J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 75, 39 e 20

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 75, 39 e 20

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Pois, é. Sir John Eliot Gardiner não é mole. Mestre absoluto da interpretação historicamente informada, nascido em 1943 em Fontmell Magna (Inglaterra), ele é fundador do Coro Monteverdi (1966), do English Baroque Soloists (1978) e da Orchestre Révolutionnaire et Romantique (1990). Sim, se metam com ele. Além disso, Gardiner gravou mais de 250 álbuns com estes e outros grupos. E foi um dos que gravou todas as Cantatas de Bach. E, creio, foi o único que as gravou de forma não industrial. Isto é, Gardiner teve tempo, paciência e talento para identificar o espírito de cada Cantata antes de gravá-la. Desnecessário dizer que sua série de Cantatas é a campeã nesta ampla área também explorada por Rilling, Harnoncourt-Leonhardt, Koopman, Suzuki, Leusink e… Só, né? Se eu fosse você, jamais deixaria de ouvir este maravilhoso CD. Trata-se de um grande especialista e a qualidade específica destas Cantatas vou lhes contar…

Ah, este é o CD 2 do Volume 1 das Cantatas Completas de Bach gravadas por Gardiner.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 75, 39 e 20
For The First Sunday After Trinity 74:29

Die Elenden Sollen Essen BWV 75
Part I
2-1 1. Coro Die Elenden Sollen Essen 4:48
2-2 2. Recitativo: Bass Was Hilft Des Purpurs Majestät 0:55
2-3 3. Aria: Tenor Mein Jesus Soll Mein Alles Sein! 4:21
2-4 4. Recitativo: Tenor Gott Stürzet Und Erhöhet 0:32
2-5 5. Aria: Sopran Ich Nehme Mein Leiden Mit Freuden Auf Mich 4:53
2-6 6. Recitativo: Sopran Indes Schenkt Gott Ein Gut’ Gewissen 0:29
2-7 7. Choral Was Gott Tut, Das Ist Wohlgetan 1:28
Part II
2-8 8. Sinfonia 2:18
2-9 9. Recitativo: Alt Nur Eines Kränkt 0:36
2-10 10. Aria: Alt Jesus Macht Mich Geistlich Reich 2:37
2-11 11. Recitativo: Bass Wer Nur In Jesu Bleibt 0:26
2-12 12. Aria: Bass Mein Herze Glaubt Und Liebt 3:46
2-13 13. Recitativo: Tenor O Armut, Der Kein Reichtum Gleicht! 0:40
2-14 14. Choral Was Gott Tut, Das Ist Wohlgetan

Brich Dem Hungrigen Dein Brot BWV 39
Part I
2-15 1. Coro Brich Dem Hungrigen Dein Brot 7:34
2-16 2. Recitativo: Bass Der Reiche Gott Wirft Seinen Überfluss 1:21
2-17 3. Aria: Alt Seinem Schöpfer Noch Auf Erden 3:47
Part II
2-18 4. Aria: Bass Wohlzutun Und Mitzuteilen Vergesset Nicht 2:17
2-19 5. Aria: Sopran Höchster, Was Ich Habe 3:13
2-20 6. Recitativo: Alt Wie Soll Ich Dir, O Herr 1:36
2-21 7. Choral Selig Sind, Die Aus Erbarmen 1:12

O Ewigkeit, Du Donnerwort BWV 20
Part I
2-22 1. Coro (Choral) O Ewigkeit, Du Donnerwort 4:51
2-23 2. Recitativo: Tenor Kein Unglück Ist In Aller Welt Zu Finden 0:53
2-24 3. Aria: Tenor Ewigkeit, Du Machst Mir Bange 2:21
2-25 4. Recitativo: Bass Gesetzt, Es Dau’rte Der Verdammten Qual 1:13
2-26 5. Aria: Bass Gott Ist Gerecht In Seinen Werken 4:04
2-27 6. Aria: Alt O Mensch, Errette Deine Seele 1:54
2-28 7. Choral Solang Ein Gott Im Himmel Lebt 1:00
Part II
2-29 8. Aria: Bass Wacht Auf, Wacht Auf, Verloren Schafe 2:38
2-30 9. Recitativo: Alt Verlass, O Mensch, Die Wollust Dieser Welt 1:23
2-31 10. Aria (Duetto): Alt, Tenor O Menschenkind 2:22
2-32 11. Choral O Ewigkeit, Du Donnerwort 1:07

Alto Vocals [Choir] – Angus Davidson (2) (tracks: 2-1 to 2-32), Lucy Ballard (tracks: 2-1 to 2-32), Mark Chambers (3) (tracks: 2-1 to 2-32), Richard Wyn Roberts*
Alto Vocals [Soloist] – Wilke Te Brummelstroete
Bass Vocals [Choir] – Charles Pott (tracks: 2-1 to 2-32), Christopher Foster (tracks: 2-1 to 2-32), Colin Campbell (3) (tracks: 2-1 to 2-32), Michael McCarthy (tracks: 1-1 to 1-24), Robert Macdonald (tracks: 2-1 to 2-32)
Bass Vocals [Soloist] – Dietrich Henschel
Bassoon – Alastair Mitchell
Cello – Christopher Poffley, Viola de Hoog
Choir – The Monteverdi Choir
Directed By, Liner Notes – John Eliot Gardiner
Double Bass – Valerie Botwright (tracks: 2-1 to 2-32)
Flute – Marion Scott (tracks: 2-1 to 2-32), Rachel Beckett
Harpsichord – Silas Standage (tracks: 2-1 to 2-32)
Oboe – Eduard Wesly (tracks: 2-1 to 2-32), Kate Latham (tracks: 2-1 to 2-32)
Orchestra – The English Baroque Soloists
Organ – Howard Moody
Soprano Vocals [Choir] – Angharad Gruffydd Jones* (tracks: 2-1 to 2-32), Emma Preston-Dunlop (tracks: 2-1 to 2-32), Gillian Keith (tracks: 2-1 to 2-32), Katharine Fuge (tracks: 2-1 to 2-32), Susan Hamilton (tracks: 2-1 to 2-32), Suzanne Flowers (tracks: 2-1 to 2-32)
Soprano Vocals [Soloist] – Gillian Keith (tracks: 2-1 to 2-32)
Tenor Vocals [Choir] – Christopher Watson (tracks: 1-1 to 1-24), Paul Tindall, Rory O’Connor (tracks: 2-1 to 2-32), Simon Davies (3), Vernon Kirk (tracks: 2-1 to 2-32)
Tenor Vocals [Soloist] – Paul Agnew (2)
Trumpet [Tromba Da Tirasi] – Mark Bennett (2) (tracks: 2-1 to 2-32)
Viola – Colin Kitching, Jane Rogers (2) (tracks: 2-1 to 2-32), Mari Giske (tracks: 2-1 to 2-32)
Violin [1st] – Debbie Diamond (3) (tracks: 2-1 to 2-32), Matthew Truscott (tracks: 2-1 to 2-32), Penny Spencer* (tracks: 2-1 to 2-32), Sarah Bealby-Wright (tracks: 2-1 to 2-32)
Violin [1st], Concertmistress – Alison Bury (tracks: 2-1 to 2-32)
Violin [2nd] – Adrian Butterfield (tracks: 2-1 to 2-32), Alison Townley (tracks: 2-1 to 2-32), Jane Gillie (tracks: 2-1 to 2-32), Silvia Schweinberger (tracks: 2-1 to 2-32)

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Esta capa vale repetição.

PQP

Antonio Vivaldi – Complete Flute Concertos – Severino Gazzelloni, I Musici

51jQSUuzCjL._SS280Estou postando novamente este belíssimo CD, a pedidos. Com certeza uma das melhores gravações já realizadas destes concertos, um show de competência de Severino Gazzelloni.

Creio que assim como eu, muita gente se acostumou a ouvir estes belos concertos para flauta de Vivaldi com esse excelente flautista italiano, Severino Gazzelloni. Lembro também de ter tido a versão do Auréle Nicolet, também acompanhado pelo I Musici, outra versão também incrível. Mas infelizmente não a tenho mais, portanto, fiquemos com Gazzelloni.
Não sei os senhores, mas destes concertos para flauta de op. 10 o meu favorito é o de nº1 “La tempesta di mare”. É incrível como Vivaldi consegue traduzir para um instrumento tão único quanto a flauta os movimentos das ondas do mar durante uma tempestade. Coisa de gênio.  Gazzelloni foi um virtuose da flauta, e conseguiu transpor com incrível competência e técnica as dificuldades da obra.

CD 1
01-03 in F, Op. 10 No. 1, RV 433
03-09 in G, Op. 10 No. 2, RV 439
10-12 in D, Op. 10 No. 3, RV 428
13-15 in G, Op. 10 No. 4, RV 435
16-18 in F, Op. 10 No. 5, RV 434
19-21 in G, Op. 10 No. 6, RV 437
22-24 in G, RV 436
25-27 in D, RV 427

CD 2

01-03 RV 400
04-06 RV 429
07-09 RV 441
10-12 RV 438
13-15 RV 108, Allegro
16-18 RV 533, Allegro Molto
19-21 RV 445, Allegro

Severino Gazzelloni – Flute
I Musici

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FDPBach

 

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nros. 6 & 9 / Richard Wagner: Idílio de Siegfried & Prelúdio de Parsifal (Nelsons, Gewandhausorchester)

Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonias Nros. 6 & 9 / Richard Wagner: Idílio de Siegfried & Prelúdio de Parsifal (Nelsons, Gewandhausorchester)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

No começo de 2017, assisti Andris Nelsons regendo a Sinfonia Nº 9 de Bruckner em Londres. Sim, foi inesquecível e agora nos chega a gravação desta Nona com uma das orquestras onde Nelsons é regente titular — a Gewandhaus de Leipzig (a outra é a Sinfônica de Boston). Então o premiadíssimo Nelsons, com sua soberba orquestra de Leipzig — onde figura a esposa de um cliente do PQP Bach — continua suas aclamadas uniões de sinfonias de Bruckner com peças orquestrais de Wagner. A Sinfonia Nº 6 foi descrita por Bruckner como “a mais ousada” e a Sinfonia Nº 9 é a minha preferida. Bruckner escreveu-a por um total de nove anos, até a sua morte. Ela ficou inacabada, faltando seu movimento final. (Quando meus filhos eram pequenos, eles enlouqueciam com o Scherzo da mesma, pulando pela sala ao ritmo frenético de um dos temas). Estas gravações são acompanhadas pelo Prelúdio da última ópera completa de Wagner, Parsifal, e o adorável Idílio de Siegfried.

Andris embarcou em seu Projeto Bruckner com as gravações da Sinfonia Nº 3 — lançada em 2017 –, da Sinfonia Nº 4 — lançado em fevereiro de 2018 — e da Sinfonia Nº 7 – lançada em abril de 2018.

Sempre aguardo ansiosamente pela continuidade do ciclo, ainda mais que este ambicioso projeto de gravação é combinado simultaneamente com o registro do primeiro ciclo completo de Nelsons das Sinfonias de Shostakovich com a Boston Symphony Orchestra, que já foi premiada com quatro Grammys, além de vários outros prêmios. Tudo pela DG.

Este álbum duplo é a perfeição. Nelsons revela a verdadeira grandeza de Wagner e Bruckner, lançando novas luzes sobre obras que conheço há anos. O homem é um gênio mesmo, sem sombra de dúvida.

Anton Bruckner: Symphonies Nos. 6 & 9 / Richard Wagner: Siegfried Idyll / Parsifal Prelude

Wagner:
1. Siegfried Idyll, WWV 103 (20:56)

Bruckner:
2. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106: I. Maestoso (16:40)
3. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106: II. Adagio. Sehr feierlich (19:45)
4. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106: III. Scherzo. Nicht schnell – Trio. Langsam (08:27)
5. Symphony No. 6 in A Major, WAB 106: IV. Finale. Bewegt, doch nicht zu schnell (14:45)

Wagner:
6. Parsifal, WWV 111: Prelude (12:59)

Bruckner:
7. Symphony No. 9 in D Minor, WAB 109: I. Feierlich. Misterioso (23:37)
8. Symphony No. 9 in D Minor, WAB 109: II. Scherzo (Bewegt lebhaft) – Trio (Schnell) (10:45)
9. Symphony No. 9 in D Minor, WAB 109: III. Adagio (Langsam, feierlich) (24:05)

Gewandhausorchester Leipzig
Andris Nelsons, conductor

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Pois é, o cara é um gênio.

PQP

.: interlúdio :. Raphael Rabello: Todos os Tons

.: interlúdio :. Raphael Rabello: Todos os Tons

Todos Os Tons

Raphael Rabello

Para este interlúdio escolhi um disco onde tudo é brasileiro: os músicos, os compositores, a gravação e a manufatura do disco. Há um único simpatizante, pero és um hermano.

O personagem principal, Raphael Rabello, merece toda a nossa reverência e apreciação. Músico completo, nasceu e viveu amadrinhado e em claro compadrio com a música. Realmente é muita pena que se tenha ido tão cedo. Neste disco ele toca músicas de Tom Jobim.

Há dois convidados especiais para o disco. Um é Paco de Lucia, que empresta um sotaque flamenco à primeira faixa do disco – o Samba do Avião. O outro é o próprio Tom Jobim, que anuncia sua presença na faixa oito – Garoto, tocando o piano.

Todos os outros músicos são parceiros de Raphael Rabello, pessoal de primeiríssima linha, como o Paulo Moura, o Luiz Avelar. Os créditos estão todos bem indicados na relação das músicas logo a seguir.

Nas faixas cinco e dez – Modinha e Luiza – Raphael Rabello se apresenta solo.

Você poderá ler uma crítica equilibrado do álbum aqui. Além disso, se você quiser saber mais detalhes da vida deste importante músico, poderá se interessar pela sua biografia, escrita por Lucas Nobile, com o atraente título O Violão em ErupçãoVocê poderá ler uma sinopse do livro aqui.

Se exigissem que eu escolhesse a música mais linda do disco eu diria Anos Dourados e Luiza, em nenhuma ordem. Entendo, você deve estar vendo alguma incoerência. Esqueça, não há.

TODOS OS TONS

01. Samba Do Avião

Compositor: Tom Jobim
Músicos: Armando Marçal (Marçalzinho), percussão
Dininho (Horondino Reis da Silva), baixo 5 cordas
Paulinho Braga, bateria
Raphael Rabello, violão
Participação Especial: Paco de Lucia, violão
Arranjos: Raphael Rabello

02. Samba De Uma Nota Só

Compositores: Newton Mendonça e Tom Jobim
Músicos: Dininho (Horondino Reis da Silva), baixo 5 cordas
Mamão (Ivan Conti), bateria
Raphael Rabello, violão
Arranjos: Raphael Rabello

03. Passarim

Compositor: Tom Jobim
Músicos: Dininho (Horondino Reis da Silva), violão baixo
Mamão (Ivan Conti), bateria
Raphael Rabello, violão
Arranjos: Raphael Rabello

4. Retrato Em Branco E Preto

Compositores: Chico Buarque e Tom Jobim
Músicos: Jaques Morelenbaum, violoncelo
Luiz Avellar, piano
Raphael Rabello, violão
Arranjos: Paulo Jobim e Raphael Rabello

05. Modinha

Compositores: Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Músico: Raphael Rabello, violão 7 cordas
Arranjos: Raphael Rabello

06. Garota De Ipanema

Compositores: Tom Jobim e Vinícius de Moraes
Músicos: Luizão Maia, baixo 5 cordas
Raphael Rabello, violões
Wilson das Neves, bateria
Arranjos: Raphael Rabello

07. Anos Dourados

Compositores: Chico Buarque e Tom Jobim
Músicos: Dininho (Horondino Reis da Silva), baixo 5 cordas
Luiz Avellar, teclados
Luiz Avellar, piano
Raphael Rabello, violão
Arranjos: Luiz Avellar e Raphael Rabello

08. Choro (Garoto)

Compositor: Tom Jobim
Músicos: Leo Gandelman, saxofone soprano
Nico Assumpção, baixo 6 cordas
Raphael Rabello, violão 7 cordas
Wilson das Neves, bateria
Participação Especial: Tom Jobim, piano
Arranjos: Paulo Jobim, Raphael Rabello e Tom Jobim

09. Pois É

Compositores: Chico Buarque e Tom Jobim
Músicos: Nico Assumpção, baixo 6 cordas
Raphael Rabello, violões
Participação Especial: Paulo Moura, saxofone alto
Arranjos: Nico Assumpção, Paulo Moura e Raphael Rabello

10. Luiza

Compositor: Tom Jobim
Músico: Raphael Rabello, violão 7 cordas
Arranjos: Raphael Rabello

Gravadora: RCA – BMG Ariola
Produtor: José Milton

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FLAC | 220 MB

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MP3 | 320 KBPS | 91,6 MB

Aproveite, ouça o disco, são uns quarenta minutos de fina, finíssima música. Depois, conte-me você, qual é a música mais bonita…

René Denon

J. S.Bach (1685-1750): Cantatas BWV 13, 73, 81 e 144

J. S.Bach (1685-1750): Cantatas BWV 13, 73, 81 e 144

Aqui, boa parte desta coleção.

Lindo som, boas Cantatas, interpretação soberba, o que pedir mais? Já estamos no Volume 8 e eu ainda não expliquei para quem não conhece quem é Sigiswald Kuijken. Vamos lá?

Sigiswald Kuijken, nascido em 16 de fevereiro de 1944, é um violinista, violista e maestro belga conhecido por tocar instrumentos de época e originais.

Kuijken nasceu em Dilbeek, perto de Bruxelas. Foi membro do Alarius Ensemble de Bruxelas entre 1964 e 1972 e formou La Petite Bande em 1972. Desde 1971 ensina violino barroco no Conservatório Real de Haia e no Conservatório Real de Bruxelas. Ele é conhecido por usar a técnica mais antiga de não segurar o violino nem a viola sob o queixo. Ele é membro do Kuijken String Quartet, que ele formou em 1986. Nos últimos anos, ele também atuou como regente de sinfonias da era romântica.

Seus irmãos também são conhecidos por tocarem instrumentos e da forma historicamente informada: Barthold Kuijken é flautista e Wieland Kuijken, também membro do Kuijken Quartet, é violoncelista e gambista. Todos eles trabalharam muito com o cravista Gustav Leonhardt.

J. S.Bach (1685-1750): Cantatas BVV 13, 73, 81 e 144

1 Meine Seufzer, meine Tränen, BWV 13: Aria: Meine Seufzer, meine Tranen (Tenor) 8:27
2 Meine Seufzer, meine Tränen, BWV 13: Recitative: Mein liebster Gott lasst mich annoch (Alto) 0:59
3 Meine Seufzer, meine Tränen, BWV 13: Chorale: Der Gott, der mir hat versprochen (Alto) 2:44
4 Meine Seufzer, meine Tränen, BWV 13: Recitative: Mein Kummer nimmet zu (Soprano) 1:13
5 Meine Seufzer, meine Tränen, BWV 13: Aria: Achzen und erbarmlich Weinen (Bass) 7:50
6 Meine Seufzer, meine Tränen, BWV 13: Chorale: So sei nun, Seele 1:05

7 Herr, wie du willt, so schick’s mit mir, BWV 73: Recitative: Herr, wie du willt, so schick’s mit mir (Tenor, Bass, Soprano) 3:48
8 Herr, wie du willt, so schick’s mit mir, BWV 73: Aria: Ach senke doch den Geist der Freuden (Tenor) 3:34
9 Herr, wie du willt, so schick’s mit mir, BWV 73: Recitative: Ach, unser Wille bleibt verkehrt (Bass) 0:33
10 Herr, wie du willt, so schick’s mit mir, BWV 73: Aria: Herr, so du willt (Bass) 3:46
11 Herr, wie du willt, so schick’s mit mir, BWV 73: Chorale: Das ist des Vaters Wille (Chorus) 1:19

12 Jesus schläft, was soll ich hoffen, BWV 81: Aria: Jesus schlaft, was soll ich hoffen? (Alto) 4:33
13 Jesus schläft, was soll ich hoffen, BWV 81: Recitative: Herr! warum trittest du so ferne? (Tenor) 1:06
14 Jesus schläft, was soll ich hoffen, BWV 81: Aria: Die schaumenden Wellen von Belials Bachen (Tenor) 3:21
15 Jesus schläft, was soll ich hoffen, BWV 81: Arioso: Ihr Kleinglaubigen, warum seid ihr so furchtsam? (Bass) 0:58
16 Jesus schläft, was soll ich hoffen, BWV 81: Aria: Schweig, aufgeturmtes Meer! (Bass) 5:02
17 Jesus schläft, was soll ich hoffen, BWV 81: Recitative: Wohl mir, mein Jesus spricht ein Wort (Alto) 0:27
18 Jesus schläft, was soll ich hoffen, BWV 81: Chorale: Unter deinen Schirmen (Chorus) 1:28

19 Nimm was dein ist, und gehe hin, BWV 144: Nimm, was dein ist, und gehe hin (Chorus) 1:34
20 Nimm was dein ist, und gehe hin, BWV 144: Aria: Murre nicht, lieber Christ (Alto) 5:41
21 Nimm was dein ist, und gehe hin, BWV 144: Chorale: Was Gott tut, das ist wohlgetan (Chorus) 0:58
22 Nimm was dein ist, und gehe hin, BWV 144: Recitative: Wo die Genugsamkeit regiert (Tenor) 0:54
23 Nimm was dein ist, und gehe hin, BWV 144: Aria: Genugsamkeit ist ein Schatz in diesem Leben (Soprano) 2:42
24 Nimm was dein ist, und gehe hin, BWV 144: Chorale: Was mein Gott will, das gscheh allzeit (Chorus) 1:24

Soprano: Gerlinde Sämann
Alto: Petra Noskaiova
Tenor: Christoph Genz
Bass: Jan Van der Crabben
La Petite Bande
Sigiswald Kuijken (conductor)

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Sigiswald Kuijken: nada de botar a viola debaixo do queixo.

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – A Paixão Segundo São Mateus – Gardiner 2

Mais uma Paixão Segundo São Mateus, perguntarão alguns, incrédulos. Sim, mais uma Paixão Segundo Mateus, respondo tranquilamente. Mas não se trata de qualquer Paixão. Temos aqui o maior intérprete de Bach deste século XXI, um cara que vive e respira Bach 24 horas por dia. E esse seu retorno à principal obra do gênio de Leipzig é mais uma prova de que Gardiner é o cara. 2017 foi o ano em que ele encarou novamente o desafio de gravar este monumento da música ocidental, e não gravou apenas esta paixão: ele também encarou novamente a Paixão Segundo João e a Missa em Si Menor, um retorno, após vinte ou trinta anos após suas primeiras incursões neste repertório, no qual, não canso de repetir, é o maior especialista da atualidade. Sugiro fortemente a leitura do booklet que acompanha esta edição absolutamente impecável, com texto em inglês, francês e alemão, e que também traz o texto da obra. Coisa finíssima, altamente recomendada.

Importante salientar que esta gravação está longe de ser considerada unanimidade. Ao contrário, existem críticas bem contudentes, considerando os solistas muito fracos, ou então que não gostaram de algumas escolhas ou a própria releitura do Gardiner. Como somos um espaço democrático, aberto a tudo e todos, deixamos que os senhores decidam se gostam ou não da gravação.

Na verdade, estou fazendo esta postagem por solicitação de nosso Grão Mestre em pessoa, que perguntou se era verdade que o Gardiner havia regravado a obra. Leu a crítica na prestigiosa revista Gramophone, e recorreu aos nobres colegas do PQPBach, questionando se alguém teria tal gravação. Modestamente, respondi que sim, supreso de que ele não soubesse da existência de tal gravação.
Mas vamos ao que viemos.

01 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Kommt, Ihr Töchter, Helft Mir Klagen (Chorus)
02 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Da Jesus Diese Rede Vollendet Hatte (Evangelist, Jesus)
03 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Chorale- Herzliebster Jesu, Was Hast Du Verbrochen (Chorus)
04 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Da Versammleten Sich Die Hohenpriester (Evangelist, Chorus, Jesus)
05 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Du Lieber Heiland Du (Alto)
06 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Aria- Buß Und Reu (Alto)
07 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Da Ging Hin Der Zwölfen Einer (Evangelist, Judas)
08 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Blute Nur, Du Liebes Herz (Soprano)
09 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative And Chorus- Aber Am Ersten Tage Der Süßen Brot (Evangelist, Chorus, Jesus)
10 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Chorale- Ich Bin’s, Ich Sollte Büßen (Chorus)
11 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Er Antwortete Und Sprach (Evangelist, Jesus, Judas)
12 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Wiewohl Mein Herz In Tränen Schwimmt (Soprano)
13 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Aria- Ich Will Dir Mein Herze Schenken (Soprano)
14 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Und Da Sie Den Lobgesang Gesprochen Hatten (Evangelist, Jesus)
15 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Chorale- Erkenne Mich, Mein Hüter (Chorus)
16 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Petrus Aber Antwortete (Petrus, Evangelist, Jesus)
17 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Chorale- Ich Will Hier Bei Dir Stehen (Chorus)
18 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Da Kam Jesus Mit Ihnen Zu Einem Hofe (Evangelist, Jesus)
19 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative And Chorale- O Schmerz, Hier Zittert Das Gequälte Herz (Tenor, Chorus)
20 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Aria And Chorus- Ich Will Bei Meinem Jesu Wachen (Tenor, Chorus)
21 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Und Ging Hin Ein Wenig (Evangelist, Jesus)
22 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Der Heiland Fällt Vor Seinem Vater Nieder (Bass)
23 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Aria- Gerne Will Ich Mich Bequemen (Bass)
24 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Und Er Kam Zu Seinen Jüngern (Evangelist, Jesus)
25 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Chorale- Was Mein Gott Will, Das G’scheh Allzeit (Chorus)
26 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Und Er Kam Und Fand Sie Aber Schlafend (Evangelist, Jesus, Judas)
27 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Aria And Chorus- So Ist Mein Jesus Nun Gefangen (Alto, Soprano, Chorus)
28 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Recitative- Und Siehe, Einer Aus Denen (Evangelist, Jesus)
29 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 1- Chorale- O Mensch, Bewein Dein Sünde Groß (Chorus)
30 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria And Chorus- Ach! Nun Ist Mein Jesus Hin (Alto, Chorus)
31 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Die Aber Jesum Gegriffen Hatten (Evangelist)
32 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- Mir Hat Die Welt Trüglich Gericht’ (Chorus)
33 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Und Wiewohl Viel Falsche Zeugen Herzutraten (Evangelist, Testis, Pontifex)
34 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Mein Jesus Schweigt Zu Falschen Lügen Stille (Tenor)
35 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria- Geduld! (Tenor)
36 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Und Der Hohepriester Antwortete (Evangelist, Pontifex, Jesus, Chorus)
37 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- Wer Hat Dich So Geschlagen (Chorus)
38 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Petrus Aber Saß Draußen Im Palast (Evangelist, Petrus, Ancilla, Chorus)
39 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria- Erbarme Dich (Alto)
40 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- Bin Ich Gleich Von Dir Gewichen (Chorus)
41 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Des Morgens Aber Hielten Alle Hohepriester (Evangelist, Judas, Chorus, Pontifices)
42 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria- Gebt Mir Meinen Jesum Wieder (Bass)
43 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Sie Hielten Aber Einen Rat (Evangelist, Pilatus, Jesus)
44 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- Befiehl Du Deine Wege (Chorus)
45 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Auf Das Fest Aber Hatte Der Landpfleger (Evangelist, Pilatus, Uxor Pilati, Chorus)
46 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- Wie Wunderbarlich Ist Doch Diese Strafe (Chorus)
47 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Der Landpfleger Sagte (Evangelist, Pilatus)
48 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Er Hat Uns Allen Wohlgetan (Soprano)
49 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria- Aus Liebe Will Mein Heiland Sterben (Soprano)
50 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Sie Schrieen Aber Noch Mehr (Evangelist, Chorus, Pilatus)
51 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Erbarm Es Gott (Alto)
52 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria- Können Tränen Meiner Wangen (Alto)
53 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Da Nahmen Die Kriegsknechte (Evangelist, Chorus)
54 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- O Haupt Voll Blut Und Wunden (Chorus)
55 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Und Da Sie Ihn Verspottet Hatten (Evangelist)
56 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Ja! Freilich Will In Uns Das Fleisch Und Blut (Bass)
57 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria- Komm, Süßes Kreuz (Bass)
58 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Und Da Sie An Die Stätte Kamen Mit (Evangelist, Chorus)
59 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Ach Golgatha, Unsel’ges Golgatha (Alto)
60 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria And Chorus- Sehet, Jesus Hat Die Hand (Alto, Chorus)
61 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Und Von Der Sechsten Stunde An (Evangelist, Jesus, Chorus)
62 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- Wenn Ich Einmal Soll Scheiden (Chorus)
63 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Und Siehe Da, Der Vorhang Im Tempel Zerriß (Evangelist, Chorus)
64 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative- Am Abend, Da Es Kühle War (Bass)
65 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Aria- Mache Dich, Mein Herze, Rein (Bass)
66 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Und Joseph Nahm Den Leib (Evangelist, Chorus, Pilatus)
67 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Recitative And Chorus- Nun Ist Der Herr Zur Ruh Gebracht (Bass, Tenor, Alto, Soprano, Chorus)
68 – St. Matthew Passion, Bwv 244, Pt. 2- Chorale- Wir Setzen Uns Mit Tränen Nieder (Chorus)

James Gilchrist tenor Evangelista
Stephan Loges bass Jesus
Hannah Morrison soprano Nos 12, 13, 48, 49, 67
Zoë Brookshaw soprano No.8
Charlotte Ashley soprano No.27a
Alison Hill soprano AncillaI
Angharad Rowlands soprano AncillaII
Jessica Cale soprano Uxor Pilati
Reginald Mobley alto Nos 5, 6, 30, 59, 60, 67 Testis I
Eleanor Minney alto Nos 27a, 39, 51, 52
Hugo Hymas tenor Nos 19, 20, 34, 35
Andrew Tortise tenor No.67, Testis II
Ashley Riches bass Nos 22, 23, 56, 57, Pilatus
Alex Ashworth bass No.42
Petrus, Caiphas Jonathan Sells bass Nos 64, 65
Judas Rupert Reid bass No.67 Pontifex I
Lawrence Wallington bass PontifexII

Trinity Boys Choir Nos 1, 29, 68
David Swinson director
Monteverdi Choir nglish
Baroque Soloists
Kati Debretzeni leader
John Eliot Gardiner – Conductor

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BOOKLET (PDF)

François Couperin (1668-1733): Peças para Piano – Alexandre Tharaud

François Couperin (1668-1733): Peças para Piano – Alexandre Tharaud

tic, toc, choc

Tharaud joue Couperin

Eu gosto de tudo neste disco. A capa é matadora! A mão com os dedos lembrando uma pessoa correndo, sobre fundo preto é uma imagem e tanto. A escolha dos tipos para compor o título, misturando itálicos com normais, bold com simples, as tonalidades, tudo em letras minúsculas depois uma palavra com letras maiúsculas. E o charme do título – tic, toc, choc! Até a casquinha do nautilus do selo harmonia mundi dá a esta capa um toque especial.

François Couperin

O compositor, Couperin, François Couperin (há outros Couperins), deixou um legado de maravilhosas peças para cravo – e aqui temos um piano, o rei dos instrumentos, um grand piano, capaz de tocar desde o mais leve sussurro da ninfa até entoar a trovoada da tempestade. Esse disco é uma destas vencedoras confluências do antigo e do novo.

Tem a maravilhosa escolha do repertório, começando com uma peça de nome intrigante – Les baricades mistérieuses. A primeira vez que a ouvi foi em um disco com uma coletânea de peças famosas para cravo, interpretado pelo Trevor Pinnock. Desde então essa peça grudou em minha memória musical. Você ouvirá peças com nomes envolvendo carrilhões, querubins. Algumas peças têm até dois nomes, como a que dá título ao disco: Le tic, toc, choc ou les maillotins. Bruit de guerre, Les tricoteuses. Os títulos servem para despertar a imaginação, para criar um clima, uma atmosfera.

Muséte

As peças foram escolhidas das suítes que Couperin publicou ao longo da vida e eram chamadas Ordres. O próprio Couperin esperava que os intérpretes escolhessem as peças e montassem as suas próprias Ordres, como fez aqui o Tharaud.

Ouça o disco, mesmo que você tenha preferência por ouvir música interpretada pelo instrumento para o qual ela foi originalmente escrita. Ande, permita-se esta pequena indulgência, ouça este prazeroso disco. Aposto uma cocada que você não se arrependerá.

François Couperin (1668 – 1733)

  1. Les Baricades Mistérieuses (6e ordre)
  2. Le Tic-Toc-Choc ou Les Maillotins (18e ordre)
  3. La Couperin (21e ordre)
  4. Les Calotines (19e ordre)
  5. Les Ombres Errantes (25e ordre)
  6. Les Tricoteuses (23e ordre)
  7. Le Carillon de Cithére (14e ordre)
  8. Muséte de Taverni (à 5 mains) (15e ordre)
  9. Les Rozeaux (13e ordre)
  10. L’Atalante (12e ordre)
  11. Passacaille (8e ordre)
  12. La Muse Plantine (19e ordre)
  13. Les Tours de passe-passe (22e ordre)
  14. Bruit de guerre (extrait de La Triomphante) (10e ordre)*
  15. Le Dodo ou L’Amour au berceau (15e ordre)
  16. La Visionnaire (25e ordre)
  17. La Logivière (5e ordre)
  18. Les Juméles (12e ordre)
  19. Les Chérubins ou l’aimable Lazure (20e ordre)
  20. Jacques Duphly: La Pothouïn (4e Livre de Pièces pour clavecin)

Alexandre Tharaud, piano

*com a participação de Pablo Pico, tambor Dawul  

Direção artística: Cécile Lenoir

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FLAC | 230 MB

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MP3 | 320 KBPS | 150 MB

Alexandre vai sair do concerto direto para a Festa Junina do PQP.

Permita-se esta pequena indulgência, ouça este prazeroso disco. Aposto um pé-de-moleque que você não se arrependerá.

René Denon

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Invenções / Sinfonias / Suíte Francesa Nº 5 – Till Fellner, piano

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Invenções / Sinfonias / Suíte Francesa Nº 5 – Till Fellner, piano
ECM, ótima gravadora, mas as suas capas…

A Arte da Invenção

Este disco poderia ser um exercício didático, e como tal, poderia ser rather dull, como dizem os ingleses, meio chatinho. Mas ao contrário, o disco traz uma coleção de pequenas pérolas, música para se ouvir miles de vezes.

A coleção de Invenções e Sinfonias, quinze de cada, foi escrita para fins didáticos. Johann Sebastian as preparou primeiro para seu filho mais velho, Wilhelm Friedemann. A fonte mais antiga destas composições é o Clavier-Büchlein for Wilhelm Friedemann Bach. Mas toda a filharada e agregados e muitos outros mais usaram dessas obras de Bach para se tornarem excelentes músicos.

As Invenções foram escritas a duas vozes em contraponto e as Sinfonias a três vozes em contraponto. O próprio Bach explica o que se deve esperar ao estudá-las. Veja uma livre tradução do longo título dado à coleção numa bela cópia à mão que chegou até nós:

Instruções para o uso didático das Invenções e Sinfonias

Instrução direta

para aprender a tocar claramente a duas vozes, mas também, para depois de progredir, lidar corretamente e bem com três partes obbligato; e também adquirir ao mesmo tempo não apenas boas inventiones, mas a habilidade de desenvolvê-las bem, e acima de tudo, cultivar um estilo cantabile de tocar e ganhar desde o começo uma forte perspectiva de composição.

Você encontrará mais informações sobre as Invenções e Sinfonias aqui.

Ganha um doce quem descobrir qual destas peças é usada como um ringtone.

O pessoal caprichava na letra! Era uma maneira de mostrar o quanto era valioso esse caderno.

Completando o repertório do disco temos a Suíte Francesa No. 5, em sol maior, BWV 816. A conexão desta peça com as Invenções e Sinfonias é que a suite, de certa forma, também é material instrucional. As cinco primeiras das seis suítes que formam a coleção que chamamos Suítes Francesas, constavam do Notenbüchlein für Anna Magdalena Bach, abrindo este conjunto de obras usadas para fins didáticos e para entretenimento doméstico.

Cada suíte é formada por um conjunto de danças. As danças Allemande, Courante, Sarabande e Gigue são comuns a todas as suítes. Em cada uma delas, Bach introduz mais algumas danças, que variam de suite para suite. No caso da Suíte No. 5, essas danças são Gavotte, Bourrée e Loure. A Suíte Francesa No. 5 é uma das mais tocadas desta coleção e ao chegar na faixa de número 31 deste lindíssimo disco, você entenderá isto perfeitamente.

Till Fellner

Till Fellner é um pianista de pianistas. Ele teve Alfred Brendel entre seus professores. Veja o que Fellner disse desta experiência: Brendel mostrou-me através de sua maneira de tocar e por seus ensinamentos que o compositor vem em primeiro lugar e não o intérprete. Portanto, ao tocar, você deve tentar servir o compositor.

 

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

[1-15] – Invenções, a duas vozes, BWV 772 – 786

[16-30] – Sinfonias, a três vozes, BWV 787 – 801

[31-37] – Suite Francesa No. 5, em sol maior, BWV 816

Till Fellner, piano

Gravação de 2007, no Mozartsaal, Wiener Konzerthaus

Produção de Manfred Eicher

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FLAC | 210 MB

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MP3 | 320 KBPS | 156 MB

Till chegando ao PQP Headquarters para dar uma entrevista

Ao ouvir este maravilhoso disco, que é uma perfeição da primeira até a última nota, poderá julgar por você mesmo se ele aprendeu bem a sua lição.

Este disco merece nosso Selo de Qualidade!

René Denon

Richard Wagner (1813-1883) – “Das Liebesverbot” – Sawallisch, Prey, Hass, etc., Chor & Orchester der Bayerischen Staatsoper

Após uma pequena interrupção, voltamos ao que viemos, a postagem de todas as óperas de Richard Wagner, uma parceria de FDPBach e de Ammiratore. Eu, FDPBach, estou com alguns problemas com o servidor MEGA, por isso estou testando pelos próximos trinta dias o servidor Mediafire, que tem um preço mais acessível, e que, segundo informações preliminares, não cria maiores problemas, assim espero. Além disso, terei acesso ao número de downloads de cada postagem.
Nestas três primeiras óperas, optamos pela belíssima caixa do selo ORFEO, primorosa edição deste conceituado selo alemão, que traz a impecável condução de Wolfgang Sawalish, sempre em Munique, ao vivo, registros realizados na prestigiosa Bayersiche Staatsoper em 1983.
Com a palavra, Ammiratore:

Estamos compartilhando com os amigos do blog o segundo “pecado da juventude” de Richard Wagner: Das Liebesverbot (“Proibição de Amar”) é uma ópera cômica em dois atos, cujo libreto foi escrito pelo próprio compositor, inspirado na peça “Medida por Medida” de William Shakespeare. Foi composta em 1834, e estreada sob condução do próprio Wagner em 1836, na cidade de Magdeburgo. É fácil perceber o porquê deste segundo “pecado”. Wagner escreveu Das Liebesverbot, quando tinha apenas 21 anos de idade na época ele era participante do movimento “jovem alemão” e estava em uma fase rebelde. Tematicamente, a ópera atua contra a autoridade – e contra a autoridade alemã em particular. Assim, na música da ópera, Wagner parecia se esforçar para incorporar todos os elementos musicais não alemães em que pudesse pensar, usando qualquer número de convenções operísticas francesas e italianas no processo. Ele até mesmo fez a mudança básica de reiniciar a ação da ópera – transferindo a história do local original de Shakespeare, Viena, para a cidade siciliana de Palermo. Até mesmo a descrição mais básica da partitura faz com que ela seja praticamente única entre as óperas de Wagner: é uma comédia. Wagner analisa com cuidado a diferença entre o conteúdo de sua primeira ópera “As fadas” e o conteúdo dessa segunda obra. Segundo ele, na primeira, exprime-se uma gravidade ligada ao sentimento do sagrado parecer estar em flagrante contradição com a tendência da segunda, a saber, um gosto pela sensualidade e pela alegria insolente. Ele pensa que um equilíbrio entre essas duas direções é a verdadeira tarefa de sua evolução. A principal inspiração de Wagner, em “A proibição de amar”, foi o movimento literário e político conhecido como movimento “jovem alemão” (Junges Deutschland) ,defendia a liberdade dos sentidos, a liberdade política e religiosa e a exaltação da natureza. A composição de “A proibição de amar” marca, assim, um momento relevante do pensamento inicial de Wagner em sua oposição a moralidade dominante. A busca de equilíbrio entre o sentimento do sagrado e a vida dos sentidos, que já em 1851 ele pensa ser sua tarefa, será percebida na evolução da obra do compositor. No tempo de “A proibição de amar”, 1836, suas idéias ainda não tinham atingido muita clareza. Mas o que se nota ao longo de sua obra é que ele defende os sentidos, não de uma forma luxuriosa e inconsequente, mas em considerável harmonia com a natureza, como se a existência física fosse elevada ao nível do sagrado ou como se o que é sagrado pudesse encarnar-se na vida sensível. O objetivo de Wagner nesta ópera cômica de início de carreira é ridicularizar o peso da cultura alemã e, em contraste, apresentar os italianos de vida livre e livre pensamento.

Este é um esplêndido exemplo do início da carreira Wagner, com o Mestre mostrando um belo e talvez inesperado presente para uma melodia italianizada.Comparando as duas primeiras obras de Wagner, além das diferenças de estilo musical entre “As Fadas” e “A proibição de amar”, ligam-se coerentemente as idéias subsequentes desenvolvidas por ele. “As fadas” , além de iniciar o tema da redenção, antecipa o conteúdo mitológico dos trabalhos posteriores de Wagner e “A proibição de amar” ilustra perfeitamente sua tendência revolucionária, em particular no que diz respeito a afirmação da vida no sentido grego e pagão, com a defesa dos direitos da vida sensual e corpórea em oposição a hipocrisia moral instaurada pelo autoritarismo político e religioso.
Musicalmente ouvimos alguns temas que posteriormente seriam reaproveitados em outras obras do Mestre: uma cena particularmente marcante no começo do Ato 2 faz uso de um impressionante tema “Amém” mais tarde reciclado em “Tannhäuser”. Acho que no geral o padrão de inventividade melódica é alto. A música vocal de Wagner em Liebesverbot é melhor do que a abertura puramente orquestral. Vários dos temas da abertura aparecem melhor trabalhados ao longo da obra. O leitmotif que retrata o espírito do carnaval, no Ato 3, pode ser ideal para a brincadeira “Que compositor é esse?” (Quizz). Ninguém é capaz de adivinhar que seja Wagner.

A trama de “A proibição de amar” se passa em Palermo no século XVI. Wagner diz ter situado as cenas na capital da Sicília, por causa do temperamento mais ardente das pessoas do sul. Friedrich, um alemão puritano, estrangeiro na cidade e governante provisório, proíbe os envolvimentos amorosos, sobretudo os envolvimentos não sacramentados pelo casamento, e decreta pena de morte para os que descumprirem a lei.

 

Sinopse
Ato 1
A praça da cidade
Um rei da Sicília, sem nome, deixa seu país para uma viagem a Nápoles e entrega ao regente Friedrich nomeado autoridade plena para exercer o poder real a fim de efetuar uma reforma completa nos hábitos sociais de sua capital, o que provocou a indignação do reino. Os servos da autoridade pública ocupam-se de fechar as casas de diversão popular em um subúrbio de Palermo e levar os frequentadores como prisioneiros. A população se opõe a esse primeiro passo, e muita confusão se segue.
Luzio, um jovem nobre e rebelde, parece inclinado a avançar como líder da turba, e imediatamente encontra uma oportunidade para desempenhar um papel mais ativo na causa do povo oprimido ao descobrir seu amigo Cláudio sendo levado para a prisão. Ele descobre que, em virtude de alguma velha lei desenterrada por Friedrich, Cláudio sofrerá a pena da morte por um amor não autorizado . A união com sua amada havia sido impedida pela inimizade de seus pais, mesmo assim deu-lhe um filho. O zelo puritano de Friedrich se une ao ódio dos pais da moça; Luzio teme o pior, e vê sua única esperança de misericórdia se sua irmã Isabella, por suas súplicas, poder amolecer o duro e frio coração regente. Claudio implora ao seu amigo a procurar Isabella no convento das Irmãs de Santa Isabel, que ela entrou recentemente como noviça.

Um convento

Isabella está enclausurada no convento com sua amiga Marianne, também noviça. Marianne revela a sua amiga o infeliz destino que a trouxe ao lugar. Sob votos de fidelidade eterna, ela havia sido persuadida a uma ligação secreta com um homem de alta patente. Mas quando em extrema necessidade ela se viu não apenas abandonada, mas ameaçada por seu traidor, descobriu que ele era o homem mais poderoso do estado, ninguém menos que o próprio regente Friedrich. A indignação de Isabella encontra vazão em palavras apaixonadas, e só é pacificada pela sua determinação de abandonar um mundo no qual um crime tão vil pode ficar impune.
Quando Luzio leva ao convento as notícias sobre o destino de Claudio, o desgosto de Isabella pela má conduta de seu irmão é imediatamente substituído pela vilania do regente hipócrita, que presume tão cruelmente punir a ofensa comparativamente venial de seu irmão, que, pelo menos , não foi manchada pela traição. Seu violento desabafo a revela para Luzio em um aspecto sedutor; tocado por um amor repentino, ele pede que ela saia do convento para sempre e aceite sua mão. Ela se esforça para evitar sua ousadia, mas resolve imediatamente se aproveitar de sua escolta para o tribunal de justiça do regente.

Um tribunal

Várias pessoas são indiciadas pelo capitão com ofensas contra a moralidade. A seriedade da situação torna-se mais marcante quando a forma sombria de Friedrich caminha através da multidão indecisa e indisciplinada, comandando o silêncio, e ele mesmo se encarrega de ouvir o caso de Cláudio da maneira mais severa possível. O juiz implacável já está a ponto de pronunciar uma sentença quando Isabella entra, e solicita, diante de todos eles, uma entrevista particular com o regente.
Nessa entrevista, ela se comporta com nobre moderação em relação ao temido e desprezado homem, a princípio, apela apenas a sua brandura e misericórdia. Suas interrupções servem apenas para estimular o ardor do regente: ela fala da ofensa de seu irmão e implora perdão. Friedrich não consegue mais se conter e promete conceder sua petição ao preço de seu próprio amor. Cheia de indignação com tal imoralidade, ela clama ao povo através de portas e janelas para entrar, para que ela possa desmascarar o hipócrita diante do mundo. Com algumas palavras significativas, Friedrich, com energia frenética, consegue fazer com que Isabella perceba a impossibilidade de seu plano. Mas algumas palavras doces são suficientes para seduzir e transportar o próprio regente ao êxtase; pois em um sussurro ela promete conceder seu desejo, e que na noite seguinte lhe enviará uma mensagem que assegure sua felicidade.
E assim termina o primeiro ato em um turbilhão de excitação.

Ato 2
Uma prisão

Isabella revela a seu irmão que sua libertação será possível apenas ao preço de sua desonra. Claudio fica indignado, mas o medo da morte o supera e ele implora à irmã que faça o sacrifício. Isabella castiga sua “covardia”, não revelando a ele nada do seu plano, que será assim: em vez dela, a quem ficará mascarada será Mariana e deve esperar Friedrich, também mascarado: assim ele estará duplamente desobedecendo sua própria lei. Ela quer interceptar o documento de indulto: como castigo por sua covardia, Cláudio deve ficar com medo da morte por uma noite.
Ela entrega a Dorella uma carta para Marianne e o bilhete para o regente. Como Brighella está apaixonado pela garota, a entrega não será problema. Isabella pergunta sobre Luzio, mas descobre que ele já fez propostas e se promete a todas as mulheres em Palermo.
Quando Luzio pergunta sobre Claudio, Dorella lembra seus votos e beijos. Ele nega tudo, mas quando Isabella lhe conta sobre o plano traiçoeiro de Friedrich, ele fica tão furioso que fica convencido da sinceridade de seus sentimentos e decide fazer um truque inteligente também.
Pontio foi promovido a carcereiro, pelo qual Luzio o repreende violentamente. Isabella, no entanto, com uma bolsa de dinheiro convence a entregar o indulto a ela.

Um quarto no palácio de Friedrich.

Friedrich está pensando em sua atitude, que de uma só vez lançou seu “sistema púdico” aos ventos.
Dorella é conduzida por Brighella e entrega ao regente o bilhete. Ele hesita em quebrar a lei duas vezes de uma só vez, mas sua volúpia leva a melhor. Ao mesmo tempo, porém, ele decide não perdoar Claudio e que ele vá para a morte. O apaixonado Brighella também pede a Dorella um encontro. Ela promete isso para a noite , porém, apenas mascarada.

A saída do Corso.

Independentemente da proibição, Palermo está comemorando o carnaval.
Brighella e seus espiões tentam acabar com a agitação.
A intervenção de Luzio impede uma briga. O povo mascarado espera nas ruas laterais. Brighella joga fora seu manto e em traje de Pierrot procura Dorella. Isabella e Marianne aparecem em máscaras idênticas, depois se separam, e Marianne prossegue para o encontro com o regente, que desencadeia uma série de confusões: Luzio reconheceu Friedrich sob sua máscara e o convida para acompanhá-lo às ruas laterais do Corso, Friedrich tenta fugir com quem ele pensa ser Isabella (Marianne), Dorella fuge do furioso Brighella, quando Pontio aparece e entrega a verdadeira Isabella ao regente.
Ela percebe que o suposto perdão para seu irmão é falso. Enfurecida, ela chama as pessoas e revela a duplicidade de Friedrich .
O regente é exposto, mas não sentenciado de acordo com sua lei, mas perdoado. Gritos de alegria irromperam por toda parte; as explicações necessárias são dadas rapidamente, e Friedrich, mal-humorado, exige ser colocado diante do tribunal do rei que retorna. Cláudio, libertado da prisão pela jubilante população, informa-o de que a sentença de morte por crimes de amor será revogada; mensageiros chegam para anunciar a inesperada chegada ao porto do rei; todos decidem marchar em procissão mascarada para encontrar o amado Príncipe, e alegremente homenageá-lo, todos convencidos de que ele se regozijará de ver quão doente o sombrio puritanismo da Alemanha é inadequado para os ardentes Sicilianos.
O desempenho sob Sawallisch é excelente, com um bom conjunto, elenco na época formado por jovens. A gravação ao vivo também é de alta qualidade. O riso do público deixa claro que a comédia está funcionando no teatro, muitas vezes em lugares ligeiramente intrigantes que sugerem comédia física no palco, o riso ocasional só aumenta o ambiente; não é intrusivo na música. Mas para os fãs de Wagner que acreditam que o trabalho menor de um grande compositor pode ser mais interessante do que o melhor trabalho de um compositor menor, eu certamente recomendaria a audição deste segundo “pecado da juventude”.

CD 1

01. Ouvertüre
02. Ihr Galgenvögel
03. Wen bringt man dort
04. Du kennst jenen stillen Ort
05. Salve Regina
06. Es ist ein Mann; verweilt, ich geh

CD 2

01. Wie lange er bleibt
02. Nun wird es bald
03. Wohlan so rede1
04. Was ist geschehen was soll das schrein
05. Maria, oh wie Götterlicht

CD 3

01. Wo Isabella bleibt
02. So sei’s! Für seinen feigen Wankelmut
03. Dorella, sieh
04. Wie gl¨¹cklich, sch.ne Isabella
05. Vernimm, mein Freund
06. So spät und noch kein Brief
07. Lebt wohl, Signor Brighella
08. So recht, ihr wackren jungen Leute!
09. Ihr junges Volk
10. Halt! Auseinander! Welch ein L.rmen!
11. Verweile hier, hier mu. er kommen!
12. Hier soll sie sein, wo mag sie weilen
13. Ihr Heiligen!

Friedrich – Herman Prey
Luzio – Wolfgang fassler
Claudio – Robert Schunk
Antonio – Friedrich Lenz
Angelo – Kieth Engen
Isabella -Sabine Hass
Mariana – Pamela Coburn
Brighella – Alfred Kuhn
Danieli Raimund Grumbach
Dorela – Marianne Seibel
Pontio Pilato – Herman Sapell

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Leopold Stokowski (1882-1977): Native Brazilian Music

Leopold Stokowski (1882-1977): Native Brazilian Music

Nos idos de 1940, em plena segunda guerra mundial, os EUA estavam empenhados em realizar a chamada “Política da Boa Vizinhança” iniciada ainda em meados da década de 30. Um dos ramos deste projeto era basicamente integrar a cultura entre as Américas, e assim, no verão americano de 1940, o Maestro Leopold Stokowski (1882-1977) embarcou no navio S.S. Uruguay com sua orquestra a “All-American Youth Orchestra” e zarpou para uma turnê de Boa Vizinhança ao Brasil, Argentina, Uruguai, e alguns países da América Central. Seu primeiro porto de escala foi o Rio de Janeiro.

 

HVL ao piano ao lado de Magda Tagliaferro

Dono de uma inconfundível cabeleira prateada o britânico, de pai polonês e mãe irlandesa, desembarcou no cais do porto do Rio às 18h30 do dia 7 de agosto de 1940. A recepção foi liderada por Villa-Lobos, que, na companhia da pianista Magda Tagliaferro, velha conhecida de ambos, recebeu o amigo Stokowski com um abraço efusivo. Eles se conheceram na Paris dos anos 1920, e desde então, envolvidos com a criação e a promoção da música erudita moderna, estabeleceram uma amizade duradoura. Antes da turnê pelas Américas, o maestro vinha trocando cartas com Villa sobre um dos intentos de sua visita (integral da carta no fim do texto), e solicitou sua ajuda para recolher e gravar “a mais legítima música popular brasileira”. O maestro explicou que, devido ao seu grande interesse pela música do Brasil, ele iria pagar todas as despesas envolvidas e até especificou os tipos de música que desejava: sambas, batucadas, marchas de rancho, macumba, emboladas, etc. As gravações propostas estavam destinadas a lançamento pela Columbia Records. Elas também seriam tocadas em um congresso folclórico pan-americano que estava por vir (e que nunca aconteceu).

Villa-Lobos atendeu ao pedido do maestro e recorreu ao seus amigos, os sambistas Donga, Cartola e Zé Espinguela, que convocaram a nata dos músicos do Rio. Talvez apenas um homem da estatura de Villa-Lobos e suas ligações com os mundos do choro e do samba poderia ter reunido tal “Dream Team” do Samba para Stokowski. De fato, qualquer cartaz anunciando o seguinte rol seria um item de colecionador avidamente procurado hoje, (eu pelo menos não achei nada, nenhum cartaz do dia na net…).

Donga, Stoki e HVL

Em uma grande cerimônia, subiram ao S.S. Uruguay, em agosto de 1940, nomes como Pixinguinha, Donga e João da Baiana, a Santíssima Trindade do Samba – maiores representantes da primeira geração de sambistas do Rio. Também estiveram lá Cartola, ao lado de sua Estação Primeira e um coro de pastoras da Mangueira; Zé da Zilda, um dos primeiros sambistas “de morro”, provenientes das Escolas de Samba, a fazer sucesso “no asfalto”; Jararaca e Ratinho, mestres da embolada; Luiz Americano, saxofonista e chorão, um dos pioneiros no uso do instrumento na música popular brasileira; e Zé Espinguela, macumbeiro, figura de suma importância para o meio cultural da época.

As gravações transcorreram durante toda a madrugada de 8 para 9 de agosto, algumas poucas horas após a atracação do S.S. Uruguay. O convés do navio, frequentado por Stokowski, dirigentes da NBC/RCA por jovens instrumentistas dos Estados Unidos, foi tomado por dezenas de músicos do Rio, alguns deles em traje de carnaval, pois se acreditava que haveria filmagem (também o que nunca aconteceu).

Musicos da AAYO

Em seu livro “Todo Tempo que Eu Viver” (Rio de Janeiro, Corisco Edições, 1988), o cineasta Roberto Moura citou uma reportagem que apareceu no jornal A Noite em 8 de agosto de 1940:
“[…] O salão de música do S.S. Uruguai em toda sua existência talvez não tenha abrigado tantas celebridades como o fez ontem à noite. […]. As 22 horas, começou a concentração dos conjuntos, escolas de samba, orquestra, gente que ia cantar e gente que ia ouvir. Nesse último grupo, o próprio comandante do navio, que logo tomou lugar em uma cômoda poltrona, de onde acompanhou todo o desfile. Pixinguinha, Jararaca, Ratinho, Luís Americano, Augusto Calheiros, Donga, Zé Espinguela, Mauro César, João da Baiana, Janir Martins, Uma ala do Saudade do Cordão [sic], que tanto sucesso alcançou no último carnaval, a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, o compositor David Nasser, toda essa gente fala, comenta, discute, até que tem início a trabalho das gravações. À medida que os ponteiros dos relógios correm, os passageiros do Uruguai voltam dos seus passeios pela cidade e vão tomando lugar no vasto salão. E os grupos se sucedem diante do microfone na tarefa das gravações. Já passava muito da meia-noite quando chegaram os maestros Stokowski e Villa-Lobos. Os fotógrafos se movimentam, na ânsia de colher os melhores flagrantes, mas o famoso regente de Filadélfia foge discretamente das objetivas. Por fim, desaparece de vez do salão. E, assim, de número em número, passa a noite e já é a madrugada que surge. O salão de música do Uruguai ainda cheio. Agora, a maior parte da platéia é constituída dos elementos da “All American Youth Orchestra”, que, curiosos, procuram conhecer os instrumentos típicos. Na sexta-feira, 9 de agosto, com pelo menos quarenta músicas gravadas (alguns dizem uma centena), Stokowski deu adeus ao Rio de Janeiro e partiu para São Paulo. O que ele deu aos músicos por seu trabalho? Apenas seus cumprimentos entusiasmados.”

A Columbia Records lançou as gravações de Stokowski feitas no S.S. Uruguay no inicio de 1942 sob o título “Native Brazilian Music”. Das oficiais quarenta músicas gravadas, apenas dezessete viram a luz do dia, em dois álbuns, cada um contendo quatro discos 78-RPM. As notas na contracapa anunciavam:
“Aqui neste álbum da Columbia Discos você tem a autêntica música do Brazil… Magnificamente tocada por músicos nativos… Selecionados e gravados sob a supervisão pessoal de Leopold Stokowski. Estas expressivas gravações foram feitas durante a excursão pela América do Sul do maestro Stokowski com a All American Orchestra. Em vários pontos da Excursão, o doutor Stokowski ouviu o folclore nativo e a música popular interpretados por músicos dos nossos bons vizinhos. Para a gravação, escolheu o que concluiu ser o melhor e o mais típico”.

A maioria dos músicos morreu sem nunca ter ouvido as gravações. Poucos foram pagos por elas. Cartola, por exemplo, recebeu uns míseros 1.500 réis, o suficiente para comprar três maços de cigarro baratos, um ano e meio depois das gravações. Em uma entrevista dada a Sérgio Cabral em 1974, Cartola disse que finalmente ouviu “Quem Me Vê Sorrir” — sua primeira gravação cantando — na casa de Lúcio Rangel uns bons vinte anos depois das sessões no S.S. Uruguay. Dois outros participantes da mesma gravação, Aluísio Dias (1911–1991) e Dona Neuma Gonçalves Silva, tiveram de esperar até 1980 para ouvi-la em fita. Dona Neuma (1922–2000) era a filha do presidente da Mangueira Saturnino Gonçalves, e grande dama do samba, tinha em 1940 apenas 18 anos e foi uma das pastoras que forneceram o acompanhamento vocal eletrizante em “Quem Me Vê Sorrir”.
Em uma entrevista de 1981 para o cineasta Roberto Moura, Dona Neuma ainda lembrava com simplicidade e carinho os detalhes a comida deliciosa servida a bordo do S.S. Uruguay 41 anos antes: “…. assim, eu ainda era criança, mas os coroas que foram, foram a fim de comer, tinha muita coisa boa pra gente comer, aí foi a primeira vez que nós comemos peru com abacaxi, carne de porco com ameixa, um jantar luxuoso. Gravamos, depois da festa é que teve a recepção. […] Foi tudo no mesmo dia. Foi rápido. Foi de tarde mas o samba rolou até de manhã. Eu dormi no convés do navio, que gostoso lá. […] Tinha um tipo de uma aletria com presunto, queijo, sei lá, não era macarrão era aletria, mas muito bem feita, soltinha, não ficou aquela lama não, que a gente faz uma aletria, muito bem feita, não sei como é que eles cozinharam aquilo, mas ficou soltinha, acho que eles fizeram o molho depois cozinharam o macarrão ali dentro, deram uma sacudidela que ficou soltinho, uma delícia, mas eu só queria comer, sabe? Comer e andar pelo navio. […] Era um navio bonito. […] Era um salão bonito, tinha um palco, nós cantamos num palco, ele regendo. Ele regia a nós, tinha uma orquestra e a bateria nossa. […] Ele regia a orquestra, depois veio e regeu a bateria e a gente. Nós já sabíamos porque o maestro Villa-Lobos ensinou os gestos da mão, como ia, se fosse levantando, se fosse levantar, todos os gestos nós sabíamos, ensinados pelo maestro Villa-Lobos. Ele ensinava aqui, na escola, em todo lugar, porque o maestro que nós conhecíamos naquela época foi o Villa-Lobos, foi ele. Ele vinha aqui no morro muito, porque ele era amigão do Cartola….”

A Columbia nunca lançou “Native Brazilian Music” no Brasil, e até hoje, as únicas cópias conhecias poderiam ser contadas nos dedos de uma mão. Nem o governo do Brasil nem qualquer outra entidade brasileira fez algum esforço para recuperar estas gravações. Em 1987, durante o centenário de Villa-Lobos, o Museu Villa-Lobos (MVL) no Rio de Janeiro lançou as 17 faixas de Native Brazilian Music em um LP produzido por Suetônio Valença, Marcelo Rodolfo, e Jairo Severiano, com notas do musicólogo Ary Vasconcelos (encarte junto com as faixas no download). A música foi transferida não a partir das matrizes originais, cujo paradeiro (se sobreviveram) continuou desconhecido, mas a partir de discos 78 rpm doados pelo colecionador Flávio Silva. Estes dois albuns contendo 4 discos 78 rpm cada, com 17 faixas no total, devem constar entre os mais importantes discos brasileiros em qualquer época, porém, foram lançados apenas…nos USA! Das 40 músicas gravadas, a Columbia lançou somente 17. Que outros tesouro mais se perderam ?

Vou parar por aqui. Quando os jornalistas, os políticos, os artistas leram as impressões e comentários dos jornalistas Americanos a coisa do “políticamente correto” e “boa vizinhança” ficou meio que “à deriva”, virou uma grande “quizumba”,  quase um problema diplomático. Coisas do tipo: “… o Brazil é muito bonito, uma grande tribo. Os nativos são gente qua andam e dançam sem roupa, alegres e alheios a grande guerra eropéia…..”. Bom como brasileiros nós nem precisamos nos esforçar para saber as respostas que foram dadas, e as respostas das respostas e por ai vai… Fora o mal-estar dos outros grandes artistas que ficaram de fora do evento sem terem sido convidados. Sobrou para o Villa explicar por que não convidou Siclano e Beltrano. Internamente entre os músicos da época houve muita ciumeira. Talvez esta seja uma explicação próxima do “porque” a Columbia jamais lançou esta pérola em terras Tupiniquins.

Integral da Carta do Villa para o Stokowski:

Rio de Janeiro, 16 de julho de 1940
“Caro Sr. Stokowski
Recebi sua carta do dia 3 do corrente e me apressei para responder para expressar todo o prazer que tive ao saber de sua visita iminente ao Brasil.
Estou verdadeiramente encantado com os seus planos para intercâmbio folclórico entre as nações dos continentes americanos por intermédio de discos.
Você pode contar comigo, pois farei tudo que me for possível para satisfazê-lo, correspondendo à confiança que você depositou em mim.
Estou mandando em anexo um plano das gravações que devem ser feitas por cantores populares (oriundos dos estados mais típicos dos Estados [do Brasil] e que vivem nos ambientes da Capital), vestidos em roupas típicas, se for necessário para filmagem.
Para mobilizar estes elementos, o seguinte é necessário:
1) – Seu consentimento em uma resposta urgente para
iniciar a convocação destes elementos nos próximos dez dias;
2) – A garantia de 500 dólares para despesas gerais;
isto é, a estes músicos, que devemos pagar para
reuni-los, que é uma coisa muito difícil;
3) – As cópias dos discos gravados devem permanecer no Rio,
mesmo aqueles que serão gravados nos países americanos;
Se você estiver de acordo com o plano apresentado abaixo, seria mais conveniente se você enviasse o mais rápido possível instruções para a Embaixada dos Estados Unidos da América do Norte do Brasil, para que haja um entendimento material com o organizador dos elementos típicos que irão servir em sua gravação planejada, pois eu não tenho os meios materiais para o empreendimento. No entanto, eu poderia organizá-los e coordená-los com prazer.
Quanto à parte artística de sua excelente orquestra de jovens americanos, eu devo lembrá-lo de que, para o maior sucesso possível e para a simpatia e interesse da nova geração brasileira, deve-se organizar programas principalmente com música moderna, e incluir em cada concerto um compositor brasileiro, de sua escolha, e outro dos Estados Unidos. Como você, eu tenho um grande interesse na troca da música artística entre os dois Continentes.
Aguardando sua resposta urgente, eu peço a você, Caro Senhor, para aceitar a confiança de meus sentimentos mais distintos,
H-Villa-Lobos
Avenida Almirante Barroso, 81 – Edifício Andorinha, 5° and.
s/ 534 – Rio de Janeiro, Brasil”

Nas gravações de Stokowski, Pixinguinha tocou sua flauta brilhante em muitas faixas, e cantou um dueto com Jararaca.

 

 

 

O conjunto regional de Donga forneceu muitos dos acompanhamentos nas gravações de Stokowski.

 

 

João da Bahiana – Por muitos anos o mais importante percussionista no Brasil, ele é tido como o responsável por introduzir o pandeiro no samba e no choro e transformou a faca e prato em instrumento rítmico.

 

 

 

Cartola – Nas sessões de Stokowski, onde ele fez suas primeiras gravações cantadas, Cartola foi acompanhado pelo compositor/violonista da Mangueira Aluísio Dias e um grupo de percussionistas da Mangueira.

 

 

Zé Espinguela—José Gomes da Costa (1901–1944). Pai-de-santo e importante pioneiro do samba. Quando o samba ainda era ilegal, Espinguela recebeu rodas de samba em sua casa seguidas das cerimônias de macumba. Encabeçou o Bloco dos Arengueiros no morro da Mangueira (primeiro desfile de Carnaval: 1927), do qual surgiram os sete fundadores da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, dentre eles Espinguela. Inventou a competição de escolas de samba em 1929. Popularmente conhecido como Pai Alufá, ele foi acompanhado nas gravações de Stokowski pelo grupo vocal-instrumental-de dança que geralmente tocava em suas festas, fossem elas sagradas ou profanas. Estas foram as únicas gravações cantadas feitas por Espinguela, também conhecido como José ou Zé Spinelli.

O S.S. Uruguay atracado na Praça Mauá no Rio de Janeiro. Foi um dos três navios de Boa Vizinhança pertencentes à American Republics Line e operado pela Moore-McCormack Lines. Em maio de 1939, o Uruguay trouxe Carmen Miranda para Nova York pela primeira vez.

 

 

Estaremos nas próximas postagens fazendo uma singela homenagem ao grande Maestro Leopold Stokowski, esta é a primeira de sete.

Apreciem e divulguem esta preciosidade ! Quem sabe um dia ainda aparece as outras 23 faixas gravadas…. o material do álbum de 1987 está em “pdf” junto com a música no “download”.

Native Brazilian Music

1 – Macumba de Oxóssi ( Donga, José Espinguela e Grupo Pai Alufá)
Está assinada por Donga e Espinguela. Essa macumba “with vocal ensemble” como explica a mesma etiqueta, foi gravada pelo Grupo de Pai Alufá. Como se sabe, Oxóssi é o orixá dos caçadores, sendo sincretizado, no Rio de Janeiro, como São Sebastião, e como São Jorge, na Bahia. Seu símbolo é o arco e flecha, dançando com essa arma em uma das mãos e com um erukerê (uma espécie de espanador feito com rabos de boi) na outra. O Grupo do Pai Alufá era um conjunto vocal-instrumental coreográfico dirigido por Zé Espinguela e que animava as festas deste, fossem elas sagradas (macumbas) ou profanas (sessões de samba e de chula). A voz solista é do próprio Espinguela.

2 – Macumba de Iansã (Donga, José Espinguela e Grupo Pai Alufá)
Outra macumba de Donga e Espinguela, gravada pelo mesmo grupo e com Espinguela como solista. Iansã, orixá feminino, esposa de Xangô, é sincretizada como Santa Bárbara. Dança geralmente com um alfange e um eruxim de rabo de cavalo.

Estas faixas (1 e 2) foram os únicos registros feitos por Espinguela em sua vida

3 – Ranchinho Desfeito (Donga, De Castro e Souza, David Nasser)
Uma antiga composição de Donga, letra de De Castro e Souza, ocupa a terceira faixa do nosso LP do primeiro álbum americano. Joel Nascimento canta com o Regional de Donga. Pixinguinha, então com 42 anos, “rouba” porém o fonograma com empolgante atuação na flauta.

4 – Caboclo do mato (de Getúlio marinho, com João da Bahiana, Jair Martins e Jararaca)
“Samba with vocal ensemble” está no selo do disco. Presentes nesta faixa o pandeiro de João e a flauta de Pixinguinha. A voz feminina – que repete “din, din, din, Aruama” – é provavelmente de Janir Martins.

5 – Seu Mané Luís (de Donga, com Zé da Zilda e Janir Martins)
Janir Martins dialoga com Donga neste “samba with vocal duet”. No acompanhamento, mais uma vez, o regional de Donga, com Pixinguinha à flauta.

6 – Bambo do bambu (de Donga, com Jararaca e Ratinho)
Jararaca e Ratinho cantam a embolada assinada por Donga. Nesse autêntico “destrava a lingua”, Ratinho, embola-se e tem a sua travada antes da hora…O violão sensacional que encerra a gravação é de Laurindo de Almeida.

7 – Sapo no saco (de Jararaca, com Jararaca e Ratinho)
Novamente Jararaca e Ratinho, agora na embolada Sapo no saco, de ambos, um clássico do gênero. Uma das raras composições deste repertório já gravadas anteriormente, Sapo no saco foi lançado em disco por Jararaca em abril de 1929.

8 – Que quere que quê (de João da Baiana, Donga e Pixinga, com João da Bahiana e Janir Martins)
Macumba carnavalesca de Donga, João da Bahiana e Pixinguinha. O pandeiro de João da Bahiana e a flauta de Pixinguinha, mais uma vez, roubam a cena

9 – Zé Barbino (de Pixinguinha e Jararaca)
A peça que abre o lado “b” do LP é um maracatu estilizado escrito a quatro mãos por Pixinguinha e Jararaca e gravado em dupla pelos próprios autores. Trata-se ainda de um dos raros fonogramas em que Pixinguinha atua como cantor.

10 – Tocando pra você (Luiz Americano)
Momento extraordinário nas sessões de gravação realizadas a bordo do navio Uruguai foi este em que Luís Americano, acompanhado de regional, executou ao clarinete o seu deslumbrante choro Tocando pra você, que traz João da Bahiana ao pandeiro

11 – Passarinho bateu asas (de Donga, com Zé da Zilda)
No navio, coube a Zé da Zilda a interpretação. Mais uma vez, destaca-se no acompanhamento a flauta de Pixinguinha.

12 – Pelo telefone (de Donga, Mauro de Almeida, com Zé da Zilda)
“Pelo Telefone” é um dos sambas mais emblemáticos (foi primeira música registrada como ‘samba’ no Brasil) da história da música popular brasileira . “Zamba with vocal chorus” diz o selo do disco. Só que este “zamba” não é um samba qualquer, mas justamente o primeiro a celebrizar-se como tal. Pixinguinha tem aqui nova atuação extraordinária.

13 – Quem me vê sorrir ( de Cartola e Carlos Cachaça, com Cartola e Coro da Mangueira)
Outro ponto culminante dos dois álbuns Columbia: Cartola acompanhado pelo “Mangueira Chorus” (é como se encontra no disco) canta seu samba Quem me vê sorrir, letra de Carlos Cachaça (Carlos Moreira de Castro). Carlos, aliás, era para ter ido também ao navio Uruguai, mas justamente na noite da gravação teve plantão na Central do Brasil, onde trabalhava. Este seria, possivelmente, o mais antigo registro gravado da voz de Cartola.

14 e 15 – Teiru e Nozani-ná (Música Folclorica, adaptada po HVL, com Quarteto do Coral Orfeão HVL)
Um quarteto de professores do Orfeão Villa-Lobos canta estas duas composições de Heitor Villa-Lobos: Teiru, canto fúnebre pela morte de um cacique foi recolhido por Roquete Pinto em 1912 entre os Parecis. É de 1926, sendo o segundo dos Tres Poemas Indigenas. Nazoani-ná (Ameríndio) é uma das Canções Típicas Brasileiras, de 1919. O coro do Orfeão está designado no disco por “Brazilian Indian Singers”…

16 – Cantiga de festa (de Donga e José Espinguela, com Zé Espinguela e Grupo Pai Alufá)
Zé Espinguela e Donga assinam mais esta corima, cantada pelo primeiro com o apoio do Grupo Pai Alufá.

17 -Canidé Ioune (Música Folclórica adaptada por HVL)
Canidé Ioune é o primeiro dos Tres Poemas Indígenas, de Villa-Lobos. Está baseado em um tema indígena recolhido pelo viajante Jean de Léry em 1553. Para interpretá-lo voltam os “Brazilian Indian Singers”, isto é, os professores do Orfeão.

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Stokowski e a Santissima Trindade do Samba

 

Postado por Ammiratore em 21.6.2019, restaurado por Vassily em 12.12.2024, com saudades do amigo

Josquin Desprez (1450-1521): Missa Pange Lingua – Ensemble Clément Janequin & Ensemble Organum – Marcel Pérès

Josquin Desprez (1450-1521): Missa Pange Lingua – Ensemble Clément Janequin & Ensemble Organum – Marcel Pérès

Josquin Desprez

Missa Pange Lingua

Parece incrível, mas houve um tempo no qual as informações eram difíceis de serem obtidas. Consultávamos livros, tentávamos emprestar de algum amigo um ou outro disco ou gravar uma fita cassete para conhecer uma peça de música da qual havíamos ouvido falar. Lembro-me de estar fazendo hora em uma loja de discos que frequentava e ver surgir um mortal qualquer perguntando sobre gravações de música de câmera de Gabriel Fauré. Hoje uma simples busca na internet ou nas páginas do PQP Bach e você receberá uma inundação de possibilidades.

Demorei anos para notar que há um violino de perfil nesta capa…

Uma das minhas fontes de busca de informações era o livrinho Uma Nova História da Música, do Otto Maria Carpeaux. No final do livro há uma lista de obras consideradas por ele fundamentais na evolução da Música Ocidental, colocadas em ordem cronológica. Você poderá ver essa lista aqui. Eu adorava percorrer a lista buscando as peças que já conhecia e sonhando com aquelas que ainda não ouvira.

A postagem de hoje traz a segunda peça da lista do Carpeaux – a Missa Pange Lingua, de Josquin Desprez. Pode ser Des Près ou des Prez. De qualquer forma, Josquin é suficiente.

A missa é de 1516, aproximadamente, e é a peça mais antiga que tenho em minha coleção de música. Josquin é da escola franco-flamenga e foi um compositor importante. Era admirado por Martinho Lutero, que disse sobre ele: “É um mestre das notas, que obedecem aos seus desejos, enquanto outros compositores fazem o que as notas desejam”.

Foi um dos primeiros mestres do estilo de música vocal polifônica da Renascença, que estava surgindo durante seu período de vida. A música que prevalecia antes era o Canto Gregoriano, onde todos cantavam juntos a melodia. A transição deste tipo de música para a música polifônica ocorreu ao longo de séculos e os dois estilos conviveram lado a lado por bom tempo. Josquin certamente tinha conhecimento dos dois estilos.

O nome Missa Pange Lingua se deve ao fato de Josquin ter usado em toda a sua composição a melodia de um hino conhecido, chamado Pange Lingua. O hino é em louvor ao Corpus Christi e a missa claramente foi feita para a Festa de Corpus Christi. Em 1345 uma hóstia foi miraculosamente resgatada intacta de um fogo no qual havia caído. Este fato ficou conhecido como o Milagre de Amsterdam. A devoção que havia ao Santo Sacramento nesta época ajudou a tornar a missa muito conhecida em toda a Europa. Uma outra gravação da Missa Pange Lingua pode ser obtida aqui (Viva, Avicenna!).

Usar uma melodia, mesmo que de obra profana, para uma composição sacra, era comum. Por exemplo, uma melodia conhecida como L’homme armè foi usada por Dufay, por Ockeghem e por Josquin para a composição de famosas missas que levam este nome.

Uma palavra sobre esta específica gravação. A missa é composta do Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. Na prática, estes movimentos eram diluídos em um contexto que incluía outros cantos, o Introito, Gradual, Aleluia, Ofertório, e o canto da comunhão. A gravação deste disco faz isto. Você notará que estes movimentos são cantados a uma só voz (plainchant). Estes movimentos não foram compostos por Josquin. A maioria são de autores anônimos. Nos movimentos da missa propriamente dita, você ouvirá a polifonia. Além disso, a última faixa do disco é o hino Pange Lingua. Há, portanto, várias possibilidades de audição. É claro que, se os artistas e produtores prepararam assim o disco, é assim que eles esperam que você o ouça. Mas, aqui está a minha sugestão: ouça, nesta ordem, as faixas 11, 2, 3, 6, 8 e 10. O hino é cantado a uma só voz e a sua melodia será usada imediatamente no Kyrie e assim por diante. Depois, faça como quiser… O contraste dos movimentos cantados a uma voz com os movimentos polifônicos é bem interessante. Aqui está a letra do hino Pange Lingua. Nesta gravação não são cantados todos os versos como está nesta letra, mas você perceberá…

Interior da Catedral de São João, em ‘s-Hertogenbosch, Holanda

Assistindo a um documentário sobre Hieronimus Bosch, pintor que morreu em 1516, ano da composição da missa, ouvi uma explicação sobre este tipo de música que tento transcrever aqui. A explicação foi dada por Stratton Bull, o diretor artístico e membro da Cappella Pratensis, conjunto que canta algumas das peças no documentário. “Se Hieronymus Bosch entrasse nesta igreja (em ‘s-Hertogen-bosch, a cidade em que viveu Bosch) em um dia qualquer da semana, ele ouviria uma grande variedade de música. Naquele tempo, a voz humana era essencial para a música devocional. Isto não quer dizer que instrumentos não estavam envolvidos. Haveria um maravilhoso órgão com um organista no prédio e há muitos registros de instrumentos tocando com as vozes. Mas as vozes são, é claro, essenciais para o tipo de música que expressa devoção a Deus. Especialmente através de textos bíblicos e outros textos religiosos. De novo, é a ideia de tomar a palavra e quando a palavra se torna importante, dar a ela uma adicional dimensão. Isto é exatamente o que cantar faz, no lugar de apenas falar. Isto dá a ela uma extra cor e quando se adiciona mais vozes, tudo torna-se mais ornado e complexo”. Josquin sabia disso como poucos.

The Haywain Triptych (1512 – 1515), H. Bosch

Josquin Desprez (1450 – 1521)

  1. Intoït
  2. Kyrie – (Josquin)
  3. Gloria – (Josquin)
  4. Graduel
  5. Alleluia
  6. Credo – (Josquin)
  7. Offertoire
  8. Sanctus – (Josquin)
  9. O Salutaris
  10. Agnus Dei – (Josquin)
  11. Hymne “Pange Lingua”

Ensemble Clément Janequin                          Ensemble Organum

Dominique Visse, contratenor                            Gérard Lesne, contratenor

Michel Laplénie, tenor                                         Josep Benet, tenor

Philippe Cantor, barítono                                     Josep Cabré, barítono

Antoine Sicot, baixo                                             François Fauché, baixo

Direção: Marcel Pérès

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FLAC | 227 MB

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MP3 | 320 KBPS | 118 MB

Otto achando muita graça de mim por eu não ter visto antes o violino, na capa do livro dele…

Não é necessário ser religioso para se sentir elevado por esta música. Espero que ouvir o disco seja uma experiência tão gratificante para você quanto tem sido para mim.

René Denon

Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony nº 2 in C Minor ‘Ressurreição’ – Bernarda Fink ,Mariss Jansons, Chor und Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks

Um dos compositores que são unanimidade aqui no PQPBach com certeza é Mahler. Lamentamos sua morte tão precoce (meros 50 anos de idade), pois sua produção seria ainda mais extraordinária do que a que já conhecemos.

Hoje trago para os senhores a imensa e belíssima Segunda Sinfonia, que tem a duração de 1 hora e vinte minutos. Sua execução pede a seguinte instrumentação:

4 flautas (todas alternando com 4 piccolos), 4 oboés (2 alternando com corne inglês), 3 clarinetes (Sib, La, Do – um alternando com clarone), 2 clarinetes em Mib, 3 fagotes, 1 contrafagote, 10 trompas em fá (4 usadas fora do palco, menos no final), 8-10 trompetes em fá e dó (4 a 6 usados fora do palco, menos no final), 4 trombones, 1 tuba contrabaixo, 7 tímpanos (um fora do palco), 2 pares de pratos (um fora do palco), 2 triângulos (um fora do palco), Caixa clara, Glockenspiel, 3 sinos (Glocken, sem afinação), 2 bombos (um fora do palco), 2 tam-tams (alto e baixo), 2 harpas, órgão,quinteto de Cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda Dó grave). Há ainda: Soprano Solo, Contralto Solo e um Coro Misto. (Wikipedia)

Foi a primeira sinfonia onde Mahler se utiliza da voz humana. Trata do tema da ‘Ressurreição”. Ele acredita que em um determinado momento a vida prevalecerá sobre a morte.

A gravação que trago para os senhores é bem recente, ainda do final de 2018, e foi realizada ao vivo, com a participação do veterano maestro Mariss Jansons à frente da magnífica Orquestra da Rádio Bávara e de seu Coro.

Meu maestro favorito para esta sinfonia sempre será Leonard Bernstein, mas Mariss Jansons faz um trabalho extraordinário aqui. Claro que não é a primeira vez que ele grava essa obra, mas provavelmente é a sua interpretação mais intensa. Além disso ele conta com a cumplicidade de uma orquestra que dispensa apresentações. Lembremos que Mariss Jansons, antes de assumir essa orquestra, era diretor de outro magnífico conjunto orquestral, a do Concertgebouw de Amsterdam. Convenhamos, o currículo do homem não é fraco, não acham?

Com a ajuda da Wikipedia, trago abaixo a letra da obra, com sua respectiva tradução:

Quarto Movimento

Quinto Movimento

P.S. Por um período estou trocando de servidor, para o Mediafire. Neste meio tempo tentarei rever minha situação junto ao MEGA.  Aguardo uma avaliação por parte dos senhores. Ainda é conta Free, mas se tudo der certo, pretendo torná-lo meu servidor oficial.

GUSTAV MAHLER – Symphonie Nr. 2 c-Moll „Auferstehungssymphonie“ für Sopran- und Alt-Solo, gemischten Chor und Orchester

01 Allegro maestoso. Mit durchaus ernstem und feierlichem Ausdruck
02 Andante moderato. Sehr gemächlich. Nie eilen
03 In ruhig fließender Bewegung. Sehr gemächlich. Nicht eilen
04 „Urlicht“. Sehr feierlich, aber schlicht (choralmäßig). Nicht schleppen
05 Im Tempo des Scherzo. Wild herausfahrend („Auferstehn, ja auferstehn wirst du“)

Bernarda Fink – Contralto
Anja Harteros – Soprano
Chor und Symphonieorchester des Bayerischen Rundfunks
Mariss Jansons Dirigent / conductor

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Hildur Guðnadóttir (1982): Trilha Sonora de Chernobyl

Hildur Guðnadóttir (1982): Trilha Sonora de Chernobyl

A excelente compositora islandesa Hildur Guðnadóttir visitou várias usinas nucleares reais para se inspirar. Em uma entrevista, Guðnadóttir contou como seguiu a equipe de filmagem até uma usina nuclear desativada na Lituânia — até mesmo usando um traje de liquidador — para a pesquisa. Guðnadóttir, que é violoncelista das boas, foi acompanhada por Chris Watson na gravação de campo. Mas isso não foi apenas para coletar amostras, mas, como ela diz, para ouvir. Assim, todo som que você ouve é de fato tirado da paisagem de uma usina nuclear semelhante àquela da era soviética, mas, como ela diz, o ato de observar era tão importante quanto. “Eu queria experimentar a sensação de estar dentro de uma usina”, diz ela. “Tentei fazer a música a partir de uma história”. A trilha sonora é pura música eletrônica. Absolutamente assustadora. Da boa.

Hildur Guðnadóttir (1982): Trilhe Sonora de Chernobyl

1 –Hildur Guðnadóttir The Door 2:43
2 –Hildur Guðnadóttir Bridge Of Death 4:44
3 –Hildur Guðnadóttir Turbine Hall 2:37
4 –Homin Lviv Municipal Choir* Vichnaya Pamyat 4:07
5 –Hildur Guðnadóttir Pump Room 3:44
6 –Hildur Guðnadóttir Clean Up 1:41
7 –Hildur Guðnadóttir Dealing With Destruction 1:55
8 –Hildur Guðnadóttir Waiting For The Engineer 1:32
9 –Hildur Guðnadóttir Gallery 2:24
10 –Hildur Guðnadóttir 12 Hours Before 2:32
11 –Hildur Guðnadóttir Corridors 3:13
12 –Hildur Guðnadóttir Líður (Chernobyl Version) 2:48
13 –Hildur Guðnadóttir Evacuation 4:44

Hildur Guðnadóttir gravou tudo.

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Hildur Guðnadóttir: o talento que nasceu no frio islandês

Les Arts Florissants: Secular Music + Sacred Music + Music & Theater, dir. William Christie

Les Arts Florissants
Edição comemorativa de 40 anos
Secular Music
Sacred Music
Music & Theater
dir. William Christie, Paul Agnew

Sandrine Piau         Michel Laplénie
Veronique Gens         Ian Honeyman
Agnès Mellon         Philippe Cantor
2019

Dedicado ao desempenho da música barroca nos últimos 40 anos, Les Arts Florissants nunca deixa de revelar um novo repertório, muitos dos quais passamos a classificar como entre as melhores realizações musicais na vida cultural da França (Lully, de Lalande, Charpentier, Rameau …), Itália (Monteverdi, Rossi …) e Inglaterra (Purcell, Handel …) – um legado que eles disponibilizaram para músicos e grupos em todo o mundo.

Quer tenham sido destinados aos cultos da igreja, aos palcos de teatro ou ao entretenimento real, aqui estão algumas das melhores jóias musicais, desde a lendária gravação de Atys até as mais recentes coleções de arias e madrigais, para listar apenas algumas. Quase todos os capítulos musicais da história do conjunto fizeram história e, juntamente com horas de puro prazer, esta retrospectiva certamente trará de volta boas recordações de seu primeiro encontro com Les Arts Florissants, que se tornou um pilar de nossa vida cultural coletiva. (do site do produtor)

CD 01 – Musique Profane
Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, 1567- Veneza, 1643)
01 – Zefiro torna, e di soavi accenti, SV 251
02 – Madrigals, Book 8, SV 146–167 “Madrigali guerrieri et amorosi”: Lamento de la ninfa, SV 163
03 – Il combattimento di Tancredi e Clorinda, SV 153
04 – Madrigals, Book 7, SV 117–145: Lettera amorosa, SV 141 (Live)
05 – Sestina Lagrime d’Amante al Sepolcro dell’Amata, SV 107, Prima parte: I. “Incenerite spoglie”
Carlo Gesualdo, aka Gesualdo da Venosa (Italy, 1566 – 1613)
06 – Madrigals, Libro III: IX. Non t’amo, o voce ingrata
Honoré d’Ambruys (France, séc. 18)
07 – Le doux silence de nos bois
Michel Lambert (França, 1610-1696)
08 – Le repos, l’ombre, le silence
09 – Airs à une, II, III et IV parties avec la basse-continue: Sans murmurer
Michel Pignolet de Montéclair (França, 1667 – 1737)
10 – La Mort de Didon pour soprano, violon, flûte et basse continue (6e cantate, Livre I)

CD 02 – Musique Sacrée
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704)
01. Te Deum, H. 146: I. Prélude
Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759)
02. Messiah, HWV 56, Part II: “Hallelujah!”
03. The Ways of Zion Do Mourn: IV. She put on righteousness. Chorus
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704)
04. Le Reniement de Saint Pierre , H. 424
05. Antiennes “O” de l’Avent, H.36-43, Premier O: “O Sapientia”
Luigi Rossi (Italia, 1597 – 1653)
06. Un peccator pentito: “Spargete sospiri”
Claudio Giovanni Antonio Monteverdi (Cremona, 1567- Veneza, 1643)
07. Selva morale e spirituale, SV 252-288: “Chi vol che m’innamori” a 3 voci e due violini
08. Selva morale e spirituale, SV 252-288: “O ciechi ciechi” a 5 voci et doi violini
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687)
09. Salve Regina
Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759)
10. Il Trionfo del Tempo e del Disinganno, HWV 46a: “Lascia la spina, cogli la rosa ” (Piacere)
Michel Richard de Lalande (France, 1657-1726)
11. Cantique Quatrième “sur le bonheur des justes & sur le malheur des resprouvez”: “Heureux, qui de la sagesse”
12. Te Deum, S.32: I. Simphonie
13. Te Deum, S.32: II. Te Deum laudamus
Johann Sebastian Bach (Germany, 1685-1750)
14. Mass in B Minor, BWV 232: Benedictus (Live)
Sébastien de Brossard (França 1655 – 1730)
15. Miserere mei Deus, SdB. 53 (Live)

CD 03 – Musique & theatre
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704)
01. Les Arts florissants, H. 487: I. Ouverture
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687)
02. Atys, LWV 53, Prologue: Ouverture
03. Atys, LWV 53, Acte III, Scène 4: Prélude. “Dormons, dormons tous” (Le Sommeil)
Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764)
04. Castor & Pollux, RCT 32, Acte I, Scène 1: Que tout gémisse (Troupe de Spartiates)
05. Castor & Pollux, RCT 32, Acte I, Scène 3: Tristes apprêts, pâles flambeaux (Télaïre)
06. Anacréon, RCT 30: Quel Bruit? Quelle clarté vient ici se répandre? (Prétresse de Bacchus et sa suite, Anacréon, Lycoris, Suite d’Anachréon)
07. Les Indes galantes, RCT 44, Troisième Entrée, Scène 3: “Amour, Amour, quand du destin j’éprouve la rigueur…” (Zaïre, Tacmas)
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704)
08. David et Jonathas H. 490, Prologue, Scène 1: “Où suis-je ? Qu’ai-je fait ?” (Saül)
09. David et Jonathas H. 490, Acte I, Scène 3: “Ciel ! Quel triste combat en ces lieux me rappelle ?” (David)
10. Le Malade imaginaire, H. 495, Premier intermède: “Notte e di” (Spacamond)
Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764)
11. Pygmalion, RCT 52, Acte I, Scènes 1-3: Fatal Amour, cruel vainqueur (Pygmalion)
André Campra (França, 1660-1744)
12. Idoménée, Acte I, Scène 1: “Venez, Gloire, Fierté” (Ilione)
13. Idoménée, Acte II, Scène 1 – Scène 2: “O Dieux ! ô justes Dieux” (Chœur de peuple) – “Cessez de soulever les ondes” (Neptune)
Luigi Rossi (Italia, 1597 – 1653)
14. Orfeo, Acte III, Scène 10: “Abandonnez l’Averne, ô peines, et me suivez !” (Orfeo, Giove, Mercurio, Coro Celeste)
Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764)
15. Dardanus, RCT 35: “Hâtons-nous,courons à la gloire”
Antoine Dauvergne (França, 1713 – 1797)
16. La Vénitienne: “Livrons-nous au sommeil”
Michel Pignolet de Montéclair (França, 1667 – 1737)
17. Jephté, Act II, Scène 6: Marche au son des tambourins. “Ô jour heureux” (Iphise, Elise, Troupe d’Habitants de Maspha)

Les Arts Florissants: Secular Music + Sacred Music + Music & Theater
Les Arts Florissants 
dir. William Christie

Ansiosa para saber a opinião da turma do PQP.

 

 

 

 

 

 

 
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Boa audição!

 

 

 

 

Avicenna

Catalin Rotaru – Bass(ic) Cello Notes

Catalin Rotaru – Bass(ic) Cello Notes

Você já imaginou uma orquestra sem contrabaixos? Pois é: uma desgraça – pior ainda tratando-se de uma orquestra de cordas. Mas como instrumento solista falta ainda bastante para o contrabaixo se consolidar dentro do repertório orquestral, mesmo com Bottesini (o Paganini do instrumento) tendo aberto caminhos para seu virtuosismo.

Nem mesmo a música de câmara contribuiu com muita coisa, tanto que um camarada chamado Catalin Rotaru encheu o saco e começou a fazer transcrições de peças mais desafiadoras, originalmente escritas para violoncelo ou violino. O romeno residente nos EUA, por exemplo, pinta e borda na paráfrase que escreveu sobre o Capricho 24 do aludido Paganini.

Porém neste CD aqui vocês verão um Rotaru comedido (comedido na demonstração de domínio técnico), que preferiu colocar apenas uma paráfrase (sobre Bach) em meio a duas sonatas (Brahms e Rachmaninov) onde respeita praticamente por completo a partitura, tocando o contrabaixo no registro agudo – ou seja, nas cello notes.

Nessas sonatas, a interpretação de Catalin chega a ser mais lírica do que a de muitos cellistas (particularmente, pela primeira vez senti beleza nessa primeira sonata de Brahms), por isso recomendo o download – que passa a ser obrigatório para fãs de peças do gênero, isto é, de sonatas.

***

Catalin Rotaru – Bass(ic) Cello Notes

Brahms
1. Sonata for Cello and Piano No.1 in E Minor, Op. 38: Allegro Non Troppo 11:53
2. Sonata for Cello and Piano No.1 in E Minor, Op. 38: Allegretto Quasi Menuetto 5:43
3. Sonata for Cello and Piano No.1 in E Minor, Op. 38: Allegro 6:48

Bach
4. Chaconne from Partita No. 2 in D minor, BWV 1004: Ciaccona 14:30

Rachmaninov
5. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Lento – Allegro Moderato 10:56
6. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Allegro Scherzando 6:40
7. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Andante 6:13
8. Sonata for Cello and Piano, Op. 19: Allegro mosso – Moderato – Vivace 11:26

Catalin Rotaru, contrabaixo
Baruch Meir, piano

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Catalin Rotaru dizendo que poderia ser um tiquinho mais grave.

CVL

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas BWV 20 – 2 – 10

Aqui, boa parte desta coleção.

Mais um excelente disco desta coleção de Cantatas com Kuijken e La Petite Bande. As Cantatas BWV 20 e BWV 10 são especialmente belas. O som da Accent é maravilhoso e o conjunto holandês é um absurdo de bom. Nada a reclamar. É sentar e ouvir uma das melhores interpretações de Cantatas de Bach, apenas comparável ao conjunto de gravações de Gardiner.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas BWV 20 – 2 – 10

1 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part I: Chorale: O Ewigkeit, du Donnerwort (Chorus) 4:15
2 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part I: Recitative: Kein Ungluck ist in aller Welt zu finden (Tenor) 3:46
3 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part I: Aria: Ewigkeit, du machst mir bange (Tenor) 4:45
4 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part I: Recitative: Gesetzt, es dau’rte der Verdammten Qual (Bass) 3:02
5 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part I: Aria: Gott ist gerecht in seinen Werken (Bass) 4:25
6 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part I: Aria: O Mensch, errette deine Seele (Alto) 1:43
7 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part I: Chorale: Solang ein Gott im Himmel lebt (Chorus) 1:11
8 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part II: Aria: Wacht auf, wacht auf, verlornen Schafe (Bass) 2:44
9 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part II: Recitative: Verlass, o Mensch, die Wollust dieser Welt (Alto) 1:24
10 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part II: Duet: O Menschenkind, hor auf geschwind (Alto, Tenor) 3:39
11 O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV 20: Part II: Chorale: O Ewigkeit, du Donnerwort (Chorus) 1:23

12 Ach Gott, vom Himmel sieh darein, BWV 2: Chorale: Ach Gott, vom Himmel sieh darein 5:24
13 Ach Gott, vom Himmel sieh darein, BWV 2: Recitative: Sie lehren eitel falsche List (Tenor) 1:19
14 Ach Gott, vom Himmel sieh darein, BWV 2: Aria: Tilg, o Gott, die Lehren (Alto) 3:30
15 Ach Gott, vom Himmel sieh darein, BWV 2: Recitative: Die Armen sind verstort (Bass) 1:44
16 Ach Gott, vom Himmel sieh darein, BWV 2: Aria: Durchs Feuer wird das Silber rein (Tenor) 5:03
17 Ach Gott, vom Himmel sieh darein, BWV 2: Chorale: Das wollst du, Gott, bewahren rein 1:18

18 Meine Seel erhebt den Herren, BWV 10: Meine Seel erhebt den Herren (Chorus) 3:41
19 Meine Seel erhebt den Herren, BWV 10: Aria: Herr, der du stark und machtig bist (Soprano) 6:25
20 Meine Seel erhebt den Herren, BWV 10: Recitative: Des Hochsten Gut und Treu (Tenor) 1:24
21 Meine Seel erhebt den Herren, BWV 10: Aria: Gewaltige stosst Gott vom Stuhl (Bass) 3:04
22 Meine Seel erhebt den Herren, BWV 10: Duet and Chorale: Er denken der Barmherzigkeit (Alto, Tenor) 2:18
23 Meine Seel erhebt den Herren, BWV 10: Recitative: Was Gott den Vatern alter Zeiten (Tenor) 2:00
24 Meine Seel erhebt den Herren, BWV 10: Chorale: Lob un Preis sei Gott dem Vater und dem Sohn 1:00

Siri Thornhill (soprano)
Petra Noskaiová (alto)
Marcus Ullmann (tenor)
Jan van der Crabben (bass)
La Petite Bande
Kuijken, Sigiswald

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La Petite Bande dando um rolê por aí.

PQP

Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764): Zaïs – Les Talens Lyriques, dir. Christophe Rousset, avec Sandrine Piau, soprano

Zaïs

Jean-Philippe Rameau
France, 1683-1764

Les Talens Lyriques
dir. Christophe Rousset

avec Sandrine Piau, soprano

2014

 

Em 1745, o rei concedeu a Jean-Philippe Rameau a posição de Composer du Cabinet du Roy, que veio com uma substancial pensão. Este novo período veria produções de uma forma mais leve, em colaboração com o libretista Louis de Cahusac e algumas das mais importantes obras-primas do músico borgonhês.

Zaïs, realizada em 1748 no palco da Académie Royale de Musique, é uma delas. Este ballet-héroïque deu à música francesa uma das suas melhores obras. A partitura inteira está à imagem de sua famosa abertura: organizar o Caos, surpreendente em seus timbres teatrais e na ousadia da harmonia. Embora o enredo seja bastante frágil – um amante (Zaïs) testando sua amada (Zélidie) para apreciá-la ainda mais – é o pretexto para inúmeros divertimentos e danças, cuja magia é um verdadeiro encanto ao ouvido.

40 anos depois de Gustav Leonhardt, é a vez de Christophe Rousset trabalhar nesta partitura em uma série contínua de gravações, concertos e escritos que fizeram dele um dos principais campeões de Rameau. (ex-internet)

As 80 faixas de Zaïs podem ser encontradas AQUI.

Palhinha: aprecie um vídeo especial para degustação:

Rameau – Zaïs – 2014
Les Talens Lyriques
dir. Christophe Rousset

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Sandrine encantada com o trabalho do Avicenna!

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Boa audição!

 

 

 

 

Avicenna

G. P. Telemann (1681-1767): Chamber Cantatas & Trio Sonatas

G. P. Telemann (1681-1767): Chamber Cantatas & Trio Sonatas

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Autor de obra vastíssima, Telemann foi o compositor mais famoso da época de Bach. Fazer o quê? Este disco não justifica tal gosto, mas demonstra um criador inspirado e amoroso. As Cantatas e Trios de Câmara aqui apresentadas são verdadeiras joias. Inspirado, Telemann enfileira belas melodias de um estilo que já se afastava do barroco que conhecemos, o que justifica plenamente chamar Bach de um “barroco tardio”. As Cantatas de Câmara têm estruturas de mini-concerto, com o Recitativo fazendo o papel de movimento lento. O Musica Pacifica e as cantoras Christine Brandes e Jennifer Lane foram muito felizes em uma abordagem ao mesmo tempo histórica e MUITO musical. Vale a pena ouvir.

G. P. Telemann (1681-1767): Chamber Cantatas & Trio Sonatas

Telemann: Corellisante Sonata No. 6 in D major, TWV 42:D8 9:27
1 I. Pastorale: Moderato 2:37
2II. Corrente: Vivace 2:12
3 III. Gavotta: Allegro 1:57
4 IV. Grave 0:53
5 V. Vivace 1:48

Telemann: In gering- und rauhen Schalen, TWV 1:941 10:53
6 Aria: In gering- und rauhen Schalen 4:49
7 Recitative: O Eitelkeit, du kluger Sterblicher 2:26
8 Aria: Nicht uns, nein, nein, nur dir allein 3:38

Telemann: Ergeuß dich zur Salbung der schmachtenden Seele, TWV 1:447 16:00
9 Aria: Ergeuss dich zur Salbung 6:46
10 Recitativo: Samaria empfing den heil’gen Geist 2:18
11 Aria: Schwarzer Geist der Dunkelheit 6:56

Telemann: 6 Sonates corellisantes: Sonata No. 4 in E major, TWV 42:E3 8:31
12 I. Andante 1:33
13 II. Allemanda: Allegro 3:02
14 III. Largo 1:36
15 IV. Giga: Allegro 2:20

Telemann: Durchsuche dich, o stolzer Geist, TWV 1:399 12:59
16 Aria: Durchsuche dich, O stolzer Geist 6:52
17 Recitative: Ach, welcher sich 1:47
18 Aria: Herr der Gnade, Gott des Lichts 4:20

Telemann: Halt ein mit deinem Wetterstrahle (TVWV 1:715) 9:04
19 Aria: Halt ein mit deinem Wetterstrahle 3:16
20 Recitative: Begluckte Stunden 2:05
21 Aria: Hemmet die Bache der sturzenden Tranen 3:43

Telemann: Erwag, o Mensch, sechs ganze Tage, TWV 487b 10:09
22 Aria: Erwag, O Mensch 4:20
23 Recitative: Ja! wer die Sussigkeit 1:05
24 Aria: Ergetzende Ruhe begnadigter Herzen 4:44

Musica Pacifica
Christine Brandes (soprano)
Jennifer Lane (mezzo-soprano)

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O Musica Pacifica em 2019.

PQP

Charles Gounod (1818-1893): Faust – Placido Domingo, Mirella Freni, Nicolai Ghiaurov, Georges Prêtre

Esta magnífica versão da ópera de Gounod baseada em Goethe me cativou desde o começo. Solistas, orquestra, coro e maestro estão em perfeita sintonia. Nicolai Ghiaurov está impecável no papel de Mefistófeles, assim como o então jovem Placido Domingo como Fausto  e a veterana Mirella Freni no papel de Margarete, sem esquecermos a magnífica condução de Georges Prêtre, um dos principais condutores de ópera do século XX.

Fausto é uma ópera em cinco (ou às vezes quatro) atos do compositor francês Charles Gounod (libreto francês de Jules Barbier e Michel Carré) que estreou em Paris em 19 de março de 1859. O trabalho baseia-se na peça em duas partes de Johann Wolfgang von Goethe. a lenda alemã de um homem que vende sua alma ao diabo em troca de conhecimento e poder. A ópera de Gounod não tenta igualar a amplitude temática ou a sofisticação filosófica da obra-prima de Goethe, concentrando-se no encontro romântico de Fausto com Marguerite e nos resultados trágicos de sua ligação. O Fausto de Gounod foi um sucesso e estabeleceu a reputação internacional do compositor.

Estou disponibilizando um link com o libreto da ópera, com o texto original em francês e sua tradução para o inglês, mas na internet os senhores encontram outras opções.

Ao ouvir o coro que abre o terceiro CD, ‘Déposons les armes!’ lembrei-me imediatamente de um programa de rádio que ouvia quando era adolescente, pois era exatamente esse Coro que abria e fechava a programação de música clássica daquela rádio. Não perguntam qual rádio, pois não lembro.

Personagens
Doutor Faust, um filósofo (tenor)
Méphistophélès, o diabo (baixo)
Marguerite, uma jovem mulher (soprano)
Valentin, irmão de Marguerite, soldado (barítono)
Siébel, um estudante de Faust, apaixonado por Marguerite (mezzo-soprano)
Wagner, um estudante (barítono)
Marthe Schwerlein, vizinha de Marguerite (mezzo-soprano)
Meninas, trabalhadores, estudantes, soldados, aldeões, demónios invisíveis, rainhas e cortesãs da antiguidade, vozes celestes.

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LIBRETO DA ÓPERA  COM TRADUÇÃO EM INGLÊS

 

XJL158467 Poster advertising ‘Faust’, opera by Charles Gounod (1818-93) 1875, engraved by T. Laval (litho) by French School, (19th century); Bibliotheque de l’Opera Garnier, Paris, France; (add.info.: opera in five acts written 1859; based on the story written by Goethe;); French, out of copyright

Johan Svendsen (1840-1911): The Two Symphonies / Two Swedish Folk Tunes For Strings

Johan Svendsen (1840-1911): The Two Symphonies / Two Swedish Folk Tunes For Strings

As sinfonias de Svendsen são atléticas e animadas, mesmo nos movimentos lentos. Suas orquestrações são esplêndidas, mas falta-lhe a mágica dos compositores efetivamente grandes. A organização é a convencional de quatro movimentos, com dois allegri no início e no final, um segundo movimento andante e um intermezzo ou scherzo no terceiro. É agradável, culto e nada profundo. Bom para festas. Svendsen nasceu na Noruega, mas passou a maior parte de sua vida na Dinamarca. Escreveu majoritariamente obras para orquestra. Durante a vida, foi amigo de vários compositores, sendo que os principais deles são Grieg, Liszt e Wagner.

Johan Svendsen (1840-1911): The Two Symphonies / Two Swedish Folk Tunes For Strings

Symphony No.1 In D Major, Op. 4 (34:48)
1 Molto Allegro 9:10
2 Andante 11:06
3 Allegro Scherzando 5:23
4 Finale: Maestoso 8:42

Symphony No.2 In B Flat Major, Op. 15 (30:08)
5 Allegro 9:01
6 Andante Sostenuto 5:59
7 Intermezzo: Allegro Giusto 5:16
8 Finale: Andante – Allegro Con Fuoco 9:26

Two Swedish Folk Tunes, For String Orchestra (5:29)
9 Allt Under Himmelens Fäste 2:53
10 Du Gamla, Du Friska, Du Fjellhöga Nord (Swedish National Anthem) 2:30

Göteborgs Symfoniker (The Gothenburg Symphony Orchestra)
Conductor – Neeme Järvi

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Svendsen: eta homem decidido!

PQP

Domenico Scarlatti (1685-1757): 18 Sonatas – Alexandre Tharaud, piano

Domenico Scarlatti (1685-1757): 18 Sonatas – Alexandre Tharaud, piano

Scarlatti – 18 Sonatas

Como o personagem do livro de Virginia Woolf, Domenico Scarlatti viveu duas vidas em uma, mas não fez mudança de sexo.

Nascido no mesmo ano em que nasceram Johann Sebastian Bach e George Frideric Handel, mostrou talento fenomenal para música desde cedo. Seu pai, Alessandro Scarlatti, era músico famoso e muito bem estabelecido em Nápoles. Exerceu grande influência sobre a carreira do filho. Após a sua morte, em 1725, Domenico começou uma outra vida, pelo menos para a música, e produziu a obra pela qual agora é justamente famoso. Se a sua vida tivesse terminado na primeira etapa, ele teria sido um mestre menor. O que lhe garante o destaque na História da Música são as perto de 550 sonatas para cravo que produziu em sua segunda vida.

Scarlatti, por Velasco, em trajes de Cavaleiro da Ordem de Santiago

Produzidas como exercícios, nelas ele explorou e desenvolveu a técnica do teclado imensamente, mas produziu também verdadeiras pérolas que estão no repertório dos maiores (e menores) pianistas. Nestas peças exuberantes notamos ritmos de danças, muita alegria e elementos da música folclórica da Espanha. Scarlatti, com respeito a técnica do teclado, foi tão inovador quanto seriam, muitos anos depois, Liszt e Chopin. Saltos e arpejos extensíssimos, notas de passagens duplas, cruzamentos de mãos e rápidas repetições de notas. Chopin tinha grande admiração pelas peças de Scarlatti. Vladimir Horowitz sempre teve as suas sonatas em seu repertório e muito fez para o seu reconhecimento. Suas gravações ainda hoje são referências.

Scarlatti conviveu com os nobres e os grandes artistas de seu tempo. Em Roma frequentava os encontros musicais promovidos pelo Cardeal Pietro Ottoboni, que em uma destas ocasiões foi o juiz de um duelo entre os jovens Scarlatti e Handel. Considerados empatados no cravo, o enorme saxão levou a melhor no órgão. A disputa não impediu que os dois extraordinários músicos fossem amigos por toda a vida. Neste círculo de convivência conheceu o Embaixador de Portugal, o Marques de Fontes. Esta conexão o levou posteriormente, após um período em Londres, à Lisboa, onde o rei D. João V o tornou professor de música da Princesa Maria Bárbara de Bragança. A princesa casou-se em 1729 com o Príncipe Fernando de Astúrias, de Espanha, e assim Scarlatti mudou-se para Madri. Scarlatti e sua música tornaram-se espanhóis. A princesa tornou-se rainha e o protegeu por toda a vida.

Maria Barbara quando era a Princesa de Astúrias

Neste disco temos o pianista francês, Alexandre Tharaud, que nos explica a escolha do repertório. As Sonatas K. 239, K. 420 e K. 141 trazem o elemento folclórico da Música Espanhola e o Flamenco. Nas Sonatas K. 72, K. 29, K. 514 e K. 3 destaca-se o estilo virtuosístico. As Danças da Corte estão presentes nas Sonatas K. 430 e K. 64, enquanto as Sonatas K. 208, K. 32 e K. 132 lembram árias de óperas. As Sonatas K. 380, K. 9 e K. 481 são figurinhas carimbadas, aparecem em quase todos os álbuns de música de Scarlatti e Tharaud as estudava desde a adolescência.

Apesar de suas sonatas terem sido compostas para cravo, elas adaptam-se maravilhosamente ao piano. Eu tenho grande predileção pelas gravações de Horowitz, Perahia, Pogorelich, Pletnev e Subdin. Mesmo o despretensioso disco da pianista eslovena Dubravka Tomšič merece atenção. Mas o artista da vez, Alexandre Tharaud, é de primeira grandeza e o disco, com selo Virgin Classics, é muito bem produzido por Cécile Lenoir.

Minha Sonata preferida é a dolente K. 208. Cuidado, ela derreterá seu coração!

A aula da princesa, pintada por Gaspare Traversi

Domenico Scarlatti (1685 – 1757)

  1. Sonata K. 239 em fá maior – Allegro
  2. Sonata K. 208 em lá maior – Adagio è cantabile
  3. Sonata K. 72 em dó maior – Allegro
  4. Sonata K. 8 em sol menor – Allegro
  5. Sonata K. 29 em ré maior – Presto
  6. Sonata K. 132 em dó maior – Cantabile
  7. Sonata K. 430 em ré maior – Non presto mà a tempo di ballo
  8. Sonata K. 420 em dó maior – Allegro
  9. Sonata K 481 em fá menor – Andante è cantabile
  10. Sonata K. 514 em dó amior – Allegro
  11. Sonata K. 64 em ré menor – Gavota: Allegro
  12. Sonata K. 32 em menor – Aria
  13. Sonata K. 141 em ré menor – Allegro
  14. Sonata K. 472 em si bemol maior – Andante
  15. Sonata K. 3 em lá menor – Presto
  16. Sonata K. 380 em mi maior – Andante commodo
  17. Sonata K. 431 em sol maior – Allegro
  18. Sonata K. 9 em ré menor – Allegro

Alexandre Tharaud, piano

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Alexandre agradecendo aos leitores do blog!

A música de Scarlatti é perfeita para ser ouvida numa manhã ensolarada de domingo, garantia-me um querido amigo matemático inglês, já há muitos anos. Agora eu o entendo, perfeitamente!

René Denon

J. S. Bach (1685-1750): Motetos, BWV 225 – 230 & BWV Anh. 159 – The Hilliard Ensemble

J. S. Bach (1685-1750): Motetos, BWV 225 – 230 & BWV Anh. 159 – The Hilliard Ensemble
Não precisa limpar os óculos, a ECM gosta destas capas assim, modernosas…

Motetos, um mar de ondulantes harmonias!

 

Este disco é um forte candidato a meu Disco-do-Ano, mesmo que não tenha sido lançado este ano. Se levarmos em conta a rapidez com que os discos atualmente veem e vão, um disco de 2007 (gravado em 2003) é uma velharia. Mas eu uso outras medidas, outros calendários. Estava de olho nele há tempo e finalmente os nossos caminhos se cruzaram.

O que torna um disco significativo para você, antes mesmo que ouça ainda que seja um pedacinho dele?

É claro que a combinação compositor-repertório atrai logo a atenção. Neste caso, Bach-Motetos, temos uma combinação vencedora. Logo em seguida, e aí quase deterministicamente, intérprete(s). Neste quesito, o disco oferece uma opção interessantíssima, levando os níveis de curiosidade à estratosfera. Mas, antecipo, a combinação autor-repertório-intérpretes, neste caso, não é óbvia, mas absolutamente intrigante. O Hilliard Ensemble é bem conhecido por suas interpretações de música anterior ao período barroco e teve que ser expandido, acrescentando os dois sopranos, um contra tenor e um baixo para realizar o disco. As vozes dos sopranos tornam o som dos Hilliard diferente, mas adequado para o repertório.

No conjunto da música sacra de Bach – Cantatas, Magnificat, Missas, Paixões, Oratórios e mesmo outras peças menores, os Motetos têm uma posição singular.

Veja a definição – moteto é uma composição vocal em estilo polifônico (muitas vozes) sobre um texto bíblico ou prosa similar, para ser usado em um serviço religioso. A palavra moteto tem origem latina, assim como mote (lema, tema, assunto), mot (palavra, em francês), motejo (zombaria). Bon mot – um chiste.

Mesmo nos dias de Bach, esta forma musical era arcaica. Apesar disso, os motetos foram as suas peças vocais que continuaram a ser interpretadas após a sua morte até o renascimento do interesse do público em geral por sua obra, nos fins do Século XIX.

Singet dem Herren…

Em abril de 1789, Mozart fez uma parada em Leipzig durante uma viagem a Berlim. Mozart teria feito improvisações no órgão da Igreja de São Tomás e ficou surpreso ao ouvir o Moteto Singet dem Herren ein neus Lied, cantado pelo Coro de Meninos da Igreja. Ele teria dito: “Finalmente algo do qual se possa aprender”. Pediu que as partituras das diferentes vozes fossem dispostas em cadeiras em torno dele, para que pudesse estudar a música. Ele levou consigo uma cópia da peça. Esta cópia se encontra em uma instituição em Viena e tem uma anotação feita por ele: “Uma orquestra completa deve ser acrescentada”.

Essa observação nos leva às diferentes maneiras de interpretar os Motetos. As suas partituras constam apenas de vozes – soprano, contralto, tenor e baixo. Apenas em um deles tem indicação de acompanhamento de baixo contínuo (Lobet den Herrn, alle Heiden). Alguns são em oito vozes (duplo coro), outros em quatro (ou cinco) vozes. Mas, tradicionalmente, usa-se instrumentos (colla parte) para reforçar as vozes. Outra grande diferença está no número de cantores para cada parte (cada voz). Os grandes coros das interpretações de Karl Richter, Fritz Werner, Wolfgang Gönnenwein cederam vez aos coros com poucos cantores em cada voz, seguindo a tendência das interpretações que observam os instrumentos e técnicas usadas na época das composições. Entre essas distinguem-se as gravações de Gardiner (duas), Herreweghe, Ton Koopmann e Sigiswald Kuijken.

A gravação que postamos aqui vai ainda mais longe. Seguindo a teoria de Joshua Rifkin, temos uma gravação com um cantor apenas para cada voz e nada de instrumentos acompanhando. Apenas no Moteto Lobet den Herrn, alle Heiden temos um acompanhamento de órgão tocando o contínuo da partitura. Temos, portanto, uma versão minimalista das peças, mas nada pequena.

Independentemente do tipo de interpretação ao qual você está apegado, se é que você tem alguma, ouça o disco. Essa formação, aliada à expertise e dedicação do grupo permite que observemos essa maravilhosa música de uma forma nova e essencialmente natural, quase primeva. Vozes humanas recriando um universo sonoro sofisticadíssimo. O escritor E.T.A. Hoffmann comparou os motetos a oito vozes às “ousadas e maravilhosas estruturas da Catedral de Strasbourg…” Recriar catedrais à oito vozes é o desafio a que se propõem os cantores deste disco. Em minha opinião, eles o superam galhardamente.

Vista da Catedral de Strasbourg

Os Motetos Singet dem Herrn ein neues Lied; Der Geist hilft unser Schwachheit auf; Fürchte dich nicht, ich bin bei dir; Komm, Jesu, komm e Ich lasse dich nicht, du segnest mich denn, são a oito vozes (duplo coro). Os dois outros Motetos são a quatro ou cinco (dois sopranos) vozes.

No início de carreira, Richard Wagner foi regente em Dresden. Ele regeu um concerto no dia 22 de janeiro de 1848. No programa, a Sinfonia “Praga”, de Mozart,  o Moteto Singet dem Herrn ein neues Lied, uma cena de Medea, de Cherubini e a Sinfonia Eroica, de Beethoven. Posteriormente, em um ensaio intitulado “A Música do Futuro”, escreveu loas ao moteto, “pelo valor lírico de sua melodia rítmica … ressurgindo em um mar de ondulantes harmonias”. Poético e sensível Richard.

Rosácea, Catedral de Strasbourg

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Motetos BWV 225 – 230 e BWV Anh. 159

  1. Singet dem Herrn ein neues Lied, BWV 225
  2. Der Geist hilft unser Schwachheit auf, BWV 226
  3. Jesu, meine Freude, BWV 227
  4. Fürchte dich nicht, ich bin bei dir, BWV 228
  5. Komm, Jesu, komm, BWV 229
  6. Lobet den Herrn, alle Heiden, BWV 230
  7. Ich lasse dich nicht, du segnest mich denn, BWV Anh. 159

The Hilliard Ensemble

Joanne Lunn, soprano

Rebecca Outram, soprano

David James, contra tenor

David Gould, contra tenor

Rogers Covey-Crump, tenor, órgão

Steven Harrold, tenor

Gordon Jones, barítono

Robert Macdonald, baixo

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Aproveite, nem sempre temos anjos cantando um mar de ondulantes harmonias!

René Denon

Erik Satie (1866-1925): Peças arranjadas para flauta e violão – Sketches of Satie

Erik Satie (1866-1925): Peças arranjadas para flauta e violão – Sketches of Satie

Eu, como um grande entusiasta da obra de Satie, quero compartilhar essa pequena joia musical.

“Sketches of Satie” é uma coletânea de composições originais para piano de Erik Satie, rearranjadas e tocadas pelos irmãos Steve (violão) e John Hackett (flauta). As peças foram tão bem transcritas para flauta e violão que é difícil acreditar, principalmente para os leigos, que não tenham sido originalmente compostas para estes instrumentos.

Os fãs do grupo Genesis, não serão surpreendidos pelo virtuosismo de Steve Hackett, ex-guitarrista da banda britânica. A revelação aqui é seu irmão John, que toca de forma tão natural e fluente, que demonstra uma inspiração quase divina.

A performance dos irmãos apresenta uma assombrosa e hipnótica, beleza exótica. Steve Hackett mostra aqui, porque é um dos melhores e mais versáteis violonistas (guitarristas) do mundo, cedendo os holofotes para seu irmão, ele exibe sem constrangimentos, uma admirável e irrestrita modéstia.

Uma ótima audição!

.oOo.

— Sketches of Satie —

1. Gnossienne No. 3 (2:24)
2. Gnossienne No. 2 (1:56)
3. Gnossienne No. 1 (3:18)
4. Gymnopédie No. 3 (2:36)
5. Gymnopédie No. 2 (2:52)
6. Gymnopédie No. 1 (3:55)
7. Pièces Froides No. 1 Airs À Faire Fuir I (2:46)
8. Pièces Froides No. 1 Airs À Faire Fuir II (1:36)
9. Pièces Froides No. 2 (2:05)
10. Avant Dernières Pensées (Idylle à Debussy) (0:57)
11. Avant Dernières Pensées (Aubade à Paul Dukas) (1:11)
12. Avant Dernières Pensées (Méditation à Albert Roussel) (0:54)
13. Gnossienne No. 4 (2:41)
14. Gnossienne No. 5 (3:20)
15. Gnossienne No. 6 (1:41)
16. Nocturnes No. 1 (3:31)
17. Nocturnes No. 2 (2:14)
18. Nocturnes No. 3 (3:36)
19. Nocturnes No. 4 (2:49)
20. Nocturnes No. 5 (2:27)

Steve Hackett (guitar)
John Hackett (flute)

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Os irmãos Hackett

Marcelo Stravinsky

Why Not Here: Music for Two Lyra Viols

Why Not Here: Music for Two Lyra Viols

Este disco já foi chamado de Music for Two Lyra Viols, mas mudou de nome em sua reedição, ganhando o título de uma das peças. Uma “lyra viol” não é um instrumento especial, refere-se a um modo específico de tocar a viola da gamba, como um instrumento capaz de harmonia +  melodia, em vez de apenas melodia ou usado em um contexto puramente baixo. Esse conjunto de peças reflete a característica comum que Perl e Heumann empregam em suas aparições em concertos na Europa. O desconhecido Thomas Ford é um dos principais expoentes ingleses da lyra viol durante os períodos do final do Renascimento e do Barroco. O propósito declarado de Music for Two Lyra Viols é “celebrar e superar a melancolia, alterando a química de seu cérebro para colocar música em vez de outras drogas “. Sim, as duas são meio viajandonas. Perl contribui com uma nota de álbum altamente pessoal, que vagueia por temas distantes da música, mas que é uma novidade, pois o blá-blá-blá usual sobre os compositores  já encheu o saco. Um bom e melancólico CD, vindo de uma dupla e grupo hiper especializado neste gênero de repertório.

Why Not Here: Music for Two Lyra Viols

Thomas Ford
01. A Paven, M. Maynes choice
02. The Galiard
03. Forget me not
04. The Baggepipes, Sir Charles Howards delight
05. Why not here, M. Crosse his choice
06. Cate of Bardie, The Queenes Jig

John Jenkins
07. Fantasia

John Danyel
08. Passymeasures
09. A Fancy

Alfonso Ferrabosco II
10. Almaine
11. Galliard
12. Coranto

Anthony Holborne
13. Goe from my window

Richard Alison
14. Goe from my window

Thomas Ford
15. A Paven, Sir Richard Westons delight
16. The Galiard
17. An Almaine, M. Westovers farewell
18. Whipit and Tripit, M. Southcotes Jig

Alfonso Ferrabosco
19. The Spanish Paven

William Lawes
20. Paven
21. Aire

Performers:
Hille Perl – Viola da Gamba
Friederike Heumann – Viola da Gamba, Treble Viol
Lee Santana – Renaissance Lute, Cittern
Michael Freimuth – Renaissance Lute

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Hille Perl dando um recital no Galpão Sinfônico do PQP Bach

PQP

Flausino Vale (1894-1954): Prelúdios

Flausino Vale (1894-1954): Prelúdios

Já que falei semana passada de Dworecki e sua contribuição à viola no Brasil, ocorreu-me de falar do maior dos violinistas e compositores para violino brasileiros (e que, vale abrir os parênteses, não se trata de um imigrante europeu): o mineiro Flausino Vale, chamado (com absoluta e inconteste razão) de “O Paganini brasileiro” por Villa-Lobos e que já foi executado por ninguém menos que Jascha Heifetz.

Por recomendação do Avicenna, acessei uma coleção da Funarte no Um que tenha (de onde tirei o arquivo que vocês irão baixar) e deparei com este CD em que Flausino é executado por seu maior admirador vivo: o violinista polonês naturalizado brasileiro Jerzy Milewski, que vez ou outra vejo passeando pela praia do Leme.

A maioria dos 21 prelúdios é de uma dificuldade paganiniana, pois parecem ter sido escritos para dois ou três violinos em um só, com a grande diferença – no plano da criação composicional – de se valer de cenas corriqueiras como fonte de inspiração (vejam os títulos nas faixas) e de incitar no ouvinte imagens de tal forma como Paganini nunca pensou lograr, tamanho o domínio da timbrística do violino que o mineiro possuía (quem não conseguir ouvir uma porteira em A porteira da fazenda ou identificar uma marcha fúnebre em Resquiescat in pace possivelmente tem agnosia irreversível).

Enfim, Flausino Vale é mais uma joia rara esquecida nessa bosta de país.

***

Flausino Vale (os prelúdios foram gravados fora da ordem original)

Devaneio
Sonhando
Tico-Tico
A Porteira da Fazenda
Viola Destemida
Folguedo Campestre
Implorando
A Mocinha e o Papudo
Asas Inquietas
Interrogando o Destino
Batuque
Requiescat In Pace
Mocidade Eterna
Acalanto
Rondó Doméstico
Tirana Riograndense
Repente
Brado Íntimo
Viva São João
Pai João
Casamento na Roça

Jerzy Milewski, violino

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Flausino: popular e erudito

CVL