Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Complete String Trios & Duos – Grumiaux Trio, SMF Chamber Essemble, Arrigo Pellicia

41MCZGRTGELDe vez em quando mexo no fundo do baú do meu acervo e encontro maravilhas como essa. Um primor estas gravações do Grumiaux Trio, com obras que creio que nunca foram postadas aqui no PQPBach. Vou tentar cobrir esta lacuna, trazendo outras destas pérolas desconhecidas, fugindo um pouco do repertório tradicional.
O violinista belga Arthur Grumiaux foi um dos maiores intérpretes de Mozart. Dono de uma técnica apuradíssima, com tremenda sensibilidade artística, realizou gravações antológicas do repertório tradicional do violino. Estas gravações que ora vos trago foram realizadas na década de 60.
O Primeiro cd traz o belíssimo Divertimento pra Trio de Cordas, K.563 e dois Duos para violino e Viola, K. 423 e K. 424, nos quais Grumiaux faz parceria com o violista Arrigo Pelliccia. Belíssima música, com músicos no apogeu de suas carreiras. Para ouvir diversas vezes, sem se cansar. O segundo CD traz peças desconhecidas de Mozart, também escritas para esta formação incomum de violino, viola e violoncelo.
Tenho certeza de que os senhores irão gostar.

CD1
01 – Divertimento (String Trio) in Eb KV563 – Allegro
02 – Divertimento (String Trio) in Eb KV563 – Adagio
03 – Divertimento (String Trio) in Eb KV563 – Menuetto (Allegretto)-Trio
04 – Divertimento (String Trio) in Eb KV563 – Andante
05 – Divertimento (String Trio) in Eb KV563 – Menuetto (Allegretto)-Trio I-II
06 – Divertimento (String Trio) in Eb KV563 – Allegro

Arthur Grumiaux – Violino
Georges Janzer – Viola
Eva Czako – Cello

07 – Duo for Violin and Viola in G KV423 – Allegro
08 – Duo for Violin and Viola in G KV423 – Adagio
09 – Duo for Violin and Viola in G KV423 – Rondeau (Allegro)
10 – Duo for Violin and Viola in Bb KV424 – Adagio-Allegro
11 – Duo for Violin and Viola in Bb KV424 – Andante cantabile
12 – Duo for Violin and Viola in Bb KV424 – Tema con variazioni (Andante grazioso-Allegretto-Allegro)

Arthur Grumiaux – Violino
Arrigo Pelliccia – Viola

CD 2

01 – Sonata (Trio) in Bb KV266 – Adagio
02 – Sonata (Trio) in Bb KV266 – Menuetto (Allegretto)

Kenneth Sillito – Violino I
Malcolm Latchem – Violino II
Stephen Orton – Cello

03 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 1 in D min – Adagio
04 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 1 in D min – Fuga
05 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 2 in G min – Adagio
06 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 2 in G min – Fuga
07 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 3 in F – Adagio
08 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 3 in F – Fuga
09 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 4 in F – Adagio
10 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 4 in F – Fuga
11 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 5 in Eb – Largo
12 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 5 in Eb – Fuga
13 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 6 in F min – Adagio
14 – 6 Preludes and Fugues KV404a No 6 in F min – Fuga

Arthur Grumiaux – Violino
Georges Janzer – Viola
Eva Czako – Cello

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GRIUMO_Artur7
Arthur Grumiaux (1921-1986) – Com certeza um dos maiores intérpretes de Mozart, e um dos grandes violinistas do século XX.

Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony n° 7 – LSO – Gergiev

frontPela constante ausência, e demora nas postagens, os senhores já devem ter sentido que os membros deste blog andam à mil, sem tempo para se dedicar ao que mais gostam de fazer. Os motivos são vários, desde fatores de cunho pessoal, falta de ânimo, doenças, etc. Eu particularmente, tenho ficado um tanto quanto longe do computador de casa, principalmente nos finais de semana, quando tenho de ceder ás suplicas de minha esposa, assoberbada com os trabalhos finais de sua faculdade (TCC, relatório de estágio, enfim, quem já viveu este drama sabe do que estou falando). Como o meu computador tem tela grande, ela dá preferência a ele, é claro, na hora de escrever, ao invés de usar seu netbook.
Mas mesmo aos trancos e barrancos, vamos continuar com essa saga mahleriana, já quase no final, pois agora vem pela frente só peso pesadíssimo. Hoje vamos com a exuberante Sétima Sinfonia.
E como o tempo urge, vamos ao que interessa.
P.S. Ainda não sei se vou viajar neste feriadão… se não for, vou tentar completar a série até o domingo.

01 – Symphony No. 7 in E minor (-Song of the Night-)- Langsam (Adagio) – Allegro con fuoco
02 – Symphony No. 7 in E minor (-Song of the Night-)- Nachtmusik- Allegro moderato
03 – Symphony No. 7 in E minor (-Song of the Night-)- Scherzo- Schattenhaft
04 – Symphony No. 7 in E minor (-Song of the Night-)- Nachtmusik- Andante amoroso
05 – Symphony No. 7 in E minor (-Song of the Night-)- Rondo – Finale- Allegro ordinario – Allegro moderato ma energetico

London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony n°6 – Gergiev, LSO

frontOutra postagem feita a toque de caixa, sem tempo disponível e precisando liberar o computador pra esposa … redundante seria falar qualquer coisa a mais sobre a Sexta Sinfonia, talvez a mais emblemática entre as sinfonias mahlerianas. Além disso, os senhores que estão acompanhando esta integral já tomaram suas opiniões a respeito de Gergiev. Por este motivo, fico por aqui. Um bom domingo…

01 – Symphony No. 6 in A minor (-Tragic-)- Allegro energico, ma non troppo
02 – Symphony No. 6 in A minor (-Tragic-)- Andante moderato
03 – Symphony No. 6 in A minor (-Tragic-)- Scherzo- Wuchtig
04 – Symphony No. 6 in A minor (-Tragic-)- Finale- Allegro moderato

London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony n°5 C Sharp minor – Valery Gergiev, LSO

frontPosso estar enganado, mas creio que a sinfonia mais conhecida de Mahler seja esta Quinta Sinfonia, que ele começou a escrever em 1901, ano fundamental em sua vida, pois foi o ano em que conheceu o grande amor de sua vida, Alma Schindler, e também foi o ano em que perdeu seu emprego na Filarmônica de Viena, após seríssimos problemas de saúde.
Por vezes trágica, de uma dramaticidade tremenda, tanto que começa com uma marcha fúnebre, às vezes de um lirismo pungente, vide o maravilhoso Adagietto, esta sinfonia está marcada por diversos momentos que de certa forma mostram o estado de espírito em que o compositor se encontrava. Um turbilhão de sentimentos aflorando.
Acho que Gergiev tirou um pouco da dramaticidade da obra nesta sua leitura e deu ênfase à melodia. Questão de escolha, de qualquer forma, ele não perde o foco.
No YOUTUBE os senhores podem encontrar diversos vídeos do Gergiev em ação. E para os que nunca tiveram a oportunidade de vê-lo regendo, observem a sua expressividade, a economia dos gestos, muitas vezes apenas o mover dos olhos orientando seus músicos. É comovente, um grande, mas um grande maestro, com certeza.
Mais um CD facilmente classificável como IM-PER-DÍ-VEL !!!

01 – I. Trauermarsch
02 – II. Stürmich bewegt, mit grösseter Vehemsnz
03 – III. Scherzo
04 – IV. Adagietto
05 – V. Rondo – Finale

London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911) – Simphony n°4 – Laura Claycomb, LSO, Gergiev

frontPosso estar enganado, mas creio que foi com a Quarta Sinfonia que conheci Mahler. Em um primeiro momento, já fiquei impressionado com a orquestração, com a riqueza de timbres, e com as inúmeras possibilidades que Mahler consegue extrair de uma orquestra. Depois, com o tempo, fui conhecendo as outras. Mas com certeza foi uma grande introdução ao grande compositor austríaco, assim como o são tanta a Primeira quanto a Quinta Sinfonia.
Novamente temos Valery Gergiev a frente da Sinfônica de Londres, acompanhando a soprano Laura Claycomb. Uma excelente gravação. Sugiro a leitura do booklet que também estou disponibilizando, que vai lhes dar uma noção das idéias contidas nesta obra aparentemente simples, mas de uma complexidade típicamente mahleriana.

01 – Symphony No. 4 in G major- Bedächtig. Nicht eilen
02 – Symphony No. 4 in G major- In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
03 – Symphony No. 4 in G major- Ruhevoll (Poco adagio – Allegretto subito – Allegro subito
04 – Symphony No. 4 in G major- Sehr behaglich (‘Wir genießen die himmlischen Freuden

Laura Claycomb – Soprano
London Symphony Orchestra
Valery Gergiev

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Franz Schubert – Trio in B Flat major for piano, Violin and Violoncello, D. 898 (op post. 99) – Trio in E-Flat major for Piano, Violin and Violoncello, D. 929 (op. 100) – Immerseel, Beths, Bylsma

front

Postagem antiga, lá de 2013, mas com um CD belíssimo, o que não poderia deixar de ser diferente, visto o nível dos músicos reunidos. Esta série Vivarte do selo da Sony nos brindou com diversos discos de belíssima interpretação, sempre seguindo a linha do Historicamente Informado. 

Faz algum tempo que estes Trios com Piano de Schubert não apareciam aqui no PQPBach. Lembro de tê-los postado nos primórdios do blog com o Beaux Arts Trio. Eu diria que é lamentável deixar essas obras obrigatórias do repertório para Trios com Piano longe do alcance do pessoal que nunca teve oportunidade de ouvi-las. Elas são absolutamente maravilhosas, e, volto a insistir, obrigatórias em qualquer CDteca.
Essa gravação que ora vos trago é magnífica, com três excepcionais músicos, sendo que dois deles creio que dispensem apresentações, o pianista e regente Jos van Immerseel e o violoncelista Anner Bylsma. Para os que costumam acompanhar as gravações de Immerseel o nome Vera Beths não é desconhecido, sempre está presente de alguma forma, basta lembrarmos de suas gravações que o mesmo Immerseel realizou das sinfonias e concertos de Beethoven. Ela estava sempre lá, fiel companheira.
Ah, Schubert, que compositor magnífico que você foi! Imagine se tivesse vivido mais, o que não poderia ter produzido… mas com certeza, durante os trinta e um anos em que vocês viveu produziu tantas obras imortais que com certeza escreveu seu nome em letras garrafais na História da Música.
Ah, nem preciso dizer de que este CD é IM-PER-DÍ-VEL!!!

01 F. Schubert – Trio in B flat major D 898 (Op. post.99) -part1 Allegro moderato
02 F. Schubert – Trio in B flat major D 898 (Op. post.99) -part2 Andante un poco mosso
03 F. Schubert – Trio in B flat major D 898 (Op. post.99) -part3 Scherzo; Allegro – Trio
04 F. Schubert – Trio in B flat major D 898 (Op. post.99) -part4 Rondo; Allegro vivace – Presto
05 F. Schubert – Trio in E flat major D 929 (Op. post.100) -part1 Allegro
06 F. Schubert – Trio in E flat major D 929 (Op. post.100) -part2 Andante con moto
07 F. Schubert – Trio in E flat major D 929 (Op. post.100) -part3 Scherzando; Allegro moderato – Trio
08 F. Schubert – Trio in E flat major D 929 (Op. post.100) -part4 Allegro moderato

Jos van Immerseel – Fortepiano
Vea Beths – Violin
Anner Bylsma  – Cello

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony n°3 – Larsson, Tiffing Boys Choir, LSO, Gergiev

Valery Gergiev - Mahler - Symphony No. 3 - Gergiev (Disc 1)Após uns bem merecidos dias de folga, volto ao batente de baterias renovadas. Minha viagem foi muito agradável e apesar de algum estresse no trânsito, correu tudo bem.

Creio que a Terceira Sinfonia de Mahler seja a maior delas, com mais de 1 hora e meia de duração. E com certeza, a mais ousada, tendo causado muita polêmica quando estreou em Viena, em 1904, sendo Mahler acusado por um crítico de ter insultado os ouvidos da platéia.

Lembro de ter assistido um vídeo do Bernstein regendo essa sinfonia. No final da hora e meia, quando tudo silencia e iniciam os aplausos, o grande maestro norte americano abaixa a cabeça, suspira e fecha os olhos por alguns instantes. O esgotamento é mais que visível, mas a sensação de dever cumprido aparece quando ele reabre os olhos e sorri para seus músicos e pede para eles se levantarem para receberem os aplausos.

CD 1

01 – Symphony No. 3 in D minor_ Part 1. I. Kräftig. Entschieden

CD 2

01 – 02 – Symphony No. 3 in D minor_ Part 2. II. Tempo di Menuetto. Grazioso
02 – 03 – Symphony No. 3 in D minor_ Part 2. III. Comodo. Scherzando. Ohne Hast
03 – 04 – Symphony No. 3 in D minor_ Part 2. IV. Sehr langsam. Misterioso
04 – 05 – Symphony No. 3 in D minor_ Part 2. V. Lustig im Tempo und keck im Ausdruck
05 – 06 – Symphony No. 3 in D minor_ Part 2. VI. Langsam. Ruhevoll. Empfunden

Anna Larsson – Alto
Tiffin Boys´ Choir
Ladies of the London Symphony Chorus
London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony n°2 in C Minor “Resurrection” – Symphony n°10 – Adagio

frontUma postagem feita meio que a toque de caixa, mas de uma obra que dispensa apresentações, a gigantesca Sinfonia n°2 de Mahler. Assim, dou prosseguimento à sua integral nas mãos deste grande maestro, Valery Gergiev, que desde 2002 está a frente da Sinfônica de Londres. Para completar este cd duplo, temos a décima sinfonia e seu único movimento, um belíssimo Adágio.

Como sou funcionário público, segunda feira, dia 28, estou de folga, pois é o nosso dia. Para aproveitar melhor este feriadão, já estou pegando a estrada amanhã, sábado, de manhã. Ou seja, estarei longe do computador, apenas acompanharei os comentários pelo celular.

 

CD 1

01 – Symphony No.2 – I. Allegro maestoso

CD 2

01 – Symphony No. 2 in C minor (-Resurrection-)- 2. Andante moderato
02 – Symphony No. 2 in C minor (-Resurrection-)- 3. In ruhig fliessender Bewegung
03 – Symphony No. 2 in C minor (-Resurrection-)- 4. ‘Urlicht’- Sehr feierlich, aber schlicht
04 – Symphony No. 2 in C minor (-Resurrection-)- 5. Im Tempo des Scherzo

Elena Mosuc – Soprano
Zlata Bulycheva – Mezzo-Soprano
London Symphony Chorus
London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

05 – Symphony No. 10 in F sharp minor (incomplete)- Adagio

London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony n° 1 Valery Gergiev – London Symphony Orchestra

frontPois é, eis que volto novamente às integrais, depois de prometer que ia fugir delas por um bom tempo. Mas trata-se de uma nobre causa, e creio que os senhores não irão reclamar.
Valery Gergiev com certeza é o grande nome da regência deste novo século. O homem é um fenômeno, e para se conseguir espaço em sua agenda internacional de concertos não é fácil. Eu particularmente espero ansiosamente seus novos cds. E fiquei muito contente quando finalmente consegui completar esta sua integral das sinfonias de Mahler, frente à Sinfônica de Londres, em gravações realizadas ao vivo, no Barbican Center, em Londres.
Já temos outras integrais, e gravações avulsas das sinfonias de Mahler aqui no PQPBach, então os senhores terão várias opções para as devidas comparações. A minha favorita, já há muitos anos, ainda é a de Bernstein, mas existem diversas outras opções tão boas quanto, e esta incursão de Gergiev ao universo mahleriano não fica longe.
Mas vamos ao que interessa: Mahler, nas mãos de Valery Gergiev. Para os fãs do russo, nem preciso dizer que é Imperdível!, e para os que ainda não o conhecem, com certeza esta Primeira Sinfonia de Mahler é uma bela apresentação para poderem apreciar o talento desse maestro.

P.S. – Ainda estou experimentando servidores. Desta vez, por insistência do Monge Ranulfus, retorno ao Mega, que tem oferecido boas velocidades mesmo para os que não tem assinatura premium (eu não tenho assinatura premium, e mesmo assim consegui upar o arquivo com a velocidade máxima que a minha conexão de internet oferece).

01 – Symphony No. 1 in D major (‘Titan’)_ Langsam. Schleppend – Im Anfang gemächlich
02 – Symphony No. 1 in D major (‘Titan’)_ Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell – Trio: Recht gemälich – Tempo primo
03 – Symphony No. 1 in D major (‘Titan’)_ Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
04 – Symphony No. 1 in D major (‘Titan’)_ Stürmisch bewegt

London Symphony Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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Valery Gergiev com certeza é um dos maiores regentes da atualidade

Desabafo

Curioso como são algumas pessoas que frequentam esse blog. São incapazes de escrever uma linha sequer para agradecer o trabalho que temos para subir os CDs, mas se não conseguem baixar um arquivo, já chegam chutando o pau da barraca. Eles tem acesso de graça a um material que de outra forma não conseguiriam, e ainda reclamam. Com raras exceções, os únicos comentários que recebemos é “rapidshare é uma merda, bitshare é uma bosta, mega é uma bosta…”, nunca estão satisfeitos. E nem oferecem opções ou sugestões.

Vou ser sincero com vocês: quem está de saco cheio sou eu. São sete anos de PQPBach, e não entendi ainda porque perco tempo com isso. E perdi completamente o tesão que tinha de postar. Já fico com medo das pedradas que receberei.

Vou lhes dar uma sugestão para os seus problemas com estes servidores acabarem: comprem uma conta Premium… exemplo: no site www.hipercontas.com.br os senhores poderão assinar três servidores por meros R$18,00, e não precisam ter cartão de crédito internacional. Tenho assinatura do uploaded, do bitshare e do filefactory e estou entupindo meus hds baixando em média 5 gb de música por dia, além de filmes, concertos e shows, sem maiores problemas. O rapidshare é mais caro, creio que custe uns R$23,00 por mês.

A equipe do PQPBach atualmente se restringe à mim, FDPBach,ao PQPBach, que anda assoberbado de serviço, inclusive falei com ele rapidamente indagorinha e ele confessou que estava trabalhando, ao Avicenna, que por problemas de saúde está afastado, e ao Bisnaga, que também está com a corda no pescoço para entregar sua Tese de Doutoramento no prazo, por isso suas postagens reduziram tanto. O Monge Ranulfus também tem seus problemas pessoais e de trabalho. Ou seja, todos temos nossos compromissos profissionais, nossas famílias… fazemos o que fazemos porque amamos a música, e queremos que vocês compartilhem esse gosto conosco. Não ganhamos nada com isso.

Schubert & Schoenberg: Quinteto D. 956 e Noite Transfigurada

Schubert & Schoenberg: Quinteto D. 956 e Noite Transfigurada

Excelente interpretação da Noite de Schoenberg e um pouco de falta de charme no Schubert. É um problema. Sabe-se tocar bem o moderno mas depois entra duro demais no melodismo extremo de Schubby. Acho que assim dá para resumir este CD cuja estrela maior é a bela Janine Jansen. Mas o repertório é extraordinário. O Quintetão de Schubert é uma coisa e a Noite então?

Schubert & Schoenberg: Quinteto D. 956 e Noite Transfigurada

1. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 1. Sehr langsam (bar 1) 6:41
2. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 2. Breiter (bar 200) 6:27
3. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 3. Schwer betont (bar 201) 2:36
4. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 4. Sehr breit und langsam (bar 229) 9:40
5. Schoenberg: Verklärte Nacht, Op.4 – 5. Sehr ruhig (bar 370) 4:22

6. Schubert: String Quintet in C, D.956 – 1. Allegro ma non troppo 19:39
7. Schubert: String Quintet in C, D.956 – 2. Adagio 14:09
8. Schubert: String Quintet In C, D.956 – 3. Scherzo (Presto) – Trio (Andante sostenuto) 9:34
9. Schubert: String Quintet in C, D.956 – 4. Allegretto 9:49

Janine Jansen
Boris Brovtsyn
Amihai Grosz
Maxim Rysanov
Torleif Thedeen
Jens Peter Maintz

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Janine Jansen, Violine

PQP

Georges Bizet (1838-1875) – Carmen ( Highlights) – Price, Corelli, Merril, Freni, Karajan, WPO

img058Não resisti e resolvi trazer novamente aos senhores essa deliciosa ópera, mas infelizmente não em sua íntegra, apenas melhores momentos. A gravação está a cargo de Herbert von Karajan, e traz no elenco nomes de peso, como Leontyne Price, Franco Corelli e Robert Merril e foi realizada em 1963. Alguns podem achar certas passagens mais lentas que outras versões, mas Price era uma excepcional cantora, e Franco Corelli, bem esse cara foi apenas um dos maiores tenores da história.
Antes que me perguntem, não tenho essa gravação em sua íntegra. Aceito colaborações, pois Leontyne Price me ganhou com sua Carmen. Eis alguns comentários de clientes da amazon:

“A very grand Carmen”
“A Must-Have Carmen”,
“Leontyne Price is Carmen” .

Espero que apreciem. Eu adorei.

01 – Prélude
02 – Act I Choeur de gamins_ Avec la garde montante
03 – Act I habanera_ L’amour est un oiseau rebelle
04 – Act I Duo Parle-moi de ma m¨¨re
05 – Act I Séguedille et duo_ Prés des remparts de Séville
06 – Act I Entr’acte
07 – Act II Chanson bohéme_ Les tringles des sisters tintaient
08 – Act II Air de toréador_ votre toast, je peux vous le rendre
09 – Act II Quintette_ Nous avons en tete une affaire
10 – Act II Air de fleur_ La fleur que tu m’avais jetée
11 – Act II Entr’acte
12 – Act III Trio des cartes_ Mlons! Coupons!
13 – Act III Air De Micaela_ Je Dis, Que Rien Ne M’¨¦pouvante
14 – Act III Entr’acte
15 – Act IV Duo et choeur final_Cest toi! C’est moi!

Carmen – Leontyne Price
Don José – Franco Corelli
Escamillo – Robert Merrill
Micaela – Mirela Freni

Viena State Opera Chorus
Viena Boys Choir
Vienna Philharmonic Orchestra
Herbert Von Karajan – Conductor

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William Russo (1928-2003): 3 Pieces for Blues Band and Orchestra – Street Music – Gershwin (1898-1937): An American in Paris / Ozawa, Siegel-Schwall

Seiji Ozawa San Francisco Symphony Bill Russo Street Music + Three Pieces Gershwin An American in ParisO vigor e atualidade do blues não cessam de me fascinar. Faz 45 anos que Seiji Ozawa e a banda Siegel-Schwall estrearam as Três Peças para Blues Band e Orquestra Sinfônica de Bill Russo – e 40 que a Deutsche Grammophon as lançou num vinil com capa como à esquerda, embora sem o “blues concerto” Street Music do próprio Russo, e com as Danças Sinfônicas de West Side Story, de Bernstein, no lugar do “Americano em Paris” de Gershwin.

Foi naquele vinil que o Monge Ranulfus, então adolescente, entrou pela primeira vez em contato com esse gênero de som, com impacto só comparável a, na mesma época, o das Vésperas de Monteverdi: embora separadas por uns 360 anos, as duas obras representaram a descoberta de inteiros universos sonoros “novos”, luxuriantes, viciantes, hallucinantes.

Outra coisa que me impressiona até hoje é a consistência da síntese de tradições alcançada por esse Russo estadunidense: não se trata de blues edulcorados, melecados, por violininhos de salão – nem naufragados naquelas massas sinfônicas que mais parecem tropas de ocupação anglogermânicas: temos é uma orquestra sinfônica autêntica, e isso para os padrões do ousado século XX, dialogando com um som de blues também autêntico, numa alegria de compadres chegados e brincalhões mas que acalentam um baita respeito mútuo.

Bom, não sei se é todo mundo que acompanha essa viagem: meu pai, grande ouvinte de Bach e Beethoven, para quem Ravel parecia o limite do moderno suportável, me pegou ouvindo os gemidos da “blues harp” com lágrimas nos olhos e perguntou: “que Katzenjammer é essa?” (choradeira de gatos) – e ainda agora, ao preparar esta postagem, um amigo confessou que ao chegar à minha porta esteve a ponto de perguntar, a sério: “você agora tem gato?”… (Blues harp é apelido para gaita de boca, ou harmônica – estranhamente, pois não é de cordas, mas com força poética – não duvido que relacionado às harpas que os hebreus penduravam nos salgueiros junto aos rios de Babilônia para lamentar seu exílio, segundo o famoso salmo que acabou emprestando também ao salgueiro o apelido de “chorão”).

Já o American in Paris, de 1928, é um registro de sensações de Gershwin dos tempos que passou por lá bicando aulas de Nadia Boulanger e Ravel, entre outros – sua terceira obra sinfônica, depois do Concerto em Fá (1925) e da Rhapsody in Blue (1924) – ou talvez primeira ou segunda, já que pelo menos a rapsódia foi orquestrada por Ferde Grofé. Legalzinha – mas é a mesma sonoridade orquestral que ainda predominava no rádio nos primeiros anos de vida do Monge Ranulfus, de modo que nunca lhe chegou a soar como descoberta de universo novo. Gershwin inovou, renovou, mas não transgrediu. Russo, eu acho que sim. Como Monteverdi.

Vai aí pra vocês uma palhinha da terceira das “Três Peças para Blues Band…”, com Corky Siegel na gaita mas com outro regente. Aliás, eu se fosse vocês ouviria primeiro essa obra (faixas 5-6-7): a outra, Street Music (faixas 1 a 4) tem sua força, mas não me parece ter a mesma unidade das Três Peças. (Paradoxo? Uai, se a religião pode, porque nós não podemos descobrir unidade no três?!)

William Russo: Street Music – a blues concerto
. . Corky Siegel: gaita (harmonica) e piano
. . faixas 1-2-3-4
William Russo: Three Pieces for Blues Band and Symphony Orchestra
. . Corky Siegel: gaita (harmonica) e piano
. . Jim Schwall, violão eletrificado (blues guitar)
. . faixas 5-6-7
George Gershwin: An American in Paris
. . faixa 8
San Francisco Symphony Orchestra
Seiji Ozawa, regente

Tá, mas vocês querem BAIXAR, fazer DOWNLOAD, né?
Desta vez tem opção entre  MP3  –  FLAC

Ranulfus

Georges Bizet (1838-1875): “L´Arlèsienne” Suites n° 1 e 2, Carmem, Suites n°1 e 2 – Orchestra de Paris, Bichkov

417XDAECQ1LUm belo CD para os fãs de Georges Bizet. A ópera “Carmen” é e favorita de muita gente, e estas suítes que Bizet compôs para apresentar estas obras com certeza estão entre as obras mais executadas pelas orquestras do mundo inteiro. De fácil assimilação, traz belas melodias que já fazem parte do inconsciente coletivo daqueles que ouvem música clássica.
A orquestra é a excelente Orchestre de Paris, dirigida por Semyon Bychkov. Excelente trilha sonora.

01. L’Arlésienne Suite No.1 Prélude
02. Minuetto
03. Adagietto
04. Carillon
05. L’Arlésienne Suite No.2 Pastorale
06. Intermezzo
07. Menuet
08. Farandole
09. Carmen Suite No.1 Prélude
10. Argonaise
11. Intermezzo
12. Les dragons d’ Alcala
13. Les toréadors
14. Carmen Suite No.2 Marce des contrebandiers
15. Habanera
16. Nocturne
17. La garde montane
18. Danse bohème

Orchestre de Paris
Semyon Bychkov – Conductor

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Feldman, Zimmermann, Schoenberg, Xenakis: Phantasy of Spring — Works for Violin and Piano

Um CD ouvido com pouca atenção por este que vos escreve. Mas acho que ele vale pelas obras de Zimmermann e Xenakis, assim como pelo lindo som extraído pela ruiva Carolin Widmann de seu violino. O repertório é raro, coerente e a ECM não costuma perder a viagem.

Aliás, vejo agora que o The Guardian elogiou muito o CD, conforme vocês podem ler a seguir:

Carolin Widmann follows her impressive survey of Schumann’s violin sonatas last year with something completely different and, in its own way, equally outstanding. These four 20th-century works for violin and piano are sharply contrasted from each other, too, and it’s a measure of Widmann’s excellence, and that of the pianist Simon Lepper, that they all ­receive performances of such idiomatic understanding. If Bernd Alois Zimmermann’s early, rather Bartók-like and ­Bartók-lite sonata is the least memorable of the pieces, Widmann presents the best case I’ve heard on disc for the ­communicative power of Schoenberg’s sometimes dry and forbidding Phantasy for violin with piano accompaniment. She makes light of the technical ­challenges of Xenakis’s rebarbative ­Dikthas, while at the other end of the postwar stylistic spectrum she and ­Lepper produce a beautifully voiced performance of Morton Feldman’s Spring of Chosroes. A very fine collection.

Feldman, Zimmermann, Schoenberg, Xenakis: Phantasy of Spring — Works for Violin and Piano

Morton Feldman
Spring of Chosroes, for violin and piano Work
1 Spring of Chosroes, for violin and piano 14:09

Bernd Alois Zimmermann
Sonate für Violine und Klavier
2 1.Sonata 4:32
3 2.Fantasia 5:39
4 3.Rondo 4:43

Arnold Schoenberg
5 Fantasy for Violin and Piano, Op.47 10:02

Iannis Xenakis
6 Dikhthas, for violin and piano 12:50

Carolin Widmann, violin
Simon Lepper, piano

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Carolin Widmann
Carolin Widmann. PQP Bach está, pessoalmente, em fase puramente violinística

PQP

Brazilian Dances and Inventions – Jovino Santos Neto (1954), César Guerra Peixe (1914-1993), Pixinguinha (1897-1973), Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), Jacob do Bandolim (1918-1969), Milton Nascimento (1942), José Siqueira (1907-1985), Luiz Otávio Braga (1953) e Luiz Gonzaga (1912-1989) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Hmmm. Americanos se aventurando a tocar música brasileira, será que dá certo?

Nossa! Dá muito certo!
A prova disso é este Cd de hoje, que o colega Strava (ô, senhor Marcelo Stravinsky, estamos com saudades dos seus posts, filhote) nos enviou ao grupo.
Pessoal pra lá de competente. Aquele gingado que achamos que só nós temos e que os gringos não conseguem ter, Janet Grice, Sarah Koval e Kevin Willois conseguem, e muito bem!

Além de tudo, a seleção de compositores dessas Brazilian Dances and Inventions é especialíssima, passando por caras da MPB (Pixinguinha, Milton Nascimento, Jacob do Bandolim e Luiz Gonzaga), por um jazzista (Jovino Santos Neto), e contemplando também os eruditos (José Siqueira, Guerra Peixe, Lorenzo Fernandez e Luís Otávio Braga) que, claro, vão fazer aquela mistura dos ritmos populares com a elaboração técnica de quem tanto estuda as notas musicais. Repito: deu muito certo!

Nem vou falar mais, melhor ouvir. Ouça, ouça! Deleite-se!

Vento Trio
Brazilian Dances and Inventions

Jovino Santos Neto (Rio de Janeiro, RJ, 1954)
01. Mar Fim
César Guerra Peixe (Petrópolis, RJ, 1914 – Rio de Janeiro, RJ, 1993)
02. Trio No. 2 Para Sopros, I. Polca
03. Trio No. 2 Para Sopros, II. Dança dos Caboclinhos
04. Trio No. 2 Para Sopros, III. Canção
05. Trio No. 2 Para Sopros, IV. Frevo
Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Jr. – Rio de Janeiro, RJ, 1897 – 1973)
06. Carinhoso
Oscar Lorenzo Fernandez (Rio de Janeiro, RJ, 1897 – 1948)
07. Duas Invenções Seresteiras, I. Allegro
08. Duas Invenções Seresteiras, II. Ben Allegro
Jacob do Bandolim (Jacob Pick Bittencourt – Rio de Janeiro, RJ, 1918 – 1969)
09. Doce De Coco
César Guerra Peixe (Petrópolis, RJ, 1914 – Rio de Janeiro, RJ, 1993)
10. Trio Nº 1, I. Andante
11. Trio Nº 1, II. Allegro Moderato
12. Trio Nº 1, III. Lento
Milton Nascimento (Rio de Janeiro, RJ, 1942)
13. Ponta De Areia
José Siqueira (Conceição, PB, 1907 – Rio de Janeiro, RJ, 1985)
14. Três Invenções Para Flauta, Clarinete E Fagote, I. Allegro
15. Três Invenções Para Flauta, Clarinete E Fagote , II. Andante
16. Três Invenções Para Flauta, Clarinete E Fagote , III. Moderato
Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Jr. – Rio de Janeiro, RJ, 1897 – 1973)
17. Naquele Tempo
Luiz Otávio Braga (Belém, PA, 1953)
18. Micro Suíte, I. Pequena Polka
19. Micro Suíte, II. Valsa Pequena
20. Micro Suíte, III. Pequeno Choro
Luiz Gonzaga (Exu, PE, 1912 – Recife, PE, 1989)
21. Asa Branca – Assum Preto

Vento Trio:
Janet Grice, fagote
Sarah Koval, clarinete
Kevin Willois, flauta
Estados Unidos, 2006

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Strava (arquivo)
Bisnaga (texto e blablablá)

500 anos de Brasil – Quarteto Egan interpreta 10 compositores brasileiros [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Lá nos idos anos 2000, houve uma batelada de comemorações pelos 500 anos do “descobrimento” do Brasil. Aliás, nosso descobrimento é bem interessante: ocorreu em 1500, quatro anos depois do Tratado de Tordesilhas, que dividiu a América entre Portugal e Espanha. Os portugueses dividiram o que nem tinham descoberto ainda, claro… Sei… História bem contada essa…

Bom, apesar da estranheza dos dados históricos e do questionamento da data e das comemorações, os festejos foram responsáveis pela produção de muito material cultural de alta qualidade até em anos posteriores. Uma dessas produções foi este álbum de hoje: 500 anos do Brasil. Assim, ele acaba sendo um apanhado bem legal da música brasileira, desde o período do Reino Unido a Portugal até os dias atuais, interpretada ou reinterpretada (algumas peças foram arranjadas para esta gravação) para quarteto de cordas, com o pernambucano Quarteto Egan.
O passeio musical que os músicos propõem começa no Brasil Colônia e chega até dias recentes, com um percurso cronológico das músicas que contempla três Estados brasileiros, conforme o local onde as peças foram compostas: começam pelo século XIX no Rio de Janeiro (Padre José Maurício) e São Paulo (Carlos Gomes), voltam para o Rio no início do século XX (Chiquinha Gonzaga, Alberto Nepomuceno e Sérgio Bittencourt) e chegam à sua terra, Pernambuco, na segunda metade do século (Clóvis Pereira, Luiz Gonzaga, Capiba, Guerra Peixe e Mestre Duda). A organização das faixas do CD acaba tornando-se até didática, pois mostra a música brasileira se soltando, ganhando cada vez mais síncopas, cadências e malemolência conforme o tempo passa e ela se permite ser seduzida pela riqueza popular.

Putz! Muito bom! Ouça! Ouça! Deleite-se!

500 anos de Brasil
Quarteto Egan

Padre José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, RJ, 1767 – 1830)
01. Abertura em Ré
Antonio Carlos Gomes (Campinas, SP, 1836 – Belém, PA, 1896)
02. Quem sabe?
03. Sonata em Ré, IV. Vivace: “O burrico de pau”
Chiquinha Gonzaga (Francisca Edwiges N. Gonzaga – Rio de Janeiro, RJ, 1847 – 1935)
04. Lua Branca
Alberto Nepomuceno (Fortaleza, CE, 1864 – Rio de Janeiro, RJ, 1920)
05. Serenata
Sérgio Bittencourt (Rio de Janeiro, RJ, 1941 – 1979)
06. Modinha
Clóvis Pereira (Caruaru, PE, 1932)
07. Aboio
08. Galope
Luiz Gonzaga (Exu, PE, 1912 – Recife, PE, 1989)
09. Assum Preto
Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa – Surubim, PE, 1904 — Recife, PE, 1997)
10. Valsa Verde
César Guerra Peixe (Petrópolis, RJ, 1914 – Rio de Janeiro, RJ, 1993)
11. Mourão
Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa – Surubim, PE, 1904 — Recife, PE, 1997)
12. Recife, cidade lendária
Mestre Duda (José Ursicino da Silva – Goaiana, PE, 1935);
13. Rafael Bis

Marie-Savine Egan, violino
Raphaëlle Egan, violino
Elyr Alves, viola
Fabiano Menezes, violoncelo
gravado em São Paulo, lançado no Recife, 2001

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Bisnaga

Danças Antigas da Hungria

Danças Antigas da Hungria

Este CD é uma seleção de música antiga da Hungria, uma parte da Europa raramente incluída em coleções desse gênero. São peças incomuns, inusitadas, animadas e encantadoras, cada uma muito diferente das outras na textura e tom, interpretadas por instrumentos de época… Alguns bem estranhos. Um dos melhores discos de música antiga que ouvi nos últimos tempos. Ouvi-lo é como se você estivesse sentado com o Clemencic Consort numa pequena sala, cercado por um som muito rico e diferente.

Danças Antigas da Hungria

1. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Otodik Tancz
2. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Duch Pane swu Swatuny
3. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: U naseho Barty: (Erdelyi Hajdutanc: Chodila, chodila)
4. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Pro Clarinis XXIII & XXII
5. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Chorea hungarica: (Chorea Tancz)
6. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Pargamasca: (Corant, Sarabanda, Coranta, Gagliarda)
7. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Tantz: (Chorea Tantz, Ritka)
8. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: O Gloriosa Domina
9. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Alia chorea n 8: (Lopatkowany tanecz, Klobucky tanecz, Proportio, Alia chorea – Alia hungarica)
10. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Pro Clarinis III & XI
11. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Lapozskas tancz: (Tancz, Apor Lazar tancza)
12. Ungarische Tanze Des 17. Jahrhunderts: Olach tancz (1st part) – (Alia chorea, Alia polonica, Nerada robyla, Olach tancz (2nd part))

Clemencic Consort
Rene Clemencic

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René Clemencic
René Clemencic: bom menino

PQP

Ernesto Nazareth (1863-1934), 150 anos! – por Dilermando Reis, violão [Acervo PQPBach] [link atualizado 2017]

Há 150 anos nascia Ernesto Nazareth, e o PQPBach não poderia deixar essa data passar em branco!

Capas da primeira e segunda edições deste álbum

Ernesto Nazareth! Como esse cara era bom! A meu ver, é um dos compositores em que é mais difícil de dissociar-se o ponto exato onde termina o erudito e começa o popular, tal a fusão que ele fez da música das ruas com a técnica pianística extremamente refinada que possuía. Nazareth, por exemplo, estudou e dedicou-se a executar Chopin por toda a sua vida, mas a cultura popular estava fortemente introjetada em seu dia-a-dia, o que fez com que suas composições não conseguissem escapar disso. E daí saíram obras brilhantes!

Tá, mas se eu tanto falei, fiz tanto blá-blá-blá do Ernesto Nazareth como pianista, porque estou postando logo um álbum em que sua música é executada ao violão?

Bom, meus caros, primeiramente porque ainda estou preparando uma postagem pianística das obras dele (realmente, não deu tempo de digitalizar o disco duplo…), e, principalmente, porque estas versões de sua obra para violão trazem outro intérprete/compositor com características muito semelhantes a Nazareth: Dilermando Reis foi mais um desses que ficou no limbo entre o popular e o erudito. Assim como o nosso sesquicentenário homenageado, Dilermando (os dilermandos que me desculpem, mas, ô, nome feio…) é considerado um intérprete erudito pelos chorões e um chorão pelos eruditos, pois não se encaixava corretamente em nenhum desses rótulos, estava no meio disso, com um pé em cada lado. Além de tudo, é um dos grandes violonistas de nosso rol de artistas desse instrumento, incansável divulgador do violão e de todas as suas possibilidades técnicas e melódicas.

Tocando Ernesto Nazareth, só podia sair um disco IM-PER-DÍ-VEL !!!

Show de bola! Ouça! Ouça! Deleite-se!

Homenagem a Ernesto Nazareth

Dilermando Reis

01. Odeon
02. Favorito
03. Tenebroso
04. Brejeiro
05. Floreaux
06. Escorregando
07. Apanhei-te, Cavaquinho
08. Escovado
09. Ouro sobre prata
10. Bambino
11. Espalhafatoso
12. Biciclete Club

Dilermando Reis, violão
Dino 7 Cordas, violão de sete cordas
1973

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MP3 encartes em 3.0Mpixel (78Mb)

Veja o site com as partituras do Ernesto Nazareth Clique aqui

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Oha só de quem o Herbert von Karajan copiou o topetinho!

Bisnaga

Raphael Rabello toca o Estudo nº1!

IM-PER-DÍ-VEL !!! (mesmo sendo só o vídeo)

Raphael Rabello aparece nesse vídeo abaixo tocando o Estudo nº1 de Villa-Lobos e pirando em cima, no programa Ensaio, da TV Cultura, em 1993.
Atingi o êxtase e resolvi compartilhar!

PS: tem os dois vídeos com a mesma interpretação: o primeiro que mostra o rapaz tocando, só que com o som ruim (pra que vocês o vejam em ação), e outro com o som arrumado.

http://youtu.be/Aq4bYH1eluc

http://youtu.be/8vmdetspPZ8

Claudio Monteverdi (1567-1643) – Vespro della Beata Vergine (Savall) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quanto mais eu ouço, mais acho Claudio Monteverdi genial!

Os especialistas consideram que foi ele o responsável pela formação da orquestra moderna, que une os quatro grupos de instrumentos – cordas, madeiras metais e percussão – quando organizou os músicos para a execução de sua ópera L’Orefo, de 1607, postada aqui abaixo.

Monteverdi praticamente criou o que levou o nome de orquestra, criou o que hoje chamamos de ópera e (ô, homem abençoadamente sem sossego!) organizou o que é considerado o primeiro grande oratório: estas Véspera da Beata Virgem , ou no original, Vespro della Beata Vergine.

Creio que eu postaria mais cedo ou mais tarde esta obra aqui, por mais que ela já figure entre as mais de 3 mil postagens que temos no PQPBach no esplendoroso post (e de riquíssimo texto) do Monge Ranulfus (aqui), por dois motivos:

– por ser obra pioneira e essencial para compreendermos a história da música,

– porque este oratório é lindíssimo (e este motivo suplanta o anterior)!

Monteverdi usa tudo que conhece ao seu redor. Não se limita a reunir a orquestra, muito maior do que as formações instrumentais de seu tempo, com coro e solistas: ele também une as formas e tipos de música de seu tempo, mescla-as, cria fusões. Você perceberá solos que se aproximam dos cantos de trovadorismo, coros que são pura polifonia renascentista, momentos de canto gregoriano e, como é de seu feitio, acompanhamento instrumental cheio dos volteios já barrocos. E essa aparente salada ficou muito boa! Coisa que só gênio, mesmo, pra fazer.

Desta vez, a obra de Monteverdi vai interpretada por… Savall de novo!

Não teve jeito, pessoal: ouvi de novo as versões (todas muito bem acabadas e criteriosas) de gente de peso como Harnoncourt, Garrido, Gardiner e Christina Pluhar, mas a batuta de Jordi Savall torna a música de Monteverdi vibrante de forma tal que não há concorrência… Além de tudo, dos pesos muito bem calculados em todos os trechos das músicas, a orquestra, coro e os solistas são excelentes. Mais uma montagem que se pretende ser definitiva!

Palhinha: as Vésperas à Beata Virgem, na versão desta postagem com imagens da Basílica de São Marcos de Veneza! (depois tem a lista de reprodução da obra completa):

Show de bola, não? Então não titubeie: ouça, ouça! Deleite-se!

Claudio Monteverdi (1567-1643)

Vespro della Beata Vergine (1610)
01. Intonatio: Deus in adiutorium – Francisco.
Responsorium: Domine ad adiuvandum
02. Antiphona: Angelicam vitam – Psalmus 109: Dixit Dominus
03. Concerto: Nigra sum
04. Antiphona: In Dei orto sata – Psalmus 112: Laudate pueri
05. Concerto: Pulchra es
06. Antiphona: Paterni oblita amoris – Psalmus 121: Laetatus sum
07. Concerto: Duo Seraphim
08. Antiphona: In Sancte Trinitatis – Psalmus 126: Nisi Dominus decem vocibus
09. Concerto: Audi Coelum
10. Antiphona: Trinitate venerata – Psalmus 147: Lauda Jerusalem
11. Sonata sopra Sancta Maria
12. Hymnus: Ave maris stella
13. Antiphona_ Hodie beata Barbara – Magnificat, parte 1
14. Magnificat, parte 2

Montserrat Figueras, Soprano
Guy Mey, Tenor
Livio Picotti, Contratenor
Daniele Carnovich, Baixo
Elisabetta Tiso, Soprano
Gian Fagotto, Tenor
Roberto Abbondanza, Barítono
Paolo Costa, Contratenor
Maria Kiehr, Soprano
Pietro Spagnoli, Baixo
Gerd Türk, Tenor
Ulrike Wurdak, Soprano
Patrizia Vaccari, Soprano

La Capella Reial de Catalunya
Padua Centre for Ancient Music Chorus
Jordi Savall, regente

Mântua, 1988

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Jordi Savall: chatão! Que toque de Midas esse cara tem, meu!
Montserrat Figueras: voz e técnica tão perfeitas que me indago se ela é humana!

Bisnaga

Claudio Monteverdi (1567-1643) L’Orfeo (Savall) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Como se diz aqui no interior (ops, esqueci que agora moro na capital…): esse DVD é um desbunde!

L’Orfeo é considerada a primeira grande ópera da história. Já havia alguma coisa composta com textos somente cantados, mas nesse porte, não. Na verdade, Claudio Monteverdi foi um revolucionário: reuniu um grupo de instrumentos maior que o habitual (praticamente criou o que hoje chamamos de orquestra), coro, solistas e musicou um texto inteiro, criando uma obra de quase duas horas de música, encenada, com cenários e tudo. Um deslumbre que os olhinhos humanos ainda não tinham visto neste planeta! Orfeo estreou em 1607 no adro frontal do Palácio de Mântua, ao ar livre, e, a julgar pela difusão do gênero ópera nos anos seguintes, foi certamente um estrondoso sucesso.

Alguns afirmam que Monteverdi é renascentista, outros, que é barroco. eu arrisco dizer (sujeito a levar pedradas) que seria mais adequado dizer que ele é maneirista, pois faz a transição de um período para o outro: é rebuscado demais para ser renascentista, mas ainda um tanto claro demais para se dizer que é barroco. Sua ópera mescla árias que ainda se assemelham demasiadamente com o cancioneiro do trovadorismo, ao passo que a orquestração vibrante e floreada já soa mais barroca. Uma mescla bela e instigante!

E nesta montagem de hoje, temos o cuidado e o preciosismo de Jordi Savall. Bom, sabemos de antemão que quando aparece o nome de Savall a coisa não é brincadeira: o maestro catalão não brinca em serviço e as montagens de época que dirige são verdadeiros primores. Sim, ele comete nepotismo: Montserrat Figueras (que nos deixou há poucos anos) é sua esposa e Arianna Savall, sua filha, mas pô, que família competente! A orquestra é ótima, os solistas fenomenais. Uma baita montagem! Provavelmente a fizeram pensando: “esta é a versão definitiva: quero ver fazer melhor!”

Duvida que é bom? olha isso (tem o vídeo na íntegra no youtube):

É ou não é Fenomenal?
Então, ouça, ouça! Deleite-se!

Claudio Monteverdi (1567-1643)
L’Orfeo, favola in musica
Libretto: Alessandro Striggio

01 – Gran Teatre del Liceu
02 – Toccata
03 – Prologo
04 – Atto Primo – Pastore- In questo lieto e fortunato giorno
05 – Atto Primo – Orfeo- Rosa del ciel, vita del mondo, e degna
06 – Atto Primo – Coro di Ninfe e Pastori- Lasciate e monti
07 – Atto Secondo – Orfeo- Ecco pur ch’a voi ritorno
08 – Atto Secondo – Orfeo- Vi ricorda, o bosch’ombrosi
09 – Atto Secondo – Messaggiera- Ahi caso acerbo, ahi fat’empio e crudele
10 – Atto Secondo – Ninfe- Chi ne consola, ahi lassi
11 – Atto Terzo – Orfeo- Scorto da te, mio Nume
12 – Atto Terzo – Caronte- O tu ch’innanzi morte a queste rive
13 – Atto Terzo – Orfeo- Possente spirto, e formidabil nume
14 – Atto Terzo – Orfeo- Sol tu, nobile Dio, puoi darmi aita
15 – Atto Terzo – Orfeo- Ei dorme, e la mia cetra
16 – Atto Terzo – Coro di Spiriti- Nulla impresa per uom si tenta invano
17 – Atto Quarto – Proserpina- Signor, quell’infelice
18 – Atto Quarto – Orfeo- Qual onor di te fia degno
19 – Atto Quarto – Sinfonia, Coro di Spiriti- È la virtute un raggio
20 – Atto Quinto – Orfeo- Questi i campi di Tracia, e quest’è il loco
21 – Atto Quinto – Apollo- Perché a lo sdegno e al dolor in preda
22 – Atto Quinto – Ritornello, Coro di Ninfe e Pastori- Vanne Orfeo, felice a pieno
23 – Moresca
24 – Gran Teatre del Liceu

Alessandro Striggio, libretto
Elenco:
Montserrat Figueras, Soprano, La Musica
Furio Zanasi, Barítono, Orfeo
Arianna Savall, Soprano, Euridice
Sara Mingardo, Contralto, Messaggiera
Cécile van de Sant, Mezzo soprano, Speranza
Antonio Abete, Baixo, Caronte
Adriana Fernández, Soprano, Prosperpina
Daniele Carnovich, Baixo, Plutone
Fulvio Bettini, Barítono, Apollo
Mercedez Hernández, Soprano, Ninfa
Marília Vargas (brasileira !!!), Soprano, Eco
Gerd Türk, Tenor, Pastores
Francesc Garrigosa, Tenor, Pastores / Espíritus
Carlos Mena, Contratenor, Pastores / Espíritus
Iván García, Tenor, Pastores / Espíritus

William Orlandi, figurino
Anna Casas, coreografia
Gilbert Deflo, direção de palco

La Capella Reial de Catalunya, coro
Le Concert des Nations
Jordi Savall, regente
Grand Teatre del Liceu de Catalunya, Barcelona, 2002

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A ópera é mesmo comovente, não? Essa arte é de Marcelo Ventura Freire.

Bisnaga

Franz Schubert (1797-1828): Sonata para Piano Nº 14 / Momentos Musicais / Fantasia

Franz Schubert (1797-1828): Sonata para Piano Nº 14 / Momentos Musicais / Fantasia

Esta é uma gravação realizada na ex-URSS. Não tem som ruim em função disso, é claro, mas por ser certamente pirata (e odiamos piratas, como vocês bem sabem). Vocês sabem que aquele pequeno ser que era Schubert — 1,56 m — era uma fonte inesgotável de belas melodias e aqui ele dá mais uma tremenda demonstração disso sob as mãos deste monstro do piano que é Emil Gilels. Vale baixar, é óbio, apesar da baixa qualidade de som.

Franz Schubert (1797-1828): Sonata para Piano Nº 14 / Momentos Musicais / Fantasia

Piano Sonata 14 in A minor. Op. 143
01. I. Allegro Giusto (10:58)
02. II. Andante (4:51)
03. III. Allegro Vivace (4:59)

Moments musicaux. Op. 94
04. 1 in C major. Moderato (4:49)
05. 2 in A flat major. Andantino (6:25)
06. 3 in F minor. Allegretto moderato (1:54)
07. 4 in C sharp minor. Moderato (4:17)
08. 5 in F minor. Allegro vivace (1:51)
09. 6 in A flat major. Allegretto (7:12)

10. Fantasia in F minor. Op. 103 (17:26)

Emil Gilels, piano

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Emil Gilels: som ruim, excelente interpretação.
Emil Gilels: gravação ruim, excelente interpretação.

PQP

Prokofiev: Piano Concerto no.3, Rachmaninov: Piano Concerto no.1 etc. Janis [link atualizado 2017]

Norman Lebrecht definiu a indústria da gravação de música clássica como “uma forma de arte”. E devo dizer que este CD é uma das pérolas desta arte.

A história da sua gravação foi uma novela épica: no auge da guerra fria, EUA e URSS procuraram compensar nas artes as dissimulações que viviam na política, e para manter certos protocolos de boa vizinhança, firmaram diversos acordos de cooperação cultural. Uma dessas foi a troca de músicos: solistas russos tocariam com orquestras nos EUA e orquestras americanas fariam tournées pelo soviete supremo. Consta que numa dessas, algum produtor bem louco teve a brilhante idéia de mandar um solista americano tocar Prokofiev e Rachmaninov na União Soviética, sob a batuta e acompanhamento de orquestra russa. De tão descabida, a ideia quase não saiu do papel, mas como as autoridades americanas acharam que seria interessante, e a gravadora iria lucrar com a polêmica, ficaram nada menos que 5 anos negociando quem, quando, onde e como seria feita a gravação. Para encurtar a história, a cortina de ferro finalmente autorizou, em 1962, Byron Janis e uma equipe de técnicos de gravação da Mercury a ir a Moscow gravar com Kirill Kondrashin regendo a filarmônica local. O resultado é surpreendente. Primeiro, como estavam sendo vigiados e não queriam revelar os segredos da gravação moderna aos sovièticos, levaram equipamento de gravação cinematográfico, e fizeram as matrizes em magnéticos perfurados de 35mm para cinema, dando à gravação uma sonoridade superior à qualquer outra da época. Segundo, para competir para ver quem era mais fiel à partitura, travaram uma espécie de disputa velada, e tanto Janis quanto a orquestra de Moscow fizeram uma performance pra lá de precisas. Parece que se ouve uma orquestra de câmara, de tão nítidos os sons dos instrumentos. Janis tinha uma intimidade muito grande com a obra de Prokofiev, e chegou a tocar este mesmo concerto quando veio ao Brasil na década de 80, razão pela qual ele arrancou elogios da crítica musical soviética, coisa quase surreal dado o contexto da situação. E, para mim, esta é a melhor leitura do concerto 3 de Prokofiev. Ever.

O CD ainda vem com outras obras para piano solo de Schumann, Prokofiev, Mendelssohn e Octavio Pinto (outra surpresa: compositor brasileiro, era o marido de Guiomar Novaes!), o que faz dele mais um item IMPERDÍVEL!

Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 1. Andante
Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 2. Theme & Variations
Prokofiev: Piano Concerto #3 In C, Op. 26 – 3. Allegro Ma Non Troppo
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 1. Vivace
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 2. Andante
Rachmaninov: Piano Concerto #1 In F Sharp Minor, Op. 1 – 3. Allegro Vivace
Prokofiev: Toccata in D Minor, Op. 11
Schumann: Variations on a theme by Clara Wieck (“Quasi Variazioni”), Op. 5
Mendelssohn: Songs Without Words, Vol. 5, Op. 62 – 1. Andante Espressivo
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – Run, Run
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – March
Octavio Pinto: Scenes From Childhood – Hobby-Horse

Byron Janis, piano
Kirill Kondrashin, Moscow Philharmonic Orchestra

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Chucruten

Repostado por Bisnaga

Tributo a Sir Colin Davis – Parte 1 [link atualizado 2017]

Eu realmente gosto de Colin Davis. Seu estilo honesto e requintado de reger deixou saudades. Sua leitura era sempre muito objetiva e pouco afetada; ademais, um sujeito que conseguia reger bem compositores tão díspares como Mozart e Stravinsky merece um bom crédito. Acho que foi um dos melhores de sua geração, e ela infelizmente está minguando sem deixar substitutos à altura. Uma pena.

De qualquer forma, graças a Deus que alguns loucos visionários do século XIX descobriram técnicas de registro sonoro, e, por conta disso, a gravação conseguiu fazer perpetuar algumas performances musicais que hoje nos enchem de deleite.

Uma delas é essa: a sinfonia Harold en Italie de Berlioz, pela batuta de Davis e o solo de Nobuko Imai. A obra em si já é curiosa: o mega popstar Paganini resolveu mostrar que era bom também na viola, e encomendou a alguns compositores obras com solo para este instrumento, entre eles Berlioz. Para ele, a escolha foi desastrosa; para o mundo da música, um tesouro. Berlioz nunca seria a pessoa mais indicada para escrever um concerto, já que o barato dele era – e sempre foi – escrever para orquestra. Aliás, Berlioz deve ser o único compositor que não tem nenhuma obra de câmara (até Bruckner tem!), e acabou escolhendo uma sinfonia descritiva sobre o personagem Byroniano Haroldo, sendo o dito representado pela viola. Paganini ficou furioso, pq a obra tinha pouco ou

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quase nada de passagens virtuosísticas (aqueles malabarismos musicais) que ele adorava apresentar, e nunca a tocou. E a sinfonia acabou sendo um sucesso berlioziano (se é que existe este termo), uma das mais hábeis e interessantes escritas para orquestra. Afinal, fazer uma grande orquestra berlioziana (gostei do termo) dialogar com uma viola, tem que saber onde se mete.

No mais, Davis gravou esta sinfonia outras vezes, a mais célebre tendo Menuhin como solista, mas eu sinceramente prefiro esta – não pelo solo, mas pela sonoridade da orquestra e da gravação. E Imai é um espetáculo à parte: uma japonesinha de meio metro de altura, mas que toca que é um gigante.

Esta gravação é de 1975, e foi lançada em CD pela Philips no Berlioz Complete Cycle em 1982. Vem, de lambuja, Tristia op.18 e o Preludio do III ato dos Troianos em Cartago. Como diz nosso amigo pqp, IMPERDÍVEL!

Berlioz: Harold en Italie, Tristia, Les Troyens Prélude

1 Harold en Italie, Op.16: 1. Harold aux montagnes (Adagio – Allegro)
2 Harold en Italie, Op.16: 2. Marche des Pèlerins (Allegretto)
3 Harold en Italie, Op.16: 3. Sérénade (Allegro assai – Allegretto)
4 Harold en Italie, Op.16: 4. Orgie des brigands (Allegro frenetico – Adagio – Allegro), Tempo I
5 Tristia, Op.18: 1. Méditation religieuse (after Thomas Moore)
6 Tristia, Op.18: 2. La mort d’Ophélie – Ballade (after Shakespeare)
7 Tristia, Op.18: 3. Marche funèbre pour la dernière scène d’Hamlet (Allegretto moderato)
8 Les Troyens à Carthage: Prélude à l’Acte II

Nobuko Imai, alto
Sir Colin Davis – London Symphony Orchestra

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