Em meados do século XX, este tipo de música era considerada “ligeira”, algo para concertos ao ar livre, para o grande público tomar seu primeiro contato com os clássicos. Hoje parece apenas música erudita em disco de gatinhos. O que houve conosco?
Em 1881, Henry Lee Higginson, o fundador da Orquestra Sinfônica de Boston, escreveu sobre seu desejo de apresentar em Boston “concertos de um tipo leve de música”. Então a Boston Pops foi fundada para apresentar este tipo de música ao público, com o primeiro concerto realizado em 1885. Chamado de “Concerto de Passeio” eles duraram até 1900, eram performances de música clássica “leve”.
A Orquestra não tinha um maestro próprio até o ano de 1930, quando Arthur Fiedler começou seu mandato. Fiedler trouxe aclamação mundial à orquestra. Ele sempre foi infeliz com a reputação de que a música erudita era para a elite aristocrática, e sempre fez esforços para levar os eruditos a um público vasto. Sempre promoveu concertos gratuitos em Boston, assim aos poucos foi popularizando a música clássica na região.
Sob sua direção a orquestra fez inúmeras gravações campeãs de vendas, arrecadando um total superior a US$ 50 milhões. As primeiras gravações da orquestra foram feitas em julho de 1935 para a RCA Victor, incluindo a primeira gravação completa da Rhapsody in Blue de Gershwin.
Fiedler também é lembrado por ter começado a tradição anual da orquestra se apresentar no 4 de julho (Independência dos Estados Unidos) na praça da Esplanada, uma das celebrações mais aclamadas, que contava com um público entre 200 e 500 mil pessoas.
Após a morde de Fiedler, em 1979, John Williams tomou o cargo, em 1980. Williams continuou com a tradição de levar a música clássica ao público mais vasto. Ele ficou no cargo até 1994, quando passou para Keith Lockhart em 1995. Lockhart segua à frente da Pops, acrescentando um toque de extravagância e um dom para o drama. Williams continua sendo maestro laureado e realiza uma semana de concertos por ano.
Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Suíte de O Galo de Ouro – Le Coq’or – Suíte, Rossini (1792-1868) – William Tell Overture, Tchaikovsky (1840-1893) – Marcha Eslava, Chabrier (1841-1894) – España e Franz Liszt (1811-1886) – Rapsódia Húngara No. 2 e Rakoczy March
Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908) – Suíte de O Galo de Ouro – Le Coq’or – Suíte
01. King Dodom in his Palace
02. King Dodom on the Battlefield
03. King Dodom with the Queen of Shemakha
04. March
Gioachino Rossini (1792-1868) – William Tell Overture
05. William Tell Overture
Piotr I. Tchaikovsky (1840-1893) – Marcha Eslava
06. Marcha Eslava
Emmanuel Chabrier (1841-1894) – España
07. España
Franz Liszt (1811-1886) – Rapsódia Húngara No. 2 e
08. Rapsódia Húngara No. 2
Rakoczy March
09. Rakoczy March
Boston Pops Orchestra
Arthur Fiedler, regente
![Arthur Fiedler](https://pqpbach.ars.blog.br/wp-content/uploads/2017/03/Arthur-FiedlerBIG.jpg)
PQP
Interessante CD. Um CD “leve”, ótimo para se ouvir depois de um dia de trabalho.
Acho tão engraçado esses compositores que se apaixonam por uma melodia de outro, e se julgam capazes de fazer um trabalho melhor!
Liszt deve ter pensado, a respeito da Marcha de Berlioz, algo assim: “Poxa, eu é que devia ter composto isso aí!”
Brincaderinha! Gosto muito das homenagens que alguns compositores prestam a outros, fazendo releituras de uma determinada obra. Liszt era perito nisso!
Esse é o repertório romântico do qual gosto e que me serviu de base: feito por homens (búfalos reprodutores), para homens ouvirem. Abaixo a delicadeza de Chopin, Schumann e les autres baïtoles.
Antes que venha algum portador de Síndrome de Aspergen achar que estou criando caso: meu compositor romântico preferido é Tchaikóvski.
Esse disco é o significado da perfeição!