Robert Schumann – The Complete Piano Trios – Beaux Arts Trio

Por algum motivo este excepcional CD duplo do incrível Beaux Arts Trio nunca havia sido postado. Uma falha tremenda, que não consigo entender. Tanto eu quanto PQP trouxemos outras gravações excelentes principalmente do Quinteto op. 44 e do Quarteto op. 47, mas não com este grupo, considerado por muitos o melhor conjunto de câmara que já surgiu, o Beaux Arts Trio, que trazem dois músicos convidados, o Violista Samuel Rhodes e o violinista Dolph Betelheim.

Mas vamos suprir esta falta.

CD 1

1. Piano Quintet in E flat, Op.44 – 1. Allegro brillante
2. Piano Quintet in E flat, Op.44 – 2. In modo d’una marcia (Un poco largamente)
3. Piano Quintet in E flat, Op.44 – 3. Scherzo (Molto vivace)
4. Piano Quintet in E flat, Op.44 – 4. Allegro, ma non troppo
5. Piano Quartet in E flat, Op.47 – 1. Sostenuto assai – Allegro ma non troppo
6. Piano Quartet in E flat, Op.47 – 2. Scherzo (Molto vivace)
7. Piano Quartet in E flat, Op.47 – 3. Andante cantabile
8. Piano Quartet in E flat, Op.47 – 4. Finale (Vivace)
9. Piano Trio No.1 in D minor, Op.63 – 1. Mit Energie und Leidenschaft
10. Piano Trio No.1 in D minor, Op.63 – 2. Lebhaft, doch nicht zu rasch

CD 2

1. Piano Trio No.1 in D minor, Op.63 – 3. Langsam, mit inniger Empfindung
2. Piano Trio No.1 in D minor, Op.63 – 4. Mit Feuer
3. Piano Trio No.2 in F, Op.80 – 1. Sehr lebhaft
4. Piano Trio No.2 in F, Op.80 – 2. Mit innigem Ausdruck
5. Piano Trio No.2 in F, Op.80 – 3. In mässiger Bewegung
6. Piano Trio No.2 in F, Op.80 – 4. Nicht zu rasch
7. Piano Trio No.3 in G minor, Op.110 – 1. Bewegt, doch nicht zu rasch
8. Piano Trio No.3 in G minor, Op.110 – 2. Ziemlich langsam
9. Piano Trio No.3 in G minor, Op.110 – 3. Rasch
10. Piano Trio No.3 in G minor, Op.110 – 4. Kräftig, mit Humor

Samuel Rhodes – Viola
Dolf Betthelhem – Violin
Beaux Arts Trio

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Johann Sebastian Bach – Violin Sonatas (1685-1750) BWV 1014-1021 – Viktoria Mullova – Octavio Dantone

NOVOS LINKS!!!

Este CD foi um de meus campeôes de download, deve ter ultrapassado a barreira dos 1000 cada um deles. Foi postado nos bons tempos do Rapidshare, tempos em que eu tinha conta premium e tudo o mais. Mas está aí o cd duplo, agora com links renovados.

Já que o mano PQP me deu autorização, trago então as famosas e tão comentadas gravações de Viktoria Mullova e Octavio Dantone para as Sonatas para Violino e Cravo de papai. Tiro este peso das costas, depois de ter sido acusado de agir sorrateiramente e na calada da noite quando postei as Sonatas para Violino Solo na semana passada, com a mesma Mullova.
Mas, como diz o outro, resolvemos os problemas de família entre a própria família, portanto,já nos entendemos.
Sem mais, vamos ao que interessa.
Eis o que o mais tradicional jornal inglês escreveu a respeito destas gravações:

THE TIMES – Geoff Brown 29 June 2007 ****

The Ice Queen was the old journalistic tag for Viktoria Mullova. But it’s better buried: the Russian-born violinist, now in her late forties, inflects her playing, as she inflects her career, with obvious emotional intensity.
She made her recording name in the late 1980s, playing the big concertos for Philips Classics. But then the men in suits got number-crunching. Result: the end of her contract and, in 2005, the start of a new life, with greater freedom, at the new label Onyx Classics, dedicated to giving artists as much control as they desire.
With Mullova, this means playing with gut strings on her precious 1750 Guadagnini. Her passion for period instruments is well known, but this new release of Bach sonatas for violin and harpsichord (BWV 1014-19) takes her deeper into Baroque repertory than before. The recording’s quite close: you can’t escape from the edge in her tone, especially in slow movements. Yet this Onyx two-disc set with the fiery Ottavio Dantone (mostly on harpsichord) equally celebrates Mullova’s gentler side. The fourth sonata’s opening largo purrs with restrained lyricism while the fifth’s largo, gravely beautiful, sounds the depths. There’s not a dull note anywhere.
Bach being Bach, Mullova’s old knack for clinical excellence isn’t wasted. Both players need extreme manual dexterity. Yet the counterpoint in these sonatas crackles with fire, and the relationship between violin and keyboard (are they colleagues or rivals, master or slave?) changes as often as the instrumental colours.
The kaleidoscope dazzles the most in the two additional sonatas for violin and continuo. In the first of them, BWV 529, Mullova sits back happily in a richly textured ensemble sound characterised by the extreme rhythmic thrust of lute and viola da gamba and the bright treble piping of Dantone’s positive organ. No one could listen to this and still harbour the cliche of Bach’s counterpoint being dry, the stitching of a sewing machine.

E sobre Mullova, o jornal americano Chicago Tribune escreveu que “[Viktoria] Mullova may be the most elegant,refined and sweetly expressive violinist on the planet.”
The Chicago Tribune, August 2005

Enfim, divirtam-se:

Johann Sebastian Bach – Violin Sonatas BWV 1014-1021 – Viktoria Mullova – Octavio Dantone

1. Sonata in B minor, BWV 1014 for violin and harpsichord: Adagio
2. Sonata in B minor, BWV 1014 for violin and harpsichord: Allegro
3. Sonata in B minor, BWV 1014 for violin and harpsichord: Andante
4. Sonata in B minor, BWV 1014 for violin and harpsichord: Allegro
5. Sonata in A, BWV 1015 for violin and harpsichord: Dolce
6. Sonata in A, BWV 1015 for violin and harpsichord: Allergo
7. Sonata in A, BWV 1015 for violin and harpsichord: Andante un poco
8. Sonata in A, BWV 1015 for violin and harpsichord: Presto
9. Sonata in E, BWV 1016 for violin and harpsichord: Adagio
10. Sonata in E, BWV 1016 for violin and harpsichord: Allegro
11. Sonata in E, BWV 1016 for violin and harpsichord: Adagio ma non tanto
12. Sonata in E, BWV 1016 for violin and harpsichord: Allegro
13. Trio Sonata No. 5 in C, BWV 529 for violin, organ and continuo: Allegro
14. Trio Sonata No. 5 in C, BWV 529 for violin, organ and continuo: Largo
15. Trio Sonata No. 5 in C, BWV 529 for violin, organ and continuo: Allegro

CD 2

1. Sonata in C minor, BWV 1017 for violin and harpsichord: Largo
2. Sonata in C minor, BWV 1017 for violin and harpsichord: Allegro
3. Sonata in C minor, BWV 1017 for violin and harpsichord: Adagio
4. Sonata in C minor, BWV 1017 for violin and harpsichord: Allegro
5. Sonata in F minor, BWV 1018 for violin and harpsichord: Largo
6. Sonata in F minor, BWV 1018 for violin and harpsichord: Allegro
7. Sonata in F minor, BWV 1018 for violin and harpsichord: Adagio
8. Sonata in F minor, BWV 1018 for violin and harpsichord: Vivace
9. Sonata in G, BWV 1019 for violin and harpsichord: Allegro
10. Sonata in G, BWV 1019 for violin and harpsichord: Largo
11. Sonata in G, BWV 1019 for violin and harpsichord: Allegro
12. Sonata in G, BWV 1019 for violin and harpsichord: Adagio
13. Sonata in G, BWV 1019 for violin and harpsichord: Allegro
14. Sonata in G, BWV 1021 for violin and continuo: Adagio
15. Sonata in G, BWV 1021 for violin and continuo: Vivace
16. Sonata in G, BWV 1021 for violin and continuo: Largo
17. Sonata in G, BWV 1021 for violin and continuo: Presto

Viktoria Mullova – Violin
Octavio Dantone – Harpsichord

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

.: interlúdio — Emil Viklický :.

(Inserir aqui parágrafo introdutório. Dificuldade/prazer das escavações menos prováveis versus simples acaso do levar um download adiante. Não prolongar demais a baboseira e evitar que a introdução emperre o post. (Interlúdio em tcheco é přestávka, e blue dog, modrá pes; ambos inutilizáveis em qualquer contexto, ô língua alienígena))

nullDono de um currículo que contém mais prêmios do que discos, o pequeno Emil aprendeu a tocar piano em casa: diz a lenda (e o site oficial também) que o avô mandou trazer um grand piano Hoffbauer da Áustria como presente de casamento para sua esposa. Se tomou lições da avó, seguimos ignorando, mas é bonitinho de imaginar — e a julgar por suas fotos, sempre sorrindo, não lhe parece ter sido uma infância torturante. Fato que inclusive se confirma na música que desenvolve: nada contém de sombria.

Embora pareça jamais ter sido outra coisa além de músico, Emil Viklicky formou-se em Matemática na então Tchecoslováquia do final dos anos 1960. Em paralelo à faculdade, aprofundou-se no piano para jazz e começou a tocar pela noite, onde chamou atenção até ganhar bolsas para ampliar sua educação musical nos EUA. Inquieto, desde então vem percorrendo o mundo, tocando em formações pouco estáveis, colaborando com uma plétora de outros artistas — principalmente europeus —, arriscando trilhas sonoras e ganhando láureas por suas composições. Ao instrumento, é daqueles players que elevam o estilo, trazendo refinamento e trabalhando com excelência os espaços de seus sons e dos à volta; e é interessante que o faça operando num dos mais enérgicos estilos do jazz, o fusion. No entanto, não se limita; hoje é mais conhecido pelos sofisticados trabalhos em que une jazz e música folk da Morávia.

Tendo sido jovem como (aparentemente) todos nós, Emil começou sua vida musical tocando numa banda de rock de protesto, que foi imediatamente censurada pelo regime comunista. Como não era vocalista nem letrista, mas viu que tinha um bom guitarrista ao lado, propôs que reformassem a banda como um grupo de jazz fusion — onde ele poderia mostrar mais seu trabalho e, de quebra, burlar a censura. Dessa ideia surgiu uma pérola perdida do estilo: o autointitulado, álbum único da banda Energit, primeiro disco deste post. Centrado numa longa composição chamada “Manhã”, cuja parte 1 ocupa todo o lado A da bolacha e é, sem rodeios, uma obra prima, traz o registro de uma longa, embora comedida relação com os pianos elétricos e até alguns sabores mais conservadores de sintetizadores. Como Zawinul (et al.) já havia demonstrado, é fácil perceber a intenção: preencher espaços de maneira sutil, porém eficaz, com as texturas e harmônicas que as variantes eletrificadas do piano oferecem. Essa marca permanece ao seu lado nos seus trabalhos de fusion, como podemos notar no segundo disco do post, The Funky Way of Emil Vicklicky — uma coletânea daquelas bem safadas mas que, pela dificuldade de acesso ao material original, acabam servindo bem ao propósito de dar um panorama artístico. (Mesmo que ele inclua uma versão de Chega de Saudade. Aliás, fato pronto pra mesa de boteco: “sabia que Chega de Saudade foi cantada até em tcheco?”) O terceiro e último álbum trazido aqui cobre o trabalho “high brow” de Emil: o único disco que encontrei do projeto Ad Lib Moravia, que lidera ao lado de outros músicos tchecos e apresenta-se regularmente pela Europa. Bem diferente do seu lado fusion, aqui ele coloca o piano a serviço das melodias folk típicas, agitando levemente seus limites até obter delas uma qualidade moderna e elevada de jazz, às bordas do contemporâneo clássico. Por folk, também vai contar com voz em algumas peças, e até violino; na mesma medida, há raros momentos solo, em que expressa bem as qualidades que o tornam um músico único.


Energit ‎– Energit /1975 link nos comentários
A Ráno (Part I.)
B1 Paprsek Ranního Slunce
B2 Noční Motýl
B3 Apoteóza
B4 Ráno (Part II.)

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Emil Viklický ‎– The Funky Way Of Emil Viklický /2009 link nos comentários
01 Viklický/Frisell/Driscoll/Johnson – Trochu Funky
02 SHQ – Týden
03 Emil Viklický Big Band – Ještě Jednou Slunce
04 Viklický/Frisell/Driscoll/Johnson – Květen
05 Eva Svobodová – Kam S Tím Blues (Chega de Saudade)
06 Emil Viklický Big Band – 70 Východní
07 Viklický/Frisell/Driscoll/Johnson – Boston
08 Energit – Zelený Satén
09 Emil Viklický Big Band – Hromovka
10 SHQ featuring Eva Svobodová – Země Plná Lásky
11 Viklický/Frisell/Driscoll/Johnson – Zase Zapomněli Zavřít Okno
12 Emil Viklický Big Band – Siesta
13 Viklický/Frisell/Driscoll/Johnson – Jumbo Jet
14 Energit – Ráno (Part 1; edited version)
(01, 04, 07, 11, 13) from album “Okno”, 1980 • (02) from 7″ EP “Mini jazz klub č. 18”, 1977 • (03, 06, 09, 12) Previously unreleased, 1981 (03, 12), 1987 (06), 1979 (09) • (05) from album “Můj ráj”, 1984 • (08) from 7″ EP “Mini jazz klub č. 6”, 1976 • (14) originally from album “Energit”, 1975 • (10) from 7″ single ‘Zrcadlení’/‘Země plná lásky’, 1977

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Emil Viklický, Zuzana Lapčíková, Jiří Pavlica – Prší Déšť /1994 link nos comentários
01 Prolog 02 Prší Déšť 03 Grumla 04 Kvítí Milodějné 05 Šibeničky 06 Bazalička 07 Bylo Lásky 08 Koně Moje Vrané 09 Keď Sa Janko Na Vojnu Bral 10 Mal Som 7 Peňazí 11 Na Horách, Na Dolách 12 Dyby Ně Tak Bylo 13 Mašíruju Na Francúza 14 Touha 15 Epilog

Boa audição!
Blue Dog

Vivaldi (1678-1741): As Quatro Estações / Tartini (1692-1770): O Trilo do Diabo

É óbvio que eu amo Anne-Sophie Mutter, que a acho linda e que adoraria tê-la comigo em todas as noites após seus concertos e não-concertos. É óbvio que ela é uma extraordinária violinista, mas nada vai me impedir de dizer que este CD é uma porcaria, apesar do excelente repertório. O primeiro problema é o andamento marcial dado à obra de Vivaldi. Há pássaros e borboletas marchando em fila indiana sobre o arvoredo. Parece desenho animado. Em segundo lugar, há um fato pessoal. Eu não consigo mais ouvir música barroca tocada em instrumentos de hoje. Ao vivo, ainda dá para engolir, mas em disco não dá mais, me desculpem. Neste disco, parece que estão serrando Vivaldi em dois. Uma pena. Qualquer um pode discordar sem problemas, mas só depois de ouvir, tá?

Vivaldi (1678-1741): As Quatro Estações / Tartini (1692-1770): O Trilo do Diabo

1. Concerto for Violin and Strings in E, Op.8, No.1, R.269 “La Primavera” – 1. Allegro 3:36
2. Concerto for Violin and Strings in E, Op.8, No.1, R.269 “La Primavera” – 2. Largo 3:14
3. Concerto for Violin and Strings in E, Op.8, No.1, R.269 “La Primavera” – 3. Allegro (Danza pastorale) 4:21

4. Concerto for Violin and Strings in G minor, Op.8, No.2, R.315 “L’estate” – 1. Allegro non molto – Allegro 6:17
5. Concerto for Violin and Strings in G minor, Op.8, No.2, R.315 “L’estate” – 2. Adagio – Presto – Adagio 2:20
6. Concerto for Violin and Strings in G minor, Op.8, No.2, R.315 “L’estate” – 3. Presto (Tempo impetuoso d’estate) 2:33

7. Concerto for Violin and Strings in F, Op.8, No.3, R.293 “L’autunno” – 1. Allegro (Ballo, e canto de’ villanelli) 6:19
8. Concerto for Violin and Strings in F, Op.8, No.3, R.293 “L’autunno” – 2. Adagio molto (Ubriachi dormienti) 2:59
9. Concerto for Violin and Strings in F, Op.8, No.3, R.293 “L’autunno” – 3. Allegro (La caccia) 3:52

10. Concerto for Violin and Strings in F minor, Op.8, No.4, R.297 “L’inverno” – 1. Allegro non molto 3:39
11. Concerto for Violin and Strings in F minor, Op.8, No.4, R.297 “L’inverno” – 2. Largo 2:49
12. Concerto for Violin and Strings in F minor, Op.8, No.4, R.297 “L’inverno” – 3. Allegro 3:50

13. Sonata for Violin and Continuo in G minor, B. g5 – “Il trillo del diavolo” – 1. Larghetto affettuoso 3:56
14. Sonata for Violin and Continuo in G minor, B. g5 – “Il trillo del diavolo” – 2. Allegro 3:25
15. Sonata for Violin and Continuo in G minor, B. g5 – “Il trillo del diavolo” – 3. Andante – Allegro 1:12
16. Sonata for Violin and Continuo in G minor, B. g5 – “Il trillo del diavolo” – 4. Allegro assai 8:26

Anne-Sophie Mutter (violin & conductor)
Trondheim Soloists

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Anne-Sophie Mutter foi flagrada mandando PQP Bach tomar no cu

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – CD 3 de 3 – Brendel, Rattle, WPO

“If I belong to any tradition, then it is the tradition which makes the masterpiece telling the performer what he should do and not the performer telling the peace what it should be like or the composer what he ought to have composed.”
Alfred Brendel fez essa declaração em um documentário produzido por ocasião da gravação que ora posto. Creio que sintetiza bem o pensamento do grande pianista, um dos maiores de sua geração.
Para concluir a coleção temos então o Concerto n° 5, também conhecido por “Imperador”, o maior de todos os concertos para piano já compostos, talvez levemente ofuscado pelo Segundo Concerto de Brahms, outro peso pesadíssimo, mas o papo aqui é Beethoven. Tenho certeza que será uma bela trilha sonora para o domingo.
Nossa antiga colaboradora, Clara Schumann, tinha tamanho apreço por Brendel que o chamava de “Brendel, meu brendelzinho”. Não sei por onde anda nossa amiga portuguesa, sumiu sem deixar rastros. Se por acaso ela ainda nos acompanha, mesmo que no anonimato, fica aqui um grande abraço e faço questão de dedicar a postagem desta coleção a ela.

01.Piano Concerto No.5 in Es-dur, Op.73, Emperor – I. Allegro
02.Piano Concerto No.5 in Es-dur, Op.73, Emperor – II. Adagio un poco mosso
03.Piano Concerto No.5 in Es-dur, Op.73, Emperor – III. Rondo- Allegro ma non troppo

Alfred Brendel – Piano
Wiener Philharmoniker
Simon Rattle

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FDPBach

J. S. Bach (1685-1750) & F. F. Chopin (1810-1849): Os Prelúdios [link atualizado 2017]

Este disco duplo em versão vinil, abriu-me as portas para os Prelúdios de Bach e Chopin. Apesar de gostar muito desse álbum, demorei bastante a procurá-lo pela rede. Nesses últimos dias, lembrei dele por causa do aniversário de Chopin e comecei a “cascaviar” por aí. Encontrei o vinil em vários sites de vendas, mas nada de encontrar pra baixar, porém não desisti e continuei a busca, e pra minha surpresa, mas com uma capa bem diferente da versão em vinil, encontrei-o em cd, num desses famosos sites de vendas de novos e usados, e pra tudo ficar mais perfeito ainda, o vendedor morava na minha cidade. Dei o lance imeditamente, contactei o vendedor no mesmo instante e foi só ir buscar o disco, novíssimo e lacradinho. E para o deleite de todos, estou aqui compartilhando a minha mais nova aquisição.

A sequência lógica e meticulosamente pensada com que estes prelúdios são executados, dá um brilho diferente e mostra através desse gênero musical, a genialidade de dois compositores de estilos e épocas tão diferentes, mas que musicalmente se encaixam de forma espetacular obtendo uma incrível unidade harmônica. Não precisei nem escutar muitas vezes para me acostumar com a ideia, quase inevitável e natural, de uma peça “puxando” a outra, como se elas se completassem numa cadência perfeita.

O fato da gravação ser ao vivo e podermos ouvir tosses e outros ruídos desagradáveis, não tiram o brilhantismo do cd, pois a grande ideia do encontro e o virtuosismo dos dois renomados intérpretes brasileiros, compensam todos os pontos negativos que talvez possamos identificar na gravação desse histórico concerto ocorrido em 19 de setembro de 1981 na cidade de Nova York.

Usando o, já famoso, jargão do nosso maior colaborar e dono do blog, PQP Bach…
…este é um cd IM-PER-DÍ-VEL!

.oOo.

Bach & Chopin: Os Prelúdios

Disco 1
01 Bach: Nº 1 em Dó Maior / Chopin: Nº 1 em Dó Maior (4:14)
02 Chopin: Nº 20 em Dó Menor / Bach: Nº 2 em Dó Menor (3:08)
03 Bach: Nº 9 em Mi Maior / Chopin: Nº 9 em Mi Maior (3:17)
04 Chopin: Nº 8 em Fá Sustenido Menor / Bach: Nº 14 em Fá Sustenido Menor (2:45)
05 Bach: Nº 19 em Lá Maior / Chopin: Nº 7 em Lá Maior (2:13)
06 Chopin: Nº 2 em Lá Menor / Bach: Nº 20 em Lá Menor (2:59)
07 Bach: Nº 21 em Si Bemol Maior / Chopin: Nº 21 em Si Bemol Maior (3:28)
08 Chopin: Nº 4 em Mi Menor / Bach: Nº 10 em Mi Menor (4:50)
09 Bach: Nº 13 em Fá Sustenido Maior / Chopin: Nº 13 em Fá Sustenido Maior (6:04)
10 Chopin: Nº 22 em Sol Menor / Bach: Nº 16 em Sol Menor (3:11)
11 Bach: Nº 17 em Lá Bemol Maior / Chopin: Nº 17 em Lá Bemol Maior (4:36)
12 Bach: Nº 12 em Fá Menor / Chopin: Nº 18 em Fá Menor (3:17)

Disco 2

01 Bach: Nº 7 em Mi Bemol Maior / Chopin: Nº 19 em Mi Bemol Maior (6:44)
02 Chopin: Nº 14 em Mi Bemol Menor / Bach: Nº 8 em Mi Bemol Menor (5:24)
03 Bach: Nº 3 em Dó Sustenido Maior / Chopin: Nº 15 em Ré Bemol Maior (7:29)
04 Chopin: Nº 10 em Dó Sustenido Menor / Bach: Nº 4 em Dó Sustenido Menor (3:34)
05 Bach: Nº 5 em Ré Maior / Chopin: Nº 5 em Ré Maior (1:35)
06 Chopin: Nº 12 em Sol Sustenido Menor / Bach: Nº 18 em Sol Sustenido Menor (2:48)
07 Bach: Nº 15 em Sol Maior / Chopin: Nº 3 em Sol Maior (1:45)
08 Chopin: Nº 16 em Si Bemol Menor / Bach: Nº 22 em Si Bemol Menor (4:03)
09 Bach: Nº 23 em Si Maior / Chopin: Nº 10 em Si Maior (2:00)
10 Chopin: Nº 6 em Si Menor / Bach: Nº 24 em Si Menor (4:54)
11 Bach: Nº 11 em Fá Maior / Chopin: Nº 23 em Fá Maior (2:11)
12 Bach: Nº 6 em Ré Menor / Chopin: Nº 24 em Ré Menor (4:20)

Pianos:

Bach: João Carlos Martins
Chopin: Arthur Moreira Lima

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Dois discos

Já viu nossos mais de 100 endereços para baixar partituras? Clique aqui

Marcelo Stravinsky
Repostado por Gabriel della Clarinet
Trepostado por PQP
Tetrapostado por Bisnaga

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – CD 2 de 3 – Brendel, Rattle, WPO

Alfred Brendel, Simon Rattle e a Filarmônica de Viena continuam exibindo sua versatilidade, virtuosismo e excelência tocando os Concertos de n° 2 e de n° 3 de Herr Beethoven. Preciso falar mais alguma coisa? Não, né, então aproveitem bem, pois o tempo urge e preciso sair.

01.Piano Concerto No.2 in B-dur, Op.19 – I. Allegro Con Brio
02.Piano Concerto No.2 in B-dur, Op.19 – II. Adagio
03.Piano Concerto No.2 in B-dur, Op.19 – III. Rondo – Molto Allegro
04.Piano Concerto No.3 in c-moll, Op.37 – I. Allegro Con Brio
05.Piano Concerto No.3 in c-moll, Op.37 – II. Largo
06.Piano Concerto No.3 in c-moll, Op.37 – III. Rondo – Allegro

Alfred Brendel – Piano
Wiener Philharmoniker
Simon Rattle – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Concertos – CD 1 de 3 – Brendel, Rattle, WPO

Já faz algum tempo que não postamos nada com o grande Alfred Brendel. Então resolvi trazer esta integral dos concertos de piano de Beethoven, gravado no final dos anos 90. E acompanhado por Simon Rattle, antes deste assumir a Filarmônica de Berlim e antes de se tornar um Cavaleiro da Rainha e ostentar um Sir em frente ao nome.
Esta deve ser a terceira integral que Brendel gravou destes concertos de Beethoven. Lembro da versão com o Levine e com o Haitink, mas posso estar esquecendo alguma outra. Um músico da estatura de Brendel não se intimida diante do desafio de explorar novas sonoridades e possibilidades destas obras imortalizadas por ele mesmo e por outros gigantes do teclado. Como diz o texto do libreto que acompanha a caixa: “Do we really need another series of piano concertos by Beethoven? In this case, the answer is perfectly clear: with such musicianship, one could not have enough of them”.  A definição perfeita: nunca não serão suficientes pois tanto nós quanto os intérpretes estaremos procurando sempre algo mais. As novas gerações sucedem as velhas e já temos gente do nível do Paul Lewis, já postado por aqui e esmiuçado pelo Monge Ranulfus, nos mostrando uma leitura mais arejada. Li que Ronald Brautigam também está em processo de gravação destes concertos e que ao contrário das sonatas, está se utilizando de um piano moderno no lugar do pianoforte que utilizou nas gravações das sonatas. E com certeza teremos novidades. É a beleza da capacidade humana de superação.

Os clientes da amazon foram meio tímidos na avaliação: apenas 4 estrelas. Eu particularmente acrescentaria mais uma meia estrela por tudo o que Brendel já realizou.

Claro que esta é minha opinião. E não peço para ninguém compartilhá-la. Tratam-se apenas de palavras e a música de Beethoven está muito além delas.

Então divirtam-se.

01.Piano Concerto No.1 in C-dur, Op.15 – I. Allegro con brio
02.Piano Concerto No.1 in C-dur, Op.15 – II. Largo
03.Piano Concerto No.1 in C-dur, Op.15 – III. Rondo – Allegro scherzando
04.Piano Concerto No.4 in G-dur, Op.58 – I. Allegro moderato
05.Piano Concerto No.4 in G-dur, Op.58 – II. Andante con moto
06.Piano Concerto No.4 in G-dur, Op.58 – III. Rondo – Vivace

Alfred Brendel – Piano
Wiener Philharmoniker
Simon Rattle – Conductor

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Edward Elgar (1857-1934) – Cello Concerto – Jacqueline Du Pré – LSO, Sol Gabetta – DNSO, Anne Gastinel – CBSO

Eis uma coisa que não costumo fazer: postar a mesma obra interpretada por três intérpretes diferentes na mesma postagem: a incomparável Jacqueline Du Pré, gravação esta realizada no meio dos anos 60, a musa do PQPBach, a excelente Sol Gabetta, e a francesa Anne Gastinel, tendo estas duas últimas gravado estes cds recentemente.
O mesmo concerto interpretado por três mulheres de três gerações diferentes. Já tenho esta gravação da Du Pré há alguns anos, e não canso de ouvi-la. Como que prenunciando a doença que encerraria sua carreira, a inglesa joga-se de corpo e alma em sua interpretação, extraindo da obra de Elgar toda a emotividade que ela contém. Detalhe: Du Pré tinha apenas 20 anos de idade quando gravou o concerto, acompanhada pelo grande regente inglês Sir John Barbirolli e a Sinfônica de Londres. Seu nome logo foi associado ao Concerto, sendo esta gravação considerada lendária e definitiva.Como é sabido, teve de abandonar os palcos devido a ser acometida pela terrível doença conhecida como “Esclerose Múltipla”. Morreu em 1987, com apenas quarenta e dois anos de idade.
A argentina Sol Gabetta é um dos grandes nomes da nova geração de cellistas. Dia destes PQPBach trouxe aos senhores um vídeo dela tocando o dificílimo concerto de Shostakovich, e Sol dá um show. Mas esta sua leitura de Elgar me deixou um pouco decepcionado, talvez por ter na cabeça a visceral interpretação de Du Pré. Ao contrário do que poderiamos esperar de uma argentina, e o nome de Martha Argerich me vem imediatamente à cabeça, falta sangue, suor e lágrimas.  Talvez com o tempo eu me acostume com este seu comedimento.
Anne Gastinel não é uma desconhecida para nós, apesar de sua discografia não ser tão extensa, mas seu Bach é muito elogiado e considero esta sua gravação do Concerto de Elgar superior à de Gabetta. Talvez por ser mais velha que a argentina, a francesa assimilou melhor a profundidade e a emotividade necessárias para interpretação da obra.
Pois então vamos ao que viemos.

Elgar – Cello Concerto – Sol Gabetta

CD 1

01. Elgar – Concerto for cello and orchestra in E minor, op. 85 – 1. Adagio – Moderato
02. 2. Lento – Allegro molto
03. 3. Adagio
04. 4. Allegro – Moderato – Allegro ma non troppo
05. 5. Sospiri
06. 6. Salut d’amour
07. 7. La capricieuse
08. Dvorák – Waldesruh’, op. 68 No. 5
09. Dvorák – Rondo for cello and orchestra in G minor, op. 94
10. Respighi – Adagio con variazioni

CD 2

01. Vasks – ‘The Book’ for solo cello – I. Marcatissimo
02. II. Dolcissimo

Sol Gabetta – Cello
Danish National Symphony Orchestra
Mario Vengazo – Conductor

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Elgar, Barber Cello Concertos – Gastinel-Brown-Birmingham

01. Elgar – Concerto for Cello in E minor, Op. 85 – I. Adagio-moderato
02. II. Lento-Alegro molto
03. III. Adagio
04. IV. Allegro
05. Barber – Concerto for Cello in E minor, Op. 85 – I. Allegro moderato
06. II. Andante sostenuto
07. III. Molto allegro e appassionato

Anne Gastinel – Cello
City of Birmingham Symphony Orchestra
Justin Brown – Conductor

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Jacqueline du Pre – Elgar – Cello Concerto in E minor, Op. 85, Saint-Saens – Cello Concerto No. 1 in A minor, Op. 33, Delius – Cello Concerto

1  Elgar – Cello Concerto in E minor, Op. 85 – I. Adagio – Moderato
2 II. Lento – Allegro molto
3 IIII. Adagio
4 IV. Allegro, ma non troppo

Jacqueline Du Pré – Cello
London Symphony Orchestra
Sir John Barbirolli – Conductor

5 Saint-Saens – Cello Concerto No. 1 in A minor, Op. 33 – I. Allegro non troppo
6 – I. Adagio – Moderato
7  II. Allegretto con moto
8 III. Allegro non troppo

Jacqueline Du Pré – Cello
New Philharmonia Orchestra
Daniel Barenboim – Conductor

9 Delius – Cello Concerto – Lento – Con moto tranquillo

Jacqueline Du Pré
Royal Philharmonic Orchestra
Sir Malcolm Sargent – Conductor

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FDPBach

Frederic Chopin (1810-1849) – “Chez Pleyel” – Un concert de Chopin à Paris – Alain Planès

Eu poderia chamar este CD de temático, mas não seria o correto. Explico: o que o pianista francês Alain Planès faz aqui é “simular” uma apresentação de Chopin no ano de 1841, no famoso Salon Pleyel, em Paris. A descrição de Liszt, presente naquela rara aparição de Chopin tocando ao vivo, é emblemática:

“Last monday, at eight in the evening, the salons of M. Pleyel were splendidly iluminated; carriages constantly brought to the foot of a staircase covered by carpets and scented with flowers the most elegant women, the most fashionable young people, the most celebrated artists, the richest financiers, the most illustrious nobleman, a whole social elite, a whole aristocracy of birth, fortune, talent and beauty.
A grand piano stood open on a platform; people crowded around, aiming for the nearest places to it; already beforehand they pricked up their ears, prepared to listen reverently, saying to themselves that they must not miss a chord, a note, an intention, a thought of the man who was going  to come and sit there. And they were right to be so eager, attentive, religiously moved, for the man they were wainting for, whom they wished to see, hear, admire, applaud was not a merely a skilled virtuoso, a pianist expert int the art of playing notes; he was not merely and artist of great renown; he was all that  and more than all that: he was Chopin. “

O texto acima foi tirado do booklet do cd, uma primorosa edição da sempre excelente gravadora Harmonia Mundi. Como identifiquei acima, este texto foi escrito por Franz Liszt, que não por acaso se encontrava naquela apresentação. A leitura do restante do texto do booklet trará aos senhores maiores detalhes  e informações, inclusive sobre o piano que Alain Planès utiliza nesta gravação, construído em 1836 e que pertencia exatamente aos Salons Pleyes, célebre sala de concertos parisiense. Ou seja, existe a possibilidade de que este instrumento possa ter sido o instrumento que o próprio Chopin utilizou naquela noite. Curiosidades, com certeza.

Na verdade, o que importa aqui é a música de Chopin. O resto são detalhes. Espero que apreciem.

1 Alain Planès – Andante spianato op.22 en Sol majeur
2 Alain Planès – Ballade op.47 en La bémol majeur
3 Alain Planès – Nocturne op.48 no.1 en ut mineur
4 Alain Planès – Nocturne op.48 no.2 en fa dièse mineur
5 Alain Planès – Prélude op.28 no.13 en Fa dièse majeur
6 Alain Planès – Prélude op.28 no.11 en Si majeur
7 Alain Planès – Prélude op.28 no.4 en mi mieur
8 Alain Planès – Prélude op.28 no.9 en Mi majeur
9 Alain Planès – Étude op.25 no.1 en La bémol majeur
10 Alain Planès – Étude op.25 no.2 en fa mineur
11 Alain Planès – Étude op.25 no.12 en ut mineur
12 Alain Planès – Nocturne op.9 no.2 en Mi bémol majeur
13 Alain Planès – Nocturne op.27 no.2 en Ré bémol majeur
14 Alain Planès – Prélude op.45 en ut dièse mineur
15 Alain Planès – Prélude op.28 no.15 en Ré bémol majeur
16 Alain Planès – Mazurka KK IIb no.5 en la mineur
17 Alain Planès – Mazurka op.41 no.2 en mi mineur
18 Alain Planès – Mazurka op.41 no.3 en Si majeur
19 Alain Planès – Impromptu op.51 en Sol bémol majeur
20 Alain Planès – ‘Grande Valse’ op.42 en La bémol majeur

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Waldemar Henrique (1905-1995) – Canções (Alexandre Trik, baixo) [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Postado originalmente em janeiro de 2013. Só oficializando que este Disco é parte do Acervo P.Q.P.Bach de Música Clássica Brasileira…

Voltamos a postar Waldemar Henrique aqui no P.Q.P.Bach, o compositor que levava muito ao pé da letra aquela frase do arquiteto Mies van der Rohe: “Menos é mais“: sem grandes efeitos, sem grandes firulas orquestrais, Waldemar conseguia dar um caráter muito leve às suas músicas e, como lançava mão de letras com temas locais/regionais, muito se aproximou do popular, tanto que várias de suas melodias foram adaptadas por cantores de MPB.

Hoje, no caso, temos a interpretação de Alexandre Trik, baixo de voz muito escura e potente, que dá uma dramaticidade extra às composições de Waldemar Henrique, acompanhado por Helena Maia ao piano: vozeirão de responsa, parece um trovão! Voz essa que arrepia em alguns trechos. Vale a pena!

Ouça! Ouça! Deleite-se!

Waldemar Henrique
O Canto da Amazônia

Lendas Amazônicas
01. Tamba-Tajá
02. Curupira
03. Foi o Boto, sinhá
04. Uirapuru
05. Matintaperêra
06. Manha-Nungara
07. Cobra Grande
Pontos Rituais
08. Sem seu
09. No jardim de Oeira
10. Abá Logun
11. Abaluaiê
Peças Avulsas
12. Adeus
13. Hei de morrer cantando
14. Senhora Dona Sancha
15. Trem de Alagoas

Alexandre Trik, baixo
Helena Maia, piano
Belém, outubro de 1982

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FLAC encartes em 3.0Mpixel (181Mb)
MP3 encartes em 3.0Mpixel (165Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui

…Mas comente… Não me deixe apenas com o silêncio…

Bisnaga

Sergey Vasil'yevich Rachmaninov (1873 – 1943) – Rhapsody On A Theme Of Paganini, Op.43, Piano Concerto No.2 in C minor, Op.18 – Wang, Abbado, MCO


Duas de minhas obras favoritas de Rachmaninov interpretadas por uma chinesinha porreta, Yuja Wang. Tirei esta pequena biografia do site da DG:

“Born in Beijing in 1987, Yuja Wang had her first piano lessons at the age of six, and went on to study with Professors Ling Yuan and Zhou Guangren at Beijing’s Central Conservatory of Music. In 1999 she joined the Morningside Music summer program at Calgary’s Mount Royal College and won its concerto competition; in 2001 she began two years of study with Hung Kuan Chen and Tema Blackstone at Mount Royal College Conservatory. In 2002 she won the Aspen Music Festival’s concerto competition and became a student of Gary Graffman at the Curtis Institute in Philadelphia, where she graduated in 2008.”

 Ou seja, mais um grande talento vindo da China, depois do fenômeno Lang-Lang e que tem uma bela carreira pela frente. Recém renovou contrato com a poderosa DG e suas apresentações sempre tem platéia lotada.

Sugiro darem uma olhada neste vídeo promocional que está no youtube:

1 – 26 – Rhapsody On A Theme Of Paganini, Op.43
27 – Piano Concerto No.2 in C minor, Op.18 – 1 – Moderato
28 – Adagio Sostenuto
29 – Allegro scherzando
Yuja Wang – Piano
Mahler Chamber Orchestra
Claudio Abbado – Conductor
FDPBach

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 4 em G e Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor (Revalidação)

Postado originalmente em 1 de maio de 2010.

Quarta Sinfonia: Muitos biógrafos e musicólogos ainda incluem nesta fase [dos pensamentos profundos sobre a existência humana, o sofrimento e a salvação] a sua Quarta Sinfonia, por ela ainda manter inspiração nos textos do Knaben Wunderhorn, e por seu último movimento ter sido pensado originalmente para o final da Terceira. Mas são universos já bastante distintos, apesar das semelhanças físicas, pois, ao contrário das anteriores, sua Quarta Sinfonia é uma das mais simples e objetivas. Talvez já tendo esgotado os recursos grandiloqüentes da Segunda e Terceira, Mahler procurou nesta a extrema simplicidade, pureza de timbres e de temas, síntese de idéias e evitando os efeitos de massa instrumental das sinfonias precedentes. Com isso conseguiu apurar ainda mais sua técnica de composição, mas ainda aproveitou a voz humana no último movimento, com um texto do Wunderhorn sobre as impressões de uma criança no Paraíso. Um final extremamente simples, mas também muito significativo na obra de Mahler, que prima pelo discurso claro, de transparência cristalina, mas cuja riqueza de idéias e de temas nada fica a dever às Sinfonias anteriores.

Quinta Sinfonia: As três sinfonias que se sucederam são puramente instrumentais, e Mahler inaugura com elas um novo ciclo, mais “musical”, sem interferências de textos e narrativas extra-musicais. Mas, apesar disso, são sinfonias que não abandonam as intenções filosóficas, apenas as deixa mais subjetivas. Sua Quinta Sinfonia é a mais conhecida e também a mais importante, obra divisora de águas, em que Mahler busca uma fusão de suas convicções pessoais com sua poderosa intuição estética, na tentativa de transformar suas idéias em música pura. Dividida em três partes, ela organiza de uma maneira bastante convicta o que antes aparecia de maneira implícita, ou seja, a narrativa musical saindo do trágico e caminhando para o triunfo. A primeira parte abre com uma marcha fúnebre, seguida de um movimento tempestuoso e enérgico (não sem a indicação da esperança, num tema que depois será retomado com alegria abundante no final), caracterizando o conflito e definindo suas metas. A segunda parte engloba um único movimento, o Scherzo, mais descontraído e musicalmente muito bem arquitetado, como se fortalecendo as bases para a terceira e última parte. Esta inicia com o famoso adagietto, talvez a mais conhecida passagem de Mahler, um movimento escrito apenas para cordas, lento e de beleza incomparável em sua obra. Um grande hino de amor e esperança. O final mescla temas dos movimentos anteriores, mas sempre direcionando-os para a resolução dos conflitos, com passagens simples, quase infantis, concluindo com uma grande explosão de alegria. A Quinta é, para muitos, sua mais característica obra, onde suas idéias musicais e convicções pessoais estão dispostas de maneira mais equilibrada e segura (apesar do próprio Mahler ter revisto várias vezes a partitura e se espantava em verificar erros de orquestração cada vez que fazia uma nova revisão).

Extraído DAQUI

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 4 em G

Disco 1

01. I. Bedächtig. Nicht eilen
02. II. In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
03. III. Ruhevoll
04. IV. Das himmlische Leben. Sehr behaglich

Concertgebouw Orchestra
Sylvia Stahlman, soprano
Sir George Solti, regente

Disco 2

Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor

01. 1. Trauermarsch
02. 2. Stürmisch bewegt. Mit grösster Vehemenz
03. 3. Scherzo – Kraftig, nicht zu schnell
04. 4. Adagietto – Sehr langsam
05. 5. Rondo – Finale – Allegro

Chicago Symphony Orchestra
Sir Georg Solti, regente

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

Carlinus

Favourite Cello Concertos – Haydn, Dvorak, Schumann, Elgar, Tchaikovsky, Saint-Säens (Revalidação)

Postado originalmente em 13 de março de 2011.

Este é um baita CD, daqueles que dispensam comentários. Traz um repertório deveras de peso com obras para cello – Haydn, Dvorak, Elgar, Schumann, Tchaikovsky e Saint-Säens. O músico que nos conduzirá por essa jornada é Mischa Maisky, aluno de Rostropovich e Piatigorsky, dois mestres incontestáveis do instrumento no século XX. Maisky tem se apresentado em várias salas de concerto pelo mundo – Orquestra Nacional Russa, Orquestra de Câmara da Europa, Orquestra Sinfônica de Londres e etc. Gravado ao lado de nomes como Martha Argerich e Gidon Kremer. Sendo assim, não hesite em baixar, pois temos aqui as principais obras que já foram compostas para o instrumento. Uma boa apreciação!

DISCO 01

Joseph Haydn (1732-1809) – Cello Concerto #2 In D, Op. 101, H 7B_2
01. 1. Allegro Moderato
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo_ Allegro

Chamber Orchestra of Europe

Antonín Dvorák (1841-1904) – Cello Concerto op. 104
04. 1. Allegro
05. 2. Adagio, Ma Non Troppo
06. 3. Finale_ Allegro Moderato

Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein, regente

From The Bohemian Forest, Op. 68 – Silent Woods
07. From The Bohemian Forest, Op. 68 – Silent Woods

Orchestra de Paris
Semyon Bychkov, regente

DISCO 02

Robert Schumann (1810-1856) – Cello Concerto In A Minor, Op. 129
01. 1. Nicht Zu Schnell
02. 2. Langsam
03. 3. Sehr Lebhaft

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein, regente

Edward Elgar (1857-1934) – Cello Concerto In E Minor, Op. 85
04. 1. Adagio Moderato
05. 2. Lento, Allegro Molto
06. 3. Adagio
07. 4. Allegro Moderato

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Variations On A Rococo Theme, Op. 33
08. Moderato Semplice
09. Var. #1, Tempo Della Tema
10. Var. #2, Tempo Del Tema
11. Var. #3, Andante Sostenuto
12. Var. #4, Andante Grazioso
13. Var. #5, Allegro Moderato
14. Var. #6, Andante
15. Var. #7, Coda_ Allegro Vivo

Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente

Camille Saint-Saens (1835-1921) – Carnival Of The Animals
16. 14. The Swan

Orchestre de Paris
Semyon Bychkov, regente

Mischa Maisky, violoncelo

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

Carlinus

Gustav Mahler(1860-1911) Symphony No. 8 Song of a Thousand in E-flat major


Mahler sempre foi um dos compositores favoritos dos membros do PQPBach, mas anda em baixa ultimamente, com certeza devido ao fato de já termos postado diversas gravações de suas obras, principalmente sinfonias.
Para variar, fuçando meus velhos cds, reencontrei esta histórica gravação da Oitava Sinfonia, a gigantesca Sinfonia dos Mil, nas competentes mãos do Jascha Horenstein, à frente da London Symphony Orchestra. E trata-se de uma gravação mítica. Explico: até então a monumental obra mahleriana só havia sido interpretada 4 (isso mesmo, quatro) vezes em solo britânico.
Eis o texto do editorialista da amazon:
The BBC finally opened its archives and has since been pouring forth generously with gems once only rumored to exist. This performance of Mahler’s monumental Eighth Symphony was taped live in London’s Royal Albert Hall on March 20th, 1959, and marked only the fourth time it had been performed in London and the first time the great Mahlerian Jascha Horenstein had conducted it. It so stunned the packed hall–nearly 6,000 people attended–that it could be seen as the start of the Mahler revival in England; previously the critic for The Times had written, “We don’t want Mahler here.” Performed after much rehearsal, but never with all the disparate elements at the same time, this set leaves almost all the other recorded versions in the dust. In excellent mono sound, beautifully remastered, we hear things we never get in Mahler–I won’t pick and choose, but suffice it to say that while almost all of this symphony tends to be effective, not all of it always sounds beautiful; Horenstein and the London Symphony, various soloists, and choruses play it not to stun (as more recent conductors do) but to introduce it. I’ve heard this work dozens of times, a couple of them live, and this set is the most effective presentation of this complex work I’ve encountered. –Robert Levine
Como o texto acima alerta, trata-se de um broadcast, ou seja, foi gravado ao vivo no Royal Albert Hall e transmitido pela BBC. É uma gravação mono, mas com remasterização de primeira. Horenstein é considerado por muitos o maior dos intérpretes da obra de Mahler, e se depender desta gravação que ora trago, deve mesmo ser verdade.
Outra curiosidade sobre essa gravação, além da descrita pelo editorialista da amazon, é que existe apenas uma cópia a venda, e usada, e o maluco do dono quer $195.00 por ela. Alguém se habilita?
Infelizmente, não consegui maiores informações sobre todos os solistas. Agradeço muito se alguém tiver uma relação mais completa para me passar.

1. Symphony No 8, Part 1: Veni, Crator spiritus
2. Symphony No 8, Part 1: Imple Superna Gratia
3. Symphony No 8, Part 1: In Nosrti Corpois
4. Symphony No 8, Part 1: Tempo I (Allegro, Etwas Hastig)
5. Symphony No 8, Part 1: In Nosrti Corpois
6. Symphony No 8, Part 1: Accende Lumen Sensibus
7. Symphony No 8, Part 1: Qui Paraclitus Diceeris
8. Symphony No 8, Part 1: Gloria Patri Domino
9. Symphony No. 8, Part 2: Poca Adagio
10.Symphony No. 8, Part 2: Waldung, Sie Schwank Heran
11.Symphony No. 8, Part 2: Ewiger Wonnebrand
12.Symphony No. 8, Part 2: Wie Felsenbgrund Mir Zu Fuben
13.Symphony No. 8, Part 2: Gerettest Ist Das Edle Glied
14 Symphony No. 8, Part 2: Jene Rosen, Aus Den Handen
15.Symphony No. 8, Part 2: Uns Bleibt Ein Erdenrest
16.Symphony No. 8, Part 2: Ich Spur, Soben
17.Symphony No. 8, Part 2: Dir Der Unberuhbaren
18.Symphony No. 8, Part 2: Bei Der Liebe, Die Den Schon Weiland
19.Symphony No. 8, Part 2: Er Uberwachst uns shcon
20.Symphony No. 8, Part 2: Blicket Auf, Alle Reuig Zarten
21. Symphony No. 8, Part 2: Alles Vergangliche

Joyce Barker – Soprano
Agnes Giebel – Soprano
Kerstin Meyer – Contralto
Helen Watts – Contralto
Arnold von Mill – Bass
Alfred Orda – Baritone
BBC Choral Society
BBC Symphony Chorus
Goldsmith´s Choral Union
Orpington Junior Singers
London Symphony Orchestra
Jascha Horenstein – Conductor

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FDPBach

.: interlúdio — das coisas que gostaria de ter compartilhado em 2012 :.

Em 2012, procurei pouco, e desordenadamente, pelo jazz. É assim, são os ciclos; estive entretido com outros barulhos e foram pra eles os esforços de garimpagem, análise e apreciação. Também apresentei sintomas da temida SCMD (Síndrome de Completude em Miles Davis — enfermidade onde o ouvinte, após tanto colecionar, tem a sensação de que não é preciso escutar qualquer coisa além de Miles Davis). No entanto, aqui e ali, atualizei alguns artistas e até descobri um par de ótimos discos esse ano. A pequena lista abaixo é um feliz natal cheio de votos de que, em 2013, haja mais e mais do prazer inenarrável de absorver a boa, divina, iluminada música, a todos nós.

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=mQycRAjOACg[/youtube]
Um dos temas preferidos de Blue Dog é essa qualidade efêmera, dicionarizando sutileza, que o piano de Bill Evans tem. Já admiti não entender de onde surge meu fascínio nem porque me comunico tanto ao ouvi-lo. Já Cannonball, outro personagem predileto, entendo bem porque gosto: a bonachice e o espírito leve que o acompanham se traduzem perfeitamente aqui desse lado da caixa de som. Evidente que com muita curiosidade descobri esse disco, onde Cannonball lidera Evans e a cozinha quadradíssima (pero competente) do Modern Jazz Quartet. Em algumas faixas, funciona bastante bem; noutras, Cannonball parece agitado demais para a quietude e clareza do trio que o acompanha. Evidente que é este é apenas um minúsculo comentário acerca de um disco que será sempre 5/5 só pela escalação e pelo encontro.


Cannonball Adderley & Bill Evans – Know What I Mean? /1961 link nos comentários
01 Waltz for Debby (Evans, Lees) 02 Goodbye (Jenkins) 03 Who Cares? [take 5] (Gershwin, Gershwin) 04 Venice (Lewis) 05 Toy (Jordan) 06 Elsa (Zindars) 07 Nancy (with the laughing face) (Silvers, Van Heusen) 08 Know What I Mean? [re-take 7] (Evans) 09 Who Cares? [take 4] 10 Know What I Mean? [take 12]
Cannonball Adderley; alto saxophone; Bill Evans, piano; Percy Heath, bass; Connie Kay, drums. Gravado entre 27/01 e 13/03/1961. Produzido por Orrin Keepnews para a Riverside

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=be386oMg2Yo[/youtube]
Todo mundo já sabe que do renascimento da cena jazz na Polônia, certo? Que bom. E que banda, esse sexteto de barulho contemporâneo. Tiremos o noise do caminho e é apropriado demais: brilhante forma de ler o jazz nesses anos 2000. Soa exatamente no tempo-espaço que ocupa, traz o frescor da criação, enquanto usa o vocabulário consagrado. E mostra que é muito mais produtivo divertido interessante dançar com o cânone do que brigar com ele.


Contemporary Noise Sextet – Ghostwriter’s Joke /2011 link nos comentários
01 Walk With Marylin 02 Morning Ballet 03 Is That Revolution Sad 04 Old Typewriter 05 Chasing Rita 06 Norman’s Mother 07 Kill The Seagull, Now!

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=fyLhQd8cqpg[/youtube]
Copia/cola parágrafo anterior, troca a Polônia pelo Japão, feito o carreto, segue o baile. (Sempre muito interessante notar as diferenças de estilo entre europeus e japoneses. Acho graça da latinidade que o segundo exibe.) Quase sempre veloz e incansável, o Indigo é um dos preferidos da casa e, tradicional, segue lançando disco bom após disco bom — todo santo dezembro.


Indigo Jam Unit – Rebel /2012 link nos comentários
01 Rebel 02 Belief 03 Rio 04 Graduation Day 05 Danza Eterna 06 Peekaboo 07 4 Caminos 08 Unreachable 09 Reflection

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[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=ClyWznHWRBk[/youtube]
Encontrei Dave Tarras pela minha irmã. Assistimos juntos (longe, mas comentando) o documentário do Ken Burns sobre jazz, e ela pescou a pérola acima de um curto link entre cenas. Depois de algum estarrecimento e pesquisa, saber que Tarras emigrou da Ucrânia para Nova Iorque em 1921, onde se tornou um dos mais populares clarinetistas de klezmer. O disco abaixo é um daqueles registros históricos, coletânea de gravações de qualidades diversas, que se torna uma incrível caminhada pelo passado. E toda aquela carga emocional tão própria do clarinete, permeando lamentos e exaltações, conta tantas histórias quanto o documentário onde as descobri.


Dave Tarras – Yiddish-American Klezmer Music 1925-1956 link nos comentários
01 Unzer Toirele 02 Yiddisher March 03 Good Luck 04 Polka “Strelotchek” 05 Chasidic in America 06 A Yid Bin Ich Gegboiren 07 Dem Monastrishter Rebin’s Chosid’l 08 Hopkele 09 Bridegroom Special 10 Die Goldene Chasene 11 Pas d’Espan 12 Mazel in Liebe 13 A Vaibele a Tsnien 14 Zum Gali Gali 15 Die Reize Nuch Amerkia 16 Branan Hassene 17 Kinos, Tkios un Ashrei 18 What Can You Mach? S’is America 19 Oriental Hora 20 Second Avenue Square Dance 21 Freilachs 22 Dayeynu 23 Rumanian Fantasy

.:::.

http://www.youtube.com/watch?v=5mL17N1ajIU
Julia Hülsmann é uma pianista que, além de germânica, grava para a ECM. Isso diz quase tudo que é preciso saber para conferir do que se trata. Falava antes da sutileza de Bill Evans? Bingo. Julia, com seu trio de baixo e bateria, trabalha de forma absolutamente minimalista e não houve qualquer desperdício na realização desse álbum. A música é suave, geralmente lenta, mas à medida em que as faixas se passam, vai se assimilando o estilo e percebendo a intensidade que traz. É um disco quieto e econômico, mas não é preguiçoso ou esparso — e consegue ter personalidade mesmo nos espaços que deixa desocupados. E também é lindo.


Julia Hülsmann Trio – Imprint /2011 link nos comentários
01 Rond Point 02 After the End of It 03 A Ligth Left On 04 Juni 05 Storm in a Teacup 06 Go and Open the Door 07 Luftballong 08 Ritual 09 Lulu 10 Ulmenwall 11 Zahlen Bitte 12 Whos Next

Boa audição!
Blue Dog

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Lateinische Kirchenmusik – BWVs 233 – 242, BWV 1081

Pensei muito na postagem que faria no Natal, e de repente, fuçando meu acervo, resolvi encarar a coleção de 181 cds da obra integral de Bach, na interpretação do Helmuth Rilling. No meio de tantos cds, estes dois cds me chamaram a atenção, e trazem as “Lateinische Kirchenmusik”, ou seja, obras sacras em latim. Tem missas, Sanctus, Credo, Kirie Eleison, enfim, várias obras sacras de Bach, baseadas na liturgia latina. Não lembro de terem sido postadas por aqui antes, talvez na coleção do Harnoncourt que o PQP postou.
Rilling chamou um timaço para encarar a empreitada, entre eles Thomas Quasthoff e Christopher Pregardien, dois dos maiores cantores líricos da atualidade.
Rilling não é um purista atrás da sonoridade ideal de uma orquestra do século XVIII. Ao contrário. A instrumentação é moderna, assim como a interpretação em si. Mas é Bach, e um gigante desta envergadura pode ser compreendido sendo interpretado de qualquer forma. E Rilling é sim um especialista no repertório. Não a toa a excelente gravadora alemã “Häensler” aceitou sua empreitada de gravar 180 cds, com a obra completa do gênio de Leipzig.
São dois cds em um único arquivo, e além disso, como estou bonzinho nesta véspera de Natal, ainda vos trago o booklet destes dois volumes, traduzido em trocentas línguas, menos em português, o mais próximo é o espanhol.
Ainda estou destrinchando esta coleção, com certeza a maior de meu acervo, e sei que ainda encontrarei outras jóias raras. Quem viver verá.
Então, um Feliz Natal à todos.

CD 1
1 BWV 233 – Messe F-Dur – Kyrie eleison
2 BWV 233 – Messe F-Dur – Gloria in excelsis Deo
3 BWV 233 – Messe F-Dur – Domine Deus
4 BWV 233 – Messe F-Dur – Qui tollis peccata mundi
5 BWV 233 – Messe F-Dur – Quoniam tu solus sanctus
6 BWV 233 – Messe F-Dur – Cum sancto spiritu

Donna Brown – Soprano
Ingeborg Danz – Alto
Wolfgang Schöne -Bass
Gächinger Kantorei Stuttgart
Franz Liszt Kammerorchester Budapest
Helmutt Rilling – Conductor

8 BWV 234 – Messe A-Dur – Kyrie eleison
9 BWV 234 – Messe A-Dur – Gloria in excelsis Deo
10 BWV 234 – Messe A-Dur – Domine Deus
11 BWV 234 – Messe A-Dur – Qui tollis peccata mundi
12 BWV 234 – Messe A-Dur – Quoniam tu solus sanctus
BWV 234 – Messe A-Dur – Cum sancto spiritu
Christine Schäfer – soprano
Ingeborg Danz – alto
James Taylor – tenore
Thomas Quasthoff – basso
Gächinger Kantorei Stuttgart
Bach-Collegium Stuttgart
Helmutt Rilling – Conductor

CD 2

1 BWV235 – Mass G minor – 1 Kyrie eleison
2 BWV235 – Mass G minor 2 Gloria in excelsis Deo
3 BWV235 – Mass G minor 3 Gratias agimus tibi
4 BWV235 – Mass G minor 4 Domine Fili unigenite
5 BWV235 – Mass G minor 5 Qui tollis peccata mundi
6 BWV235 – Mass G minor 6 Cum sancto spiritu

Ingeborg Danz – alto
Christoph Prégardien- tenore
Thomas Quasthoff – basso
Gächinger Kantorei Stuttgart
Bach-Collegium Stuttgart

7 BWV236 – Mass G major 1 Kyrie eleison
8 BWV236 – Mass G major 2 Gloria in excelsis Deo
9 BWV236 – Mass G major 3 Gratias agimus tibi
10 BWV236 – Mass G major 4 Domine Deus
11 BWV236 – Mass G major 5 Quoniam tu solus sanctus
12 BWV236 – Mass G major 6 Cum sancto spiritu

Ruth Ziesak – soprano
Ingeborg Danz – alto
Christoph Prégardien- tenore
Michel Brodard – basso
Gächinger Kantorei Stuttgart
Bach-Collegium Stuttgart

13 BWV 237 sanctus C major
14 BWV238 Sanctus D major
15 BWV240 Sanctus C major
16 BWV241 Sanctus in D major
17 BWV242 Criste eleison Gminor

Christiane Oelze – Sopran
Birgit Remmert – Alt
Michael Groß – Violoncello
Boris Kleiner – Organo

18 BWV1081 Credo in unum Deum

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FDPBach

: Claude Debussy – Pierre Boulez conducts Debussy (1862-1918) – Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses (CD 2 de 5)

Postado originalmente em 21 de janeiro de 2011.

Seguindo com as postagens boulezianas: há algumas semanas atrás eu li uma poesia do poeta Manuel Bandeira chamada Debussy. Bandeira é um dos poetas mais brilhantes do Modernismo. Pertence àquela safra de intelectuais pernambucanos na qual se incluem ainda Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Nelson Rodrigues, José Condé, entre tantos nomes que abrilhatam a história das ideias e da produção de pensamento no Brasil do século XX. O que me chamou a atenção na poesia denominada Debussy, do autor de um dos livros de poesia que mais gosto, Libertinagem & Estrela da Manhã, foi o quanto ele conseguiu captar o espírito da música debussyana. Acredito que nem mesmo uma tese de doutorado explicite o caráter da música de Debussy como a poesia homônima de Bandeira, de caráter cândido, repleta de cicios e rumores brandos. Assim diz a poesia:

Para cá, para lá…
Para cá, para lá…
Um novelozinho de linha…
Para cá, para lá…
Para cá, para lá…

Oscila no ar pela mão de uma criança…

(Vem e vai…)
Que delicadamente e quase a adormecer o balança
– Psiu…
Para cá, para lá…
Para cá e…
O novelozinho caiu.

Curiosamente, é como se o poema acompanhasse o movimento pendular de alguma coisa. É como se os versos tivessem a velocidade de um metrônomo, que segue um ritmo lógico, matematizado: para cá, para lá… Depois de ter-nos informado que esse para cá, para lá (contínuo como mostram as reticências) é o movimento de um novelozinhoo de linha que oscila no ar pela mão de uma criança que delicadamente e quase a adormecer o balança, o poeta impede nossa manifestação com um psiu ciciante, para que não se acorde a criança que quase dorme. Belíssimo. Isso, de fato, é Debussy. Já vi muitos comentários de pessoas que não simpatizam com o compositor francês justamente por causa dessa atmosfera, desse halo invísivel de sonho etéreo, arrancado da indecisão de dois mundo, de um para cá, para lá… Por exemplo, basta que ouçamos a peça Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune, para que percebamos essa atmosfera carregada de sugestão, lubricidade, indecisão, eroticidade e tons pictóricos. É como se Debussy pintasse com música os quadros de sonho que pervagavam sua mente. Não deixe de ouvir mais este maravilhoso CD conduzido por Pierre Boulez. Bom deleite!

Claude Debussy (1862-1918) – Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses

Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune
01. Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune

Jeux (Poème Dansé)
02. Jeux (Poème Dansé)

New Philharmonia Orchestra
Pierre Boulez, regente

Images Pour Orchestre
03. I. Gigues
04. II. Iberia, Par Les Rues Et Par Les Chemins
05. II.Iberia, Les Parfums De La Nuit
06. II.Iberia, Le Matin D’ Un Jour De Fete
07. III. Rondes De Printemps

Danses
08. I. Danse Sacree
09. II. Danse Profane

The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez, regente
Alice Chalifoux, harpa

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Carlinus

P. I. Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonias Nos. 4, 5 e 6, "Patética"

Não sei se é a música mais adequada para um fim de mundo, até porque nem sempre acontece, mas foi a que me ocorreu postar para os maias. A regência é de Mravinsky, o que garante extrema qualidade e — por que não dizer? — um toque lendário a uma postagem que alude a nosso último dia na Terra. Não sei, mas a cada dia acho Tchaikovsky mais shostakovichiano. Bem, é o contrário, claro. Os dois CDs estão em duas faixas, um para cada uma, certo?

Se recebermos caixas de bombons e o mundo não acabar, pretendemos postar Ma Vlast com Kubelik e uma daquelas orquestras. Sem bombons, nada feito. Ah, importante: da Koppenhagen, sempre.

P. I. Tchaikovsky (1840-1893): Sinfonias Nos. 4, 5 e 6, “Patética”

Disco 1 [68:17]

Sinfonia No. 4 em F menor, Op. 36
01. I. Andante sostenuto – Moderato con anima – Moderato assai, quasi Andante – Allegro vivo
02. II. Andantino in modo di canzone
03. III. Scherzo. Pizzicato ostinato. Allegro
04. IV. Finale. Allegro con fuoco

Sinfonia no. 5 em E menor, Op. 64
05. I. Andante – Allegro con anima
06. II. Andante cantabile, con alcuna licenza – Moderato con anima – Andante nosso – Allegro non troppo – Tempo I

Disco 2 [60:34]

07. III. Valse. Allegro moderato
08. IV. Finale. Andante maestoso – Allegro vivace – Molto vivace – Moderato assai e molto maestoso – Presto

Sinfonia no. 6 em B menor, 74 – “Patética”
09. I. Adagio – Allegro non troppo
10. II. Allegro con grazia
11. III. Allegro molto vivace
12. IV. Finale. Adagio lamentoso

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky

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PQP

Claude Debussy – Pierre Boulez conducts Debussy (1862-1918) – La Mer (Trois Esquisses Symphoniques), Nocturnes (Triptyque Symphonique), Printemps e Rhapsodie No. 1 (CD 1 de 5) – Link Revalidado

Postagem realizada originalmente em 30 de dezembro de 2010.

Eu e FDP conversamos e resolvemos “boulezar”. Ou seja, faremos algumas postagens para que se conheça com mais profundidade os trabalhos de Pierre Boulez. FDP inciou os trabalhos com Bartok e eu me resolvi por Debussy. Lá vai, então, o primeiro post. Julgo eu que vai ser um belo presente de início de ano e de despedida de 2010, seguindo mais ou menos as ideias aventadas por CDF. Alguns comentários: La Mer é uma das peças que mais ouvi em minha vida e mais me impressionei. A obra obedece a um programa muito bem montado, o que nos faz construir uma imagem impressionista do mar. É como se a imagem do mar se dissolvesse. O caráter vago, quase étereo, dispersivo da música do compositor francês sempre me chamou a atenção. Um exemplo são os Noturnos. Debussy me seduz. Mas, a obra dele que mais gosto é La Mer, verdadeiramente. Amaral Vieira diz que “em 1903, Claude Debussy escreveu ao seu colega André Messager: ‘Estou trabalhando em três esboços sinfônicos. Talvez não seja de seu conhecimento que eu havia sido destinado à bela profissão de marujo e que somente os acasos da vida desviaram-me de tal propósito. Apesar disso, tive sempre pelo Mar uma sincera paixão’. O tríptico La Mer tornou-se uma das mais conhecidas obras sinfônicas de Debussy. O músico começou a trabalhar nos primeiros esboços de La Mer um ano após a estreia de sua ópera Pélleas et Melisande, encenada em 1902. As primeiras ideias musicais foram escritas na Borgonha, curiosamente bem distante do mar. Em 1904, Debussy instalou-se em Jersey, dando continuidade à elaboração de sua obra sinfônica, mas foi somente em 1905 que a partitura pôde ser completada, após um longo processo criativo. A estreia deu-se em outubro do mesmo ano em Paris nos célebres Concerts Lamoureux, mas o público reagiu com frieza e hostilidade. Os críticos tampouco apreciaram a nova criação, na qual não viam nenhuma relação com o título e censuraram o compositor por ter empregado uma linguagem musical tão diferente daquela de sua ópera. Três anos mais tarde La Mer foi apresentada nos Concerts Colonne, sob a direção do próprio compositor, e obteve estrodoso sucesso, impondo-se desde então como uma das importantes composições do repertório sinfônico. Os três movimentos de La Mer obedecem a um plano de composição extremamente bem definido e equilibrado. Todos os recursos e fantasias orquestrais do Universo de Debussy são aqui utilizados e os títulos indicados pelo compositor ajudam-nos a mergulhar nas imagens marítimas que esta obra-prima suscita”. A obra possui três movimentos: (1) Da madrugada ao meio dia no mar; (2) O movimento das ondas; e (3) Diálogo do vento e do mar. Esta gravação com o Boulez e formidável. Não é a minha preferida. Gosto de uma interpretação feita por Claudio Abbado no Festival de Lucerne. Abbado empregou mais força na interpretação, o que deu um caratér mais pungente e firme à obra. Aparecem ainda neste post Nocturnes, Printemps e Première Rapsodie, Uma boa apreciação!

Claude Debussy (1862-1918) – La Mer (Trois Esquisses Symphoniques), Nocturnes (Triptyque Symphonique), Printemps (Suite Symphonique) e Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale

La Mer (Trois Esquisses Symphoniques)
01. I. De L’ Aube A Midi Sur La Mer
02. II. Jeux De Vagues
03. III. Dialogue Du Vent Et De La Mer

Nocturnes (Triptyque Symphonique)
04. I. Nuages
05. II. Fetes
06. III. Sirenes

Printemps (Suite Symphonique)
07. I. Tres Modere
08. II. Modere

Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale
09. Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale

New Philharmonia Orchestra
Pierre Boulez, regente
John Alldis Choir (4-6)
Gervase de Peyer, clarinete (9)

BAIXAR AQUI CD1

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Revalidado pelo Carlinus

J. S. Bach (1685-1750): As Suítes para Alaúde (interpretadas ao violão)

Esse CD me foi passado pelo FDP e, olha, é muito bom. O repertório, bem entendido, é genial, mas nossa Sharon Isbin ainda o valoriza com boa e compreensiva interpretação. Quando digo compreensiva, quero dizer nossa bela violonista entendeu e trouxe para perto de sua si as obras de Bach, tornando-as outra coisa. Isbin parece ser uma personalidade poética, lírica mesmo, e seu Bach é assim. Fiquei muito feliz de ouvir este CD e o repasso ao de pequepianos sequiosos por Bach.

Avicenna, penso também que este CD — tranquilizador e nada traumático — consista na música ideal para se ouvir após a derrota corintiana.

E vou-me embora correndo antes que o Avicenna me mate. Não sem antes afirmar que  o Chelsea é o Brasil no Mundial. Vai, Oscar!

J. S. Bach (1685-1750): A Suítes para Alaúde (interpretadas ao violão)

1. Ste BWV 1006a in E: Prelude
2. Ste BWV 1006a in E: Loure
3. Ste BWV 1006a in E: Gavotte en rondeau
4. Ste BWV 1006a in E: Menuet I and II
5. Ste BWV 1006a in E: Bourree
6. Ste BWV 1006a in E: Gigue

7. Ste BWV 995 in g performed in a: Prelude/tres vite
8. Ste BWV 995 in g performed in a: Allemande
9. Ste BWV 995 in g performed in a: Courante
10. Ste BWV 995 in g performed in a: Sarabande
11. Ste BWV 995 in g performed in a: Gavotte I & II (en rondeau
12. Ste BWV 995 in g performed in a: Gigue

13. Ste BWV 996 in e: Praeludio: Passaggio/Presto
14. Ste BWV 996 in e: Praeludio: Allemande
15. Ste BWV 996 in e: Praeludio: Courante
16. Ste BWV 996 in e: Praeludio: Sarabande
17. Ste BWV 996 in e: Praeludio: Bourree
18. Ste BWV 996 in e: Praeludio: Gigue

19. Ste BWV 997 in c Performed in a: Prelude
20. Ste BWV 997 in c Performed in a: Fugue
21. Ste BWV 997 in c Performed in a: Sarabande
22. Ste BWV 997 in c Performed in a: Gigue
23. Ste BWV 997 in c Performed in a: Double

Sharon Isbin, violão

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Sharon Isbin: toca bem e ainda é bonita, viram? Eu comeria.

PQP

Diretamente da África do Sul

Um dos privilégios em postar no PQPBach é receber mensagens que nos faz encher o peito de orgulho do trabalho realizado.
Thank you, Jan, for your kind message. I want to share this gift with all members of our blog.

THANK YOU!

Avicenna

Avicenna

Greetings from South Africa….Remember, I am the happiest Carlos Gomes Fan, since you introduced me. Now you pushed me into heaven with Nunes Garcia. What an elegant composer, so much Romantic before the actual Romantic area began!! After the first notes of the Te Deum I am already totally ‘hooked”. It seems your country (and South America) is so very rich in musical treasures the world does not know about. You efforts to bring these treasure to a wider audience deserves a Musical Nobel Prize. You make a lot of people very happy (even if some won’t bother to say “Thanks”, they still enjoy it I guess…lol) and I am one of these lucky guys!! I understand the demand for Callas, Mozart and other mainstreamers, so I think it’s even more important to never forget the lesser known composers… THANK YOU!!

Jan

Jan, you can get more info on Nunes Garcia, in English, at: http://www.josemauricio.com.br/