Mzilikazi Khumalo (1932): Five African songs / Peter Louis Van Dijk (1953): San Gloria and San Chronicle / Samuel Akpabot (1931-2000): Three Nigerian Dances

Mzilikazi Khumalo (1932): Five African songs / Peter Louis Van Dijk (1953): San Gloria and San Chronicle / Samuel Akpabot (1931-2000): Three Nigerian Dances

Eu nunca havia escutado obras eruditas de compositores africanos (na verdade eu nem conhecia compositores africanos e o único expoente das artes subsaarianas famoso no Brasil, Bengalelê Motumbo, não estudou música), até que uma boa oportunidade surgiu quando comprei esse CD.

Falando um pouco do repertório do disco: as Cinco canções africanas são canções folclóricas sul-africanas bem conhecidas naquele país e que foram arranjadas para coral por Khumalo, mas aqui elas aparecem no arranjo orquestral criado por Peter Van Dijk (diz-se “Van Déique”). São as duas obras desse holandês radicado na África do Sul que valem o download, principalmente o San Gloria, baseadas na música do povo San.

Agora, África do Sul, Holanda e Nigeria entram para o mapa do blog.

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Mzilikazi Khumalo (1932): Five African songs / Peter Louis Van Dijk (1953): San Gloria and San Chronicle / Samuel Akpabot (1931-2000): Three Nigerian Dances

Khumalo, Mzilikazi
5 African Songs (orch. Peter Louis Van Dijk)
1. Bantu Be – Afrika Hlanganani 00:03:13
2. Bawo Thixo Somandla 00:03:50
3. Sizongena Laph’emzini 00:04:32
4. Ingoma kaNstikana 00:04:28
5. Akhala Amaqhude Amabile 00:03:58

Van Dijk, Peter Louis
San Gloria
6. Gloria in excelsis Deo 00:02:28
7. Et in terra pax hominibus, bonae voluntatis 00:02:59
8. Laudamus te 00:02:38
9. Domine Deus, Agnus Dei – Quoniam tu solus sanctus 00:06:51

Akpabot, Samuel
3 Nigerian Dances
10. Allegro moderato 00:02:47
11. Andante cantabile 00:03:45
12. Allegretto 00:02:04

Van Dijk, Peter Louis
San Chronicle (for Chamber Orchestra)
13. San Chronicle 00:19:22

South African Broadcasting Corporation National Symphony Orchestra
South African Broadcasting Corporation Chamber Choir
Richard Cock

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James Stephen Mzilikazi Khumalo quando jovem (e barrigudinho)
James Stephen Mzilikazi Khumalo quando jovem (e barrigudinho)

CVL

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Por questões que não me cabe explicar aqui, esta é a Sinfonia de Mahler de que mais gosto. Procuro ouvir todas as versões desde o tempo do vinil… E não poderia deixar passar assim no mais a gravação de Boulez com um supertime. É um registro impecável, maravilhoso, com os solistas e a Wiener Philharmoniker dando um banho de competência. Merece ficar ao lado da versão de Bernstein.

Esta é a mais longa sinfonia de Mahler — tem seis movimentos e quase duas horas de duração. Aqui, o conceito de Mahler que previa a sinfonia como um mundo em si mesmo encontra sua expressão mais clara, em minha opinião. O tema principal do terceiro movimento é a natureza e o lugar do homem nela. A principal inspiração literária foi, como quase sempre, Das Knaben Wunderhorn e Nietzsche. Tal como na Ressurreição, a 3ª é uma sinfonia cantada a partir de determinado momento. O programa original funcionou assim: “The Joyful Knowledge: A Summer Morning’s Dream”. I. Pan Awakes: Summer Marches In; II. What the Meadow Flowers Tell Me; III. What the Creatures of the Forest Tell Me; IV. What Night Tells Me (Mankind); V. What the Bells Morning Tell Me (the Angels); VI. What Love Tells Me; e VII. The Heavenly Life (What the Child Tells Me). Depois, Mahler retirou o sétimo movimento e usou-o como núcleo da Quarta Sinfonia. Aos inexperientes, um conselho: ouçam em volume bem alto para ouvir tudo, OK?

Gustav Mahler: Symphony No.3 in D minor

1) 1. Kräftig. Entscheiden [33:34]
2) 2. Tempo di minuetto. Sehr mäßig [9:27]
3) 3. Comodo. Scherzando. Ohne Hast [16:38]

1) 4. Sehr langsam. Misterioso: “O Mensch! Gib acht!” ‘O Mensch! Gib acht’ [9:17]
2) 5. Lustig im Tempo und keck im Ausdruck: “Bimm Bamm. Es sungen drei Engel” [4:05]
3) 6. Langsam. Ruhevoll. Empfunden [22:22]

Anne Sofie von Otter
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez
Women Chorus of Singverein der Gesellschaft der Musikfreunde
Johannes Prinz
Wiener Sängerknaben
Gerald Wirth

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Boulez arredondando tudo.
Boulez arredondando tudo.

 

PQP

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1 para Violino

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1 para Violino

Sem o desejo de ofender nenhum pequepiano apaixonado, parece-me que o Concerto para Violino de Brahms da holandesa Janine Jansen encontra-se um degrau abaixo desta e desta gravações, só para dar dois exemplos modernos de registros feitos por violinistas mulheres. É claro que aqui nos encontramos em nível altíssimo de exigência, é claro que este CD é excelente, mas o que fazer? O Concerto de Brahms é uma das principais peças para o instrumento, é difícil — o grande Hans von Bülow exagerou um pouco ao descrevê-lo como sendo escrito “contra o violino” — e costumamos ouvir verdadeiras lendas interpretá-lo. Já no Concerto de Bartók, a moça dá um show de competência e senso de estilo. Não era para menos: com um pai cravista, uma mãe cantora lírica e um irmão cellista, ela só poderia dar boa mesmo.

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1

1 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 1. Allegro non troppo 22:13
2 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 2. Adagio 8:28
3 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 3. Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco più presto 8:02

4 Bartók: Violin Concerto No.1, Sz36 – 1. Andante sostenuto (Op.posth) 8:40
5 Bartók: Violin Concerto No.1, Sz36 – 2. Allegro giocoso (Op.posth) 11:46

Janine Jansen
Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia (Brahms)
London Symphony Orchestra (Bartók)
Antonio Pappano

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Janinie Jansen e seu Stradivari "Barrere" de 1727
Janine Jansen e seu Stradivari “Barrere”, de 1727, que usa dentro de um empréstimo de longa duração viabilizado pelo Elise Mathilde Fonds

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Piano Concertos nº 22, 23, 24, 25, 26 e 27 — CDs 8, 9 e 10 de 10 (Immerseel, Anima Eterna)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Piano Concertos nº 22, 23, 24, 25, 26 e 27 — CDs 8, 9 e 10 de 10 (Immerseel, Anima Eterna)

Conversando com o mano PQP dia desses por telefone, ele sugeriu que eu fizesse um pacotaço para liberar espaço no meu hd, e terminasse de postar a integral dos concertos de piano de Mozart com o Immerseel. Pois bem, aí estão os 3 cds que faltavam. E vamos partir para a próxima. Confesso, e creio que o mano PQP também concorda, é chato ficar postando estas integrais. Darei um tempo nestas loucuras. Vamos continuar, pois, com o feijão com arroz básico, que até pouco tempo atrás era a nossa especialidade.

Não preciso também comentar mais nada a respeito destes concertos aqui postados, afinal, são conhecidos do grande público, digamos assim. Então, aproveitem.

E não se fala mais nisso.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Piano Concertos nº 22, 23, 24, 25, 26 e 27 — CDs 8, 9 e 10 de 10 (Immerseel, Anima Eterna)

1. Concerto for Piano no 22 in E flat major, K 482: 1st movement, Allegro
2. Concerto for Piano no 22 in E flat major, K 482: 2nd movement, Andante
3. Concerto for Piano no 22 in E flat major, K 482: 3rd movement, Allegro

4. Concerto for Piano no 23 in A major, K 488: 1st movement, Allegro
5. Concerto for Piano n0 23 in A major, K. 488: 2nd movement, Adagio
6. Concerto for Piano n0 23 in A major, K. 488: 3rd movement, Presto

Disco 9

01 Clavier-Concerte 24 KV 491 I – Allegro Maestoso
02 Clavier-Concerte 24 KV 491 II – Larghetto
03 Clavier-Concerte 24 KV 491 III – Allegretto

04 Clavier-Concerte 25 KV 503 I – Allegro Maestoso
05 Clavier-Concerte 25 KV 503 II – Andante
06 Clavier-Concerte 25 KV 503 III – Allegretto

Disco 10

1. Clavier-Concerte 26 in D, K. 537: I. Allegro
2. Clavier-Concerte 26 in D, K. 537: II. Larghetto
3. Clavier-Concerte 26 in D, K. 537: III. Allegretto

4. Clavier-Concerte 27 in B Flat, K. 595: I. Allegro
5. Clavier-Concerte 27 in B Flat, K. 595: II. Larghetto
6. Clavier-Concerte 27 in B Flat, K. 595: III. Allegro

Jos van Immerseel – Pianoforte & Conductor
Conjunto Anima Eterna

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Sei lá, mas pra mim esse Immerseel tem cara de vegano.

FDP  (link revalidado por PQP)

Franz Schubert (1797-1827), Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Musik für Violine & Orchester – Kremer, LSO, Tchakarov

frontOutra preciosidade que precisava compartilhar com os senhores é este CD, também perdido no meio de minha bagunça, que creio que esteja fora do catálogo da Deutsche Grammophon, o que considero uma lástima, pois é magnífico.
Não, aqui não tem o famigerado e maravilhoso Concerto para Violino, op. 61, do Ludovico, mas para compensar tem uma raridade intitulada Konzertsatz für Violine und Kammerorchester, WoO 5, obra pouco conhecida e gravada, e o Romanze G-Dur, meu favorito.
O repertório de Schubert também é belíssimo, e Kremer está impecável neste repertório, acompanhado pela Sinfônica de Londres, dirigida por Emil Tchakarov.
Volto a recomendar com todas as letras esse belo CD, gostoso de se ouvir, despretensioso, e com melodias facilmente assimiláveis destes dois gênios da música.

01. Konsertsatz Für Violine Und Kammerorchester WoO 5
02. Romanze Für Violine Und Orchester Op.40
03. Polonaise Für Violine Und Kleines Orchester D 580
04. Konzertstück Für Violine Mit Begleitung D 345
05. Rondo Für Violine Und Streichquartett D 438

Gidon Kremer – Violin
London Symphony Orchestra
Emil Tchakarov – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony nº4, in G Dur – Herreweghe, Orchestre des Champs-Elysées, Rosemary Joshua

CAPAAntes de qualquer coisa, preciso avisá-los que esta gravação difere um tanto quanto da maioria das gravações que já foram postadas por aqui desta sinfonia, leia-se Bernstein, Jouchum, Walter, Karajan entre outros.
Eis uma gravação pouco conhecida e absolutamente preciosa, diria até mesmo um tanto quanto intimista, ao menos para mim, desta sinfonia tão interessante de Mahler.
A carga dramática imposta por Herreweghe deixou-me por demais emocionado, principalmente no seu pungente e doloroso terceiro movimento, intitulado “Ruhevoll’.
O quarto movimento, que se intitula ‘Sehr Behaglich’,  traz a voz suave e delicada da soprano Rosemary Joshua, que canta com muita paixão e espírito.
Enfim, um discaço, e a leitura de Herreweghe merece estar entre as grandes gravações desta sinfonia.

01. Bedaechtig, nichit eilen
02. In gemaechlicher Bewegung, ohne Hast
03. Ruhevoll, poco adagio
04. Sehr behaglich

Rosemary Joshua – Soprano
Orchestre des Champs-Elysées
Phillipe Herreweghe – Conductor

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Joshua & Herreweghe – Uma dupla formidável.

.: interlúdio :. Joe Henderson Quartets – Tetragon

coverOntem ouvi a conversa de dois amigos e um deles me qualificou como puritano. Não sei o que eles quiseram dizer com isso (na verdade sei, mas deixa pra lá), nem em qual contexto estava usando essa expressão (sim, eu sei, mas deixa pra lá) ouvi assim tipo “en passant”, De qualquer maneira, não concordo mas respeito estes dois amigos. Eles são muito mais abertos a experiências musicais do que eu, que neste sentido posso ser qualificado de ‘conservador’. Mas aí vem a dúvida: um conservador ouviria um CD como esse do Joe Henderson? Como ele descreveria o tal do hard-bop, ou post-bop, ou sei lá que categoria inserir esse CD ou o próprio Joe Henderson (lembrando que este disco foi gravado em 1968)?

Sei que irei descrever esse disco como IM-PER-DÍ-VEL !!! pelo simples fato que considerá-lo sensacional, enquanto outros irão se preocupar com categorias ou adjetivismos. E enquanto os outros discutem isso, irei continuar ouvindo essa belezura  com meus ouvidos ‘puritanos’ ou ‘conservadores’, ou sei lá como queira me classificar.

01. Invitation
02. R.J.
03. The Bead Game
04. Tetragon
05. Waltz For Zweetie
06. First Trip
07. I’ve Got You Under My Skin

Joe Henderson – Saxophones
Don Friedman – Piano
Kenny Barron – Piano
Jack DeJohnette – Drums
Louis Hayes – Drums
Ron Carter – Bass

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