Certa vez, há algumas décadas, uma namorada, vendo que eu também era tarado por Bach, resolveu me dar todas as Cantatas pelo Helmuth Rilling. Gostei, ainda mais que não existiam as integrais de hoje (a do pugilista Gardiner, a de Suzuki, a de Koopman, a coleção da Netherlands Bach Society, a da Bachstiftung… Ah, a de Harnoncourt-Leonhardt me parecia meio anêmica — aliás, até hoje parece anêmica a este amante do historicamente informado) e que Rilling dava de dez na coleção parcial de Richter. E, ainda hoje, muitas vezes pego na estante um CD aleatório da coleção para ouvir. Bem, nesta manhã peguei um e me apaixonei por este que é o volume 53 da série. Já tinha me apaixonado por outros, mas este é bom também. Destaque para a presença do tenor catarinense Aldo Baldin na gravação. Prova de que havia vida inteligente em SC antes de todos se tornarem bolsonaristas.
Importamte: saibam que Rilling permanece vivo aos 90 anos e, parece-me, ainda ativo.
J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 47, 149 e 169 (Rilling)
1 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 1. Chor – Arleen Auger/Phileppe Huttenlocher
2 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 2. Aria – Arleen Auger
3 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 3. Recitative – Philippe Huttenlocher
4 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 4. Aria – Philippe Huttenlocher
5 Who Himself Exalteth, He Shall Be Made To Be Humble, Cantata BWV 47: 5. Chor – Arleen Auger/Phileppe Huttenlocher
6 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 1. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher
7 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 2. Aria – Philippe Huttenlocher
8 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 3. Recitative – Mechthild Georg
9 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 4. Aria – Arleen Auger
10 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 5. Recitative – Aldo Baldin
11 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 6. Aria – Mechthild Georg/Aldo Baldin
12 They Sing Now Of Triumph With Joy, Cantata BWV 149: 7. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher
13 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 1. Sinf – Helmuth Rilling
14 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 2. Arioso And Recitative – Carolyn Watkinson
15 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 3. Aria – Carolyn Watkinson
16 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 4. Recitative – Helmuth Rilling
17 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 5. Aria – Carolyn Watkinson
18 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 6. Recitative – Carolyn Watkinson
19 God All Alone My Heart Shall Master, Cantata BWV 169: 7. Chor – Arleen Auger/Mechthild Georg/Aldo Baldin/Philippe Huttenlocher
Soprano: Arleen Augér
Alto: Mechthild Georg
Tenor: Aldo Baldin
Baixo: Philippe Huttenlocher
Gächinger Kantorei Stuttgart
Bach-Collegium Stuttgart
Helmuth Rilling

PQP


Este CD da ótima violonista Sharon Isbin já tem mais de dez anos, doze para ser mais exato. Mas é de uma qualidade única. Até pouco tempo atrás eram poucas as mulheres solistas deste instrumento tão peculiar e masculino que é o violão. Felizmente, nos dias de hoje esse número cresceu.
IM-PER-DÍ-VEL !!!








IM-PER-DÍ-VEL !!!




The Guardian sentenciou: “Absolutamente de primeira linha… entre as performances mais frescas e lindamente tocadas que você pode encontrar em qualquer lugar, maravilhosamente gravadas.” Este é o disco mais leve dos cinco das Sinfonias de Mozart com Wordsworth. Ele destaca as virtudes de sua abordagem. As articulações superprecisas e despojadas, embora estimulantes nas sinfonias maiores, ficariam arrogantes com peças lúdicas como a Sinfonia nº 27. uma qualidade de Wordsworth reside em sua disposição de deixar a música respirar. O movimento de abertura da Nº 33 é lento o suficiente para exibir o gracioso senso da obra: nada melancólico, mas majestoso (isso vale também para o fantástico primeiro movimento adagio-come-allegro da Nº 36). Os movimentos lentos têm a alegria suave e pensativa da famosa pintura de uma jovem e seu livro de Fragonard. E os alegres movimentos finais giram em alegria. A combinação de instrumentos modernos e a presença de câmara da Capella Istropolitana ajudam muito a tornar esta música perfeita.

IM-PER-DÍ-VEL !!!
Conheci Rachel Grimes porque sou fã de sua banda, chamada Rachel’s. (A
Rachel Grimes – Book of Leaves (2009)
Fechando esta dupla de postagens dedicadas a românticos obscuros — a outra é 






Um baita CD, que venho ouvindo já há alguns anos e que me agrada muito. Dois excelentes conjuntos de Câmara tchecos unem forças para encararem o genial Octeto para cordas de Mendelssohn. Coerência, eu diria, é a palavra chave para esta gravação do Octeto. Oito pessoas tocando juntas requer muito domínio, e principalmente, confiança e companheirismo. Uma derrapada de um pode atrapalhar o outro.





Um bom disco! Uma namorada minha — isso há várias décadas, porque éramos adolescentes –, foi a um concerto de música barroca e veio me contar que tinha assistido um Concerto para ATAÚDE. Ela era muito bonita e eu, que sabia do erro, fiquei bem quieto porque queria beijá-la — o máximo que fazíamos na época. Dias depois, com a relação mais estável, perguntei-lhe o que eles faziam com um ataúde no palco… Bem, como essas obras só sobreviveram na parte solo de alaúde, este disco representa um impressionante esforço de Richard Stone, que reorquestrou de forma convincente tudo o que é ouvido aqui. E como ele deu vida a essas peças há muito perdidas! Weiss compôs alguns concertos para alaúde e cordas, mas as partes para cordas não chegaram até nós. Aí é que entra Mr. Stone. Weiss era reconhecido em sua época principalmente por suas improvisações fantásticas e suas suítes para alaúde solo, mas também deve ter sido um bom solista em concertos. Um bom disco!













Adquiri esse cd numa leva de 21 que comprei de uma só vez. Bons tempos aqueles, pois era desprovido de dívidas e obrigações mensais, gastava tudo do jeito que bem entendia. Os preços eram verificados através de selos e somente quando cheguei em casa, percebi que esse cd triplo tinha saído pelo preço de duplo, pois estava, erroneamente, com apenas dois selos. Como tinha comprado uma quantidade razoável, não me senti culpado…






No pacote lincado logo abaixo, estão três gravações das peças da furniture music, encontradas 
Rampal e Mozart, que dupla…! Já me emocionei muito com estas gravações, que apenas consolidaram minha opinião a respeito de Rampal… gênio, mestre absoluto da flauta. Confesso que minha gravação favorita do concerto para flauta e harpa é com o Aurele Nicolet, acompanhado pelo Karl Richter… mas sejamos fiéis à coleção… tenho certeza de que ninguém vai se arrepender. E estou preparando outra postagem com esta dupla Nicolet / Richter… Para quem não conhece a obra, preste atenção no andantino do Concerto para flauta, harpa e orquestra. É um dos mais belos momentos da história da música. A delicadeza do dedilhar da harpa, acompanhada pelo sopro divino que emana dos pulmões de Rampal é de ressuscitar até defunto, de tão emocionante…

Não sei bem de onde catei essa raridade, que ganhou remasterização em nova edição deste ano. Também não posso parar agora pra procurar, ou falar sobre Milt Jackson. Ainda bem que não precisa. Saibam que o disco é lindo e majestoso. E agradeçam ao internauta misterioso pelo rip em 320kbps.

Como Marlos Nobre e Edino Krieger são os dois expoentes mais representativos da música clássica brasileira atual e como Krieger teve duas postagens contra uma de Nobre, esta dividida com Villa-Lobos, faço agora o contrabalanço, com a segunda do compositor pernambucano, mais fácil de ser achado em coletâneas do que em CDs inteiramente dedicados a ele.