Richard Wagner (1813-1883) – Overtures & Orchestral music (Oslo Philharmonic Orchestra, Mariss Jansons)

Um pequeno grande disco lançado em 1992, época em que a parceria artística entre o maestro letão Mariss Jansons (1943-2019) e a Orquestra Filarmônica de Oslo vivia alguns de seus tempos mais frutíferos. Jansons ficou à frente do grupo por 23 anos, entre 1979 e 2002, sucedendo Okko Kamu.

Embora seja mais comumente lembrado e associado por seu trabalho junto à Sinfônica da Rádio Bávara, em Munique, e à Royal Concertgebouw, em Amsterdã, outros dois conjuntos estelares que dirigiu por longos períodos, Jansons fez também um belíssimo trabalho dirigindo a orquestra norueguesa. Foi ali que sua carreira se consolidou, levando aos postos de principal regente convidado da Filarmônica de Londres, em 1992, e diretor musical da Sinfônica de Pittsburgh, em 1997.

Um jovem Jansons na época em que era aluno de Herbert von Karajan em Salzburgo

O álbum que trazemos hoje, com uma seleção de aberturas e trechos orquestrais de óperas de Richard Wagner (1813-1883), compositor com imensa influência sobre os rumos que a música tomou a partir de sua passagem por este planetinha azul. Wagner tem a peculiaridade, mais do que a maioria dos outros compositores, de ter sua obra apreciada em dois tipos de situação um tanto distintas: ou nas extensas versões integrais de suas óperas, ou com trechos instrumentais dessas óperas (aberturas, prelúdios, interlúdios) apresentados como peças de concerto. Esse disco é um legítimo representante desta segunda forma de relacionar-se com a obra wagneriana.

O Wagner aqui apresentado reluz algumas das características mais marcantes da música que Jansons e os noruegueses produziram ao longo das décadas de trabalho conjunto: um som muito claro e límpido, frases bem delineadas e profundamente melódicas, grande precisão dinâmica e uma capacidade ímpar de criação de texturas sonoras. Jansons tinha uma maneira de reger muito elegante e sutil, algo difícil de se colocar em palavras, mas que de alguma forma parece transparecer em suas gravações, sobretudo com essas orquestras com quem manteve longevas parcerias.

Meus destaques pessoais do álbum, puramente subjetivos: A abertura de Tannhäuser e o prelúdio para o terceiro ato de Lohengrin. 

Richard Wagner – Overtures & Orchestral Music

  1. Die Meistersinger von Nürnberg – Prelude to Act I
  2. Tristan und Isolde – Prelude to Act 1
  3. Tristan und Isolde – Liebestod
  4. Tannhäuser – Overture
  5. Gotterdämerung – Trauermarsch (Funeral March)
  6. Die Walküre –The Ride Of The Valkyries
  7. Lohengrin – Prelude to Act 3
  8. Rienzi – Overture: Molto sostenuto e maestoso
  9. Rienzi – Allegro energico

Oslo Philharmonic Orchestra
Mariss Jansons, regência

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Karlheinz

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