.: interlúdio :. Duke Ellington: Paris, March 1964

.: interlúdio :. Duke Ellington: Paris, March 1964

A(s) big band(s) formadas por Duke Ellington são inacreditáveis. Todos parecem ser grandes solistas e ninguém erra. E a banda se transmuta de grande em pequena, quando quer, atuando em perfeitos subconjuntos. O som deste CD não é  o melhor, mas na terceira faixa já esquecemos disso, tal a qualidade da música e dos músicos. Ellington foi grande compositor e arranjador. Nada parece ser ocioso ou fora do lugar.

Depois de uma longa excursão pela Ásia, incluindo o Sri Lanka, e depois de duas semanas no Reino Unido, de 15 de fevereiro a 1 de março, a orquestra desembarcou no continente no dia 2, em Stuttgart, viajando por várias cidades até o dia 23, data do último concerto em Limoges. Acrescente a essa agenda estonteante o fato de que a banda costumava dar dois shows por dia e que alguns músicos às vezes realizavam sessões de gravação à tarde… Entre outras maravilhas, temos aqui cinco extratos (faixas 2 a 5 e 13) do que se tornaria em 1966 a Far East Suite, que ouvimos aqui pela primeira vez.

Duke Ellington: Paris, March 1964

1 Take The ”A” Train
2 Amad
3 Agra
4 Bluebird Of Delhi (Minah)
5 Depk
6 The Opener
7 Happy Reunion
8 Blow By Blow
9 Harmony In Harlem
10 Stompy Jones
11 Caravan
12 Tutti For Cootie (Fade Up)
13 Isfahan
14 Things Ain’t What They Use To Be
15 Banquet
16 Skillipoop (Jungle Triangle)
17 Satin Doll

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Ellington na banheira da Suíte Ducal do Palácio PQP Bach

PQP

Johannes Brahms (1833-1897) – The Piano Concertos, 4 Ballads, op. 10, Waltz, op. 39, Piano Pieces, opp. 116-119 – CD 2 de 4 Kovacevich, Davis, LSO,

Scan01Se Stephen Kovacevich tivesse realizado apenas essa gravação do Concerto nº 2 para Piano e Orquestra de Brahms, junto com Colin Davis e a Sinfônica de Londres, lá nos idos dos anos 70, já poderia ser colocado no Hall of Fame dos grandes pianistas do século XX. Já comentei anteriormente que tenho uma relação muito pessoal com essa gravação, desde que a comprei, lá em 1987 ou 88. Brahms para mim ainda era um compositor um tanto quanto obscuro. Sua obra ainda era uma incógnita para mim. Ainda era o tempo do LP. Lembro que comprei em uma promoção, dois pelo preço de um, junto dele veio um LP com as Danças Eslavas de Dvorák, na versão de Antal Dorati, outro primor da indústria fonográfica. Bendita a hora em que o gerente daquela loja de discos no centro de Florianópolis resolveu dar uma geral no setor de clássicos, e tirar aqueles álbuns encalhados, que não vendiam.

Já colocamos em discussão por aqui diversas vezes, e não canso de afirmar que considero este Concerto nº 2 para Piano e Orquestra de Brahms o melhor Concerto já escrito pelo ser humano, uma obra que faz parte do cânone cultural ocidental. Um diamante lapidado com cuidado e esmero por este gigante alemão, Johannes Brahms.
E o californiano Stephan Kovacevich, filho de pai croata e mãe norte-americana, junto com Colin Davis e a Sinfônica de Londres, naqueles inspiradores anos 70, conseguiram extrair a essência da obra, aquilo que ela tem de mais profundo. Impossível ouvir essa gravação e ficar imune à sua beleza.

Deliciem-se, então, mortais.

01 – Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83_ 1. Allegro non troppo
02 – Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83_ 2. Allegro appassionato
03 – Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83_ 3. Andante – Piu adagio
04 – Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83_ Allegretto grazioso – Un poco p
05 – Klavierstucke, Op. 76_ 1. Capriccio in F sharp minor
06 – Klavierstucke, Op. 76_ 2. Capriccio in B minor
07 – Klavierstucke, Op. 76_ 3. Intermezzo in A flat major
08 – Klavierstucke, Op. 76_ 4. Intermezzo in B flat major
09 – Klavierstucke, Op. 76_ 5. Capriccio in C sharp minor
10 – Klavierstucke, Op. 76_ 6. Intermezzo in A major
11 – Klavierstucke, Op. 76_ 7. Intermezzo in A minor
12 – Klavierstucke, Op. 76_ 8. Capriccio in C major

Stephen Kovacevich – Piano
London Symphony Orchestra
Colin Davis

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FDP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Partitas, BWV 825-830 – Jean Louis Steuerman

Conheci esta gravação do carioca Jean Louis Steuerman através duma fita cassete – – por si só um atestado de vetustos martelos, bigornas e estribos – antes mesmo do célebre registro de Glenn Gould, e sempre a tive em alta estima. Depois de muito tempo sem ouvi-la, e um pouco receoso de constatar que ela não tivesse resistido à passagem do tempo, ou qualquer outro nome que se dê ao fenômeno de se ficar cada vez menos impressionável quanto mais velho se fica, bem, eu a reencontrei e fiquei muito contente com o que ouvi. O toque preciso de Steuerman continuava lá, articulando com verve e graça os movimentos rápidos, e com economia nos ornamentos nos lentos. Não percebera, em meus imberbes tempos, o quão pouco afeito ele era a aderir às repetições sugeridas por Bach, mas o que ouvi agora, com maduros ouvidos, ainda me agradou demais. Lembro, sem muitas saudades, daqueles tempos em que ganhava mesada em cruzados novos, mas tinha sonhos precificados em dólar, e dos habitués daquele templo ar-condicionado da (minha) cobiça, quase todos velhotes que, pelo jeito, ganhavam em dólar, discutindo se esta grande música realmente se prestava a ser tocada com cravo, e entrincheirando-se entre aqueles que consideravam a versão de Gould insuperável, e o pequeno pelotão daqueles que preferiam Schiff, Martins ou Steuerman. De lá para cá, surgiram tantas gravações maravilhosas (lembro-me das de Angela Hewitt e de Murray Perahia, sem nem entrar no mérito das tantas por excelentes cravistas) que este embate perdeu totalmente o sentido – mas, já que me tornei um próprio um velhote, embora ainda não ganhe em dólar, vou à forra e lhes digo, sem que me tenham perguntado isso, que prefiro as partitas ao piano, que adoro a versão de Gould, que a de Martins não envelheceu bem, e que a de Steuerman segue firme em meu desimportante conceito.

BACH – JEAN LOUIS STEUERMAN – THE 6 PARTITAS BWV 825-830

Johann Sebastian BACH (1685-1750)

Partita no. 1 em Si bemol maior, BWV 825
1 – Praeludium
2 – Allemande
3 – Courante
4 – Sarabande
5- Menuet I
6 – Menuet II
7 – Gigue


Partita no. 2 em Dó menor, BWV 826
8 – Sinfonia
9 – Allemande
10 – Courante
11 – Sarabande
12 – Rondeau
13 – Capriccio


Partita no. 3 em Lá menor, BWV 827
14 – Fantasia
15 – Allemande
16 – Corrente
17 – Sarabande
18 – Burlesca
19 – Scherzo
20 – Gigue


Partita no. 4 em Ré maior, BWV 828
21 – Overture
22 – Allemande
23 – Courante
24 – Aria
25 – Sarabande
26 – Menuet
27 – Gigue


Partita no. 5 em Sol maior, BWV 829
28 – Praeambulum
29 – Allemande
30 – Corrente
31 – Sarabande
32 – Tempo di Minuetto
33 – Passepied
34 – Gigue


Partita no. 6 em Mi menor, BWV 830
35 – Toccata
36 – Allemande
37 – Corrente
38 – Air
39 – Sarabande
40 – Tempo di Gavotta
41 – Gigue


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LINK ALTERNATIVO

Jean Louis Steuerman
, piano

J-L Steuerman, pelo jeito, gosta de nos mostrar seu lado direito

Vassily

Alban Berg (1885-1935): Quarteto Op. 3 & Suíte Lírica – Quatuor Arditti

Alban Berg (1885-1935): Quarteto Op. 3 & Suíte Lírica – Quatuor Arditti

Alban Berg

Quarteto Op. 3

Suíte Lírica

 

Eu sou basicamente um conservador. Bem, eu quero dizer conservador quando se trata de gosto musical. Expandir meu, digamos assim, repertório, sempre exigiu um certo esforço, mas as recompensas sempre vieram e em abundância. Adoro essa palavra…

Custei muito a incluir as peças de Debussy e Bartók em minha dieta musical, mas hoje não vivo sem elas.

Atualmente tenho tentado navegar por águas um tanto geladas, mapeando os mares shostakovichianos, mas não fui muito além do famosíssimo quinteto para piano e cordas e dos concertos para piano, desde que interpretados pela belíssima Anna Vinnitskaya.

Pois assim, como parte das resoluções de fim de ano, decidi me aventurar mais por águas ainda não navegadas. Porém, antes de grandes arroubos, resolvi visitar algumas das minhas tentativas juvenis que haviam restado indecisas e ataquei de Alban Berg. Como tenho uma queda por quartetos de cordas, busquei na prateleira de baixo, aquela que precisamos abaixar e está mais empoeirada do que as outras, meu disco de Quartetos de Alban Berg.

Então, um álbum com música atonal. Sim, aquela que é impossível assobiar um pedaço depois de ouvi-la. Temeridades à parte, do triunvirato da Segunda Escola de Viena, acho Berg o mais acessível. E olha que o Quarteto Op. 3, obra que abre o disco, é a peça de maior fôlego, criado nesta forma de compor, produzida neste período. Veja o que Schoenberg disse desta peça: ‘Este quarteto surpreendeu-me de maneira mais incrível pela riqueza de sua linguagem e pala ausência de restrições, pelo ímpeto e segurança do discurso, pela sua cuidadosa elaboração e significante originalidade’. A apresentação deste quarteto em Salzburgo em 2 de agosto de 1923, durante um concerto realizado pela Sociedade Internacional de Música Contemporânea foi o primeiro grande sucesso de público de Alban Berg.

A Suíte Lírica é uma peça impressionante. Aqui a temos em sua forma original. O nome foi inspirado pelo nome de uma peça de Alexander Zemlinsky, a Sinfonia Lírica, de 1923. Apesar de atonal, a peça tem suas raízes nas tradições vienenses de quartetos de cordas, especialmente os últimos quartetos de Beethoven e na estrutura do Das Lied von der Erde, de Mahler, obra extremamente significativa do início do século XX. Veja que a peça é composta de seis movimentos.

A obra inicia com um Allegretto gioviale, mas se encaminha para um fim trágico, passando por um Presto delirando e desaguando em um Largo desolato. Pois é, acho que o pouquinho de romantismo que restou em Berg o faz assim, mais acessível aos ouvintes acostumados à música tonal. Vide seu deslumbrante Concerto para Violino. Mas, isto fica para outra ocasião! Quanto a você, fique com o convite de navegar estas águas menos percorridas, se é o seu caso. As recompensas podem ser surpreendentes.

Alban Berg (1885 – 1935)

Quarteto Op. 3

  1. Primeiro movimento
  2. Segundo movimento

Suíte Lírica

  1. Allegro gioviale
  2. Andante amoroso
  3. Allegro misterioso
  4. Adagio appassionato
  5. Presto delirando
  6. Largo desolato

Quatuor Arditti

Irvine Arditti, violino
David Albermann, violino
Levine Andrade, viola
Rohan de Saram, violoncelo

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FLAC | 199 MB

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MP3 | 320 KBPS | 111 MB

O Quatuor Arditti ou Arditti Quartet já não tem esta mesma formação. Aqui está um update dos membros que participaram desta gravação, mas não mais fazem parte do grupo. Página do segundo violino, agora com a grafia David Alberman pode ser acessada aqui.

Levine Andrade, que tocava a viola, faleceu em 2018. Você poderá ler um obituário aqui.

O violoncelista Rohan de Saram continua ativo e você poderá acessar sua página aqui.

A página do Arditti Quartet atual é esta aqui.

Usei Quatuor Arditti no lugar de Arditti Quartet porque o selo do disco da postagem é francês. Você poderá ler aqui uma entrevista com Irvine Arditti e David Alberman, feita por Bruce Duffie.

Há muitas explicações sobre as motivações para a composição da Suíte Lírica, que envolvem uma paixão impossível, motivos musicais construídos por letras dos nomes dos enamorados e um bocado de teoria musical. Você pode saber mais sobre isto aqui, o programa da peça segundo outro excelente conjunto musical. Mas hoje, as honras são para o ousado Quatuor Arditti.

Aproveite!
René Denon

Johannes Brahms (1833-1897) – The Piano Concertos, 4 Ballads, op. 10, Waltz, op. 39, Piano Pieces, opp. 116-119 – CD 1 de 4 Kovacevich, Davis, LSO,

Scan01Repostagem, lá dos primórdios do blog … 

A obra pianística de Brahms apareceu com pouca frequência aqui no PQPBach. Lembro de um cd de Kristian Zimerman, cujo link já desapareceu há muito tempo, e só. Claro que falo das obras para piano solo, não de seus monumentais concertos para piano.
Resolvi então trazer esta caixa com quatro cds da Phillips, com meu pianista favorito para esse repertório, Stephen Kovacevich, gravações estas realizadas entre o final dos anos 60 e início dos anos 80.
Tenho uma relação muito particular com este pianista, foi ele quem me apresentou o Concerto nº2, e sua leitura me cativou imediatamente, e desde então cultivo um carinho muito especial por esta gravação. Infelizmente Kovacevich meio que sumiu dos palcos durante alguns anos, se não me engano por problemas de saúde, mas pelas últimas notícias que li, ele está novamente ativo, realizando performances pelos palcos do mundo inteiro.
O primeiro cd dessa caixa traz o monumental Concerto nº1, em uma versão mais “light”, eu diria, não tão soturna, mais romântica do que e as que estamos acostumados a ouvir. É deslumbrante acompanhar o embate entre piano e orquestra, em um duelo sem vencedores.
Stephen Kovacevich, Colin Davis e a Sinfônica de Londres estão impecáveis, no apogeu de suas carreiras.

01. 01 – Piano Concerto No. 1 in D minor Op. 15_ 1. Maestoso – Poco piu moderato
02. 02 – Piano Concerto No. 1 in D minor Op. 15_ 2. Adagio
03. 03 – Piano Concerto No. 1 in D minor Op. 15_ 3. Rondo. Allegro non troppo
04. Scherzo in E flat minor, Op. 4
05. 4 Ballades, Op. 10_ No. 1 in D minor
06. 4 Ballades, Op. 10_ No. 2 in D major
07. 4 Ballades, Op. 10_ No. 3 in B minor
08. 4 Ballades, Op. 10_ No. 4 in B major

Stephen Kovacevich – Piano
London Symphony Orchestra
Colin Davis – Conductor

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Stephen-Kovacevich_wide
O californiano Stephen Kovacevich é um dos maiores intérpretes da obra de Brahms de sua geração, disso não tenho dúvidas

 

 

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concertos para piano nos. 17, 23 e 24 – Rubinstein

Não lhes faço mais delongas: apenas completo a série, conforme ontem lhes prometi. Mesmo com a vasta discografia para estes concertos, com solistas e orquestras de todas estirpes, estas gravações de Rubinstein sempre estarão entre as minhas favoritas. Deleitem-se!

Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)

Concerto para piano no. 17 em Dó maior, K. 453
Cadências: Wolfgang Amadeus Mozart
1 – Allegro
2 – Andante
3 – Allegretto

Concerto para piano no. 23  em Dó maior, K. 488
Cadências: Wolfgang Amadeus Mozart
4 – Allegro
5 – Adagio
6 – Allegro assai

Concerto para piano no. 24 em Dó menor, K. 491*
Cadências: Johann Nepomuk Hummel (1778-1837)
7 – Allegro
8 – Larghetto
9 – Allegretto

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Arthur Rubinstein, piano
RCA Victor Symphony Orchestra
Alfred Wallenstein,
regência
*Josef Krips,
regência

Mural de Rubinstein em sua Łódź natal, por Eduardo Kobra.

Vassily

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano – Igor Levit – 9 de 9 – BTHVN250

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano – Igor Levit – 9 de 9 – BTHVN250

 

BTHVN

Op. 109 ◦ Op. 110 ◦ Op. 111

 

 

Após a composição das duas sonatas anteriores, ditas para Hammerklavier, ambas com quatro movimentos, sendo que a segunda delas alcançou todos os limites da forma sonata, estabelecendo novos patamares, o que fazer mais? Como prosseguir daqui? Pois a resposta genial veio com a composição de um conjunto de três sonatas que guardam cada uma delas enorme individualidade. Em um sentido, uma volta à proporções menores, mas com uma renovada liberdade. A palavra que me ocorre sempre que penso nestas três sonatas é transcendência. Nelas Beethoven exercita uma enorme flexibilidade e demonstra ainda uma concentrada dose de criatividade. Resumindo: sublimes.

Duas destas sonatas terminam em variações e uma delas em uma fuga. O lirismo também está presente. Não foram as últimas composições para piano do genial Ludovico, mas com elas ele definitivamente terminou o ciclo de sonatas.

Considero essas três peças indispensáveis e já as ouvi inúmeras vezes, com muitos intérpretes. Mas nunca me canso delas. Gosto muitíssimo das gravações do Kovacevich (Philips e EMI), gosto mais da última gravação (creio que ao vivo) do Brendel para a Philips, da gravação menos conhecida da pianista Inger Södergren, no selo Calliope. As Sonatas Nos. 30 e 31 foram gravadas pelo Emil Gilels na Deutsche Grammophon. Alas, ele não chegou a gravar a última sonata, transcendeu. Mas hoje, o dia é de Igor Levit e espero que você, caso tenha chegado até aqui, desfrute também desta gravação e lembre-se da enorme evolução alcançada por um dos maiores compositores de que temos notícia.

Vivat, vivat Beethoven!!

Desenho feito por August von Klöber

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

Sonata para piano No. 30 em mi maior, Op. 109

  1. Vivace ma non troppo
  2. Prestissimo
  3. Gesangvoll, mit innigster Empfindung. Andante molto cantabile ed expressivo

Sonata para piano No. 31 em lá sustenido maior, Op. 110

  1. Moderato cantabile molto expressivo
  2. Allegro molto
  3. Adagio ma non troppo – Fuga. Allegro ma non troppo

Sonata para piano No. 32 em dó menor, Op.111

  1. Maestoso – Allegro com brio ed apassionato
  2. Arietta – Adagio molto semplice e cantabile

Igor Levit, piano

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FLAC | 173 MB

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MP3 | 320 KBPS | 151 MB

Igor adorando os jardins do PQP Bach!

Esta jornada teria sido impossível sem a condução impecável deste notável pianista e cidadão, Igor Levit! Você poderá ler uma curta entrevista com ele aqui.

Aproveite!

René Denon

Edward Elgar – Cello Concerto – Sheku Kanneh-Mason, Simon Rattle, LSO

Link atualizado !!!!

Monge Ranulfus, em seu retiro espiritual em alguma capital do litoral brasileiro, assim se referiu a este músico:

“Ele DIZ a música – e para mim esse o diferencial central que me faz reconhecer alguém como grande músico. Eu diria que ele enuncia frase por frase o discurso que essa música pretende ser… e com isso consegue fazer Elgar, que é um compositor apenas mediano, soar como um grande compositor. Consegue extrair profundidade de frases melódicas que seriam banais, em uma interpretação menor. “

Em se tratando do Concerto de Elgar, bem, o nível é bem elevado. Apenas para começo de conversa, lembro da recente excelente gravação de Alisa Weilerstein com o Daniel Baremboim / Staatskapelle Berlin, e claro, a gravação histórica de Jaqueline Du Pré ao lado de John Barbirolli / LSO. Isso para ficarmos em apenas duas. Ah, claro, estou esquecendo da pequena notável Sol Gabetta.

Mas o nome em questão aqui é o de Sheku Kanneh-Mason, uma revelação britânica de apenas 20 anos de idade. Assim a revista Grammophone descreve o artista: “Young artist, old soul”. Aliás, o último número desta conceituada revista dedicada algumas páginas ao jovem artista.

Ouvindo com atenção esta gravação, entendi o que o nosso Ranulfus quis dizer em seu comentário. Sheku tem uma abordagem mais sensível, não tão intensa quanto a de Du Pré, que nos dá a impressão de sangrar os dedos quando está tocando tal a força que ela imprime às notas. O jovem britânico nos dá uma outra possibilidade de leitura, e estou encantado com esta sua abordagem. Claro, a cumplidade da orquestra e do maestro também ajudam. Sir Simon Rattle e a Sinfônica de Londres já devem ter tocado este concerto tantas vezes que ele já se inseriu no DNA da orquestra e do próprio maestro. Por isso eles soam tão naturais e perfeitos. Nada a acrescentar nem para tirar.

Tenho a certeza de que ainda iremos falar muito deste jovem violoncelista.

1 Traditional: Blow The Wind Southerly (Arr. Kanneh-Mason)

2 Elgar: Variations on an Original Theme, Op. 36 “Enigma” – 9. Nimrod (Adagio) (Arr. Parkin)

3 Elgar: Cello Concerto in E Minor, Op. 85 – 1. Adagio – Moderato
4 Elgar: Cello Concerto in E Minor, Op. 85 – 2. Lento – Allegro molto
5 Elgar: Cello Concerto in E Minor, Op. 85 – 3. Adagio
6 Elgar: Cello Concerto in E Minor, Op. 85 – 4. Allegro

7 Elgar: Romance in D Minor, Op. 62 (Arr. Parkin)

8 Bridge: 4 Short Pieces, H. 104 – 2. Spring Song (Arr. Parkin)

9 Traditional: Scarborough Fair (Arr. Parkin)

10 Bloch: Prelude, B 63

11 Bloch: From Jewish Life, B 54 – 1. Prayer (Arr. B. Kanneh-Mason)

12 Fauré: Elégie in C Minor, Op. 24 (Arr. Parkin)

13 Klengel: Hymnus, Op. 57

Sheku Kanneh-Mason – Cello
London Symphony Orchestra
Sir Simon Rattle – Conductor

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BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Cadências para o concerto para piano em Ré menor de Mozart, Woo 58 (Wolfgang Amadeus Mozart – Concertos para piano nos. 20 & 21 – Rubinstein)

Postar-lhes uma hora de música para mostrar-lhes alguns minutos de Beethoven? Seria mais ou menos como trazer uma baleia à sala de visitas para apontar-lhe uma pequena craca no espiráculo – se, pô, a música não fosse a de Mozart e seu intérprete não fosse o insubstituível Arthur Rubinstein.

Ludwig, como sabemos, consolidou-se primeiramente em Viena como pianista virtuose e improvisador. Dessa forma, é muito natural que, além de cavalos de batalha criados por ele próprio, ele lançasse mão do manancial de concertos de Mozart para pavonear seu talento nos palcos. Muito provavelmente as dificuldades propostas pelo mestre de Salzburgo não lhe fizessem qualquer prurido nos dedos, então se entende que Beethoven pudesse soltar suas asinhas pianísticas durante as cadências que Mozart permitia improvisar nos primeiros e terceiros movimentos de seus concertos. De todas as cadências que ele imaginou e tocou, apenas duas – para o magnífico concerto em Ré menor, K. 466 – foram anotadas e chegaram aos nossos dias, e nos abrem uma janela para a experiência certamente extraordinária de ver o maior improvisador de seu tempo meditando lubricamente sobre temas de um de seus modelos. Enquanto eu buscava uma gravação para mostrá-las para vocês, dei-me conta de que, surpreendentemente, a mozartiana de Artur Rubinstein nunca tinha sido publicada por aqui. Assim, resolvi trazer-lhes, além das cadências de Beethoven no seio do concerto em Ré menor, outros quatro concertos do boquirroto salisburguense sob as mãos do magistral pianista que nasceu naquele lugar pitoresco cujo nome a gente escreve “Łódź” e lê como “uúdj”.

A postagem vai como agrado ao querido e incansável colega FDP Bach, que estava de aniversário e, como bem sei, aprecia e muito estas essenciais gravações, cuja série completarei amanhã.

Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)

Concerto para piano no. 20 em Ré menor, K. 466
Cadências: Ludwig van Beethoven (WoO 58)
1 – Allegro
2 – Romance
3 – Allegro assai

Concerto para piano no. 21 em Dó maior, K. 467
Cadências: Arthur Rubinstein (1887-1982)
4 – Allegro maestoso
5 – Andante
6 – Allegro vivace assai

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Arthur Rubinstein, piano
RCA Victor Symphony Orchestra
Alfred Wallenstein,
regência


#BTHVN250, por René Denon

Vassily

Brahms (1833-1897): Sonatas para Violoncelo e Piano – Lynn Harrel & Stephen Kovacevich

Brahms (1833-1897): Sonatas para Violoncelo e Piano – Lynn Harrel & Stephen Kovacevich

Brahms

Sonatas para Violoncelo Nos. 1 & 2

Variações sobre um tema de Handel

Lynn Harrell & Stephen Kovacevich

 

Quando Brahms iniciou a composição da primeira sonata para violoncelo e piano, em 1862, tinha as sonatas de Beethoven por modelo, mas enfrentava diferentes desafios. Desde os dias de Beethoven, o piano se desenvolvera em um instrumento mais poderoso e as composições que precisavam equilibrar dois instrumentos assim diversos apresentavam claras dificuldades. Isto sem contar que nestes tempos de romantismo, ousar escrever uma ‘sonata’ soava como um desafio clássico.

Brahms era, no entanto, um pianista com larga experiência em acompanhar músicos e cantores e já tinha experiência em compor para conjuntos de câmera. Apesar de que esta sonata era sua primeira experiência com apenas dois instrumentos.

Brahms dedicou a sonata a Josef Gänsbacher, um ótimo cantor e também um violoncelista. Parte das soluções que Brahms encontrou para produzir tão linda sonata foi de fazer o piano ‘acompanhar’ o violoncelo que ‘canta’ nos seus registros mais baixos. Para não causar conflito entre os dois instrumentos, nestes momentos o pianista, mesmo quando usa as duas mãos, elas acabam ficando na região dos registros mais altos, dando espaço para o violoncelo. Pois tocar o violoncelo nos registros mais baixos, fazê-lo cantar, não é tarefa assim fácil.

Pois deve ter sido isto que teria causado Gänsbacher afirmar, enquanto ensaiava a sonata com Johannes, conta a história, que não conseguia ouvir a si mesmo. Ao que retrucara prontamente Brahms (mesmo sob o risco de perder o amigo): Você é que tem sorte!

O último movimento da sonata lhe foi acrescentado já no momento da publicação e é uma fuga cujo sujeito é modelado no Contraponto XIII da Arte da Fuga, de Bach. Mais clássico, impossível!

A segunda sonata é resultado de um pedido feito pelo violoncelista Robert Hausmann, do Quarteto Joachim, em 1884. Inicialmente Brahms não mostrou interesse, mas em 1886 a sonata estava pronta e os dois a estrearam em 14 de novembro. O Concerto Duplo, para violino e violoncelo também contou com Hausmann na sua estreia.

Enquanto a primeira sonata ainda tem um certo ar de juventude, a segunda é claramente obra de um grande e maduro compositor, com dois primeiros impetuosos movimentos, clássica mas afinal também composta nos dias de romantismo.

Lynn Harrell

Este disco é o resultado do encontro de dois excelentes músicos, Lynn Harrell e Stephen Kovacevich, que dão, especialmente à segunda sonata, uma urgência que ainda mais enfatiza sua impetuosidade.

O disco ainda nos brinda com a excelente interpretação das Variações Handel, compostas por Brahms levando em conta o terceiro movimento da primeira sonata do segundo livro de Handel. A Sonata de Handel é em si bemol maior HWV 434 e você poderá ouvi-la aqui, na interpretação da excelente Ragna Shirmer. São as três primeiras faixas do disco 1. As Variações estão na faixa 3.

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Sonata para violoncelo No. 1 em mi menor, Op. 38

  1. Allegro non troppo
  2. Allegretto quase Menuetto
  3. Allegro

Sonata para violoncelo No. 2 em fá maior, Op. 99

  1. Allegro vivace
  2. Adagio affettuoso
  3. Allegro appassionato
  4. Allegro molto

8. Variações e fuga sobre um tema de Handel, Op. 24

Lynn Harrell, violoncelo

Stephen Kovacevich, piano

Produção; John Fraser

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FLAC | 297 MB

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MP3 | 320 KBPS | 179 MB

Stephen Kovacevich

Portanto, não deixe para depois, baixe logo os arquivos e aproveite este ótimo álbum, mesmo que você já tenha outras gravações destas lindas sonatas.

René Denon

Maurice Ravel – Katia et Marielle Labèque

Neste espetacular CD, as maravilhosas pianistas francesas nos trazem um repertório todo dedicado ao seu conterrâneo Maurice Ravel. Conterrâneo tanto pelo fato óbvio de serem franceses mas também devido ao fato de serem descendentes de bascos, mas isso é conversa para outra postagem que está sendo devidamente preparada. O nome aqui é o de Ravel.
A relação das irmãs com este compositor vem ainda da infância, quando foram alunas de uma grande amiga do próprio.
Esse CD não é recente, 2007 para ser mais exato, e foi gravado e lançado pelo selo KML, criado pelas próprias irmãs. Temos aqui momentos absolutamente brilhantes, como a “Rhapsodie Espagnola” , ‘Ma Mère L´Oye”, a ‘Pavane Pour une Infante Défunte” e claro, como não poderia deixar de faltar, o  ‘Bolero’ em uma versão para dois pianos com percussão basca. Coisa linda demais.

01. Rhapsodie espagnole, for orchestra (or 2 pianos) Prelude A La Nuit
02. Rhapsodie espagnole, for orchestra (or 2 pianos) Malaguena
03. Rhapsodie espagnole, for orchestra (or 2 pianos) Habanera
04. Rhapsodie espagnole, for orchestra (or 2 pianos) Feria
05. Ma mere l’oye, for piano, 4 hands (or orchestra) Pavane De La Belle Au Bois
06. Ma mere l’oye, for piano, 4 hands (or orchestra) Petit Poucet
07. Ma mere l’oye, for piano, 4 hands (or orchestra) Laideronnette Imperatrice D
08. Ma mere l’oye, for piano, 4 hands (or orchestra) Les Entretiens De La Belle
09. Ma mere l’oye, for piano, 4 hands (or orchestra) Le Jardin Feerique
10. Menuet antique, for piano (or orchestra)
11. Pavane pour une infante defunte, for piano (or orchestra)
12. Prelude, for piano
13. Bolero, ballet for orchestra

Katia et Marielle Labèque – Pianos

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As Irmãs Labèque posando ao lado de seu instrumento de trabalho na sede do PQPBach …

BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Variações para piano, WoO 69-77 & Anh. 10

Mais um pacotinho de variações para piano, do mesmo naipe daquelas que acompanharam a obra de estreia, e pelo mesmo intérprete, o austríaco Rudolf Buchbinder. Quase todas seguem o script de tema (normalmente uma canção em voga na época, hoje fascinantemente obscura) e variações figurativas, sem alterações rítmicas ou harmônicas dignas de nota – todo um universo, portanto, a apartá-las das geniais Variações Diabelli que viriam quase quarenta anos depois. Para concluir, uma enigmática série sobre uma canção um pouco perturbadora em que um sujeito convida uma moça para entrar em sua cabaninha. Alguns estudiosos não se convenceram de que a peça é da lavra de Beethoven. Kinsky e Halm preferiram não lhe atribuir sequer um número de WoO, lançando-a no apêndice (Anh.) de seu catálogo. Outros, incluindo o intérprete, Rodolfo Encadernador, têm certeza em atribuir a obra ao mestre renano pelo simples fato de que ela parece ter seu estilo e não há prova bastante de que ele não a tenha escrito. Eu acho que ela é, sim, de Beethoven – e vocês, que acham?

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

1 – Nove variações em Lá maior sobre “Quant’e piu bello”, da ópera “La Molinara” de Giovanni Paisiello, WoO 69 (1795)
2 – Seis variações em Sol maior sobre “Nel cor più non mi sento”, da ópera “La Molinara” de Giovanni Paisiello, WoO 70 (1795)
3 – Doze variações em Lá maior sobre a Dança Russa do balé “Das Waldmädchen” de Paul Wranitzky, WoO 71 (1796–7)
4 – Oito variações em Dó maior sobre “Une Fièvre Brûlante”, da ópera “Richard Coeur-de-Lion” de André Ernest Modeste Grétry, WoO 72 (1795)
5 – Dez variações em Si bemol maior sobre “La stessa, la stessissima” da ópera “Falstaff” de from Antonio Salieri, WoO 73 (1799)
6 – Sete variações em Fá maior sobre “Kind, willst du ruhig schlafen”, da ópera “Das unterbrochene Opferfest” de Peter Winter, WoO 75 (1799)
7 – Oito variações em Fá maior sobre “Tändeln und scherzen”, da ópera “Soliman II” de Franz Xaver Süssmayr, WoO 76 (1799)
8 – Seis variações fáceis em Sol maior sobre um tema original, WoO 77 (1800)
9 – Oito variações em Si bemol maior sobre “Ich hab’ ein kleines Hüttchen nur”, WoO Anh. 10

Rudolf Buchbinder, piano

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Rodolfo Encadernador e rabiscador

#BTHVN250, por René Denon

Vassily

.: interlúdio :. Duke Ellington: Les Girls! (The Girls Suite & Toot Suite Premieres) 1958-1963

.: interlúdio :. Duke Ellington: Les Girls! (The Girls Suite & Toot Suite Premieres) 1958-1963

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gente, que CD! Se ele contivesse apenas a Toot Suite já seria imperdível, mas ele tem muito mais. Tem até Ella e Dinah em duas faixas. Uma coisa de louco!

Edward Kennedy “Duke” Ellington (Washington, 29 de Abril de 1899 — Nova Iorque, 24 de Maio de 1974) foi um compositor de jazz, pianista e líder de orquestra estadunidense eternizado com a alcunha de “The Duke” e distinguido com a Presidential Medal of Freedom (condecoração americana) em 1969 e com a Legião de Honra (condecoração francesa) em 1973, sendo ambas as distinções as mais elevadas que um civil pode receber. Foi ainda o primeiro músico de jazz a entrar para a Academia Real de Música de Estocolmo, e foi honoris causa nas mais importantes universidades do mundo.

A música de Duke Ellington foi uma das maiores influências no jazz desde a década de 1920 até à de 1960. Ainda hoje suas obras têm influência apreciável e é, por isso, considerado o maior compositor de jazz americano de todos os tempos. Entre os seus muitos êxitos encontram-se “Take the A Train” (letra e música por Billy Strayhorn), “Satin Doll”, “Rockin’ in Rhythm”, “Mood Indigo”, “Caravan”, “Sophisticated Lady”, e “It Don’t Mean a Thing (If It Ain’t Got that Swing)”. Durante os anos 20 e 30, Ellington partilhava frequentemente seus créditos de compositor com seu manager Irving Mills, até que no final dos anos 30 desentenderam-se. Billy Strayhorn passou a ser o colaborador de Ellington (nem sempre creditado como tal) desde 1940 até à sua morte nos anos 70.

Ellington tinha a preocupação de adaptar as suas composições de acordo com o talento dos músicos que compunham a sua orquestra, entre eles estiveram Johnny Hodges, Bubber Miley, Joe “Tricky Sam” Nanton, Barney Bigard, Ben Webster, Harry Carney, Sonny Greer, Otto Hardwick, e Wellman Braud. Muitos músicos permaneceram ao lado de Ellington durante décadas.

Durante toda a sua vida gostou de fazer música experimental (em busca de novas sonoridades), gravou com John Coltrane e Charles Mingus e ainda com a sua dotada orquestra. Nos anos 40 e 50, a banda atingiu um pico criativo, quando escreveu para orquestra a várias vozes com grande criatividade.

Duke Ellington: Les Girls! (The Girls Suite & Toot Suite Premieres) 1958-1963

NBC Telecast, “Bell Telephone Hour-American Festival”, New York, February 10, 1959
1 –Duke Ellington With Ella Fitzgerald Medley: Satin Doll – Don’t Get Around Much Anymore – Caravan – Mood Indigo – I’m Just A Lucky-So-And-So – Caravan – Do Nothing Till You Hear From Me – I’m Beginning To See The Light 11:15

Monterey Jazz Festival, Fair Grounds, Monterey, Cal., September 23, 1961
“The Girls Suite”
2 –Duke Ellington And His Orchestra Girls 3:46
3 –Duke Ellington And His Orchestra Sarah 2:00
4 –Duke Ellington And His Orchestra Lena 3:14
5 –Duke Ellington And His Orchestra Mahalia 3:53
6 –Duke Ellington And His Orchestra Dinah 4:26

State Fair Grounds, Detroit, Mich., August 26, 1963
7 –Duke Ellington And His Orchestra With Dinah Washington Spoken Introduction By Duke Ellington 1:24
8 –Duke Ellington And His Orchestra With Dinah Washington Do Nothing Till You Hear From Me 2:57
9 –Duke Ellington And His Orchestra With Dinah Washington Evil Gal Blues 2:39

Same Date, Dinah Washington
10 –Duke Ellington And His Orchestra Jam With Sam 5:37

Sheraton Hotel, French Lick, Ind., August 15, 1958
“Toot Suite”
11 –Duke Ellington And His Orchestra Red Garter 4:53
12 –Duke Ellington And His Orchestra Red Shoes 4:46
13 –Duke Ellington And His Orchestra Red Carpet 8:30
14 –Duke Ellington And His Orchestra Ready Go 4:06

Track 1:
DUKE ELLINGTON AND ELLA FITZGERALD
Ella Fitzgeral (voc) – Duke Ellington (p) – Jim Hall (g) – Wilfred Middlebrooks (b) – Gus Johnson (b) + studio orchestra.
NBC telecast, “Bell Telephone Hour-American Festival”, New York, February 10, 1959

Tracks 2-6:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA
Willie Cook, Ed Mullens, Cat Anderson, Ray Nace (tp) – Lawrence Brown, Lou Blackburn (tb) – Chuck Connors (btb) – Johnny Hodges (as) – Russell Procope (cl, as) – Jimmy Hamilton (cl, ts) – Paul Gonsalves (ts) – Harry Carney (bar) – Duke Ellington (p, cond) – Aaron Bell (b) – Sam Woodyard (d)
Monterey Jazz Festival, Fair Grounds, Monterey, Cal., September 23, 1961
“The Girls Suite” (D. Ellington, B. Strayhorn)

Tracks 7-9:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA WITH DINAH WASHINGTON
Willie Cook, Rolf Ericson, Cat Anderson, Cootie Williams, That Jones (tp) – Lawrence Brown, Buster Cooper (tb) – Chuck Connors (btb) – Johnny Hodges (as) – Hilton Jefferson (as) – Jimmy Hamilton (cl,ts) – Harry Carney (bar) – Duke Ellignton (p, cond) – Ernie Shepard (b) – Sam Woodyard (d) – Dinah Washington (voc).
State Fair Grounds, Detroit, Mich., August 26, 1963

Track 10:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA
Same date, Dinah Washington out.

Tracks 11-14:
DUKE ELLINGTON AND HIS ORCHESTRA
Haold Baker, Cat Anderson, Clark Terry, Ray Nance (tp) – Britt Woodman, Quentin Jackson (tb) – John Sanders (v-tb) – Johnny Hodges (as) – Russel Procope (cl, as) – Jimmy Hamilton (cl, ts) – Paul Golsalves (ts) – Harry Carney (bar) – Duke Ellington (p, cond) – Jimmy Weoode (b) – Sam Woodyard (d).
Sheraton Hotel, French Lick, Ind., August 15, 1958
“Toot Suite” (D. Ellington, B. Strayhorn)

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PQP

BTHVN250 – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – The Sonatas for Piano and Cello – Richter, Rostropovich

Creio que esta seja a terceira vez que estou postando este Cd, que considero um de meus favoritos. A qualidade da música e dos músicos envolvidos não deixa dúvidas: esta provavelmente é uma das melhores gravações já realizadas destas obras. 

Este é um daqueles cds fundamentais em minha discoteca, um daqueles que me acompanharia se fosse para viver em uma ilha deserta. A dupla formada por Sviatoslav Richter e Mstislav Rostropovich é a minha favorita para este repertório, desde que comprei esse mesmo cd em formato de LP duplo, há uns vinte e sete anos ou mais. E ainda o tenho guardado ali no armário. Enfim, um cd fundamental, obrigatório. E tenho dito e mais não preciso dizer.

CD 1

01. No. 1- I. Adagio sostenuto – Allegro
02. No. 1- II. Rondo (Allegro vivace)
03. No. 4- I. Andante – Allegro vivace
04. No. 4- II. Adagio – Tempo d’andante – Allegro vivace
05. No. 5- I. Allegro con brio
06. No. 5- II. Adagio con molto sentimento d’affetto
07. No. 5- III. Allegro – Allegro fugato

CD 2

01. No. 2- I. Adagio sostenuto ed espressivo – Allegro molto piu tosto presto
02. No. 2- II. Rondo (Allegro)
03. No. 3- I. Allegro ma non tanto
04. No. 3- II. Scherzo (Allegro molto)
05. No. 3- III. Adagio cantabile – Allegro vivace

Sviatoslav Richter – Piano
Mstislav Rostropovich – Cello

CD 1 – BAIXAR AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXAR AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

 

BTHVN250 – A Obra Completa de Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio para piano, flauta e fagote, Woo 37 – Sonata para trompa e piano, Op. 17 – Debost – Sennedat – Bloom – Barenboim

O conjunto não existe sem as partes, e as grandes orquestras não existem, por óbvio, sem ótimos músicos. Vários são os exemplos de instrumentistas que marcaram época em seus conjuntos, como o Marcel Tabuteau, o grande solista de oboé da Philadelphia Orchestra sob Stokowski e Ormandy por mais de quarenta anos, e o fenomenal Dennis Brain, trompista da Philharmonia Orchestra, precocemente falecido. Também não é incomum que alguns deles embarquem em carreiras solísticas que nos levem a esquecer de seu passado em orquestras, como fizeram o flautista James Galway e a clarinetista Sabine Meyer, ex-integrantes da Filarmônica de Berlim. Não é raro, também, que haja encontros como o deste disco, em que três grandes músicos da Orchestre de Paris dividem a ribalta com seu então regente, e aqui pianista, Daniel Barenboim.

O trio para a combinação incomum de piano, fagote e flauta, composto aos quinze anos de vida de Beethoven, é uma de suas obras mais claramente mozartianas. Barenboim – no auge de sua forma ao piano, que hoje me parece relegado a um segundo plano em seus interesses – faz-se acompanhar de Michel Debost, expoente da grande escola francesa da flauta e sucessor de Jean-Pierre Rampal na cátedra do Conservatório de Paris, e do excelente fagotista André Sennedat, num registro que é um deleite de escutar. O disco conclui com uma rara oportunidade de ouvir Myron Bloom, legendário trompista da Cleveland Orchestra, tocando música de câmara. Tido como “imexível” e inegociável pelo generalíssimo George Szell, que sabia de sua importância não só para o naipe mas para todos os sopros de sua orquestra. Quando Szell morreu, e a orquestra passaria para a batuta de Lorin Maazel, Barenboim convidou Bloom para mudar-se de mala, cuia e trompa para Paris, onde assumiria a Orchestre local. Bloom arrependeu-se azedamente da escolha, por odiar os colegas da orquestra, apesar de toda rasgação de seda de Barenboim, que era tão fã de seu timbre que creditava os solos do trompista nas gravações e concertos que faziam juntos. Quanto a mim, depois de quase intoxicá-los com tantas versões da sonata para trompa escrita para o infame Punto, talvez vocês me mandem pra dentro de uma se ouvirem, uma vez mais, a fanfarra inicial. Myron Bloom, no entanto, vale a pena, e espero que os leitores-ouvintes também achem o mesmo ao ouvirem esta homenagem que prestamos ao distinto artista, falecido em 2019, aos 93 anos.

Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)

Trio em Sol maior para piano, flauta e fagote, WoO 37 (1786)
1 – Allegro
2 – Adagio
3 – Andante con variazioni

Michel Debost, flauta
André Sennedat, fagote
Daniel Barenboim, piano

Sonata em Fá maior para trompa e piano, Op. 17 (1800)
4 – Allegro moderato
5 – Poco adagio, quasi andante
6 – Rondo. Allegro moderato

Myron Bloom, trompa
Daniel Barenboim, piano

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Myron Bloom (1926-2019)

#BTHVN250, por René Denon

Vassily