Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1796) – The Wind Concertos – CD 2-7

Depois de toda a polêmica sobre a postagem do colega Marcelo Stravinsky, trago mais um belo cd com obras de Mozart.

O segundo cd da coleção da Orpheus Chambers Orchestra dedicada às obras para sopro de Mozart traz os belíssimos concertos para Trompa e Orquestra.  São peças conhecidas e muito gravadas, e a Orpheus mantém a tradição das grandes interpretações para estas obras.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Bassoon Concerto in B flat, K.191

Cadenza by Frank Morelli
1 1. Allegro – Cadenza: Frank Morelli
2 2. Andante ma adagio – Cadenza: Frank Morelli
3.3  Rondo. Tempo di Menuetto – Cadenza: Frank Morelli

Frank Morelli, Orpheus Chamber Orchestra

Horn Concerto No.2 in E flat, K.417
Cadenza by William Purvis
4 1. Allegro maestoso
5 2. Adagio
6 3. Rondo. Allegro – Cadenza: William Purvis

William Purvis, Orpheus Chamber Orchestra

Allegro in D for Horn and Orchestra, K.412
7 1. Allegro
8 2. Rondo:Allegro

Orpheus Chamber Orchestra, David Jolley

Horn Concerto No.3 in E flat, K.447
Cadenza by William Purvis
9 1. Allegro – Cadenza: William Purvis
10 2. Romanze (Larghetto)
11 3. Allegro

William Purvis, Orpheus Chamber Orchestra

Horn Concerto No.4 in E flat, K.495

Cadenz by David Jolley after Dennis Brain
12 1. Allegro maestoso
13 2. Romanza (Andante)
14 3. Rondo (Allegro vivace)

David Jolley, Orpheus Chamber Orchestr

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Alfred Schnittke (1934-1998): Concerto Grosso Nº 1, Quasi una sonata, Moz-Art à la Haydn

No tempo em que comprei este CD, em 1991, Schnittke era “o mais celebrado compositor soviético”. Assim como seu país mudou, Schnittke mudou muito como compositor ao longo da vida. Antes influenciado por Shostakovich, depois adotou o poli-estilismo — uma coisa divertidíssima que pode ser ouvida neste Concerto Grosso de cordas enlouquecidamente vivaldianas e tangos de um Piazzolla que veio do frio — e depois adotou um estilo bem mais tímido e sério.

O carro-chefe do CD é o Concerto Grosso — casualmente, o Avicenna irá dançar um tango barenboiniano amanhã –, mas Quasi una sonata e Moz-Art à la Haydn são de primeira linha. Há um certo parentesco, nada mais do que isso, entre Quasi una sonata e Sonâncias III, de Marlos Nobre, obra que não lembro ter sido postada aqui. Daqui alguns dias, postarei a ópera Life with an Idiot, de Schnittke. Aguardem com a habitual paciência.

Schnittke: Concerto Grosso Nº 1, Quasi una sonata, Moz-Art à la Haydn

Concerto Grosso No.1, for 2 violins, harpsichord, prepared piano & 21 strings (1976-77)
1. Prelude: Andante
2. Toccata: Allegro
3. Recitativo: Lento
4. Cadenza [without tempo marking]
5. Rondo. Agitato
6. Postludio. Andante – Allegro – Andante
Tatjana Grindenko e Gidon Kremer, violinos
Yuri Smirnov, cravo e piano preparado
Heinrich Schiff, regência

7. Quasi una sonata, for violin & chamber orchestra (1987)
Yuri Smirnov, piano
Gidon Kremer, violino e regência

8. Moz-Art à la Haydn, for 2 violins & 11 strings (1987)
Tatjana Grindenko, violino
Gidon Kremer, violino e regência

Chamber Orchestra of Europe (nas 3 obras)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750): The Bach-Vivaldi Concertos

Ao menos de minha parte, fecho a temporada de transcrições com uma curiosidade: transcrições escritas por Bach para o cravo sobre Concertos de Vivaldi. Robert Woolley vai muito bem, dando-nos um excelente recital deste Johann Sebastian Vivaldi. Há também transcrições para o órgão, provas da enorme admiração que meu pai tinha pelo Padre Tonho, o Vermelho.

Bach-Vivaldi Concertos

Concerto No 1 in D major, BWV972
1 Movement 1: [Allegro] [2’20]
2 Movement 2: Larghetto [3’48]
3 Movement 3: Allegro [2’19]

Concerto No 2 in G major, BWV973 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
4 Movement 1: [Allegro assai] [2’41]
5 Movement 2: Largo [2’28]
6 Movement 3: Allegro [2’23]

Concerto No 5 in C major, BWV976 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
7 Movement 1: [Allegro] [3’48]
8 Movement 2: Largo [3’31]
9 Movement 3: Allegro [3’08]

Concerto No 4 in G minor, BWV975 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
10 Movement 1: [Allegro] [3’10]
11 Movement 2: Largo [3’47]
12 Movement 3: Giga. Presto [1’46]

Concerto No 9 in G major, BWV980 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
13 Movement 1: [Allegro] [3’52]
14 Movement 2: Largo [4’05]
15 Movement 3: Allegro [3’47]

Concerto No 7 in F major, BWV978 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
16 Movement 1: Allegro [2’24]
17 Movement 2: Largo [2’47]
18 Movement 3: Allegro [2’28]

Robert Woolley (harpsichord)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Interlúdio – Keith Jarrett at Blue Note – CD 2

Uma postagem feita a toque de caixa, são quase dez horas da noite, estou acordado desde as 6 da manhã, e amanhã terei de acordar novamente nesta hora. Enfim, coisas dessa nossa vida maluca.

Keith Jarrett, Gary Peacock e Jack De Johnette. Nada mais preciso falar… apenas ouçam, ouçam, ouçam, e não se cansem de ouvir. É um santo remédio para esses dias de tédio. Impossível ficarmos indiferentes para estes três grandes músicos. Divirtam-se. Ah, antes que perguntem, o CD 1 já foi postado, basta procurá-lo…

Keith Jarrett – At Blue Note – CD 2

1. I’m Old Fashioned
2. Everything Happens to Me
3. If I Were a Bell
4. In the Wee Small Hours of the Morning
5. Oleo
6. Alone Together
7. Skylark
8. Things Ain’t What They Used to Be

Keith Jarrett – Piano
Gary Peacock – Bass
Jack DeJohnette – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – The Winds Concertos – Serenades – Divertimenti – CD 1-7 – Orpheus Chamber Orchestra

E porque hoje é domingo, dia dos pais, resolvi postar mais um cd, o terceiro neste final de semana, que vai deixá-los satisfeitos, ajudando a tornar a semana mais tolerável.

Pois bem, esta série da Orpheus Chamber Orchestra é de uma beleza sem par. Vou começar trazendo o primeiro CD, que tem a Sinfonia Concertante para Oboe, Clarinete, Trompa e Fagote (ufa). Eu nem lembrava mais que tinha subido este cd para o rapidshare já há alguns meses.

Para quem não conhece, a Orpheus Chamber Orchestra é uma orquestra norte americana, mais especificamente de Nova York. A história deles pode ser encontrada aqui . Se caracteriza por não possuir um regente fixo, existe um revezamento entre os músicos, que ocupam o cargo por um determinado período.Ah, nestas gravações os solistas são músicos da própria orquestra.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) -Sinfonia concertante in E flat for Oboe, Clarinet, Horn, Bassoon, Orch., K.297b, Clarinet Concerto in A, K.622, Andante for Flute and Orchestra in C, K.315

Sinfonia concertante in E flat for Oboe, Clarinet, Horn, Bassoon, Orch., K.297b
1.1   Allegro
2.2 Adagio
3.3 Andantino con variazioni

Stephen Taylor, David Singer, William Purvis, Steven Dibner, Orpheus Chamber Orchestra

Clarinet Concerto in A, K.622
4.1. Allegro
5.2. Adagio
6.3. Rondo (Allegro)

Charles Neidich, Orpheus Chamber Orchestra

7. Andante for Flute and Orchestra in C, K.315

Cadenz by Susan Palma

Orpheus Chamber Orchestra, Susan Palma

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Chick Corea (1941) – Corea.concerto – Spain for Sextet – Piano Concerto nº1

Minhas próximas postagens serão dedicadas a dois gênios do piano no jazz, Chick Corea e Keith Jarrett, dois intrumentistas que, no correr das 4 décadas de suas carreiras, quebraram barreiras e rótulos, e mostraram a que vieram em discos memoráveis, verdadeiros clássicos do Jazz. Mas também excursionaram pela música clássica, e são alguns destes discos que pretendo mostrar, para fechar com duas séries únicas, imbatíveis no meu entender.
Mas comecemos com Chick Corea. Este cd tem uma proposta interessantíssima, e muito bonita. Começa com o grande clássico do pianista, “Spain”, em uma versão para Sexteto de Jazz e Orquestra, e conclui com seu Primeiro Concerto para Piano e Orquestra. Eu sou fascinado por “Spain” desde os tempos do Return to Forever, e esta versão está muito interessante, eletrizante na verdade, e mostra toda a versatilidade de Corea e Origin , o super sexteto que o acompanha  desde os anos 90. Aguardem pois trarei mais material dessa turma no correr destes dias.Eis o comentário do editorialista da amazon.com sobre esse cd:

Amazon.com
The resurgence of pianist Chick Corea in the 1990s seemingly knows no bounds, as is demonstrated by his
Corea.Concerto. Blending Corea’s thrilling regular jazz sextet, Origin, with the London Philharmonic Orchestra, this disc is Corea’s second journey into classical music, after The Mozart Sessions with conductor and vocalist Bobby McFerrin. But Corea.Concerto is Corea’s first original symphonic work and it’s a mightily impressive debut. The disc is split into two major pieces: a bombastic, new arrangement of Corea’s classic “Spain,” first recorded in 1972 with Return to Forever and here featuring lengthy showcases for the members of Origin, and Corea’s new “Piano Concerto No. 1,” modeled after Mozart’s piano concertos and featuring the Philharmonic with Origin bassist Avishai Cohen and drummer Jeff Ballard. Of the two, “Spain” is perhaps more satisfying, only because it gives more room for the members of Origin to shine and because the unusual blend of jazz sextet and symphony orchestra is achieved here to a greater effect. There are moments in Spain’s “Opening and Introduction” when Corea attains a wonderful fusion of Latin rhythms, big orchestral blocks of sound that recall composers like Edgar Varese and have a jazz harmonic sensibility. The “Piano Concerto” is a more strictly classical piece that wears its Mozart influence on its sleeve, with melodies spun back and forth between piano and orchestra. –Ezra Gale

Chick Corea (1941) – Corea.concerto – Spain for Sextet – Piano Concerto nº1

(01) Spain- opening and introduction
(02) Spain- theme
(03) Spain- conclusion
(04) Concerto #1 part one
(05) Concerto #1 part two
(06) Concerto #1 part three

Performed by London Philharmonic Orchestra
with Original Dixieland Jazz Band, Armando Anthony (“Chick”) Corea
Conducted by Steven Mercurio

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Manuel de Falla (1876 — 1946) – Obras Para Piano [link atualizado 2017]

 

Sabemos que Manuel de Falla foi um gênio da música erudita espanhola, mas o que muitos não sabem é que ele foi extremamente severo consigo mesmo, quer dizer, com sua obra. Falla se cansava com facilidade e seu perfeccionismo, além de fazê-lo perder muito tempo, causando-lhe desgaste de energia, foi motivo para a destruição de muitas de suas partituras, por estas não estarem dentro de seu padrão pessoal de estética.

O propósito desta postagem é compartilhar, principalmente o concerto, que na minha opinião, é um dos mais espetaculares já compostos, o Concerto para Cravo, Flauta, Oboé, Clarineta, Violino e Violoncelo. O cd traz também uma versão para piano do mesmo concerto.

.oOo.

Manuel de Falla: Obras Para Piano

01 Nocturno (1896) 4:12

02 Vals-capricho (1900) 3:25

Piezas españolas 16:04
03 Aragonesa 3:09
04 Cubana 4:02
05 Montañesa (Paisaje) 4:55
06 Andaluza 3:58

07 Fantasía Bætica (1909) 13:04

09 Homenage (1920) 2:50
Pieza para guitarra escrita para “Le Tombeau de Debussy”, en arreglo para piano del autor

10 Pour Le Tombeau de Paul Dukas (1935) 3:45

Concerto Per Clavicembalo, Flauto, Oboe, Clarinetto, Violino e Violoncello (1926) 13:17
11 Allegro 3:09
12 Lento 5:59
13 Vivace 4:07

Concerto Per Piano, Flauto, Oboe, Clarinetto, Violino e Violoncello (1926) 14:39
14 Allegro 3:37
15 Lento 6:41
16 Vivace 4:20

Joaquín Achúcarro, piano y clave
Miembros de la Orquesta Sinfónica de Londres
Eduardo Mata, director

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Já viu nossos mais de 100 endereços para baixar partituras? Clique aqui

Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 1, 2 e 3 de 27)

Esta caixa é tão, mas tão maravilhosa que nem vou perder tempo justificando a postagem de mais uma série. Apenas digo que serão 27 CDs em 320 kbps que trarão todas as 15 sinfonias, todos os 15 quartetos, todas as sonatas para algum instrumento + piano, o quinteto, trios, os concertos para piano, violino e violoncelo, as suítes… Enfim, é um tesouro! Enjoy!

Ah, tinha esquecido: IM-PER-DÍ-VEL!!!

(Os textos abaixo foram “roubados” do amigo Milton Ribeiro.

Sinfonia Nº 1, Op. 10 (1924-1925)

Shostakovich começou a escrever esta sinfonia quando tinha dezessete anos. Antes disso, tinha composto alguns scherzi que só interessaram à musicólogos. Sua estréia foi mesmo com esta Nº 1, terminada antes do autor completar vinte anos. Ela tornou aquele estudante de música, mais conhecido por ser o pianista-improvisador de três cinemas mudos de Petrogrado, internacionalmente célebre. Tal fama pode ser atribuída por Shostakovich ser o primeiro rebento musical do comunismo, mas ouvindo a sinfonia hoje, não nos decepcionamos de modo algum. É música de um futuro mestre.

Ela começa com um toque de trompete ao qual, se acrescentarmos um crescendo, tornar-se-á um tema de Petrouchka, de Igor Stravinski. Alguns regentes russos fazem esta introdução exatamemente igual à Petroushka. É algo curioso que o jovem Dmitri tenha feito esta homenagem, quando dizia que seus modelos – e isto foi comprovadíssimo logo adiante – eram Mahler, Bach, Beethoven e Mussorgski. Mas há mesmo algo de “boneca triste” no primeiro movimento desta sinfonia. O segundo movimento possui um curioso tema árabe, que é a primeira grande paródia encontrada em sua obra. Um achado.

O movimento lento, muito triste, é daqueles que a Veja consideraria uma comprovação do sofrimento do compositor sob o comunismo e de uma postura fatalista do tipo isto-não-vai-dar-nada-certo, porém acreditamos que a morte de seu pai, ocorrida alguns meses antes e a internação de Dmitri num sanatório da Criméia (ele contraíra tuberculose) tenha mais a ver. Há um belíssimo solo funéreo de oboé neste movimento.

CD 1
Symphony No. 1 in F minor Op. 10
1. Allegretto. Allegro ma non troppo
2. Allegro
3. Lento
4. Allegro molto, Lento Allegro molto

5. Symphony No. 2 in B major Op. 14 for Chorus & Orchestra

6. Symphony No. 3 in E flat major in E Flat major for Chorus & Orchestra

Rundfunkchor
WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Sinfonia Nº 4, Op. 43 (1936)
Uma sinfonia decididamente mahleriana. Shostakovich estudara Mahler por vários anos e aqui estão os monumentais ecos destes estudos. Sim, monumentais. Uma orquestra imensa, uma música com grandes contrastes e um tratamento de câmara em muitos episódios rarefeitos: Mahler. O maior mérito desta sinfonia é seu poderoso primeiro movimento, que é transformação constante de dois temas principais em que o compositor austríaco é trazido para as marchas de outubro, porém, minha preferência vai para o também mahleriano scherzo central. Ali, Shostakovich realiza uma curiosa mistura entre o tema introdutório da quinta sinfonia de Beethoven e o desenvolve como se fosse a sinfonia “Ressurreição”, Nº 2, de Mahler. Uma alegria para quem gosta de apontar estes diálogos. O final é um “sanduíche”. O bizarro tema ritmado central é envolvido por dois scherzi algo agressivos e ainda por uma música de réquiem. As explicações são muitas e aqui o referencial político parece ser mesmo o mais correto para quem, como Shostakovich, considerava que a URSS viera das mortes da revolução de outubro para a alienação e daí iria novamente para as mortes, representadas pela iminente segunda guerra. Trata-se de um Big Mac seríssimo.

CD 2
Symphony No. 4 in C minor Op. 43
1. Allegro poco moderato
2. Moderato con moto
3. Largo. Allegro

WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937)
Esta é a obra mais popular de Dmitri Shostakovich. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio, um scherzo composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai a trouxe dizendo que era uma sinfonia muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele amava. Alguns consideram esta obra uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa freqüência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes…

Sinfonia Nº 6, Op. 54 (1939)
Uma perfeição esta sinfonia cujo dramático, concentrado e lírico primeiro movimento (um enorme Largo) é seguido por dois allegros, sendo o último pra lá de burlesco, chegando a ser mesmo circense (Presto). A estrutura estranha e inexplicável tem o efeito, ao menos em mim, de uma compulsão por ouvi-la e reouvi-la. Acho que volto sempre a ela com a finalidade de conferir se o primeiro movimento é mesmo tão perfeito e profundo e para buscar uma explicação para a galinhagem final – isto aqui não é uma tese acadêmica, daí a palavra “galinhagem” ser permitida… Nossa sorte é que existe aquele segundo Allegro central para tornar a passagem menos chocante. Esta belíssima obra talvez faça a alegria de qualquer maníaco-depressivo. É uma trilha sonora perfeita para quem sai das trevas para um humor primaveril em trinta minutos. Começa estática e intelectual para terminar num circo. Simplesmente amo esta música! É um pacote completo e de só uma via com desespero, sorrisos e gargalhadas.

CD 3
Symphony No. 5 in D minor Op. 47
1. Moderato. Allegro non troppo. Moderato
2. Allegretto
3. Largo
4. Allegro non troppo. Allegro

Symphony No. 6 in B minor Op. 54
5. Largo
6. Allegro
7. Presto

WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Greatest Hits, Vol. I [link atualizado 2017]

Continuando com as transcrições e arranjos de obras de Bach, apresento-lhes este é cd, que aparentemente, não se dá muita coisa por ele, porém olhando-o com mais calma, podemos verificar que, apesar de um repertório óbvio, o álbum só traz duas obras tocadas da forma tradicional/original. As outras são arranjos/transcrições que ficaram muito interessantes, como as transcrições para orquestra, da Tocata e Fuga em Ré Menor feita por Eugene Ormandy e das mais populares peças do Pequeno Livro dedicado a Anna Magdalena, orquestradas por Thomas Frost. O cd traz ainda o inusitado Movimento Final do Concerto Brandenburguês, tocado em um Sintetizador Moog por Wendy Carlos.
Singelo, mas vale a pena baixar e deliciar-se com estas pequenas jóias!                                    .oOo.

J. S. Bach: Greatest Hits, Vol. I

01 Preludium In E Major (3:35)
(Arr.: Fritz Kreisler – William Smith)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

02 Air On The G String (4:51)
Marlboro Festival Orchestra – Pablo Casals

03 Sleepers Awake (3:58)
(Arr.: Eugene Ormandy)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

04 Little Suite (from The Anna Magdalena Notebook) (7:27)
(Arr.: Thomas Frost)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

05 Toccata And Fugue In D Minor (9:10)
(Transcribed by Eugene Ormandy)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

06 Jesu, Joy of Man’s Desiring (3:10)
E. Power Biggs, Organ
Columbia Chamber Symphony – Zoltan Rozsnyai

07 A Mighty Fortress Is Our God (2:22)
(Arr.: Arthur Harris)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

08 Final Movement from Brandenburg Concerto Nº 3 In G Major (5:05)
Realized and Performed by Wendy Carlos on the Moog Synthesizer, with the assistance of Benjamim Folkman

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Já viu nossos mais de 100 endereços para baixar partituras? Clique aqui

Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

J. S. Bach (1685-1750): Bach / Busoni – Piano Transcriptions

Eu esperei anos por este disco, lançado em 2000. Afinal, Ferruccio Busoni (1866-1924) foi o maior “transcritor” da obra de Bach para o piano. Busoni tem uma obra, foi um bom compositor, etc., mas creio que alcançou a imortalidade ao transcrever, sempre com brilhantismo, peças e mais peças de Bach. Ouçam este CD. As obras não foram recriadas com enorme talento? É espantosa a “recriação” para o piano de uma das mais radicais obras de papai: a Toccata BWV 564. E a Chaconne? Ouvir esse disco me deixa feliz.

De resto, um repertório cheio de charme, longe da obviedade de repalmilhar pela nonagésima vez as peças mais conhecidas. O excelente Kun-Woo Paik fez escolhas muito particulares e sensíveis, coisa de conhecedor. Um feliz sábado para todos nós.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Bach / Busoni – Piano Transcriptions

– Toccata in C Major for Organ, BWV 564
1. Preludio, quasi improvisando – Tempo moderato
2. Intermezzo – Adagio
3. Fuga – Moderatamente scherzando, un poco umoristice

– Chorale Preludes for Organ
4. Komm, Gott Schopfer, Heiliger Geist, BWv 667
5. Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWv 645
6. Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 659
7. Nun freut euch, lieben Christen gmein, BWV 734
8. Ich ruf’ zu dir, Herr Jesu Christ, BWV 639
9. Jesus Christus, unser Heiland, BWV 665
10. In dir ist Freude, BWV 615
11. Herr Gott, nun schleuss den Himmel auf, BWV 617
12. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 637
13. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 705

14. Chaconne from Partita No. 2 for Violin, BWV 1004

Kun-Woo Paik, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

French opera overtures

Não, isso não é um repeteco. Marcelo Stravinsky, que posta CDs “na doida” (ele é mais o imprevisível de nós todos, pois não é comprometido com um estilo, época ou lugar, feito os demais), me legitimou a aparecer do nada e compartilhar este outro CD bacana de aberturas de óperas/operetas francesas que possuo há uns 15 anos. Se não fosse por minha conexão ruim, atualmente, estaria postando outras coisas boas de surpresa, fora música clássica brasileira pós-colonial.

Espero o quanto antes postar Le bal masqué, de Poulenc, em retribuição ao mano CDF.

***

French opera overtures

1. Bizet – Abertura de Carmen – Sinfônica de Bratislava – Ondrej Lénard
2. Offenbach – Abertura de A vida parisiense – London Festival Orchestra – Alfred Scholz
3. Auber – Abertura de Fra diavolo – Sinfônica de Nuremberg – Hanspeter Gmür
4. Adam – Abertura de Se eu fosse rei – LFS – Scholz
5. Berlioz – Abertura de O carnaval romano – Filarmônica Eslovaca – Ludovit Rajter
6. Boieldieu – Abertura de A dama branca – Sinfônica de Bratislava – Lénard
7. Offenbach – Abertura de Orfeu nos infernos – LFS – Scholz
8. Auber – Abertura de O dominó negro – Philharmonia Slavonica – Scholz
9. Boieldieu – Abertura de O califa de Bagdá – Sinfônica de Bratislava – Lénard

BAIXE AQUI

CVL

J. S. Bach (1685-1750): Transcriptions [link atualizado 2017]

Quero, também, homenagear Johann Sebastian Bach. Trago-lhes Bach em algumas roupagens diferentes. Orquestrações e arranjos de obras do gênio alemão feitas por compositores consagrados e em várias épocas distintas. Tudo isso sob a batuta de Esa-Pekka Salonen frente a Los Angeles Philharmonic. O cd inclui o espetacular arranjo orquestral de Stokowski para a Tocata e Fuga em Ré Menor e os arranjos de Gustav Mahler para algumas partes das Suites Orquestrais 2 e 3.

Um cd IM-PER-DÍ-VEL®!

.oOo.

Bach: Transcriptions

01 Toccata and Fugue for Organ in D minor, BWV 565 (10:07)
Orchestrated: Leopold Stokowski

02 Fantasie and Fugue for Organ in C minor, BWV 537 (9:10)
Orchestrated: Edward Elgar

03 Musikalisches Opfer, BWV 1079: Ricercare (8:39)
Orchestrated: Anton Webern

04 Prelude and Fugue for Organ in E flat major, BWV 552 “St. Anne” (15:24)
Arranged: Arnold Schoenberg

05 Fugue in G minor, BWV 578 “Little G minor” (3:57)
Orchestrated: Leopold Stokowski

Suite For Organ, Harpsichord & Orchestra
(Selections from Orchestral Suites 2 & 3)
Arranged: Gustav Mahler

Orchestral Suite No.2 BWV 1067
06 Overture (7:47)
07 Rondeau and Badinerie (3:20)

Orchestral Suite No.3 BWV 1068
08 Air (5:31)
09 Gavotte I and Gavotte II (3:44)

Los Angeles Philharmonic
Esa-Pekka Salonen

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

J. S. Bach (1685-1750): Capricci, Toccata, Little Preludes

Vou tomar uma atitude profilática. Estou mandando tomar no cu quem reclamar que este CD tem apenas uma faixa. Bom, ele é uma conversão de um antigo LP de 1986 da Melodija soviética que nunca tornou-se CD e que é tão bom, tão bom, mas tão bom que é melhor calar e ouvir. (Explico melhor: mandarei tomar aqueles não leem o que estão baixando. Você, meu dedicado leitor que chegou a esta linha, é amado por mim).

Eu não sei quem foi este Lubimov, eu só sei que o cara amava Bach, tocava demais e seu LP/CD/mp3 é de se ouvir de joelhos. Ajoelhei ou tremei, infiéis! (Querem ver como alguém vai reclamar que está tudo numa só faixa? Não me chamo P.Q.P. Bach se alguém não reclamar!)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Ah, som de boa qualidade!

J. S. Bach – Capricci, Toccata, Little Preludes

Capriccio in B flat major “Sopra la lontananza del suo fratello dilettissimo” BWV 992 – 10.15
01. 1. Arioso. Adagio
02. 2. (Andante)
03. 3. Adagissimo
04. 4. (Andante con moto)
05. 5. Aria di Postiglione. Allegro poco
06. 6. Fuga all’ imitazione della cornetta di postiglione

07. Capriccio in E major “In honorem Joh. Christoph. Bachii”, BWV 993 – 5.51

Toccata in E minor, BWV 914 – 7.09
08. 1. –
09. 2. Un poco Allegro
10. 3. Adagio
11. 4. Fuga. Allegro

Twelve Little Preludes, – 11.35
12. 1. in C major, BWV 924
13. 2. in C major, BWV 939
14. 3. in C minor, BWV 999
15. 4. in D major, BWV 925
16. 5. in D minor, BWV 926
17. 6. in D minor, BWV 940
18. 7. in E minor, BWV 941
19. 8. in F major, BWV 927
20. 9. in F major, BWV 928
21. 10. in G minor, BWV 929
22. 11. in G minor, BWV 930
23. 12. in A minor, BWV 942

Six Little Preludes – 10.46
24. 1. in C major, BWV 933
25. 2. in C minor, BWV 934
26. 3. in D minor, BWV 935
27. 4. in D major, BWV 936
28. 5. in E major, BWV 937
29. 6. in E minor, BWV 938

Alexei Lubimov – “Tschudi” harpsichord, London 1766
Conversão feita a partir de um LP

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

E ainda nem respondi ao e-mail…

… apesar de estar louco de orgulho!

Assunto: O Pensador Selvagem: CD de composições do Compomus da UFPB

Boa tarde!

Venho aqui atender ao pedido dos compositores do Laboratório de Composição Musical da UFPB (COMPOMUS) que desejam ter o conteúdo do seu CD mais recente (BRASSIL Interpreta Compositores da Paraíba, patrocinado pela Petrobrás) disponibilizado para download em seu blog, PQP Bach. Todos os compositores envolvidos no projeto concordaram com a disponibilização gratuita do disco.
Aguardo seu retorno para saber como devemos proceder.

Rafael Laurindo

Podem usar e abusar do PQP Bach. Procedam primeiramente chutando a porta. A casa é de vocês! Por favor, enviem o link do mp3 convertido em 320 KB — acompanhado de comentários e notícias biográficas de cada autor — para o e-mail [email protected] .

Nós é que agradecemos a cada um de vocês!

PQP

Schnittke (1934 -1998): Symphony no.1

Depois de 1970, com as barreiras destruídas, o mundo da música clássica não experimentou algo que pudéssemos chamar de “nova escola”. Pelo menos não tão significativa como o classicismo, romantismo ou serialismo. Como não há escola, podemos dizer que a liberdade é máxima. Por outro lado, o compositor não tem uma estrutura onde se amparar. Diferente de um Beethoven ou Wagner que expandiram o classicismo e o romantismo até a última fronteira, o compositor contemporâneo não tem base onde se fundamentar e nem o que desenvolver, tudo é vácuo.
E porque fui escolher esse ano, 1970? Pois nesse período nascia uma obra que define bem esse período de desamparo e esgotamento que viviam os novos compositores – a Sinfonia n.1 de Alfred Schnittke. Essa obra também é conhecida com a “sinfonia esquizofrênica”. Ela tem a estrutura clássica de 4 movimentos e depois…loucura. Ela tem similaridades com a Sinfonia de Berio, nas inúmeras citações de obras clássicas, no fechamento de um ciclo e a procura de um outro; mas Schnittke também vai ao submundo, “suja” sua obra com temas vulgares, não faz vistas grossas ao mundo que o cercava. A obra é “feia” mesmo, mas não podemos escapar, é de fundamental importância.
A sinfonia n.1 é uma caricatura do mundo esquizofrênico de Schnittke…e do nosso.

CDF

Faixas:
1. I. Senza tempo – Moderato – Allegro – Andante
2. II. Allegretto
3. III. Lento
4. IV. Lento
5. V. Aplause

Performed by Royal Stockholm Philharmonic Orchestra
with Carl-Axel Dominique
Conducted by Leif Segerstam

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Carlo Gesualdo da Venosa (1566-1613): Livro I dos Madrigais

Texto de Milton Ribeiro. Retirado daqui.

Quem leu Cortázar direitinho sabe quem é Gesualdo da Venosa. Aquele pessoal da Renascença não era mole. Passei grande parte da segunda e terça-feira com o iPod ligado, ouvindo Gesualdo, um sujeito nascido em 1566 que merecia ser conhecido por sua música e não apenas por ter cometido um espetacular assassinato.

Gesualdo casou-se aos 26 anos com sua prima, Maria d`Avalos. Dois anos de casamento feliz — provavelmente só na opinião do marido — e Maria começou um caso com Fabrizio Carafa, Duque de Andria. Como quase sempre acontece, o corno é o último a saber; ou seja, toda cidade sabia, menos o proprietário das frondosas peças. Talvez fosse esperado que, ao descobrir com quem sua Maria se deitava, o Príncipe da Venosa tivesse uma reação blasé, mais ou menos como um nobre francês… Nada disso! Gesualdo deve ter pensado que “Corno que sabe e consente, bem age quem lhe acrescente…”, e tratou de vingar-se. Vamos ver o que fez Gesualdo.

Num belo dia de outono, ele preparou algo que lhe servisse como aquecimento: uma caçada com amigos. Nada melhor que um pouco de sangue para alguém quem traz um desejo de morte na alma. Então, em meio à caçada, Gesu resolveu ver como andavam as coisas em casa, digo, no Palazzo San Severo. Severo? Severíssimo! Testemunhas disseram que Gesualdo pediu que os empregados segurassem Fabrizio, dando-lhe um lugar confortável onde pudesse ver o primeiro ato da cena. Então, dedicou-se à mulher, enfiando-lhe a espada diversas vezes. Como Maria custasse a morrer, ele berrava “Ainda não?, Ainda não?” e seguia perfurando a pobre adúltera. Na segunda parte, ministrou tratamento semelhante à Fabrizio, com resultado análogo. Contudo, antes, fez o Duque de Andria trajar um vestido de noite de Maria. As roupas de Fabrizio foram encontradas limpas e sem marcas de violência.

Completou a obra deixando os corpos bem na frente de seu castelo, de forma a mostrar como se faz à cidade de Nápoles. Tal atitude foi cantada em versos por Tasso e admirada em toda a Europa. Virou tema de ópera, poemas e peças teatrais.

Mas voltemos ao caso. Vocês estão pensando que ele foi preso, não? Nada disso, os nobres nunca eram presos; havia para eles uma pizza institucionalizada. Porém (ah, porém…), um outro nobre podia vingar-se dele numa boa. Após o crime, Gesualdo arranjou outra mulher e isolou-se, compondo sua maravilhosa (mesmo!) obra musical. Aquele aristocrático napolitano só foi reconhecido nos primeiros anos do século XX. Tinha uma linguagem avançada que incluia dissonâncias, progressões harmônicas, ritmos contrastantes, passagens diatônicas, cromatismo, etc. Stravinski erigiu-lhe um monumento musical — o Monumentum pro Gesualdo (1960) –, Julio Cortázar dedicou-lhe com conto; Anatole France, um romance (Le puits de Sainte-Claire); e Aldous Huxley várias páginas de seu As Portas da Percepção (The Doors of Perception).

Só que eu escrevi um “ah, porém” ao estilo de Paulinho da Viola. O motivo é que, vinte anos depois da morte da mãe, o segundo filho do casal Gesualdo e Maria d`Avalos resolveu vingar-se, matando o pai que assassinara sua mãe quando era bebê. A vingança é um prato que se come frio e, com mais esta morte, pegamos um dos pingos do sangue de Gesualdo para pormos um ponto final a este post.

Gesualdo (1566-1613): Livro I dos Madrigais

1 Baci Soavi E Cari
2 Il Parte – Quanto Ha Di Dolce
3 Madonna Io Ben Vorrei
4 Come Esser Può
5 Gelo Ha Madonna Il Seno
6 Mentre Madonna Il Lasso
7 Il Parte – Ahi Troppo Saggia
8 Se Da Sì Nobil Mano
9 II Parte – Amor Pace Non Chero
10 Sì Gioioso Mi Fanno I Dolor Miei
11 O Dolce Mio Martire
12 Tirsi Morir Volea
13 II Parte – Frenò Tirsi Il Desio
14 Mentre Mia Stella Miri
15 Non Mirar Di Questa Bella Imago
16 Questi Leggiadri Adorosetti
17 Felice Primavera
18 II Parte – Danzan Le Ninfe Oneste
19 Son Sì Belle Le Rose
20 Bella Angioletta

Conductor, Harpsichord – Sergio Vartolo
Ensemble – Concerto Delle Dame Di Ferrara

Harp – Loredana Gintoli
Vocals [Alto] – Gabriella Martellacci
Vocals [Bass] – Walter Testolin
Vocals [Soprano I] – Lisa Serafini
Vocals [Soprano Ii] – Angela Bucci
Vocals [Tenor I] – Makoto Sakurada
Vocals [Tenor Ii] – Giampaolo Fagotto

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Arcangelo Corelli (1653-1713) – Concerti Grossi, Op.6 (Completo) – LINK RESTAURADO

Um acepipe de primeira categoria para o numeroso grupo de adoradores do barroco que vem a este blog cuja modéstia ruborizou-se após a premiação referida por mim no antepenúltimo post e que só meu pudor impede de citar novamente… (Sim, sem vírgulas! Espero não ter roubado muito ar dos leitores.)

Adianto que o Op.6 de Corelli é grande música, aqui interpretada pelo sempre escandaloso Fabio Biondi, o qual costuma tomar algumas liberdades que, ao menos a mim, são bem-vindas. Ouvi os dois CDs ontem à noite, enquanto preparava-se o dia gris de hoje e, puxa, fui dormir o sono dos justos. Não vou escrever mais porque o livro que estou lendo é muito bom (Istambul, de Orham Pamuk) e está me chamando. Assim sendo, deixo vocês livres de minha verborragia sem direção.

Antes copio aqui uma nota biográfica de Coreli retirada deste barulhento site. Notem como toda a pequena obra de Corelli está no repertório barroco atual. Prova de sua imensa qualidade.

Arcangelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais famílias da região.
Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educação básica e onde teria recebido as primeiras lições de música de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.

Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da técnica violinística. Após quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarmônica de Bolonha.

Em 1675, ele já estava em Roma. Nesta época, os nobre de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresentações artísticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Suécia, em 1659. Músicos, poetas, filósofos reuniam-se ao redor dela em seu palácio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arcádia – a sociedade musical mais fechada da Itália – onde Corelli seria recebido em 1709.

Aos 36 anos, e após a morte de Cristina da Suécia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre trânsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condições necessárias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranqüilidade.

Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.

Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava só. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsamá-lo e colocá-lo em um triplo ataúde, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no panteão de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Artística Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.

Sua Obra

Contrariamente à maioria dos grandes nomes da música barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de expressão musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua glória repousa inteiramente em seis coletâneas de música instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.

As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta é o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo; e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.

A Corelli pertence, entre outros, o mérito de ter favorecido a expansão do concerto grosso e contribuído de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do século XIV, sempre relegado às festas populares e à idéia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos salões do início do século XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento técnico e conquistou definitivamente a corte.

Corelli – Concerti Grossi, Op.6 (Completo)

CD1:
1. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio, Vivace, Allegro…
2. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
3. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Grave, Andante Largo
4. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
5. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio, Allegro
6. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio
7. Concerto N 4 In Re Maggiore : Vivace
8. Concerto N 4 In Re Maggiore : Allegro
9. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Allegro, Adagio
10. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio
11. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Allegro, Adagio
12. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Largo, Allegro
13. Concerto N 3 In Do Minore : Largo
14. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro, Adagio
15. Concerto N 3 In Do Minore : Grave
16. Concerto N 3 In Do Minore : Vivace
17. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro
18. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo, Allegro, Largo, Allegro
19. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo
20. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
21. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
22. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Adagio
23. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro
24. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Largo
25. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Vivace
26. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro

CD2:
27. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio
28. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
29. Concerto N 7 In Re Maggiore : Andante Largo
30. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
31. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace
32. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace, Grave
33. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
34. Concerto N 8 In Sol Minore : Adagio, Allegro, Adagio
35. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace
36. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
37. Concerto N 8 In Sol Minore : Pastorale Largo
38. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Preludio : Largo
39. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Allemanda : Allegro
40. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Corrente : Vivace
41. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Gavotta : Allegro
42. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Adagio
43. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Minuetto : Vivace
44. Concerto N 10 In Do Maggiore : Preludio : Andante Largo
45. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allemanda : Allegro
46. Concerto N 10 In Do Maggiore : Adagio
47. Concerto N 10 In Do Maggiore : Corrente : Vivace
48. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allegro
49. Concerto N 10 In Do Maggiore : Minuetto : Vivace
50. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Preludio : Andante Largo
51. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Allemanda : Allegro
52. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Andante Largo
53. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Sarabanda : Largo
54. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Giga : Vivace
55. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Preludio : Adagio
56. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Allegro
57. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Adagio
58. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Sarabanda : Vivace
59. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Giga : Allegro

Europa Galante (Ensemble),
Fabio Biondi (Violino e Regência),
Antonio Fantinuoli (Violoncelle),
Silvia Cantatore (Violon), et al.

BAIXE AMBOS AQUI – DOWNLOAD BOTH HERE

PQP

Narciso Yepes – Guitarra Española – Cds 4 e 5

Um pacotaço duplo para encerrar esta coleção maravilhosa, com o violão de Narciso Yepes interpretando as grandes obras compostas para este instrumento.

Nestes dois últimos cds o que predomina é a obra de Joaquin Rodrigo, com os conhecidíssimos “Concierto de Aranjuez” e “Fantasia para un Gentilhombre”, além de trazer também uma obra chamada “Concierto: Tres graficos para Guitara e Orquesta”, de Maurice Ohana, compositor que até então eu não conhecia. Sua biografia pode ser encontrada aqui .

Os números de download para estes cds do Yepes me surpreenderam, não imaginava que tantos de nossos ouvintes – leitores gostassem do instrumento.  Tentarei trazer outras obras, além de outros estilos.

CD 4
Joaquin Rodrigo
01. Concierto de Aranjuez I Allegro con Spirito
02. Concierto de Aranjuez II Adagio
03. Concierto de Aranjuez III Allegro gentile

Narciso Yepes – Violão
Orquestra Sinfónica R.T.V. Española

Salvador Bacarisse (1898-1963)
04. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 I Allegro
05. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 II Romanza. Andante
06. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 III Scherzo. Allegretto
07. Concertino para guitarra y orquesta en la menor (A minor) op 72 IV Rondo. Allegro ben misurato

Narciso Yepes – Violão
Orquestra Sinfónica R.T.V. Española
Odón Alonso – Condutor

Antonio Ruiz-Pipó (1933)
08. Tablas para guitarra y orquesta I Canto libre
09. Tablas para guitarra y orquesta II Scherzando (attaca)
10. Tablas para guitarra y orquesta III Elegía
11. Tablas para guitarra y orquesta IV Molto vivace

Narciso Yepes – Violão
London Symphony Orchestra
Rafael Frübeck de Burgos – Condutor

CD 5
Joaquín Rodrigo – Fantasia para un Gentilhombre
01. Villano y ricercar
02. Espanoleta y fanfare de la cabelleria de Napoles
03. Danza de las hachas
04. Canario

Narciso Yepes – Violão
Orquestra da R.T.V. Española
Odón Alonso – Condutor

Maurice Ohana – Concierto: Tres gráficos para Guitarra y Orquesta
05. Grafico de la farruca y cadencias
06. Improvisacion sobre un grafico de la siguiriya
07. Grafico de la buleria tiento

Narciso Yepes – Violão
London Symphony Orchestra
Rafael Frübeck de Burgos – Maestro

Joaquin Rodrigo – Concierto Madrigal para Dos Guitarras y Orquesta
08. Fanfarre
09. Madrigal
10. Entrada
11. Pastorcico, tu que vienes, pastorcic, tu que vas
12. Girardilla
13. Pastoral
14. Fandango
15. Arieta
16. Zapateado
17. Caccia a la espanola

Narciso Yepes y Godelieve Monden – Violões
Philarmonia Orchestra
Garcia Navarro – Condutor

CD 4 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Quinteto Villa-Lobos de graça em Porto Alegre

O Quinteto Villa-Lobos traz de volta seu amor, desata macumbaria, doenças mandadas e da carne. Traz seu emprego de volta — assim como o desejo –, cura doenças e faz com que ela chame seu nome mesmo que esteja junto de outro homem. Faz tudo ao contrário e vice-versa se você for mulher.

Não perca, imbecil!

PQP

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 3 de 5

Minha vida anda uma correria só, e tem sido muito difícil arranjar um tempinho para postar. Por isso serei econômico no texto, afinal de contas, o que importa aqui é o violão de Narciso Yepes, o resto é só blá, blá, blá.

O CD começa com o magnífico “Recuerdos de Alhambra”, talvez a peça mais conhecida de Tárrega, depois temos Albéniz, Falla, Turina, Rodrigo, entre outros.

Respondendo ao questionamento feito em postagem anterior, relacionado à autoria da transcrição da obra “Astúrias”, de Albéniz, informo que Yepes aqui toca a versão de Andrés Segovia. Aqui, neste terceiro cd, a transcrição de “Malagueña” é do próprio Yepes.

Narciso Yepes – Guitarra Espanõla – CD 3

Francisco Tárrega

01 Recuerdos de La Alhambra(Andante)

02 ‘Marieta’ Mazurke(Lento)

03 Capricho arabe. Serenata(Andantino)

04 Tango

Isaac Albéniz

05 Malaquena from op.165(Transcr.; Narciso Yepes)

Manuel de Falla

06 Homenaje ‘Le tombeau de Claude Debussy’

Joaquin Turina

07 Garrotin y soleares

08 Rafaga

Joaquin Rodrigo

09 En los Trigales

Anonimo

10 La Filla del marxant

11 La filadora

12 El mestre

13 La canco del lladre

Emilio Pujol

14 El abejorro. Estudio

Federico Moreno Torroba

15 Madronos

Xavier Montsalvatge

16 Habanera(Arr.; Narciso Yepes)

Maurice Ohana

17 Tiento(Arr.; Narciso Yepes)

Antonio Ruiz-Pipó

18 Cancion y danza Nr.1(Arr.; Narciso Yepes)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

.: interlúdio – Miles Davis at the Fillmore :.

Reduzindo seu grupo de onze para 7 integrantes, Miles apresentou quatro shows no Fillmore East de NYC, de 17 a 20 de junho de 1970. O produtor Teo Macero resolveu adicionar sua criatividade ao disco fazendo um trabalho de colagem: recortando diversos temas apresentados a cada noite e montando uma única e longa faixa.

Evidente que o termo “ao vivo” fica um pouco prejudicado. Não temos registros completos de cada música, e sim quatro coletâneas, nomeadas originalmente com o dia da semana em que o show foi realizado. Apesar disso, o resultado é interessante; mostra um grupo mais agressivo do que em Bitches Brew, e já com bastante espaço destinado ao fusion.

Miles Davis at Fillmore: Live at the Fillmore East (320)
Miles Davis: trumpet
Steve Grossman: soprano sax
Chick Corea: electric piano
Keith Jarrett: electronic organ
Dave Holland: acoustic bass, electric bass
Jack DeJohnette: drums
Airto Moreira: percussion, cuica
Produzido por Teo Macero para a Columbia

download disco1 (117MB) disco2 (115MB)

Disco 1
Wednesday Miles
01 Directions 2’29
02 Bitches Brew 0’53
03 The Mask 1’35
04 It’s About That Time 8’12
05 Bitches Brew/The Theme 10’55

Thursday Miles
06 Directions 9’01
07 The Mask 9’50
08 It’s About That Time 11’22

Disco 2
Friday Miles
01 It’s About That Time 9’01
02 I Fall in Love Too Easily 2′
03 Sanctuary 3’44
04 Bitches Brew/The Theme 13’09

Saturday Miles
05 It’s About That Time 3’43
06 I Fall in Love Too Easily 0’54
07 Sanctuary 2’49
08 Bitches Brew 6’57
09 Willie Nelson/The Theme 7’57

Boa audição!

Blue Dog

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 2 de 5

Aí está o segundo cd da coleção “Guitarra Española”, na excepcional interpretação de Narciso Yepes. E este cd aqui, bem, este segundo cd é talvez o melhor da coleção , pois traz aquela que é a maior das composições de Isaac Albeniz, a Suíte Española nº5 – Asturias, uma das belas composições feitas para o violão.

Pois então, divirtam-se:

Narciso Yepes – Guitarra Española – CD 2 de 5

01 Isaac Albeniz; Suite espanola; No. 5 Asturias. Leyenda
02 Isaac Albeniz; Recuerdos de viaje; No. 6 Rumores de las caleta. Malaguena
03 Isaac Albeniz; Piezas características; No. 12 Torre bermeja. Serenata
04 Enrique Granados; Danza espanola no. 4 – Villanesca
05 Francisco Tarrega; Alborada. Capriccio
06 Francisco Tarrega; Danza mora
07 Francisco Tarrega; Sueno
08 Manuel de Falla; El círculo mágico (El amor brujo)
09 Manuel de Falla; Cancíon del fuego fatuo (El amor brujo)
10 Manuel de Falla; Danza del molinero. Farruca (El sombrero de tres picos)
11 Joaquín Turina; Sonata Op. 61 (Allegro – Andante – Allegro vivo)
12 Joaquín Turina; Fandanguillo Op. 36
13 Salvador Bacarisse; Passapie
14 Narciso Yepes; Catarina d’Alió
15 Anónimo; Romance (du film ‘Jeux interdits’)

Narciso Yepes – Violão

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach