Vivaldi (1678-1741): Concerti Con Molti Strumenti (Violinos, Flautas, Oboés, Fagotes)

Vivaldi (1678-1741): Concerti Con Molti Strumenti (Violinos, Flautas, Oboés, Fagotes)

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Vivaldi era um padre que não rezava missas. Ainda na casa dos vinte anos, já padre, alegara problemas com a asma, que o faria tossir e tossir. Como oficiaria missas? Dizia-se fraco, mas teve grandes amores — um muito rumoroso com uma aluna, o contralto Anna Giró –, além de dar aulas, tocar violino e reger. Irritado, pensando que o Padre Rosso era um fingido, Benedetto Marcello escreveu um panfleto contra ele. Em 1737, Vivaldi respondeu:

Há 25 anos que não dou missas e eu não pretendo fazê-lo novamente, não por causa de alguma  proibição ou qualquer ordenança, mas por minha própria vontade, por causa de uma doença que sofro desde a infância e ainda me assombra.

Depois de ser ordenado sacerdote, disse Missas por um ano, mas depois decidi parar porque em três dias consecutivos tive que deixar o altar antes da celebração final por causa da minha doença.

Por esta razão eu vivo principalmente dentro de casa e nunca saio a não ser de gôndola ou de carro, já que não posso andar sem dor e aperto no peito.

Nenhum cavalheiro convida-me para ir a sua casa, mesmo o nosso príncipe, porque todos sabem de minha fraqueza.

Eu passeio após o jantar, mas nunca vou caminhando. Esta é a causa pela qual nunca rezo missas.

A propósito, excelente CD!

Vivaldi (1678-1741): Concerto Con Molti Strumenti (Violinos, Flautas, Oboés, Fagotes)

1. Con F.XII No.3 (RV 577) ‘Per L’Orch Di Dresda’ in g: Allegro
2. Con F.XII No.3 (RV 577) ‘Per L’Orch Di Dresda’ in g: Adagio
3. Con F.XII No.3 (RV 577) ‘Per L’Orch Di Dresda’ in g: Allegro

4. Con (RV 572) ‘Il Proteo, O Il Mondo Al Rovescio’ in F: Allegro
5. Con (RV 572) ‘Il Proteo, O Il Mondo Al Rovescio’ in F: Adagio
6. Con (RV 572) ‘Il Proteo, O Il Mondo Al Rovescio’ in F: Allegro

7. Con F.XII No.31 (RV 566) in d: Allegro Assai
8. Con F.XII No.31 (RV 566) in d: Largo
9. Con F.XII No.31 (RV 566) in d: Allegro

10. Con F.XII No.48 (RV 585) ‘In Due Cori’ in A: Allegro
11. Con F.XII No.48 (RV 585) ‘In Due Cori’ in A: Adagio
12. Con F.XII No.48 (RV 585) ‘In Due Cori’ in A: Allegro

13. Con F.XII No.14 (RV 556) ‘Per La Solennita Di S. Lorenzo’ in C:Largo-Allegro Molto
14. Con F.XII No.14 (RV 556) ‘Per La Solennita Di S. Lorenzo’ in C: Largo & Cantabile
15. Con F.XII No.14 (RV 556) ‘Per La Solennita Di S. Lorenzo’ in C: Allegro

16. Con F.XII No.17 (RV 557) in C: Allegro Non Molto
17. Con F.XII No.17 (RV 557) in C: Largo
18. Con F.XII No.17 (RV 557) in C: Allegro No Molto

19. Con F.XII No.33 (RV 576) ‘Sua Altezza Reale Di Sassonia’ in g: Allegro
20. Con F.XII No.33 (RV 576) ‘Sua Altezza Reale Di Sassonia’ in g: Larghetto
21. Con F.XII No.33 (RV 576) ‘Sua Altezza Reale Di Sassonia’ in g: Allegro

Matheus Ensemble
Jean-Christophe Spinosi

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Jean-Christophe Spinosi é um homem dividido
Jean-Christophe Spinosi é um homem dividido

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O barroco nos caminhos do ouro: Cidades históricas brasileiras

xxxxxxO barroco nos caminhos do ouro
Cidades históricas brasileiras
Década de 1980

Atenção para esta raridade!

“O barroco nos caminhos do ouro”, realizado por Reinaldo Varela e Manuel Gama, é um documentário produzido pela RTP (Rádio e Televisão de Portugal) na década de 1980, localizado pelo referencial Diuner Melo. O documentário, que exibe as cidades históricas brasileiras em fase anterior à explosão turística dos anos 90, possui interessantes análises e imagens que não estão disponíveis nem em documentários da atualidade. Vale a pena conhecer e usar em aulas e cursos. Vamos divulgar! (Prof. Paulo Castagna)

Cap 1: Rota de Paraty – Começando pelo belíssimo porto estratégico de Paraty, este episódio leva-nos ainda a São João D’El Rey, Tiradentes e Mariana. De passagem por Amarantina, a descoberta da família Vilhena, que miniaturiza o património barroco do Brasil.

Vídeo Cap 1: Rota de ParatyBaixe aqui – Download here
MP4 – 297,1 MB – 26,1 min

Cap 2: Passagem de Mariana – O barroco português, principalmente aquele que floresceu no Norte de Portugal, foi transportado para o Trópico e lá sofreu as influências que singularizaram o estilo nos caminhos do ouro – enquanto se formavam as coordenadas espirituais de uma cultura que ainda hoje é marca do estado brasileiro de Minas Gerais. Neste episódio sobressai a Sé Catedral de Mariana, integrada num imponente conjunto da que foi a primeira vila, primeira cidade e primeira diocese das Minas Gerais. Mariana, que deve o seu nome à mulher de D. João V, D. Mariana de Áustria, foi ainda capital das Capitanias Unidas das Minas de Ouro e de São Paulo.

Vídeo Cap 2: Passagem de MarianaBaixe aqui – Download here
MP4 – 365,7 MB – 27,4 min

Cap 3: Relíquias do Rio – A ocupação gradual das novas Terras de Vera Cruz, com a divisão em capitanias, deu-se no contrapé da gesta do Oriente, onde se concentravam os esforços maiores do Reino. Portugal, país de dois milhões de habitantes, não podia manter a soberania tão longe das suas costas e em extensões tão grandes, sem sacrificar algumas conveniências. Em 1565, Estácio de Sá fundava as cidades de São Sebastião e de D. Sebastião, em homenagem ao mais popular dos mártires da cristandade e à mais bonita saudade portuguesa. A grande estrela deste episódio é o majestoso Mosteiro de São Bento, a maior e mais bem conservada das muitas relíquias que ainda hoje povoam o Rio de Janeiro.

Vídeo Cap 3: Relíquias do RioBaixe aqui – Download here
MP4 – 364,4 MB – 26,2 min

Cap 4: O misterioso Porto da Estrela – A pirataria foi a grande inimiga dos países ibéricos durante a colonização das Américas. Para a evitar os carregamentos de ouro saíam de portos estratégicos, como Paraty, ou do misterioso Porto da Estrela, no fundo da Baía de Guanabara. Praticamente desconhecido nos nossos dias, em local de difícil acesso, dele só restam hoje alguns vestígios insignificantes. No entanto, até ao século passado, desempenhou importante função económica em relação ao Rio de Janeiro, ao Brasil e a Portugal. A ligação com a tradição lisboeta mantém-se até ao presente no rio. A festa de Santo António é uma das mais populares da Cidade Maravilhosa.

Vídeo Cap 4: O misterioso Porto da EstrelaBaixe aqui – Download here
MP4 – 353,0 MB – 25,5 min

Cap 5: Por alcunha o Aleijadinho – Ao contrário do que sucedeu noutras latitudes durante as corridas para o ouro, e ao contrário do que recentemente ocorreu no próprio Brasil, com o surto aurífero da Serra Pelada, que deixou atrás de si um rasto de miséria, de prostituição, de doença e de crime, além de uma imensa ferida na terra violada e estéril, o ouro de Minas Gerais irrigou a terra brasileira com uma intensa vida cultural. Este episódio foca parte da obra do maior génio saído da cultura mineira do século dezoito: António Francisco Lisboa, por alcunha o Aleijadinho. A escultura em pedra sabão dos profetas no Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo, e a igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Ouro Preto sobressaem neste episódio.

Vídeo Cap 5: Por alcunha o AleijadinhoBaixe aqui – Download here
MP4 – 322,5 MB – 26,2 min

Cap 6: O segredo de Ouro Preto e outros caminhos – Reclinada entre montanhas, a cidade de Ouro Preto recebe a luz fosca e doce da manhã de que falava Vitorino Nemésio. A câmara de Reinaldo Varela captou neste episódio, com rara sensibilidade, a luminosidade especial da antiga Vila Rica, descrita por escritores de primeira grandeza como o brasileiro Manuel Bandeira ou o nosso Vitorino Nemésio, o genial escritor da Terceira que inspirou este episódio com o seu livro “O Segredo de Ouro Preto e outros Caminhos”. Caminhos que nos levam ainda a Sabará, através de verdes campos bucólicos que saudosamente lembram as veigas de Bertiandos, na fresca Ribeira Lima.

Vídeo Cap 6: O segredo de Ouro Preto e outros caminhosBaixe aqui – Download here
MP4 – 400,2 MB – 26,3 min

Cap 7: Pela Estrada Real – Neste último episódio são revisitados, em parte, os caminhos percorridos na série, desde a “Rota de Paraty” ao “Misterioso Porto da Estrela”. A câmara de Reinaldo Varela percorreu sinuosos caminhos que parecem estradas romanas, os quais, unindo as minas ao mar, foram outrora calcorreados por bandeirantes e escravos. Por lá descia o ouro e subiam mercadorias, manufacturas, alimentos, artistas, religiosos, funcionários e poetas. A artéria pulsante de uma civilização. A antiga Estrada Real, que ligava Ouro Branco a Ouro Preto, lembra um Portugal rústico que vai desaparecendo. O museu de miniaturas do barroco da família Vilhena em Amarantina leva-nos ao encontro de uma cavalhada. Na sua ingenuidade de profundo significado etnológico, religioso e histórico, o espectáculo é um feliz e adequado final para a festa de Arte e beleza que é o barroco nos caminhos do ouro.

Vídeo Cap 7: Pela Estrada RealBaixe aqui – Download here
MP4 – 504,3 MB – 28,3 min

Vamos divulgar!

Avicenna

As modinhas do Brasil (Acervo PQPBach)

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As modinhas do Brasil

Eliane Aquino, soprano
Keila de Moraes, mezzo-soprano
Kenny Simões, espineta
Edilson de Lima, violão.

 

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.Segundo Silvio Romero, a modinha teria surgido …
Um outro grupo de escritores, dentre eles Tomaz Borba …
Já o escritor Ernesto Vieira,em seu …
O historiador português Pinto de Carvalho …
José Ramos Tinhorão, por sua vez …

Esse é o início dos 5 primeiros parágrafos do livro “As modinhas do Brasil”, de Edilson de Lima, publicado pela Edusp em 2001, 280 páginas, que apresenta a letra e a partitura de cada modinha abaixo, interpretadas por Eliane Aquino, soprano; Keila de Moraes, mezzo-soprano; Kenny Simões, espineta e Edilson de Lima, violão.

Compositor: Anônimo, séc. XIX/XVIII
01. Você Se Esquiva De Mim
02. Quem Me Vir Aflito E Triste
03.Pelo Amor De Deus
04. Tristemente A Vida Passa
05. Os Me Deixas Que Tu Dás
06. Eu Nasci Sem Coração
07. Ganinha, Minha Ganinha
08. Quem Ama Para Agravar
09. Sinto-Me Aflita
10. Vidinha Adeus
11. Por Desabafar Saudades
12. Choro, Padeço, Suspiro
13. Os Desprezos De Meu Bem
14. A Minha Nerina Gosta Dos Meus Ais
15. Se Fores Ao Fim Do Mundo
16. A Saudade Que No Peito
17. Ninguém Morra De Ciúme
18. Eu Estando Bem Juntinho
19. É Delicia Ter Amor
20. Quem Achou O Q’eu Achei
21. Da Minha Constante Fé
22. Eu Não Sei Minha Constância
23. Meu Amor, Minha Sinhá
24. Minha Mana Estou Gostando
25. Menina Você Vai Hoje
26. Homens Errados E Loucos
27. Cupido Tirano
28. Estas Lágrimas Sentidas
29. Ausente, Saudoso E Triste
30. Não Pode A Longa Distância

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Boa audição.

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Avicenna

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 8 (Svetlanov)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 8 (Svetlanov)

Mahler 8 SvetlanovEu amo Mahler. Suas sinfonias, ciclos de canções, sua esposa. Mas, se eu tivesse que escolher dentre suas obras as que menos gosto, estas seriam a 8ª e a 9ª Sinfonias. Claro, deve ser uma limitação minha. Eu as acho realmente exageradas, grandiosas e menores. Porém, Mahler estava convencido da importância da obra. Aqui, ele renuncia ao pessimismo que marca boa parte da sua música, oferecendo a Oitava como expressão de confiança no espírito humano. Logo após a morte do compositor, as interpretações foram relativamente pouco comuns. No entanto, a partir de meados do século XX, a sinfonia foi incluída com regularidade nos programas das salas de concertos de todo o mundo e foi gravada em muitas ocasiões. Sem deixar de reconhecer a sua grande popularidade, os críticos modernos têm opiniões diversas sobre a obra, alguns opinando que seu otimismo é pouco convincente e considerando a obra como artística e musicalmente inferior a outras de suas sinfonias. É o que penso. A gravação de Svetlanov é, literalmente, boa e russa.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 8
1 Part 1. Hymnus “Veni, creator spiritus”. Allegro impetuoso 24:08
2 Part 2. Scène finale du “Faust II” de Goethe. Poco adagio – Più mosso 59:15

Natalia Gerassimova, Galina Boiko (Soprano)
Galina Borissova, Olga Alexandrova (Mezzo Soprano)
Alexei Martynov (Tenor)
Dimitri Trapeznikov (Bariton)
Anatoly Safiulin (Bass)
Ludmila Golub (Organ)
Russian State Symphony Orchestra
Moscow Choral Academy Children’s Choir
Moscow Choral Academy Mixed Choir
Yevgeny Svetlanov

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Mahler e Beyoncé
Mahler e Beyoncé

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Revisitação dos Santos Reis – Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (Acervo PQPBach)

aubfcwRevisitação dos Santos Reis

Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte

Esta postagem é um agradecimento à acolhida que tive do povo de Natal, RN, na semana de abril de 2010. Depois de saborear todos os camarões e lagostas a que tinha direito, nada mais me resta senão confraternizar com os amigos potiguares que tão amavelmente me receberam.

Pois não é que visitando o Museu do Artezanato Potiguar, instalado numa edificação que serviu de presídio até os anos 70, encontrei este CD maravilhoso e contundente, discretamente disposto no setor da Galeria de Arte? Imediatamente comprei-o e até agora não canso de agradecer aos Ventos do Oriente por me terem orientado nessa aquisição.

Antônio José Madureira passou a integrar o Movimento Armorial em 1970, que incluía diversas linguagens artísticas, cerâmica, tapeçaria, pintura, poesia, música e teatro, entre outras. Passou a liderar então o Quinteto Armorial.

Em 1974, no primeiro LP do grupo adaptou o romance pernambucano, provelmente do século XIX, “Romance de Minervina”. Em 1976 compôs “Aralume” que deu nome ao segundo disco do Quinteto armorial. No ano seguinte criou o Quarteto Romançal, com um violino, um violoncelo, um violão e flautas, do qual é regente. No mesmo ano gravou em Oslo na Nuruega o LP “Romançal”.

Tem participação como solista, compositor, arranjador e regente em mais de 40 músicas. Em 1980 fez a direção de produção do LP do “V Congresso Nacional de violeiros” – Disco 1 – “Violas e repentes”. Em 1986 lançou um LP de forma independente, que trazia entre outras a composição “Batucada”. Em 1992 lançou o disco “Brasília: o romance da Nau Catarineta” e no ano seguinte, “Opereta do Recife”. Neste último, interpretou, entre outras, “Índios do Nordeste”, com letra de autor desconhecido e “Poema de Natal”, “Chope”, “Ciranda”, “Dádivas do amante” e “Bairro do Recife”, sobre versos do poeta pernambucano Carlos Penna Filho.

Em 1999 lançou pela Copacabana/EMI o CD “Do romance ao galope nordestino sete flexas”. No mesmo ano fez os arranjos e as composições para o CD “Revisitação dos Santos Reis”, interpretadas pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte como parte das comemorações dos 400 anos da cidade de Natal. Tem diversas produções musicais para o cinema, teatro e dança. Tem músicas gravadas em diversos países e obras editadas pela Guitar Solo Publication da Califórnia, Estados Unidos. Teve músicas gravadas pelo Quinteto Armorial, por seu irmão, Antúlio Madureira e Cussy de Almeida, entre outros. (Dicionário Cravo Albin)

Revisitação dos Santos Reis
Antônio José Madureira (Macau, RN, 1949)
01. Loa do Potiguara
02. Canto do Mangue
03. Loa do Congolês
04. Procissão dos Navegantes
05. Loa do Mareante
06. Fortaleza dos Reis Magos

 

 

 

 

 

 

Revisitação dos Santos Reis -1999
Composição e arranjos: Antônio José Madureira
Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte
Coordenação artística e Regência: Maestro Osvaldo D’Amore

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Boa audição.

Avicenna

Antonio Lotti (ca.1667 – 1740): Kyrie, Gloria, Missa del sesto tuono

nna41xKyrie in B major
Gloria in D major
Missa del sesto tuono

Antonio Lotti (Italy, ca. 1667 – 1740)

Lotti Chamber Choir
Camerata Pro Musica
Maestro Ferenc Rózsa

Here are three of this early 18th Century composers masses of the Venice school, which have also received praise from Pope Pius X. It has constant harmonic tension with flowing melody and fine instrumental orchestration soaring around, above and in between.

This is fine performance by Camerata Pro Musica Chamber Orchestra and Lotti Chamber Choir all conducted by Ferenc Rózsa. Especially captivated by the Gloria in D Major, which is particularly glorious with its fine solo vocalists framed by baroque instrument flourishes!
Magnificent! (tirei da internet)

Antonio Lotti (Italy, ca. 1667 – 1740)
01. Kyrie in B major 1. Introduzione
02. Kyrie in B major 2. Kyrie
03. Kyrie in B major 3. Christe
04. Kyrie in B major 4. Kyrie
05. Gloria in D major 1. Gloria
06. Gloria in D major 2. Et in terra
07. Gloria in D major 3. Laudamus
08. Gloria in D major 4. Gratias
09. Gloria in D major 5. Domine Deus
10. Gloria in D major 6. Domine filii
11. Gloria in D major 7. Domine Deus, Agnus dei
12. Gloria in D major 8. Qui tollis
13. Gloria in D major 9. Qui sedes
14. Gloria in D major 10. Quoniam
15. Gloria in D major 11. Cum Sancto
16. Missa del sesto tuono 1. Kyrie
17. Missa del sesto tuono 2. Gloria
18. Missa del sesto tuono 3. Kyrie
19. Missa del sesto tuono 4. Sanctus
20. Missa del sesto tuono 5. Benedictus
21. Missa del sesto tuono 6. Agnus dei

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Boa audição.

Avicenna

J. S. Bach (1685-1750) / Alfred Schnittke (1934-1998): Concertos para Violino e Violinos

J. S. Bach (1685-1750) / Alfred Schnittke (1934-1998): Concertos para Violino e Violinos

71w5aknhufL._SL1000_Um bom disco da dupla de irmãs francesas, as irmãs Nemtanu. Concertos e peças de Bach com um Concerto multi-estilista de Schnittke encravado ali quase no final. Rola fácil o diálogo entre as duas irmãs tanto no Concerto de Bach quanto no comentário pós-moderno do russo. As duas — Deborah e Sarah Nemtanu, ambas com pouco mais de trinta anos — são spallas de orquestras em Paris e cada uma é uma forte a personalidade. Importante observação sobre o estilo: estas gravações combinam a correta quase falta de vibrato barroca com instrumentos modernos.

J. S. Bach / Alfred Schnittke: Concertos

1 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043: Vivace 3:38
2 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043: Largo ma non tanto 6:11
3 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043: Allegro 4:47

4 Violin Concerto in E Major, BWV 1042: Allegro I 7:17 (com Sarah)
5 Violin Concerto in E Major, BWV 1042: Adagio e sempre piano 5:13
6 Violin Concerto in E Major, BWV 1042: Allegro II 2:32

7 Invention in C Major, BWV 772 1:18

8 Violin Concerto in A Minor, BWV 1041: Allegro moderato 3:48 (com Deborah)
9 Violin Concerto in A Minor, BWV 1041: Andante 5:40
10 Violin Concerto in A Minor, BWV 1041: Allegro assai 3:57

11 Concerto Grosso No. 3 for 2 Violins, Harpsichord and Strings: Allegro 2:00
12 Concerto Grosso No. 3 for 2 Violins, Harpsichord and Strings: Risoluto 3:18
13 Concerto Grosso No. 3 for 2 Violins, Harpsichord and Strings: Pesante 6:47
14 Concerto Grosso No. 3 for 2 Violins, Harpsichord and Strings: Adagio 7:03
15 Concerto Grosso No. 3 for 2 Violins, Harpsichord and Strings: Moderato 3:09

16 Invention in F Major, BWV 779 0:59

Sarah Nemtanu & Deborah Nemtanu, violinos
Paris Chamber Orchestra
Sascha Goetzel

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Sarah e Deborah Nemtanu medindo o espeço de cada uma
Sarah e Deborah Nemtanu medindo o espaço de cada uma

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Pe. José Maurício Nunes Garcia – Missa de N. Senhora do Carmo: Associação de Canto Coral & Camerata Rio de Janeiro – 1985 – (Acervo PQPBach)

2wqwnioAvicenna foi à França para complementar a sua LP/CDteca sobre música sacra colonial brasileira, uma vez que aqui em Pindorama a sua divulgação é inexistente, marginal.

Pasmem, mas na Europa essa nossa música está fazendo um baita sucesso!

-oOo-

Allons nous! Le jour de gloire est arrivé! Direto da Cidade Luz, apresentamos a “Missa de Nossa Senhora do Carmo”, considerada pelos críticos uma das obras primas do Padre José Maurício Nunes Garcia.

“Written for the holy patron saint of the Royal Portuguese family, the Mass of the Virgin of Mount Carmel , composed in 1818, is one of the masterpieces of the composer. Its dramatic intensity is strong, its vocal virtuosity is inspired by the technic of the castrati, two of them having participated in the creation of the mass: a contralto (Laudamus Te) and a soprano (Quoniam). The variations in the sounds of the instruments and the voices, the contrasts between intensity and volume, the decorative ornamental apparatus are representative of the style of this piece.

Écrite pour la sainte patronne de la famile royale portugaise, la Messe de Notre Dame du Mont Carmel, composée en 1818, est l’un des chefs-d’œuvre du compositeur. Sa densité dramatique est forte, sa virtuosité vocale est inspirée de la technique des castrati, dont deux ont participé à la création de l’œuvre: un contralto (Laudamus Te) et un soprano (Quoniam). Les variations de timbres instrumentaux et vocaux, les contrastes d’intensité et de volume, l’ornamentation décorative sont éléments significatifs de cette pièce.”
Maria Inês Junqueira Guimarães (L’oeuvre de Lobo de Mesquita, compositeur brésilien, Université Paris IV, Sorbonne. 1996. Thèse de doctorat), no encarte.

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
01. Magnificat
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
02. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 1. Kyrie
03. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 2. Gloria In Excelsis
04. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 3. Laudamus Te
05. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 4. Gratias
06. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 5. Domine Deus
07. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 6. Qui Sedes
08. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 7. Quoniam
09. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 8. Cum Sancto Spiritu
10. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 9. Patrem Omnipotentem
11. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 10. Et Incarnatus
12. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 11. Crucifixus
13. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 12. Resurrexit
14. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 13. Sanctus Dominus Deus
15. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 14. Hosanna In Excelsis
16. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 15. Benedictus Qui Venit
17. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 16. Hosanna In Excelsis
18. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 17. Agnus Dei Qui Tollis Peccata Mundi

* La Passion du Baroque Brésilien – 1985

* Associação de Canto Coral, dirigido por Cleofe Person de Mattos. (Em 1963, no Rio de Janeiro, a Associação de Canto Coral prestou homenagem ao recém-falecido Papa João XXIII apresentando a “Missa de 1948” de Stravinsky, sob a regência do próprio Stravinsky, que não poupou elogios à performance do Coral)

* Camerata Rio de Janeiro, regida por Henrique Morelenbaum

Aprecie! Enjoy! Appréciez!
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Avicenna
Em memória do meu irmão caçula Luis Carlos que mudou para os Céus levando parte de mim. (2014)
O Senhor te abençoe e te guarde
O Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti
O Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz
Amen”

Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782) – Sonatas para cravo, com Rosana Lanzelotte

2me5lwgSonatas
Pedro Antonio Avondano

Rosana Lanzelotte
Cravo com a inscrição ‘Joze Calisto 1780’

Rosana Lanzelotte costuma dizer que tocar cravo no Brasil é “um ato de paixão”. Mas ela é daquelas artistas inquietas. E, da música brasileira do século 20 a obras do passado trazido à tona com pesquisas em bibliotecas européias, tem revelado pequenas jóias do repertório – caso de seu novo disco, com as sonatas do português Pedro António Avondano (selo Portugaler), sobre quem ela falou ao Estado [jornal O Estado de São Paulo].

Quem foi Avondano?
A corte portuguesa era uma das mais abastadas no século 18 graças às riquezas que chegavam do Brasil. O pai de Avondano foi importado de Nápoles por d. João V, que quis instaurar uma estética itáliana na corte, antes influenciada pelo gosto espanhol de seus antepassados.

A riqueza da vida musical em Lisboa vai aos poucos sendo descoberta. O musicólogo Sérgio Dias deparou-se com uma inédita Missa de Pergolesi na Biblioteca do Palácio da Ajuda. A arte de Marcos Portugal, o talentoso compositor português que fez a sua fama em Veneza e Paris, e que veio a contragosto para o Brasil chamado por d. João VI, tem também encantado alguns maestros europeus.

Pouco se praticou a música de câmara no Brasil antes da chegada de d. João VI em 1808. Porém a música de Avondano já era conhecida: há traços de sua ópera Il Mondo della Luna em arquivos de Ouro Preto. Pode-se imaginar, então, que, apesar de esquecido hoje, sua arte exerceu um grande fascínio sobre seus contemporâneos. Avondano só não é mais presente porque talvez grande parte de sua obra tenha desaparecido durante o Terremoto de Lisboa [1755].

Creio que a minha ascendência portuguesa e italiana, e mais o ritmo brasileiro, que corre nas veias, me ajudou na aproximação da música divertida, melancólica e muitas vezes carnal desse Pedro António. Afinal, como todos nós, ele era um mestiço.

Qual o objetivo destas pesquisas? Você fala em nova vida para o cravo.
Como nos ensinaram mestres como Gustav Leonhardt e Jacques Ogg, o cravista tem de ser, antes de mais nada, um pesquisador. No século19, ninguém tocou o instrumento. Mais de 200 cravos foram queimados em uma fogueira em Paris na Revolução Francesa, símbolos da monarquia.

A redescoberta do repertório e do ofício de tocar cravo faz parte da vida e da fascinação de qualquer cravista. Volta e meia são descobertas novas obras de grandes mestres, como Froberger e Scarlatti. Antes dessa viagem apaixonante pela música de Avondano, eu havia enveredado por obras pouco conhecidas de Bach, que registrei no meu primeiro CD, além de ter descoberto na Biblioteca de Viena a autoria da transcrição para teclado das Sete Últimas Palavras de Cristo de Haydn: Sigismund Neukomm, seu aluno predileto, que morou no Brasil de 1816 a 1821. Este é o compositor sobre o qual me debruço no momento. Em 1998 gravei o meu CD de música brasileira do século 20 com obras inéditas de Ernani Aguiar, Caio Senna e David Korenchendler, além de Ernesto Nazareth e Claudio Santoro. Essa é a minha contribuição para provar que o cravo é, sim, brasileiro!

(http://lanzelotte.com/antigo/port/clip10_b.htm)

Gravado no National Music Museum em Vermillion, South Dakota, USA, em 2002, em um cravo com a inscrição ‘Joze Calisto 1780’, um dos mais raros tesouros do National Music Museum da University of South Dakota.

Este CD, fonogramas + encarte, nos foi presenteado pelo prezado ouvinte da Espanha ‘Milton Clasic’, de refinado gosto musical e raro trato pessoal. Muito obrigado, Milton! Não tem preço.

Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
01. Sonata em Fá Maior – 1. Allegro
02. Sonata em Fá Maior – 2. Adagio
03. Sonata em Fá Maior – 3. Menuete
04. Sonata em Ré Maior – 1. Moderato – Allegro
05. Sonata em Ré Maior – 2. Andante
06. Sonata em Ré Maior – 3. Menuete
07. Sonata em Dó Maior – 1. Allegro
08. Sonata em Dó Maior – 2. Andante
09. Sonata em Dó Maior – 3. Allegro
10. Sonata em Sol Maior – 1. Allegro
11. Sonata em Sol Maior – 2. Menuete
12. Sonata em Dó Maior – 1. Allegro
13. Sonata em Dó Maior – 2. Menuet2
14. Sonata em Sol Maior
15. Sonata em Lá Maior – 1. Allegro con Spirito
16. Sonata em Lá Maior – 2. Presto – Presto

Sonatas – 2002
Pedro Antonio Avondano
Rosana Lanzelotte – cravo

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Boa audição.

Avicenna

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Sonatas – Vol 9 e 10 de 10 – Vladimir Ashkenazy

41zpyGh-RIL._SS500Vamos então concluir mais uma integral, trazendo só petardos agora. Começa com a ‘Hammerklavier’, e as três últimas obras primas de op. 109, 110 e 111. Só coisa fina.
Vladimir Ashkenazy tem se dedicado mais à regência nos últimos anos e vem realizando ótimas gravações, revelando novos instrumentistas. Algumas destas gravações podem ser encontradas aqui mesmo no PQPBach como o belíssimo CD lançado pelo selo Deutsche Grammophon onde acompanha a violinista Lisa Batiashvilli nos concertos de Tchaikovsky e de Sibelius.
Espero que tenham gostado desta integral.

CD 9
01. Andante favori in F major, WoO 57 (1805)
02. Piano Sonata No.29 in B-flat major, Op.106 ‘Hammerklavier’ (1819) I. Allegro
03. II. Scherzo Assai vivace
04. III. Adagio sostenuto
05. IV. Introduzione Largo – Fuga Allegro risoluto

CD 10

01. Piano Sonata No.30 in E major, Op.109 (1820) I. Vivace, ma non troppo – Adagio espressivo
02. II. Prestissimo
03. III. Andante, molto cantabile ed espressivo
04. Piano Sonata No.31 in A-flat major, Op.110 (1821) I. Moderato cantabile, molto espressivo
05. II. Allegro molto
06. III. Adagio, ma non troppo
07. IV. Fuga Allegro ma non troppo
08. Piano Sonata No.32 in C minor, Op.111 (1822) I. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
09. II. Arietta Adagio molto, semplice e cantabile

Vladimir Ashkenazy – Piano

CD 9 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 10 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: interlúdio :. The Necks: Chemist

.: interlúdio :. The Necks: Chemist

“This is apparently the thirteenth release by the Necks, and this reviewer is ashamed to admit that it’s the first one he’s heard, especially when the music is singular enough to satisfy the average iconoclast status to which this reviewer would make no claim, incidentally.”

Faço minha a confissão de Nic Jones, do All About Jazz — até me sinto melhor por ter chegado atrasado. Estou postando este disco de supetão: descobri-o hoje cedo e não pude parar de ouvi-lo desde então, e estou louco pra chegar em casa e escutá-lo com a devida atenção, nas minhas queridas e pesadas caixas de som, ao invés desses fones de ouvido vazando o entrecortado ambiente de trabalho.

O The Necks é um trio australiano cuja exploração se dá num espectro bastante específico, e pouco revisto, do jazz: o minimalismo. “Chemist” evoca os drone blues de La Monte Young, as texturas de Steve Reich e os espaços acústicos dos discos de Miles Davis entre 1969 e 1970; um jazz que evolui muito lentamente, hipnotizando. Não há canções, e os temas desenvolvem-se sem objetivo que não o de observar a própria trajetória — mas, ao contrário do que se poderia esperar, não é enfadonho, nem carece de um melhor arranjo. Inclusive recebe bem ouvintes de jazz de quaisquer vertentes — que não tenham transtorno de déficit de atenção, preferencialmente, para encarar as faixas de mais de 20 minutos — , pois é um disco límpido, suave e bem-articulado.

E já que eu afanei a introdução da resenha do Nic Jones, roubo o fecho também.

“Ultimately, the chasm between being genuinely creative and simply going over the same old ground is arguably as wide as it’s ever been, and this group comes down firmly on the side of the former.

Now, these ears have got some catching up to do.”

The Necks – Chemist /2006 [V0]
Chris Abrahams: piano, keyboards
Lloyd Swanton: bass
Tony Buck: drums, percussion, guitar

download – 98MB

01 Fatal
02 Buoyant
03 Abillera

The Necks
The Necks

Boa audição!
Blue Dog

Pe. José Maurício Nunes Garcia – Missa de Santa Cecília: Associação de Canto Coral & Orquestra Sinfônica Brasileira – 1959 – (Acervo PQPBach)

iBiSPA missa de Santa Cecília é a última criação do Pe. José Maurício. Foi o seu gran finale, la crema de la crema!

Todos os CDs e LPs desta magnífica missa foram gravados com velocidade 6,7% acima do real, comprometendo a qualidade da gravação.

Para completar o processo ‘nascoxal’ de produção desses CDs e LPs, as 15 faixas foram aglutinadas em apenas 8 faixas, sendo que a 5ª ficou igual à 4ª.

Gastamos muitas horas tratando esses LPs e CDs no computador e conseguimos chegar a um resultado harmonioso. Assim mesmo não foi possível restabelecer na sua plenitude a gravação original por defeito dos LPs-masters que originaram os CDs, principalmente as faixas 02, 11 e 15, onde alguns solos ficaram irreversivelmente comprometidos.

E a obra? Bem , segundo o prof. Paulo Castagna, ‘a monumental Missa de Santa Cecília foi a última composição de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), escrita em 1826 para a Confraria Santa Cecília do Rio de Janeiro, uma espécie de sindicato dos músicos daquela época. Em 1959, a Associação de Canto Coral e a orquestra Sinfônica Brasileira, sob direção de Edoardo de Guarnieri, gravaram a Missa completa, em LP duplo. Trata-se da obra com a maior quantidade de instrumentos orquestrais empregados por Nunes Garcia.’. (Texto retirado da Facebook fan page do Museu da Música de Mariana).

Palhinha: ouça 01. Missa de Santa Cecília CPM 113 – 01. Kyrie

Missa de Santa Cecília CPM 113
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Missa de Santa Cecília (1826) – 1. Kyrie
Missa de Santa Cecília (1826) – 2. Gloria: Et in terra
Missa de Santa Cecília (1826) – 3. Gloria: Laudamus Te
Missa de Santa Cecília (1826) – 4. Gloria: Gratias
Missa de Santa Cecília (1826) – 5. Gloria: Domine Deus
Missa de Santa Cecília (1826) – 6. Gloria: Qui Tollis
Missa de Santa Cecília (1826) – 7. Gloria: Qui Sedes
Missa de Santa Cecília (1826) – 8. Gloria: Quoniam
Missa de Santa Cecília (1826) – 9. Gloria: Cum Sancto Spiritu
Missa de Santa Cecília (1826) – 10. Credo: Patrem Omnipotentem
Missa de Santa Cecília (1826) – 11. Credo: Et Incarnatus
Missa de Santa Cecília (1826) – 12. Credo: Crucifixus
Missa de Santa Cecília (1826) – 13. Credo: Et Ressurrexit
Missa de Santa Cecília (1826) – 14. Sanctus. Benedictus
Missa de Santa Cecília (1826) – 15. Agnus Dei

Associação de Canto Coral (Cleofe Person de Mattos, regente)
Orquestra Sinfônica Brasileira (Edoardo de Guarnieri, regente)
Gravado ao vivo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 1959.


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Notas:

• Você conhece a fan page do Museu da Música de Mariana no Facebook? Não?  Ah… me poupe!!!!! Clique aqui e curta essa fonte de informações!

• … e o site dedicado ao Pe. José Maurício? Também não? Putz! Clique aqui e conheça.

Boa audição.

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Avicenna

Juan Manuel de la Puente (1692-1753) – Miserere y obras en romance para la Catedral de Jaén

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Espacios Sonoros en la Catedral de Jaén
Orquesta Barroca de Sevilla & Coro Vandalia

Premio Manuel de Falla 2010
Premio Nacional de Música 2011

.           Barroco musical andaluz
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I.-Introducción.

Uno de los centros principales de producción musical hasta bien avanzado el siglo XIX, fueron las Capillas de Música de que estaban dotadas muchas instituciones religiosas, preferentemente las catedrales y las colegiatas.

Estas Capillas Musicales, bien surtidas de voces e instrumentos, cumplían una doble función: solemnizar con su actuación las funciones litúrgicas y proveer continuamente a la institución de composiciones adaptadas a la festividad litúrgica, renovándolas de acuerdo con las características estéticas e ideológicas de cada momento histórico.

Organizadas para interpretar música polifónica, básicamente a cuatro voces, su constitución dependía de las posibilidades económicas de la institución, que no dudaba en hacer grandes sacrificios para mantenerlas, pues se consideraba que la música era un recurso primordial para motivar a la gran masa de fieles que por su escasa formación no comprendía los fundamentos teológicos y doctrinales de las ceremonias litúrgicas, pero que a través de la audición de este tipo de partituras se integraban anímicamente en las celebraciones religiosas.

Dirigidas por un maestro experimentado- el Maestro de Capilla- su elemento vocal lo constituían habitualmente los Acantores de capilla”, compuestos por triples, contraltos, tenores y bajos, apoyados por los “niños de coro” o “seises” y el sochantre.

Las voces se acompañaban con los músicos. El más destacado era el organista, que en las fiestas mayores se complementaba con un grupo de instrumentistas, cuya composición varió según las disponibilidades económicas, pero entre los que solía haber violines, chirimías, bajones, violón, sacabuche, arpa, corneta, fagot, oboe, trompa, flauta…

La figura clave de estas agrupaciones era el “Maestro de Capilla”.

Accedía al cargo por una rigorosa y dura oposición pública, en la que aparte del dominio de la teoría de la música, debía acreditar la pericia en la dirección y su habilidad e inspiración para componer.

Sus obligaciones, bien tipificadas en los estatutos de la Catedral o colegiata, eran múltiples: debía ejercer la docencia de los componentes de la Capilla, preparar los ensayos, dirigir el conjunto de voces e instrumentos y componer una serie de obras, obligadas o sugeridas, para las distintas festividades, sobre todo las de Semana Santa, Corpus, Navidad…

El cargo solía estar bien remunerado y ofrecía muchas posibilidades para la promoción personal y profesional. Por eso eran muchos los músicos que optaban a él, entregándose a su servicio con una especial dedicación lo que hizo que las Capillas Musicales constituyeran un especialísimo medio de formación musical donde se generaron muchos insignes músicos y compositores que darían lustre y fama a la música española.

En el caso concreto de la Capilla Musical de la Catedral de Jaén, que es el escenario de nuestro trabajo, vamos a encontrarnos con nombres tan señalados como el del insigne Francisco Guerrero, que ejerció el Magisterio de Capilla en el periodo 1546-1549; el salmantino Francisco Ruiz de Espinosa, que lo sería en los años de 1565 a 1598; los renombrados Francisco Soler (1768-1784) o Ramón de Garay (1787-1823) y de forma especial el “maestro La Puente” o “Lapuente”,- Juan Manuel García de la Puente- que fue Maestro de Capilla durante un largo periodo de cuarenta y dos años (1711-1753). Sobre él vamos a ofrecer un ligero estudio.

II.- El momento histórico.

En el siglo XVIII la música española va a incrementar la tendencia contrapuntística en la música religiosa, a la que llegará incluso la influencia italiana a que tan aficionada era la nueva dinastía borbónica.

Aunque la Guerra de Sucesión con sus obligadas contribuciones había esquilmado las arcas del Cabildo Catedral de Jaén, la Capilla de Música aún mantenía su pasado esplendor, contando regularmente con dos triples, cuatro contraltos y otros tantos tenores. Aparte se disponía de los “seises” y el sochantre- a veces eran dos- que ocupaba la cuerda baja.

Entre los instrumentistas, además del organista, existía un clarín, un par de cornetas, tres violines, chirimía, tres bajones, violón, un par de sacabuches y un arpa. Conforme avanza el siglo vemos como determinados instrumentos- clarín, corneta, sacabuche y chirimía- van perdiéndose, ocupando su lugar el oboe, trompa, contrabajo y flauta.

La Capilla de Música de la Catedral era sin duda la agrupación musical más completa y prestigiosa de todo el viejo Reino de Jaén y por ello aparte de cumplimentar sus funciones específicas en la Iglesia Mayor, solía actuar- previo permiso del Cabildo- en otros templos de la provincia e incluso en algunas fiestas profanas.

Dirigía la Capilla Musical desde 1672 el maestro Pedro de Soto y Jorgera quien al iniciarse el siglo XVIII se encontraba ya muy limitado por la edad y los achaques, motivo por el que la Capilla vino en notoria decadencia. El maestro Soto fallecía en 1708.

Entonces el Cabildo entabló conversaciones con el maestro toledano Juan de Bonet y Paredes, pero como no se llegó a un acuerdo, luego de tantear a otros maestros, en Julio de 1711 se decidió convocar a oposición el magisterio de Capilla.

Los aspirantes fueron muchos: de Toledo firmaron la oposición Gregorio Portero, Fermín de Arizmendi y Juan Manuel García de la Puente. Otros opositores fueron Pedro de Arteaga -músico de la Catedral de Palencia-; Francisco de Quesada -maestro de seises en Jaén-; Carlos Barrero -maestro de seises en Guadix-; Andrés González Araujo -maestro de capilla en la colegiata de Osuna; y Mateo Núñez Fernández -capellán de la Catedral de Baeza.

Los ejercicios de oposición entre los ocho candidatos fueron muy reñidos. El tribunal lo presidió Agustín de Contreras, maestro de la Catedral de Córdoba. Aparte de comprobar su dominio de la teoría musical, tuvieron que afrontar ejercicios de contrapunto, presentar villancicos a cinco y ocho voces, componer un salmo en latín y practicar ejercicios de dirección.

Los jueces, tras valorar los méritos de cada candidato eligieron a Juan Manuel García de la Puente, que dada su juventud accedió al cargo en precario y solo por el salario, pues hasta 1716 no se le pudo otorgar la condición de racionero, una vez que cumplió la edad señalada para ello y recibió órdenes sagradas.

Iniciaba así su fecunda andadura musical, que le habría de convertir en uno de los maestros más destacados del barroco musical andaluz.

III.- El maestro Juan Manuel García de la Puente. Apuntes biográficos.

Juan Manuel García de la Puente de Sancha y García Moreno, más conocido por “maestro La Puente” y “Lapuente”, nació en Tomellosa (Guadalajara) el 8 de Agosto de 1692, en una familia de cierto prestigio y acomodo, pues sus antepasados fueron alcaldes y regidores del lugar.

Se formó como seise en la Catedral de Toledo bajo el magisterio de Pedro de Ardanaz (1674-1706) y Juan de Bonet y Paredes (1706-1710).

Posiblemente por influencia de éste último- que había sido requerido para hacerse cargo del Magisterio de Capilla de Jaén- opositó junto con dos compañeros seises, consiguiendo con tan sólo diecinueve años el puesto de Maestro de Capilla de la Catedral de Jaén. Por esta circunstancia sólo se le otorgó por “vía de salario”, asignándole 250 ducados, hasta que cumpliera la edad pertinente y se le pudiera poner en posesión de la ración correspondiente.

El 8 de Octubre de 1711 se posesionaba del cargo, señalándole provisionalmente “la silla última del coro derecho de los canónigos extravagantes”.

Para la Navidad de aquel año compuso sus primeros villancicos, que causaron admiración y fueron presagio de cual iba a ser su magna obra.

En 1714, atendiendo a “lo bien que cumplía y los mucho que trabajaba en su adelantamiento” se le aumentó el salario para que pudiera ordenarse “in sacris”.

Y el 15 de Septiembre de 1716 se le confirió, por fin, la ración de Maestro de Capilla, tomando posesión formal de su silla en el coro.

Durante su larga permanencia en Jaén, vivió siempre en la calle de los Pilarillos, próxima a la Catedral, en compañía de su hermano Juan Francisco. Debió ser poco amigo de viajes, pues no consta que saliese de Jaén en ninguna ocasión, e incluso no solía acompañar a la Capilla de Música en sus desplazamientos. Sólo en 1752 consta un viaje a los Baños de Ardales, en la provincia de Málaga, donde buscó infructuosamente la salud.

La suya fue pues una vida entregada a su vocación, muy retraída, lo que le originó algunos roces con el Cabildo animándole incluso a aspirar al magisterio de Capilla de la Catedral de Málaga en 1732.

A partir de 1750 debió padecer alguna enfermedad crónica que le limitó en sus actividades, aunque consta que ejerció como copatrono del Colegio del Santísimo Sacramento. Muy enfermo ya, el 13 de Noviembre de 1753 otorgaba testamento, parcialmente modificado un mes después. Y a las diez de la noche del 19 de Diciembre de 1753 fallecía.

(extraído de http://www.juntadeandalucia.es/averroes/~23002413/palabra/19/general/unmaestro.htm)

Juan Manuel de la Puente (Espanha, 1692-1753)
Miserere mei, Deus 1726 – Salmo a 18 voces en 7 coros:
01. Miserere mei, Deus
02. Et secundum multitudinem
03. Amplius lava me ab iniquitate mea
04. Quoniam iniquitatem meam ego cognosco
05. Tibi soli peccavi, et malum coram te feci
06. Ecce enim in iniquitatibus conceptus sum
07. Ecce enim veritatem dilexisti
08. Asperges me hysopo, et mundabor
09. Auditui meo dabis gaudium et laetitiam
10. Averte faciem tuam a peccatis meis
11. Cor mundum crea in me, Deus
12. Ne proiicias me a facie tua
13. Redde mihi laetitiam salutaris tui
14. Docebo iniquos vias tuas
15. Libera me de sanguinibus, Deus, Deus salutis meae
16. Domine, labia mea aperies
17. Quoniam si voluisses sacrificium, dedissem utique
18. Sacrificium Deo spiritus contribulatus
19. Benigne fac, Domine, in bona voluntate tua Sion
20. Tunc acceptabis sacrificium justitiae, oblationes, et holocausta

Tonada con violines a la Purísima Concepción (1719)
21. Lavanderita soy

Villancico de calenda a 10 voces en tres coros con violines a la Purísima Concepción (1734):
22. A dónde, niña hermosa

Del risco se despeña la fuentecilla – Cantata con violines al Santísimo:
23. Aria – Del risco se despeña la fuentecilla
24. Recitado – Acércate, alma mía, con ternura
25. Aria patética – Como cisne que muere cantando

Con el más puro fervor – Cantata humana con violines trovada a la Santísima Trinidad:
26. Aria – Con el más puro fervor
27. Recitado – ¡Oh, Dios, que de ti mismo
28. Aria – Ríndase ciega

Espacios Sonoros en la Catedral de Jaén – 2011
Orquesta Barroca de Sevilla & Coro Vandalia.
Maestro Enrico Onofri

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Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

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Avicenna

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze, Humoreske & Blumenstück

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze, Humoreske & Blumenstück

Schumann Buratto

IM-PER-DÍVEL !!!

Um excelente disco que traz peças não tão conhecidas de Schumann. Conheci as Davidsbündlertänze apenas esta ano na Berliner Philharmoniker Kammermusiksaal. András Schiff tocou a série de 18 peças, Op. 6. Um completo espanto. O número de opus baixo é enganador: o trabalho foi escrito após o Carnaval, Op. 9, e os Estudos Sinfônicos, Op. 13. O trabalho, apesar de desconhecido do grande público, é considerado pelos especialistas como uma das maiores conquistas de Schumann e como uma das mais importantes obras de piano da era romântica. 

As primeiras obras de piano de Robert Schumann foram substancialmente influenciadas por sua relação com Clara Wieck. Em 5 de setembro de 1839, Schumann escreveu para um ex-professor: “Ela era praticamente minha única motivação para escrever o Davidsbündlertänze, o Concerto, a Sonata e as Novellettes“. Tais peças são uma expressão de seu amor apaixonado, ansiedades, anseios, visões, sonhos e fantasias.

Dá-lhe, Clara!

O tema do Davidsbündlertänze é baseado em uma mazurca de Clara Wieck. É um trabalho pessoalíssimo. Em 1838, Schumann disse a Clara que as Danças continham “muitos pensamentos de casamento” e que “a história é um Polterabend inteiro” (festa alemã de casamento, durante a qual a louça velha é destruída para trazer boa sorte).

Já os 5 Humoreske, Op. 20, são peças escritas um pouquinho antes e dedicadas a Julie von Webenau. Schumann citou o estilo de humor de Jean Paul como fonte de inspiração, embora não existam links programáticos diretos para a obra do autor.

Luca Buratto é um baita pianista. Podem ir fundo no CD.

Robert Schumann (1810-1856): Davidsbündlertänze, Humoreske & Blumenstück

Humoreske in B flat major Op 20[25’39]
1 Einfach – Sehr rasch und leicht – Wie im Anfang[4’58]
2 Hastig – Nach und nach immer lebhafter und stärker – Adagio[4’20]
3 Einfach und zart – Intermezzo[4’30]
4 Innig – Sehr lebhaft – Mit einigem Pomp[5’55]
5 Zum Beschluß[5’56]

6 Blumenstück in D flat major Op 19[6’20]

Davidsbündlertänze Op 6[32’47]
7 Lebhaft[1’25]
8 Innig[1’20]
9 Mit Humor[1’21]
10 Ungeduldig[1’15]
11 Einfach[1’51]
12 Sehr rasch[1’41]
13 Nicht schnell[3’58]
14 Frisch[1’00]
15 Lebhaft[1’32]
16 Balladenmässig: Sehr rasch[1’27]
17 Einfach[1’36]
18 Mit Humor[0’41]
19 Wild und lustig[2’58]
20 Zart und singend[2’12]
21 Frisch[2’05]
22 Mit gutem Humor[1’36]
23 Wie aus der Ferne[3’22]
24 Nicht schnell[1’27]

Luca Buratto, piano

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Luca Buratto: desgrenhada e lindamente romântico
Luca Buratto: desgrenhada e lindamente romântico

PQP

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Double & Triple Concertos

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Double & Triple Concertos

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sem exagero, este é um dos melhores discos de música barroca que conheço. Comprei o vinil em 1984 e jamais me desapaixonei. Eram os primórdios dessa coisa de “música historicamente informada”. As gravações, com raras exceções, eram desinteressantes e matemáticas. Então veio o Collegium Aureum, Leonhardt, Kuijken, Harnoncourt, Hogwood e outros para provar que dava para fazer o barroco com sonoridade, musicalidade e tesão. A escolha do repertório é maravilhosa. Ouçam primeiro o Concerto TWV 52:e1 (completo!) para cair logo de amores e depois todo resto.

Concerto for 3 trumpets, timpani, strings & continuo in D major, TWV 54:D4
1 I. Largo 1:57
2 II. Allegro 2:56
3 III. Adagio 2:06
4 IV. Presto 1:54

Quartet (Concerto) for 2 violins, viola & continuo in B flat major, TWV 43:B2
5 I. Spiritoso 2:45
6 II. Grave 1:51
7 III. Allegro 1:40

Concerto for recorder, flute, strings & continuo in E minor, TWV 52:e1
8 I. Largo 3:53
9 II. Allegro 4:20
10 III. Largo 3:09
11 IV. Presto 2:41

Concerto alla Polonese, for strings & continuo in G major (a.k.a “Concerto Polonois”), TWV 43:G7
12 I. Dolce – Allegro 4:30
13 II. Largo 2:07
14 III. Allegro 1:47

Concerto for flute, oboe d’amore, viola d’amore, strings & continuo in E major, TWV 53:E1
15 I. Andante 3:08
16 II. Allegro 5:26
17 III. Siciliano 3:12
18 IV. Vivace 4:00

Academy of Ancient Music
Christopher Hogwood

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Christopher Hogwood (1941-2014): um enorme, imenso e compreensivo talento
Christopher Hogwood (1941-2014): um enorme, imenso e compreensivo talento

PQP

[Restaurado] Robert Schumann (1810-1856) – Sonatas para Piano e Violino – Kremer, Argerich

61k+n9PTl7L._SS500Gosto muito deste disco, tenho ele já há bastante tempo, uns 30 anos, pelo menos. A parceria Kremer / Argerich funciona perfeitamente, os dois se entendem muito bem, então a música flui, fácil e bela. Por algum motivo estas sonatas não são muito interpretadas, e é uma pena, pois são lindíssimas.

 

01 – Violinsonate Nr. 1 a-moll op. 105 – 1. Mit leidenschaftlichem Ausdruck
02 – Violinsonate Nr. 1 a-moll op. 105 – 2. Allegretto
03 – Violinsonate Nr. 1 a-moll op. 105 – 3. Lebhaft
04 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 1. Ziemlich langsam – Lebhaft
05 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 2. Sehr lebhaft
06 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 3. Leise, einfach
07 – Violinsonate Nr. 2 d-moll op. 121 – 4. Bewegt

Gidon Kremer – Violin
Martha Argerich – Piano

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[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

Constantinopla: Música da Idade Média e do Renascimento

Constantinopla: Música da Idade Média e do Renascimento

Kiya Tabassian é um músico iraniano que emigrou para Montreal em 1990. Em 1998, ele fundou o Constantinopla (ou Constantinople), um conjunto com base em Montreal, que ganhou reputação internacional por sua justaposição única de fontes musicais antigas e as tradições vivas do Oriente Médio. O grupo gravou 15 CDs até hoje. Eu acho que este é o primeiro CD deles, mas pode ser que não seja. Só sei que é muito bom, de extrema sensibilidade e delicadeza. Eu curti muito. Espero que vocês também gostem. A música antiga tem sido rara por aqui, não?  Aliás, tem sido cada vez mais esquecida pelas gravadoras e, talvez, pelos músicos.

Constantinopla: Música da Idade Média e do Renascimento

1 Branle de la Haye 4:16
2 Branle d’Ecosse 2:54
3 Branle du village 5:56
4 Pazzo e Mezzo 2:04
5 Harbi 2:19
6 Yekchoubeh 1:22
7 Saltarello: Saltarello 2:55
8 Estampie anglaise 4:34
9 Sospitati dedit egros 2:48
10 Mignone allons: Mignonne allons 3:35
11 Saltrello: Saltarello 2:37
12 La tricotea 2:39
13 So ell Enzina 2:49
14 Tres morillas 2:22
15 Danza alta, sobre “la Spagna”: Danza Alta 3:44
16 Un amiga tengo: Un’amiga tengo, hermano 1:31
17 Tir’alla, que non quiero 2:36
18 Callabaza no se 2:39
19 Al alva venid 2:33
20 Rodrigo Martinez 2:04
21 Fata la parte 2:58
22 Pedro, y bien te quiero 1:24
23 Todos los bienes del mundo 5:10

Kiya Tabassian

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Kiya Tabassian, do Constantinople
Kiya Tabassian, do Constantinople

PQP

O órgão de Olivier Messiaen (1908-1992) ao vivo em Amsterdam

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A Holanda está à frente de seu tempo em vários aspectos. As bicicletas, o sistema de saúde pública de alto nível, a política quanto às drogas (questão de saúde, não de polícia), a música… Mahler, por exemplo, teve sucessos em Amsterdam enquanto outras regiões da Europa ainda viravam o rosto e fingiam que não (ou)viam. Mengelberg (maestro titular no Concertgebouw) regia Mahler desde 1902, sendo ridicularizado por alguns críticos.

O Orgelpark fica de frente para o Vondelpark (principal parque de Amsterdam) e pretende integrar o órgão na cultura musical do século XXI dando um novo papel para o instrumento. Afastando-se da função tradicional do órgão que serve ao edifício (a igreja), no Orgelpark o edifício serve ao órgão e sua música.

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Orgelpark: 5 órgãos de tubos. Daqui a uns 300 anos teremos uma sala assim no Brasil

Marcel Verheggen estudou com organistas holandeses, com o italiano Luigi-Ferdinando Tagliavini e o francês Daniel Roth. Atualmente é organista em uma basílica medieval em Maastricht. Ele toca as seis primeiras obras deste programa de rádio que trago a vocês: a Aparição da Igreja Eterna, a Ascensão (João, 17:1, 17:6, 17:11; Salmo 46) e o Banquete Celeste (João, 6:56). São peças de juventude, de profunda espiritualidade como toda a música de Messiaen. Pra quem é de Bíblia, coloquei os trechos que aparecem como subtítulo de cada obra, lembrando que o Evangelho de João é considerado o mais místico e espiritual. Não esperem música gospel aqui, o negócio é denso.

A última obra (Oração após a comunhão, de 1984) consegue ser ainda mais densa, ainda que mais tonal… Um organista e compositor de 75 anos, que já passou por duas guerras mundiais, pensa de forma diferente de um de 20. Um tema descendente de quatro notas insiste em se repetir enquanto em outro registro do órgão soam acordes que preenchem todo o espaço do Concertgebouw de Amsterdam. No final, o público demora a bater palmas, ninguém tinha certeza: acabou ou é só um acorde mais demorado?

Leo van Doeselaar é outro organista holandês. Em 2016 suas passagens pelo Concertgebouw  incluíram concertos com orquestra e coro (Cantatas, Magnificat e  Matthäus-Passion de Bach, Missa de Rossini, obras de Kodaly e dos contemporâneos Escaich, Manneke e Glanert) e recitais solo,  um com transcrições de Bach, Händel e Dukas, além deste Messiaen em um concerto da série “Matinês de sábado”.

Imaginem que privilégio, acordar tarde no sábado, almoçar (ou dar uma passada em um coffee shop) e em seguida ir ao Concertgebouw ouvir um pouquinho de Messiaen pra começar bem o fim de semana?

Olivier Messiaen (1908-1992)

1. Apparition de l’église éternelle (1932) (10:28)
2. L’ascension: Majesté du Christ demandant sa gloire à son Père (1933) (8:03)
3. L’ascension: Alleluias sereins d’une âme qui désire le Ciel (1933) (8:46)
4. L’ascension: Transports de joie d’une âme devant la gloire du Christ qui est la sienne (1933) (5:29)
5. L’ascension: Prière du Christ montant vers son Père (1933) (9:35)
6. Le banquet céleste (1928) (8:17)

Marcel Verheggen – organ
Orgelpark, Amsterdam, February 21, 2015
Verschueren organ (2009, in the style of Cavaillé-Coll)

7. Livre du Saint Sacrement: Prière après la communion (1984) (7:55)

Leo van Doeselaar – organ
Concertgebouw, Amsterdam, February 13, 2016
Maarschalkerweerd organ (1891)

Fonte: Dutch Radio 4

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vondelpark1970s
Nos anos 70 Messiaen tocava órgão na igreja todos os domingos, enquanto isso os hippies do Vondelpark se conectavam com o sagrado de outras formas…

Pleyel

Joseph Haydn (1832-1809): Os Seis Quartetos, Op. 33 – “Russos”

Joseph Haydn (1832-1809): Os Seis Quartetos, Op. 33 – “Russos”

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Muitas vezes chamado de “Pai do Quarteto de Cordas” (sem mencionar da sinfonia), foi com este conjunto de 6 Quartetos, Op. 33, que Haydn realmente começou a fazer sua marca única e singular no gênero. O conjunto é frequentemente denominado coletivamente como os quartetos “russos”, já que foram dedicados a um nobre russo. Eles também foram os quartetos que inspiraram Mozart a escrever seus chamados “Quartetos Haydn”, o que não é pouca coisa. O conjunto é especialmente ensolarado; Mesmo o primeiro deles — o único em tom menor — está longe de ser tristinho. Haydn era irremediavelmente feliz. O Quarteto Borodin faz um esplêndido trabalho de destacar a natureza jovial dessas seis obras-primas. Embora o violino ocupe um lugar proeminente nas partituras de Haydn, os “borodinos” não produzem um som que favoreça demais o primeiro violino. Em vez disso, as quatro partes são igualmente robustas e vigorosas, caminhando sempre na direção de uma conversa íntima entre iguais. As interpretações são alegres, um tantinho agressivas aqui e ali, nada romantizadas ou apressadas. A energia, a espontaneidade e a alegria da criação de música resultam em um conjunto que é igualmente alegre de ouvir.

Joseph Haydn (1832-1809): Os Seis Quartetos, Op. 33 – “Russos”

DISCO 01
01. String Quartet in B minor, Op. 33 No. 1 – I Allegro moderato
02. String Quartet in B minor, Op. 33 No. 1 – II Scherzo_ Allegro di molto
03. String Quartet in B minor, Op. 33 No. 1 – III Andante
04. String Quartet in B minor, Op. 33 No. 1 – IV Finale_ Presto

05. String Quartet in E flat major, Op. 33 No. 2 ‘The Joke’ – I Allegro moderato
06. String Quartet in E flat major, Op. 33 No. 2 ‘The Joke’ – II Scherzo_ Allegro
07. String Quartet in E flat major, Op. 33 No. 2 ‘The Joke’ – III Largo
08. String Quartet in E flat major, Op. 33 No. 2 ‘The Joke’ – IV Presto

09. String Quartet in C major, Op. 33 No. 3 ‘The Bird’ – I Allegro moderato
10. String Quartet in C major, Op. 33 No. 3 ‘The Bird’ – II Scherzo_ Allegretto
11. String Quartet in C major, Op. 33 No. 3 ‘The Bird’ – III Adagio ma non troppo
12. String Quartet in C major, Op. 33 No. 3 ‘The Bird’ – IV Finale_ Rondo – Presto

DISCO 02
01. String Quartet in B flat major, Op. 33 No. 4 – I Allegro moderato
02. String Quartet in B flat major, Op. 33 No. 4 – II Scherzo_ Allegretto
03. String Quartet in B flat major, Op. 33 No. 4 – III Largo
04. String Quartet in B flat major, Op. 33 No. 4 – IV Finale_ Presto

05. String Quartet in G major, Op. 33 No. 5 ‘How do you do?’ – I Vivace assai
06. String Quartet in G major, Op. 33 No. 5 ‘How do you do?’ – II Largo e cantabile
07. String Quartet in G major, Op. 33 No. 5 ‘How do you do?’ – III Scherzo_ Allegro
08. String Quartet in G major, Op. 33 No. 5 ‘How do you do?’ – IV Finale_ Allegretto

09. String Quartet in D major, Op. 33 No. 6 – I Vivace assai
10. String Quartet in D major, Op. 33 No. 6 – II Andante
11. String Quartet in D major, Op. 33 No. 6 – III Scherzo_ Allegretto
12. String Quartet in D major, Op. 33 No. 6 – IV Finale_ Allegretto

Borodin Quartet

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Felizes como Haydn
Borodinos, felizes como Haydn

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CDs 7 e 8 de 8 – Maurizio Pollini

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CDs 7 e 8 de 8 – Maurizio Pollini

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Pois então chegamos ao final de mais uma série épica, um dos grandes trunfos da gravadora Deutsche Grammophon, com a integral das sonatas para piano de Beethoven, com o italiano Maurizio Pollini.
E nestes dois volumes não tem nada fácil não, só pedreira. Só a versão da “Hammerklavier” já vale a aquisição de toda a caixa. Pollini estava muito inspirado quando sentou na frente do piano para encarar essa obra prima do repertório pianístico. Ouvir estas últimas quatro sonatas é quase uma experiência mística. E o diferencial de outras interpretações igualmente boas é exatamente Pollini. É um músico diferenciado, daqueles que eu facilmente enquadraria na categoria de gênio, como comentei em postagem anterior, ao lado de Rubinstein, Richter, Michelangeli. Se não tivesse gravado outra coisa além destas quatro últimas sonatas já bastaria para enquadrá-lo entre os grandes.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CDs 7 e 8 de 8 – Maurizio Pollini

CD 1
1 Sonata in E flat major op. 81a – 1. Das Lebewohl (Les Adieux). Adagio – Allegro
2 Sonata in E flat major op. 81a – 2.  Abwesenheit (L’Absence). Andante espressivo
3 Sonata in E flat major op. 81a – 3. Das Wiedersehn (Le Retour). Vivacissimamente
4 Sonata in E minor op. 90 – 1. Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck
5 Sonata in E minor op. 90 – 2. Nicht zu geschwind und sehr singbar vorzutragen
6 Sonata in B flat major op. 106, ‘Hammerklavier’ – 1.  Allegro
7 Sonata in B flat major op. 106, ‘Hammerklavier’ – 2. Scherzo. Assai vivace
8 Sonata in B flat major op. 106, ‘Hammerklavier’ – 3. Adagio sostenuto. Appassionato e con molto sentimento
9 Sonata in B flat major op. 106, ‘Hammerklavier’ – 4. Largo – Allegro risoluto

CD 7 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2
1 Sonata in A major Op.101 – 1. Etwas lebhaft und mit der innigsten Empfindung. Allegretto, ma non troppo
2 Sonata in A major Op.101 – 2. Lebhaft, marschmaessig. Vivace alla Marcia
3 Sonata in A major Op.101 – 3. Langsam und sehnsuchtsvoll. Adagio, ma non troppo, con affetto – attacca
4 Sonata in A major Op.101 – 4. Geschwinde, doch nicht zu sehr und mit Entschlossenheit. Allegro
5 Sonata in E major Op.109 – 1. Vivace, ma non troppo
6 Sonata in E major Op.109 – 2. Prestissimo
7 Sonata in E major Op.109 – 3. Gesangvoll, mit innigster Empfindung. Andante molto cantabile ed espressivo
8 Sonata in A flat major Op. 110 – 1. Moderato cantabile molto espressivo
9 Sonata in A flat major Op. 110 – 2. Allegro molto
10 Sonata in A flat major Op. 110 – 3. Adagio, ma non troppo – Fuga. Allegro, ma non troppo
11 Sonata in C minor Op. 111 – 1. Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
12 Sonata in C minor Op. 111 – 2. Arietta. Adagio molto semplice e cantabile

CD 8 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Maurizio Pollini – Piano

Não sei vocês, mas PQP ama este homem.
Não sei vocês, mas PQP ama este homem.

FDP

Beethoven : Missa Solemnis, op. 123 : tributo ao maestro Roberto Schnorrenberg (2/2)

oglweaMissa Solemnis, op. 123
Coro e Orquestra do 8º Festival Internacional de Música do Paraná

Missa Solemnis! Beethoven! Linda postagem para um domingo de Páscoa, não?

Sim, linda! Só que… não duvido que alguns leitores (felizmente não muitos) sejam capazes de se decepcionar no momento seguinte: “Ah, imagina ouvir Beethoven gravado no Brasil!”

Pois essa é uma das principais intenções desta postagem e da imediatamente anterior (publicada originalmente em janeiro): combater o complexo-de-vira-lata. Pois se trata, sim, de realizações de altíssimo nível – e a carreira de publicações do monge Ranulfus neste blog deve lhes dar uma ideia de que ele não é tão sem base pra avaliar.

Tanto que ele admite, para começar, uma deficiência nesta gravação: a captação do som, que privilegiou demais @s solistas, deixando muito ao fundo o coro, que deveria ser a estrela maior – isso sem desmerecer o trabalho impecável das duas argentinas e dos dois brasileiros nos solos!

Mas a estrela maior de uma obra sinfônica é mesmo o regente. E aí ouso dizer que, entre os brasileiros, antes dos mais recentes como Neschling, Minczuk (que eram alunos neste festival) e Tibiriçá, eu mesmo não ouvi regência sinfônica melhor que a do nosso querido Schnô, como o chamávamos (pois cantei em pelo menos três concertos e quatro obras de fôlego sob regência dele – inclusive nesta). Falam muito de Eleazar de Carvalho mas, sinceramente, o que cheguei a ouvir não chegou a me convencer como o Schnô. Desde que vocês não esperem dele pirotecnias: esperem uma concepção equilibrada, madura, que serve à escrita do compositor e não a quaisquer estrelismos. Acompanhem, por exemplo, o Crucifixus a partir dos 6m33s do Credo (faixa 3), especialmente a textura em pianíssimo a partir de 8m48s: quem ousaria me dizer que isso é uma realização de segunda? E isso com um coral de estudantes preparado em menos de um mês!

Quanto à Missa Solemnis em si: é só pesquisar um pouco e vocês encontraram informação muito mais consistente do que eu poderia fornecer – a começar pela de que foi pensada como peça de concerto, e não para efetivo uso litúrgico – mas alinhavo aqui algumas observações pessoais (e portanto fortemente sujeitas a contestação):

Acreditem, não sou um idólatra de Beethoven. Gosto demais, mas não o vejo como Deus, e também ouso ser crítico. Pra mim foi, p.ex., um alívio saber que ninguém menos que Stravinski também achava a Nona Sinfonia caótica, e não a obra prima que todos acham indispensável repetir que é. Ouso dizer que prefiro muitíssimo a Fantasia Coral, que muitos consideram um mero exercício no caminho da Nona. Já quanto a esta Missa, acho que ela cresce a cada minuto de sua duração. Termina efetivamente sublime. Mas começa fraca (repito: no meu sentir pessoal). O Kyrie/Christe me parece quase composto por obrigação, já que toda missa tem que ter um.

Gloria e Credo são textos longos, que dizem muitas coisas diferentes, e terminam sendo sempre fragmentários quando o compositor busca ser ilustrativo. Para entender as tantas mudanças bruscas, só acompanhando o texto. Desses dois, gosto mais do Credo – talvez até porque tenho sentimentos muito esquisitos frente a qualquer ideia de “glória”.

Mas em seguida vêm o Sanctus/Benedictus e o Agnus Dei (faixas 4 e 5) – e aí eu baixo a crista diante de uns 30 minutos que estão entre o que eu conheço de mais sublime em música. Peguem só a textura criada pelas cordas a partir de 3m30s da faixa 5, e aí acompanhem a entrada do violino aos 5m10s, lá nas alturas como “o que vem em nome do Senhor”, para falar coisas lindas e consoladoras pelos 10 minutos seguintes…

E aí vem o Agnus, que – vocês sabem – se restringe a duas súplicas, a primeira das quais repetida: “Cordeiro de Deus, que carregas os pecados do mundo, tem misericórdia de nós” e “Cordeiro de Deus, que carregas os pecados do mundo, dá-nos PAZ”. Dessas três súplicas que são duas, titio Ludovico gerou 15 de seus mais sublimes minutos. Especialmente digno de nota, para terminar: depois de já ter apresentado o texto todo, aos 8m31s entreouvem-se toques de guerra, e Beethoven – que presenciou toda a devastação da Europa por Napoleão e tantos outros – retoma a súplica por misericórdia quase com desespero -, processo retomado com outras notas aos 11m20.

Mas, aqui entre nós, não consigo deixar de pensar que é um tanto patético pedir a paz a um ser além da humanidade, se quem faz a guerra somos nós mesmos.

Ou… será que somos mesmo nós? Ou será que muitas vezes não nos restou pedir a paz a algum poder de outro mundo, já que a guerra sempre foi imposta pelos que se autoinstituíram como poderosos neste, sem nos deixar escolha?

Taí: quem sabe eu consiga voltar a apreciar as missas como antigamente, se pensar que essa última súplica pode significar: QUE NÓS – GENTE COMUM – TENHAMOS O PODER DE ESCOLHER E FAZER VALER A PAZ.

Boa Páscoa, senhor@s. E agora com vocês, Beethoven. Por Schnorrenberg.

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Palhinha: ouçam 4. Missa Solemnis, op. 123 – 4: Sanctus, Benedictus

Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Missa Solemnis op. 123
1. Missa Solemnis, op. 123 – 1: Kyrie
2. Missa Solemnis, op. 123 – 2: Gloria
3. Missa Solemnis, op. 123 – 3: Credo
4. Missa Solemnis, op. 123 – 4: Sanctus, Benedictus
5. Missa Solemnis, op. 123 – 5: Agnus Dei

8º Festival de Música de Curitiba e 8º Curso Internacional de Música do Paraná – 1975
Vinis 3 e 4 de 4
Coro e Orquestra do 8º Festival Internacional de Música do Paraná.
Maestro Roberto Schnorrenberg
Soprano: Maria Kallay
Contralto: Margarita Zimmermann
Tenor: Aldo Baldin
Baixo: Edilson Costa

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XLD RIP | FLAC 326,5 MB | HQ Scans 1,3 MB |

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MP3 320 kbps – 181,6 + 1,3 MB – 1h 15min
powered by iTunes 11.1.3

Boa audição.
macaco pensante

 

 

 

 

 

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Ranulfus: idealização, texto e integrante do Coral
Avicenna: digitalização do LP e mouse conductor

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias 100 & 45, ‘Militar’ e ‘Do Adeus’

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias 100 & 45, ‘Militar’ e ‘Do Adeus’

Hermann Scherchen Westminster PWS744 1

Duas extraordinárias sinfonias de Haydn com o não menos extraordinário maestro Hermann Scherchen. Ainda hoje é raro ouvir a Sinfonia Nº 100 com tanta cara de militar do que a que dá nosso HS. Fiquem tranquilos a militar de Haydn não mata. Sua alcunha se deve ao uso de uma abundante percussão alla turca, sobretudo no segundo movimento, ao estilo das marchas militares executadas em campanhas bélicas. Mas aqui é tudo bonito. A gravação foi roubada novamente do grande blog holandês 33 toeren klassiek, especializado em garimpar joias no vasto mar de gravações do passado.

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias 100 & 45, ‘Militar’ e ‘Do Adeus’

Sinfonia Nº 100, Militar   22:42
1  adagio – allegro    6:12
2  allegretto    7:28
3  minuetto: moderato    5:08
4  finale: presto    3:54
Sinfonia Nº 45, Do Adeus   21:53
5  allegro assai    4:15
6  adagio    5:38
7  minuetto: allegretto    3:51
8  presto – adagio    8:09

Orquestra da Ópera de Viena
Hermann Scherchen

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O grande Hermann Scherchen
O grande Hermann Scherchen

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Sonatas – Vol 7 e 8 de 10 – Ashkenazy

41zpyGh-RIL._SS500Ainda sem computador em casa, faço estas postagens nos raros momentos de tranquilidade no serviço, e claro, me aproveitando também da rápida velocidade da internet de fibra ótica do local.
Beethoven está em muito boas mãos nestas gravações do pianista Vladimir Ashkenazy  que, apesar de russo, tem cidadania islandesa. Outra hora conto a incrível história de sua vida, digna de ser filmada. E aqui nestes cds que ora vos trago só tem obras primas, como a ‘Waldstein’, ‘Apassionata’ e ‘Les Adieux’.

CD 7

01. Piano Sonata No.21 in C major, Op.53 ‘Waldstein’ (1803) I. Allegro con brio
02. II. Introduzione Molto adagio
03. III. Prestissimo
04. Piano Sonata No.22 in F major, Op.54 (1804) I. In tempo d’un menuetto
05. II. Allegretto
06. Piano Sonata No.23 in F minor, Op.57 ‘Appassionata’ (1805) I. Allegro assai
07. II. Andante con moto
08. III. Allegro ma non troppo – Presto
09. Piano Sonata No.24 in F-sharp major, Op.78 (1809) I. Adagio cantabile – Allegro ma non troppo
10. II. Allegro vivace

CD 8

01. Piano Sonata No.25 in G major, Op.79 (1809) I. Presto alla tedesca
02. II. Andante
03. III. Vivace
04. Piano Sonata No.26 in E-flat major, Op.81a ‘Les Adieux’ (1810) I. Adagio – Allegro
05. II. Andante espressivo
06. III. Vivacissimamente
07. Piano Sonata No.27 in E minor, Op.90 (1814) I. Mit Lebhaftigkeit und durchaus mit Empfindung und Ausdruck
08. II. Nicht zu geschwind und sehr singbar vorgetragen
09. Piano Sonata No.28 in A major, Op.101 (1816) I. Etwas lebhaft, und mit der innigsten Empfindung
10. II. Lebhaft. Marschmabig
11. III. Langsam und sehnsuchtsvoll – Geschwind, doch nicht zu sehr und mit Entschlossenheit

Vladimir Ashkenazy – Piano

CD 7 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 8 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Rubinstein Plays Chopin – Cd 1 de 10 – Arthur Rubinstein

Front

Links Atualizados !!! 

Alguns músicos nasceram para serem os intérpretes fundamentais de determinados compositores. O pianista Arthur Rubinstein nasceu para ser o intérprete de Chopin. E isso não sou apenas eu a dizê-lo. Ainda em vida, o bom velhinho, já no alto de seus oitenta e poucos anos, já considerado uma lenda viva, ainda encantava platéias com suas performances, claro que não apenas da obra do polonês, mas principalmente. Ele foi um grande intérprete de Beethoven, de Schumann, de Grieg, mas sua paixão pessoal sempre foi Chopin.
Se não me engano já postei essa caixa ainda nos primórdios do PQPBach, não tenho certeza. Muitas dessas gravações que irei postar, para mim, e para muitos fãs do bom velhinho, continuam imbatíveis. Com certeza essa seria uma caixa que eu levaria para uma praia deserta.
No primeiro cd, a coisa já começa tensa, com a maravilhosa Sonata nº2 e sua “Marcha Fúnebre”. Não precisam preparar suas caixas de lenços, mas que é emocionante de arrepiar, ah, isso é…

01 – Piano Sonata nº2 in B Flat minor, op. 35 I. Grave – Doppio movimento
02 – II. Scherzo
03 – III. Marche funebre. Lento
04 – IV. Finale. Presto
05 – Piano Sonata nº3 in B Minor, op. 58 I. Allegro maestoso
06 – II. Scherzo. molto vivace
07 – III. Largo
08 – IV. Presto ma non tanto
09 – Fantasie in F minor, Opus 49
10 – Barcarolle in F-sharp major, Opus 60
11 – Berceuse in D-flat major, Opus 57

Arthur Rubinstein – Piano

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Arthur Rubinstein (1971)
Retrato do artista enquanto gênio aos 87 anos de idade

Beethoven, Hassler, Penalva, Henrique de Curitiba, Edino Krieger, Krzysztof Meyer: tributo ao maestro Roberto Schnorrenberg (1/2)

oglwea8º Festival de Música de Curitiba
1975

Em janeiro de 2016 Curitiba realizou sua 34.ª Oficina de Música anual. Notável, não? Mas seria ainda mais caso se contassem junto os nove “Festivais” realizados antes, ano a ano de 1965 a 1970, e depois em 74, 75 e 77, todos (exceto o de 74) com a apaixonada direção de Roberto Schnorrenberg.

Apaixonada e competentíssima! Schnorrenberg, que nos deixou em 1983, com apenas 54 anos, era um músico extraordinário. Eu, monge Ranulfus, posso testemunhar porque estava lá nos três últimos festivais (como vocês poderão perceber distinguindo minha maviosa e inconfundível voz em meio às outras seiscentas do coral, na segunda postagem desta série…)

Figura inesquecível, “o Schnô” – suas fúrias teatrais nos ensaios: “trrrrogloditas!” para os baixos, “galinááááceas!” para as sopranos. Nos atuais tempos mal humorados isso talvez lhe tivesse rendido algum processo, mas a verdade é que só nos divertia e estimulava.

Mas não era só onda: neste país em que tanta realização musical ainda permanece no nível das excelentes intenções mas afinação nem tanto – para ficar só no mais elementar – é vitalmente necessário resgatar e preservar os sons produzidos sob a batuta de Schorrenberg e seus amigos – gente que a partir do Collegium Musicum e da Escola Livre de Música Pro Arte iluminou a vida musical de São Paulo nos anos 50 e 60, e de quebra também a de Curitiba e muitos lugares mais.

Quatro discos de vinil documentaram uma fração da música que se fez em Curitiba naquele janeiro de 1975 – tudo ensaiado em um mês, ou menos, por músicos vindos dos mais diversos lugares – profissionais os instrumentistas e solistas vocais, amadores os coralistas. Mestre Avicenna teve um trabalho hercúleo para digitalizá-los e limpar os ruídos. Em uns poucos casos sobrou um resíduo impossível de eliminar, como no final do 2º movimento da Pastoral, mas mesmo assim, @s senhor@s hão de convir: isso não é uma realização menor da Pastoral, que possa ser esquecida.

Com a exceção do belo salmo cromático de Hassler, o segundo bloco é só de autores contemporâneos – que estiveram todos presentes e lecionando nesse mesmo festival. Muitas obras, de brasileiros e estrangeiros, estreavam nessas ocasiões – a exemplo da “Metánoia” do Padre Penalva, que no festival seguinte ganharia a companhia de “Dóxa” e “Eiréne”, sob o nome conjunto de “Agápe”. O polonês Krzysztof Meyer, que comparece aqui com um quarteto de cordas de altíssima qualidade (para quem já aprendeu a ouvir a música mais experimental do século XX) estrearia seu “Concerto Retrô” no festival do ano seguinte – cujo registro ainda hei de postar.

O Estudo Aberto de Henrique de Curitiba não impressiona muito na gravação: sua intenção era observar as mudanças de textura com os diferentes músicos se deslocando no palco. A obra brasileira mais bem sucedida aqui me parece ser a de Edino Krieger – pois a do Padre Penalva… ah, que drama: as texturas corais e instrumentais dessa obra são admirabilíssimas, coisa de Penderecki – mas confesso que não aguento ouvi-la – isso porque se há modalidade artística em que o Brasil me parece realmente fraco, incompetente de tudo, é a da locução artística, tanto solo quanto coral [jogral]. Alemães sabem fazer isso como grande arte; acho que precisaríamos de anos de treinamento com eles para realizar adequadamente um obra desta complexidade. O que ouço em matéria de texto falado é constrangedor (ainda mais lembrando que é minha uma das vozes que engrolam “Miserere mei, Deus…” logo no início. Bota misericórdia nisso!). Mesmo assim recomendo a vocês no mínimo zapearem pela obra e conferirem as texturas de que falei.

Enfim, senhor@s, divirtam-se com estes vinis 1 e 2. Logo voltaremos à carga com os 3 e 4: a Missa Solemnis Op.123, de vocês-sabem-quem. Aguardem!

8º CURSO INTERNACIONAL DE MÚSICA DO PARANÁ  e
8º FESTIVAL DE MÚSICA DE CURITIBA   (1975)
Postagem 1/2

• VINIL 1/4

Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Sinfonia No.6 em Fá maior, op.68 ‘Pastoral’
1. Despertar de alegres emoções ao chegar ao campo – Allegro ma non troppo
2. Cena junto ao regato – Andante con moto
3. Convívio divertido da povo da roça – Allegro
4. Tempestade – Allegro
5. Cantos dos pastores: sentimentos de alegria e gratidão após a tempestade – Allegretto
Orquestra do 8º Festival de Música de Curitiba – Reg. Roberto Schnorrenberg

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• VINIL 2/4

1. Hans Leo Hassler (1564-1612):
    Salmo 119, v.1-2: Ad Dominum cum tribulare clamavi
(faixa incluída originalmente no vinil 1/4)
2. Pe. José de Almeida Penalva (Campinas, 1924 – Curitiba, 2002)
    Metánoia (1ª versão)
Madrigal dos Alunos do 8º Curso Internacional de Música do Paraná.
Narração: Pe. Nereu Teixeira. Regência: Henrique Gregori

3-4. Henrique de Curitiba (Zbigniew Henrique Morozowicz) (Curitiba, 1934-2008)
    Estudo Aberto
Faixa 3: Primeira posição / Improviso
Faixa 4: Segunda posição / Final
Flauta: Norton Morozowicz
Clarinete: Daniel Blech
Fagote: Noel Devos

5. Edino Krieger (Brusque, SC, 1928)
    Estro Armonico
Orquestra do 8º Festival de Música de Curitiba.
Regência: Roberto Schnorrenberg

6. Krzysztof Meyer
(Kraków, Polônia, 1943)
    Quarteto de Cordas nº 4, op. 33 (1973):
I. Preludio interroto – II. Ostinato – III. Elegia e Conclusione
Quarteto Wilanow
Violino: Tadeusz Gadzina
Violino: Pawel Losakiewicz
Viola: Arthur Paciorkiewics
Violoncelo: Wojciech Walasek

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PALHINHA: ouça 5. Estro Armonico (Edino Krieger)
com a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC

Boa audição!

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Ranulfus: idealização e texto
Avicenna: digitalização do LP e mouse conductor