W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nos. 22 & 24

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nos. 22 & 24

Meu pai amava os Concertos para Piano de Mozart. Devo ter ouvido cem vezes cada um deles. Seus temas e estruturas parecem estar definitivamente instalados em minha memória. Isto até o alemão chegar, claro.

Este é o terceiro dos Concertos para Piano de Mozart que Angela Hewitt grava para a Hyperion. Aqui, Hewitt é acompanhada por seus compatriotas da National Arts Centre Orchestra do Canadá e por seu frequente colaborador Hannu Lintu para belas execuções dos Concertos 22 e 24. Ambas as obras foram escritas entre dezembro de 1785 e março de 1786. No  22, pela primeira vez em uma orquestração de concerto para piano, Mozart usa clarinetes — um instrumento que se tornaria membro regular de orquestras apenas na década de 1780. Já o 24 é um trabalho sombrio e apaixonado.

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nos. 22 & 24

Piano Concerto No. 22 in E flat major, K 482
1. Allegro 13:43
2. Andante 8:01
3. Allegro 10:57

Piano Concerto No. 24 in C minor, K 491
4. Allegro 13:56
5. Larghetto 7:18
6. Allegretto 9:22

Angela Hewitt, píano
National Arts Centre Orchestra
Hannu Lintu

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Angie Hewiit faz uma pose especial para o PQP Bach
Angie Hewitt faz uma pose especial para o PQP Bach

PQP

330 anos do gênio de Johann Sebastian Bach

330 anos do gênio de Johann Sebastian Bach
A assinatira de Bach quando Kantor da Igraja de São Tomás, em Leipzig
A assinatura de Bach quando Kantor da Igreja de São Tomás, em Leipzig

Talvez, para o nosso tempo, seja difícil entender o homem que foi Johann Sebastian Bach. Ele nasceu há 330 anos, em 31 de março de 1685 (*), no que hoje é a Alemanha, numa família de músicos. Era um tempo em que era comum os filhos adotarem a profissão dos pais. Na região da Saxônia, o nome Bach era de tal forma relacionado à música que alguém com tal sobrenome só poderia ser músico e provavelmente trabalhava em alguma igreja. Seguindo a árvore genealógica da família Bach, dos 33 Bach, 27 foram músicos. Só que o talento explodiu espetacularmente no menino Johann Sebastian. É claro que ele, além de exercer outras funções, também trabalhou como Kapellmeister — termo que designa o diretor musical de uma igreja.

https://youtu.be/aCOKi4nFjpw

Durante um longo período de sua vida, escreveu uma Cantata por semana. Em média, cada uma tem 20 minutos de música. Tal cota, estabelecida por contrato, tornava impossível qualquer “bloqueio criativo”. Pensem que ele tinha que escrever a música e ainda ensaiar. Isso fez com que ele nos deixasse uma imensa obra vocal. Também escreveu muito para um instrumento fora de moda, o órgão. E, se em Weimar as obrigações de Bach estavam prioritariamente vinculadas ao serviço religioso e como organista na corte cristã, na corte calvinista de Köthen, Bach pode dedicar-se à música secular, criando um dos mais imponentes e impressionantes conjuntos de obras solo para teclado, violoncelo, flauta e violino da história da música ocidental. Deixou-nos mais de 1000 obras de todos os gêneros, à exceção da ópera.

Obs. sobre o vídeo acima: na época, era proibido que as mulheres cantassem em igrejas.

Clique aqui para continuar lendo e assistindo.

J. S. Bach (1685-1750): As Sonatas para Viola da Gamba

J. S. Bach (1685-1750): As Sonatas para Viola da Gamba

Este é um repertório pouco percorrido dentro da obra de Johann Sebastian. A Viola da Gamba é um instrumento difícil de manter afinado e inexistente na música moderna. Quem se aventura a este repertório costuma fazê-lo empunhando um violoncelo. Mas isso não significa que estamos num terreno de obras menos importantes de Bach. Elas também são do período de Köthen. A interpretação que mostramos aqui está a cargo de especialistas do assunto. Divirtam-se porque não sempre que se postam essas Sonatas.

J. S. Bach (1685-1750): As Sonatas para Viola da Gamba

1 Sonata No. 1 in G Major, BWV 1027: I. Adagio 4:07
2 Sonata No. 1 in G Major, BWV 1027: II. Allegro ma non tanto 3:42
3 Sonata No. 1 in G Major, BWV 1027: III. Andante 2:22
4 Sonata No. 1 in G Major, BWV 1027: IV. Allegro moderato 3:15

5 Capriccio in B-Flat Major, BWV 992: I. Arioso – Adagio 2:03
6 Capriccio in B-Flat Major, BWV 992: II. [ ] 1:18
7 Capriccio in B-Flat Major, BWV 992: III. Adagiosissimo 3:36
8 Capriccio in B-Flat Major, BWV 992: IV. [ ] 0:39
9 Capriccio in B-Flat Major, BWV 992: V. Adagio poco – Aria de il Postiglione 1:06
10 Capriccio in B-Flat Major, BWV 992: VI. Fuga al Imitatione di Posta 2:45

11 Sonata No. 2 in D Major, BWV 1028: I. Adagio 1:59
12 Sonata No. 2 in D Major, BWV 1028: II. Allegro 4:00
13 Sonata No. 2 in D Major, BWV 1028: III. Andante 4:43
14 Sonata No. 2 in D Major, BWV 1028: IV. Allegro 4:07

15 Capriccio in E Major, BWV 993 6:39

16 Sonata No. 3 in G Minor, BWV 1029: I. Vivace 5:36
17 Sonata No. 3 in G Minor, BWV 1029: II. Adagio 5:16
18 Sonata No. 3 in G Minor, BWV 1029: III. Allegro 3:54

Jaap ter Linden, viola da gamba
Richard Egarr, cravo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Jaap ter Lindem mandando bala com sua afinada gamba
Jaap ter Lindem mandando bala com sua afinada gamba

PQP

André Campra (1660-1744) e François Couperin (1668-1733): Salve Regina (Petits Motets)

André Campra (1660-1744) e François Couperin (1668-1733): Salve Regina (Petits Motets)

Um bonito disco de música sacra francesa da época de Rameau e Lully. Campra escreveu várias “tragédias em música”, mas seu principal mérito foi o de ser o criador de um novo gênero, a ópera-ballet, que deve ser ainda pior do que a ópera… Ele também escreveu três livros de cantatas, bem como música religiosa, incluindo um réquiem. Já Couperin — muito mais famoso —  era um “músico poeta” que acreditava na “habilidade da música para expressar-se em “sa prose et ses vers” (sua prosa e sua poesia). Ele acreditava que se entrássemos na poesia da música, descobriríamos que ela é “plus belle encore que la beauté” (mais bela que a beleza).

Um disco para quem ama este período francês, o que está longe de ser o meu caso.

André Campra (1660-1744) e François Couperin (1668-1733): Salve Regina (Petits Motets)

André Campra
1 Salve Regina 5:50

François Couperin
2 Audite Omnes Et Expavescite (Meditatio De Passione Christi) 10:09
3 Respice In Me 5:46
4 Salve Regina 10:48
5 Usquequo, Domine 6:38

André Campra 8:50
6 Insere Domine 8:50

François Couperin
7 Quid Retribuam Tibi Domine 6:23

André Campra
8 Quemadmodum Desiderat Cervus 9:12
9 Florete Prata 9:10

Paul Agnew
Anne-Marie Lasla
Les Arts Florissants
William Christie

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O franco-norte-americano Willam Christie dirige seu Les Arts Florissants
O franco-norte-americano Willam Christie dirige seu Les Arts Florissants

PQP

Almeida Prado (1943-2010): Victoria Kerbauy canta Almeida Prado

Almeida Prado (1943-2010): Victoria Kerbauy canta Almeida Prado

kerbauyEste CD foi produzido após um minucioso processo de recuperação e remasterização de fitas cassetes de diversas épocas com gravações particulares que registraram informalmente os concertos. Essas gravações careciam de qualidade técnica, mesmo porque não foram utilizados equipamentos profissionais. Alguns ruídos, defeitos e distorções não puderam ser eliminados por completo, mas certamente o material aqui apresentado possui irrefutável valor histórico.

Victoria Kerbauy canta Almeida Prado

1. Modinha nº 1 “A saudade é matadoura”, opus 1
2. Trem de ferro
3. A minha voz é nobre
4. Rosamor
5-7. Lembranças do coração
8-10. Três canções: I. Manhã molhada; II. Bem vinda; III. O Luandê-luá
11-13. Três episódios de animais: I. Sinimbu; II. Tamanduá; III. Anta
14-25. Portrait de Nadia Boulanger
26-28. Livro Brasileiro – II caderno: I. à noite; II. à manhã; III ao sol
29-32. Quatro poemas de Manuel Bandeira: I. Andorinha; II. Teu nome; III. Belo belo; IV. A estrela
33-42. Espiral II

Victoria Kerbauy, soprano
Almeida Prado, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

José Antônio Rezende de Almeida Prado (1943-2010)
José Antônio Rezende de Almeida Prado (1943-2010)

PQP

.: intermezzo :. Oregon: Family Tree (2012)

.: intermezzo :. Oregon: Family Tree (2012)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Três membros do Oregon — Ralph Towner, Paul McCandless e Glen Moore — estão no grupo há 42 anos. É óbvio que os três têm outros bem sucedidos projetos, mas sempre retornaram ao grupo em todos estes anos e mais de vinte LPs e CDs gravados. E é fantástico ouvi-los. O Oregon vai muito bem, cheio de criatividade. Family Tree traz cinco novas composições de Towner, duas de McCandless, uma de Glen Moore e duas composições coletivas que incluem o percussionista Mark Walker como compositor.

Este Family Tree é um dos melhores CDs do grupo. O Oregon está muito diferente do que era com Walcott ou Gurtu na percussão, tornou-se outro, mas permanece como um grande grupo de jazz. Vale muito a audição.

Oregon – Family Tree (2012)

1 Bibo Babo
2 Tern
3 Hexagram
4 Creeper
5 Jurassic
6 Family Tree
7 Stritch
8 Mirror Pond
9 Moot
10 Julian
11 Max Alert
12 Carnival Express

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A piada teve ter sido boa.
A piada teve ter sido boa.

PQP

.: interlúdio :. Nine Immortal Non-Evergreens for Eric Dolphy – Viena Art Orchestra

.: interlúdio :. Nine Immortal Non-Evergreens for Eric Dolphy – Viena Art Orchestra

Nine Immortal Non-Evergreens for Eric DolphyIM-PER-DÍ-VEL !!!

Dedicado ao Blue Dog, que vai adorar

Este CD é uma espetacular anormalidade que meu amigo A.M. — sim, professor universitário, toca em sinfônica e como solista, chupem preconceituosos! — plantou no meu micro. (Quando vem aqui em casa, ele sempre se levanta de repente, pega um pen drive e diz: “Vou botar umas coisinhas pra tu ouvir…”. Como é sempre bom, não o reprimo). É uma obra-prima. Por favor, ouçam com o som bem alto num bom equipamento, nada de caixinhas de micro desta vez, tá? Muito respeito a Eric Dolphy e a esses surpreendentes vienenses.

Eric Dolphy (1928–1964) tocava saxofone alto, flauta, clarinete e clarone (clarinete baixo). Foi também o primeiro claronista importante como solista no jazz. Em todos esses instrumentos era um notável improvisador, muitas vezes selvagem, surpreendente e incontrolável. Nas primeiras gravações, ele tocava ocasionalmente um clarinete soprano tradicional. Seu estilo de improvisação, quase sempre uma tsunami de idéias, utilizando amplos saltos intervalares e abusando das doze notas da escala foi às vezes classificado como free jazz, mas você não precisa ser trouxa, nem sair dizendo por aí uma bobagem dessas, tá? Agora chega de papo.

Nine Immortal Non-Evergreens for Eric Dolphy – 1995

1 Out there
2 Hat and Beard
3 245
4 Miss Ann
5 Gazzelloni
6 Something Sweet – Something Tender
7 Straight Up & Down
8 Jitterbug Waltz

All titles composed by Eric Dolphy & arr. by m.ruegg,
except for the Jitterburg Walz,
composed by Fats Waller & arr. by m.ruegg.

Matthieu Michel, Bumi Fian, Herbert Joos trumpet
Klaus Dickbauer, Florian Brambock, Andy Scherrer sax
Claudio Pontiggia flugelhorn
Christian Muthspiel trombone
Frank Tortiller vibes
Heiri Kanzig bass
Uli Scherer piano
Thomas Alkier drums
mathias rüegg leader
Anna Lauvergnac, Monika Trotz vocals on 8

Vienna Art Orchestra

Recorded live during the VAO European Tour, 28 October 1995, at Migros Hochaus, Zurich, by Jurg Peterhans (Studer 48-track digital).

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

A Vienna Art Orchestra
A Vienna Art Orchestra

PQP

Os 140 anos do homem que desprezava o Bolero de Ravel (com vídeos das principais obras)

Os 140 anos do homem que desprezava o Bolero de Ravel (com vídeos das principais obras)

O compositor Maurice Ravel (1875-1937), cujo nascimento completa 140 anos neste sábado (7), foi um sujeito fino e bem-humorado. Depois da estreia de sua obra mais conhecida, o Bolero, uma pessoa da plateia afirmou que o compositor só poderia ser louco, ao que Ravel respondeu sorridente: “Ela compreendeu perfeitamente”. O compositor efetivamente desprezava sua peça mais famosa, achando-a trivial. Ele escreveu um texto nada entusiasmado para a estreia da obra:

Leia mais.

ravel

J.S. Bach (1685-1750): Concertos para oboé

J.S. Bach (1685-1750): Concertos para oboé

Como eu possuo este disco em vinil, é óbvio que o Ranulfus e o FPD Bach também possuem. E aposto que eles não se arrependem de tê-lo comprado. São concertos atléticos com duas séries frenéticas de exercicios entremeadas por um descanso reparador. Como me disse certa vez meu mestre Herbert Caro, a Academy of Saint-Martin-in-the-fields de Neville Marriner e Iona Brown procurava-se colocar entre o gigantismo de Karl Richter e seus congêneres e o sectarismo dos defensores dos instrumentos originais. Colocava-se muito bem e até hoje seu som não me causa choque ou estranheza.

Baita CD!

J.S. Bach (1685-1750): Concertos para oboé

1. Concerto for Oboe, Strings, and Continuo in F, BWV 1053 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Strings, and Continuo No.2 in E, BWV 1053 – 1. (Allegro) 8:15
2. Concerto for Oboe, Strings, and Continuo in F, BWV 1053 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Strings, and Continuo No.2 in E, BWV 1053 – 2. Siciliano 4:20
3. Concerto for Oboe, Strings, and Continuo in F, BWV 1053 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Strings, and Continuo No.2 in E, BWV 1053 – 3. Allegro 6:37

4. Concerto for Oboe, Strings, and Continuo in D minor, BWV 1059 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Oboe, Strings, and Continuo in D minor, BWV 1059 – 1. Allegro 6:10
5. Concerto for Oboe, Strings, and Continuo in D minor, BWV 1059 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Oboe, Strings, and Continuo in D minor, BWV 1059 – 2. Siciliano 3:11
6. Concerto for Oboe, Strings, and Continuo in D minor, BWV 1059 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Oboe, Strings, and Continuo in D minor, BWV 1059 – 3. Presto 3:43

7. Concerto for Oboe d’amore, Strings, and Continuo in A, BWV 1055 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Strings, and Continuo in A, BWV 1055 – 1. (Allegro moderato) 4:39
8. Concerto for Oboe d’amore, Strings, and Continuo in A, BWV 1055 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Strings, and Continuo in A, BWV 1055 – 2. Larghetto 5:08
9. Concerto for Oboe d’amore, Strings, and Continuo in A, BWV 1055 – reconstruction after Concerto for Harpsichord, Strings, and Continuo in A, BWV 1055 – 3. Allegro ma non tanto

Heinz Holliger
Academy of St. Martin in the Fields
Iona Brown

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Heinz Holliger: El tiempo pasa
Heinz Holliger: El tiempo pasa

 

PQP

Corigliano (1938), Beethoven (1770-1827), Pärt (1935): Credo (com Hélène Grimaud)

Corigliano (1938), Beethoven (1770-1827), Pärt (1935): Credo (com Hélène Grimaud)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Hélène Grimaud é uma mulher inteligente, claro. Bem, na verdade o que quero dizer é que este disco de Hélène Grimaud é inteligente. Não sei o que acontece com a maioria das pessoas que fazem os programas de discos e de concertos. Há pouca criatividade quando bastaria conhecer o repertório e pensar um pouquinho. Mas Hélène Grimaud, que além de inteligente é linda, não padece deste mal. Vejam bem.

No repertório deste CD, há vários tipos de correspondências, musicais ou não, que conferem unidade a esta aparentemente mistura eclética de obras. A Fantasia de John Corigliano, que abre o disco — e que nos chega através de um desempenho sensacional, cheio de poesia e mistério, de Grimaud –, baseia-se no Allegretto da Sétima de Beethoven. De forma análoga, o Credo de Pärt cita Bach. Além disso, a Fantasia Coral de Beethoven e o Credo são escritos para uma combinação incomum de piano, coro e orquestra, e em suas absolutamente diferentes formas procuram trazer a ordem a partir do caos. Credo é, enfim, um álbum conceitual muito atraente. Quase como a pianista.

Corigliano (1938), Beethoven (1770-1827), Pärt (1935): Credo (com Hélène Grimaud)

Fantasia on an Ostinato by John Corigliano
1. Fantasia on an Ostinato, for piano

Sonata for Piano no 17 in D minor, Op. 31 no 2 “Tempest” by Ludwig van Beethoven
2. Piano Sonata No. 17 in D minor (‘Tempest’), Op. 31/2: 1. Largo – Allegro
3. Piano Sonata No. 17 in D minor (‘Tempest’), Op. 31/2: 2. Adagio
4. Piano Sonata No. 17 in D minor (‘Tempest’), Op. 31/2: 3. Allegretto

Fantasia in C minor, Op. 80 “Choral Fantasy” by Ludwig van Beethoven
5. Fantasia for piano, chorus, and orchestra (‘Choral Fantasy’), Op. 80: Adagio
6. Fantasia for piano, chorus, and orchestra (‘Choral Fantasy’), Op. 80: Finale

Credo by Arvo Pärt
7. Credo, for piano, chorus & orchestra

Hélène Grimaud, piano
Swedish Radio Symphony Orchestra, Swedish Radio Chorus
Esa-Pekka Salonen

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Hélène (suspiro) Grimaud
Hélène (suspiro) Grimaud…

PQP

Elliott Carter (1908-2012): Chamber Music — 5th String Quartet, 90+ for Piano, Sonata for Cello and Piano, Figment for Cello Alone, Duo for Violin and Piano, Fragment for String Quartet

Elliott Carter (1908-2012): Chamber Music — 5th String Quartet, 90+ for Piano, Sonata for Cello and Piano, Figment for Cello Alone, Duo for Violin and Piano, Fragment for String Quartet


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em seu 90º ano, Elliott Carter fez algo que poucos nonagenários fizeram: estreou um novo e esplêndido quarteto de cordas, seu quinto. Esta é uma gravação monumental que documenta de um compositor lamentavelmente subvalorizado. Não apenas o quarteto é excepcional, mas também as outras peças do CD. O quarteto é uma obra de 20 minutos dividida em doze momentos. É originalíssima. A Sonata para Violoncelo e Piano é soberba, assim como a pequena peça para violoncelo solo! Uma coisa: as datas de nascimento e morte de Carter estão corretas. Ele viveu 103 anos.

Elliott Carter (1908-2012): Chamber Music

1-12. 5th String Quartet (1994-95) 20:00

1 Introduction 1:24
2 Giocoso 2:29
3 Interlude I 1:11
4 Lento espressivo 1:45
5 Interlude II 1:18
6 Presto scorrevole 1:07
7 Interlude III 1:31
8 Allegro energico 2:00
9 Interlude IV 1:58
10 Adagio sereno 2:29
11 Interlude V 1:25
12 Capriccioso 1:23

Arditti String Quartet

13. 90+ pour piano (1994) 5:35

Ursula Oppens (piano)

14-17. Sonata pour violoncelle et piano (1948) 21:06

14 Moderato 5:10
15 Vivace, molto leggiero 4:38
16 Adagio 5:40
17 Allegro 5:38

Ursula Oppens (piano)
Rohan de Saram (cello)

18. Figment: pour violoncelle seul (1994) 5:04

Rohan de Saram (cello)

19. Duo: pour violon et piano (1973-74) 19:09

Irvine Arditti (violin)
Ursula Oppens (piano)

20. Fragment: pour quatuor à cordes (1994) 4:02

Arditti String Quartet

Arditti String Quartet
Ursula Oppens (piano)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Querido Carter!
Grande Carter!

PQP

.: interlúdio :. The No Smoking Orchestra / Time of the Gypsies 2007 (Punk Opera)

.: interlúdio :. The No Smoking Orchestra / Time of the Gypsies 2007 (Punk Opera)


Gosto muito da música popular dos Bálcãs. Conheço pouco, como vocês logo saberão. Tudo começou enquanto via os filmes do grande Emir Kusturica — Tempo de Ciganos, Underground, Quando papai saiu em viagem de negócios, Black cat white cat, A vida é um milagre e outros. Ali, conheci o excelente Goran Bregovic, músico, band leader e compositor responsável pelas trilhas. Depois, Bregovic e Kusturica brigaram e o próprio Kusturica fundou a No Smoking Orchestra, parceira habitual da Garbage Serbian Philharmonia.

Na verdade, conheço apenas esses dois, mas já gostei de quase todos os outros. Ah, pois é, apaixono-me facilmente. A música dos Bálcãs é informada — pois é muito bem escrita e tocada — e é UMA FESTA SÓ. Este Time of the Gypsies é das coisas mais tranquilas que tenho ouvido, mas há os bons músicos e cantores, além da alegria, mesmo que mezzo contida. Já a ironia e o deboche são o subtexto desta música.

Ah, importante: nunca percam um show desses caras. Vi a No Smoking na Inglaterra e Bregovic com sua Wedding and Funeral Band em Porto Alegre. Suas músicas e festas são um arraso.

Ouça porque vale a pena! Um pouco de álcool no sangue não fará nada mal para acompanhar as canções.

The No Smoking Orchestra / Time of the Gypsies 2007 (Punk Opera)

1. Efta Purane Ikone (Seven Old Icons)
2. Djilaben Promalen (Sing People Sing)
3. San Francisco (San Francisco)
4. O Chaveja (Oh, My Children)
5. Hederlezi (St. George Day)
6. Cik Cik Pogodi (Guess Guess Who Is Coming)
7. Crazy About Money (Crazy About Money)
8. Del Dija (Lord Gave Us)
9. Kana O del Baravel (When Lord Gives)
10. Evropa (Europe)
11. Pharimasa Va Inzares (The Beggars)
12. Perhan Sovel (Perhan Is Dreaming)
13. Lorenzzo (Lorenzzo)
14. Sas Jekh Len (There Was a River Once)

Music by Emir Kusturica, Dejan Sparavalo, Nenad Jankovic and Stribor.
With the participation of the No Smoking Orchestra and of the Garbage Serbian Philharmonia.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Emir Kusturica e a No Smoking Orchestra
Emir Kusturica e a No Smoking Orchestra: eles são assim

PQP

Paul Hindemith (1895-1963): Quartetos de Cordas Nros 2 e 3

Paul Hindemith (1895-1963): Quartetos de Cordas Nros 2 e 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Na minha opinião, Paul Hindemith é uma espécie de rei de um gênero raro — o música de câmara moderna contrapontística. Guardadas as proporções, é um barroco no século XX. Adoro suas composições, cada vez mais gravadas e presentes no repertório da música erudita do hemisfério norte. Ele escreveu sete Quartetos de Cordas, os quais refletem a experiência e a segurança prática de um grande violinista e, mais tarde, violista. Coisa ainda mais rara, ele encarou a viola não como um castigo. O Quarteto No 2 foi escrito em 1918, enquanto ele era um soldado na ativa. Sim, participou da 1ª Guerra Mundial. É uma música dinâmica e enérgica, com uma engenhosa série de variações que parodiam os excessos românticos. Claro, tem um final virtuosístico. O Quarteto No 3 é de 1920 e foi muito bem sucedido quando de seu lançamento. É um exemplo emocionante da imaginação concisa de Hindemith. Este quarteto apaixonado, com seu riquíssimo material, é uma das suas obras-primas de sua música de câmara.

Paul Hindemith (1895-1963): Quartetos de Cordas Nros 2 e 3

String Quartet No. 2 in F Minor, Op. 10
1. I. Sehr lebhaft, straff im Rhythmus 00:06:15
2. II. Thema mit Variationen: Gemachlich 00:10:32
3. III. Finale: Sehr lebhaft 00:16:26

String Quartet No. 3 in C Major, Op. 16
4. I. Lebhaft und sehr energisch 00:10:28
5. II. Sehr langsam – Ausserst ruhige Viertel 00:13:09
6. III. Finale: Ausserst lebhaft 00:07:49

Amar Quartet

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Outra raridade: uma foto de Hindemith com cabelo, em 1923, aos 28 anos.
Outra raridade: uma foto de Hindemith com cabelo, em 1923, aos 28 anos.

PQP

Zoltán Kodály (1882-1967): Quartets No 1 & 2 + Intermezzo & Gavotte

Zoltán Kodály (1882-1967): Quartets No 1 & 2 + Intermezzo & Gavotte

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é um grande CD que cobre um repertório meio raro. Quando se fala em música húngara para quarteto de cordas, logo se pensa nos geniais quartetos de Bartók, mas há seu colega de trabalho e amigo Zoltán Kodály! E não pensem em Kodály como um ser humano muito menor do que Bartók. O talento de Kodály — grande na música — expandiu-se também para outras áreas: ele era etnomusicólogo, educador, pedagogo, linguista e filósofo. Sua música e estes quartetos merecem ser conhecidos por todo pequepiano culto. Há canções folclóricas, profundidade de sentimento, diversão, alegria, tristeza, festa e ironia. A interpretação do Dante é notável.

Zoltán Kodály (1882-1967): Quartets No 1 & 2 + Intermezzo & Gavotte

1. String Quartet No 1 Op 2 | Andante poco rubato Allegro [11’54]
2. String Quartet No 1 Op 2 | Lento assai, tranquillo [12’52]
3. String Quartet No 1 Op 2 | Presto [4’05]
4. String Quartet No 1 Op 2 | Allegro [12’27]

5. Intermezzo [5’10]

6. Gavotte [2’35]

7. String Quartet No 2 Op 10 | Allegro [6’00]
8. String Quartet No 2 Op 10 | Andante, quasi recit. [4’52]
9. String Quartet No 2 Op 10 | Allegro giocoso [6’39]

Dante Quartet

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Kodály em 1932
Kodály em 1932

PQP

Joseph Haydn (1732-1809): Cassations Nº 9 e 20

Joseph Haydn (1732-1809): Cassations Nº 9 e 20

O blog holandês 33 toeren klassiek faz conversões de antigos LPs de vinil para mp3. A qualidade é sempre excelente não somente do ponto de vista técnico, é que as escolhas musicais são especiais. Elas nunca passam pelo óbvio, mas por cantinhos desconhecidos ou esquecidos do repertório e da história das gravações. É um tremendo, criterioso e qualitativo resgate histórico. Peguei de lá esta raríssima gravação do Collegium Aureum para a Harmonia Mundi em 1963.

Haydn HM 30 643 1

Cassation é um gênero ainda menor do que a Serenata ou o Divertimento. Trata-se de uma série de movimentos curtos e alegres para orquestra de câmara. Muita gente boa escreveu Cassassões lá pela metade do século XVIII. A música de Haydn serve bem ao gênero. Haydn era leve, ousado e feliz. Até suas Missas revelam uma relação secular com a divindade. O cara era feliz e não abria mão disso, ora. Ouçam o disco e comprovem: é música para abrir um bom dia.

Joseph Haydn (1732-1809): Cassations Nº 9 e 20

1 Cassatie in G (HV .II, 9, 1764) 15:26
allegro molto – menuet – adagio cantabile – menuet – finale: presto
2 Cassatie in F (HV II, 20, 1763)
allegro – menuet – adagio – menuet – finale: presto

Membros do Collegium Aureum
Direção de Franzjosef Maier
Harmonia Mundi HM 30 643
Gravado em junho de 1963
Tempo total: 33:08

Os caras em holandês:
Alfred Sous, hobo
Helmuth Hucke, hobo
Gerd Seifert, hoorn
Erich Penzel, hoorn
Ulrich Grehling, viool
Franz-Josef Maier, viool
Ulrich Koch, altviool
Günther Lemmen, altviool
Reinhold Johannes Buhl, cello
Johannes Koch, violone

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Haydn HM 30 643 2

PQP

Franz Liszt (1811-1886) / Felix Mendelssohn (1809-1847) / Johann Sebastian Bach (1685-1750): Organ Works

Franz Liszt (1811-1886) / Felix Mendelssohn (1809-1847) / Johann Sebastian Bach (1685-1750): Organ Works


Quando vi anunciado este CD, torci o nariz porque ele era dominado por Liszt, autor que não me agrada muito. Mas a gravadora Alpha raramente faz alguma sacanagem com o amante da música. Fui ouvir e a coisa é mesmo boa. Se as obras de Liszt que abrem e fecham o CD são poderosas, a beleza é deixada a cargo de quem entende disso: Mendelssohn e Bach. É indiscutível o bom gosto e a sensibilidade presentes no repertório escolhido pelo excelente organista Rechsteiner, assim como a luminosidade que Amandine Beyer extrai de seu violino. Grande disco!

Franz Liszt (1811-1886): Organ Works

1. Liszt: Präludium und Fuge über das Motiv B.A.C.H. (I), for organ, S. 260i (LW E3/1)
2. Mendelssohn: Paulus (Saint Paul), oratorio, Op. 36: Jerusalem, die du tötest den Propheten
3. Mendelssohn: Song Without Words for piano No. 7 in E flat major, Op. 30/1
4. Liszt: Variationen über das Motiv von Bach: Weinen, Klagen, for organ, S. 673 (LW E17)
5. Bach: St. Matthew Passion (Matthäuspassion), for soloists, double chorus & double orchestra, BWV 244 (BC D3b): Erbarme dich
6. Liszt: Fantasie & Fuge über den Choral ‘Ad nos, ad salutarem undam’, for organ, S. 259 (LW E1)

Yves Rechsteiner, órgão
Amandine Beyer, violino
Monique Simon, mezzo-soprano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Que show, Rechsteiner!
Que show, Rechsteiner!

PQP

Ivo Maček (1914-2002): Complete Piano Music / Sonata para Violino e Piano

Ivo Maček (1914-2002): Complete Piano Music / Sonata para Violino e Piano

Bom disco deste estreante em nosso blog. Pouco conhecido fora de sua nativa Croácia, Ivo Maček (1914-2002) ocupou um lugar importante na vida musical da ex-Iugoslávia como pianista e educador. Ele compôs um pequeno número de peças para piano, as quais podem ser ouvidas todas nesta gravação première mundial. O Intermezzo é muito poético, enquanto o Theme and Variations é inventivo de dar gosto. Merecem ser conhecidos. Sua Sonata, de 1985, é a mais elaborada e imponente de suas obras para piano solo, enquanto que a Sonata para violino e piano, de 1980, demonstra com charme a crescente sofisticação e equilíbrio de seu estilo tardio.

Piano Sonatina (Ivo Macek)
1 Piano Sonatina: I. Animato 05:09
2 Piano Sonatina: II. Amabile 03:40
3 Piano Sonatina: III. Vivo e giocoso 03:25

Theme and Variations
4 Theme and Variations 08:05

Improvisation
5 Improvisation 03:13

Intermezzo
6 Intermezzo 05:17

Prelude and Toccata
7 Prelude and Toccata: Prelude 02:04
8 Prelude and Toccata: Toccata 02:50

Piano Sonata
9 Piano Sonata: I. Maestoso ma con moto 06:25
10 Piano Sonata: II. Comodo: Allegro vivace 06:44

Goran Filipec, piano
Silvia Mazzon, violino

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ivo
Ivo Maček: o PQP sempre aprensentando novos compositores, né?

PQP

Astor Piazzolla (1921-1992): Tango Ballet, Concierto Del Angel, Tres Piezas Para Orquesta De Camara

51wf9EFWttLLINK REVALIDADO !!!

Hoje, no Sul21, saiu um longo artigo sobre Piazzolla. Acho que vale a pena. Está cheio de vídeos e informações legais.

~o~

Este disco certamente é um os melhores de Piazzolla que foram lançados após a morte do compositor. Desconhecia o Tango Ballet e fiquei efetivamente APAIXONADO pela música. Já o Concierto Del Angel e as Tres Piezas são mais conhecidas e tão grandes quanto. A alegre orquestra de Gidon Kremer rende DEMAIS, ABSURDAMENTE, no Concierto Del Angel. Dá para sentir o tesão dos músicos, felizes de tocar Piazzolla. Sobre a qualidade deles… É o que eu sempre digo, deve ser a água do Báltico. Como tem músico bom naquela parte do mundo! Esses aí são uns animais, vou lhes contar.

AB-SO-LU-TA-MEN-TE  IM-PER-DÍ-VEL !!!

Piazzolla: Tango Ballet, Concierto Del Angel, Tres Piezas Para Orquesta De Camara

1. Tango Ballet For Violin And String Orchestra: Titulos
2. Tango Ballet For Violin And String Orchestra: La Calle
3. Tango Ballet For Violin And String Orchestra: Encuentro-Olvido
4. Tango Ballet For Violin And String Orchestra: Cabaret
5. Tango Ballet For Violin And String Orchestra: Soledad
6. Tango Ballet For Violin And String Orchestra: La Calle

7. Concierto Del Angel For Violin, Bandoneon, Double Bass, Piano And String Orchestra: Introduccion Al Angel
8. Concierto Del Angel For Violin, Bandoneon, Double Bass, Piano And String Orchestra: Milonga Del Angel
9. Concierto Del Angel For Violin, Bandoneon, Double Bass, Piano And String Orchestra: La Muerte Del Angel
10. Concierto Del Angel For Violin, Bandoneon, Double Bass, Piano And String Orchestra: Resurreccion Del Angel

11. Tres Piezas Para Orquesta De Camara – For Piano And String Orchestra: Preludio: Lento
12. Tres Piezas Para Orquesta De Camara – For Piano And String Orchestra: Fuga: Allegro
13. Tres Piezas Para Orquesta De Camara – For Piano And String Orchestra: Divertimento: Allegro Molto

Astor Quartet
Kremerata Baltica
Gidon Kremer

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

 

PQP

Beethoven: Variações sobre um tema de Diabelli / Bach: Partita Nº 4

Beethoven: Variações sobre um tema de Diabelli / Bach: Partita Nº 4

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Duas obras-primas em mãos competentes. Não poderia dar errado e não deu mesmo. As luminosas 33 Variações sobre uma Valda de Diabelli, de Beethoven, e a Partita Nº 4, de Bach, recebem o banho de talento de um dos pianistas preferidos de meu irmão FDP Bach. Não há reparos a fazer, resta apenas deliciar-se ouvindo este filho de um croata e de uma californiana. Ele tem bom gosto, tanto que foi o terceiro marido de Martha Argerich. Espero que os pequepianos não imaginem o que ambos faziam com os dedos, mas informo que eles têm uma filha fotógrafa, Stéphanie.

Beethoven – 33 Variations in C on a Waltz by Anton Diabelli, op.120 (51min24)

01 Tema: Vivace  0.45
02 I AlIa marcia maestoso 1.24
03 II Poco allegro  0.40
04 III L’istesso tempo 1.19
05 IV Un poco più vivace 0.52
06 V Allegro vivace 0.53
07 VI Allegro ma non troppo e serioso 1.48
08 VII Un poco più allegro 1.02
09 VIII Poco vivace 1.34
10 IX Allegro pesante e risoluto 1.41
11 X Presto 0.36
12 XI Allegretto 1.03
13 XII Un poco più moto 0.52
14 XIII Vivace 0.58
15 XIV Grave e maestoso 4.13
16 XV Presto scherzando 0.31
17 XVI Allegro 0.57
18 XVII Allegro 1.03
19 XVIII Poco moderato 1.26
20 XIX Presto 0.50
21 XX Andante 2.18
22 XXI Allegro con brio – Meno allegro 1.03
23 XXII Allegro molto  0.38
24 XXIII Allegro assai 0.54
25 XXIV Fughetta: Andante 3.11
26 XXV Allegro 0.43
27 XXVI Piacevole 1.14
28 XXVII Vivace 0.56
29 XXVIII Allegro 0.52
30 XXIX Adagio ma non troppo 1.19
31 XXX Andante, sempre cantabile 1.59
32 XXXI Largo, molto espressivo  4.56
33 XXXII Fuga: Allegro  2.55
34 XXXIII Tempo di menuetto moderato 4.04

Bach Partita No. 4 in D Major BWV 828  (26min07)

35 I Ouverture 5.54
36 II Allemande 7.36
37 III Courante 2.24
38 IV Aria 1.32
39 V Sarabande 3.55
40 VI Menuet 1.27
41 VII Gigue 2.44

Total timing: 77min32

Stephen Kovacevich, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Stephen Kovacevich: que belo registro de duas obras-primas!
Stephen Kovacevich: que belo registro de duas obras-primas!

PQP

.: interlúdio :. Mariano Otero: Desarreglos

.: interlúdio :. Mariano Otero: Desarreglos

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente disco do jovem baixista, compositor, arranjador e bandleader argentino Mariano Otero e seu noneto. Neste disco, presta homenagem a seu professor Walter Malosetti, com composições originais do aluno Otero e de seu professor. O resultado é brilhante, o noneto mostra-se talentosíssimo ao fazer coexistir o moderno e o tradicional. Normalmente, os tributos são lugares confortáveis o suficiente para não se dizer nada de novo. Abundam homenagens inúteis a todos. Mas um tributo pode ser também uma operação de releitura, de compromisso com o homenageado e, acima de tudo, uma forma de dar primeiro plano a algumas músicas raras. Um achado!

Mariano Otero: Desarreglos

1 El maestro 04:42
2 Ale Blues 06:24
3 Mini 07:52
4 Grama 05:27
5 Walter´s Rithm 05:22
6 Avellaneda 02:45
7 Madrid 04:41
8 Pappo´s blues 05:15
9 Espíritu 05:53
10 Blues for Pepi 05:25
11 Adiós Lala 05:58
12 Clifford 05:18

Músicos:
Mariano Otero Noneto:
Mariano Otero contrabajo
Juan Cruz De Urquiza trompeta, flugelhorn
Rodrigo Dominguez saxo tenor
Ramiro Flores saxos alto y tenor
Carlos Michelini saxos alto y tenor
Martín Pantyrer saxo barítono
Juan Canosa trombón
Francisco Lovuolo piano
Pepi Taveira batería

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Mariano Otero
Mariano Otero

PQP

Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

saariahoFala Saariaho:

Seis Jardins Japoneses é uma coleção de impressões sobre os jardins que vi em Kyoto durante a minha estadia no Japão, no verão de 1993 e minhas reflexões sobre o ritmo naquela época.

Como o título indica, a peça é dividida em seis partes. Cada uma destas partes tem a aparência de um material específico rítmico, a partir da primeira parte simples, em que a instrumentação principal é introduzida, usando figuras polirrítmicos em ostinato ou complexas, com alternância de material rítmico e colorístico.

A seleção dos instrumentos tocados pelo percussionista é voluntariamente reduzido para dar espaço para a percepção das evoluções rítmicas. Além disso, as cores reduzidas são estendidas com a adição de uma parte eletrônica, em que ouvimos os sons da natureza, canto ritual, e instrumentos de percussão gravados no Colégio Kuntachi de Música. As seções já misturadas são acionados pelo percussionista durante a peça, a partir de um computador Macintosh.

Todo o trabalho para o processamento e mistura do material pré-gravado foi feito com um computador Macintosh no meu home studio. Algumas transformações são feitas com os filtros ressonantes no programa CANTO, e com o SVP Phaser Vocoder. Este trabalho foi feito com Jean-Baptiste Barrière. A mistura final foi feita com o programa Protools com o auxílio de Hanspeter Stubbe Teglbjaerg.

A peça é encomendada pela Academia Kunitachi de Música e dedicada a Shinti Ueno.

Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

Six Japanese Gardens (1993) 16m03s
1 Tenju-an Garden of Nanzen-ji Temple 3m12s
2 Kinkaku-ki (Golden Pavillon) 1m20s
3 Tenryu-ji (Dry Mountain Stream) 3m03s
4 Ryoan-ji (Sand Garden) 2m20s
5 Saiho-ji (Moss Garden) 2m48s
6 Daisen-in (Stone Bridges) 3m10s

7 Trois rivières Delta (1993) 14m14s
7 1 3m45s
8 2 6m36s
9 3 3m53s

Thierry Miroglio, percussion

Total duration: 30m17s

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Saariaho: belezas orientais
Saariaho: belezas orientais

PQP

.: interlúdio :. Oregon – Winter Light (1974)

.: interlúdio :. Oregon – Winter Light (1974)


Winter Light é um belíssimo disco da fase inicial deste velho e duradouro grupo de jazz, formado por músicos que se tornaram estrelas também individualmente. O Oregon é um grupo que oscila entre o vanguardismo e as melodias acessíveis, como faz um de seus membros em seus discos “singles”: Ralph Towner. Mas é jazz, sem nenhuma dúvida, e do bom. E, como o quarteto é formado de muitiinstrumentistas,a coisa fica sempre colorida e interessante.

Há inesperados solos de piano de Ralph Towner… Há um pulso delicado e pré-minimalista em algumas músicas e muita, mas muita improvisação. Ah, como na época ainda não tínhamos nos livrado da infuência indiana, Colin Walcott nos tortura moderadamente com algumas tablas.

Importante: este trabalho recebeu avaliação máxima de nove ouvintes na Amazon. Prova de que não só eu gosto dele.

Oregon – Winter Light

1. Tide Pool
2. Witchi-Tai-To
3. Ghost Beads
4. Deer Path
5. Fond Libre
6. Street Dance
7. Rainmaker
8. Poesia
9. Margueritte

Paul McCandless Clarinet (Bass), Horn (English), Oboe
Ralph Towner Guitar, Percussion, Clay Drums, Hands, Guitar (Classical), Piano, Guitar (12 String), French Horn, Flugelhorn
Collin Walcott Dulcimer, Clarinet, Percussion, Cover Photo, Pakawaj, Tabla, Sitar, Conga
Glen Moore Bass, Piano, Violin, Guitar (Bass), Bass (Electric), Flute

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

É o que sempre digo: todos nós já fomos jovens
É o que sempre digo: todos nós já fomos jovens

PQP

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Há pouco mais de 50 anos, Charles Mingus, Eric Dolphy e o sexteto de Mingus davam esta inacreditável comprovação de musicalidade e talento para uma plateia de Bremen. Dois meses depois, Dolphy morreria da forma mais estúpida possível: na tarde de 18 de Junho de 1964, ele caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros não sabiam que ele era diabético e pensaram que ele (como acontecia com muitos jazzistas) estava sob overdose. Deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após o coma diabético. Aos 36 anos. Bastava-lhe uma injeção. São coisas que acontecem muito com negros.

O som do CD não é uma maravilha, mas é muito mais do que o suficiente para se notar que estamos entre gênios. Mingus era um sujeito duríssimo com sua banda. Certa vez acertou um direto no queixo de seu fiel trombonista Jimmy Knepper porque ele não acertava uma nota. Com Dolphy, a comunicação parecia ser telepática. Mingus dizia que não precisava conversar muito com Dolphy, que eles se entendiam silenciosamente antes de partir para outras dimensões. Verdade, partiam mesmo.

Charles Mingus & Eric Dolphy: The Complete Bremen Concert

CD1
01 – A.T.F.W. [Art Tatum-Fats Waller]
02 – Sophisticated Lady
03 – So long Eric
04 – Parkeriana

CD2
01 – Meditations On Integration
02 – Fables Of Faubus

Charles Mingus, bass
Eric Dolphy, alto sax / flute / bass clarinet
Johnny Coles, trumpet
Clifford Jordan, tenor sax
Jacki Byard, piano
Dannie Richmond, drums

in April 16, 1964

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Charles Mingus e Eric Dolphy: muita genialidade em pouco espaço
Charles Mingus e Eric Dolphy: muita genialidade em pouco espaço físico

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Alcina

G. F. Handel (1685-1759): Alcina


Excelente ópera de Handel. Passei o dia de ontem ouvindo e valeu a pena.

Da Wikipedia:

Alcina (HWV 34) é um ópera em três atos de autoria do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1785-1759). Sua estreia se deu no Royal Opera House de Covent Garden em 16 de abril de 1735, tendo sido uma das últimas óperas de sucesso do compositor. Um libreto de Antonio Marchi denominado Alcina delusa da Ruggiero foi musicado por Tomaso Albinoni em Veneza em 1725. A ópera foi revivida em 1732 sob o nome de Gli evenimenti di Ruggiero. No entanto, salvo por conta do argumento, não há relação entre esse texto e aquele utilizado por Händel. Winton Dean sustenta que o mais provável é que Händel tenha trabalhado sozinho adaptando o libreto da ópera de Ricardo Broschi L’Isola d’Alcina. Assim como outras óperas de Händel como Orlando e Ariodante, o enredo de Alcina tem por base a obra de Ludovico Ariosto Orlando Furioso, poema épico ambientado no tempo das guerras de Carlos Magno contra o Islã. A ópera contém várias sequências musicais para dança, compostas para a dançarina Marie Sallé e para o corpo de baile do Covent Garden.

No PQP, a categoria ópera foi apenas recentemente criada pelo Bisnaga. Não confie totalmente nela. Há mais óperas escondidas por aí…

G. F. Handel (1685-1759): Alcina

Disc: 1
1. Alcina: Sinfonia
2. Alcina: Minuet
3. Alcina: Musette
4. Alcina: Atto 1, Scena I: Recitativo – Oh Dei! quivi non scorgo alcun sentiero! (Bradamante)
5. Alcina: Atto 1, Scena I: Aria – O s’apre al riso (Morgana)
6. Alcina: Atto 1, Scena II: Coro – Questo e il cielo de’ contenti
7. Alcina: Atto 1, Scena II: Recitativo – Ecco l’infido (Bradamante)
8. Alcina: Atto 1, Scena II: Aira – Di’, cor mio, quanto t’amai (Alcina)
9. Alcina: Atto 1, Scena III: Recitativo – Generosi guerrier (Oberto)
10. Alcina: Atto 1, Scena III: Aria – Chi m’insegna iil caro padre? (Oberto)
11. Alcina: Atto 1, Scena IV: Recitativo – Mi ravvisi (Bradamante)
12. Alcina: Atto 1, Scena IV: Aria – Di te mi rido (Ruggiero)
13. Alcina: Atto 1, Scena V: Recitativo – Qua dunque ne veniste (Oronte)
14. Alcina: Atto 1, Scena VI: Aria – E gelosia (Bradamante)
15. Alcina: Atto 1, Scena VII: Recitativo – lo dunque (Orante)
16. Alcina: Atto 1, Scena VIII: Recitativo – La cerco in vano (Ruggiero) – Aria – Semplicetto! (Oronte)
17. Alcina: Atto 1, Scena IX: Recitativo – Ah, infedele, infedel! (Ruggiero)
18. Alcina: Atto 1, Scena X: Aria – Si, con quella! (Alcina)
19. Alcina: Atto 1, Scena XI: Recitativo – Se nemico mi fossi (Bradamante)
20. Alcina: Atto 1, Scena XII: Recitativo – Bradamante favella? (Ruggiero) – Aria – La bocca vaga (Ruggiero)
21. Alcina: Atto 1, Scena XIII: Recitativo – Fuggi cor mio (Morgana)
22. Alcina: Atto 1, Scena XIV: Aria – Tornami a vagheggiar (Morgana)

Disc: 2
1. Alcina: Atto II, Scena I: Arioso – Col celarvi a chi v’ama (Ruggiero)
2. Alcina: Atto II, Scena I: Recitativo – Taci, taci, codardo (Melissa) – Arioso – Qual portento mi richiama (Ruggiero)
3. Alcina: Atto II, Scena I: Recitativo – Ah, Bradamante! (Ruggiero)
4. Alcina: Atto II, Scena I: Aria – Pensa a chi geme d’amor (Melissa)
5. Alcina: Atto II, Scena II: Recitativo – Qual adio ingiusto contro me? (Bradamante)
6. Alcina: Atto II, Scena II: Aria – Vorrei vendicarmi (Bradamante)
7. Alcina: Atto II, Scena III: Recitativo – Chi scopre al mio pensiero (Ruggiero)
8. Alcina: Atto II, Scena III: Aria – Mi lusinga il dolce affetto (Ruggiero)
9. Alcina: Atto II, Scena IV: Recitativo – S’acquieti il rio sospetto (Alcina)
10. Alcina: Atto II, Scena V: Recitativo – E la tua pace (Morgana)
11. Alcina: Atto II, Scena VI: Recitativo – Non scorgo nel tuo viso (Alcina) – Aria – Ama, sospira (Morgana)
12. Alcina: Atto II, Scena VI: Aria – Mio bel tesoro (Ruggiero)
13. Alcina: Atto II, Scena VII: Recitativo – Regina, io cerco in vano (Oberto)
14. Alcina: Atto II, Scena VII: Aria – Tra speme e timore (Oberto)
15. Alcina: Atto II, Scena VIII: Recitativo – Regina, sei tradita (Oronte)
16. Alcina: Atto II, Scena VIII: Aria – Ah! mio cor! (Alcina)
17. Alcina: Atto II, Scena IX: Recitativo – Or, che dici, Morgana? (Oronte)
18. Alcina: Atto II, Scena X: Aria – E un folle (Oronte)
19. Alcina: Atto II, Scena XI: Recitativo – Eccomi a’ piedi tuoi (Ruggiero)
20. Alcina: Atto II, Scena XI: Aria – Verdi prati (Ruggiero)
21. Alcina: Atto II, Scena XII: Recitativo accompagnato – Ah! Ruggiero crude! (Alcina)
22. Alcina: Atto II, Scena XII: Aria – Ombre pallide (Alcina)

Disc: 3
1. Sinfonia
2. Atto III, Scena I: Recitativo – Voglio amar e disamar (Oronte)
3. Atto III, Scena I: Aria – Credete el mio dolore (Morgana)
4. Atto III, Scena I: Recitativo – M’inganna, me n’avveggo (Oronte)
5. Atto III, Scena I: Aria – Un momento di contento (Oronte)
6. Atto III, Scena II: Recitativo – Molestissimo incontro! (Ruggiero)
7. Atto III, Scena II: Aria – Ma quando tornerai (Alcina)
8. Atto III, Scena III: Recitativo – Tutta d’armate squadre (Melisso)
9. Atto III, Scena III: Aria – Sta nell’lrcana (Ruggiero)
10. Atto III, Scena IV: Recitativo – Vanne tu seco ancora (Melisso)
11. Atto III, Scena IV: Aria – All’alma fedel (Bradamante)
12. Atto III, Scena V: Recitativo – Niuna forza lo arresta (Oronte)
13. Atto III, Scena V: Aria – Mi restano le lagrime (Alcina)
14. Atto III, Scena VI: Recitativo – Gia vicino e il momento (Oberto)
15. Atto III, Scena VI: Aria – Barbara! (Oberto)
16. Atto III, Scena VII: Recitativo – Le lusinghe (Bradamante)
17. Atto III, Scena VII: Terzetto – Non e amor, ne gelosia (Ruggiero, Alcina, Bradamante)
18. Atto III, Scena VIII: Recitativo – Ah mio Ruggier, che tenti? (Alcina)
19. Atto III, Scena IX: Recitativo – Misera, ah, no! (Alcina), Scena ultima: Recitativo – A che tardi? (Melisso), Scena ultima: Coro – Dall’orror di notte cieca
20. Scena ultima: Entree
21. Scena ultima: Tamburino
22. Scena ultima: Coro – Dopo tante amare pene

Renee Fleming
Susan Graham
Natalie Dessay
Kathleen Kuhlmann
Timothy Robinson
Laurent Naouri
Juanita Lascarro

Les Arts Florissants
William Christie

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

William Christie
William Christie

PQP