Joaquim Freire – Marlos Nobre (1939) e Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Já que estou ainda no Recife, sem destino definido, vai mais um CD relacionado a dois músicos daqui.

Um deles é intérprete: o violonista Joaquim Freire, que precisou deixar o Recife ainda criança após seu pai, o pedagogo Paulo Freire, ter de se exilar nos tempos da ditadura. Depois de uns tempos no Chile, nos EUA e no Reino Unido, estabeleceu-se na Suíça, onde viria a conhecer a também violonista e futura esposa Susanne Mebes, com quem criou o selo Léman.

O outro é talvez o maior compositor brasileiro vivo, Marlos Nobre, que, assim como Villa-Lobos, tem o melhor de sua discografia no primeiro mundo e em tiragens esgotadas. Curiosamente, Nobre assumiu a cadeira n° 1 da Academia Brasileira de Música em 1984, cujo primeiro ocupante foi o Villa.

Sem mais delongas, este post é dedicado aos fãs do repertório violonístico nacional.

***

Reminiscências, op. 83 – Marlos Nobre (primeira gravação mundial)
1. Choro
2. Seresta
3. Frevo

4. Homenagem a Villa-Lobos – Marlos Nobre

5-16. Estudos para violão – Heitor Villa-Lobos

Joaquim Freire, violão

BAIXE AQUI

CVL

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  1. Há um tempo atrás Marlos Nobre apresentou no Teatro de Santa Isabel uma peça de frevo escrito para piano, instrumento nem um pouco comum para esse tipo de música. Claro que eu sabia que o que ele ia apresentar era música para piano. Acontece que na época, eu participava de um grupo de dança popular da escola de frevo, e ao mesmo tempo que eu esperava um “eruditismo” musical, eu também queria ouvir algo para se dançar, algo similar ao que a gente escutava na escola. Quando ele começou a tocar, simplesmente disse “Não, isso está muito bonito, mas frevo isso não é”. Os dedos dos pés continuavam estáticos como pedra. Nenhuma emoção corporal. Eu gostaria de escutar essa obra novamente, pois eu era muito criança, nem um pouco entendida de música. Provavelmente eu era uma criança muito conservadora. Estou agora baixando o frevo para violão e quero saber a minha reação. Espero que meus pés se mexam de alegria… Abraços.

  2. Olá caro Villa!
    Olá caros amigos.
    Ouvi, com prazer esta postagem.
    Alguma vezes, durante a mesma, com menor prazer.
    De fato, eu penso que as gravações com violonistas (guitarristas ou qualquer outro nome que se deseje dar a este instrumento) devem ser objeto de grande preocupação dos engenheiros de som, dos compositores e, sobretudo, dos próprios intérpretes.
    De fato, sendo um instrumento de “som muito pequeno”, os microfones , quando mal colocados e sem uma filtragem adequada, costumam captar, com igual ênfase, os ruídos dos dedos puxando as cordas ou arrastando-se sobre elas além de tornarem muito perceptíveis os desequilíbrios dos sons harmônicos provocados pelos “fortíssimo”, os ruídos feitos pelos intérpretes, ao deslocarem os braços e os dedos sobre o instrumento e alguns impactos inevitáveis de partes do corpo contra os assentos, contra o próprio instrumento e contra outros possíveis obstáculos que se interponham entre o intérprete, as cordas e a caixa de ressonância do mesmo ou mesmo que sejam alheios a eles.
    O excesso de ruídos similares, nesta gravação, prejudicou sim o que eu esperava da mesma. Afinal, trata-se de dois compositores da mais alta linhagem e de um excelente intérprete.
    O Frevo, de Marlos Nobre de Almeida, nada tem a ver com o violão.
    No Piano, instrumento percutido e de forte volume sonoro, os contrastes de volume e as acentuações exageradas não são estranhas ao mesmo sendo, igualmente, exigido(as)s pela dança.
    Mas, em cordas pinçadas?
    Não creio que as mesmas sejam adequadas à tradução do gênero e do estilo da dança, ainda que os mesmos sejam estilizados.
    Efetivamente, Marlos é um grande compositor.
    Estaria a merecer que se postassem, por exemplo, obras primas como os seus Mosaicos ou outras de maior envergadura para que se tornassem bem conhecidas e reconhecidas por todos.
    Villa-Lobos já é por demais conhecido.
    Seus Estudos são obras primas.
    No entanto, os problemas provocados pelos ruídos estranhos estavam, também, presentes.
    Fazem-nos pensar ser este um instrumento a ser ouvido em pequenos ambientes que não necessitem de amplificações e decodificações digitais.
    Mas, também é possível que nada disto tenha ocorrido e que a tecnologia não tenha prejudicado o desempenho de Joaquim Freire.
    Se assim for, ou mesmo que não o seja, obrigado pela postagem.
    Obrigado pelas interpretações em sonoridades com o volume de som em “piano” e em “pianíssimo”.
    Mas… …cuidado com esses ruídos parasitas.
    Eles são capazes de afundar qualquer interpretação bem alicerçada.
    Um grande abraço a todos.
    Felicidade.
    Edson

  3. por favor! reative esse link! esse disco seria utilíssimo para minha pesquisa (assim como o marlos nobre – seleccion sonora q também está desativado…. :(((( )
    muito grato!!!

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