Gilberto Mendes (1922) – Santos Football Music, Beba Coca Cola e outras obras – reload

Já que o papo deste blog está desviando pro futebol, bora reservar esse cantinho aqui pro assunto e aproveitar pra dar espaço para a mais comentada obra de vanguarda do séc. XX no Brasil: a SFC.

CVL

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Se Cage ainda dá o que falar com 4’33”, então pingo fogo com a pedra angular da música de vanguarda brasileira: a Santos Football Music, de Gilberto Mendes. Sempre que apresento essa obra a alguns conhecidos, eles riem, torcem o nariz, ficam contrariados, acham uma besteira e por aí vai.

No entanto, não se trata de um compositor sem cabedal, já que suas obras para coral e para piano são muito bem escritas. Não vou comentar muito porque estou guardando anotações para um futuro artigo sobre a obra de Mendes. Estejam à vontade aqui nos comentários.

Consegui o presente CD há muito tempo com um dos caras do blog Música Brasileira de Concerto (a quem devo os créditos pelas obras de Edino Krieger postadas meses atrás e pelos Estudos de Guarnieri, que irão ao ar em breve), que inclui a também “inusitada” Beba Coca Cola, mas quem quiser baixar só a SFM ela vai em outra versão, à parte.

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Surf, Bola na rede, Um pente de Istambul e a música de Gilberto Mendes (1992)

01 – Motet em ré menor (Beba coca-cola) – 1966
Karmmerchor der Humbolt-Universität zu Berlin
Johannes Garbe, regente

02 – O pente de Istanbul – 1990
Duo Diálogos:
Carlos Tarcha, marimba
Joaquim Abreu, vibrafone

03 – Episódio, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1949
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

04 – Lamento, sobre texto do chinês Tchu Iuan – 1956
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

05 – Lagoa, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1957
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

06 – Dizei, senhora, sobre poema de Cid Marcus Braga Vasques- 1966
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

07 – A mulher e o dragão, sobre texto de São João (fragmento do Apocalipse) – 1967
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

08 – O meu amigo Koellreutter – 1984
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano
Carlos Tarcha, marimba

09 – Ulysses em Copacabana surfando com James Joyce e Dorothy Lamour – 1988
Renato Alves Corrêa, flauta
Otinilo Pacheco, clarinete
Sérgio Cascapera, trompete
Eduardo Pecci, saxofone alto
Maria Vischnia, violino
Cláudio Cruz, violino
Marcelo Jaffé, viola
Ruy Deutsch, contra-baixo
Edelton Gloeden, violão
José Eduardo Martins, piano
Aylton Escobar, regente

10 – Il neige… de nouveau! – 1985
José Eduardo Martins, piano

11 – Viva Villa – 1987
José Eduardo Martins, piano

12 – Um estudo: Eisler e Webern caminham nos mares do sul – 1989
José Eduardo Martins, piano

13 – Santos Football Music – 1969
Orquestra Sinfônica de Westdeutscher Rundfunk Köln
Piero Bastianelli, regente
Geraldo José de Almeida, narração esportiva

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Santos Football Music
Festival Música Nova, 39a. edição.
Orquestra Sinfônica de Santos, regida por Luís Gustavo Petri

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Rudepoema, por Roberto Szidon e Amaral Vieira

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Aqui vai uma contribuição do nosso visitante Marcos Oliveira Santos, que – após ouvir o Rudepoema na interpretação de Nelson Freire, postado semana retrasada – disse que a peça soava melhor nas mãos de Roberto Szidon e de Amaral Vieira e nos mandou os dois arquivos. Ainda deu de brinde uma gravação em que o Villa fala da peça.

Segue tudo em arquivo único zipado.

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CVL

P. I. Tchaikovski (1840-1893): Sinfonia No. 4 & Capricho Italiano

Foram lançadas gravações sensacionais da Quarta Sinfonia de Tchaikovski, nos últimos anos. Houve Barenboim, Fischer e esta aqui, da Harmonia Mundi, que é a melhor de todas. Gatti aborda o primeiro movimento de forma extremamente rápida — é urgente, apaixonado, mas também adequado. Tem graça, é balé. É uma interpretação emocionante, uma que dá à música um maior impacto, o que justifica ouvi-la novamente.

O modo Gatti também funciona muito bem no segundo movimento, que é interpretado como uma canção que permite que as melodias sejam ouvidas como se tivessem palavras. É bonito. Há virtuosismo das cordas no scherzo, e o final funciona bem, com o ritmo das cordas e sopros em suas trocas. A orquestra e dá o necessário à Gatti, tanto na sinfonia quanto no Capricho Italiano, que nunca se torna vulgar ou simplesmente agitado.

Tchaikovski: Sinfonia No. 4 & Capricho Italiano

1. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – I. Andante sostenuto – Moderato con anima
2. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – II. Andantino in modo di canzona
3. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – III. Scherzo: Pizzicato ostinato – Allegro
4. Symphony No.4 in F minor, Op.36 – IV. Finale: Allegro con fuoco

5. Capriccio Italien, Op.45

Royal Philharmonic Orchestra
Daniele Gatti

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PQP

P. I. Tchaikovski (1840-1893): Concerto para Violino e Souvenir d’un lieu cher – Repostado com divisão de faixas

Este concerto veio pré-instalado em minha mente. Quando me dei por gente, Tchaikovski, Beethoven, Chopin e Mozart já estavam em minha memória. Meu pai realizou a instalação quando eu era um bebê. Ele não parava de ouvir música, mais ou menos como eu comecei a fazer depois… Então, cada nota deste Concerto para Violino é conhecida de mim há décadas e posso asseverar que a gravação da bonitinha Janine Jansen é efetivamente MUITÍSSIMO BOA, como vocês podem ver abaixo. Quando a mulher é gostosa, a gente diz, né? Pois olha, essa aqui não é como aquela pianista francesa. Janine é boa e toca bem… Quero dizer, é bonita e muito boa com os dedos… Ou… É tesuda e hábil. Tem carinha bonita, belos pechos e é sensível. É sexy e eufônica, sinfônica, polifônica, pornofônica, linda. E é um baita disco!

Janine Jansen

Tchaikovski: Violin concerto op.35
1 Allegro moderato
2 Canzonetta (Andante)
3 Finale (Allegro vivacissimo)

Tchaikovski: Souvenir d’un lieu cher
4 Meditation
5 Scherzo
6 Melodie

Janine Jansen (Violin)
Mahler Chamber Orchestra
Daniel Harding

Janine

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PQP

Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonia Manfredo / A Tempestade

(Este post já estava pronto há dias. Agora, com a postagem anterior e seus comentários, vai parecer provocação, mas não é).

PQP Bach não é um grande apreciador de Tchai, mas o que ele deve fazer se as gravações caem em suas mãos? Deve distribuí-las, não? Penso que ele apenas não divulgaria Dvořák, compositor ao qual devota ódio incondicional, pois se até já ouviu e gostou de coisas de Rachmaninov e Tchaikovsky, jamais se satisfez minimamente com o xaropão checo.

A Sinfonia Manfredo, Op. 58, foi escrita por Tchaikovski entre maio e setembro de 1885, baseada no poema Lorde Byron. Teve sua estréia em Moscou, Rússia, dia 23 de março de 1886, regida por Max Erdmannsdörfer e Mily Balakirev.

A música para abertura do drama A tempestade, de Ostrovsky, foi escrita no tempo de miserê de Tchai, antes do sucesso e da sucessão de fracassos com mulheres — falo do pinto de vista sexual, nunca do financeiro.

Tchaikovsky: Sinfonia Manfredo / A Tempestade

1. The Tempest, Op.18 21:44
2. Manfred Symphony, Op.58 – 1. Lento lugubre – Moderato con moto – Andante 15:26
3. Manfred Symphony, Op.58 – 2. Vivace con spirito 9:50
4. Manfred Symphony, Op.58 – 3. Andante con moto 10:17
5. Manfred Symphony, Op.58 – 4. Allegro con fuoco 18:30

Russian National Orchestra
Mikhail Pletnev

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PQP

Feliz na sexta-feira

Na última sexta-feira, P.Q.P. Bach compareceu ao StudioClio a fim de assistir ao quarteto de cordas formado por

Guillaume Tardif e
Rodrigo Bustamante (violinos),
Hella Frank (viola) e
Rodrigo Silveira (violoncelo),

apresentarem um programa como um programa deve ser:

1. Quarteto de Cordas Op. 76 Nº 3 “Imperador”, de F. J. Haydn;
2. Quarteto K. 465 “Das Dissonâncias”, de Mozart e
3. Quarteto Op. 59 Nº 2 “Razumovsky”, de Beethoven.

Em primeiro lugar, analisemos o contexto. Este não é um quarteto que toca regularmente ou que tenha um repertório estabelecido. Não era natural, portanto, a escolha do Quarteto das Dissonâncias e muito menos do massacre representado pelo segundo Razumovsky, uma música dificíl e perigosa para todo quarteto, o que dirá para um recém formado ou formado para apenas uma apresentação. Porém, quando o grupo entrou no pequeno palco do StudioClio, notei aquela eletricidade que muita vontade e alguma raiva — pois três integrantes do quarteto moram numa cidade triste, onde tudo parece ter sido melhor no passado — , criam. Em resposta, a platéia lotava o espaço, desejando que tudo fosse diferente da Orquestra da Desgovernadora, aquela coisa disforme e sem testosterona (desculpe, Hella). Os caras estavam ali para tocar porque são bons músicos e bons músicos preferem a boa música, só desistindo quando veem que a estrutura está ali para fazer com que desistam da música que os tornou músicos, o que os torna deprimidos e sem motivação.

O Haydn foi maravilhoso com Tardif no comando. As Dissonâncias foram ainda melhores com Bustamante no primeiro violino, mas a interpretação do Beethoven foi espantosa, com Tardif de volta ao posto. Cheio de enunciados afirmativos e súbitos silêncios, o primeiro movimento foi levado com absoluto rigor e uma musicalidade raramente ouvida nas gravações que temos em casa. Dou destaque à descoberta de um movimento ao qual não dava grande importância: o segundo (Molto Adagio). Em razão da interpretação cheia de emoção do grupo fui levado a ler a respeito. Sabem o que Beethoven anotou na partitura? Si tratta questo pezzo com molto di sentimento. Esta peça é para ser tratada com muito sentimento. Grande trabalho do violoncelista Rodrigo Silveira. O ritmo do Presto que o segue é para ser russo, mas parece que antes de Mussorgsky e Korsakov era complicado ser autenticamente russo. Se falta Rússia, sobra a música de Beethoven, o que absolutamente não é pouco. O último movimento, cheio de episódios contrastantes, foi levado pelo quarteto já sabendo que a noite estava ganha. Por isso, aqueles diálogos rápidos entre os instrumentos foram feitos com exatidão através de olhares alegres.

O bis veio com a Contraponto Nº 1 de A Arte da Fuga. Bustamante, certamente cansado, entrou meio mole na jogada e desafinou logo na apresentação do tema, talvez no único erro grande cometido; porém, estava todo mundo tão feliz que aquilo apenas fez todo o resto do quarteto e o teatrinho inteiro sorrirem. Minha mulher, ao final do concerto, disse algo curioso:

— Os melhores concertos deveriam terminar sempre com Bach. Não por ser superior, mas por ser marcante, equilibrado, por ser o fundamento. É como o Q.E.D. dos teoremas.

Afirmo, sem medo de errar, que foi o melhor concerto que Porto Alegre assistiu neste ano.

Obs. final: Gosto muito de Hella Frank. Está sempre metida em projetos intessantes, não obstante ser professora universitária.

PQP

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Concerto para Violão com John Williams e “O Trem Caipira”, CD de Egberto Gismonti

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Depois desta enxurrada de postagens de Villa-Lobos, trago minhas duas únicas colaborações, três na verdade, se contar o cd do Duo Assad por mim postado já há algum tempo, enfim, trago dois cds para colaborar: O Concerto para Violão e um cd personalíssimo do grande músico e compositor mineiro Egberto Gismonti totalmente dedicado à Villa-Lobos.

O cd de John Williams traz outros diversos concertos, de Vivaldi, Giuliani e Ponce. É um de meus violonistas favoritos e sua leitura do concerto para viiolão me parece correta, apesar de não a considerá-la tão brilhante quanto suas interpretações de Rodrigo, ou até mesmo de Vivaldi.

Como comentei acima, o cd de Gismonti é uma leitura pessoal da obra de Villa-Lobos, e como sempre o multinstrumentista se utiliza de diversos recursos sonoros, diferentes daqueles indicados pelo compositor, mas jamais se afasta da idéia básica da obra. Para os mais puristas pode parecer blasfêmia, mas aqui a criatividade e inventividade falam mais alto. Meu destaque neste cd sempre vai ser a leitura mais que pessoal da famosa ária das “Bachianas n°5”. Desde que a ouvi pela primeira vez há pelo menos uns vinte anos atrás me apaixonei por esta versão e o som dos teclados ficou fixado em minha cabeça.

Volto a repetir: dois grandes cds, com dois grandes músicos.

John Williams – The Great Guitar Concertos – CD 2
01-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Allegro non Molto
02-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Largetto
03-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Allegro

04-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Allegro Maestoso
05-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Andantino siciliano
06-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Alla polacca

English Chamber Orchestra
John Williams – Guitar & Conductor

07-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Allegro preciso
08-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Andantino e andante_ Cadenza
09-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Allegretto non troppo

English Chamber Orchestra
Daniel Baremboim – Conductor
John Williams – Guitar

10-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur- Allegretto
11-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur- Andante
12-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur-III – Allegro moderato e festivo

London Symphony Orchestra
Andre Previn – Conductor
John Williams – Guitar

Um dedicado leitor/ouvinte se antecipou e botou nos comentários um link para esta gravação do John Williams. Agradeço a atenção, mas estou utilizando um link próprio para o controle de minhas postagens.

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Egberto Gismonti – O Trem Caipira

1 – O Trenzinho do Caipira
2 – Dansa
3 – Bachiana n°5
4 – Desejo
5 – Cantiga
6 – Canção do Carreiro
7 – Prelúdio
8 – Pobre Cega

Músicos Convidados :

Nivaldo Ornelas – Sax Soprano
Bernard Wistrarte – Flautas
Jacques Morelembaum – Cello
Kalimba – Percussão
Assoviador – Pita Filomena
Flautinha do Chaplin – Alexandre do Bico

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FDP

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 6/6

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Sei que muita gente aguardava ansiosamente por esta postagem e é com muito orgulho que encerro esse ciclo de gravações históricas, intitulado Par Lui-Même, com a Orchestre de la Radiodiffusion Française na regência do próprio Villa-Lobos.
Para fechar com chave de ouro, três grandes obras do nosso Villa, que fará, em 17 de novembro, aniversário de 50 anos de morte.
O álbum começa com a famosa fantasia para piano e orquestra, Momoprecoce, composta em 1929 e estreiada na Holanda no mesmo ano com a regência de Pierre Monteaux e Magdalena Tagliaferro, que também, está ao piano nessa histórica gravação. Baseada em pequenos movimentos evocativos de jogos de crianças fantasiadas no carnaval, esta fantasia é uma clara alusão à figura do rei Momo.
A série se encerra com o Concerto para Piano e Orquestra Nº 5 e a épica e triunfante Sinfonia Nº 4 “A Vitória”, que faz uma rápida alusão a Marselhesa em seu segundo andamento.
Aproveito a oportunidade para agradecer mais uma vez a colaboração do nosso amigo Emerson Rodrigues, que nos cedeu gentilmente os arquivos para tornar possível esta série de postagens.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 6/6

01 Momoprecoce, Fantasia pour piano et orchestre (22:13)
sur le carnaval des enfants brésiliens

Concerto Nº 5, pour piano et orchestre
02 I. Allegro Non Troppo (5:35)
03 II. Poco Adagio (6:03)
04 III. Allegretto Scherzando (5:06)
05 IV. Allegro (2:04)

Symphonie Nº 4 “A Vitória”
06 I. Allegro Impetuoso (6:25)
07 II. Andante (5:35)
08 III. Lento (5:53)
09 IV. Allegro (avec fanfare)

01 Magdalena Tagliaferro, piano
02-05 Felicia Blumental, piano
Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction

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Strava

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 5/6

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

O penúltimo cd da histórica série Par Lui-Même nos traz o monumental Chôros Nº 11, para piano e orquestra.

Escrito em 1928 e dedicado a Rubinstein, o Chôros Nº 11 foi apresentado pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1942, sob a direção de Villa-Lobos. Uma obra monstruosa, tanto em duração, mais de uma hora de música, o mais longo da série, como em concepção de massa orquestral, o que talvez explique as poucas apresentações e o tempo entre a composição e estréia, que foi de 15 anos.

Na faixa 4 poderemos apreciar o próprio Villa falando, em francês, sobre os Chôros. Simplesmente maravilhoso!

 

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 5/6

Chôros
Chôros Nº 11, pour piano et orchestre
01 I. Première partie (21:30)
02 II. Deuxième partie (23:25)
03 III. Troisième partie (17:50)

04. Qu’est-ce qu’un Chôros? (Villa-Lobos parle) (9:38)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
Aline Van Barentzen, piano

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Strava

Soirées internationales – Antonio Meneses & Celina Szrvinsk

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Este CD reúne peças para violoncelo e piano de quatro compositores que passaram pela Paris dos anos 20 e 30, ponto irradiador do neoclassicismo na música: Martinu, que se refugiara na França, fugido da então Tchecoslováquia e que viria a se estabelecer nos EUA; Boulanger, mestra de significativa parte dos grandes nomes da composição do séc. XX; Villa-Lobos, que havia absorvido o que a Europa tinha a lhe oferecer (quase nada); e Guarnieri, que deu um pulo na França e teve umas aulas com Koechlin (e parece que com a própria Boulanger).

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Soirées Internationales

Heitor Villa-Lobos
1. Ária (cantilena)
2. O Canto do capadócio (The Song of the capadócio)
3. O Canto da Nossa Terra (The Song of Our Land)
4. O Trenzinho do Caipira (The Little Train of the Caipira)
Camargo Guarnieri – Sonata n° 1
5. 1. Tristonho
6. 2. Apaixonadamente
7. 3. Selvagem
Nadia Boulanger – Três peças
8. 1. Modéré
9. 2. Sans vitesse et à l’aise
10. 3. Vite et nerveusement rythmé
Bohuslav Martinu – Sonata n° 3
11. 1. Poco andante
12. 2. Andante
13. 3. Allegro (ma non presto)

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 4/6

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Chegamos ao 4º volume da série. Esse álbum encerra o ciclo de Bachianas, com as de numéros 8 e 9 e traz alguns dos principais Chôros, obras que se equivalem em importância com as Bachianas Brasileiras. Destaque para o Chôros nº 10 para coro e orquestra que traz o tema do xote “Iara” de Anacleto de Medeiros, que mais tarde receberia uma letra de Catulo da Paixão Cearense, com o título “Rasga o Coração”.
Esta série não traz o ciclo completo de Chôros. Infelizmente o meu amado Chôros nº 7 (Settimino) não está presente nessas gravações históricas.

Mais um vez quero agradecer a colaboração do amigo Emerson Rodrigues, que disponibilizou a série para postagem.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 4/6

Bachianas Brasileiras
Bachianas Brasileiras Nº 8, pour orchestre
01 I. Prélude (5:32)
02 II. Aria (Modinha) (7:53)
03 III. Toccata (Catira Batida) (5:30)
04 IV. Fugue (5:04)

Bachianas Brasileiras Nº 9, pour orchestre à cordes
05 Prélude (vagaroso e mistico) et fugue (poco apressado) (10:54)

Chôros
06 Chôros Nº 2, pour flûte et clarinette (2:26)

07 Chôros Nº 5 “Alma Brasileira”, pour piano  (4:31)

08 Chôros Nº 10 “Rasga o Coração”, pour chœur et orchestre (12:43)

2 Chôros (Bis), pour violon et violoncelle
09 I. Modéré (4:37)
10 II. Lent (4:03)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction

6 Fernand Dufrene, flûte et Maurice Cliquennois, clarinette
7 Aline Van Barentzen, piano
9, 10 Henri Bronschwak, violon
8 Chorale des Jeunesses Musicales de France

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 3/6

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Dando continuidade a coleção Par Lui-Même, Villa por Villa, trago-lhes o terceiro cd da caixa, que contém as Bachianas Brasileiras de 4 a 7.
De todas as Bachianas, a que mais me agrada, como um todo, é a de número 4, com destaque para o maravilhoso Prelúdio, uma das mais belas melodias já compostas; a Cantiga, uma adaptação da canção folclórica nordestina Caicó e a espetacular Dança (Muidinho). Porém, a mais famosa de todas é sem dúvida a Bachiana de número 5, principalmente pela sua Cantilena com a célebre melodia vocal para soprano. As, não menos importantes, Bachianas Brasileiras de números 6 e 7 completam o cd.
É só fechar os olhos e imaginar o nosso mais importante compositor regendo.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 3/6

Bachianas Brasileiras

Bachianas Brasileiras Nº 4, pour orchestre
01 I. Prélude (Introdução) (8:36)
02 II. Choral (Canto do Sertão) (4:08)
03 III. Aria (Cantiga) (6:05)
04 IV. Danse (Muidinho) (3:40)

Bachianas Brasileiras Nº 5, pour soprano et 8 violoncelles
05 I. Aria (Cantilena) (6:16)
06 II. Danse (Martelo) (4:23)

Bachianas Brasileiras Nº 6, pour flûte et basson
07 I. Aria (Chôro) (3:58)
08 II. Fantaisie (5:06)

Bachianas Brasileiras Nº 7
09 I. Prélude (Ponteio) (7:11)
10 II. Gigue (Quadrilha Caipira) (4:26)
11 III. Toccata (Desafio) (8:18)
12 IV. Fugue (Conversa) (7:24)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
05, 06 Victoria de Los Angeles, soprano
05 Fernand Benedetti, violoncelle
07, 08 Fernand Dufrene, flûte
07, 08 René Plessier, basson

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

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Vamos ao segundo cd de uma série de seis em que temos Villa regendo Villa. Neste começamos a série das Bachianas Brasileiras, já postadas aqui no Blog pelo nosso ilustre PQP, mas em gravações distintas. Há quem diga: “Nada como a regência do próprio compositor”. Não concordo com a colocação, mas isso é assunto para os comentários.
Aqui podemos perceber a real influência de Bach na música de Villa-Lobos, e é sem dúvidas que podemos afirmar que as Bachianas Brasileiras estão entre as duas grandes obras-primas do compositor carioca.
Não vou me estender muito no texto sobre a obras, pois estas já foram bastante comentadas na postagem já citada.
A Bachiana Brasileira nº 1 é uma peça maravilhosa para um conjunto de violocelos que ao meu ver, tem fundamental importância na literatura moderna do instrumento. Aqui sim, encontramos uma verdadeira Fuga.
A Bachiana nº 2 se destaca sobretudo pela Tocata do Trenzinho do Caipira, obra que extrapolou os limites das Bachianas e hoje é executada como peça independente. Ainda sobre a de nº 2, acho espetacular o saxofone do primeiro andamento, talvez por influência de Milhaud e sua Criação do Mundo, pois os dois compositores nutriram estreita amizade.
O cd se completa com a Bachina nº 3, uma verdadeira sinfonia para piano e orquestra.

Agradecimentos ao amigo Emerson Rodrigues que colaborou com essa jóia.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

Bachianas Brasileiras

Bachianas Brasileiras Nº 1, pour ensemble de violoncelles
01 I. Introduction (Embolada) (6:44)
02 II. Prélude (Modinha) (9:00)
03 III. Fugue (Conversa) (4:24)

Bachianas Brasileiras Nº 2, pour orchestre
04 I. Prélude (Canto do capadócio) (7:02)
05 II. Aria (Canto da nossa terra) (5:37)
06 III. Danse (Lembrança do sertão) (4:55)
07 IV. Toccata (O Trezinho do Caipira) (4:04)

Bachianas Brasileiras Nº 3, pour piano et orchestre
08 I. Prélude (Ponteio) (7:10)
09 II. Fantaisie (Devaneio) (5:57)
10 III. Aria (Modinha) (7:49)
11 IV. Toccata (Picapau) (6:37)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
08 – 11 Manuel Braune, piano

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 1/6

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Para apaziguar os ânimos, quero compartilhar com vocês essa colaboração do nosso leitor Emerson Rodrigues.
Essa fantástica box contém 6 cds com obras orquestrais do nosso Tuhu com a Orchestre National de la Radiodiffusion Française na regência do próprio Villa e que será disponibilizada com um cd por postagem.
Uma das coisas mais interessantes que vejo no homem Villa-Lobos, era a sua simplicidade beirando a rudeza e a maneira descontraída com que chegou a realizar algumas de suas composições. Em meio a algazarra de uma sala de estar, com crianças brincando, pessoas conversando, barulho vindo da rua, ouvindo radionovela, ele fazia tranquilamente suas composições e ainda “se metia” nas conversas vez por outra. Esse era Villa-Lobos, o nosso gênio musical. O Bach do Brasil.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (CD 1/6)

Descobrimento do Brasil (La découverte du Brésil)
PREMIÈRE SUITE
01 Introdução – Alegria (16:24)
DEUXIÈME SUITE
02 Impressão Moura (Canção) (3:50)
03 Adágio Sentimental (6:41)
04 Cascavel (2:09)
TROISIÈME SUITE
05 Impressão Ibérica (10:05)
06 Festas nas selvas (3:44)
07 Ualalocê (2:39)
QUATRIÈME SUITE
08 Procissão da Cruz (Visão dos Navegantes) (14:49)
09 Primeira Missa no Brasil (11:57)
10 Invocação em defesa da Pátria (Invocation pour la défense de la Patrie) – Pour soprano , chœurs et orchestre

10 Maria Kareska, soprano / Chorale des Jeunesses Musicales de France
8, 9 Chœurs de la Radiodiffusion Française / René Alix, Louis Martini, chef des chœurs
Orchestre de la Radiodiffusion Française / Heitor Villa-Lobos, Direction

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Concertos para piano

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Não sei quem mandou ao mano PQP (o qual me repassou) os concertos pra piano de meu pai, mas agradeço pra valer porque, incrivelmente, eu não os conhecia ainda, embora já tivesse ouvido todos os demais concertos dele (os dois pra cello, o pra harpa, o pra violão e o pra gaita). Não são obras tão inspiradas mas, para quem gosta das obras do Villa, são garantia de uma aprazível audição.

***

01-04. Piano Concerto No 1
I Allegro
II Allegro- Poco Scherzando
III Andante & Cadenza
IV Allegro Non Troppo
05-08. Piano Concerto No 2
I Vivo
II Lento
III Quasi Allegro – Cadenza
IV Allegro

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9-12. Piano Concerto No 3
I Allegro
II Andante Con Moto
III Scherzo- Vivace-Cadenza
IV Allegro Vivace (Decisivo)
13-16. Piano Concerto No 4
I Allegro Non Troppo
II Andante Con Moto
III Scherzo- Allegro Vivace – Cadenza
IV Allegro Moderato
17-20. Piano Concerto No 5
I Allegro Non Troppo
II Poco Adagio
III Allegretto Scherzando – Cadenza
IV Allegro

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Royal Philharmonic Orchestra, regida por Miguel Gómez-Martínez
Piano: Cristina Ortiz

CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Fantasia para orquestra de cellos

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A Fantasia para orquestra de cellos é uma das melhores obras de Villa-Lobos. Difícil aceitar que seja tão ignorada. Acredito que essa gravação, realizada pelo próprio mestre, é a única existente (não existe nenhuma outra informação sobre a gravação). Mas apesar do som variar entre ruim e regular, a interpretação é absolutamente vigorosa e emocionante. O segundo movimento está entre as mais lindas páginas da música. O terceiro movimento tem uma força absurda e cheiro de Brasil. Música de primeira categoria.

Além disso, as transcrições de alguns movimentos do cravo bem-temperado de Bach para orquestra de cellos são de arrancar lágrimas.

Um disco imperdível.

CDF

Faixas:
1. Fantasia: 1º Movimento: Alegretto
2. 2º Movimento: Lento
3. 3º Movimento: Allegretto Scherzando – Molto Alegre
4. From Well-Tempered Clavier: Prelúdio Nº 22
5. Fuga Nº 8
6. Prelúdio Nº 14
7. Fuga Nº 1
8. Prelúdio Nº 8
9. Fuga Nº 21

Performed by The Violoncello Society
Villa-Lobos (conductor)

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Carlos Chávez (1899-1978) – Sinfonia Índia (mais Villa-Lobos, Ginastera e Halffter)

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Atendendo a pedidos, a Sinfonia Índia de Carlos Chávez.

Mesmo que ela só tenha um movimento e cerca de doze minutos (mais curta do que, inclusive, muitas sinfonietas), é assim que seu a compositor a nomeou e concebeu, causando dor de cabeça e contrariedade aos estruturalistas mais ortodoxos (quando a escutei pela primeira vez, pensei que se tratava só do primeiro movimento). Na época em que a sinfonia (a segunda das seis de Chávez) foi escrita, 1936, o compositor já havia despontado com outro grande sucesso, também permeado de ritmos nativos: o balé Horse Power (quem tiver uma gravação decente de HP, pode me mandar).

Escrevi certa vez que as duas únicas sinfonias de que gosto de ouvir por completo quando estou de bobeira eram a nona de Dvorák e a segunda de Camargo Guarnieri, mas tenho de acrescentar a Índia de Chávez e a Sinfonia em Cinco Movimentos de Jorge Antunes. Mesmo nos momentos mais calmos, a Índia é belamente melodiosa, sem falar que os instrumentos Yaqui (da tribo homônima, que vivem perto da fronteira com o Arizona) dão um toque único à obra.

Completam o presente CD a famosa suíte de Estância, de Ginastera, o Choros n° 10 (muito bisonho nesta versão) e o concerto para violino do espanhol naturalizado mexicano Rodolfo Halffter (1900-1987) (irmão de outros dois compositores também pouco conhecidos para nós, Ernesto e Cristóbal). Apesar de Rodolfo ter sido o Koellreuter mexicano, introdutor do dodecafonismo em terras astecas, ele só passou a utilizar a técnica dos doze tons na década de 1950 – isso explica porque este concerto, de 1940, é neoclássico.

***

1. Sinfonia Índia – Chávez
2-4. Concerto para violino, op. 11 – Halffter
5-8. Suíte Estância – Ginastera
9. Choros n° 10 – Villa-Lobos

Orquestra Sinfônica e coro da RTVE, de Madrid, regida por Enrique García Asensio
Violino: Ángel Jesús García
Diretor do coro: Mariano Alfonso

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Serestas

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Penso que as Serestas do Villa (as doze primeiras de 1925 e as duas últimas de 1943) só têm alguma graça para quem gosta da canção de câmara nacional – pessoalmente só aprecio a quinta. Mesmo assim, para compensar a carência de canções em português aqui no blog, posto esta gravação antiga, da Philips, com Maria Lúcia Godoy e, ao piano, Miguel Proença. Não acho que a voz de MLG seja a perfeita para as Serestas – prefiro-as com um soprano mais jovem ou com um tenor – mas tá valendo. E como vocês podem ver abaixo, os autores dos poemas são de primeira linha.

***

Seresta nº 1: Pobre Cega (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 2: O Anjo da Guarda (Manuel Bandeira)
Seresta nº 3: Canção da Folha Morta (Olegário Mariano)
Seresta nº 4: Saudades da Minha Vida (Dante Milano)
Seresta nº 5: Modinha (Manuel Bandeira)
Seresta nº 6: Na Paz do Outono (Ronald de Carvalho)
Seresta nº 7: Cantiga do Viúvo (Carlos Drummond de Andrade)
Seresta nº 8: Canção do Carreiro (Ribeiro Couto)
Seresta nº 9: Abril (Ribeiro Couto)
Seresta nº 10: Desejo (Guilherme de Almeida)
Seresta nº 11: Redondilha (Dante Milano)
Seresta nº 12: Realejo (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 13: Serenata (David Nasser)
Seresta nº 14: Vôo (Abgar Renault)

Maria Lúcia Godoy, soprano
Miguel Proença, piano

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CVL

The essential of Heitor Villa-Lobos

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Esse CD de prateleira de Lojas Americanas é uma compilação (não mencionada nos créditos) do box de CDs Villa-Lobos par lui même, da EMI. Como costumo dizer, vale como registro histórico, porque meu pai regendo era um ótimo jogador de bilhar. Surpresa foi ouvi-lo tocar piano direitinho numa das Modinhas e das Miniaturas.

Para eu não sair lacônico, deixo a título de curiosidade a letra da cantiga nordestina anônima incorporada ao terceiro movimento da quarta Bachianas, gravada por Milton Nascimento, Teca Calazans e outros cantores e que voltou à tona com o filme Orquestra dos Meninos.

Ó, mana, deixa eu ir
ó, mana, eu vou só
ó, mana, deixa eu ir
para o sertão do Caicó

Eu vou cantando
com uma aliança no dedo
eu aqui só tenho medo
do mestre Zé Mariano

Mariazinha botou flores na janela
pensando em vestido branco
véu e flores na capela

***

The Essential of Heitor Villa Lobos

1 – Bac. Bras. n° 2 – IV. O trenzinho do caipira
2 – Bac. Bras. n° 5 – I. Cantilena
3 – Bac. Bras. n° 5 – II. Martelo
4 – Miniaturas n° 2 – Viola
5 – Modinhas e canções, vol. 1 n° 3 – Cantilena
6 – Momoprecoce
7 – Bac. Bras. n° 4 – I. Prelúdio (Introdução)
8 – Bac. Bras. n° 4 – II. Coral (O canto do Sertão)
9 – Bac. Bras. n° 4 – III. Ária (Cantiga)
10 – Bac. Bras. n° 4 – IV. Dança (Miudinho)
11 – Choros n° 10

Com a Orchestre National de la Radiodiffusion Française, regida por Villa-Lobos (exceto faixas 4 e 5)
Piano: Heitor Villa Lobos (faixas 4 e 5)
Piano: Magda Tagliaferro (no Momoprecoce)
Soprano: Victoria de los Angeles (na quinta Bachianas)
Violoncelo Solo: Fernando Benedetti (na quinta Bachianas)
Baritono: Frederick Fuller (faixa 5)
Chorale des Jeunesses Musicales de France, regido por Louis Maetini (no Choros n° 10)

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Cello Concertos, Fantasia for cello

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Qual foi o mais importante legado deixado pelo Brasil na música? Bossa Nova? Não creio. Segundo Gilberto Freire: “só existiram três gênios no Brasil, um foi Machado de Assis, o segundo foi Villa-Lobos e o terceiro… a modéstia me impede de dizer”. Villa-Lobos foi mesmo um gênio. Um gênio que pode ter escrito passagens pouco inspiradas, mas o homem parece ter sido mais prolífico que Haydn, escreveu tanto que acabou escorregando aqui e ali. Mas ouvindo recentemente todos seus quartetos de cordas, suas bachianas, choros, concertos para piano, seus poemas sinfônicos, algumas de suas sinfonias, sua magistral obra para piano solo (Rudepoema está entre as cinco melhores obras para piano do século XX), não resta dúvida sobre sua importância. E é uma pena que um país tão pobre de grandes mestres desconheça logo o Villa. Já ouvi da boca de muito catedrático brasileiro: “Villa-Lobos não é aquele do trenzinho caipira?” Mas essa bizarrice só acontece aqui mesmo. Na Europa e Estados Unidos sua música já é razoavelmente gravada e interpretada. Até bem pouco tempo, o compositor que mais ganhava em direitos autorais no Brasil era Villa-Lobos (quer dizer, sua família).

Como o site do PQP já está recheado de pérolas do mestre, gostaria de trazer algo pouco conhecido de Villa-Lobos: os dois concertos para violoncelo e a fantasia para violoncelo. Aqui interpretados com muita dedicação pelo grande músico brasileiro Antônio Meneses. Há uma diferença bem razoável entre os dois concertos. O primeiro escrito em 1915, é menos empolgante e com orquestração inferior ao segundo, mas melodicamente muito bonito. O mestre aqui ainda era um garoto impetuoso, um discípulo da escola francesa. Já o segundo concerto de 1953, o velho compositor já tinha absoluto poder de sua criatividade e sua orquestração é magistral. Não posso deixar de comentar também minha obra favorita no disco – a fantasia para cello e orquestra. A obra é cativante e misteriosa desde o início. Sempre coloco essa peça no meu velho toca-discos.

Enfim, não são obras chaves na história do mestre, mas quem vai ignorá-las?

CDF

Faixas:

1. Cello Concerto n.1: Allegro Con Brio
2. Assai Moderato
3. Allegro Moderato
4. Cello Concerto n.2: Allegro Non Troppo
5. Molto Andante Cantabile
6. Scherzo
7. Allegro Energico
8. Fantasia for cello:adagio
9. Molto Vivace
10. Allegro Espressivo

Performed by Antonio Meneses (Cello),
Galicia Symphony Orchestra
Victor Pablo Pérez (Conductor)

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Duo Assad toca Villa-Lobos

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Como fã do Duo Assad não poderia deixar de compartilhar essa preciosidade que encontrei na internet dia desses, no excelente blog de música brasileita, umquetenha (link aí ao lado). Para quem tem mais de 40 anos,  essa dupla de violonistas era figura de carteirinha no antigo “Concertos para a Juventude” que a Globo transmitia nos anos 70, e início dos 80. Excelentes instrumentistas, se mudaram para o exterior, onde fizeram fama, e creio que até hoje vivam por lá. Sua irmã caçula, Badi Assad, também é violonista, e segue carreira independente dos irmãos.

Pedi ajuda aos universitários, digo, ao mano Ciço, pedindo maiores comentários sobre as obras e sobre a interpretação, e ele prometeu colaborar nos comentários, assim como o mano PQP, que disse ainda possuir o antigo LP. Postagem a quatro mãos, ou até mesmo seis mãos. Não conheço muito a obra de Villa, e a única gravação que tinha ouvido destas obras era a versão do Turíbio Santos, já postada aqui. Também conhecia as gravações de Narciso Yepes e Pepe Romero, além, é claro, de Segovia, para as obras do Villa, mas fiquei feliz de encontrar esta gravação. Espero que a apreciem como eu as estou apreciando.

Não encontrei esse cd na amazon em versão “física”, digamos assim. Quem se interessar em compra-lá em MP3 em uma versão mais ‘oficial”, o link está aí ao lado.

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Duo Assad toca Villa-Lobos

01 Prelúdio nº 1 (Odair Assad)

02 Prelúdio nº 2 (Sérgio Assad)

03 Prelúdio nº 3 (Odair Assad)

04 Prelúdio nº 4 (Sérgio Assad)

05 Prelúdio nº 5 (Sérgio Assad)

06 Mazurka-Choro (Sérgio Assad)

07 Schottish-Choro (Odair Assad)

08 Valsa-Choro (Odair Assad)

09 Gavota-Choro (Sérgio Assad)

10 Chorinho (Sérgio Assad)

11 Estudo nº 12 – Odair Assad

12 Estudo nº 7 (Odair Assad)

13 Estudo nº 6 (Odair Assad)

14 Estudo nº 10 (Odair Assad)

15 Estudo nº 1 (Odair Assad)

16 Estudo nº 4 (Odair Assad)

17 Estudo nº 3 (Sérgio Assad)

18 Estudo nº 8 (Sérgio Assad)

19 Estudo nº 2 (Sérgio Assad)

20 Estudo nº 5 (Sérgio Assad)

21 Estudo nº 9 (Sérgio Assad)

22 Estudo nº 11 (Sérgio Assad)

23 Choros nº 1 (Sérgio Assad)

Sérgio & Odair Assad – Violões

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FDP Bach

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – O descobrimento do Brasil

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Roberto Duarte – um dos maiores regentes especializados em Villa-Lobos e responsável pela revisão integral das obras orquestrais de meu pai, estudo que resultou em livros reconhecidos mundialmente – parece que só conseguiu encontrar lá pras bandas da Eslováquia uma orquestra decente (ainda que não seja excepcional) para dar conta de partituras importantes mas esquecidas em nosso próprio país. Só assim pra Duarte concretizar essa gravação, ainda referencial, das quatro suítes estruturadas a partir da trilha sonora do filme O descobrimento do Brasil (1936), de Humberto Mauro, com alguns acréscimos a posteriori. A quarta suíte merece menção como um dos expoentes coral-sinfônicos do Villa, ao lado de Mandú-Çarará e do Choros n° 10. Escutem e entendam por quê.

***

O descobrimento do Brasil – Suítes n° 1 a 4

1. Suite n° 1 – Introdução (largo)/Introduction
2. Suite n° 1 – Alegria/Joy
3. Suite n° 2 – Impressão moura/Moorish impression
4. Suite n° 2 – Adagio sentimental/Sentimental adagio
5. Suite n° 2 – A cascavel/The rattle/snake
6. Suite n° 3 – Impressão ibérica/Iberian impression
7. Suite n° 3 – Festa nas selvas/Celebration in the forest
8. Suite n° 3 – Ualalocê (visão dos navegantes)/Vision of the navigators
9. Suite n° 4 – Procissão da cruz/Procession of the cross
10. Suite n° 4 – Primeira missa no Brasil/First mass in Brazil (Adam Blazo, Baritone)

Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional Eslovaca e Coro Filarmônico Eslovaco, regidos por Roberto Duarte

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CVL

Joaquim Freire – Marlos Nobre (1939) e Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

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Já que estou ainda no Recife, sem destino definido, vai mais um CD relacionado a dois músicos daqui.

Um deles é intérprete: o violonista Joaquim Freire, que precisou deixar o Recife ainda criança após seu pai, o pedagogo Paulo Freire, ter de se exilar nos tempos da ditadura. Depois de uns tempos no Chile, nos EUA e no Reino Unido, estabeleceu-se na Suíça, onde viria a conhecer a também violonista e futura esposa Susanne Mebes, com quem criou o selo Léman.

O outro é talvez o maior compositor brasileiro vivo, Marlos Nobre, que, assim como Villa-Lobos, tem o melhor de sua discografia no primeiro mundo e em tiragens esgotadas. Curiosamente, Nobre assumiu a cadeira n° 1 da Academia Brasileira de Música em 1984, cujo primeiro ocupante foi o Villa.

Sem mais delongas, este post é dedicado aos fãs do repertório violonístico nacional.

***

Reminiscências, op. 83 – Marlos Nobre (primeira gravação mundial)
1. Choro
2. Seresta
3. Frevo

4. Homenagem a Villa-Lobos – Marlos Nobre

5-16. Estudos para violão – Heitor Villa-Lobos

Joaquim Freire, violão

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Royal Philharmonic Orchestra – Gomes, Moncayo, Villa-Lobos e Ginastera

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De zero a dez, este CD é xis sobre zero – ou seja, não existe. Pra ser mais claro: de uma a cinco estrelas, critério mais disseminado nas resenhas de jornais, revistas e sites, ele vale três ou quatro buracos negros.

É uma obra de meu pai, a segunda Bachianas, e a abertura de O guarani que me impelem a fazer este post, fora um objetivo recôndito que será oportuna e longinquamente revelado. O Huapango de Moncayo é outra bela peça – só as Variações de Ginastera não têm a menor inspiração. Fogo é que minha dileta Orquestra Filarmônica Real não tenha rendido bem neste CD.

***

1. Overture
2. No. 1, “Preludio” (O canto do capadocio)
3. No. 2, “Aria” (O canto da nossa terra)
4. No. 3, “Dansa” (Lembranca do sertao)
5. No. 4, “Toccata” (O trenzinho do caipira)
6. Theme for violin, cello and harp
7. Interlude for strings
8. Humourous variation for flute
9. Scherzo variation for clarinet
10. Dramatic variation for viola
11. Canonic variation for oboe and bassoon
12. Rhythmic variation trumpet and trombone
13. Perpetual motion variation for violin
14. Pastoral variation French horn
15. Interlude from wind
16. Reprise of theme for double bass
17. Final rondo variation for orchestra

Royal Philharmonic Orchestra, regida por Enrique Arturo Diemecke

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Bachianas Brasileiras n° 1, 4 e 5

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Depois de Villa por chorões e do Villa regendo a Orquestra da RIAS de Berlim, outra jóia da Kuarup – jóia ma non troppo, já que este CD só vale pela Bachianas n° 1.

A quarta Bachianas, interpretada na versão original, para piano, até tem uma emoção própria nas mãos de Antônio Guedes Barbosa, mas estão cheias de errinhos nos ataques das notas, principalmente nos dois últimos movimentos (ainda que o Prelúdio esteja sublime, com as teclas batendo nas cordas como pingos d’água), sem falar que sete compassos do Coral são engolidos sem qualquer explicação – quem conhecer a peça, vai saber exatamente onde é.

A transcrição para piano da quinta Bachianas, feita pelo próprio Villa, peca mortalmente por não trazer o ponteado que embala o vocalise do soprano – só tem a linha do baixo e, na mão direita, a duplicação da melodia – e ainda é assassinada pela mão pesada de JCA Brasil.

Confiram se é exagero meu ou não.

Adiante segue o texto do encarte do CD.

***

Villa-Lobos e as Bachianas

Victor Giudice

A Bachiana Brasileira nº 1, destinada a uma orquestra de violoncelos e composta em 1930, teve sua primeira audição no Rio de Janeiro em 13 de novembro de 1938, sob a regência do próprio Villa. Na época, os ouvintes mais seníveis ficaram meio assombrados com a façanha obtida pelo compositor, no sentido de aproximar o estilo intocável de Johann Sebastian Bach, à música brasileira aparentemente rudimentar. Talvez ninguém tivesse desconfiado de que esta seria a grande invenção de Villa-Lobos. A obra se divide em três partes: Introdução, Prelúdio e Fuga. A Introdução se apresenta sob a forma de uma popular “embolada”, em ritmo acelerado,guardando a ambiência harmônica assegurada pelos padrões de Bach. Já no Prelúdio, ou “modinha”, uma ária tipicamente bachiana, mas obediente aos padrões característicos da melodia nacional, obedece à indicação Lamentoso e subjuga o ouvinte com um solo de violoncelo da melhor qualidade.
A parte final é uma Fuga, talvez o distintivo máximo da obra de Bach. Uma vez Bach declarou a um interessado em sua arte: “Se você quiser compor uma fuga tão perfeita quanto as minhas, componha tantas quantas eu compus.” No caso de Villa-Lobos ele dá um banho de originalidade ao transformar as “vozes” da fuga numa animada conversa musical entre quatro tocadores de choro. O clímax é determinado por um crescendo, até a conversa se transformar em acirrada discussão.

A Bachiana nº4 foi composta inicialmente para piano, mas, devido ao sucesso, foi logo transcrita para grande orquestra. Na verdade, o Prelúdio, conhecido como “Introdução”, é dominado por uma dessas melodias tão raras quanto simples, capazes de uma fixação imediata na memória popular. Os compassos iniciais do Samba em prelúdio, de Baden Powell e Vinicius de Morais, são os mesmos da quarta Bachiana. O segundo movimento, deniminado Coral ou “Canto do sertão”, é outro achado melódico. A ordenação das notas, lógica e sobretudo original, que Villa consegue impor às seqüências melódicas, é um resultado direto de seu íntimo contato com nossa música popular e , principalmente, com os chorões. Mais uma vez, a terceira parte se concentra numa Ária nos perfeitos moldes bachianos, mas sempre temperada com os estilemas nacionais. Para o movimento final, Villa-Lobos compôs uma Dança, “miudinho”, de grande impacto rítmico e enormes dificuldades interpretativas, tanto para a versão de piano quanto para a orquestra. O sucesso obtido fez com que Bachiana Brasileira nº4 logo se transformasse num dos grandes hits do século XX.

Mas a maior fonte da popularidade mundial de Villa-Lobos é, sem sombra de dúvida, a Bachiana Brasileira nº5. Otto Maria Carpeaux afirma que a mais bela melodia do século XX é a Pavane pour une Infante Defuncte, de Ravel. É possível que ele esteja certo. Mas a mais perfeita invenção melódica do século, para solo vocal sem palavras, é a célebre Ária, “Cantilena”, da quinta Bachiana. Nem mesmo o Vocalise, de Rachmaninoff, consegue atingir o mesmo nível de comunicação em peças para solo de soprano sem palavras. A Ária apresenta uma seção intermediária sobre os versos de Ruth Valladares Correia. Composta na forma A-B-A, a parte sem palavras é retomada no final, a bocca chiusa (boca fechada), traduzindo toda a nostalgia de um certo tipo de mulher brasileira. A segunda parte da Bachiana nº5 é o Martelo, composta com versos de Manuel Bandeira, de interpretação dificílima para sopranos não brasileiros. Sua versão original é para acompanhamento de oito violoncelos, mas a redução para piano aqui gravada é do próprio Villa.

Todo compositor que se preza tem seu ponto de maior popularidade.

Villa-Lobos tem a quinta Bachiana.

***

Bachianas Brasileiras n° 1, 4 e 5

01 Bachianas Brasileiras nº1 – Introdução (Embolada)
02 Bachianas Brasileiras nº1 – Prelúdio (Modinha)
03 Bachianas Brasileiras nº1 – Fuga (Conversa)
04 Bachianas Brasileiras nº4 – Prelúdio (Introdução)
05 Bachianas Brasileiras nº4 – Coral (Canto do Sertão)
06 Bachianas Brasileiras nº4 – Ária (Cantiga)
07 Bachianas Brasileiras nº4 – Dança (Miudinho)
08 Bachianas Brasileiras nº5 – Ária (Cantilena)
09 Bachianas Brasileiras nº5 – Dança (Martelo)

Rio Cello Ensemble – BB 1, Antônio Guedes Barbosa – BB 4, Leila Guimarães e João Carlos Assis Brasil – BB 5

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