C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

61fyfAw73OL._SS500IM-PER-Dí-VEL !!!

Maravilhoso disco formado por dez peças menores de compositores que apenas se unem por terem sido vanguardistas em seu tempo. Num recital que abarca 3 séculos, o pianista Lubimov dá uma aula sobre como montar um repertório erudito. Inicia com uma daquelas estranhas Fantasias do mano CPE que, para falar com a inteligência de Maitê Proença, é tudo di bom. Numa demonstração de parentesco inteiramente provocativa, mas pertinente, Lubimov dá seguimento ao recital com In a landscape, de John Cage. É notável como ambas combinam. E depois ele segue adiante com uma série de peças meditabundas. O mosaico fica lindo. O CD é da ECM. Com efeito, Manfred Eicher veio ao mundo para viabilizar as idéias mais doidas dos artistas. E para nos mostrar fatos nunca dantes pressentidos.

Alexei Lubimov – Der Bote

1 Carl Philipp Emanuel Bach: Fantasie für Klavier f-Moll
2 John Cage: In a landscape
3 Tigran Mansurian: Nostalgia
4 Franz Liszt: Abschied
5 Michail Glinka: Nocturne f-Moll “”La séparation””
6 Frédéric Chopin: Prélude c-Moll op. 45
7 Valentin Silvestrov: Elegie
8 Claude Debussy: Elégie
9 Béla Bartók: Vier Klagelieder op. 9a, Nr. 1
10 Valentin Silvestrov: Der Bote

Alexei Lubimov, Piano

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Grande Lubimov!
Grande Lubimov!

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Andrea Zani (1696–1757): Concerti da Chiesa, Op. 11 / Concerti Op. 4

Andrea Zani (1696–1757): Concerti da Chiesa, Op. 11 / Concerti Op. 4

Os intérpretes deste dois CDs não chegam a ser brastemps, ou seja, talvez não façam jus à fragrância vivaldiana do raríssimo Zani, mas servem para demonstrar a tremenda qualidade da música violinística italiana — não enche o saco, eu sei que a Itália nem existia — daquele período. Zani é consistente, vale tranquilamente a audição, mas acho que principalmente o segundo CD mereceria melhores instrumentistas.

Estes são mais dois discos enviados ao PQP Bach por nosso leitor-ouvinte S. Leal. Obrigado!

Concerti da Chiesa, Op. 11 (1729)

1. Concerto da chiesa in A minor, Op. 2/1: Vivace
2. Concerto da chiesa in A minor, Op. 2/1: Largo
3. Concerto da chiesa in A minor, Op. 2/1: Spiritoso

4. Concerto da chiesa in E minor, Op. 2/2: Allegro
5. Concerto da chiesa in E minor, Op. 2/2: Largo
6. Concerto da chiesa in E minor, Op. 2/2: Allegro, ma non tanto

7. Concerto da chiesa in G major, Op. 2/3: Allegro
8. Concerto da chiesa in G major, Op. 2/3: Largo assai
9. Concerto da chiesa in G major, Op. 2/3: Allegro

10. Concerto da chiesa in G minor, Op. 2/4: Allegro
11. Concerto da chiesa in G minor, Op. 2/4: Largo assai
12. Concerto da chiesa in G minor, Op. 2/4: Allegro

13. Concerto da chiesa in D major, Op. 2/5: Allegro
14. Concerto da chiesa in D major, Op. 2/5: Adagio
15. Concerto da chiesa in D major, Op. 2/5: Allegro

Alessandro Ciccoilini, violino
Compagnia De Musici

Concerti Op. 4

1. Concerto in F major, Op.4/6: Allegro
2. Concerto in F major, Op.4/6: Largo
3. Concerto in F major, Op.4/6: Allegro

4. Concerto in G major, Op.4/5: Allegro
5. Concerto in G major, Op.4/5: Adagio
6. Concerto in G major, Op.4/5: Allegro

7. Concerto in D major, Op.4/1: Allegro
8. Concerto in D major, Op.4/1: Andante
9. Concerto in D major, Op.4/1: Allegro spiritoso

10. Concerto in E minor, Op.4/4: Vivace
11. Concerto in E minor, Op.4/4: Adagio
12. Concerto in E minor, Op.4/4: Allegro

13. Concerto in B flat major, Op.4/7: Andante spiccato
14. Concerto in B flat major, Op.4/7: Allegro
15. Concerto in B flat major, Op.4/7: Andante
16. Concerto in B flat major, Op.4/7: Allegro

Giovanni Battista Columbro, regente
Cappella Palatina

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Que condicionador será que ele usava?
Que condicionador será que ele usava?

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Tchaikovsky (1840-1893) e Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino

Tchaikovsky (1840-1893) e Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Poderíamos fazer um enorme mural com os CDs de todas as gravações que estes concertos receberam na história fonográfica mundial, mas deveríamos deixar um local especial para este aqui, talvez bem próximo das gravações de Heifetz. É uma gravação de 2016 e não exagero, a georgiana Lisa Batiashvili, Daniel Barenboim e a Staatskapelle Berlin dão um banho neste repertório. Não sei se a leitura compreensiva das obras parte do experiente maestro de 74 anos ou da jovem violinista com metade da sua idade (37 anos): o que sei é que o resultado deve ser conhecido pelo pequeno povo pequepiano. Um baita CD.

Tchaikovsky (1840-1893) e Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino

01. Tchaikovsky: Concerto For Violin And Orchestra In D Major, Op. 35, TH 59 : 1. Allegro moderato
02. Tchaikovsky: Concerto For Violin And Orchestra In D Major, Op. 35, TH 59 : 2. Canzonetta. Andante
03. Tchaikovsky: Concerto For Violin And Orchestra In D Major, Op. 35, TH 59 : 3. Finale. Allegro vivacissimo

04. Sibelius: Concerto For Violin And Orchestra In D Minor, Op. 47 : 1. Allegro moderato – Molto moderato e tranquillo – Allegro molto – Moderato assai – Lisa Batiashvili
05. Sibelius: Concerto For Violin And Orchestra In D Minor, Op. 47 : 2. Adagio di molto
06. Sibelius: Concerto For Violin And Orchestra In D Minor, Op. 47 : 3. Allegro ma non tanto

Lisa Batiashvili
Staatskapelle Berlin
Daniel Barenboim

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Batiashvili: musa competente
Batiashvili: musa competente

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Alfred Schnittke (1934-1998): Life with an idiot (Rostropovich)

Alfred Schnittke (1934-1998): Life with an idiot (Rostropovich)

O libreto e o romance A vida com um Idiota, do compositor russo Alfred Schnittke, é de Viktor Erofeyev. A ópera foi apresentada pela primeira vez em Amsterdam, no ano de 1992. É uma alegoria da opressão soviética. Resumo resumidíssimo:

Primeiro ato: como castigo por não trabalhar duro o suficiente, “Eu” é forçado pelas autoridades a conviver com um idiota. Ele fica com Vova no manicômio. Vova só é capaz de falar uma única palavra: “Ech”.

Segundo ato: se no primeiro ato Vova se comportava razoavelmente bem, logo começa a comportar-se mal, inclusive rasgando as obras de Marcel Proust, pertencentes à mulher de “Eu”. “Eu” e sua esposa vão viver em um outro quarto e Vova acalma-se. A mullher de “Eu” acaba se apaixonando por Vova e fica grávida dele. Então Vova a mata e “Eu” torna-se um idiota.

Não, não é ele o idiota, ele é apenas Mstivlav Rostropovich
Não, não é ele o idiota, ele é Rostropovich

Alfred Schnittke (1934-1998): Life with an idiot (Rostropovich)

1. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act One: Prologue, “Life with an idiot is full of surprises”
2. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “My friends congratulated me on my idiot’
3. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “I had been full of doubts and anxieties that winter’
4. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “Everybody laughed”
5. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “I pictured to myself a crafty and staid wise old man”
6. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “Well look what’s happened – I’ve belched”
7. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “Sometimes I mix up my dead wives”
8. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “I’ve swapped a birdie for a pizza!”
9. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, Tango (Intermezzo)
10. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “I said later that if I had gone”
11. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “Look: my former fellow students”
12. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “I got down to searching for the holy simpleton”
13. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “Ekh!”
14. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, Intermezzo

1. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “In the beginning Vova was very reserved”
2. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “In the evenings, to prevent Vova suffering from insomnia”
3. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “Once, on returning home, I chanced upon the following scene”
4. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “A few days later Vova started tearing up the books”
5. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “Suddenly, one fine day, he dumped a whole pile in the middle of the room”
6. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “Ekh!”
7. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, Intermezzo
8. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Vova has cleaned up his act a lot”
9. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Don’t offend him. Don’t traumatise Vova”
10. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Life with an idiot is full of surprises!”
11. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “I was intrigued as to which proclivities of Vova my wife bent over backwards to
12. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Ekh!”
13. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Well, and now, cock-sucking reader, whoever you are”
14. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “They made their home in the second room”
15. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “We beat her up, beat her up!”
16. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Suddenly, the wife declares: ‘Vova! Either him…'”
17. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “I love you. Love!”
18. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “I am Renoir”
19. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “The guard treated me like I was one of the family”

Leonid Zimnenko, baixo
Dale Duesing, barítono
Howard Haskin, tenor
Robin Leggate, barítono (Marcel Proust)
Romain Bischof, barítono
Teresa Ringholz, soprano
Vocal Ensamble (Vocal coaching: Winfried Maczewbski)
Rotterdam Philharmonic Orchestra
Mstislav Rostropovich, Cellist, Pianist, Conductor

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Cena de uma montagem da ópera "Life with an idiot"
Cena de uma montagem da ópera “Life with an idiot”

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Paul Hindemith (1895-1963): Kammermusik 1-7 + Kleine Kammermusik (Chailly – Concertgebouw)

Paul Hindemith (1895-1963): Kammermusik 1-7 + Kleine Kammermusik (Chailly – Concertgebouw)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

As Kammermusik (Música de Câmara), escritas principalmente durante a década de 1920, são belos exemplos da música do início do século que não aderiu ao atonal nem ao dodecafonismo. É música de primeiríssima qualidade, cheia de brilho melódico, invenções harmônicas e variações de formação orquestral. Há muitas obras levadas pelos sopros, trazendo associações com o jazz e a música popular americana da época. Tudo também é contrapontístico e o declarado amor de Hindemith a Bach fica claro. JÁ NOTARAM QUE AMO ESTAS OBRAS, NÃO? Como disse, a linguagem é tonal, mas Hindemith estende alguns laços dissonantes que se aproximam do expressionismo da escola vienense, mas sem histeria nem angústia. Cada um dos concertos é marcado por um instrumento solo e guarda uma enorme dívida formal para com os Concertos de Brandenburgo de Bach e as bandas norte-americanas. É curioso. E bom, muito bom.

Esta gravação inclui todos os concertos mais a Kleine Kammermusik, uma suíte para Quinteto de Sopros. Chailly é magnífico neste repertório, permeando tudo com uma alegria e um calor que não é geralmente associada com Hindemith. E o Concertgebouw… fala sério. Não há orquestra melhor.

Altamente recomendado como uma introdução a este compositor e o que faz dele verdadeiramente especial. IM-PER-DÍ-VEL !!!!, repito.

Paul Hindemith (1895-1963): Kammermusik 1-7

1 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: I. Sehr Schnell Und Wild
2 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: II. Massig Schnell Halbe
3 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: III. Qt: Sehr Langsam Und Mit Ausdruck
4 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: IV. Finale 1921: Lebhaft
5 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: I. Lustig. Massig Schnell Viertel
6 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: II. Walzer. Durchweg Sehr Leise
7 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: III. Ruhig Und Einfach
8 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: IV. Schnelle Viertel
9 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: V. Sehr Lebhaft
10 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: I. Sehr Lebhafte Achtel
11 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: II. Sehr Langsame Achtel
12 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: III. Kleines Potpourri: Sehr Lebhafte Viertel
13 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: IV. Finale. Schnelle Viertel
14 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: I. Majestatisch Und Stark. Massig Schnelle Achtel
15 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: II. Lebhaft Und Lustig
16 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: III. Sehr Ruhige Und Gemessen Schreitende Viertel
17 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: IV. Massig Bewegte Halbe. Munter, Aber Immer Gemachlich

Disc 2
1 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: I. Signal: Breite, Majestatische Halbe
2 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: II. Sehr Lebhaft
3 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: III. Nachtstuck: Massig Schnelle Achtel
4 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: IV. Lebhafte Viertel
5 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: V. So Schnell Wie Moglich
6 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: I. Schnelle Halbe
7 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: II. Langsam
8 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: III. Massig Schnell
9 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: IV. Var Eines Militarmarsches
10 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Massig Schnell, Majestatisch
11 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Langsam
12 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Vars
13 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Lebhaft, Wie Fruher
14 Kammermusik No.7, Op.46 No.2: I. Nicht Zu Schnell
15 Kammermusik No.7, Op.46 No.2: II. Sehr Langsam Und Ganz Ruhig
16 Kammermusik No.7, Op.46 No.2: III. (Achtel Bis 184)

Brautigam
Harrell
Kulka
Kashkashian
Blume
Van Doeselaar
Royal Concertgebouw Orchestra
Riccardo Chailly

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Riccardo Chailly recebendo o bafo da orquestra
Riccardo Chailly recebendo o bafo da orquestra

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Amaral Vieira (1952): The snow country prince

Amaral Vieira (1952): The snow country prince

cd-amaral-vieira-the-snow-country-prince-14078-MLB3661922692_012013-FPor fim, o encerramento da trilogia pianística de Amaral Vieira, com seu CD de obras mais nipófilas. Se eu disser que acabou por aqui, os fãs do compositor vão pedir mais – já sei como é. Então prometo outras postagens, mas não sei até quando (risos). E quem tiver discos dele ainda não postados, pode me mandar.

***

Amaral Vieira – The snow country prince (O príncipe do país das neves)

1. A Alvorada, op.268 (1983)
2-4. Três Retratos
1.Retrato de MR, op.98 (1977) – 2.Retrato de DS, op.98 (1977) – 3.Retrato de MPC, op.90 (1984)
5-11.Epigramas, op.246 (1988)
1.Molto marcato – 2.Energico – 3.Con monotonia – 4.Polichinelo – 5.Appassionato – 6.Con grazia – 7.Vivo
12. Toccata Festiva, op.285 (1997)
13. Sonatina em um movimento, op.165 (1982)
14. Prelúdio, op.220 (1987)
15. Tarantelle Fantasque, op.162 (1985)
16. Haha (Mãe, Melodia Japonesa), op.275 (1995)
17. Ningen Kakumei No Uta (Canção da Revolução Humana, Melodia Japonesa), op.272 (1995)
18-36. The Snow Country Prince (O Príncipe do País das neves) op.284 (1997)
Ciclo de 19 peças inspirado em conto de igual título de Daisaku Ikeda

1.In the land called Snow Country / Andante Misterioso – 2.The end of summer / Com simplicidade – 3.Last Winter / Cantilena – 4.Goodbye / Pequeno Improviso – 5.The first swans arrive / Divertimento – 6.We must feed the swans / Graciosamente – 7.The children lay in bed / Pastoral – 8.The Snow Country Prince / Humoresque – 9.After such a visit / Quase uma Valsa – 10.The swan mustn’t die / Romance – 11.Never give up / Scherzo – 12.Papa has had an accident / Meditação – 13.The sleigh took them all to the railway station / Ostinato – 14.Happier every day / Valsa Delicada – 15.Just like the swan / Fantasia – 16.Keep trying / Toccatina – 17.One evening / Agitado – 18.Oh, how lonely winter is / Noturno Elegíaco – 19.But winter was over / Rondó

Piano: Paulo Gazzaneo

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Amaral Vieira
Amaral Vieira

CVL

W. A. Mozart (1756-1791): Piano Concerto No.25 K.503 & Piano Concerto No.20 K.466

W. A. Mozart (1756-1791): Piano Concerto No.25 K.503 & Piano Concerto No.20 K.466

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma despedida maravilhosa de um gênio da regência orquestral! Abbado deu este concerto ao vivo em 7 de dezembro de 2013 e veio a falecer em 20 de janeiro de 2014, pouco mais de um mês depois. Aqui não se pode falar em decadência, mas sim em auge. A sensibilidade demonstrada por Abbado, Martha Argerich e pela orquestra fundada pelo maestro poucos anos antes é estupenda. É um registro ao vivo que deve ser ouvido, aprendido e guardado.

W. A. Mozart (1756-1791): Piano Concerto No.25 K.503 & Piano Concerto No.20 K.466

1. Mozart: Piano Concerto No.25 In C, K.503 – 1. Allegro maestoso 14:18
2. Mozart: Piano Concerto No.25 In C, K.503 – 2. Andante 7:01
3. Mozart: Piano Concerto No.25 In C, K.503 – 3. Allegretto 9:22

4. Mozart: Piano Concerto No.20 In D Minor, K.466 – 1. Allegro 14:04
5. Mozart: Piano Concerto No.20 In D Minor, K.466 – 2. Romance 9:01
6. Mozart: Piano Concerto No.20 In D Minor, K.466 – 3. Rondo (Allegro assai) 7:50

(Live From KKL, Lucerne / 2013)

Martha Argerich, piano
Orchestra Mozart
Claudio Abbado

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Claudio Abbado e Martha Argerich quando jovens: perfeição, virtuosismo e calor até o final
Claudio Abbado e Martha Argerich quando jovens: perfeição, virtuosismo e calor
E o último encontro em 7 de dezembro de 2013. Abbado faleceria em 20 de janeiro de 2014.
E o último encontro em 7 de dezembro de 2013. Abbado faleceria em 20 de janeiro de 2014, aos 80 anos.

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Isaac Albéniz (1860-1909): Suite Espanhola para Orquestra

Isaac Albéniz (1860-1909): Suite Espanhola para Orquestra

Isaac Albeniz, assim como Mozart, foi uma criança prodígio, aos 4 anos já se apresentava em público, porém, o talentoso espanhol viveu um pouco mais, até os 48 anos. Foi um rapaz muito rebelde. Aos 12 anos embarcou clandestinamente em um navio, fugindo para Argentina. Nesse período, ganhou a vida tocando em bares, até que conseguiu organizar uma série de concertos, o que lhe rendeu uma certa quantia, permitindo-lhe viajar para a Cuba, Porto Rico e Estados Unidos. Nos Estados Unidos batalhou bastante, chegando a trabalhar como porteiro de cais, de forma paralela, continuava tocando piano, ganhando dinheiro suficiente para voltar a Europa. No ano seguinte aos 13 anos, foi aceito no Conservatório de Leipzig.

A maior parte de sua produção musical foi para piano, mas é em transcrição para violão que sua Suite Espanhola é mais ouvida, seja ao vivo ou em gravações.  O grande regente espanhol Rafael de Burgos, compelido pela vivacidade e força da música de Albeniz, pegou sete peças da Suite Espanhola [com exceção de Cuba (Capricho)] e mais a canção espanhola “Cordoba” e arranjou-as para orquestra. Seu sucesso foi total, ao transferir a música de teclado para orquestra, o que nem sempre é uma tarefa fácil – podemos citar como exemplo famoso, o arranjo de Ravel para Quadros de uma Exposição de Mussórgsky. A música de Albéniz está impregnada com o sabor mais forte e mais colorido da música ibérica, nunca soando, nem um pouco, kitsch. Algumas dessas seleções estão impregnadas de uma atmosfera sensual das localidades do sul espanhol, descritas, também, por Debussy em sua Iberia.

Fontes de pesquisa: Wikipédia e Audad

Uma ótima audição!

.oOo.

Albéniz-De Burgos: Suite Espanhola para Orquestra

Suite Espanhola
01 Castilla (Seguidillas) 2:30
02 Asturias (Leyenda) 6:27
03 Aragon (Fantasia) 5:05
04 Cadiz (Cancion) 4:52
05 Sevilla (Sevillanas) 4:15
06 Granada (Serenata) 5:36
07 Cataluna (Corranda) 3:01

08 Cordoba 5:30

New Philharmonia
Rafael Frühbeck De Burgos

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Linda franjinha, não?
Albéniz: desgrenhado sexy

Marcelo Stravinsky

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes (1913-1992) pertenceu a uma geração impressionante de músicos húngaros. Como ele, Geza Anda, Gyorgy Sandor, Edith Farnadi, Irene Malik, Annie Fischer — sem levar em conta a elite de regentes famosos (Fricsay, Dorati, Reiner) ou solistas (Szigetti) Dentre eles, Foldes ocupava um lugar de destaque no universo pianístico. Este disco é um tesouro de incrível repertório: Bach, De Falla, Poulenc, Bartok, Beethoven, Liszt, Copland, Barber, Debussy e Chopin .

Foldes foi um músico consumado, inteiramente dedicado a extrair e fazer-nos sentir o espírito de cada peça que ele tocava. Seu nível de musicalidade corre inversamente proporcional à sua fama. Negligenciado e esquecido por muitos, ele representa a estatura de músicos forjados na primeira metade do século XX, como Bartók e Kodály.

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

CD 1:
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903
1) Fantasia [6:44]
2) Fuga [4:35]
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Piano Sonata No.6 in F, Op.10 No.2
3) 1. Allegro [4:18]
4) 2. Allegretto [3:46]
5) 3. Presto [2:36]
Johannes Brahms (1833 – 1897)
16 Waltzes, Op.39
6) 1. in B [0:48]
7) 2. in E [1:09]
8. 3. in G sharp minor [0:46]
9) 15. in A flat [1:34]
Manuel de Falla (1876 – 1946)
El amor brujo
10) Ritual Fire Dance [3:31]
Francis Poulenc (1899 – 1963)
Nocturnes Nos.1-8
11) No.4 in C minor [1:26]
Claude Debussy (1862 – 1918)
Préludes – Book 1
12) 8. La fille aux cheveux de lin [2:41]
Frédéric Chopin (1810 – 1849)
4 Mazurkas, op.41
13) 2. Mazurka in E minor: Andantino [2:05]
14) Nocturne No.13 in C minor, Op.48 No.1 [5:52]
Franz Liszt (1811 – 1886)
15) Mephisto Waltz No.1, S.514 [10:38]
Béla Bartók (1881 – 1945)
Suite, BB 70, Sz. 62 (Op.14)
16) 1. Allegretto [1:55]
17) 2. Scherzo [1:43]
18) 3. Allegro molto [2:05]
19) 4. Sostenuto [2:53]
Sonata for Piano, Sz. 80 (BB 88)
20) 1. Allegro moderato [4:06]
21) 2. Sostenuto e pesante [5:00]
22) 3. Allegro molto [3:29]
23) Allegro barbaro, BB 63, Sz. 49 [2:29]

CD 2:
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
Piano Sonata (1924)
1) 1. Viertel = 112 [3:07]
2) 2. Adagietto [5:05]
3) 3. Viertel = 112 [2:42]
Samuel Barber (1910 – 1981)
Excursions, Op.20
4) 1. Un poco allegro [2:43]
5) 2. In slow blues tempo [3:32]
6) 3. Allegretto [2:28]
7) 4. Allegro molto [2:10]
Aaron Copland (1900 – 1990)
Piano Sonata (1941)
8. 1. Molto moderato [8:21]
9) 2. Vivace [4:38]
10) 3. Andante sostenuto [9:28]
Zoltán Kodály (1882 – 1967)
11) Marosszéki táncok (Dances of Marosszèk) [12:30]
7 Piano Pieces, Op.11
12) 1. Lento [1:40]
13) 2. Székely keserves. Rubato, parlando [2:20]
14) 3. “il pleut dans mon coeur…”. Allegretto malinconico [1:30]
15) 5. Tranquillo [2:04]
16) 6. Székely nóta. Poco rubato [3:08]
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
17) Circus Polka for a Young Elephant [3:55]
Virgil Thomson (1896 – 1989)
18) Ragtime Bass in C sharp [1:41]
Isaac Albéniz (1860 – 1909)
19) Tango, Op.165, No.2 [2:46]

Andor Foldes, piano

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Andor Foldes, esse tocava!
Andor Foldes, esse tocava!

PQP

Isaac Albéniz (1860-1909): Iberia Suite / Piano Concerto “Concierto Fantástico” / Navarra / Catalonia

Isaac Albéniz (1860-1909): Iberia Suite / Piano Concerto “Concierto Fantástico” / Navarra / Catalonia


Mais um bonito CD de Albéniz, este centrado na Suíte Ibéria. Iberia é um dos maiores ciclos de obras já escritas para o piano e é difícil imaginar que estas peças tão pianísticas possam funcionar igualmente em arranjos orquestrais. Mas foi o próprio Albéniz que iniciou o processo, tendo seu amigo Enrique Arbós terminado as seis peças transpostas. A atmosfera é outra, talvez piorada, mas ainda assim muito atraente. O resto do CD também á boníssimo e o regente Enrique Bátiz — que também andou gravando bastante Villa-Lobos — é de primeiríssima linha.

Isaac Albéniz (1860-1909): Iberia Suite /
Piano Concerto “Concierto Fantástico” / Navarra / Catalonia

1. Iberia Suite: Evocación 5:37
2. Iberia Suite: El corpus en Sevilla 8:45
3. Iberia Suite: Triana 4:35
4. Iberia Suite: El puerto 4:26
5. Iberia Suite: El albaicin 6:46
Enrique Bátiz
London Symphony Orchestra

6. Navarra: completed de Severac 4:24
Enrique Bátiz
London Symphony Orchestra

7. Piano Concerto No. 1, Op. 78: I. Allegro ma non troppo 11:40
8. Piano Concerto No. 1, Op. 78: II. Andante – Presto 6:32
9. Piano Concerto No. 1, Op. 78: III. Allegro 6:21
Aldo Ciccolini, piano
Royal Philharmonic Orchestra
Enrique Bátiz

10. Suite Populaire: Catalonia 5:23
Mexico City Philharmonic Orchestra
Enrique Bátiz

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Enrique Bátiz; excelente regente
Enrique Bátiz; excelente regente

PQP

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 26, 52, 53 e de 82 a 92 (5 CDs – Sigiswald Kuijken)

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 26, 52, 53 e de 82 a 92 (5 CDs – Sigiswald Kuijken)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

A série de livros “Manual do Blefador” (Ediouro) dá dicas a pessoas que não querem passar vergonha entre entendidos. Você chega num grupo intelectualizado e começa a externar generalidades brilhantes sobre vários assuntos. Mesmo sem saber do que se trata, sem ter lido, ouvido ou tido algum contato com o tema, você se torna subitamente um especialista. Há vários desses livrinhos: sobre música, vinhos, literatura, arte moderna, filosofia, teatro, etc. Eles são ótimos, engraçadíssimos, como demonstra este verbete sobre Haydn, retirado de “Manuel do Blefador: Música”:

Haydn.

O pai da sinfonia. Ao contrário do normal, ninguém soube quem foi sua mãe. Haydn decidiu que as sinfonias deviam ter princípio, meio e fim, além de primeiros movimentos que soma como aberturas nas sonatas, missas e trios. Beethoven, em seu estilo grosseiro, desconsiderou e estragou esse belo modelo convencional.

O sentimento geral é de que Haydn podia ser tão bom quanto Mozart se não tivesse sido tão incuravelmente feliz durante a vida. Esse espírito de contentamento insinuou-se por toda sua música e diluiu-se. As últimas sinfonias foram compostas em Londres para ganhar dinheiro vivo, e a sombra do contrato que pairava sobre ele acrescentou-lhe aquela pitadinha de desgraça que tanto lhe faltara antes. Talvez somente um homem verdadeiramente sem coração poderia ter composto algo tão assombrosamente feliz quanto o final da Sinfonia Nº 88.

Existem muitas e muitas sinfonias que praticamente não são tocadas e que você pode considerar suas favoritas, mas o excelente comentário sobre Haydn é afirmar que o melhor de suas músicas foram as missas — e não haverá necessidade de falar sobre isso.

Peter Gammond — Manual do Blefador: Música

Sigiswald Kuijken faz uma careta especial para o povo pequepiano | Imagem roubada do Facebook do grande violinista e maestro brasileiro Luis Otavio Santos
Sigiswald Kuijken faz uma careta especial para o povo pequepiano | Imagem roubada do Facebook do grande violinista e maestro brasileiro Luis Otavio Santos

Elegância, equilíbrio, senso de estilo, alegria, linda sonoridade, todos os elogios valem para esta coleção de sinfonias de Haydn. Quem aprecia este imenso compositor do classicismo ficará muito feliz em ouvir Sigiswald Kuijken dirigindo dois esplêndidos grupos: a Orchestra of the Age of Enlightenment e, pois creio que seja, a sua La Petite Bande.

Haydn, ao lado de Mozart, personifica o classicismo vienense. Para quem não sabe, compôs mais de 100 delas, além de mais de 60 quartetos de cordas e dezenas de criações em diversos gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. Ele é chamado o “Pai da Sinfonia”, mas pode também ser chamado de “Pai do Quarteto de Cordas”, gênero inventado por ele. Mozart chamava-o de “Papai Haydn”.

O musicólogo Charles Rosen escreveu:

Não há uma passagem, mesmo a mais séria, dessas grandes obras que não seja marcada pelo humor de Haydn, e seu humor cresce de forma tão poderosa e tão eficiente que se torna uma espécie de paixão, uma força ao mesmo tempo onívora e criativa.

Franz Josef Haydn (1732-1809)
Franz Josef Haydn (1732-1809)

Haydn: Sinfonias Nº 26, 52, 53 e de 82 a 92

CD 1
Symphony No. 26 in D minor (‘Lamentatione’), H. 1/26
1. I. Allegro con spirito
2. II. Adagio
3. III. Menuet & trio
Symphony No. 52 in C minor, H. 1/52
4. I. Allegro con brio
5. II. Andante
6. III. Menuetto (Allegro) & trio
7. IV. Finale: Presto
Symphony No. 53 in D major (‘L’Impériale’/’Festino’), H. 1/53
8. I. Largo maestoso – Vivace
9. II. Andante
10. III. Menuetto & trio
11. IV. Finale: Capriccio – Moderato

CD 2
Symphony No. 82 in C major (‘The Bear’), H. 1/82
1. I. Vivace assai
2. II. Allegretto
3. III. Menuet – Trio
4. IV. Finale: Vivace
Symphony No. 83 in G minor (‘The Hen’), H. 1/83
5. I. Allegro spiritoso
6. II. Andante
7. III. Menuet: Allegretto – Trio
8. IV. Finale: Vivace
Symphony No. 84 in E flat major (‘In Nomine Domini’), H. 1/84
9. I. Largo – Allegro
10. II. Andante
11. III. Menuet: Allegretto – Trio
12. IV. Finale: Vivace

CD 3
Symphony No. 85 in B flat major (‘La Reine’), H. 1/85
1. I. Adagio – Vivace
2. II. Romance: Allegretto
3. III. Menuetto: Allegretto – Trio
4. IV. Finale: Presto
Symphony No. 86 in D major, H. 1/86
5. I. Adagio – Allegro spiritoso
6. II. Capriccio: Largo
7. III. Menuet: Allegretto – Trio
8. IV. Finale: Allegro con spirito
Symphony No. 87 in A major, H. 1/87
9. I. Vivace
10. II. Adagio
11. III. Menuet – Trio
12. IV. Finale: Vivace

CD 4
Symphony No. 88 in G major (‘Letter V’), H. 1/88
1. I. Adagio – Allegro
2. II. Largo
3. III. Allegretto
4. IV. Allegro con spirito
Symphony No. 89 in F major (‘Letter W’), H. 1/89
5. I. Vivace
6. II. Andante con moto
7. III. Menuet
8. IV. Vivace assai
Symphony No. 92 in G major (‘Oxford’/’Letter Q’), H. 1/92
9. I. Adagio – Allegro spiritoso
10. II. Adagio
11. III. Allegretto
12. IV. Presto

CD 5
Symphony No. 90 in C major (‘Letter R’), H. 1/90
1. I. Adagio – Allegro assai
2. II. Andante
3. III. Menuet
4. IV. Allegro assai
Symphony No. 91 in E flat major (‘Letter T’), H. 1/91
5. I. Largo – Allegro assai
6. II. Andante
7. III. Menuet
8. IV. Vivace

Orchestra of the Age of Enlightenment
La Petite Bande
Sigiswald Kuijken

Total playing time: 348:38
Recorded 1988-91 | Released 2002

Recording:
1988-91, Haarlem, The Netherlands | London

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Sigiswald Kuijken: um esplêndido trabalho em Haydn
Sigiswald Kuijken: um esplêndido trabalho em Haydn

PQP

Arvo Pärt (1935): Orient & Occident

Arvo Pärt (1935): Orient & Occident

– Repost de 20 de Dezembro de 2015 –

Oriente e Ocidente. O que há de comum e diferente entre esses polos de civilização do mundo moderno? Hoje os historiadores repensam bastante a sinuosa relação entre o mundo ocidental e o mundo oriental ao longo da história. Por exemplo, hoje se pensa bastante sobre como que os povos que viriam a fundar o que foram os gregos clássicos vieram do oriente, e como que em alguns aspectos, como, por exemplo, na alimentação, os gregos são mais próximos dos povos do oriente médio e oriente próximo do que de outros povos europeus, digamos os franceses.

Podemos pensar essa longa relação por muitos âmbitos. Mas, como vocês leitores já podem prever, vamos pensar no âmbito musical. Herdamos dos árabes alguns instrumentos musicais ancestrais dos nossos modernos violinos, violões e flautas. Deles recebemos também o canto plano e uniforme, que viria a se tornar o conhecido cantochão (ou canto gregoriano) durante a idade média, justamente no Império Bizantino, que durante a Idade Média foi a ponte entre o oriente e o ocidente. Não é a toa que o cantochão viria a ser chamado de canto gregoriano, pois foi o Papa Gregório I, no século VI, que estabeleceu tal tipo de canto como a música padrão. Na teoria por motivos religiosos, mas na prática por motivos políticos.

Os árabes possuem uma “cor” em sua cultura que podemos identificar na arte que eles produzem. Essa “cor”, obviamente, difere da nossa. Se eu fosse pensar como um estruturalista eu conseguiria definir essa cor em um par de oposição. Por exemplo, se o ocidente fosse azul, o oriente seria vermelho. Se o ocidente fosse branco o oriente seria preto. Entre outras oposições possíveis de cores. Esse ethos (pensando esse conceito de forma sociológica) que por um exercício de imaginação pode ser imaginado como uma cor (como eu fiz aqui) pode ser identificado no tipo de música dos árabes, e não só no canto, mas, também, nas cordas.

O cantochão, como já sabemos, foi utilizado com maestria por Arvo Pärt. Nas cordas percebemos um pouco desse ethos (ou “cor”) árabe anteriormente, mas com a música Orient & Occident presente neste álbum, tudo fica mais claro. Arvo Pärt usa o efeito chamado de “Maqam árabe” nas cordas, e contrapõe com os vibratos dramáticos que os compositores ocidentais davam às cordas no ocidente (principalmente durante o romantismo, diga-se de passagem). Ou seja, ele faz uma brincadeira estruturalista, e contrapõe o estilo ocidental com o oriental, numa bela dança; podemos ir de um continente ao outro, de uma cultura à outra, em poucas notas. Se deixarem sua imaginação os levarem, vocês poderão viajar das salas de concerto do século XIX tipicamente italianas ou alemãs com centenas daqueles homens brancos caucasianos suando nas roupas formais; para as mesquitas escuras, mas coloridas, inundadas de fumaça provinda dos narguilés das ruas inundadas de homens barbudos e taciturnos.

Orient & Occident é a “pantera cor de rosa” do álbum. Mas as outras também são jóias valiosíssimas.

Em Como Cierva Sendieta, ainda podemos sentir um pouco da orientalidade, mas de forma muito mais sutil, digamos que de uma forma bizantina, ou andaluzina (lembrando que os árabes ocuparam a península ibérica do século VIII ao XII).  É a obra mais longa do álbum, e é também a obra que o finaliza. Temos também Ein Wallfahrtslied (ou Canção do Peregrino), aqui não em um arranjo para barítono solo como havíamos escutado anteriormente, mas para coro misto. É a obra que abre o álbum.

Aproveitem.

Arvo Pärt (1935): Ein Wallfahrtslied, Orient & Occident, Como Cierva Sendieta

01 Ein Wallfahrtslied – Pilgrim’s Song

Swedish Radio Symphony Orchestra
Swedish Radio Symphony Choir
Tõnu Kaljuste, regente

02 Orient & Occident

Swedish Radio Symphony Orchestra
Tõnu Kaljuste, regente

03 Como Cierva Sendieta I
04 Como Cierva Sendieta II
05 Como Cierva Sendieta III
06 Como Cierva Sendieta IV
07 Como Cierva Sendieta V

Swedish Radio Symphony Orchestra
Swedish Radio Symphony Choir
Tõnu Kaljuste, regente
Helena Olsson, soprano

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Meio aqui, meio lá...
Meio aqui, meio lá…

Luke

Steve Reich (1936) — 80 anos: Phases: A Nonesuch Retrospective (5 CDs)

Steve Reich (1936) — 80 anos: Phases: A Nonesuch Retrospective (5 CDs)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Steve Reich completou 80 anos no último dia 3 de outubro. Ele é o mais embasbacante e interessante dos minimalistas. É música para ser ouvida com grande atenção, pois as aparentes repetições contém variações que ocorrem a cada momento, criando climas inesperados. Com a cabeça quase sempre tapada por um boné e agora com oito décadas de vida, Reich vai montando uma obra que dialoga com o popular (Tehillim, por exemplo) e com a política (Different Trains).

Eu, PQP, amo sua música.

Steve Reich nasceu em Nova Iorque, a 3 de Outubro de 1936. Diplomou-se primeiro em Filosofia na Cornell University em 1957. Depois, foi estudar composição na Juilliard School of Music e trabalhou com Luciano Berio e Darius Milhaud.

Tornou-se na década de 60 uma das mais proeminentes figuras do Minimalismo. No final dos anos sessenta e início dos setenta aplicou técnicas de música gravada à composição acústica. Nos anos 70, uma viagem a África abriu-lhe novos horizontes na área da percussão. A peça Drumming deu origem ao seu grupo Steve Reich and Musicians. Em 1974 escreveu a obra-prima Music for 18 Musicians, considerada uma revolução na música. Aquele vinil da ECM do início dos anos 80 jamais será esquecido!

Nos anos 80, a obra de Reich tomou novas direções ao procurar temas políticos e religiosos. A década seguinte trouxe obras de grande envergadura sobre as origens das religiões cristã, judaica e islâmica, bem como sobre outros problemas e conflitos das sociedades modernas. Nesse período foi nomeado membro da Academia Americana das Artes e Letras e da Academia de Belas Artes da Baviera, e recebeu a Comenda da Ordem das Artes e Letras de França.

Em 2000 recebeu o Prémio Schuman da Columbia University, Montgomery Fellowship do Dartmouth College, Regent’s Lectureship na University of California at Berkeley, um doutoramento honorário do California Institute of the Arts e foi nomeado Compositor do Ano pela revista Musical America. Em 2007 recebeu o Polar Prize da Academia Real Sueca de Música, e em 2009 o Prémio Pulitzer em Música pela composição Double Sextet. 

Music For 18 Musicians
1-1 Pulses 5:26
1-2 Section I 3:58
1-3 Section II 5:13
1-4 Section IIIA 3:55
1-5 Section IIIB 3:46
1-6 Section IV 6:37
1-7 Section V 6:49
1-8 Section VI 4:54
1-9 Section VII 4:19
1-10 Section VIII 3:35
1-11 Section IX 5:24
1-12 Section X 1:51
1-13 Section XI 5:44
1-14 Pulses 6:11

Different Trains
2-1 America – Before The War 8:59
2-2 Europe – During The War 7:31
2-3 After The War 10:21

Tehillim
2-4 Part I: Fast 11:45
2-5 Part II: Fast 5:54
2-6 Part III: Slow 6:19
2-7 Part IV: Fast 6:24

2-8 Eight Lines 17:29

You Are (Variations)
3-1 You Are Wherever Your Thoughts Are 13:14
3-2 Shiviti Hashem L’negdi (I Place The Eternal Before Me) 4:15
3-3 Explanations Come To An End Somewhere 5:24
3-4 Ehmor M’aht, V’ahsay Harbay (Say Little And Do Much) 4:04

New York Counterpoint
3-5 Fast 5:03
3-6 Slow 2:44
3-7 Fast 3:32

3-8 Cello Counterpoint 11:36

Electric Counterpoint
3-9 Fast 6:51
3-10 Slow 3:22
3-11 Fast 4:30

Triple Quartet
3-12 First Movement 7:10
3-13 Second Movement 4:05
3-14 Third Movement 3:28

4-1 Come Out 12:48

4-2 Proverb 14:04

The Desert Music
4-3 First Movement (Fast) 7:54
4-4 Second Movement (Moderate) 6:59
4-5 Third Movement, Part One (Slow) 7:00
4-6 Third Movement, Part Two (Moderate) 5:54
4-7 Third Movement, Part Three (Slow) 5:55
4-8 Fourth Movement (Moderate) 3:35
4-9 Fifth Movement (Fast) 10:48

5-1 Music For Mallet Instruments, Voices, And Organ 16:50

Drumming
5-2 Part I 17:30
5-3 Part II 18:11
5-4 Part III 11:13
5-5 Part IV 9:50

Eu tô quase sempre de boné
Eu tô quase sempre de boné

Credits
Alto Vocals – Alice Murray (tracks: 3-1 to 3-4), Amy Fogerson (tracks: 3-1 to 3-4), Jay Clayton (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5), Kim Switzer (tracks: 3-1 to 3-4), Nancy Sulahian (tracks: 3-1 to 3-4), Sarona Farrell (tracks: 3-1 to 3-4), Tracy Van Fleet (tracks: 3-1 to 3-4)
Bass – Donald Palma (tracks: 4-3 to 4-9), Oscar Hildago* (tracks: 3-1 to 3-4)
Cello – Delores Bing (tracks: 3-1 to 3-4), Greg Passelink* (tracks: 2-8), Jeanne LeBlanc (tracks: 1-1 to 1-14), Jennifer Culp (tracks: 3-12 to 3-14), Joan Jeanrenaud (tracks: 2-1 to 2-3), Mark Stewart (4) (tracks: 2-8), Maurice Grant* (tracks: 3-1 to 3-4), Maya Beiser (tracks: 3-8), Roger LeBow (tracks: 3-1 to 3-4), Sharon Prater (tracks: 4-3 to 4-9)
Clarinet – Evan Ziporyn (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 3-5 to 3-7), Helen Goode-Castro (tracks: 3-1 to 3-4), James Faschia (tracks: 3-1 to 3-4), Larry Hughes (tracks: 3-1 to 3-4), Leslie Scott (tracks: 1-1 to 1-14), Michael Lowenstern (tracks: 2-8)
Flute – Geri Ratella* (tracks: 3-1 to 3-4), Sara Weisz (tracks: 3-1 to 3-4)
Guitar – Pat Metheny (tracks: 3-9 to 3-11)
Maracas, Marimba, Glockenspiel – Thad Wheeler (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)
Maracas, Piano – Philip Bush (tracks: 1-1 to 1-14)
Marimba – John Magnussen (tracks: 3-1 to 3-4), Mike Englander (tracks: 3-1 to 3-4), Tom Raney (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Wade Culbreath (tracks: 3-1 to 3-4)
Marimba, Glockenspiel – Ben Harms (tracks: 5-2 to 5-5), Gary Schall (tracks: 5-2 to 5-5), Glen Velez (tracks: 5-2 to 5-5)
Marimba, Piano, Xylophone, Glockenspiel – Garry Kvistad (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1)
Marimba, Xylophone, Vibraphone – Russell Hartenberger* (tracks: 1-1 to 1-14, 4-2, 5-1 to 5-5)
Mezzo-soprano Vocals – Ananda Goud (tracks: 2-4 to 2-7), Yvonne Benschop (tracks: 2-4 to 2-7)
Oboe – Joan Elardo (tracks: 3-1 to 3-4), Joel Timm (tracks: 3-1 to 3-4)
Piano – Brian Pezzone* (tracks: 3-1 to 3-4), Gloria Cheng (tracks: 3-1 to 3-4), Jay Clayton (tracks: 1-1 to 1-14), Lisa Edwards (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Vicki Ray (tracks: 3-1 to 3-4)
Piano, Marimba – Steve Reich (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)
Piano, Organ [Electric] – Edmund Niemann (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 4-2), Nurit Tilles (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 4-2, 5-1)
Piccolo Flute – Mort Silver (tracks: 5-2 to 5-5)
Piccolo Flute, Flute – David Fedele (tracks: 2-8), Patti Monson (tracks: 2-8)
Soprano Vocals – Allison Zelles (tracks: 4-2), Andrea Fullington (tracks: 4-2), Barbara Borden (tracks: 2-4 to 2-7), Cheryl Bensman Rowe (tracks: 1-1 to 1-14, 4-3 to 4-9), Claire Fedoruk (tracks: 3-1 to 3-4), Emily Lin (tracks: 3-1 to 3-4), Marie Hodgson (tracks: 3-1 to 3-4), Marion Beckenstein (tracks: 1-1 to 1-14), Phoebe Alexander (tracks: 3-1 to 3-4), Rachelle Fox (tracks: 3-1 to 3-4), Rebecca Armstrong (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1), Sonja Rasmussen (tracks: 4-2), Tania Batson (tracks: 3-1 to 3-4), Tannie Willemstijn (tracks: 2-4 to 2-7)
Tenor Vocals – Alan Bennett (3) (tracks: 4-2), Fletcher Sheridan (tracks: 3-1 to 3-4), Joseph Golightly* (tracks: 3-1 to 3-4), Kevin St.Clair (tracks: 3-1 to 3-4), Pablo Cora (tracks: 3-1 to 3-4), Paul Elliott (tracks: 4-2), Sean McDermott (tracks: 3-1 to 3-4), Shawn Kirchner (tracks: 3-1 to 3-4)
Viola – Darren McCann* (tracks: 3-1 to 3-4), Francesca Martin (tracks: 4-3 to 4-9), Hank Dutt (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Catherine Reddish* (tracks: 3-1 to 3-4), Martha Mook* (tracks: 2-8), Ron Lawrence (tracks: 2-8), Victoria Miskolcsky* (tracks: 3-1 to 3-4)
Violin – David Harrington (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Deborah Redding (tracks: 4-3 to 4-9), Elizabeth Knowles (tracks: 2-8), Elizabeth Lim (tracks: 1-1 to 1-14), Gregor Kitzis (tracks: 2-8), Jacqueline Carrasco (tracks: 2-8), John Sherba (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Julie Rogers (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Ralph Morrison (tracks: 3-1 to 3-4), Samuel Fischer (tracks: 3-1 to 3-4), Steve Scharf (tracks: 3-1 to 3-4), Susan Reddish (tracks: 3-1 to 3-4), Tamara Hatwan (tracks: 3-1 to 3-4), Todd Reynolds (tracks: 2-8)
Voice [Long Tones] – Pamela Wood Ambush (tracks: 5-1 to 5-5)
Xylophone, Marimba – Tim Ferchen* (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1)
Xylophone, Marimba, Vibraphone – Bob Becker (tracks: 1-1 to 1-14, 4-2, 5-1 to 5-5)
Xylophone, Piano, Vibraphone – James Preiss (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)

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Eu bato em tudo o que vejo
E bato em tudo o que vejo

PQP

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances / Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine (Rattle)

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances / Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine (Rattle)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em termos de qualidade, creio que a trindade do minimalismo estadunidense seja formada por Reich, Riley e Adams. John Adams é daqueles caras que os críticos ouviram e logo disseram que ia desaparecer assim como chegou. Nada disso, muito pelo contrário. Adams já é figurinha comum no repertório das orquestras e, por exemplo, sua ópera Nixon in China tem sido repetidamente montada. Este disco — com luxuosa regência de Simon Rattle — mostra um repertório exuberante e dá ideia do tamanho de Adams.

(É claro que vocês sabem que Rattle pediu demissão da Filarmônica de Berlim, não? Fez bem. A liberdade de repertório que ele tinha na CBSO era o ar de que se alimentava. Esperamos que Rattle volte com outra orquestra e com tudo, novamente!).

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances
/ Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine

1. Harmonielehre: Part I 17:29
2. Harmonielehre: Part II – The Anfortas Wound 12:26
3. Harmonielehre: Part III – Meister Eckhardt and Quackie 10:34

4. The Chairman Dances – Foxtrot for orchestra 12:47

Two Fanfares:

5. Tromba lontana 4:07

6. Short Ride in a Fast Machine – Fanfare for orchestra 4:24

City Of Birmingham Symphony Orchestra
Sir Simon Rattle

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Adams: um dia vocês vão ouvir falar MUITO nele
Adams: um dia vocês vão ouvir falar MUITO nele

PQP

A música do tempo dos “Castrati”

A música do tempo dos “Castrati”

amyikes1_loisinorUma bela coletânea de árias originalmente escritas para castrati. As gravações não são muito novas e envolvem vários contratenores e orquestras. Se há alguém vindo de Marte frequentando nosso blog, explicamos: Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde a das vozes femininas, seja de soprano, mezzo-soprano, ou contralto. Esta faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada “mudança de voz” não ocorre. A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a corrente sanguínea das hormônios sexuais produzidas pelos testículos, as quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem. O termo castrato designa não só o cantor mas também o próprio registro da sua voz.

A música do tempo dos “Castrati”

Christoph Willibald Gluck
Orfeo ed Euridice (Italian version), opera in 3 acts, Wq. 30
1 Act 2. Scene 2. “Les Champs-Elysées (symphonie descriptive-danse-arioso) 6:21

Antonio Vivaldi
Montezuma, opera in 3 acts, RV 723
2 Act 3. Scene 10. Aria. “Dov’è la figlia” 6:02

Gregorio Allegri
3 De ore prudentis, motet for 3 voices & continuo 1:54

Antonio Vivaldi
4 Dixit Dominus (Psalm 109), for 4 voices, double chorus, 2 trumpets, 2 oboes, solo strings, strings & continuo D major, RV 594 2:17

Marc-Antoine Charpentier
5 Salve Regina à trois voix pareilles, motet for 3 voices & continuo, H. 23 8:16

Christoph Willibald Gluck
Orfeo ed Euridice (Italian version), opera in 3 acts, Wq. 30
6 Act 3. Scene 1. “Che faró senza Euridice?” 3:28

Antonio Vivaldi
Montezuma, opera in 3 acts, RV 723
7 Act 1. Scene 2. Aria. “Gl’oltraggidella sorte” 3:30

Gregorio Allegri
8 Repleti sunt omnes, motet for 3 voices & continuo 1:41

Antonio Vivaldi
Nisi Dominus (Psalm 126), for 3 voices, viola d’amore, chalumeau, violin, strings & continuo in A major, RV 803
9 Sicut erat-Amen 2:47

Riccardo Broschi
10 Son Qual Nave ch’agitata 8:09

James Bowman
Ewa Malas-Godlewska
Derek Lee Ragin
Gerard Lesne
John Elves
Josep Cabre
Dominique Visse
La Grande Ecurie et la Chambre du Roy
Ensemble a Sei Voci
Le Concert des Nations
Les Talens Lyriques
Jean-Claude Malgoire
Bernard Fabre-Garrus
Christophe Rousset

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

James Bowman: "Nenhum cantor sofreu maus tratos durante as gravações".
James Bowman e PQP Bach asseveram que “Nenhum cantor sofreu maus tratos durante as gravações”.

PQP

Louis Marchand (1669-1732), Jacques Duphly (1715-1789), Armand-Louis Couperin (1727-1789), Claude-Bénigne Balbastre (1727-1799), Michel Corrette (1709-1795), Joseph Nicolas Pancrace Royer (1705-1755): A French Collection

Louis Marchand (1669-1732), Jacques Duphly (1715-1789), Armand-Louis Couperin (1727-1789), Claude-Bénigne Balbastre (1727-1799), Michel Corrette (1709-1795), Joseph Nicolas Pancrace Royer (1705-1755): A French Collection

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Eu recomendo fortemente este grande CD de Skip Sempé. É complicado pedir coesão numa coletânea, a gente apenas pede que as músicas sejam boas e que combinem entre si, sem chocar, por exemplo, meus ouvidos que hoje foram apresentados a Lady Gaga e que por isso estão em estado de choque. O inesperado aqui é a notável qualidade das peças. Sempre uso de indulgência para com os franceses, mas na época barroca esta não é necessária. Caramba, os caras faziam grande música! Como todo bom recital, Sempé — o espetacular Sempé — finaliza o disco com uma obra capaz de fazer o mais sonolento dos ouvintes acordar e, ao final, saltar da cadeira como se tivesse uma mola na bunda para aplaudir em pé.

Skip Sempé: A French Collection

1. Louis Marchand : Prélude 2:37
2. Jacques Duphly : La de Belombre (Vivement) 2:33
3. Jacques Duphly : Les Grâces (Tendrement) 5:05
4. Jacques Duphly : La Félix (Noblement) 3:06
5. Jacques Duphly : Rondeau (Tendre) 2:31
6. Louis Marchand : Chaconne 3:53
7. Armand-Louis Couperin : L’Intrépide, Rondeau (Marqué) 2:17
8. Jacques Duphly : La Forqueray, Rondeau 5:15
9. Claude-Bénigne Balbastre : La Lugéac, Giga (Allegro) 1:54
10. Jacques Duphly : Chaconne 6:26
11. Michel Corrette : Les Etoiles (Légèrement et Modérément) 2:24
12. Claude-Bénigne Balbastre : La Suzanne (Noblement et Animé / Gracieusement) 3:37
13. Joseph Nicolas Pancrace Royer : Allemande 3:37
14. Claude-Bénigne Balbastre : La d’Héricourt (Noblement, sans lenteur) 3:01
15. Claude-Bénigne Balbastre : La de Caze, Ouverture (Fièrement et Marqué) 3:26
16. Jacques Duphly : La Pothoüin, Rondeau (Modérément) 4:44
17. Joseph Nicolas Pancrace Royer : La Marche des Scythes (Fièrement) 5:37

Skip Sempé, cravo
(after 18th century French models by Bruce Kennedy [1985])

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Skip Sempé preparando-se para estudar
Skip Sempé preparando-se para estudar.

PQP

.: interlúdio – 3x Coltrane :.

.: interlúdio – 3x Coltrane :.
Coltrane recebendo prêmio de melhor álbum de jazz do ano (Giant Steps) no Concertgebouw de Amsterdam

Podem acusar este cão de pouco original. Mas lá vou eu me debater outra vez com uma sensação frequente ao ouvir Coltrane: a de que não posso ouvir outro disco de jazz até escutar, com toda a atenção do mundo, tudo o que ele gravou. Acontece só com ele. Outros artistas (mesmo Miles ou Mingus) são mais generosos e permitem idas e vindas, misturas entre sessões, são até mesmo respiros em playlists. Coltrane, ao contrário, tem um magnetismo que abraça e encerra o ouvinte. Talvez porque, ao contrário de Miles ou Mingus, Trane pareça limitado. Ainda que tenha andado por muitos caminhos em sua carreira, nele há mais unidade. É um universo que soa menor, e disso alcança vastidão tão grande como aqueles com quem o comparo.

Ou ainda, esse texto mostra bem como me sinto escutando alguns de seus solos: girando fascinado à procura de um sentido que parece superior, e que só pode ser compreendido com mais e mais audições, e atenções, e dedicação. Junto com os saxofonistas tenores Coleman Hawkins, Lester Young e Sonny Rollins, Coltrane mudou as perspectivas de seu instrumento. Coltrane recebeu uma citação especial do Prêmio Pulitzer em 2007, por sua “improvisação, musicalidade suprema e por ser um dos ícones centrais na história do jazz.”

(Além disso, não temos a discografia completa de Coltrane no PQP. Adiciono três capítulos, em 320kbps. Se for pegar um só, escolha Crescent. Claro que Giant Steps é ícone do jazz modal e tudo o mais, porém o encanto de Crescent está exatamente no inverso disso. São quatro baladas e um blues, de encantos simples e arrebatadores.)

John Coltrane – Giant Steps (1960; 1974 edition)
download – 138MB

John Coltrane: tenor saxophone, band leader
Paul Chambers: double bass
Art Taylor: drums
Tommy Flanagan: piano
Jimmy Cobb: drums (track 6)
Wynton Kelly: piano (track 6)
Lex Humphries: drums (tracks 8/9)
Cedar Walton: piano (tracks 8/9)
Produzido por Nesuhi Ertegun para a Atlantic

01 Giant Steps 4’43
02 Cousin Mary 5’45
03 Countdown 2’21
04 Spiral 5’56
05 Syeeda’s Song Flute 7′
06 Naima 4’21
07 Mr. P.C. 6’57
08 Giant Steps [alt take] 3’40
09 Naima [alt take] 4’27
10.Cousin Mary [alt take] 5’54
11.Countdown [alt take] 4’33
12 Syeeda’s Song Flute [alt take] 7’02

John Coltrane – Coltrane’s Sound (gravado em 1960; lançado em 1964)
download – 114MB

John Coltrane: sax soprano, sax tenor
Steve Davis: Bass
Elvin Jones: Drums
McCoy Tyner: Piano
Produzido por Nesuhi Ertegun para a Atlantic

01 The Night Has a Thousand Eyes 6’42
02 Central Park West 4’12
03 Liberia 6’49
04 Body and Soul 5’35
05 Equinox 8’33
06 Satellite 5’49
07 26-2 6’12
08 Body and Soul [alt take] 5’57

John Coltrane – Crescent (1964)
download – 84MB

John Coltrane: tenor saxophone
Jimmy Garrison: double bass
Elvin Jones: drums
McCoy Tyner: piano
Produzido por Bob Thiele para a Impulse!

01 Crescent 8’41
02 Wise One 9’00
03 Bessie’s Blues 3’22
04 Lonnie’s Lament 11’45
05 The Drum Thing 7’22

Boa audição!

1000x Coltrane
1000x Coltrane

Blue Dog

G. F. Handel (1685-1759): O Messias (Pinnock)

G. F. Handel (1685-1759): O Messias (Pinnock)

IM-PER-DÍ-VEL !!! (Mas esta versão aqui é ainda melhor).

Depois de muito ouvir e pensar cheguei à conclusão de que esta gravação de Pinnock é DO CARALHO. Solistas, coro, orquestra, não há do que reclamar. E parece que todos estão felizes, é simplesmente maravilhoso. E o pior é que um de vocês, meus amigos, foi quem mandou esta jóia para meu e-mail. E, bem, EU NÃO LEMBRO QUEM FOI! Mas agradeço muito. Vocês todos também agradecerão depois de baixá-lo.

O que estão esperando?

O Messias é o oratório mais popular de Handel. É grande número dos corais que atacam, confiantes e sorridentes, o coral Hallelujah. Eles estão certos, não serei eu que irei criticá-los. Só que esta peça está longe de figurar entre o que há de melhor neste oratório cheio de lirismo e de um melodismo raro, riquíssimo. É difícil de se encontrar árias mais inspiradas do que He shall feed His flock, Ev`ry valley shall be exalted, Why do the nations?, corais como For unto us a child is born, And the glory of the Lord, And He shall purify, além da ária-coral O thou thet tellest good tidings to Zion. Handel era genial e aqui tem seu ponto mais alto. A popularidade de O Messias é merecida.

O Messias normalmente ouvido por nós, principalmente no célebre Hallelujah, está bem longe daquilo que foi planejado originalmente por Handel. Pode parecer surpreendente a muitos o fato de que Handel, enquanto compunha o Oratório, lutava contra problemas administrativos que o levaram a utilizar um grupo pequeno de músicos, pela simples razão de que não os havia na Dublin de 1742 e de que era oneroso buscá-los em outras cidades. Handel dispunha apenas de 16 cantores-solistas e uma orquestra mínima e a estréia foi assim mesmo. No curso destes mais de 260 anos, o popular Messias foi executado de todas as formas imagináveis. Nas antigas gravações da obra e até hoje, são ouvidos enormes corais, oboés dobrando as vozes – não há oboés na versão original -, fagotes no baixo contínuo – fagotes, que fagotes? – etc., etc.

Nos anos 70, quando ouvi esta obra prima pela primeira vez, foi na mastodôntica versão de Karl Richter. Achei uma maravilha o que hoje acho estranho. Richter usou enorme coral e um potente conjunto instrumental, tudo muito pouco barroco. Só que a gravação era linda, avassaladora. Ouvia-se ali o precursor do Beethoven da 9ª Sinfonia. Só que os anos seguintes nos trouxeram as gravações em instrumentos originais, com as obras sendo executadas dentro da exata formação prescrita pelo compositor e muitas obras foram definhando em potência sonora para ganhar outros coloridos. A partir da década de 80, fomos nos acostumando a deixar o volume sonoro para compositores mais modernos e a fruir da delicadeza barroca. Não, não é proibido ouvir as velhas gravações que utilizam exércitos fortemente armados na interpretação deste oratório – e nem as novas que ainda fazem o mesmo! -, mas alguém com tendências puristas como eu, teve de acostumar-se ao uso de forças menores na interpretação do powerful Messiah. Hoje, parece a mim uma desonestidade ouvir uma obra interpretada dentro de uma concepção tão longínqua das intenções do compositor, ou seja, tão longe daquilo que Handel ouvia. Sei que estou em terreno perigoso e que há fóruns que estão discutindo isto há anos. Tudo começa com alguém perguntando “Mas, e se Handel dispusesse de um coral de 96 elementos e pudesse quadruplicar a orquestra, a música seria diferente?”. Tenho posições nestas questões, porém aqui a intenção é a de modestamente descrever e louvar um pouco de O Messias, esta delicada e poderosa obra de câmara…

É lendária velocidade com que Handel escrevia suas obras. Imaginem que os mais de 140 minutos deste oratório foram escritos em apenas 21 dias. É lendária a velocidade com que a obra tinha sido escrita, mas ao consultar meus alfarrábios descobri que ele sempre produzia assim. Porém, seus doze concerti grossi, opus 6, foram escritos em 24 dias, quando há pessoas que não conseguiriam sequer copiá-los neste período! Quando inspirado, o homem era rápido mesmo.

Mais curiosidades? Quando houve a elogiada e aplaudidíssima estréia em Dublin (em 13 de abril de 1742), Londres recebeu a obra com calculado distanciamento pela simples razão de que os londrinos não podiam ouvi-la. Ocorria que era proibido falar de coisas sagradas nos teatros e não se podia trazer profissionais dos teatros para cantarem numa igreja. Então o oratório, tal qual uma alma penada, caiu no limbo espírita. Só com alguns de atraso e bem velho, Handel pode ver seu oratório triunfar na capital.

Handel – O Messias

Disc: 1
1. Part 1. 1. Sinfony (Grave – Allegro moderato)
2. Part 1. 2. Accompagnato. Comfort ye my people
3. Part 1. 3. Air. Ev’ry valley shall be exalted
4. Part 1. 4. Chorus. And the glory of the Lord shall be revealed
5. Part 1. 5. Accompagnato. Thus saith the Lord of Hosts
6. Part 1. 6. Air. But who may abide the day of his coming
7. Part 1. 7. Chorus. And he shall purify
8. Part 1. 8. Recitative. Behold, a virgin shall conceive
9. Part 1. 9. Air. O thou that tellest good tidings
10. Part 1. 10. Accompagnato. For behold, darkness shall cover
11. Part 1. 11. Air. The people that walked in darkness
12. Part 1. 12. Chorus. For unto us a Child is born
13. Part 1. 13. Pifa (Pastoral Symphony)
14. Part 1. 14. Recitative. There were shepherds abiding in the field / Accompagnato. And lo, the angel
15. Part 1. 17. Chorus. Glory to God in the highest
16. Part 1. 18. Air. Rejoice greatly, O daughter of Zion
17. Part 1. 19. Recitative. Then shall the eyes of the blind
18. Part 1. 20. Air. He shall feed his flock
19. Part 1. 21. Chorus. His yoke is easy, his burthen is light
20. Part 2. 22. Chorus. Behold the Lamb of God
21. Part 2. 23. Air. He was despised

Disc: 2
1. Part 2. 24. Chorus. Surely he hath borne our griefs
2. Part 2. 25. Chorus. And with his stripes we are healed
3. Part 2. 26. Chorus. All we like sheep have gone astray
4. Part 2. 27. Accompagnato. All they that see him
5. Part 2. 28. Chorus. He trusted in God
6. Part 2. 29. Accompagnato. Thy rebuke hath broken his heart
7. Part 2. 30. Arioso. Behold, and see if there be any sorrow
8. Part 2. 31. Accompagnato. He was cut off out of the land
9. Part 2. 32. Air. But thou didst not leave his soul
10. Part 2. 33. Chorus. Lift up your heads, O ye gates
11. Part 2. 34. Recitative. Unto which of the angels
12. Part 2. 35. Chorus. Let all the angels of God worship him
13. Part 2. 36. Air. Thou art gone up on high
14. Part 2. 37. Chorus. The Lord gave the word
15. Part 2. 38. Air. How beautiful are the feet
16. Part 2. 39. Chorus. Their sound is gone out
17. Part 2. 40. Air. Why do the nations so furiously rage
18. Part 2. 42. Recitative. He that dwelleth in heaven
19. Part 2. 43. Air. Thou shalt break them
20. Part 2. 44. Chorus. Hallelujah
21. Part 3. 45. Air. I know that my Redeemer liveth
22. Part 3. 46. Chorus. Since by man came death
23. Part 3. 47. Recitative. Behold, I tell you a mystery
24. Part 3. 48. Air. The trumpet shall sound
25. Part 3. 49. Recitative. Then shall be brought to pass
26. Part 3. 50. Duet. O death, where is thy sting?
27. Part 3. 52. Air. If God be for us
28. Part 3. 53. Chorus. Worthy is the Lamb that was slain – Amen

Arleen Auger
Anne Sofie von Otter
Michael Chance
Howard Crook
John Tomlinson

Trevor Pinnock
The English Concert & Choir

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Na categoria e no grito.
Na categoria e no grito.

PQP