Johannes Brahms (1833-1897): Os Concertos para Piano / Variações sobre um tema de Handel e sobre um tema de Haydn (Ashkenazy / Haitink)

Estava desejoso por ouvir a música de Brahms e fui buscar logo este CD com os seus dois concertos para piano, com ninguém menos do que Haitink (regência) e Ashkhenazy (piano). Eu pareço ser repetitivo, mas é que a objetividade da língua não é capaz de captar, traduzir, descrever aquele suspiro mais íntimo da alma. Brahms é mais do que um compositor para mim. É a possibilidade de redenção. Seu romantismo não é piegas. Toca as emoções certas. O Concerto Nº 1 para piano e orquestra é de uma aspereza incomum, mas de um sonho e de uma expectativa redentiva inominável. Foi composto por um Brahms jovem. O alemão possuía apenas 25 anos ao compô-lo, mas a obra possui uma técnica equilibrada, o que levou Brahms a ser chamado de conservador. Reside aí o mistério na música de Brahms. Sua técnica é precisa, pura, honrando a tradição clássica. Num momento histórico em que a música de Liszt e Wagner dominava o mundo, Brahms constituiu-se numa contraparte — e o fez muito bem. O Concerto Nº 2 foi composto mais de vinte anos após o primeiro (1878). É menos áspero do que o primeiro, mas nem por isso menos denso. Nestes CDs, aparecem ainda duas belas variações — uma sobre um tema de Haydn e outra sobre um tema de Handel. Trata-se de um belo e poético post. Não deixe de ouvir.

Johannes Brahms (1833-1897): Os Concertos para Piano / Variações sobre um tema de Handel e sobre um tema de Haydn (Ashkenazy / Haitink)

DISCO 01

Piano Concerto No.1 in D minor Op.15

01. 1. Maestoso
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo. Allegro non troppo

Variations and Fugue on a Theme by Handel, Op.24
04. Variations and Fugue on a Theme by Handel, Op.24

DISCO 02

Piano Concerto No.2 in B major Op.83
01. 1. Allegro non tropo
02. 2. Allegro appassionato
03. 3. Andante
04. 4. Allegretto grazioso

Variations on a Theme by Haydn, Op. 56a
05. Variations on a Theme by Haydn, Op. 56a

Vladimir Ashkenazy, piano
Amsterdam Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink, regente

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Haitink e Ashkenazy: passeio no bosque após uma visita ao Distrito da Luz Vermelha em Amsterdam

Carlinus

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  1. Carlinus, que texto ruim, velho! E esse post então…
    Rsrsrsrsrs Primeiro de abril! Bom, mas brincadeiras à parte, essa é de cair o queixo. Haintink e Ashkenázy – dupla perfeita! Parabéns pelo post, pelo trabalho e pelo texto. (agora sim é verdade)

  2. A observação do Carlinus sobre Brahms é importante… A música de Brahms, ao lado dos românticos que não foram piegas, como Beethoven e Dvorak (se bem que os grandes maestros acabam salvando quase tudo) é de todos os tempos. Podem tentar me convencer a ouvir coisas “engraxadas”, como essas inovações do século XXI, mas eu tenho certeza de que, se não suportarmos mais ouvir os grandes clássicos, estaremos caindo na falência da humanidade. Ninguém tem mais coragem de continuar o estilo, mas penso que ainda teremos surpresas, eles não devem estar gostando desse barulho todo, que vai ser sempre barulho, harmonia é harmonia, barulho é barulho, coisa interessante é coisa interessante… E viva Sibelius, Stravinsky, Shostakovitsch, Mahler!!!

  3. No Youtube existem um vídeo com o Ashkenazy e Giulini tocando o Concerto nº1. Sugiro darem uma olhada. É o concerto em sua íntegra.. Vale a pena.

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