Rimsky-Korsakov (1844-1908): Suíte de O Galo de Ouro / Rossini (1792-1868): Abertura Guilherme Tell / Tchaikovsky (1840-1893): Marcha Eslava / Chabrier (1841-1894): España / Franz Liszt (1811-1886): Rapsódia Húngara No. 2 e Marcha Rakoczy

Rimsky-Korsakov (1844-1908): Suíte de O Galo de Ouro / Rossini (1792-1868): Abertura Guilherme Tell / Tchaikovsky (1840-1893): Marcha Eslava / Chabrier (1841-1894): España / Franz Liszt (1811-1886): Rapsódia Húngara No. 2 e Marcha Rakoczy

Em meados do século XX, este tipo de música era considerada “ligeira”, algo para concertos ao ar livre, para o grande público tomar seu primeiro contato com os clássicos. Hoje parece apenas música erudita em disco de gatinhos. O que houve conosco?

Em 1881, Henry Lee Higginson, o fundador da Orquestra Sinfônica de Boston, escreveu sobre seu desejo de apresentar em Boston “concertos de um tipo leve de música”. Então a Boston Pops foi fundada para apresentar este tipo de música ao público, com o primeiro concerto realizado em 1885. Chamado de “Concerto de Passeio” eles duraram até 1900, eram performances de música clássica “leve”.

A Orquestra não tinha um maestro próprio até o ano de 1930, quando Arthur Fiedler começou seu mandato. Fiedler trouxe aclamação mundial à orquestra. Ele sempre foi infeliz com a reputação de que a música erudita era para a elite aristocrática, e sempre fez esforços para levar os eruditos a um público vasto. Sempre promoveu concertos gratuitos em Boston, assim aos poucos foi popularizando a música clássica na região.

Sob sua direção a orquestra fez inúmeras gravações campeãs de vendas, arrecadando um total superior a US$ 50 milhões. As primeiras gravações da orquestra foram feitas em julho de 1935 para a RCA Victor, incluindo a primeira gravação completa da Rhapsody in Blue de Gershwin.

Fiedler também é lembrado por ter começado a tradição anual da orquestra se apresentar no 4 de julho (Independência dos Estados Unidos) na praça da Esplanada, uma das celebrações mais aclamadas, que contava com um público entre 200 e 500 mil pessoas.

Após a morde de Fiedler, em 1979, John Williams tomou o cargo, em 1980. Williams continuou com a tradição de levar a música clássica ao público mais vasto. Ele ficou no cargo até 1994, quando passou para Keith Lockhart em 1995. Lockhart segua à frente da Pops, acrescentando um toque de extravagância e um dom para o drama. Williams continua sendo maestro laureado e realiza uma semana de concertos por ano.

Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Suíte de O Galo de Ouro – Le Coq’or – Suíte, Rossini (1792-1868) – William Tell Overture, Tchaikovsky (1840-1893) – Marcha Eslava, Chabrier (1841-1894) – España e Franz Liszt (1811-1886) – Rapsódia Húngara No. 2 e Rakoczy March

Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Suíte de O Galo de Ouro – Le Coq’or – Suíte
01. King Dodom in his Palace
02. King Dodom on the Battlefield
03. King Dodom with the Queen of Shemakha
04. March

Gioachino Rossini (1792-1868) – William Tell Overture
05. William Tell Overture

Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) – Marcha Eslava
06. Marcha Eslava

Emmanuel Chabrier (1841-1894) – España
07. España

Franz Liszt (1811-1886) – Rapsódia Húngara No. 2 e
08. Rapsódia Húngara No. 2

Rakoczy March
09. Rakoczy March

Boston Pops Orchestra
Arthur Fiedler, regente

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Arthur Fiedler
Arthur Fiedler

PQP

Karajan Conducts Tchaykovsky – CD 1 de 8 – Symphony nº1 in G Minor, op. 13, “Winter Dreams”; Eugen Oneguin, Marche Slave op 31 – Karajan – Berliner Philharmoniker

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NOVOS LINKS !!!  Já foram várias as solicitações para que esta caixa voltasse. Hoje estou realizando o desejo destes fiéis leitores – ouvintes. E Karajan continua reinando soberano neste repertório, claro que ao lado de Mravinsky, Svetlanov, Silvestri, entre alguns outros. Como se trata apenas de subir novamente os arquivos, creio que será mais rápido. Não sei qual a opinião dos senhores a respeito de Tchaikovsky, mas ele ainda é fundamental para mim, depois de mais de quarenta anos ouvindo sua música. Uma curiosidade: há exatos quatro anos, isso mesmo, no dia 4 de setembro de 2011, eu iniciava a postagem desta caixa. 

Já foram inúmeras as tentativas de postar essa caixa, mas sempre aparecia alguma coisa para impedir. Ainda não sei quanto tempo vai demorar para postar os oito cds, mas vou no meu ritmo. Um dia acaba, ainda mais que tem outras caixas sendo preparadas.
Esta caixa que irei postar tem grandes momentos. Não vem ao caso elogiar algum cd e criticar outros, apenas fica a opção para os senhores escolherem o que acharem melhor.
Este primeiro CD tem a pouco gravada Primeira Sinfonia, “Winter Dreams”, Sonhos de Inverno. Seu segundo movimento é uma das mais belas páginas escritas por Tchaikovsky. Triste, lânguida, com um tema absurdamente belo e triste. Não há como não imaginarmos aquelas imensas planícies geladas russas, as estepes. O que vemos é apenas desolação, silêncio… Tchaikovsky consegue traduzir em notas toda aquela beleza.
Após duas peças do “Eugen Oneguin” o cd conclui com a conhecida Marcha Eslava, uma das peças mais conhecidas do compositor.
Belo CD, para se apreciar com calma e moderação, de preferência acompanhado de um bom livro e um bom vinho nestes frios dias aqui no Sul.

1- Symphonie no.1 in G minor, Op. 13 Winter Dreams – 1. Dreams of a winter journey – Allegro tranquillo)
2 – 2. Land of Desolation Land of Mists – Andante cantabile ma non tanto)
3 – 3. Scherzo. Allegro scherzando giocoso)
4 – 4. Finale. Andante lugubre – Allegro moderato – Allegro maestoso – Allegro vivo)
5 – Eugen Onegin – Polonaise
6 – Eugen Onegin – Walzer
Marche Slave op.31 – Moderato in modo di marcia funebre

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor

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karajan06
Pois é, Karajan, você ainda é o cara !!!

Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Liturgia de São João Crisóstomo, Op. 41 – NOVOS LINKS


POSTAGEM ORIGINAL DE CARLINUS EM 8/5/2010, NOVOS LINKS FORNECIDOS POR VASSILY E AVICENNA EM 27/8/2015

Dia desses, nosso SAC recebeu um pedido para revalidar a linda Liturgia de São João Crisóstomo, de Tchaikovsky. Não tinha a gravação postada pelo Carlinus, então tive que recorrer a uma das duas de que dispunha. A de melhor som é aquela moderna da Hyperion, com os Corydon Singers, mas achei que o sotaque russo desta envolvente gravação soviética da Melodiya lhe conceda uma vantagem considerável.

 

Vassily Genrikhovich

POSTAGEM ORIGINAL DE CARLINUS EM 8/5/2010

O segundo post em homenagem a Tchaikovsky é a – não muito conhecida – Liturgia de São João Crisóstomo. Trata-se de uma obra de beleza incomum.  A audição desta liturgia nos remete aos desertos, aos monastérios do início da era cristã. Segundo a História, Crisóstomo (cognominado “o boca de ouro”, pelo poder de sua oratória), um dos pais da igreja cristã do oriente, teria elaborado esta liturgia a partir da Liturgia de São Basílio. Esta liturgia compõe, juntamente com a Liturgia dos Dons Pré-Santificados, as formas de celebração eucarística do rito bizantino. A Liturgia de São João Crisóstomo é usada na maior parte do ano litúrtgico das igrejas orientais. A grande questão é que este CD imprime profundos efeitos na alma do ouvinte. A última vez que senti efeitos tão marcantes em minha interioridade foi quando comecei a ver ao filme São Jerônimo, do diretor brasileiro Júlio Bressane. A película de Bressane é cheia de arrebatamentos místicos, de simbolismos metafísicos. Não é brincadeira ouvir uma peça destas. A alma  necessariamente solitária gravita em busca de paisagens idílicas.  Não deixe de ouvir este CD e se transformar num eremita, num ermitão, que não se corrompe com o ouro e com a prata oferecida pelo mundo. Mas se volta para os valores etéreos, de possibilidades arrebatoras. Minha nossa! Hoje eu estou impossível. Chega!

Quem quiser conhecer a LITURGIA

Carlinus

 

51AvKAaqFiLPyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Liturgia de São João Crisóstomo, Op. 41

1 – Amin. Gospodi pomilui
2 – Slava: Edinorodniy Syne
3 – Priidite, poklonimsya
4 – Alliluiya
5 – Slava tyebe gospodi
6 – Kheruvimskaya pyesn
7 – Gospodi pomilui
8 – Veruyu vo Yedinago Boga Otsa
9 – Milost mira
10 – Tyebe poyem
11 – Dostoino yest
12 – Amin. I so dukhom tvoyim, Gospodi, pomilui
13 – Otche nash
14 – Khvalitye Gospoda s nebyes
15 – Blagoslovyen gryadiy vo imya Gospodnye

Coro de Câmara do Ministério da Cultura da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
Valery Polyansky, regente

BAIXAR AQUI (link de Vassily)

Favourite Cello Concertos – Haydn, Dvorak, Schumann, Elgar, Tchaikovsky, Saint-Säens (Revalidação)

Postado originalmente em 13 de março de 2011.

Este é um baita CD, daqueles que dispensam comentários. Traz um repertório deveras de peso com obras para cello – Haydn, Dvorak, Elgar, Schumann, Tchaikovsky e Saint-Säens. O músico que nos conduzirá por essa jornada é Mischa Maisky, aluno de Rostropovich e Piatigorsky, dois mestres incontestáveis do instrumento no século XX. Maisky tem se apresentado em várias salas de concerto pelo mundo – Orquestra Nacional Russa, Orquestra de Câmara da Europa, Orquestra Sinfônica de Londres e etc. Gravado ao lado de nomes como Martha Argerich e Gidon Kremer. Sendo assim, não hesite em baixar, pois temos aqui as principais obras que já foram compostas para o instrumento. Uma boa apreciação!

DISCO 01

Joseph Haydn (1732-1809) – Cello Concerto #2 In D, Op. 101, H 7B_2
01. 1. Allegro Moderato
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo_ Allegro

Chamber Orchestra of Europe

Antonín Dvorák (1841-1904) – Cello Concerto op. 104
04. 1. Allegro
05. 2. Adagio, Ma Non Troppo
06. 3. Finale_ Allegro Moderato

Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein, regente

From The Bohemian Forest, Op. 68 – Silent Woods
07. From The Bohemian Forest, Op. 68 – Silent Woods

Orchestra de Paris
Semyon Bychkov, regente

DISCO 02

Robert Schumann (1810-1856) – Cello Concerto In A Minor, Op. 129
01. 1. Nicht Zu Schnell
02. 2. Langsam
03. 3. Sehr Lebhaft

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein, regente

Edward Elgar (1857-1934) – Cello Concerto In E Minor, Op. 85
04. 1. Adagio Moderato
05. 2. Lento, Allegro Molto
06. 3. Adagio
07. 4. Allegro Moderato

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Variations On A Rococo Theme, Op. 33
08. Moderato Semplice
09. Var. #1, Tempo Della Tema
10. Var. #2, Tempo Del Tema
11. Var. #3, Andante Sostenuto
12. Var. #4, Andante Grazioso
13. Var. #5, Allegro Moderato
14. Var. #6, Andante
15. Var. #7, Coda_ Allegro Vivo

Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente

Camille Saint-Saens (1835-1921) – Carnival Of The Animals
16. 14. The Swan

Orchestre de Paris
Semyon Bychkov, regente

Mischa Maisky, violoncelo

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

Carlinus

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – Violin Concerto in D Major,op. 35 – Erich Wolfgang Korngold (1897-1957) – Concerto for Violin & Orchestra in D Major, op. 35 – Mutter, Previn, LSO


Existem dezenas, talvez centenas de gravações do Concerto para Violino, op. 35, de Tchaikovsky. Aqui mesmo no PQP já devem ter sido postadas pelo menos uma meia dúzia delas (ou estarei enganado? Alguém se proporia a contar?).Meus intérpretes para estes concertos são David Oistrakh, Jascha Heifetz, Viktoria Mullova. Mullova? Digamos que esta gravação da russa com o Ozawa esteja nesta lista por motivos particulares.

A vida de Anne-Sophie Mutter é conhecida: menina prodígio, aos 14 anos de idade já estreava no mundo das gravações ao lado de ninguém menos que Karajan, que a apresentou ao mundo num LP com Concertos de Mozart gravados pela poderosa gravadora Deutsche Grammophon. Realizou diversas gravações com o velho Kaiser, inclusive do próprio concerto de Tchaikovsky, isso tudo antes de completar 20 anos de idade.

Não entrarei no mérito da qualidade destas interpretações de juventude, algumas delas sensacionais, com certeza, como seu Brahms, tocado com uma maturidade e competência invejáveis. Não lembro de ter ouvido seu Tchaikovsky de juventude, talvez influenciado pela Mullova, sua grande “rival”, pelo menos no meu ranking. Até fiz uma brincadeira há alguns anos atrás colocando gravações das sonatas de Brahms com as duas, para deixar nas mãos dos senhores a escolha do “quem é a melhor”.
Mas o tempo passa, o tempo voa. A maturidade chega, e talvez por cláusulas contratuais, sei lá, ela resolve gravar novamente o op. 35 de Tchaikovsky. Desta vez, acompanhada do maridão, o excelente regente Andre Previn. O contraste é claro: a bela Mutter, que, apesar de já estar chegando nos 50 anos continua muito bonita e charmosa, e o velho Previn, já adentrado nos seus setenta e poucos anos, mas sempre grande galanteador, lembrando que ele foi o primeiro marido da atriz Mia Farrow, isso nos idos do início dos anos 70. Talvez por este motivo resolveram gravar este CD juntos, sabe como é, o amor é lindo, né? Dois concertos românticos, que curiosamente tem o mesmo opus, 35, e escritos na mesma tonalidade de Ré maior.

Ok. Mas por que acho que a química entre os dois não funciona? Sei lá,entende? Não dá liga, Mutter às vezes toca de forma tão mecânica que deixa de lado toda a força dramática da obra, e para piorar Previn torna a grande Sinfônica de Londres uma orquestra burocrática, também sem emoção, sem apelo. Vi um documentário certa vez com uma aula magna do Maxim Vengerov em que ele explicava para um “aluno” que para tocar Tchaikovsky o músico tem de suar sangue, tem de chegar no final da interpretação tão extenuado que mal consegue se manter em pé, tamanha a entrega que ele tem de fazer na execução da obra. Mutter, quem diria, minha musa inspiradora, a violinista que me inspira já há mais de 30 anos não conseguiu me comover desta vez. Será que a idade está chegando e FDPBach está se tornando um chato que exige cada vez mais de si mesmo para encontrar um nível que talvez nunca mais seja atingido? Afinal suas gravações favoritas destas obras (Oistrakh e Heifetz) foram realizadas há mais de cinquenta anos atrás… o que falta? É pouco provável que surjam novamente músicos do nível destes dois gigantes citados acima, reconheço, mas como diria a velha frase dos guevaristas, “hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás”. Mutter, nesta gravação, realizada ao vivo, por sinal, endureceu sim porém perdeu a ternura. Talvez a explicação seja esse comentário seu que consta na contracapa do CD: “Performing contemporary music has added immeasurably to the way I play Tchaikovsky´s concerto”.
Curiosamente, no Concerto de Korngold reencontro a Mutter que conheço há tanto tempo. É comovente ouvi-la tocar o magnífico primeiro movimento deste concerto único. Vá entender. E sempre acompanhada do maridão e da LSO. Heifetz era um gênio, sem dúvidas, mas segundo testemunhos, sempre acabava virando um showman, exagerando no virtuosismo. Mutter aqui, ao contrário, exibe o virtuosismo de sempre e faz seu Stradivarius chorar, assim como também faz fraquejar e apertar o coração deste chato de galocha que vos entedia com tantas considerações inúteis e lhes impede de apreciar a mais bela e talentosa violinista de sua geração.

Me perdoa por te traíres, Viktoria Mullova.

Piotr Illyich Tchaikovsky – Violin Concerto in D Major,op. 35, Erich Wolfgang Korngold – Concerto for Violin & Orchestra in D Major, op. 35

01. Tchaikovsky Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – I. Allegro moderato
02. Tchaikovsky Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – II. Canzoneta. Andante- attacca
03. Tchaikovsky Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – III. Finale. Allegro vivacissimo
04. Korngold Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – I. Moderato nobile
05. Korngold Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – II. Romance. Andante
06. Korngold Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.35 – III. Finale. Allegro assai vivace

Anne-Sophie Mutter – Violin
London Symphony Orchestra
Andre Previn – Conductor

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Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – The Complete Ballets – Swan Lake, Sleeping Beauty e The Nutcracker – Ansermet (6 CDs)


Tchaikovsky foi o mago das melodias perfeitas. Poucos compositores foram capazes de tão belas catedrais sonoras como as erigidas por ele. E o que dizer dos seus ballets? Certamente um dos momentos mais sublimes de sua obra. Em seus ballets há ritmo, cadência, mistério, força, beleza, evocação e sonho. Três são os seus ballets: O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra Nozes. O desejo de postar essas obras me instigou há alguns dias atrás quando eu tive a oportunidade de assistir ao filme O Cisne Negro, do diretor americano Darren Aronofsky. A película me causou funda impressão. A bela encenação da atriz Natalie Portman me deixou completamente absorvido pelos ballets de Tchaikovsky. Lembrei que dispunha dessa caixa com seis CDs com o gigante Ernest Ansermet, um dos grandes regentes do século XX. Disponho também de uma bela caixa com esses mesmos ballets sob a direção de Karajan. Mas os ballets de Tachaikovski por Karajan perto dos de Ansermet não passam de folclore. As gravações dos ballets por Ansermet foram realizadas na década de 50 do século passado, dispondo de mais de 60 anos. Mas o interessante é que a qualidade é notável. Os timbres dos sopros causam um efeito especial. Ansermet mostra a sua mestria nesses trabalhos que devem ser revisitados sempre que estivermos em busca de fantasia e beleza. Há alguns cortes nos ballets, mas o conjunto é fabuloso! Uma boa apreciação!

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – The Complete Ballets – Swan Lake, Sleeping Beauty e The Nutcracker – Ansermet (6 CDs)

DISCO 01

Swan Lake

01. Introduction – No. 1 Scene (Allegro giusto)
02. No. 2 Waltz
03. No. 4 Pas de trois
04. No. 7 Subject – no. 8: Dance with Goblets
05. No. 10 Scene
06. No. 11 Scene No. 12 Scene No. 13 Scene
07. I. Tempo di Valse
08. V. Pas d’action: Odette et le prince
09. IV. Dans de petis cygnes
10. VI. Danse generale
11. II. Odette solo
12. VII. Coda
13. No. 15 Scene
14. No. 17 Scene: Entrance and Waltz of the Special Guests
15. No. 18 Scene
16. No. 21 Spanish Dance
17. No. 22 Neapolitan Dance
18. No. 23 Mazurka
19. No. 20 Danse Hongroise
20. No. 5 Pas de deux

DISCO 02

01. No. 28 – Scene (Allegro agitato)
02. No. 29 – Finale

Variations on a Rococo-Theme op. 33
03. Variations on a Rococo-Theme op. 33

Symphony No. 6 op. 74
04. I Adagio – Allegro non troppo
05. II Allegro con gracia
06. III Allegro molto vivace
07. IV Finale

DISCO 03

Sleeping Beauty

01. Introduction
02. No. 2 Dance scene
03. Introduction – adagio
04. Variation I – The Fairy of the Crystal Fountain
05. Variation II – The Fairy of the Enchanted Garden
06. Variation III – The Fairy of the Woodland Glades
07. Variation IV – The Fairy of the Songbirds
08. Variation V – The Fairy of the Golden Vine
09. Variation VI – The Lilac Fairy of the
10. Coda
11. No. 4 – Finale
12. No. 5 – Scene
13. No. 6 – Waltz
14. No. 7 – Scene
15. Rose Adagio
16. Dance of the Maids of Honour and the Pages
17. Aurora’s Variation
18. Coda
19. No. 9

DISCO 04

01. No. 10 – Entr’acte and Scene
02. No. 11 – Blind man’s Buff – No. 12 – Scene: Dances of the Courtiers
03. Scene
04. Dance of the Duchesses
05. Dance of the Baronesses
06. Dance of the Countesses
07. Dance of the marchionesses
08. No. 13 – Farandole: Scene – Dance
09. No. 14 – Scene: Prince Florimund and the Lilac Fairy – no. 15 – Pas d’action
10. Pas d’action: Aurora and Florimund
11. Aurora’s Variation
12. Coda
13. No. 16 – Scene
14. No. 17 – Panorama
15. No. 19 – Symphonic Entr’ acte – No. 20 – Finale: The Awakening
16. No. 21 – March
17. No. 22 – Polonaise: Procession of Fairy Tale Characters – no. 23 – Pas de quatre
18. Introduction
19. Variation I – The Golden Fairy
20. Variation II – The Silver Fairy
21. Variation IV – The Diamond Fairy – Coda
22. No. 24 – Pas de caractere: Puss-in-boots and the White Cat – no. 25 – Pas de quatre
23. Introduction
24. Variation I – Cinderella and Prince Charming
25. Variation II – The Bluebird and Princess Florine
26. Coda
27. No. 26 – Pas de caractere: Red Riding Hood and the Wolf
28. No. 27 – Tom Thumb –
29. No. 28 – Cinderella and Prince Fortune
30. Entree
31. Variation I – Florimund
32. Variation II – Aurora
33. Coda
34. No. 29 – Sarabande – no. 30 – Finale and Apotheosis
35. Finale
36. Apotheosis

DISCO 05

The Nutcracker

01. Miniature Overture
02. No. 1 – The Decoration of the Christmas Tree
03. No. 2 – March
04. No. 3 – Children’s Galop and Entry of the Parents
05. No. 4 – Arrival of Drosselmeyer
06. No. 5 – Grandfather’s Dance
07. No. 6 – Scene: Clara and the Nutcracker
08. No. 7 – Scene: The Battle
09. No. 8 – Scene: In the Pine Forest
10. No. 9 – Waltz of the Snowflakes

Act II

11. No. 10 – Scene: The Kingdom of Sweets
12. No. 11 – Clara and the Prince – No. 12 – Divertissement
13. Chocolate: Spanish Dance
14. Coffee: Arabian Dance
15. Tea: Chinese Dance
16. Trepak: Russian Dance
17. Dance of the Reed Pipes
18. Mother Gigogne
19. No. 13 – Waltz of the Flowers

DISCO 06

01. No. 14 Pas de deux
02. Variation I – Tarantella
03. Variation II – Dance of the Sugar Plum Fairy
04. Coda
05. No. 15 Final Waltz and Apotheosis

Suite for Orchestra No. 3 op. 55
06. I Elegie
07. II Valse melancolique
08. III Scherzo
09. IV Theme et variations

Suite for Orchestra No. 4 op. 61
10. I Gigue
11. II Menuet
12. III Preghiera
13. IV Theme et variations

Orchestre de la Suisse Romande
Ernest Ansermet, regente

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Carlinus

[Restaurado] Argerich Collection – Beethoven, Chopin, Tchaikovsky, Schumann, Liszt, Prokofiev e Ravel

Martha Argerich é com certeza uma das maiores pianistas da história. Exagero? Não. Senso profundo de um discernimento apurado. Suas interpretações geralmente são eivadas de expressividade, energia e paixão. Existe um frescor latente em sua performance. Posso notar, por exemplo, nesse momento enquanto escuto o concerto no. 1 de Beethoven isso que acabei de enunciar. Esse box que ora posto com 4 CDs, traz os principais concertos para piano já escritos. Senti falta de Brahms e Grieg, já que o repertório é em quase sua totalidade romântico. Os quatro CDs nos levam a mais de quatro horas de música da mais alta qualidade, com esta argentina polida e apaixonada. Um bom deleite!

DISCO 01

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –

Piano Concerto No.1 in C major, Op.15
01. I.Allegro con brio
02. II.Largo
03. III.Rondo Allegro

Piano Concerto No.2 in B flat major, Op. 19
04. I.Allegro con brio
05. II.Adagio
06. III.Rondo Allegro molto

Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 02

Frédéric Chopin (1810-1849) –

Piano Concerto No.1 in e minor, Op.11
01. I.Allegro maestoso
02. II.Romance-Larghetto
03. III.Rondo-Vivace

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, piano

Piano Concerto No.2 in f minor, Op.21
04. I.Maestoso
05. II.Largetto
06. III.Allegro vivace

National Symphony Orchestra
Mstilav Rostropovich, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 03

Peter I. Tchaikovsky (1840-1893) –

Piano Concerto No.1 in B flat minor, Op.23
01. I.Allegro non troppo e molto maestoso-Allegro con sp
02. II.Andantino semplice
03. III.Allegro con fuoco

Royal Philharmonic Orchestra
Charles Dutoit, regente
Martha Argerich, piano

Robert Schumann (1810-1856) –

Piano Concerto in a minor Op.54
04. I.Allegro affettuoso
05. II.Intermezzo Andantino-attacca
06. III.Allegro vivace

National Symphony Orchestra
Mstilav Rostropovich, regente
Martha Argerich, piano

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DISCO 04

Franz Liszt (1811-1886) –

Piano Concerto No.1 in E flat major
01. I.Allegro maestoso
02. II.Quasi Adagio
03. III.Allegretto vivace-Allegro animatto
04. IV.Allegro marziale animato

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, regente

Serge Prokofiev (1891-1953) –

Piano Concerto No.3 in C major
05. I.Andante-Allegro
06. II.Thema Andantino
07. III.Allegro ma non troppo

Maurice Ravel (1875-1937) –

Piano Concerto in G major
08. I.Allegramente
09. II.Adagio assai
10. III.Presto

Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado, regente
Martha Argerich, piano

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Carlinus

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 8 de 8 – Concerto for Piano & Orch. Nr.1 in B flat minor, Op.23, 04 – Tchaikovsky_ Concerto for Violon & Orch. in D major, Op.35 – Karajan, Richter, Ferras, BPO

Esta excelente caixa da DG acaba em grande estilo, trazendo os dois concertos mais famosos de Tchaikovsky com dois instrumentistas peso-pesados que dispensam comentários.
O Concerto para piano com certeza é o mais famoso dos concertos já compostos para este instrumento. Sviatoslav Richter e Karajan dão um banho nessa gravação. Richter foi um gigante dos teclados, e sua interpretação é tão coesa, não dando margens à especulações e dúvidas, que até hoje, quase cinquenta anos depois de realizada (é de 1963) ainda é considerada um dos grandes momentos da indústria fonográfica.
E para completar a caixa, outro peso pesado, o violinista Christian Ferras, interpreta o Concerto para violino. Emocionante, vibrante, atordoante, são adjetivos que cabem facilmente para este concerto e para a interpretação de Christian Ferras. Para fechar a caixa com chave de ouro.

Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 8 de 8 – Concerto for Piano & Orch. Nr.1 in B flat minor, Op.23, – Concerto for Violon & Orch. in D major, Op.35 – Karajan, Richter, Ferras, BPO

01 – Concerto for Piano & Orch. Nr.1 in B flat minor, Op.23_ 1. Allegro non troppo e molto maestoso – Allegro com spirito

02 – Concerto for Piano & Orch. Nr.1 in B flat minor, Op.23_ 2. Andantino semplice – Prestíssimo – Tempo I

03 – Concerto for Piano & Orch. Nr.1 in B flat minor, Op.23_ 2. Allegro con fuoco

04 – Concerto for Violon & Orch. in D major, Op.35_ 1. Allegro moderato

05 – Concerto for Violon & Orch. in D major, Op.35_ 2. Canzonetta. Andante – attaca

06 – Concerto for Violon & Orch. in D major, Op.35_ 3. Finale. allegro vivacíssimo

Sviatoslav Richter – Piano

Christian Ferras – Violin

Berliner Philharmoniker

Herbert von Karajan – Conductor

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Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 7 de 8 – Sleeping Beauty, Op. 66 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Karajan, BPO

A Bela Adormecida, O Lago dos Cisnes, O Quebra – Nozes. Fala sério… um cd destes não pode dar errado. É música para começar bem a primavera, para alegrar espíritos mais tristonhos, enfim, música para nos deixar felizes. Até imagino Karajan rindo à toa enquanto comanda os seus músicos. Com músicas como essas até a tradicional rabujice e sisudez do velho Kaiser desaparece.
Como falei em postagem anterior, ando preguiçoso e sem vontade de escrever. Por isso fico por aqui. Divirtam-se.

Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 7 de 8 – Sleeping Beauty, Op. 66 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71

01 – Tchaikovsky_ Sleeping Beauty, Op. 66 – Introduction_ La Fée Des Lilas. Allegro vivo – andantino – Andante sostenuto
02 – Tchaikovsky_ Sleeping Beauty, Op. 66 – Adagio_ Pas D’Action. Andante – Adagio maestoso – Tempo I – Molto sostenuto, quasi piú andante – Tempo I
03 – Tchaikovsky_ Sleeping Beauty, Op. 66 – Pas De Caractère – Le Chat Botte Et La Chatte blanche. Allegro moderato.
04 – Tchaikovsky_ Sleeping Beauty, Op. 66 – Panorama. Andantino
05 – Tchaikovsky_ Sleeping Beauty, Op. 66 – Valse. Allegro. (Tempo di valse)
06 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Scéne – Moderato
07 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Valse_ Tempo Di Valse
08 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Danse Des Cygnes_ Allegro Moderato
09 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Scéne – Andante, Andante Non Troppo, Tempo I
10 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Danse Hongroise (Czardas). Moderato assai. Allegro moderato. Vivace.
11 – Tchaikovsky_ Swan Lake Suite, Op. 20A – Scéne Finale – Allegro Agitato – Alla breve. Moderato e maestoso
12 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Ouverture Miniature. Allegro giusto.
13 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Danses Caracteristiques_ Marche. tempo di marcia viva.
14 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Danses Caracteristiques_ Danse De La Fée Dragée. Andante non troppo.
15 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Danses Caracteristiques_ Danse Russe. Trépak. Tempo di Trépak, molto vivace.
16 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Danses Caracteristiques_ Danse Arabe
17 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Danses Caracteristiques_ Danse Chinoise
18 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Danses Caracteristiques_ Danse Des mirlitons.
19 – Tchaikovsky_ The Nutcracker Suite, Op. 71A – Valse Des Fleurs.

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan

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Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 6 de 8 – Symphony nº 6 in B Minor, op. 74, "Pathetique", Romeo and Juliet, Fantasy after Shakespeare – Karajan, BPO

Neste sexto cd da coleção “Karajan conducts Tchaikovsky” temos outro peso pesado da discografia de Herbert von Karajan: esta sua gravação da Sinfonia nº6, também conhecida como “Patética” gravada em 1964, sempre com a Filarmônica de Berlim. Um primor.
E fico por aqui. Ando meio preguiçoso para escrever. Nas Wikipedias da vida os senhores irão encontrar dezenas de análises desta obra.  Mas acho mais interessante que ouçam essa gravação, assim tiram suas próprias conclusões. Passem bem.

Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 6 de 8 – Symphony nº 6 in B Minor, op. 74, “Pathetique”, Romeo and Juliet, Fantasy after Shakespeare – Karajan, BPO

01 – Tschaikowsky – Symphony no. 6 in B minor, op. 74 ‘Pathétique’ – Adagio – Allegro non troppo, Andante – Moderato mosso – Andante – Moderato assai – Allegro vivo – Andante come prima – Andante mosso.
02 – Tschaikowsky – Symphony no. 6 in B minor, op. 74 ‘Pathétique’ – Allegro con grazia
03 – Tschaikowsky – Symphony no. 6 in B minor, op. 74 ‘Pathétique’ – Allegro molto vivace
04 – Tschaikowsky – Symphony no. 6 in B minor, op. 74 ‘Pathétique’ – Finale. Adagio lamentoso. Andante.
05 – Tschaikowsky – Romeo and Juliet Fantasy Overture after Shakespeare – Andante non tanto quasi Moderato – Allegro – Molto meno mosso – Allegro giusto – Moderato assai.

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan

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Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 5 de 8 – Symphony no. 5 in E minor, op. 64, Serenade for String Orchestra in C major, op. 48, Karajan, BPO

Minha relação com esta quinta sinfonia de Tchai, mais especificamente com essa gravação do Karajan, vem de longa data, uns 25 anos, mais ou menos. Ouvi muito o velho LP. Viciei nessa gravação, para ser sincero, e em determinada época de minha vida, era o único disco que tocava no velho 3×1 . Só virava o lado.
O tempo passa, o tempo voa. O velho LP já se perdeu nas areias do tempo, assim como o velho 3×1. Mas a marcação, o ritmo, o tempo que o velho Kaiser adotou ainda é o que mais me atrai. Alguns podem acusá-la de ser um pouco mais rápida que o necessário, mas ela se encalacrou na minha cabeça que custou tirá-la. Há uns anos atrás postei a impecável versão do Mravinsky, para muitos a versão definitiva. Pode até ser, e realmente ela é maravilhosa, mas em minha modesta opinião, Karajan ganha por um corpo de diferença. Ainda me arrepio quando ouço a introdução da trompa do segundo movimento. E fala sério: o que é esse andante cantabile??? Vá estar inspirado assim lá em Moscou no século XIX… ou em São Petersburgo. Definitivamente, é uma das mais belas páginas da história da música.
Depois dessa overdose de romantismo explícito, nada como acabar o CD com a belíssima Serenata para cordas. Um primor.
Novamente os corações apaixonados irão suspirar… eu mesmo, depois de ouvir essa gravação pela enésima vez, ainda fico arrepiado. COISA DE LOUCO!!
Definitivamente, essa gravação leva o selo de IM-PER-DÍ-VEL!!!

Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 5 de 8 – Symphony no. 5 in E minor, op. 64, Serenade for String Orchestra in C major, op. 48
01 – Symphony no. 5 in E minor, op. 64 – Andante – Allegro con anima
02 – Andante cantabile, con alcuna licenza – Moderato con anima – Andante mosso – Allegro non troppo – Tempo I
03 – Valse. Allegro moderato
04 – Finale. Andante maestoso – Allegro vivace – Molto vivace – Moderato assai e molto maestoso – Presto.
05 – Serenade for String Orchestra in C major, op. 48 – Pezzo in forma di Sonatina
06 – Valse. Moderato. Tempo di Valse
07 – Elegia Larghetto elegiaco
08 – Finale. Tema russo. Andante – Allegro con spirito

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan

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Karajan Conducts Tchaikovsky – CD 4 de 8 – Synphony no. 4 in F minor, op. 36, Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Karajan, BPO, Rostropovich

Eu diria que esta coleção começa a engrenar aqui, com este CD de número 4. Aqui o bicho pega.
A Sinfonia de nº 4 é de uma força tremenda, já no seu início, com os sopros mostrando a que vieram, e logo depois, as cordas, ah, as cordas da Filarmônica de Berlim… que unidade, que coerência, que precisão… em minha opinião, é a partir desta obra que Tchaikovsky começa a ser conhecido como grande sinfonista, apesar das críticas negativas na época de sua estréia com o tempo ela se impôs, e é uma das obras mais executadas e gravadas do compositor russo até os dias de hoje.
A alma russa está sempre presente na obra de Tchaikovsky, mas aquele romantismo tão característico se impõe em sua obra. Ela intercala momentos de explosão e de tranquilidade, nos levando à extremos. Gostei deste comentário do resenhista da Wikipedia:

The Fourth Symphony is where Tchaikovsky’s struggles with Western sonata form came to a head. In some ways he was not alone. The Romantics in general were never natural symphonists because music was to them primarily evocative and biographical. Western musical form, as developed primarily by Germanic composers, was analytical and architectural; it simply was not designed to handle the personal emotions the Romantics wished to express.The difference with Tchaikovsky was that while the other Romantics remained generally autobiographical in what they wanted to express, he became more specific and, consequently, more intense.
In his first three symphonies he had striven to stay within strict Western form. The turbulent changes in his personal life, including his marital crisis, now led him to write music so strongly personal and expressive that structural matters could not stay as they had been. Beginning with the Fourth Symphony, the symphony served as a human document—dramatic, autobiographical, concerned not with everyday things but with things psychological. This was because Tchaikovsky’s creative impulses had become unprecedentedly personal, urgent, capable of enormous expressive forcefulness, even violence.

A outra obra do CD é a famosa gravação das “Variações sobre um Tema Rococo” com o grande, quiçá o maior violoncelista do século XX, Mstislav Rostropovich. É considerada a gravação definitiva dessa obra.

Enfim, para quem curte fortes emoções, eu diria que este CD é altamente recomendável. Claro que leva o selo de IM-PER-DÍ-VEL!!!

01 – Symphony no. 4 in F minor, op. 36 – 1. Andante sostenuto – Moderato con anima
02 – Symphony no. 4 in F minor, op. 36 – 2. Andantino in modo di canzone
03 – Symphony no. 4 in F minor, op. 36 – 3. Scherzo. Pizzicato ostinato – Allegro
04 – Symphony no. 4 in F minor, op. 36 – 4. Finale. Allegro con fuoco
05 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Moderato quasi Andante
06 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Tema. Moderato
07 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Variazone I. Tempo del tema
08 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Variazone II. Tempo del Tema
09 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Variazone III – Andante sostenuto
10 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Variazone IV. Andante grazioso
11 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Variazone V. Alegro moderato
12 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Variazone VI. Andante
13 – Variations on a Rococo Theme for Cello and Orchestra op. 33 – Variazone VII – Alegro vivo

Mstislav Rostropovich – Cello
Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan

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Piotr Iliych Tchaykovsky – Tchaikovsky, Shakespeare – Dudamel – Simon Bolivar SOV

Confesso que demorei um pouco para aderir ao “dudamelismo”, mas tenho de reconhecer que o cara tem um baita de um talento, e trouxe para as salas de concerto um pouco daquele carisma e alegria que viamos nos bons tempos de Bernstein. Sorriso, dança, gestos e trejeitos de apoio aos músicos, enfim, carisma.
Dia destes tive a oportunidade de assistir sua “estréia” frente à Filarmônica de Los Angeles, da qual atualmente é diretor, tocando a Sinfonia Titâ de Mahler. Muito bom mesmo. Emocionante.
Este CD que estou postando é o último trabalho dele, com sua Orquestra Simon Bolivar Symphony Orchestra of Venezuela. Não pretendo entrar aqui nos méritos sociais ou políticos deste projeto que ele coordenou nas favelas de Caracas, mas também não posso deixar de admirar seu empenho neste mesmo projeto que o lançou mundialmente, que o tornou mundialmente conhecido, e o levou à frente de uma Filarmônica de Los Angeles, ou Berlim.
Estes trabalhos de Tchaikovsky aqui gravados não são tão conhecidos, com exceção, é claro, do balé Romeo e Julieta. Não diria que é um disco temático. Dudamel juntou três peças do russo que foram baseadas na obra do bardo. Mas é um baita disco com uma música simplesmente magnifíca, claro que para aqueles que admiram o compositor.
Uma boa dica para o domingo.

01 – Hamlet – Fantasy Overture after Shakespeare op. 67
02 – The Tempest – Symphonic Fantacy after Shakespeare op. 18
03 – Romeo and Juliet – Fantasy Overture after Shakespeare

Simon Bolivar Symphony Orchestra of Venezuela
Gustavo Dudamel – Director

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Piotr Ilich Tchaikovsky – Tchaikovsky / Liszt: First Piano Concertos – Alice Sara Ott

Final de tarde meio deprimente… estava estudando Direito Constitucional até agora, e minha cabeça está a mil. Não consigo distinguir uma tecla da outra. Aí resolvi postar. Escolhi um CD bem novo, lançado agora no final de outubro, com uma nova intérprete, e duas obras hiper conhecidas. A notícia da saída do mano bluedog da nossa equipe, desde o começo comigo e com o mano PQP aqui no blog, me deixou aborrecido, e triste, talvez mais triste do que aborrecido, confesso.  Então, de certa forma, essa postagem é feita em sua homenagem.

Não existe mais nada para se falar destes dois concertos. Amo os dois. Tenho diversas gravações deles, e sempre destaco o grande Sviatoslav Richter como o grande intérprete para qualquer um deles. Mas ele morreu, deixou seu legado, claro, mas a indústria não pode parar. Então lançam novos intérpretes como as montadoras lançam novos modelos de seus carros, mas o repertório básico continua o mesmo: talvez um pouco mais de conforto, GPS, airbags, entre outras inovações. Nas grandes gravadoras é a mesma coisa. Novos rostos, porém a idéia básica permanece a mesma: uma excelente orquestra, com seus 100 músicos, em média, um regente, um Steinway Grand Piano, e um solista. Ou uma solista.

Mais um rosto bonitinho nas capas dos cds da Deutsche Grammophon. Creio que foi o José Eduardo quem comentou dia desses essa nova “política” da DG, ou da Universal, sei lá: novos rostos e de preferência, bonitinhos, com um ar sensual, mas que muitas vezes deixam a desejar com relação ao talento. Lembram da Lara St John seminua na capa de seu CD tocando papai Bach? Blasfêmia para alguns. Inovador para outros. A polêmica passou, e ela recém lançou um novo CD tocando Bach, porém arranjou algum DJ que remixou,sampleou ou sei lá mais o quê, a obra. Não sei nem quero saber o resultado disso. Não me interessa.

Mas aqui temos mais um rosto bonitinho. Com uma capa interessante, na qual se destaca uma bela jovem, uma foto que poderia estar no editorial de qualquer revista especializada em moda, mas não, esta foto é a capa de um CD da DG que traz dois pilares da música ocidental, duas obras que sustentam um gênero musical conhecido como romantismo: os primeiros concertos para piano de Tchaikovsky e de Liszt. Alguém poderia dizer que se trata apenas de uma modelo, que a solista é uma velha matrona, como era a grande Ingrid Haebler, quando tive a oportunidade de assisti-la tocando concertos de Mozart, uma austera senhora austríaca, meio obesa, porém com mãos de anjo tocando o Steinway do Teatro Municipal de São Paulo. Não, não, não. Essa jovem é a solista.

Um risco da gravadora? Pode ser. Mas por trás disso tudo, existe um engenheiro de som e um produtor que conhecem a fundo o que fazem, e se arriscam. Um risco calculado, é lógico. Afinal de contas, o nome da poderosa Detsche Grammophon está em jogo. Sim, sim, eu sei que eles já lançaram muita coisa ruim, vide as últimas gravações de Karajan. Mas o que mais me chama a atenção nisso tudo, tirando o fator técnico ou musical, é que a gravadora está se renovando. Lembram daquelas clássicas capas pretas dos finais dos anos 60 e início dos 70? A pose clássica do mesmo Karajan com as integrais das sinfonias de Beethoven?

Mas afinal, para que gravar novamente essas obras, que já existem tantas outras gravações? Vamos relacionar alguns: o já mencionado Richter, Gilels, Horowitz, Argerich, Byron Janis, Zimerman, entre tantos outros, gravações antológicas, que deixaram seu legado. Mas aquelas gravações são para as antigas gerações, a minha incluída (estou me encaminhando para os 46 anos). Para a nova geração ter interesse é necessário uma nova roupagem. Então colocam uma bela jovem, vestindo um jeans surrado, e não um vestido de concerto, em uma paisagem meio que bucólica eu diria. Lembram do Nigel Kennedy tocando as Quatro Estações de Vivaldi em pleno Royal Albert Hall, vestido como um punk com cabelo cortado ao estilo moicano? O cara vendeu um bilhão de LPs, e vende até hoje… alguns puristas reclamaram, mas a EMI ri à toa até hoje.

Mas voltemos à nossa jovem Alice Sara Ott. Definitivamente, um grande talento. Seu Tchaikovsky me emocionou, confesso, e olhem que as versões que estava ouvindo até então era a do Richter e a do Byron Janis, as duas melhores realizadas até hoje, porém gravadas nos anos 60. A jovem Alice não tem medo. Ela explora os labirintos extremamente técnicos dessas duas peças tão difíceis como gente grande, com grande experiência. Não é por acaso que os dois comentaristas até agora da amazon lhe deram cinco estrelas. E sua linha de argumentação é parecida com a minha, ou a minha com a deles, sei lá: uma das características das verdadeiras obras-primas, dos verdadeiros clássicos, é exatamente sua capacidade de renovação a cada nova leitura. E o que ouço nesta gravação é isso: uma tentativa de novas explorações, de novos caminhos. Posso estar equivocado, e daqui a duas semanas volte ao Richter e ao Byron Janis. Mas por enquanto, é o que estou ouvindo, e é o que estou sentindo.

Com relação à poderosa Münchner Philharmoniker não há o que se falar. o genial Celibidache a moldou, lhe deu a forma, e a deixou afinadíssima pelos próximos 50 anos. Qualquer outro regente que vá dirigi-la não deve ter grandes problemas.

Maiores informações sobre esse jovem talento acessem: http://www.alice-sara-ott.com/

Espero que apreciem.

Piotr Ilich Tchaikovsky – Tchaikovsky / Liszt: First Piano Concertos – Alice Sara Ott

1. Piano Concerto No.1 In B Flat Minor, Op.23 – 1. Allegro Non Troppo E Molto Maestoso – Allegro Con Spirito
2. Piano Concerto No.1 In B Flat Minor, Op.23 – 2. Andantino Semplice – Prestissimo – Tempo I
3. Piano Concerto No.1 In B Flat Minor, Op.23 – 3. Allegro Con Fuoco
4. Piano Concerto No.1 In E Flat, S.124 – 1. Allegro Maestoso
5. Piano Concerto No.1 In E Flat, S.124 – 2. Quasi Adagio – Allegretto Vivace – Allegro Animato
6. Piano Concerto No.1 In E Flat, S.124 – 3. Allegro Marziale Animato – Presto

Alice Sara Ott – Piano

Münchner Philharmoniker

Thomas Hengelbrock – Conductor

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