Isabela de Figueiredo, soprano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 8Mb

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Bisnaga

Guia dos Instrumentos antigos 2/8 – Renascença: danças e balés [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

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Tem na Amazon: aqui.

Estamos na segunda postagem deste belíssimo Guia dos Instrumentos Antigos, com o CD dedicado às danças e balés do Renascimento. Tão bom ou melhor que o primeiro!
E o nível não vai cair. Vai nesse padrão até o final

Viuela de roda, ilustrações da página 44 do livro e instrumento da faixa 10 deste 2º CD.

Não se esqueça e não perca os próximos capítulos! Uma postagem com cada CD por dia, do domingo (ontem) até o domingo que vem, quando disponibilizaremos o livro escaneado integralmente também.

Já falei um tanto na primeira postagem. Agora não tem muito mais o que falar. Só ouvir essas raridades!
Então, ouça! Leia! Estude! Espalhe, divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD2
Renascença: danças e balés

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 180Mb

Perdeu o primeiro CD? Está AQUI.
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Não comentou ainda? Comentou a primeira e ainda está empolgado e quer voltar a escrever algo? Não se avexe: pode comentar: a gente adora!

Mas a bunda dela tá meio “escorrida”, não?

Avicenna & Bisnaga

Joseph Haydn – Piano Sonatas Hob. XVI:34, 40, 42 e 52, Wolfgang Amadeus Mozart (Fantasia in C minor, KV 475, Franz Schubert – Impromptus, D. 899, D. 935, Robert Schumann – Fantasiestucke, Op. 12

41S33XE061LFaz muito tempo que Alfred Brendel não dá as caras por aqui. O que é uma pena, já que estamos falando de um dos grandes pianistas do século XX. O Brendelzinho da nossa antiga colaboradora Clara Schumann, que o adorava, reverenciava mesmo. Era Deus no céu e Brendel na Terra.
E a nossa sumida portuguesinha tinha um pouco de razão. Alfred BrendeI infelizmente anda um tanto quanto afastado dos palcos, e das gravações, devido principalmente à idade, já adentrado nos 80 e poucos anos. Mas cada novo cd seu é uma alegria para os ouvidos, com certeza.  Dono de uma técnica apuradíssima, estabeleceu padrões de excelência poucas vezes alcançado, dentro de um repertório mais limitado ao classicismo e ao romantismo, apesar de eu ter um cd seu em que toca Schoenberg. Suas gravações de Schubert, principalmente os “Impromptus”, são incomparáveis. Seu Mozart é quase unanimidade, assim como seu Beethoven.  Aliás, o conheci exatamente através de sua integral dos concertos para piano de Beethoven, com o grande Bernard Haitink.
Esse cd que ora vos trago é uma coletânea. A coleção “Great Pianists” foi financiada pela fábrica de pianos “Steinway & Sons”, que fornece os instrumentos para os grandes teatros e gravadoras do mundo todo. Dentro dessa coleção, Brendel foi “brindado” com seis discos, que pretendo trazer de dois em dois.
E logo neste primeiro o bicho pega com as sonatas de Haydn, uma fantasia mozartiana, e, talvez o grande momento dos dois cds, os “Impromptus” de Schubert. Além, é claro, da maravilhosa “Fantasiestücke” de Schumann. Resumindo, dois cds para serem ouvidos à exaustão, sem medo de ser feliz.

CD 1

01.Haydn- Piano Sonata in E minor,  Hob. XVI-34 1. Presto
02.Haydn- Piano Sonata in E minor,  Hob. XVI-34 2. Adagio
03.Haydn- Piano Sonata in E minor,  Hob. XVI-34 3. Vivace molto,innocentemente
04.Haydn- Piano Sonata in G,  Hob. XVI-40 1. Allegretto ed innocente
05.Haydn- Piano Sonata in G,  Hob. XVI-40 2. Presto
06.Haydn- Piano Sonata in D,  Hob. XVI-42 1. Andante con espressione
07.Haydn- Piano Sonata in D,  Hob. XVI-42 2. Vivace assai
08.Haydn- Piano Sonata in E flat,  Hob. XVI-52 1. Allegro
09.Haydn- Piano Sonata in E flat,  Hob. XVI-52 2. Adagio
10.Haydn- Piano Sonata in E flat,  Hob. XVI-52 3. Finale. Presto
11.Mozart- Fantasia in C minor, KV 475

CD 2

01.Schubert- Impromptus, D. 899 No. 1 in C minor- Allegretto molto moderato
02.Schubert- Impromptus, D. 899 No. 2 in E flat- Allegro
03.Schubert- Impromptus, D. 899 No. 3 in G flat- Andante
04.Schubert- Impromptus, D. 899 No. 4 in A flat- Allegretto
05.Schubert- Impromptus, D. 935 No. 1 in F minor- Allegro moderato
06.Schubert- Impromptus, D. 935 No. 2 in A flat- Allegretto
07.Schubert- Impromptus, D. 935 No. 3 in B flat- Thema (Andante) mit Variationen
08.Schubert- Impromptus, D. 935 No. 4 in F minor- Allegro scherzando
09.Schumann- Fantasiestucke, Op. 12 1. Des Abends
10.Schumann- Fantasiestucke, Op. 12 3. Warum_
11.Schumann- Fantasiestucke, Op. 12 5. In der Nacht
12.Schumann- Fantasiestucke, Op. 12 8. Ende vom Lied

Alfred Brendel – Piano

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Guia dos Instrumentos antigos 1/8 – Idade Média: Cantigas de Santa Maria / Nos tempos dos Trovadores / O début da polifonia / Nos tempos da Guerra dos Cem Anos [link atualizado 2017]

ES-PE-TA-CU-LAR !!!

Livro com oito CDs fenomenalmente cedido pelo internauta Camilo Di Giorgi! Não tem preço!!!

Tem na Amazon: aqui.

Essa já chega no PQPBach como sendo uma das postagens que mais me enche de orgulho (a nós: Bisnaga e Avicenna, autores desta postagem a quatro mãos): uma edição de luxo de um guia de instrumentos antigos, com 200 páginas e OITO CDs com músicas em instrumentos de época.

É um material extraordinário para professores de história da arte, estudantes, músicos e curiosos em geral. O livro é trilíngue: está em francês, alemão e inglês. Não tem texto em português, mas nada que jogar uns trechos no Google tradutor não resolvam, né? Ele estará para download na oitava e derradeira postagem.
O aspecto geral é como esta página que colocamos abaixo (esta introduz a categoria das cordas friccionadas), com boas ilustrações e fotos de instrumentos originais. Escaneamos numa boa qualidade pra que vocês possam usar em aulas ou coisas assim. Conhecimento tem mais é que circular!

páginas 10 e 11 do livro.

Além de tudo, os CDs vêm com músicas de boa interpretação e com grande parte dos instrumentos descritos no livro em ação, em uma seleção de obras que abrange desde a Idade Média até o Classicismo, passando pelo Renascimento e Barroco.

AGUARDEM! Será uma postagem com cada CD por dia, deste domingo até o domingo que vem, quando disponibilizaremos o livro escaneado integralmente também.

Enfim, uma publicação espetacular!
Ouça! Leia! Estude! Divulgue e… Deleite-se!

Guide des Instruments Anciens – CD1
Idade Média: Cantigas de Santa Maria / Nos tempos dos Trovadores / O début da polifonia / Nos tempos da Guerra dos Cem Anos

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Ai, ai… As fofinhas: desde sempre fazendo sucesso!

Avicenna & Bisnaga

Georg Philipp Telemann (1681-1767) – Concertos para Viola da Gamba [link atualizado 2017]


Mais um que é IM-PER-DI-VEL !!!

Depois da postagem abaixo (originalmente uma postagem de viola da gamba de 2013), feita pelo chefão PQP, bateu uma inveja… Sabe aquela que as velhinhas chamam de “inveja boa”? Acho que foi dessas, pois me veio um ímpeto alucinante de postar essas belezas de peças para viola da gamba de Georg Philipp Telemann, coisa de louco, e tão belas quanto a intérprete e o instrumento solista.

Tratemos primeiramente de Telemann. Ele anda meio jogadinho às traças, pois não é complexo como Bach nem vibrante como Vivaldi, mas não podemos tirar-lhe o posto um dos maiores compositores do barroco. Sua obra é vastíssima, abrange quase tudo que se imagina. Telemann é um dos mais prolíficos compositores da história, mas pudera: ele tinha uma espécie de guilda, um escritório de composição, com ajudantes e tudo mais. Compunha, arranjava e arrematava as obras dos pupilos e… as assinava. Com isso, o alemão aí conseguiu ter uma produção tão numerosa (passam de 2 mil obras. Já me corrigiram: passam de 3 mil!), no entanto, não há como saber com certeza se as obras por ele assinadas saíram realmente de sua imaginação e de sua própria caneta…

Tenha em conta que isso não reduz a qualidade das obras que levam até hoje o nome de Telemann: suas composições são de extrema qualidade. Ouça este álbum e compreenderás!

Tratemos então de nossa bela intérprete, Hille Perl. Como a magrinha aí é boa! Como a música flui quando ela se entrelaça com aquela viola da gamba com o espelho cravejado de madrepérolas! Se você já ouviu o concerto para viola do Telemann (postado aqui) numa viola da baccio, a versão de Perl é muito superior, é de uma fluência incrível!

Bom, ouça para entender essa rasgação de seda! Deleite-se meeeesmo!

Palhinha:
http://youtu.be/kDUzdKopKuY

Georg Philipp Telemann (1681-1767)
Concertos para Viola da Gamba

Sonata em Si para Viola da Gamba e Baixo Contínuo
01. Largo
02. Vivace
03. Andante
04. Allegro
Concerto em Mi para Viola da Gamba e Baixo Contínuo
05. Allegro
06. Largo
07. Allegro
Concerto em Lá para 2 Violas e Baixo Contínuo
08. Soave
09. Allegro
10. Adagio
11. Allegro
Suite em Ré para Viola da Gamba, Cordas e Baixo Contínuo
12. Ouverture
13. La trompette
14. Sarabande
15. Rondeau
16. Bourée
17. Courante
18. Gigue
Concerto em Sol para Viola da Gamba, Cordas e Baixo Contínuo
19. Largo
20. Allegro
21. Andante
22. Presto

Hille Perl, viola da gamba
Freiburger Barockorchester
Petra Müllejans, regente

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Telemann: até diminuí a imagem porque o cara era feio pra dedéu!
Ainda bem que ganhava dinheiro com outra coisa…

Bisnaga

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Complete Sonatas for Keyboard and Violin Sonatas – CDs 7 e 8 de 8 – Podger, Cooper

71YZiaSCYAL._SL1500_Estes dois últimos cds dessa excelente integral de Rachel Podger trazem algumas variações e sonatas de juventude. Vale a pena ouvir, nem que seja pelo simples motivo de ouvir o violino de Rachel Podger. Ela é maravilhosa. Claro que não podemos esquecer do pianoforte de Gary Cooper, um excelente músico.

Hoje é o meu último dia de férias. A partir de segunda feira volto à rotina do trabalho. Infelizmente não consegui fazer quase nada do que tinha planejado, mas o simples fato de ter ficado em casa lendo e ouvindo meus discos já valeu e muito a pena.

Então vamos concluir a série.

CD 7

01. Allegro in B flat major, KV 372
02 – 08 – 6 Variations in G minor, ‘Hélas, j’ai perdu mon amant’, KV 374b
09. Sonata in E flat major, KV 26 ; I. Allegro molto
10. Sonata in E flat major, KV 26 ; II. Adagio poco Andante
11. Sonata in E flat major, KV 26 ; III. Rondeaux
12. Fantasia in C minor for Piano, KV 396
13-25 12 Variations in G major, ‘La Bergère Célimène’, KV 374a

CD 8

01. Sonata in B flat major, KV 10 ; I. Allegro
02. Sonata in B flat major, KV 10 ; II. Andante
03. Sonata in B flat major, KV 10 ; III. Menuetto I and II
04. Sonata in G major, KV 11 ; I. Andante
05. Sonata in G major, KV 11 ; II. Allegro
06. Sonata in G major, KV 11 ; III. Menuetto ; Allegro
07. Sonata in A major, KV 12 ; I. Andante
08. Sonata in A major, KV 12 ; II. Allegro
09. Sonata in F major, KV 13 ; I. Allegro
10. Sonata in F major, KV 13 ; II. Andante
11. Sonata in F major, KV 13 ; III. Menuetto I and II
12. Sonata in C major, KV 14 ; I. Allegro
13. Sonata in C major, KV 14 ; II. Allegro
14. Sonata in C major, KV 14 ; III. Menuetto I and II ‘Carillon’
15. Sonata in B flat major, KV 15 ; I. Andante maestoso
16. Sonata in B flat major, KV 15 ; II. Allegro grazioso

Rachel Podger – Violin
Gary Cooper – Pianoforte

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Francis Poulenc (1899-1963): Aubade – Les Biches

Francis Poulenc (1899-1963): Aubade – Les Biches

Estava eu navegando pelos milhões de mares dessa imensa blogosfera, procurando por gravações de Satie, quando me deparei com esse primor de álbum. Adoro Satie, Milhaud e o Les Six como um todo, porém tenho em Poulenc, a figura mais talentosa do grupo. Um CD tipicamente com a cara de Poulenc e do irônico e extrovertido Les Six.

A seguir, um trecho retirado da WIKIPÉDIA, sobre a vida pessoal de Poulenc.

A vida de Poulenc foi uma vida de constante luta interna (“meio monge, meio bad boy”). Tendo nascido e sido educado na religião católica, Poulenc debatia-se com a conciliação dos seus desejos sexuais pouco ortodoxos à luz das suas convicções religiosas. Poulenc referiu a Chanlaire que “Sabes que sou sincero na minha fé, sem excessos de messianismo, tanto como sou sincero na minha sexualidade Parisiense.” Alguns autores consideram mesmo que Poulenc foi o primeiro compositor abertamente gay, embora o compositor tenha mantido relações sentimentais e físicas com mulheres e tenha sido pai de uma filha, Marie-Ange.

A sua primeira relação afectiva importante foi com o pintor Richard Chanlaire, a quem dedicou o seu Concert champêtre: “Mudaste a minha vida, és o sol dos meus trinta anos, uma razão para viver e trabalhar“. Em 1926, Francis Poulenc conhece o barítono Pierre Bernac, com o qual estabelece uma forte relação afectiva, e para quem compõe um grande número de melodias. Alguns autores indicam que esta relação tinha carácter sexual, embora a correspondência entre os dois, já publicada, sugira fortemente que não. A partir de 1935 e até à sua morte, em 1963, acompanha Bernac ao piano em recitais de música francesa por todo o mundo. Pierre Bernac é considerado como “a musa” de Poulenc.

Poulenc foi profundamente afetado pela morte de alguns dos seus amigos mais próximos. O primeiro foi a morte prematura de Raymonde Linossier, uma jovem com quem Poulenc tinha esperanças de casar. Embora Poulenc tivesse admitido que não tinha nenhum interesse sexual em Linossier, eram amigos de longa data. Em 1923, Poulenc ficou chocado e inane durante um par de dias depois da morte aos 20 anos, na sequência de febre tifóide, do seu amigo, o romancista Raymond Radiguet. Já em 1936, o seu grande amigo Pierre-Octave Ferroud foi decapitado num acidente de automóvel na Hungria, na sequência do qual visitou a Virgem Negra de Rocamadour. Em 1949, a morte de outro grande amigo, o artista Christian Bérard, esteve na origem da composição do seu Stabat Mater.

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Poulenc: Aubade – Les Biches

Les Biches, suite for orchestra (from the ballet), FP 36
1. Très lent – Subito allegro molto 3:23
2. Adagietto 3:38
3. Rag-Mazurka, Presto 6:05
4. Andantino 3:03
5. Final, Presto 3:44

Les animaux modèles, suite for orchestra, FP 111
6. Le Petit Jour – Dawn (Très Calme) 4:26
7. Le Lion Amoureux – The Amorous Lion (Passionnéjment Animé) 1:43
8. L’Homme Entre Deux Âges Et Ses Deux Maîtresses – A Middle-Aged Man And His Two Mist 2:05
9. La Mort Et Le Mûcheron – Death And The Woodcutter (Très Lent) 5:46
10. Les Deux Cogs – Two Roosters (Très Modéré) 3:31
11. Le Repas De Midi – Midday Meal (Très Doux, Calme Et Heureux) 3:12

12. Matelote provençale, for orchestra (for collab. work, La guirlande de Campra), FP 153: No. 5 {From ‘La Guirlande De Campra’} 1:32

13. Pastourelle, ballet movement (for collab. work, L’éventail de Jeanne), FP 45 1:55

14. Valse (pour Micheline Soulé), for piano in C major (for collab. work, Album des Six), FP 17 1:50

15. Discours du général, ballet movement (for collab. ballet, Les mariés de la Tour Eiffel, by Les Six), FP 23/1 0:58

16. La baigneuse de Trouville, ballet movement (for collab. ballet, Les mariés de la Tour Eiffel, by Les Six), FP 23/2 1:49

Aubade, choreographic concerto for piano & 18 instruments, FP 51
17. Toccata (Lento Et Pesante; Molto Animato) 2:41
18. Récitatif: Les Compagnes De Diane (Larghetto) 1:46
19. Rondeau: Diane Et Compagnes (Allegro)/Entrée De Diane (Più Mosso)/Sortie de Diane (Céder un peu) 3:21
20. Presto: Toilette De Diane (Presto) 1:35
21. Récitatif: Introduction À La Variation De Diane (Larghetto) 2:12
22. Andante: Variation De Diane (Andante Con Moto) 3:07
23. Allegro Féroce: Désespoir De Diane 0:39
24. Conclusion: Adieux Et Départ De Diane (Adagio) 4:58

Deux préludes posthumes et 3e gnossienne (orchestraton of 3 piano works of Erik Satie), FP 104
25. No. 1, ‘Fete donnee’ 3:34
26. No. 2, ‘1er prelude du Nazareen’ 3:43
27. No. 3, ‘3eme gnossienne’ 2:14

Pascal Rogé, piano
Orchestre National de France, Charles Dutoit

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Poulenc
Poulenc, de longe, o mais talentoso do Les Six

Marcelo Stravinsky